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DE POTÊNCIA
CONVERSORES
CC‐CC RESSONANTES
NÃO ISOLADOS
Prof. Ivo Barbi
Universidade Federal de Santa Catarina
Agosto de 2015
APRESENTAÇÃO
O presente documento reúne relatórios
produzidos por pós‐graduandos do Programa de
Engenharia Elétrica da UFSC, que cursaram ao longo
de vários anos, a disciplina que ministrei,
denominada COMUTAÇÃO SUAVE.
Florianópolis, 11 de agosto de 2015.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Professor Responsável:
Ivo Barbi, Dr. Ing. (INEP/EEL – UFSC)
Julho/2004
Introdução ......................................................................................................................................................... 3
I – O Conversor Boost-1 Série Ressonante ..................................................................................................... 4
1.1 Topologia ................................................................................................................................................. 4
1.2 Etapas de operação ................................................................................................................................. 4
1.3 Formas de onda básicas ......................................................................................................................... 8
1.4 Equacionamento ..................................................................................................................................... 9
1.5 Representação Gráfica dos Resultados da Análise ............................................................................ 24
1.6 Metodologia e Exemplo de Projeto ..................................................................................................... 25
1.7 Resultados de Simulação ...................................................................................................................... 27
Conclusão ........................................................................................................................................................ 33
Referência Bibliográfica ................................................................................................................................ 34
ii
Introdução
Introdução
D2
iC(t)
L D1
iL(t)
C VC Vo
VL(t)
S2
Vi
S1
Nesta etapa:
A fonte Vi transfere energia para a carga.
Esta etapa termina quando a corrente no indutor atinge zero.
D2
iC(t)=0
L D1
iL(t)=0
C VC(t)=V2 Vo
VL(t)
S2
Vi
S1
D2
iC(t)=0
L D1
iL(t)=0
C VC(t)=0 Vo
VL(t)
S2
Vi
S1
Nesta etapa:
Esta etapa termina quando o interruptor S1 é comandado a conduzir dando início a outro
período de funcionamento.
1.4 Equacionamento
1ª Etapa (t0,t1)
Condições iniciais:
i L (t 0 ) 0
v C (t 0 ) 0
di L t
Vi L v C (t) (1)
dt
dv (t)
i L t C. C (2)
dt
Vi
s.L.I L (s) VC (s) (3)
s
I L s s.C.VC (s) (4)
Definindo:
1
o (5)
L.C
Vi
s.L. s.C.VC (s) VC (s)
s
Vi
s 2 .L.C.VC (s) VC (s)
s
VC (s). s 2 .L.C 1 i
V
s
Vi
VC (s) (6)
s. s .L.C 1
2
1 1
Multiplicando o segundo membro de (6) por temos:
L.C L.C
1
Vi .
VC (s) L.C (7)
1
s. s 2
L.C
Vi .o2
VC (s) (8)
s. s 2 o2
dvC (t)
i L (t) C. C.o .Vi .sen(o .t) (10)
dt
dvC (t) 1
i L (t) C. C. .Vi .sen(o .t)
dt L.C
C. C
i L (t) .Vi .sen(o .t)
L. C
C. C
i L (t) .Vi .sen(o .t)
L. C
L
i L (t). Vi .sen(o .t) (11)
C
Define-se:
L
z
C (12)
R1 Vi (18)
2ª Etapa (t1,t2)
Condições iniciais:
i L (t1 ) I1
v C (t1 ) Vo
di L t
v L (t) L Vi Vo (19)
dt
v C t Vo (20)
Vi Vo
L. s.I L (s) I1 (21)
s
Vi Vo I1
I L (s) (22)
s 2 .L s
Vi Vo
i L (t) . t t1 I1 (23)
L
Vi Vo
i L (t).z .z. t t1 I1.z
L
V Vo L
i L (t).z i . . t t1 I1.z
L. L C
Vi Vo L
i L (t).z . . t t1 I1.z
L. L C
1
i L (t).z Vi Vo . . t t1 I1.z
L.C
i L (t).z Vi Vo .o . t t1 I1.z (24)
3ª Etapa (t2,t3)
Condições iniciais:
i L (t 2 ) 0
v C (t 2 ) Vo
v C (t) Vo (28)
Plano de fase da 3ª Etapa
z3 (t) Vo (30)
4ª Etapa (t3,t4)
Condições iniciais:
i L (t 3 ) 0
v C (t 3 ) Vo
di L t
Vi L vC (t) Vo (31)
dt
dv (t)
i L t C. C (32)
dt
Vi Vo
s.L.I L (s) VC (s) (33)
s
I L s C. s.VC (s) Vo (34)
Vi Vo
s.L.C. s.VC (s) Vo VC (s)
s
Vi Vo
s 2 .L.C.VC (s) s.L.C.Vo VC (s)
s
s2 .L.C 1 .VC (s) s.L.C.Vo Vi s Vo
s.L.C.Vo Vi Vo
VC (s) 2 (35)
s .L.C 1 s. s 2 .L.C 1
1 1
Multiplicando o segundo membro de (35) por temos:
L.C L.C
1
s.Vo Vi Vo .
VC (s) L.C (36)
s2
1 1
s. s 2
L.C L.C
VC (s) 2
s.Vo
Vi Vo .o2
(37)
s o2 s. s 2 o2
dvC (t)
i L (t) C. C.o .Vi .sen(o .t) (39)
dt
dvC (t) 1
i L (t) C. C. .Vi .sen(o .t)
dt L.C
C. C
i L (t) .Vi .sen(o .t)
L. C
C. C
i L (t) .Vi .sen(o .t)
L. C
L
i L (t). Vi .sen(o .t) (40)
C
R 4 Vi (45)
5ª Etapa (t4,t5)
Condições iniciais:
i L (t 4 ) I1
v C (t 4 ) 0
di L t
v L (t) L Vi Vo (46)
dt
vC t 0 (47)
Vi Vo
L. s.I L (s) I1 (48)
s
Vi Vo I1
I L (s) (49)
s 2 .L s
Vi Vo
i L (t) . t t 4 I1 (50)
L
Vi Vo
i L (t).z .z. t t 4 I1.z
L
V Vo L
i L (t).z i . . t t 4 I1.z
L. L C
Vi Vo L
i L (t).z . . t t 4 I1.z
L. L C
1
i L (t).z Vi Vo . . t t 4 I1.z
L.C
6ª Etapa (t5,t6)
Condições iniciais:
i L (t 5 ) 0
v C (t 5 ) 0
i L (t) 0 (54)
v C (t) 0 (55)
z 6 (t) 0 (57)
Definindo:
I1.z
I1 (58)
Vi
Vo
q (59)
Vi
iL(t).z
4ª Etapa 1ª Etapa
Vi
I1.z
R4=Vi R1=Vi
6ª Etapa 3ª Etapa
(0,0) (Vo,0)
I1.z Vo Vi R12
2 2
(60)
I1.z Vo Vi Vi2
2 2
I1.z
2
2.Vo . Vi Vo2
2
Vi2 Vi 2 Vi
2 2
I1.z Vo Vo
2. (62)
Vi Vi Vi
2
I1 2.q q 2
I1 q. 2 q (63)
V Vo
o .t1 arc cos i
Vi
V
arc cos 1 o
t1 Vi (65)
o
arc cos 1 q
t1 (66)
o
1 q .o . t 2 t1 I1 0 (67)
I1
t2 t (68)
1 q .o 1
Substituindo (63) e (66) em (68) obtém-se a equação (69).
q. 2 q arc cos 1 q
t2 (69)
q 1 .o o
q. 2 q arc cos 1 q
TSmín 2.t 2 2.
q 1 .o o
2 q. 2 q
TSmín . arc cos 1 q (70)
o q 1
1 1
fSmáx
TSmín 2 q. 2 q
. arc cos 1 q
o q 1
1
fSmáx
2 q. 2 q
. arc cos 1 q
2 ..f o q 1
.f o
fSmáx (71)
q. 2 q
arc cos 1 q
q 1
fS fSmáx
o omáx (72)
fo fo
fSmáx
omáx (73)
fo q. 2 q
arc cos 1 q
q 1
Iomed
1
TS
.
t3
t4
sen o .t .dt 2. o . 1 q . t t1 q. 2 q .dt
t2
t1 (74)
Iomed
1
TS
.
t3
t4
sen o .t .dt 2. o .t o .t1 o .q.t o .q.t1o q. 2 q .dt
t2
t1
t 4 sen .t .dt
1 t 3
o
Iomed .
2. o .t.dt o .t1.dt o .q.t.dt o .q.t1o .dt q. 2 q .dt
t2 t2 t2 t2 t2
TS
t1 t1 t1 t1 t1
1
. cos o .t t 3
t4
Iomed fS . o
2. o . t.dt o .t1. dt o .q. t.dt o .q.t1. dt q. 2 q . dt
t2 t2 t2 t2 t2
t1 t1 t1 t1 t1
1
. cos o .t t 3
t4
o
Iomed fS .
t 2 t2 t2
t2
2. o . o .t1.t t 2 o .q. o .q.t1.t t 2 q. 2 q .t t 2
t t t
2 t 1
2 1 1
1 t1
cos o .t 3 cos o .t 4
o
Iomed fS . t 2 t1
2 2
t 2 t1
2 2
o 1 2 1
o 2
. .t . t t o .q.
2. 2
o .q.t1. t 2 t1 q. 2 q . t 2 t1
cos o .t 3 cos o .t 4
o .t 22 o .t12 2.o .t1.t 2 2 .o .t12
Iomed fS . o
.q.t 2 .q.t 2 2. .q.t .t 2 . .q.t 2 2. q. 2 q . t t
o 2 o 1 o 1 2 o 1 2 1
cos o .t 3 cos o .t 4
o .t 22 . 1 q 2.o .t1.t 2 . 1 q
Iomed fS . o
o .t1 . 1 q 2. q. 2 q . t 2 t1
2
cos o .t 3 cos o .t 4
I omed fS . o . 1 q . t 22 . 2.t1.t 2 t12 2. q. 2 q . t 2 t1
o
cos o .t 3 cos o .t 4
Iomed fS . o . 1 q . t 2 t1 2. q. 2 q . t 2 t1
2
o (75)
t3 t0 0 (76)
arc cos 1 q
t 4 t1 (77)
o
I1
t2 t
1 q .o 1
I1
t 2 t1 (78)
q 1 .o
Substituindo (63) em (78) obtém-se a equação (79).
q. 2 q
t 2 t1 (79)
q 1 .o
arc cos 1 q
cos 0 cos o .
o
Iomed fS . o
2
q. 2 q q. 2 q
o . 1 q . 2. q. 2 q .
q 1 .o
q 1 .o
1 1 q q. 2 q q. 2 q
Iomed fS . o . q 1 . 2.
o q 1 .o 2
2
q 1 .o
fS q. 2 q q. 2 q
Iomed . 1 1 q 2.
o
q 1 q 1
fS q. 2 q
Iomed . q
o q 1
fS q. q 1 q. 2 q
Iomed .
o q 1
fS q q 2 .q q
2 2
Iomed .
o
q 1
1 fS q
Iomed . .
2. f o q 1
(80)
Considerando a definição (72) na equação (80) obtém-se a equação (81) que é a corrente
na fonte Vo normalizada ou em outras palavras a característica de saída do conversor.
o q
Iomed
2. q 1
(81)
1
q (82)
o
1
2..Iomed
1
q (83)
1 F o , Iomed
1.5 Representação Gráfica dos Resultados da Análise
A fig. 10 mostra a freqüência máxima normalizada μomax em função do ganho estático q
traçada a partir da equação (73).
Vi = 100 V
Vo = 150 V
Po_nom = 300 W
Po_min = 30 W
fs_max = 70 kHz
Escolhendo-se uma relação de freqüências μo=fS/fo de 0,7 para conseguir uma ampla
variação de carga temos:
q = Vi/Vo = 1,5
Io_nom = 300/150 = 2 A
fo = 70.10³/0,7 = 100.10³ Hz
L.C 2,533.1012
Assim:
L = 26,597 μH
C = 95,238 nF
1.8
Pontos simulados
1.7
1.6
1.5
o= 0,7
1.4
1.3
1.2
o= 0,1
1.1
1
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Io
med
Fig. 12 – Característica de saída teórica Iomed em função do ganho estático q juntamente com a
característica de saída obtida por simulação ponto a ponto
152V
120V
80V
40V
0V
2.215ms 2.220ms 2.225ms 2.230ms 2.235ms 2.240ms 2.243ms
V(C1:2,C1:1)
Time
4.0A
2.0A
0A
6.0A
4.0A
2.0A
0A
A fig. 16 apresenta a comutação nos interruptores para operação com potência nominal.
150
iS1 x 20
VS1
100
50
V(S2:3,0) I(S2:3)*20
150
iS2 x 20
VS2
100
50
SEL>>
-9
2.229ms 2.232ms 2.236ms 2.240ms 2.244ms 2.248ms 2.252ms 2.256ms
V(S1:3,D7:2) I(S1:3)*20
Time
A fig. 17 apresenta a comutação nos diodos D1 e D2 para operação com potência nominal.
182
iD1 x 30
100
-100
SEL>> VD1
V(L1:2,D5:2) I(D5)*30
182
iD2 x 30
100
-100
VD2
152V
120V
80V
40V
0V
2.2427ms 2.2600ms 2.2800ms 2.3000ms 2.3200ms 2.3400ms 2.3600ms 2.3800ms 2.4000ms 2.4200ms
V(C1:2,C1:1)
Time
4.0A
2.0A
0A
6.0A
4.0A
2.0A
0A
A fig. 21 apresenta a comutação nos interruptores para operação com potência mínima.
150
iS1 x 20
VS1
100
50
V(S2:3,0) I(S2:3)*20
150
iS2 x 20
VS2
100
50
SEL>>
-10
2.142ms 2.160ms 2.180ms 2.200ms 2.220ms 2.240ms 2.260ms 2.280ms 2.300ms 2.320ms
V(S1:3,D7:2) I(S1:3)*20
Time
A fig. 22 apresenta a comutação nos diodos D1 e D2 para operação com potência mínima.
200
iD1 x 30
VD1
-200
V(D5:1,D6:1) I(D5)*30
200
iD2 x 30
VD2
SEL>>
-200
2.2854ms 2.3000ms 2.3200ms 2.3400ms 2.3600ms 2.3800ms 2.4000ms 2.4200ms 2.4400ms 2.4600ms
V(D6:1,D6:2) I(D6)*30
Time
Conclusão
Foi apresentada a análise das etapas de operação do conversor Boost–1 série ressonante
em condução descontínua, o equacionamento e plano de fase indicando cada uma das etapas,
bem como a característica de saída do conversor e validação dos resultados através de
simulação.
Através das formas de onda básicas e do plano de fase completo, foi possível observar as
duas comutações suaves dos interruptores (tanto na entrada em condução quanto no bloqueio).
Quando o interruptor S1 é comandado a conduzir, a corrente através dele é nula, pois na etapa
anterior não havia condução no circuito. O mesmo tipo de comutação (Zero Current Switching –
ZCS) ocorre durante o bloqueio, pois na primeira etapa a tensão no capacitor vC aumenta até se
igualar à tensão de saída VO. Nesse instante o diodo D2 entra em condução, grampeando a
tensão do capacitor em VO (o que caracteriza uma vantagem por ser uma tensão conhecida) e ao
mesmo tempo assumindo a corrente que estava fluindo através do interruptor. Assim, o
interruptor S1 pode ser bloqueado com corrente nula novamente. Com o interruptor S2 ocorre de
forma similar, sendo comandado após a etapa sem condução e bloqueado após a entrada em
condução de D1.
Analisando as curvas da característica de saída do conversor, observa-se que a corrente
média de saída e conseqüentemente a potência podem ser alteradas com a variação da relação
entre as freqüências O, podendo o conversor ser projetado para operar dentro de uma faixa de
interesse (região de operação). O que deve ser cuidadosamente observado é a curva de Omax
(Fig. 10), que representa a curva de condução crítica do conversor. A condução deve ser
descontínua de forma a preservar as comutações suaves dos interruptores. Tendo em vista
facilitar a visualização dessa restrição, a curva crítica foi traçada juntamente com a característica
de saída, delimitando a região de operação (Fig. 11).
Uma outra vantagem de operar no modo de condução descontínua que pode ser verificada
através da (Fig. 11) é o fato que nesta região para um valor fixo de μo a estrutura funciona como
fonte de corrente constante, ou seja, para uma certa faixa de variação em Vo a corrente Io na
saída praticamente não se altera.
Uma restrição peculiar desse conversor é o fato de que apesar de ser elevador de tensão
(Boost), a tensão de saída não pode exceder o dobro da tensão de entrada. Essa característica
pode ser facilmente observada através do plano de fase. Como o raio dos arcos presentes na
primeira e quarta etapas é igual a Vi, o diâmetro é o dobro de Vi, que é a tensão máxima que o
capacitor pode assumir nas etapas ressonantes (e, portanto a máxima tensão de saída). A
continuação dessa ressonância faria a corrente no indutor passar a ser negativa, o que não é
permitido pela estrutura.
É importante observar que a equação (81) encontrada para I omed pode ser colocada na
forma padrão do ganho de tensão dos conversores Boost (eq. (83)). Assim, por inspeção dessa
equação e conhecendo as formas padrão dos conversores Buck e Buck–Boost, as equações de
Iomed para esses conversores são rapidamente obtidas, e conseqüentemente as características de
saída.
Após toda a análise, a simulação revelou grande aproximação dos pontos levantados com
as curvas teóricas da característica de saída (Fig. 12), bem como formas de onda esperadas e
esforços sobre os semicondutores, utilizando a metodologia de projeto apresentada no item 1.6.
33
Referência Bibliográfica
Referência Bibliográfica
34
Universidade Federal de Santa Catarina
Departamento de Engenharia Elétrica
Instituto de Eletrônica de Potência
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO. ......................................................................................................... 3
2. ETAPAS DE OPERAÇÃO. ....................................................................................... 4
2.1. PRIMEIRA ETAPA DE OPERAÇÃO – (T0, T1). ............................................................ 4
2.2. SEGUNDA ETAPA DE OPERAÇÃO – (T1, T2). ............................................................ 7
2.3. TERCEIRA ETAPA DE FUNCIONAMENTO – (T2, T3). ................................................. 9
2.4. QUARTA ETAPA DE FUNCIONAMENTO – (T3, T4). ................................................... 9
2.5. QUINTA ETAPA DE FUNCIONAMENTO – (T4, T5). .................................................. 11
2.6. SEXTA ETAPA DE OPERAÇÃO – (T5, T6). ............................................................... 13
2.7. COMPORTAMENTO DO CIRCUITO. ........................................................................ 14
2.8. CARACTERÍSTICA DE SAÍDA. ................................................................................ 16
2.9. LIMITAÇÕES DA CARACTERÍSTICA DE SAÍDA. ....................................................... 17
2.10. OBTENÇÃO DA CARACTERÍSTICA BUCK-BOOST................................................... 20
4. CONCLUSÕES. ....................................................................................................... 27
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. .................................................................. 28
1. INTRODUÇÃO.
2. ETAPAS DE OPERAÇÃO.
cos 0 t1 q (2.12)
Lr
Z (2.15)
Cr
Parametrizando (2.14) em função de V1, se obtém:
Ao final desta etapa, a corrente no indutor ainda não se anulou, então o valor final
da corrente pode ser chamado de:
iLr (t1 ) I1 (2.17)
A Fig. 2 mostra o diagrama de fase que representa esta etapa.
A partir deste plano de fase, uma equação importante pode ser obtida para o
instante t1, onde termina esta etapa.
I1 Z V12 V2 2 (2.18)
I1 1 q 2 (2.19)
V2
q (2.20)
V1
iLr (t )
V2 Lr (2.22)
t
Re-arranjando (2.22):
V2
iLr (t ) t (2.23)
Lr
Integrando a expressão (2.23).
t t
V2
iLr (t )
t1 t1
Lr
t (2.24)
V2
iLr (t ) iLr (t1 ) t t1 (2.25)
Lr
Relembrando (2.17), e multiplicando a equação por Z.
V2
iLr (t ) Z I1 Z Z t t1 (2.26)
Lr
Parametrizando em função de V1.
iLr (t ) I1 q 0 t t1 (2.27)
I1 q 0 t t1 (2.29)
1 q2
0 t2 t1 (2.30)
q
Durante esta etapa, nenhuma alteração acontece nos estados do circuito, ou seja, a
corrente no indutor se mantém nula e a tensão no capacitor se mantém em “V1+V2”.
Esta etapa se prolongará até que em t = t3 o interruptor S2 seja comandado a
conduzir. A Fig. 5 ilustra esta etapa de operação. O plano de fase não será mostrado, pois
se trata de um ponto sobre o eixo VCr(t) em “V1+V2”.
iLr (t ) 0 (2.32)
VCr ( s)
V2 V V Lr Cr s
1 2 2 (2.38)
s s Lr Cr 1
2
s Lr Cr 1
Re-arranjando a equação, e considerando (2.7), tem-se (2.39):
02 s
VCr ( s) V2 V1 V2 2 (2.39)
s s 0
2 2
s 02
Aplicando a transformada de Laplace inversa.
Re-escrevendo:
iLr (t ) Z V1 sin 0 t (2.43)
Ao final desta etapa, a corrente no indutor ainda não se anulou e seu valor final é
igual ao valor final da corrente da 1a etapa, como mostrado em (2.45) e ilustrado pelo
plano de fase da Fig. 7.
iLr (t4 ) iLr (t1 ) I1 (2.45)
esta decresça de forma linear, segunda uma rampa cuja inclinação é dada pela razão entre
V2 e Lr.
iLr (t )
V2 Lr (2.47)
t
Re-arranjando(2.47):
V2
iLr (t ) t (2.48)
Lr
Integrando a expressão (2.48).
t t
V2
iLr (t )
t4 t4
Lr
t (2.49)
V2
iLr (t ) iLr (t4 ) t t4 (2.50)
Lr
Relembrando (2.45), e multiplicando a equação por Z.
Título: Estudo do conversor buck-boost ressonante. 12
Autores: Cícero S. Postiglione e José Flávio Dums.
INSTITUTO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA
Eletrônica de Potência III
V2
iLr (t ) Z I1 Z Z t t4 (2.51)
Lr
Parametrizando em função de V1.
iLr (t ) I1 q 0 t t4 (2.52)
I1 q 0 t t4 (2.54)
1 q2
0 t5 t 4 (2.55)
q
iLr (t ) 0 (2.57)
2 I1 q 0 1
I 0 med t2 t1 t2 t1 1 cos 0 t1
2
(2.60)
Ts Ts Ts 0
Substituindo (2.12), (2.19) e (2.30) em (2.60), consegue-se finalmente a equação
da característica de saída, dada por .
1 1 q
I 0 med
Ts 0 q
(2.61)
1 1 q
I 0 med 0 (2.63)
2 q
Com base na equação (2.63), é possível obter um ábaco que representa o
comportamento da característica de saída. Este ábaco é apresentado na Fig. 13.
f0
t3 t0 (2.65)
0 f S
Considerando agora que o intervalo de comutação (t2, t3) seja nulo, pois está se
fS
(2.67)
f 0 0 t2 t1 t1 t0
indicada na Fig. 15, que representa o limite entre a condução descontínua e condução
contínua.
2 I 0 med
q 1 1 (2.71)
0
1
q (2.72)
2 I 0 med
1
0
2 I 0 med
Multiplicando numerador e denominador por , obtém-se:
0
0
2 I 0 med
q (2.73)
0
1
2 I 0 med
0
Chamando D ' , chega-se a (2.74) que é idêntica a (2.69), como
2 I 0 med
esperado.
D'
q (2.74)
1 D '
3. EXEMPLO DE PROJETO.
Lr
2,9
Cr
Logo:
Cr = 550nF
Lr = 4,63μH
Com a simulação deste circuito, obteve-se o plano de fase mostrado na Fig. 17, que
como era esperado, é idêntico ao apresentado na Fig. 11.
A partir da simulação foram obtidas as formas de onda, apresentadas na Fig. 18,
para a situação de máxima potência, calculada anteriormente.
Também foi feita uma simulação para a situação de mínima potência, cujas formas
de onda obtidas estão na Fig. 19.
4. CONCLUSÕES.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
[1] BARBI, IVO & SOZA, FABIANA PÖTTKER DE. Conversores CC-CC Isolados
de Alta Freqüência com Comutação Suave. Florianópolis, 1999. Edição dos Autores.
[2] BARBI, IVO & MARTINS, DENIZAR CRUZ. Conversores CC-CC Básicos Não
Isolados. Florianópolis, 2000. Edição dos Autores.
Professor Responsável:
Ivo Barbi (INEP/EEL – UFSC)
Julho/2000
Indice
Indice.................................................................................................................................................... 2
1. Introdução...................................................................................................................................... 3
2. Circuito Elétrico Equivalente ........................................................................................................ 4
3. Etapas de Funcionamento .............................................................................................................. 6
4. Formas de Onda Básicas ............................................................................................................... 8
5. Equacionamento .......................................................................................................................... 10
5.1. 1a Etapa ................................................................................................................................. 10
5.2. 2a Etapa ................................................................................................................................. 12
6. Característica de Saída ................................................................................................................ 15
7. Metodologia e Exemplo de Projeto ............................................................................................. 16
7.1. Operação com Potência Nominal ......................................................................................... 16
7.2. Operação com Potência Mínima ........................................................................................... 17
8. Simulação do Conversor ............................................................................................................. 19
8.1. Operação com Potência Nominal ......................................................................................... 19
8.2. Operação com Potência Mínima ........................................................................................... 20
9. Conclusão .................................................................................................................................... 22
10. Bibliografia .............................................................................................................................. 23
1. Introdução
Este trabalho tem por objetivo o estudo do conversor Buck série ressonante com
grampeamento da tensão do capacitor ressonante.
Como no conversor série ressonante com grampeamento da tensão do capacitor ressonante
apresentado no Cap. III de [1], a característica de saída do conversor em estudo é potência
constante. A tensão sobre o capacitor ressonante é conhecida e limitada no valor da fonte de tensão
de entrada. Assim, elimina-se o inconveniente do conversor série ressonante apresentado no Cap. II
de [1], no qual a tensão sobre o capacitor ressonante, para condução contínua atinge altos valores.
Um inconveniente do conversor hora em estudo é não ter-se característica de saída de fonte de
corrente, que muitas vezes pode ser desejável.
O conversor em estudo não utiliza transformador, perdendo-se assim uma característica
importante que é a isolação entre a entrada e a saída.
Na Fig. 1 tem-se o circuito elétrico do conversor série ressonante com grampeamento da
tensão do capacitor ressonante.
S1
L
C1 D1
+ Vi + Vo
- -
C2 D2
S2
+ il il + Vl -
C1 D1
Vc1
+ Vi ic1 + Vo
- 1
+ -
- C2 il D2
Vc2
- ic2 il
S2
dil
Vi Vo L Vc2 (Eq. 1)
dt
dil
L Vo Vc1 0 (Eq. 2)
dt
Vi Vc1 Vc 2 (Eq. 4)
C dVc1 C dVc2
0 (Eq. 5)
2 dt 2 dt
ic1 il ic 2 0 (Eq. 7)
1 1
Vc1
C/2 ic1dt
C/2
il 2 dt (Eq. 9)
1 1
Vc2
C/2 ic2dt
C/2
il 2 dt (Eq. 10)
Vi dil 1
dt C
Vo L ildt (Eq. 11)
2
Da (Eq. 11) pode-se desenhar o circuito elétrico equivalente, mostrado na Fig. 3. Portanto o
circuito da Fig. 1 pode ser redesenhado conforme mostrado na Fig. 4.
C L iL
+ Vc - + Vl -
+ Vi/2 + Vo
- -
+ Vi/2=V1 + Vl -
D1
- - Vc + + Vo
+ Vi/2=V1 C -
D2
-
S2
3. Etapas de Funcionamento
Para o conversor em estudo, o filtro de saída, juntamente com a carga foram substituídos por
uma fonte ideal de tensão. Os componentes são considerados ideais, ou seja, despreza-se os
fenômenos de comutação das chaves e dos diodos, bem como suas perdas. O capacitor também é
considerado ideal.
Para a descrição das etapas de funcionamento é considerado o conversor operando em
regime permanente, ou seja, é desconsiderado o transitório. Os sentidos das correntes e as
polaridades das tensões são os mostrados na Fig. 4.
Nas etapas que precederam esta, tinha-se a chave S2 conduzindo, portanto o capacitor
encontra-se com uma tensão de –V1. No instante to a corrente na carga é zero, pois estava
circulando em roda livre pelos diodos D1 e D2. No instante to a chave S1 é habilitada a conduzir,
com corrente zero, portanto sua comutação é suave do tipo ZCS. A corrente no indutor começa a
crescer senoidalmente. O capacitor é descarregado e então carregado com polaridade oposta. Esta
etapa é finalizada quando a tensão no capacitor se torna igual a da fonte V1.
S1
L iL
+ Vi/2=V1 + Vl -
D1
- - Vc=-V1 + + Vo
+ Vi/2=V1 C -
D2
-
S2
No instante t2 a tensão no capacitor se torna igual a da fonte V1, e assim o diodo D1 é posto
em condução. A tensão no capacitor fica grampeada no valor de +V1 e a corrente no indutor
começa a decrescer em roda livre pelos diodos D1 e D2. Deve-se aproveitar esta etapa para
bloquear a chave S1 com corrente zero, assim sua comutação será suave do tipo ZCS. Esta etapa
termina quando a corrente no indutor atinge zero.
S1
L iL
+ Vi/2=V1 + Vl -
D1
- - Vc=V1 + + Vo
+ Vi/2=V1 C -
D2
-
S2
A corrente se anula na carga no instante t2, e assim os diodos se bloqueiam. Como a chave
S2 ainda não recebeu ordem de comando a corrente no circuito é nula e nenhuma chave está
conduzindo. A tensão no capacitor é mantida em +V1.
S1
L iL=0
+ Vi/2=V1 + Vl -
D1
- - Vc=V1 + + Vo
+ Vi/2=V1 C -
D2
-
S2
No instante t3 a chave S2 é habilitada a conduzir com corrente nula. Portanto sua comutação
é suave do tipo ZCS. A partir do instante t3 a corrente no indutor cresce senoidalmente devido a
ressonância entre L e C. A tensão no capacitor inicialmente diminui e depois inverte de polaridade
até atingir o valor de –V1, quando então esta etapa é finalizada.
S1
L iL
+ Vi/2=V1 + Vl -
D1
- - Vc=V1 + + Vo
+ Vi/2=V1 C -
D2
-
S2
No instante t4 a tensão no capacitor se torna igual a da fonte V1, e assim o diodo D2 é posto
em condução. A tensão no capacitor fica grampeada no valor de -V1 e a corrente no indutor
começa a decrescer em roda livre pelos diodos D1 e D2. Deve-se aproveitar esta etapa para
bloquear a chave S2 com corrente zero, assim sua comutação será suave do tipo ZCS. Esta etapa
termina quando a corrente no indutor atinge zero.
S1
L iL
+ Vi/2=V1 + Vl -
D1
- - Vc=-V1 + + Vo
+ Vi/2=V1 C -
D2
-
S2
A corrente se anula na carga no instante t6, e assim os diodos se bloqueiam. Como a chave
S1 ainda não recebeu ordem de comando a corrente no circuito é nula e nenhuma chave está
conduzindo. A tensão no capacitor é mantida em -V1.
S1
L iL=0
+ Vi/2=V1 + Vl -
D1
- - Vc=-V1 + + Vo
+ Vi/2=V1 C -
D2
-
S2
Nas Fig. 11, Fig. 12, Fig. 13, Fig. 14 e Fig. 15 tem-se as formas de onda mais importantes,
com a indicação dos intervalos de tempo correspondentes às etapas de funcionamento descritas no
Cap. 2.
iL(t) Vc(t)
+V1
I1
-V1
to t1 t2 t3 t4 t5 to+T t1+Tt2+T t3+T t4+T t5+T to t1 t2 t3 t4 t5 to+T t1+Tt2+T t3+T t4+T t5+T
Vi(t) Vi(t)
Vs1(t) Vs1(t)
I1 x 20 I1 x 20
Is1(t) x 20 Is1(t) x 20
to t1 t2 t3 t4 t5 to+T t1+Tt2+T t3+T t4+T t5+T to t1 t2 t3 t4 t5 to+T t1+Tt2+T t3+T t4+T t5+T
Fig. 13 - Tensão e Corrente na Chave S1. Fig. 14 - Tensão e Corrente na Chave S2.
Comando de S1
Comando de S2
5. Equacionamento
5.1. 1a Etapa
il( to) o
Vc( to) V1
dil
V1 L Vo Vc 0 (Eq. 12)
dt
dvc
il C
dt (Eq. 13)
Aplicando-se a transformada de Laplace na (Eq. 12) e na (Eq. 13) tem-se:
V1 Vo
LSil(s) Lil( to) Vc(s)
S (Eq. 15)
Substituindo-se a (Eq. 14) na (Eq. 15) tem-se:
(V1 Vo)o 2 V1
Vc(s) S
S(S o )
2 2
S(S o 2 )
2
(Eq. 16)
Onde:
1
o
LC
Aplicando-se a anti-transformada de Laplace na (Eq. 16) tem-se:
Vo
q
V1
________
Vc( t )
Vc( t ) (2 q) cos(ot ) 1 q (Eq. 19)
V1
_______
il( t )z
il( t ) (2 q)sen (ot ) (Eq. 20)
V1
1 (2 q) cos(ot ) 1 q
E portanto:
q
ot cos 1
2 q
q
o( t1 to) cos 1
2 q (Eq. 21)
___
il( t1)z q
I1 (2 q )sen cos 1
V1 2 q
___
I1 2 1 q (Eq. 22)
il z
I1
-1 0 +1 Vc
Fig. 16 - Plano de Fase da Primeira Etapa.
5.2. 2a Etapa
il( t1) I1
Vc( t1) V1
Vo
il( t ) I1 ( t t1) (Eq. 23)
L
________
Vc( t )
Vc( t ) 1 (Eq. 25)
V1
_______
il( t )z ___
il( t ) I1 qo( t t1) (Eq. 26)
V1
0 2 1 q qo( t 2 t1)
2 1 q
o( t 2 t1) (Eq. 27)
q
il z
I1
-1 0 +1 Vc
Fig. 17 - Plano de Fase da Segunda Etapa.
Na Fig. 18 tem-se o plano de fase completo, ou seja, para um período de funcionamento do
conversor.
il z
I1
-1 0 +1 Vc
Ts
t 2 to (Eq. 28)
2
o
o( t 2 to) (Eq. 29)
2fs
fs
(Eq. 30)
fo o( t 2 t1)
Portanto a relação entre o e q é explicitada pela (Eq. 31), e deve ser satisfeita para que o
conversor opere em condução descontínua.
o (Eq. 31)
q 2 1 q
1
cos q
2 q
fs max
(Eq. 32)
fo q 2 1 q
1
cos q
2 q
Na Fig. 19 tem-se um ábaco mostrando a relação entre o e q. Pode-se notar que para
o = fsmax/fo tem-se um qmin de operação, o que denota que a tensão de saída do conversor não pode
ser zero. O valor de qmin calculado é 0,35693.
fs
max 1
fo
0.5
0 q
0 0.2 min 0.4 0.6 0.8 1
q
6. Característica de Saída
A corrente na carga é igual a corrente no indutor ressonante. Na (Eq. 33) tem-se a corrente
média na carga parametrizada em função de z e de V1.
2
_________ t1 t2
Iomed il( t )dt il( t )dt (Eq. 33)
Ts to t1
_________
2fs 2fs
Iomed (1 q) (Eq. 34)
fo foq
_________
Iomed z 2fs
Iomed (Eq. 35)
V1 qfo
q 1
0.8
1,0
0.6
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
0.4
0.2
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Iomed
__________
Pomed z 2fs
Pomed (Eq. 36)
V12 fo
Pode-se notar que a mesma depende apenas da relação de freqüências. Por isto uma
característica deste conversor é potência média constante na saída.
Vo Vo 160
q 0,8
V1 Vi / 2 200
fs 100k
fo 200kHz
o 0,5
1 1
LC 6,3325 10 13
o 2
(2fo) 2
_________
Iomed z 2fs 2 100k
Iomed 0,4
V1 qfo 0,8 200k
L 0,4 200
z 25,6
C 3,125
L 20,372H
C 31,085nF
1 1 q
t S t1 to cos
o 2 q
t S 1,8307s
1 2 1 q
t D t 2 t1
o q
I1 6,99A
V1 200
ILpico
L 20,372u
ILpico 9,817A
Para uma potência mínima de 20kHz tem-se uma relação entre as freqüências dada por:
fs min 20kHz
20k
o 0,1
200k
_________
2fs
Iomed 0,1
qfo
_________
Iomed 0,079577A
_________
Iomed V1 0,079577 200
Iomed
z 25,6
Iomed 0,621699A
Po 100 W
8. Simulação do Conversor
Vg1
+ -
S1
R1 L
1m 20.372uH
+ Vi/2
200 D1
-
31.085nF + Vo
160
C -
+ Vi/2
200 D2
- R2
1m
S2
Vg2 + -
Na Fig. 22 mostra-se a tensão sobre o capacitor ressonante. Nota-se que a mesma atinge os
valores máximos de Vi/2.
Na Fig. 23 tem-se a corrente no indutor, onde verifica-se que o valor de pico está próximo
do calculado. As comutações das chaves podem ser observadas na Fig. 24, na qual nota-se a
comutação como sendo suave do tipo ZCS. A tensão e corrente nos diodos é mostrada na Fig. 25.
Pela Fig. 26 verifica-se que a potência média na saída corresponde ao valor calculado. Portanto
pode-se concluir que a metodologia de projeto apresentada está condicente e pode ser usada para
projeto de conversores série ressonantes com grampeamento da tensão do capacitor ressonante.
400V 500
Vc(t)
Vs1
200V
Is1 x 20
0
0V
500
-200V
Vs2
Is2 x 20
0
-400V 0s 5us 10us 15us 20us
0s 5us 10us 15us 20us
10A 300
iL(t)
Id1 x 20
Vd1
-500
5A
300
Id2 x 20
Vd2
-500
0A 0s 5us 10us 15us 20us
0s 5us 10us 15us 20us
iL(t)
iLmed
0A
600W
Pomed
0W
20us 25us 30us 35us 40us
A corrente média na saída e a potência média podem ser observadas pela Fig. 30. Nota-se
que os valores correspondem aos determinados pela metodologia de projeto anteriormente
apresentada.
10A 400
iL(t)
Id1 x 20
Vd1
-400
5A
200
Id2 x 20
Vd2
-400
0A 0s 5us 10us 15us 20us 25us 30us 35us 40us
0s 5us 10us 15us 20us 25us 30us 35us 40us
10A
500
iL(t)
Vs1
Ilmed
0A
Is1 x 20
0
150W
500 Pomed
Vs2
Is2 x 20 0W
0 40us 50us 60us 70us 80us 90us 100us
0s 5us 10us 15us 20us 25us 30us 35us 40us
9. Conclusão
Este trabalho teve como objetivo o estudo do conversor Buck série ressonante com
grampeamento da tensão do capacitor ressonante.
Nota-se que o conversor em estudo difere na sua topologia do apresentado no Cap. III de
[1]. No entanto suas etapas de funcionamento, equacionamento e característica de saída são muito
semelhantes as do referido conversor.
Obtendo-se o circuito equivalente do conversor em estudo, notou-se a grande semelhança
com o apresentado no Cap. III de [1], e a partir daí pôde-se desenvolver os capítulos apresentados
neste trabalho tomando-se por base a metodologia apresentada na citada referência.
Na característica de saída deste conversor identifica-se que a potência do mesmo é
constante. A corrente média na saída depende diretamente da relação entre as freqüências de
chaveamento e de ressonância (o). Em sendo assim, aumentado-se a freqüência de chaveamento
aumenta-se a corrente média na saída, e portanto controla-se a potência fornecida à carga. Já em
relação à relação entre as tensões (q), nota-se que desejando aumentar a tensão de saída tem-se
como conseqüência uma diminuição na corrente de saída, pois estas relacionam-se inversamente.
Identifica-se assim que a potência de saída é constante para uma combinação de o e q que atendam
a uma dada tensão de saída em função do conhecimento da máxima freqüência de chaveamento.
No estudo realizado considerou-se a saída como sendo uma fonte de tensão ideal. Num
circuito prático, onde juntamente com a carga tem-se um capacitor de grande valor notar-se-ia
variações da tensão na saída em função da variação da corrente solicitada pela carga. Assim torna-
se necessário o uso de um circuito de controle em malha fechada que sensibilizado pelas variações
na tensão da saída altere a freqüência de chaveamento a fim de manter a tensão de saída constante,
dentro de uma faixa de ondulação pré-determinada.
No que tange as comutações das chaves, verifica-se que tanto a entrada em condução como
o bloqueio das chaves é suave, pois em ambos os casos a corrente é nula. Alia-se o fato de que nas
etapas de condução dos diodos é permissível o bloqueio das chaves com corrente nula.
No conversor estudado, não tem-se limitação do valor da corrente na carga quando da
ocorrência de problemas de sobrecorrente. Portanto devem ser previstas proteções contra
sobrecorrente e sub-tensão na carga.
A máxima tensão sobre o capacitor ficou limitada ao valor da fonte de alimentação da
entrada devido a interrupção da etapa ressonante através do grampeamento da tensão no capacitor
ressonante.
Se comparado ao conversor apresentado no Cap. II de [1] tem maiores esforços nos diodos,
pois estes conduzem a corrente da etapa ressonante e da etapa de roda livre.
10. Bibliografia
[1] BARBI, Ivo & SOUZA, Fabiana Pötker – Conversores CC-CC Isolados de Alta Freqüência com
Comutação Suave.
[2] VIEIRA, José Luiz Freitas – Concepção, Análise e Projeto de Sistemas de Alimentação em
Corrente Contínua de Alto Desempenho com Altas Frequências e Potências, Dissertação de
Mestrado, UFSC-SC/BRASIL, 1993.