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Plano Geral de
Urbanização de
Negomano-Sede 2010
II ‐ Fundamentação das Opções Tomadas
Centro de Estudos para o
Desenvolvimento do Habitat
30/04/2010
PGU NEGOMANO-SEDE
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 2
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1 INTRODUÇÃO
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Imagens da reunião consultiva sobre o Plano de Urbanização de Negomano, realizada na Sede do Distrito de
Mueda
Nos dias 28, 29 e 30 de Novembro uma delegação dirigida pelo Director Provincial de
Coordenação Ambiental Policarpo Napica que incluiu o Secretário Permanente, o Director
Distrital de Infra-estruturas do Distrito de Mueda, consultores, financiadores do Plano e
técnicos deslocou-se ao Posto Administrativo de Negomano tendo, para além do inventário
primário da situação local, realizado um encontro de auscultação com a presença dos
representantes da comunidade local.
Imagens da reunião consultiva sobre o Plano de Urbanização de Negomano, realizada na Localidade Sede do
Posto
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No dia 16 de Março, depois de uma ultima visita à Vila Sede do posto Administrativo,
realizou-se na cidade de Pemba um Seminário cujo tema era o Plano de Urbanização de
Negomano-Sede que contou com a presença de membros do Governo Provincial, quadros
de diferentes instituições com interesses no desenvolvimento da planta física da Vila de
Negomano-Sede, representantes do financiador etc.. A Audiência foi dirigida pelo Director
Provincial de Recursos Minerais que estava acompanhado na mesa pelo Director Provincial
para a Coordenação da Acção Ambiental e pelo Administrador do Distrito de Mueda.
Imagens da reunião consultiva sobre o Plano de Urbanização de Negomano, realizada na Localidade Sede do
Posto
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• Informação cartográfica;
• Informação estatística disponível: a principal fonte utilizada foi a Administração de
Mueda, o livro branco recolhido na direcção Provincial de Agricultura de Cabo
Delgado;
• Recolha directa de informação: embora não tenham sido executados inquéritos
directos e sistemáticos às populações, no âmbito do presente plano, ocorreram duas
importantes formas de levantamento directo de informação que importará destacar
pela significância que tiveram no conjunto de dados utilizados. Tratou-se, por um
lado, de entrevistas aos responsáveis da Administração Pública na Capital
Provincial, Sede do Distrito de Mueda e Posto Administrativo, no qual foram
colocadas questões não só de caracterização do posto, (tendências demográficas,
actividades económicas, equipamentos, infra-estruturas, realizações sociais e
culturais, património cultural existente) como se solicitou também uma referência aos
principais problemas sentidos e a manifestação de aspirações. Por outro lado e
aproveitando os trabalhos de campo realizados para a actualização e referenciação
cartográfica, foram contactadas elementos das populações locais com o objectivo de
se constituir um ficheiro de dados caracterizador dos lugares existentes.
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No que se refere aos usos dominantes do solo, desde logo ressalta a coincidência entre as
áreas possuidoras de melhores características para a agricultura (que em geral é, como se
sabe, de entre as actividades rurais, a que detém maior capacidade de fixação de
populações), as áreas minimamente povoadas e aquelas que apresentam melhores
condições orográficas de acessibilidade, tanto entre os seus diferentes lugares como entre
estes e o exterior, sem descurar a evidente vocação do posto como local de administração
da fronteira, para além de se ter em conta o papel que a ponte desempenhará para o rápido
crescimento local.
Quer isto significar que as tendências mais recentes de evolução do território do posto
administrativo e em particular do seu povoamento, encontraram como ponto de partida uma
acentuada diferenciação espacial, decorrente da matriz tradicional de actividades
característica das áreas rurais, nomeadamente no que se refere à distribuição da população
e correspondente densidade.
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urbanização para a zona, o PGU integra uma zona residencial com 500 talhões
destinados à habitação unifamiliar, para além de uma área de reserva para o mesmo fim.
Para estas áreas o PGU através do seu regulamento, recorda e recomenda os parâmetros
e normas de condicionamento do seu uso, de modo a apoiar os processos de gestão
municipal desta componente essencial para o desenvolvimento local.
É neste pano de fundo que o presente plano pretende materializar as acções de dotação da
sede do posto administrativo de Negomano, com as infra-estruturas e os equipamentos
básicos exigidos por uma qualidade de vida minimamente condigna.
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A localidade ocupa (segundo o perímetro proposto pelo PGU), uma área de 17 km2. Destas
são urbanizáveis cerca de 325 ha, estando actualmente ocupadas cerca de 35 ha que
constituem as áreas predominantemente residenciais onde vivem aproximadamente cerca
de 650 habitantes.
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Planta de zoneamento
A totalidade das zonas urbanizáveis são ocupadas por áreas que nunca foram demarcadas,
ocupadas por casas construídas com material local. A ocupação por não ser baseada num
claro processo de planeamento, caracteriza-se pela indefinição do tamanho dos talhões,
tendo em conta o horizonte do plano e a natureza do presente instrumento de ordenamento
territorial, (PGU de Negomano-Sede); a intenção fundamental é a de propor o
desenvolvimento racional e sustentável da localidade, considerando a sua integração no
contexto de zona de atravessamento de fronteiras nacionais determinado pela ponte e a
sua relação privilegiada com dois rios importantes. O exercício de estruturação física da
localidade envolve essencialmente a classificação e categorizarão da função de cada
espaço no território municipal, com a definição da sua utilização bem como as respectivas
normas, índices e parâmetros urbanísticos que guiarão a sua transformação. Pressupõe
ainda, a definição das densidades no que diz respeito ao seu incremento ou manutenção, a
determinação das áreas não urbanizáveis e áreas de protecção total e parcial e, ainda, de
utilidade pública, com a respectiva quantificação e regras de uso, protecção ou restrição.
recreativas. O PGU define igualmente áreas para equipamento de interesse colectivo, tais
como, espaço para escolas primárias e secundária, centro de saúde, instituições públicas,
polícia, comunicações etc. O PGU destina para o equipamento de utilização colectiva
cerca de 22 ha.
As zonas seleccionadas para o efeito rodeiam a estrada que sai da ponte da Unidade em
direcção ao interior do país. Junto à ponte, no lado esquerdo, encontra-se o posto
alfandegário que ocupa 15 ha de terreno. A área destinada à migração ocupa o lado
contrário do destinado às alfandegas, com cerca de 1,2 ha de área. Do lado direito da
ponte, logo a seguir à área destinada aos serviços de migração, está reservada uma
extensa área para a instalação da unidade militar responsável pela defesa da fronteira.
Igualmente ao redor da estrada que se dirige para a ponte, o PGU define uma área cuja
função é o de armazenagem, sendo tanto cobertas como abertas, cabendo também nela,
a instalação de unidades de processamento industrial e oficinas de reparação. Estas
actividades ocupam em conjunto 28 ha. Inserido nestas áreas devem ser contempladas
zonas destinadas ao parqueamento, bem como a definição de uma área para uma
terminal rodoviária.
Ainda ao longo da estrada como indicado na Planta de Zoneamento, o PGU determina uma
zona reservada à instalação de equipamento destinada a actividades desportivas e
recreativas ocupando cerca de 25 ha. Igualmente ao longo da estrada são reservadas
áreas para a instalação de equipamento turístico, especialmente destinado a servir os
viajantes utilizadores da ponte de Unidade.
Ainda para o Turismo, o PGU estabelece uma área de 31 ha próximo da confluência dos
dois rios, ainda dentro do perímetro da localidade de Negomano, para servir para a
instalação de serviços e equipamentos afins.
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Planta de Condicionantes
O PGU contempla diversos Usos Especiais, com destaque para a área destinada à
transferência do Aeródromo com 127 ha. Consta também na Planta de Zoneamento uma
área para o Cemitério da Vila, uma ampliação do actual e que vai ocupar cerca de 5 ha.
Ainda no âmbito dos Usos Especiais está seleccionada uma área destinada ao Aterro
Sanitário como indicado na Planta de Zoneamento que ocupa 2 ha. Estas zonas definidas
como Zonas de Uso Especial devem ser sujeitas a planos de detalhe próprios.
Fazem parte deste conjunto as áreas que compõem a Estrutura Ecológica da localidade: as
áreas verdes de recreio e de protecção, as húmidas e inundáveis, as alagáveis, os cursos e
planos de água, bem como as áreas de forte inclinação e sujeitas à erosão. Outras áreas
cuja edificação é condicionada são o conjunto de zonas de protecção parcial ou restrições
de utilidade pública, onde se destacam as áreas de protecção às redes de distribuição de
energia eléctrica, à marcos geodésicos, à instalações militares, e ainda, à protecção de vias
rodoviária, da orla fluvial e da fronteira.
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As áreas que constituem as zonas de protecção parcial com restrições de utilidade pública
constantes na Planta de Condicionantes, têm como objectivo a segurança dos cidadãos, o
funcionamento e ampliação das infra-estruturas e equipamentos, o enquadramento do
Património Cultural e Ambiental, e ainda, a execução de infra-estruturas programadas ou já
em fase de projecto. Tendo em conta a importância do Património Histórico local, a Planta
de Zoneamento assinala o Cemitério onde estão enterrados combatentes da luta armada de
libertação nacional, área que deve ser proposta para classificação como monumento
histórico.
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Área para o Terminal de Transportes Rodoviários 40.000
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Estes índices deverão ser observados pelos Planos de Pormenor e de Loteamento que
serão elaborados durante a Vigência deste Plano.
A definição do tamanho dos lotes deve ter em conta que nela serão implantados
especialmente edifícios unifamiliares, daí ser necessário considerar uma dimensão mínima
de 600 m2 por cada um. O coeficiente de implantação do edificado deve ser igual ou inferior
a 0,25 e o coeficiente de ocupação deve ser no máximo de 0,5, sendo que o de
impermeabilização deve ter como máximo 0,5. Os afastamentos devem ser de 3 metros
frontal e os laterais também de 3 metros. A cércea terá um máximo de 7 metros.
Considerando a zona habitacional existente, zona correspondente a uma área cujo regime
de uso, ocupação e transformação do solo é actualmente constituído por casas dispersas
de material precário, sem regularização urbanística nem fundiária, carente de infra-
estruturas de qualquer tipo, ela deverá ser objecto de operações de melhoramento,
baseadas essencialmente nas seguintes operações:
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Para a função educacional devem ser reservados 28.000 m2 como indicado na Planta de
zoneamento e para as actividades desportivas são reservados 25 ha. Praças e jardins
devem ocupar no mínimo meio hectare.
A ocupação das Áreas de Equipamentos de Interesse Colectivo deve ser objecto de Plano
de Pormenor ou de Projecto Urbano sujeitas às seguintes condições:
• Podem incluir outros usos, desde que estes não ocupem mais de 20% da área
delimitada na Planta de Zoneamento;
• 30% Da superfície total do terreno deve ser destinado a áreas verdes ou áreas
permeáveis;
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A ocupação das Áreas para Actividades Desportivas deve ser objecto de Plano de
Pormenor ou de Projecto Urbano a ser realizado com base nas indicações do PGU.
Área para equipamento de utilização colectiva
Comunicações 600 25
Mercado 4.000 40
Lojas/artesanato 2.400 30
Restaurante/Café 600 25
reservados espaços para a provisão destes equipamentos, tal como assinalado nas plantas
de zoneamento e de condicionantes. Para o cemitério são necessários cerca de 5 ha, para
o aterro sanitário cerca de 2 ha e para o aeródromo 127 ha.
A Vila de Negomano-Sede pode ser dentro do contexto provincial um dos locais onde o
sector industrial provincial se pode desenvolver com mais vigor. O facto de ela ter
igualmente uma sólida vocação residencial, afasta o incremento da actividade industrial
principalmente daquela nociva ao ambiente e incompatível com a função habitacional. Não
obstante esta constatação, o PGU propõe a selecção de áreas vocacionadas para a
instalação de actividades industriais e de armazenagem, bem como de depósitos, parques
de sucata e oficinas de reparação.
As Indústrias a estabelecer nesta zona devem ser as compatíveis com a função residencial,
isto é que não dêem lugar a ruídos, cheiros, fumos, resíduos ou quaisquer outros
incómodos; não perturbem as condições de trânsito automóvel ou pedonal, quer pelo
volume de tráfego gerado, quer por acções de acesso, estacionamento, cargas ou
descargas, assim como pela excessiva concentração de actividades que acarretam; não
constituam risco de incêndio, toxicidade ou explosão, comprometendo a segurança de
pessoas e bens.
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Cada lote ou fracção destinada à indústria ou armazenagem deverá, dentro dos seus
limites, garantir o número de lugares de estacionamento suficiente para responder às suas
próprias necessidades, no mínimo de 1 lugar de estacionamento por cada 200 m² de área
bruta de construção.
Não serão permitidas operações de carga e descarga na via pública, pelo que cada lote
deverá dispor, dentro dos seus limites, de espaço destinado a esse fim.
A cércea máxima permitida será de 7 m a contar do nível da soleira e medida no seu ponto
mais desfavorável. Exceptuam-se as construções especiais devidamente justificadas pelas
suas condições de laboração.
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Apesar dos estudos realizados para a elaboração do PGU terem constatado o fraco
potencial para a produção agrícola na generalidade do território local, o facto de ainda a
maior parte dos cidadãos se dedicarem àquela actividade, ficou evidente a necessidade de
reservarem-se áreas para a agricultura. Assim, grande parte da área localizada na periferia
da vila reserva-se à produção agrícola.
O espaço para actividade agrícola que ocupa cerca de 300 ha possui características
agrícolas e, como tal, destinam-se preponderantemente a esta actividade.
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Nos espaços agrícolas são proibidas, sem prévia licença da Administração Distrital, todas
as práticas de destruição do revestimento vegetal, que não tenham fins agrícolas, bem
como movimentações de terras que alterem o relevo natural e as camadas superficiais do
solo.
Sistema Húmido que integra áreas correspondentes a linhas de drenagem pluvial existentes
a céu aberto, subterrâneas e áreas adjacentes, bacias de recepção das águas pluviais,
lagos e charcos.
Sistema seco que integra áreas com declives superiores a 30%, elementos de
compartimentação da paisagem rural, áreas de prados de sequeiro de ocupação
condicionada e maciços de vegetação representativa.
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As áreas florestais são compostas por formações arbóreas de elevado interesse ambiental
e paisagístico, com funções de protecção ou usos de produção compatíveis.
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O presente PGU propõe o percurso provável de uma futura rede, baseada na captação da
água de um dos rios circundantes da vila, rede esta que acompanha o traçado da rede
viária proposta.
Atendendo às funções que cada elemento de uma rede viária desempenha, as vias da vila
de Negomano-Sede podem classificar-se e estruturar-se hierarquicamente da seguinte
forma:
• Rede Viária Distribuidora Principal, que tem como funções o atravessamento e
acesso à vila e assegurar ligações urbanas estruturantes; estas características
encontram-se na estrada nacional que para além de conduzir o fluxo rodoviário para
além fronteiras, através da ponte da Unidade, liga a vila de Negomano-Sede ao
país, particularmente na sua virtual ligação com a vila de Mueda, sede do distrito.
Esta estrada tem também a particularidade de dividir a Vila de Negomano-Sede em
duas partes.
• Rede Secundária de Acesso Local que inclui as vias de acesso local que
asseguram predominantemente funções de acesso local à rede de actividades e
funções urbanas, integrando ruas com utilização distinta e partilhada por veículos e
peões; Inclui todo o conjunto de vias estruturantes da zona urbanizável, da zona
turística e da industrial.
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