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Escola Secundária de Latino Coelho

Disciplina de Oficina de Artes

Prof.: Mónica Coutinho

Ano Letivo 2019/2020

“Vitrinismo”

Fig.1 Vitrine de Moscot Eyewear

Pesquisa realizada por:


Cidália de Azevedo Nº8 12ºC2
Índice
Introdução ................................................................................................ 4
Vitrine ....................................................................................................... 5
História da Vitrine ................................................................................. 5
Vitrinista ................................................................................................... 6
O Que é Um Vitrinista?......................................................................... 6
A importância do vitrinista .................................................................... 6
O que faz, então, um vitrinista? ............................................................ 6
Saídas do Curso de Vitrinismo ............................................................. 7
6 competências essenciais para um vitrinista ...................................... 7
Vitrinismo ................................................................................................. 8
Tipos de Vitrine..................................................................................... 8
Temas para Vitrines ............................................................................. 8
Princípios de Design............................................................................. 8
Equilíbrio ........................................................................................... 9
Proporção ......................................................................................... 9
Ritmo ................................................................................................ 9
Ênfase............................................................................................... 9
Cor .................................................................................................. 10
Paleta de Cores .................................................................................. 10
Técnicas básicas para a criação de esquemas de cores ................ 11
Iluminação ...................................................................................... 12
Harmonia ........................................................................................ 12
Recomendações Finais ...................................................................... 12
Erros Mais Frequentes na Conceção de Montras .............................. 13
Estrutura básica de vitrine para loja ................................................... 13
1. Teto ........................................................................................ 13
2. Piso ........................................................................................ 14
3. Lateral .................................................................................... 14
4. Fundo ..................................................................................... 14
5. Iluminação/ Eletricidade ......................................................... 14
6. Apoios de retaguarda ............................................................. 15
Preço .................................................................................................. 15
Móveis na vitrine................................................................................. 15
Ponto Focal ........................................................................................ 16
Outros Problemas e Soluções ............................................................ 16
Alguns problemas: .......................................................................... 16
As soluções:.................................................................................... 16
Conclusão .............................................................................................. 17
Bibliografia ............................................................................................. 17
Introdução
O presente trabalho foi proposto no âmbito da disciplina de Oficina das
Artes. Este trabalho é sobre o vitrinismo, de um modo geral.

Os objetivos deste trabalho são assimilar o conteúdo superficialmente


falado e previamente desenvolvido nas aulas e a pesquisa de informações
relativas aos temas abordados.

Este trabalho está organizado em três temas. No primeiro tema, é


abordada a história das vitrines, no segundo tema é abordado a profissão de
vitrinista com cinco subtópicos, no terceiro, e último tema, abordo o trabalho de
vitrinismo com dez subtópicos.

A metodologia utilizada foi a pesquisa online, enriquecida com o


apanhado de trabalhos disponibilizados online.
Vitrine
História da Vitrine
Vitrine: um espaço envidraçado dentro de uma loja, onde são expostos
produtos para a venda de tal forma que possam ser vistos pelo público que
passe na sua frente.

A sua história inicia-se no Império


Romano, no séc. II a.C., com a
construção do Mercado de Trajano, no
reinado de Trajano. Era um complexo
comercial que possuía 150 lojas
distribuídas por seis andares, agrupadas
de acordo com os produtos que vendiam,
reconhecido como um esboço do que
viriam a ser os shoppings de hoje.
A publicidade das lojas era feita
de maneira rústica, com placas de Fig.02 Mercado de Trajano
madeira ou pedra com um símbolo que identificava a mercadoria da loja, por
exemplo, uma cabra desenhada significava que ali se vendia leite.

Com o fim do Império Romano e a início da Idade média. As lojas


praticamente desapareceram, pois, o comércio era feito em feiras ao ar livre.
Porém, as lojas voltariam mais tarde estimuladas pelo mercantilismo, no
Renascimento.

Tempos depois, a ideia de vitrine estreia-se no séc. XIX, na Revolução


Industrial, pois começavam a aparecer por toda a Europa espaços na parte da
frente das lojas onde joalheiros e artesãos iniciavam a exposição dos seus
produtos. O formato de vitrine como conhecemos estava cada vez evidente e
popular no mundo.

Os “manequins” inicialmente chegaram como “bonecas de moda”, feitas


em porcelana e couro, que logo desapareceram para dar espaço aos bonecos
que simulavam figuras humanas.

A evolução dos manequins e da vitrine ocorreu durante o período da


Rainha Vitória (1832-1895), no Reino Unido, mas foi mais especificamente na
França que foi atribuída a evolução da vitrine, devido à estreia das primeiras
lojas de departamentos com vitrines chegando ao nível da rua, em Paris.
Inclusive, a palavra vitrine é francesa.

Daí em diante, a vitrine só evoluiu. Passando a ser muito valorizada,


estudada, vista como peça fundamental para atrair o público e,
consequentemente, usada como uma ferramenta para vender em maior
quantidade. Se não conseguir uma venda imediata, uma boa vitrine e
chamativa, causa uma excelente impressão da marca às pessoas.
Atualmente, além de exibirem os produtos ofertados, as vitrines viraram
objetos de estudo, exibindo mudanças de costumes e modas, avanços na
tecnologia… A vitrine, muito mais do que um espaço envidraçado com produtos
expostos, é um convite para entrar na loja e a possibilidade de conquistar o
público para que não ocorra uma eventual saída, ou seja, uma boa peça para
ajudar, ao menos no primeiro impacto.

Vitrinista
O Que é Um Vitrinista?
Um vitrinista é um profissional que se
especializou na montagem e manutenção de
vitrines. Este profissional é responsável pelo
sucesso das vendas dos produtos, visto que
é ele que, através das vitrines, dá uma
exposição maior a algumas peças que, de
outra forma, seria impossível.

É uma profissão, relativamente,


recente. Muito requisitada no mercado
estrangeiro, mas esta é uma área que
começa também a crescer em Portugal.
Fig.03 Vitrinista

A importância do vitrinista
Com o aparecimento dos centros comerciais e o crescimento de uma
sociedade que consome em grande escala, a importância das montras foi
igualmente aumentando, passando a ser vista como publicidade. Para seduzir
o público, o fator cenográfico e estético são os protagonistas.

O vitrinista é, assim, fundamental para o sucesso de vendas, uma vez


que é este que:
• Relaciona a procura de certo produto com a oferta e leva às vendas no
momento;
• Desenvolve uma montra atrativa para atrair mais consumidores. O
ambiente da montra está relacionado com o produto e com o que a marca
quer que o consumidor sinta. Uma montra bem conseguida torna os produtos
desejados;
• A decoração e organização têm o poder de atrair consumidores para um
determinado produto ou até de fazer criar uma relação de conforto com a
marca.

O que faz, então, um vitrinista?


Um vitrinista é o responsável pela decoração de vitrines, mas as suas
responsabilidades não se ficam por aí. Um vitrinista deve procurar estudar o tipo
de produto que o estabelecimento pretende vender, estar a par de estratégias
da campanha e, acima de tudo, ser um especialista em moda e em tons de
cores.

Ser-se vitrinista não é meramente organizar o espaço, é muito mais que


isso, é dar uma identidade ao estabelecimento em que se trabalha.

As capacidades essenciais de um vitrinista para um bom desempenho


são saber decorar, compor, criar e vender de forma artística. Tudo o que está
exposto na loja, assim como na montra, deve ser pensado para ser estético e
funcional. No final, deve ser tudo harmonioso e criar algum tipo de sensação ao
consumidor.

O vitrinista deve ter em conta as ideias e as expectativas do cliente para


quem trabalha. Além disso, deve conseguir encontrar soluções para que as
ideias do cliente sejam postas em prática de forma pragmática.

Saídas do Curso de Vitrinismo


Este curso apresenta diversas saídas profissionais, tais como:
• Trabalhar em lojas e pequenos comércios, bem como armazéns
e/ou cadeias de comércio;
• Trabalhar em feiras e/ou exposições de decoração de interiores
(hotelaria, gabinetes, etc.);
• Fazer serviços de nova imagem ou montras sazonais, para
empresas;
• Participar em oficinas e cursos de formação (Associações
empresarias, Câmaras de Comércio, sindicatos, etc.);
• Colaborar em ateliers e gabinetes de arquitetura de interiores;
• Colaborar em departamentos criativos de empresas de decoração;
• Trabalhar como técnico especialista nas seguintes áreas:
mobiliário, peças de decoração exclusivas, iluminação, equipamentos
comerciais, complementos e acessórios, estantes, etc.

6 competências essenciais para um vitrinista


1. Criatividade e inovação – Cada vitrine deve ser como um desafio único
e, de preferência, deve “contar uma história”;
2. Familiaridade com a moda e as tendências – É uma grande diferença
para tornar a vitrine mais contemporânea e não errar na composição. Fazer a
produção de manequins é uma técnica muito exigida pelos lojistas;
3. Persistência, organização e disciplina – Muitos trabalhos acompanham
calendários promocionais, então é necessário entregá-los dentro do prazo
estipulado;
4. Visão mercadológica dos produtos – Para combinar os componentes
de forma harmoniosa e atrair clientes a comprar, é importante conhecer a
psicologia das cores e dominar as ferramentas e os elementos de fixação para
os objetos decorativos;
5. Desenvolver uma visão estética – Quanto mais apurada for esta visão,
maior a capacidade de garantir a harmonia entre os componentes decorativos e
o produto que será exposto;
6. Aprendizado contínuo – Estudar, conhecer o mercado e os concorrentes
e estar atento às novidades tornam o profissional mais completo e competitivo.

Vitrinismo
Tipos de Vitrine
1. Vitrine Expositiva — Destacam o produto essencialmente com adição
de outros detalhes que ajudam a preencher a vitrine.
2. Vitrines Visuais:
• Vitrine Cenográfica — Reproduz cenários;
• Vitrine Luminosa — Com auxílio da iluminação cria o ambiente
baseado nos tons além de ajudar na ideia de sombreamento;
• Vitrine Conceitual — Estilo que representa o produto com ajuda de
elementos decorativos, imagens, comportamentos e atitudes;
• Vitrine Gráfica — Se compõe de detalhes gráficos para ajudar na
composição com os manequins;
• Vitrine Cinética — É composta de equipamentos e materiais que
fazem a vitrine se mover;
• Vitrine Viva — Utilizam pessoas para compor junto com manequins.
• Vitrine de Escala
• Vitrine Contínua
• Vitrine de Oportunidade
• Vitrine de Impacto — Exibem elementos decorativos fora dos
padrões do produto exposto. Exemplo: colocar uma escada e um balde em uma
loja de roupa infantil.
• Vitrine Minimalista

Temas para Vitrines


Janeiro — liquidação de inverno Julho — férias, verão
Fevereiro — carnaval, dia dos Agosto — liquidação verão, verão
namorados
Março — dia do pai, lançamento Setembro — regresso às aulas,
moda primavera lançamento moda outono
Abril — lançamento moda outono, Outubro — dia do professor, outono,
páscoa, dia da mãe dias das bruxas
Maio — dia da mãe, mês das Novembro — moda inverno, natal
noivas, lançamento moda verão
Junho — lançamento moda verão, Dezembro — Natal, Ano Novo
férias, verão, dia das crianças

Princípios de Design
Os principais princípios de design utilizados em projetos de vitrinismo
incluem: equilíbrio, proporção, ritmo, ênfase, cor, iluminação e harmonia.
Quando devidamente aplicados é possível obter-se uma apresentação
harmoniosa, eficaz e esteticamente bem conseguida.

Uma melhor compreensão destes princípios irá auxiliar o vitrinista na sua


tarefa de conceção:

Equilíbrio
Refere-se ao equilíbrio existente entre as duas metades de uma montra.
O equilíbrio baseia-se na teoria da igualdade, sendo possível a existência de
dois tipos de equilíbrio:
• Equilíbrio tradicional ou simétrico, no qual ambas as metades da
montra se apresentam iguais;
• Equilíbrio informal ou assimétrico, no qual ambas as metades
apresentam dimensões distintas (em termos de produto em exposição).
Ao conceber uma montra, considera-se as seguintes regras
relativamente ao equilíbrio:
1. Ao utilizar vários elementos mais pequenos e atrativos, estes têm
tendência a ofuscar o elemento de maiores dimensões;
2. Um vasto espaço em branco com um único objeto destacará chamando a
atenção para esse mesmo objeto;
3. Caso o artigo seja colocado num ângulo ou atravessado, o espaço lateral
do mesmo torna-se relevante;
4. Caso um artigo seja posicionado de forma centrada, então o espaço vazio
perderá importância.

Proporção
É a razão das partes para a totalidade da montra. Refere-se à relação
comparativa existente entre as distâncias, dimensões, quantidades, ângulos ou
partes. Cada produto, de forma isolada, poderá ser “normal”, contudo quando
colocado com outros produtos de diferentes dimensões poderá parecer
desproporcionado. Deverá considerar a proporcionalidade dos vários produtos
relativamente uns aos outros.

Ritmo
Refere-se à medição do movimento organizado que o consumidor realiza
quando observa uma montra: do produto dominante aos produtos subordinados,
da apresentação principal para as apresentações secundárias, etc.

O ritmo pode ser provocado, claramente apresentado ou subtilmente


sugerido, repetido de forma a “provocar” o olhar.

Quando um padrão é repetido, o impacto junto do consumidor aumenta,


tornando-se apelativo para o mesmo.

Ênfase
É o ponto de contacto visual inicial. É a partir deste ponto que todos os
movimentos do olhar fluem. A ênfase é a formulação de um ponto focal ao qual
todos os restantes elementos em exposição se encontram subordinados.
Poderá ser uma dimensão, cor ou posicionamento. Regra geral, o ponto focal é
um produto que se deseja destacar.

Cor
Contribui significativamente a atração do consumidor para a montra, bem
como para o estabelecimento no todo. A cor de uma montra atrai o olhar do
consumidor e “obriga-o” a parar e olhar. As combinações de cores selecionadas
para o teto, paredes, chão e decoração em geral podem influenciar o ambiente
geral da loja. A alteração de um esquema de cor pode alterar as atitudes do
consumidor e a sua perceção da loja e pode aumentar ou diminuir as vendas.

A cor pode alterar a dimensão e adicionar interesse a uma loja “morta”.


Pode direcionar a atenção do cliente para um determinado artigo e também
desviar a atenção de uma determinada área problemática.

Paleta de Cores
O uso de cores, nas montras e
expositores é uma das formas mais
simples de atrair a atenção do
consumidor.

Contudo, e de forma a não cair


em exageros nem “combinações
berrantes” convém conhecer a Roda
das Cores e as combinações
Fig.04 Análise das cores numa montra
possíveis.

Assim, consideram-se, basicamente, doze cores, classificadas em


primárias, secundárias e terciárias.
• As cores primárias conhecidas, também, como "cores puras" e não se
formam pela mistura de outras cores: vermelho, amarelo e azul;
• As cores secundárias resultam da mistura de duas cores primárias na
mesma proporção: verde, laranja e violeta; e
• As cores terciárias são criadas a partir da mistura de uma cor primária e
uma cor secundária.

Podemos ainda diferenciar entre:

• Cores Complementares: aquelas são opostas na Roda das Cores. São


contrastantes entre si.
• Cores Análogas: são cores vizinhas entre si na Roda das Cores. São
próximas entre si.
• Cores Quentes: são cores onde predominam os tons de vermelho,
amarelo e laranja. Caracterizam-se como cores vibrantes, alegres, agressivas,
sensuais etc., dando, inclusive, a sensação de calor. São cores associadas à
época do verão. Variam do vermelho ao amarelo na roda das cores.
• Cores Frias: são cores onde predominam os tons de azul, verde e roxo.
Caracterizam-se como cores melancólicas, tristes, que proporcionam a
sensação de calma e serenidade. São cores associadas à época do inverno.
Variam do verde ao violeta na roda de cores.
• Cores Neutras: são aquelas onde não há predomínio de tonalidades
quentes ou frias. São cores neutras os tons de preto, branco, cinza, castanho e
bege.
Todas as cores apresentam alguns aspetos psicológicos interessantes
que podem ser aplicados consoante o “estado de espírito” que se deseje imputar
a determinado projeto de vitrinismo:

• Preto — Elegância, sobriedade, austeridade. Associada a conceitos


tradicionais e intemporais;
• Cor-de-laranja — Energético, vitalizante, motivador de euforia. Apela a
sentimentos associados à saúde, sol, verão e iluminação;
• Branco — Pureza, leveza, limpeza, delicadeza;
• Amarelo — É a mais luminosa das cores. Estimula o sistema nervoso,
convida à ação e ao esforço. Palavras-chave: luz, ação, vida;
• Vermelho — É uma cor quente, radiosa, estimulante, dominadora,
excitante, e até agressiva. Apela à atividade, força, poder, paixão;
• Roxo — É uma cor mística, melancólica, fria. Apela à introspeção, ao
distanciamento, à religiosidade;
• Verde — Sensação de frescura e limpeza. Acalma e dá sensação de paz.
Lembra a natureza, esperança, juventude;
• Azul — Repousa, acalma e revigora. Apela ao descanso, recolhimento,
equilíbrio;
• Cinza — Neutralidade, distinção, classe.

Técnicas básicas para a criação de esquemas de cores


De seguida, apresentam-se os esquemas básicos para a utilização das
cores:

Esquema Complementar
• Relaciona cores diretamente opostas;
• Possui intenso contraste, aplicando as cores na saturação máxima,
gerando uma sensação de vibração. Deve ser utilizado com
precaução;
• Procura utilizar cores complementares de valor, saturação diferente
ou proporções distintas.

Esquema Análogo
• Combinação de duas ou três cores adjacentes (vizinhas);
• É o esquema mais harmonioso, possuindo uma vibração mínima;
• Neste esquema deverá selecionar uma cor para ser a dominante,
uma segunda cor para dar apoio, sendo utilizada uma terceira cor
para salientar/dar ênfase.
Esquema Triádico
• Combina três cores equidistantes (triangulação);
• Como a intensidade entre as cores são pouco distintas, este
esquema é mais versátil;
• Pode-se utilizar essa técnica para diminuir a vibração óptica das
cores.

Esquema Divídico
• Combina uma cor complementar com mais duas adjacentes
(vizinhas) a ela;
• Essa combinação possui um contraste menor do que ao esquema
complementar.
Esquema Tetrádico
• Combina quatro cores igualmente espaçadas;
• Esse esquema pode ser utilizado como técnica de iluminação;
• Normalmente este esquema funciona melhor se uma das cores for
dominante.

Iluminação
É essencial para chamar a
atenção para a mercadoria a
comercializar. O olhar do consumidor
é automaticamente atraído para a
área ou produto mais iluminado.
Neste contexto, a iluminação pode ser
utilizada para atrair a atenção para
uma determinada área, para um
determinado produto, etc.
Fig.05 Destaque proporcionado numa montra da
Harmonia Gucci pela iluminação

É é a base de todos os princípios supramencionados e refere-se à forma


como todos os elementos de uma montra articulam entre si e contribuem para
o resultado final.

Sem harmonia, o consumidor sente-se desconfortável e não será atraído


pela montra.

Numa montra devem coexistir três formas de harmonia:


• Harmonia funcional, relativa à articulação física dos elementos da
montra, que devem ser realistas e coerentes entre si;
• Harmonia estrutural, relativa ao ajustamento de todos os
elementos; os produtos não devem ser apresentados desajustados ou de
forma desorganizada numa montra;
• Harmonia decorativa, referindo-se aos elementos incluídos na
montra apenas com fins decorativos.

Recomendações Finais
Alguns pontos a ter em consideração:
1. A montra deverá ser renovada, pelo menos a cada 15 dias;
2. Rever o estado geral da montra. Não se devem apresentar montras em
mau estado de conservação, com lâmpadas fundidas, pó e acumulação de
insetos;
3. A montra deve apresentar um aspeto cuidado e organizado (pois, é o
reflexo da imagem da loja), pelo que deverá evitar objetos que não “comuniquem”
entre si, exposição de produtos descontinuados/fora de stock, etc.;
4. Criar ambientes segundo a temporada, por exemplo: estações do ano,
festas locais, Natal, Ano Novo etc.
5. O preço deve estar afixado num local visível e deverá eliminar quaisquer
mensagens dúbias que possam induzir a erro o potencial cliente;
6. Fazer uma montra alusiva a um evento a cada dois meses em datas
importantes, como: o Dia da Mãe, o Dia da Criança, etc. Apele ao consumidor;
7. Assegurar que os vendedores possuem toda a informação sobre
eventuais promoções indicadas na montra.

Erros Mais Frequentes na Conceção de Montras


1. Demasiados produtos;
2. Poucos produtos;
3. Inexistência de um tema de suporte;
4. Renovação da montra pouco frequente (menos de 2 vezes/mês);
5. Inexistência de orçamento para a conceção de montras;
6. Falta de atenção ao detalhe;
7. Erros na aplicação de conceitos básicos de design.

Estrutura básica de vitrine para loja


O arquiteto e o vitrinista devem trabalharem juntos no planeamento da
estrutura de uma vitrine. Pois, existem situações diárias nas vitrines que um
arquiteto dificilmente saberá prever.

Basicamente, um projeto simples de uma vitrine deve prever:


1. Teto
2. Piso
3. Lateral
4. Fundo
5. Iluminação/ eletricidade
6. Apoios de retaguardas

1. Teto
1. Joalheria/ Ótica/ Relojoaria/ Bijuterias
Estes produtos pedem tetos: baixos, boa circulação de ar, lâmpadas
escondidas (maioria dos casos).

2. Confeção / Moveis/ Decoração


Tem maior liberdade de altura, tendo muitas vezes o pé-direito
extremamente alto. Pede-se uma cor clara e alta resistência.

3. Alimentação / calçados
Este teto deve estar numa linha sensível entre o alto e baixo, dando
liberdade relativa ao projetista. A temperatura deve estar sempre controlada,
então o teto deve permitir este controlo. Mas o mais importante é ter coerência
entre a arquitetura e a proposta da loja.

2. Piso
O piso de uma vitrine nunca deve estar fixo, o correto é que seja
desenvolvido uma plataforma ou tablado.

O piso fixo limita as montagens de vitrine, impossibilitando as variações


de suportes e cenografias. Apesar da arquitetura comercial moderna,
frequentemente não projetar o piso da vitrine separada da loja, sendo uma só
coisa, é um erro. O correto é que o espaço da vitrine seja totalmente separado,
mesmo que psicologicamente, nem que seja utilizada somente uma cor mais
clara nesta área.

3. Lateral
Mais uma vez, vamos de encontro com a arquitetura moderna, que não
projeta mais a lateral da vitrine. De qualquer forma, existe um apoio lateral numa
das paredes da loja. Deve sempre existir esta parede, pois nela, determina-se
o fim da loja e da vitrine. É a fronteira.

Um erro comumente cometido é colocar a caixa de força da loja, nesta


parede; que na verdade chama muito atenção e também impede a utilização da
mesma para apoio cênico. As laterais livres devem ficar livres.

4. Fundo
Atualmente, não se usa com frequência a vitrine baú (uma caixa com vidro
frontal e laterais e fundos fechados). Sendo mais comum em magazines ou
joalherias. Este fundo da vitrine baú, tem o seu lado bom e mau.

Bom — Isolamento da encenação; foco total no produto; possibilidade


maior de cenografias; maior liberdade ao consumidor.

Mau — Esconde a loja, o correto seria trabalhar o meio termo. Um pouco


fechada. Mas existe o fundo psicológico, obtido através de banners,
gigantografias, manequins, vidros, acrílicos, ou mesmo pela composição dos
elementos. Seja como for, este fundo é essencial para uma boa vitrine, nele
conseguimos determinar exatamente a área de exposição.

5. Iluminação/ Eletricidade
Um dos itens essenciais do teto. O teto da vitrine deve prever a colocação
da iluminação. A eletricidade deve estar prevista no projeto, saídas para
tomadas. O ideal é que se tenha em cada vitrine três tomadas, no mínimo, mas
devem estar devidamente escondidas ou com caixas de fechar para quando não
estiverem a ser usadas.
6. Apoios de retaguarda
No apoio vão também as tomadas. Mas falamos, mais especificamente,
de ganchos que permitam afixação dos banners, fios, cenografias. Os ganchos
devem, também, estar inseridos no teto, sempre pintados da mesma cor que o
teto, ou serem de materiais nobres que não comprometam seu aparecimento.

Preço
Colocar os preços é obrigatório. Este item é muito delicado. Podendo ser
trabalhado de forma apresentável e organizada.

Para facilitar, a seguir, algumas dicas de como proceder:


• Procurar personalizar os preços;
• Evitar os manuscritos;
• Preços colocados em forma de lista em placas de acrílico ou
diretamente no chão dificultam a visualização e devem ser evitados. Se forem
a opção, devem ser digitadas e bem apresentáveis;
• Discriminar os produtos de forma simples para que o consumidor
saiba exatamente a qual produto se refere o preço;
• Trabalhar com tamanhos de etiquetas proporcionais ao produto
apresentado.

Móveis na vitrine
Na composição de vitrine existem poucas regras, mas geralmente as
existentes estão ligadas ao bom senso. Entre estes conceitos está o suporte.

O uso do suporte tem como principal objetivo elevar grupos de produtos


assim como defini-los. São também grandes facilitadores para obtermos um
resultado estético com um bom movimento e harmonia.

Ter suportes adequados é condição determinante para todo o lojista,


porém, na falta de suportes feitos sob medida para os produtos podemos, de
alguma forma, buscarmos soluções engenhosas. Entre as soluções a mais fácil
que se encontra é o uso de móveis na vitrine.

Pequenas mesinhas de cabeceira com uma nova pintura viram suportes


charmosos para acessórios e cosméticos, uma cômoda restaurada com gavetas
abertas pode ser um convite a uma vitrine de confeção, assim como até mesmo
um guarda roupa pode dar um resultado encantador.

O mais importante é termos estes suportes como linha divisória entre


grupos.

Importante a reter: este suporte está na vitrine como suporte e não para
desviar a atenção do cliente.
Ponto Focal
O ponto focal de uma vitrine é
aquele onde está "ponto forte". O ser
humano dirige o olhar sempre da
mesma forma ao observar uma vitrine:
da esquerda para a direita e de cima
para baixo.

O ponto focal da vitrine,


portanto, está baseado nestas
condições e divide a área nos pontos Fig.06 Exemplificação do ponto focal numa vitrine
onde há mais concentração de atenção por parte do observador.

Ter uma boa vitrine requer investir em estrutura e suportes corretos. Mas
nem sempre este investimento é possível e vemos muitos lojistas desistirem de
fazer as suas vitrines por causa disso. Mexer em piso, fundo, suportes e
iluminação são fundamentais, mas para quem ainda não pode fazer altos
investimentos.

Erros que comprometem a vitrine:


1. Produto direto no piso;
2. Visão muito aberta da loja, mostrando informações a mais e
causando poluição;
3. Diferentes padrões de manequim;
4. Falta de composição cromática dos produtos;
5. A loja mostra bastantes produtos, mas nenhum salta aos olhos de
maneira sedutora.

Outros Problemas e Soluções


Alguns problemas:
1. Pé direito baixo;
2. Falta de uma boa iluminação;
3. Modelos de manequins desatualizados;
4. Ambientações improvisadas;
5. Produto muito baixo;
6. Produto nas paredes da vitrine;
7. Excesso de produtos.

As soluções:
1. Aumentar o pé direito;
2. Projetar um bom sistema de iluminação;
3. Trocar os manequins;
4. Ousar na ambientação da vitrine;
5. Colocar os produtos em suportes;
6. Deixar as paredes das vitrines livres;
7. Deixar vazios entre grupos de produtos
Conclusão
Com esta pesquisa abordei uma breve noção sobre a história das vitrines,
a profissão de vitrinista e, também, o trabalho de vitrinismo.

Cumprindo com todos os objetivos que me tinha proposto, já explicados


na introdução deste trabalho.

Este trabalho foi muito importante para o aprofundamento deste tema,


porque me permitiu compreender melhor através, também, de documentos
iconográficos, além de me ter permitido aperfeiçoar competências de
investigação, seleção, organização e comunicação da informação.

Bibliografia
— Uma história das vitrines em http://www.mmdamoda.com.br/uma-historia-
das-vitrines/
— A História da Vitrine em
https://caixadecena.wordpress.com/2014/07/11/a-historia-da-vitrine/
— Vitrinismo – o que é e porque é tão necessário? Em
https://www.masterd.pt/noticias/vitrinismo-o-que-e-porque-e-necessario/
— Emprego como vitrinista: tudo o que deve saber em https://www.e-
konomista.pt/emprego-como-vitrinista/
— O produto em destaque: conheça o trabalho de vitrinista em
https://www.blogsenacsp.com.br/trabalho-de-vitrinista/
— Manual Vitrinismo – Form-Commerce em
https://pt.slideshare.net/carinatex/manual-vitrinismo-form-comerce
— Vitrinismo em https://pt.slideshare.net/giselmaramos1/vitrinismo-
40073963
— Palestra Vitrinismo em https://pt.slideshare.net/vicentedesign/palestra-
vitrinismo

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