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“Vitrinismo”
Vitrinista
O Que é Um Vitrinista?
Um vitrinista é um profissional que se
especializou na montagem e manutenção de
vitrines. Este profissional é responsável pelo
sucesso das vendas dos produtos, visto que
é ele que, através das vitrines, dá uma
exposição maior a algumas peças que, de
outra forma, seria impossível.
A importância do vitrinista
Com o aparecimento dos centros comerciais e o crescimento de uma
sociedade que consome em grande escala, a importância das montras foi
igualmente aumentando, passando a ser vista como publicidade. Para seduzir
o público, o fator cenográfico e estético são os protagonistas.
Vitrinismo
Tipos de Vitrine
1. Vitrine Expositiva — Destacam o produto essencialmente com adição
de outros detalhes que ajudam a preencher a vitrine.
2. Vitrines Visuais:
• Vitrine Cenográfica — Reproduz cenários;
• Vitrine Luminosa — Com auxílio da iluminação cria o ambiente
baseado nos tons além de ajudar na ideia de sombreamento;
• Vitrine Conceitual — Estilo que representa o produto com ajuda de
elementos decorativos, imagens, comportamentos e atitudes;
• Vitrine Gráfica — Se compõe de detalhes gráficos para ajudar na
composição com os manequins;
• Vitrine Cinética — É composta de equipamentos e materiais que
fazem a vitrine se mover;
• Vitrine Viva — Utilizam pessoas para compor junto com manequins.
• Vitrine de Escala
• Vitrine Contínua
• Vitrine de Oportunidade
• Vitrine de Impacto — Exibem elementos decorativos fora dos
padrões do produto exposto. Exemplo: colocar uma escada e um balde em uma
loja de roupa infantil.
• Vitrine Minimalista
Princípios de Design
Os principais princípios de design utilizados em projetos de vitrinismo
incluem: equilíbrio, proporção, ritmo, ênfase, cor, iluminação e harmonia.
Quando devidamente aplicados é possível obter-se uma apresentação
harmoniosa, eficaz e esteticamente bem conseguida.
Equilíbrio
Refere-se ao equilíbrio existente entre as duas metades de uma montra.
O equilíbrio baseia-se na teoria da igualdade, sendo possível a existência de
dois tipos de equilíbrio:
• Equilíbrio tradicional ou simétrico, no qual ambas as metades da
montra se apresentam iguais;
• Equilíbrio informal ou assimétrico, no qual ambas as metades
apresentam dimensões distintas (em termos de produto em exposição).
Ao conceber uma montra, considera-se as seguintes regras
relativamente ao equilíbrio:
1. Ao utilizar vários elementos mais pequenos e atrativos, estes têm
tendência a ofuscar o elemento de maiores dimensões;
2. Um vasto espaço em branco com um único objeto destacará chamando a
atenção para esse mesmo objeto;
3. Caso o artigo seja colocado num ângulo ou atravessado, o espaço lateral
do mesmo torna-se relevante;
4. Caso um artigo seja posicionado de forma centrada, então o espaço vazio
perderá importância.
Proporção
É a razão das partes para a totalidade da montra. Refere-se à relação
comparativa existente entre as distâncias, dimensões, quantidades, ângulos ou
partes. Cada produto, de forma isolada, poderá ser “normal”, contudo quando
colocado com outros produtos de diferentes dimensões poderá parecer
desproporcionado. Deverá considerar a proporcionalidade dos vários produtos
relativamente uns aos outros.
Ritmo
Refere-se à medição do movimento organizado que o consumidor realiza
quando observa uma montra: do produto dominante aos produtos subordinados,
da apresentação principal para as apresentações secundárias, etc.
Ênfase
É o ponto de contacto visual inicial. É a partir deste ponto que todos os
movimentos do olhar fluem. A ênfase é a formulação de um ponto focal ao qual
todos os restantes elementos em exposição se encontram subordinados.
Poderá ser uma dimensão, cor ou posicionamento. Regra geral, o ponto focal é
um produto que se deseja destacar.
Cor
Contribui significativamente a atração do consumidor para a montra, bem
como para o estabelecimento no todo. A cor de uma montra atrai o olhar do
consumidor e “obriga-o” a parar e olhar. As combinações de cores selecionadas
para o teto, paredes, chão e decoração em geral podem influenciar o ambiente
geral da loja. A alteração de um esquema de cor pode alterar as atitudes do
consumidor e a sua perceção da loja e pode aumentar ou diminuir as vendas.
Paleta de Cores
O uso de cores, nas montras e
expositores é uma das formas mais
simples de atrair a atenção do
consumidor.
Esquema Complementar
• Relaciona cores diretamente opostas;
• Possui intenso contraste, aplicando as cores na saturação máxima,
gerando uma sensação de vibração. Deve ser utilizado com
precaução;
• Procura utilizar cores complementares de valor, saturação diferente
ou proporções distintas.
Esquema Análogo
• Combinação de duas ou três cores adjacentes (vizinhas);
• É o esquema mais harmonioso, possuindo uma vibração mínima;
• Neste esquema deverá selecionar uma cor para ser a dominante,
uma segunda cor para dar apoio, sendo utilizada uma terceira cor
para salientar/dar ênfase.
Esquema Triádico
• Combina três cores equidistantes (triangulação);
• Como a intensidade entre as cores são pouco distintas, este
esquema é mais versátil;
• Pode-se utilizar essa técnica para diminuir a vibração óptica das
cores.
Esquema Divídico
• Combina uma cor complementar com mais duas adjacentes
(vizinhas) a ela;
• Essa combinação possui um contraste menor do que ao esquema
complementar.
Esquema Tetrádico
• Combina quatro cores igualmente espaçadas;
• Esse esquema pode ser utilizado como técnica de iluminação;
• Normalmente este esquema funciona melhor se uma das cores for
dominante.
Iluminação
É essencial para chamar a
atenção para a mercadoria a
comercializar. O olhar do consumidor
é automaticamente atraído para a
área ou produto mais iluminado.
Neste contexto, a iluminação pode ser
utilizada para atrair a atenção para
uma determinada área, para um
determinado produto, etc.
Fig.05 Destaque proporcionado numa montra da
Harmonia Gucci pela iluminação
Recomendações Finais
Alguns pontos a ter em consideração:
1. A montra deverá ser renovada, pelo menos a cada 15 dias;
2. Rever o estado geral da montra. Não se devem apresentar montras em
mau estado de conservação, com lâmpadas fundidas, pó e acumulação de
insetos;
3. A montra deve apresentar um aspeto cuidado e organizado (pois, é o
reflexo da imagem da loja), pelo que deverá evitar objetos que não “comuniquem”
entre si, exposição de produtos descontinuados/fora de stock, etc.;
4. Criar ambientes segundo a temporada, por exemplo: estações do ano,
festas locais, Natal, Ano Novo etc.
5. O preço deve estar afixado num local visível e deverá eliminar quaisquer
mensagens dúbias que possam induzir a erro o potencial cliente;
6. Fazer uma montra alusiva a um evento a cada dois meses em datas
importantes, como: o Dia da Mãe, o Dia da Criança, etc. Apele ao consumidor;
7. Assegurar que os vendedores possuem toda a informação sobre
eventuais promoções indicadas na montra.
1. Teto
1. Joalheria/ Ótica/ Relojoaria/ Bijuterias
Estes produtos pedem tetos: baixos, boa circulação de ar, lâmpadas
escondidas (maioria dos casos).
3. Alimentação / calçados
Este teto deve estar numa linha sensível entre o alto e baixo, dando
liberdade relativa ao projetista. A temperatura deve estar sempre controlada,
então o teto deve permitir este controlo. Mas o mais importante é ter coerência
entre a arquitetura e a proposta da loja.
2. Piso
O piso de uma vitrine nunca deve estar fixo, o correto é que seja
desenvolvido uma plataforma ou tablado.
3. Lateral
Mais uma vez, vamos de encontro com a arquitetura moderna, que não
projeta mais a lateral da vitrine. De qualquer forma, existe um apoio lateral numa
das paredes da loja. Deve sempre existir esta parede, pois nela, determina-se
o fim da loja e da vitrine. É a fronteira.
4. Fundo
Atualmente, não se usa com frequência a vitrine baú (uma caixa com vidro
frontal e laterais e fundos fechados). Sendo mais comum em magazines ou
joalherias. Este fundo da vitrine baú, tem o seu lado bom e mau.
5. Iluminação/ Eletricidade
Um dos itens essenciais do teto. O teto da vitrine deve prever a colocação
da iluminação. A eletricidade deve estar prevista no projeto, saídas para
tomadas. O ideal é que se tenha em cada vitrine três tomadas, no mínimo, mas
devem estar devidamente escondidas ou com caixas de fechar para quando não
estiverem a ser usadas.
6. Apoios de retaguarda
No apoio vão também as tomadas. Mas falamos, mais especificamente,
de ganchos que permitam afixação dos banners, fios, cenografias. Os ganchos
devem, também, estar inseridos no teto, sempre pintados da mesma cor que o
teto, ou serem de materiais nobres que não comprometam seu aparecimento.
Preço
Colocar os preços é obrigatório. Este item é muito delicado. Podendo ser
trabalhado de forma apresentável e organizada.
Móveis na vitrine
Na composição de vitrine existem poucas regras, mas geralmente as
existentes estão ligadas ao bom senso. Entre estes conceitos está o suporte.
Importante a reter: este suporte está na vitrine como suporte e não para
desviar a atenção do cliente.
Ponto Focal
O ponto focal de uma vitrine é
aquele onde está "ponto forte". O ser
humano dirige o olhar sempre da
mesma forma ao observar uma vitrine:
da esquerda para a direita e de cima
para baixo.
Ter uma boa vitrine requer investir em estrutura e suportes corretos. Mas
nem sempre este investimento é possível e vemos muitos lojistas desistirem de
fazer as suas vitrines por causa disso. Mexer em piso, fundo, suportes e
iluminação são fundamentais, mas para quem ainda não pode fazer altos
investimentos.
As soluções:
1. Aumentar o pé direito;
2. Projetar um bom sistema de iluminação;
3. Trocar os manequins;
4. Ousar na ambientação da vitrine;
5. Colocar os produtos em suportes;
6. Deixar as paredes das vitrines livres;
7. Deixar vazios entre grupos de produtos
Conclusão
Com esta pesquisa abordei uma breve noção sobre a história das vitrines,
a profissão de vitrinista e, também, o trabalho de vitrinismo.
Bibliografia
— Uma história das vitrines em http://www.mmdamoda.com.br/uma-historia-
das-vitrines/
— A História da Vitrine em
https://caixadecena.wordpress.com/2014/07/11/a-historia-da-vitrine/
— Vitrinismo – o que é e porque é tão necessário? Em
https://www.masterd.pt/noticias/vitrinismo-o-que-e-porque-e-necessario/
— Emprego como vitrinista: tudo o que deve saber em https://www.e-
konomista.pt/emprego-como-vitrinista/
— O produto em destaque: conheça o trabalho de vitrinista em
https://www.blogsenacsp.com.br/trabalho-de-vitrinista/
— Manual Vitrinismo – Form-Commerce em
https://pt.slideshare.net/carinatex/manual-vitrinismo-form-comerce
— Vitrinismo em https://pt.slideshare.net/giselmaramos1/vitrinismo-
40073963
— Palestra Vitrinismo em https://pt.slideshare.net/vicentedesign/palestra-
vitrinismo