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O Relacionamento com sua Mãe está diretamente ligado ao seu estado financeiro!

No livro de Bert Hellinger, “O amor do espírito” Editora Atman, fala sobre a falta de
dinheiro em uma visão sistêmica está relacionado a mãe, porque as mães, mulheres são
férteis, e o dinheiro vem da fertilidade, é energia em movimento.

Neste livro ele comenta que dinheiro deve ser empregado a serviço da vida, pois o
dinheiro é uma imagem da vida e quem desrespeita o dinheiro, desrespeita a vida. O
dinheiro é sempre representado nas Constelações por uma mulher – por quê? Porque o
dinheiro é fértil.

O sucesso dos negócios e na profissão vem com a bênção da mãe. Sem isso só há
fracassos, pois, o dinheiro tem a imagem da mãe; quem rejeita a mãe permanece pobre.

Para Hellinger, tomamos a vida como um todo, quem tem reservas em relação à mãe, que
foi sua primeira e talvez mais importante experiência de nutrição e confiança oferecida
pela vida, também terá reservas em relação à realização, ao sucesso e à felicidade. Quem
rejeita sua mãe, quem não concorda com ela do jeito que é, rejeita também a vida e a
felicidade.

"Como o sucesso pode chegar? Ele vem quando nossa mãe pode vir a nós e quando
nós a honramos como tal.”

E por outro lado, muitos estudos mostram que o lado masculino representa financeiro.
Isso também está certo. Porque na verdade, a constelação sistêmica mostra, sem sombra
de dúvidas, que o homem não é um indivíduo, mas sim, apenas uma célula de um grande
corpo, que se chama sistema familiar, e enquanto não honrar e respeitar este corpo, não
consegue harmonizar-se e sente-se sempre “um estranho no ninho”. Mas depois que ele
se percebe como parte de um “todo”, toda a vida se suaviza e os caminhos se abrem, como
que por encanto! Por isso somos sistêmicos, somos um, somos o todo. Pai e `Mãe
influenciam sim em nossas vidas, sejam nos relacionamentos ou dinheiro.

A mulher segue o marido e o homem serve ao feminino; nas organizações quando a


mulher organiza e o homem segue, dá errado. Um genro que usa o dinheiro do sogro em
geral leva o negócio à falência. O homem que vai morar na casa dos pais da mulher em
geral leva o relacionamento ao fracasso. Pois é.
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O dinheiro é adquirido através de algo que fazemos; dinheiro vindo pelo nosso empenho
nos faz feliz e serve a vida, mas, como a vida, o dinheiro quer ser gasto a serviço da vida.
O dinheiro herdado não foi por empenho ou trabalho - por isso acontecem falências. É
mais fácil de gastar.

Por isso despedir-se do campo da pobreza e movimentar-se em direção ao campo da


riqueza é uma conquista espiritual.

Artigo de Alice Duarte.

Ela primeiro nos faz pensar e meditar sobre abundância e nossos pais. Uma pergunta
impactante é: Você já parou para pensar no que está por trás da falta de prosperidade na
sua vida? Na falta de clientes, na empresa que vai mal, naquele aumento e emprego que
não vem? Não vale pôr a culpa na crise, no governo, no capitalismo, no mundo. A causa
pode morar sabe onde?

Prosperidade é ter tudo o que se necessita para viver bem e não somente para sobreviver.
E você só pode atingir esse estado de conforto quando consegue estar em sintonia com a
vida, tal como ela é. E para isso é necessário aceitar e agradecer a tudo e a todos,
principalmente o difícil. Já parou para pensar em agradecer a atual crise que vive? Gosto
de pensar na bela oportunidade que ela traz para sairmos da zona de conforto, repensar
nossas práticas e nosso rumo, nos capacitar melhor e buscarmos soluções criativas.

Mas se colocar a culpa sempre em algo fora de você, você vai ficar naquela postura
infantil, como a criança que pede para que a mãe lhe dê algo. A solução passa por fincar
os pés na vida como adulto, que é dono das próprias escolhas, que dá e recebe dos demais,
que recebeu o que tinha que receber dos pais e agora precisa fazer o resto sozinho.

Oito passos para melhorar sua relação com o dinheiro e se conectar com a
abundância:

1) Coloque-se em paz com seus pais (de hoje e do passado)

Agradeça e aceite sua mãe e seu pai como eles são e não como você gostaria que eles
fossem ou tivessem sidos. A mãe é quem nos deu o primeiro sustento, por isso ela está
ligada ao movimento de ir para a vida, à prosperidade e ao dinheiro. O pai, na visão
sistêmica, representa nossa carreira e profissão. Se você está vivo nesse mundo,
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trabalhando, constituindo família, aprendendo e impactando na vida de outras pessoas é


porque seus pais foram perfeitos como pais do ponto de vista da existência humana e da
vida. E se você os toma sem reivindicações, o dinheiro flui e você se sente adaptado e
realizado na vida.

2) Busque o equilíbrio de troca

O dinheiro é uma energia de agradecimento. Você dá algo a alguém – um serviço, um


produto ou um conhecimento – e esse alguém retribui com certa quantia de dinheiro. Esta
relação precisa ter um equilíbrio, ser justa para ambas as partes. Meu produto ou serviço
não pode ser mais caro nem mais barato do que o benefício que ele proporciona.

“Nossa vida flui quando equilibramos o dar e receber. E um modo de o universo nos
mostrar se estamos fazendo isso é quando recebemos dinheiro ou quando estamos na
abundância.” Brigitte Champetier de Ribes

3) Vá para a vida para que o dinheiro chegue até você

Faça as pazes com o seu passado, mantenha os pés bem fincados no presente e flerte com
o futuro. Se o dinheiro não vem, é sinal de que algo precisa ser resolvido antes,
provavelmente na sua história pessoal ou nos de membros do seu sistema, seja na família
de origem ou em alguma geração anterior. Isso pode estar atrapalhando você de estar
disponível pra vida. Aí o dinheiro não vem.

4) Se atreva a ser tão grande quanto o seu dinheiro

Pare para pensar: quando você lida com o dinheiro você se sente menor, maior ou igual?
Essa relação precisa ser de igual pra igual. Não se pode ser como uma criança que pede,
nem ser maior que o dinheiro, pois nessa postura arrogante não se consegue agradecê-lo.
Se dinheiro não se sente respeitado ele vai embora da sua vida.

5) Olhe para o dinheiro com bons olhos

Se você não olha o dinheiro, ou seja, evita fazer planilha de gastos e rendimentos, não
gosta de olhar o holerite, quanto tem na carteira, nem o extrato bancário, atenção! Você
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pode estar excluindo o dinheiro da sua vida. Se você olha para seu rendimento e para suas
contas com carinho e respeito, você tem saúde financeira. Tenha gratidão a tudo o que
receber (mesmo as pequenas quantias), ao banco e até aos impostos recolhidos. Tudo
aquilo que você exclui, rejeita e tem aversão, você acumula tensão e começa a dar nós.

6) Dê significado nobre ao seu trabalho

Você não vende um produto, serviço ou conhecimento, você vende conforto, praticidade,
bem-estar e sucesso às pessoas. “Qualquer empresa que é bem-sucedida está a serviço da
vida, dos seres humanos”, disse Bert Hellinger, criador das Constelações, em seu último
seminário no Brasil. É preciso colocar o foco no benefício que seu trabalho vai
proporcionar e não focar em aumentar seu faturamento e ter sucesso. “Quem somente
serve ao dinheiro já perdeu antes de começar”, acrescentou Hellinger.

7) Observe que sentimento surge quando você dá e ganha dinheiro

Você sente pena da pessoa que te dá dinheiro? Você sente desconforto e irritação quando
dá seu dinheiro ao outro? Tem gente que sente vergonha e culpa quando recebe, ao passo
que quando dá ou perde sente alívio. Crenças sabotadoras podem estar por trás dessas
dinâmicas.

8) Cuidado com as crenças sabotadoras!

Verifique ao longo da sua vida se você ouviu e tomou essas ideias como verdade: “Os
ricos são gananciosos, desonestos, exploradores” ou “É mais fácil um camelo passar pelo
buraco da agulha que um rico entrar no reino dos céus”. Você tem medo de seguir um
caminho diferente da família se ela não tem prosperidade? Você tem medo de ter que
ajudar a família se ganhar muito dinheiro? Você acredita que o dinheiro corrompe? Tira
a paz interior? Atrai inveja, falsos amigos, assalto, sequestro? Que torna as pessoas
arrogantes? Cuidado! Sua mente inconsciente pode estar sabotando secretamente a sua
prosperidade!

Uma história muito linda e transformadora de Honrar o Pai e a Mãe!


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Certa vez, estava atendendo uma cliente que falava de um histórico de traições entre o pai
e a mãe, acrescentando a frase "ele fez isso com a gente!", e dizendo que por isso não
podia perdoar o pai. Isso fazia ela olhar o pai com raiva e rejeição. Pelo seu amor
inconsciente e identificação com a mãe, a filha tomou partido contra o pai e se afastou
emocionalmente dele. Neste tipo de situação, quem perde é a filha que toma partido de
um dos pais, pois as questões entre eles devem ser deixadas entre eles, e os filhos ficarem
apenas em seu lugar de filhos.

Os filhos não têm o direito de julgar os pais como certos ou errados. Nunca. Na visão
sistêmica, os filhos são sempre pequenos e os pais são grandes. Quando julgam, os filhos
ocupam o lugar de grandes, ocupando um lugar que não é deles, adoecendo o sistema. Os
filhos devem cultivar pelos pais os sentimentos de amor, perdão, gratidão, independente
da distância, se estão mortos ou vivos. A isso chamamos honrar o pai e a mãe, em uma
visão sistêmica. - Como honramos os santos no céu, devemos honrar os pais na terra.

Nossos pais nos deram a vida, por isso, devemos agradecer o dom que recebemos e seguir.
É na própria vida que encontramos tudo o que precisamos, pois, a própria vida é um
sistema, o sistema completo, onde podemos encontrar tudo, e através destes encontros
nos transformar, e perceber que temos potencialmente dentro de nós tudo o que nós
precisamos. Nas sessões de constelação em grupo percebemos mais claramente isso, que
tudo o que procuramos já está de alguma forma em nós, em nosso campo, sendo a vida
um caminhar para despertar e desenvolver este potencial.

Além disso, vale ressaltar que os pais não precisam dos filhos, e sim os filhos precisam
dos pais. Quando os pais acreditam que precisam dos filhos, os estão colocando no lugar
de seus próprios pais, e cobram dos filhos o amor que não receberam dos pais. O peso é
grande demais, e o sistema adoece. Para trabalhar nossas carências de pai e mãe o
primeiro passo é terapia. O segundo é reconhecer e honrar os pais, simbolicamente os
guardar no coração. Quando aceitamos e integramos os pais, aceitamos e integramos a
vida, e deixamos de projetar nossas carências nos filhos, nos cônjuges ou na política dos
governantes, por exemplo, em quem projetamos nossas necessidades e raivas.

Quem tem problemas na aceitação do pai pode ter dificuldades com: estudos, trabalho,
comportamento, relacionamentos com homens, compromisso, disciplina, força diante da
vida. Quem tem dificuldades em receber a mãe internamente acaba espelhando esta
dificuldade em conflitos com: relacionamento com mulheres e em geral, vícios como o
excesso em álcool, fumo, alimentos, entre outros, desequilíbrio emocional, desconexão
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espiritual, falta de dinheiro, satisfação e sentido na vida. Estas associações valem em


geral, mas cada caso deve ser analisado especificamente, pois cada pessoa tem sua história
de vida e familiar.

Em um trabalho de Constelação, procuramos a raiz dos sintomas no sistema, pais e


ancestrais, e utilizamos técnicas de transformação do inconsciente como visualizações,
frases curativas e exercícios de consciência para elaboração e integração do
trauma. Esperamos com este artigo e outros que virão promover uma visão sistêmica
para relacionamentos mais significativos, a favor da terapia, da transformação humana,
do autoconhecimento e de maior qualidade e realização na vida!

Quero citar aqui: “O Dinheiro pelo Olhar da Constelação Familiar – Energia a


Serviço da Vida. (www.iperoxo.com)

Olhamos para o dinheiro e o julgamos como fonte de nossos problemas – ainda mais
visível na nossa situação atual enquanto país. É uma situação difícil. Ficamos todos presos
na confusão.

Ao mesmo tempo, percebemos que é inegável o papel do dinheiro na manutenção da vida.


Ele proporciona crescimento, possibilidades, segurança e liberdade. Ele nos sustenta.

Então, como podemos olhar para o dinheiro e ver sua real energia?

O que é o dinheiro?

O dinheiro em si é um pedaço de papel. Todo o poder, valor e energia que emana dele é
uma convenção da nossa sociedade para tornar as trocas entre os indivíduos mais
igualitárias.

Antigamente, o escambo era a prática usual. Mas quantos pães valiam uma galinha? Ou
a maçã valia mais ou menos que uma laranja? Dessa dúvida surgiu a necessidade de
padronizar um meio sem oscilação de valor para realizar as trocas. Desse movimento, o
dinheiro foi criado.

Ainda que fisicamente sua representação seja bem simples (papel e metais), o dinheiro é
uma manifestação de uma energia que está à serviço da vida, e não somente isso, mas é
essencial a ela.
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Bert Hellinger fala que o “dinheiro é algo espiritual! O dinheiro é vida. Sem dinheiro,
ninguém pode sobreviver em nossa sociedade. O dinheiro nos permite continuar vivos.”
(Livro “Histórias de sucesso na empresa e no trabalho” – Editora Atman)

Numa troca, estipulamos um valor e a outra pessoa concorda ou não com o que
estipulamos. Podemos negociar ou encerrar uma negociação com base nos argumentos
apresentados entre os lados.

Aqui, somos apresentados à lei que exerce maior influência sobre o fluxo de dinheiro: o
equilíbrio. O dinheiro, para permanecer com quem o recebe, exige que a troca seja justa,
para ambos. Quando há um desequilíbrio, acontece uma disfunção na gestão do valor.

Os rendimentos param, os negócios travam e às vezes não sabemos o porquê. Mas uma
boa dica é olhar para o equilíbrio entre o dar e o tomar em todos os âmbitos do negócio.

Quem recebe o dinheiro também deve merecer, oferecer na sua troca algo compatível
com o que está cobrando pelo serviço. Compatível aqui quer dizer, nem exigir a mais do
seu valor e nem a menos. Cobrar o que é justo.

Uma pessoa que cobra menos do que o justo pelo seu trabalho, em algum tempo se tornará
um prestador de serviço que parará de servir seu cliente. Como vemos na situação em
desequilíbrio, um dos dois lados se sente pressionado e sai da relação comercial.

O Olhar de Bert Hellinger

O psicoterapeuta alemão aborda a influência do sistema na nossa forma de lidar com o


dinheiro e o sucesso, e como por vezes nossos comportamentos seguem um
emaranhamento familiar neste mesmo assunto.

Em seu livro “Leis Sistêmicas da Assessoria Empresarial” ele propõe a seguinte metáfora:

“O dinheiro possui uma dimensão espiritual. Ele reage como se tivesse uma alma e um
faro fino para a justiça e a injustiça.

Quer ficar com aqueles que o ganharam honestamente, com o suor do seu trabalho. Quer
voltar para aqueles que trabalharam duro para obtê-los ou para aqueles que o receberam
de outros com a condição de administrá-lo e multiplicá-lo honestamente, a serviço da
vida.
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O dinheiro que outros ganharam para nós quer ficar conosco quando os recompensamos
corretamente. Acima de tudo, uma vez que pertence à vida, o dinheiro quer ser gasto e
transmitido a serviço da vida. O dinheiro se alegra quando é gasto. Ele retorna ainda mais
rico para nós.”

Hellinger reconhece que esta é só uma metáfora, e que na verdade o dinheiro e seus
movimentos são apenas uma manifestação do que está em nosso centro, que ele chama
de alma.

O dinheiro deseja servir nosso interesse pela vida. Por isso, se coloca à disposição naquilo
que contribui para o avanço dela.

Em outro livro, chamado “Êxito na vida, êxito na profissão”, Hellinger discorre sobre as
causas da nossa relação com dinheiro ser tão conflitante. Ele fala de uma razão religiosa
para isso:

Na bíblia se transmite um dito de Jesus: “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de
uma agulha do que um rico entrar nos reinos dos céus” (…) Na consciência do Ocidente,
esta emoção contra a riqueza e o efeito desastroso para a salvação de nossas almas
continua atuando, tanto na vida pessoal, quanto na vida pública.

Além disso, alguns movimentos de filósofos antes e depois do cristianismo também


abordavam a questão da riqueza X pobreza como algo ligado ao mal x bem. Mesmo que
alguns destes grupos tenham sido perseguidos pelo cristianismo, muito de suas posturas
e idéias influenciaram a doutrina cristã nos séculos seguintes.

Nossa postura em relação ao dinheiro

A relação com o dinheiro é algo desafiador a todos nós. Geralmente nos queixamos da
sua falta e dizemos: “- Não farei algo pois não tenho dinheiro.”

Sim, é verdade. A falta de dinheiro é um limitador. Mas talvez haja uma dinâmica agindo
de forma oculta neste argumento. Porque é tão desafiador termos dinheiro para servir aos
nossos planos?

Em uma constelação onde o dinheiro foi colocado no campo durante nosso trabalho no
Instituto, foi possível perceber que o dinheiro tem uma força direcionada à vida, ao
crescimento. Seu trabalho é de sustentar nosso caminhar na vida, e ele nos serve com
alegria e motivação.
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Por isso, ter dinheiro é uma responsabilidade. A partir do momento que você o possui,
cabe a você movimentar sua vida, tomar a responsabilidade do seu caminhar na sua mão.
É preciso assumir as suas decisões.

Por mais que seja desconfortável, muitas vezes a falta de dinheiro pode estar prestando
um serviço àquele que não o tem. Quando não se tem dinheiro é mais fácil terceirizar a
responsabilidade por não fazer algo. A frase sai quase automática: – Queria muito fazer,
mas não tenho dinheiro…

O caminho opcional é desafiador: Eu tenho dinheiro, mas tenho medo de tomar tal
decisão. O que devo fazer?

Para todas estas perguntas, somente um adulto pode ter a resposta, pois para se caminhar
na vida é necessário aceitar alguns riscos.

Se não somos capazes de decidir, ficamos como a criança que espera que alguém a cuide
ou tome as decisões por ela (talvez, sim, dentro de nós exista ainda uma criança que em
algum momento se sentiu abandonada e que ainda aguarda por seus pais). A “criança”
aguarda que os pais – ou alguém que assuma o papel deles – venham à sua salvação. E
assim permanece inocente, culpando a tudo e a todos por sua infelicidade. Nesse lugar, é
impossível crescer.

Nestes casos, é preciso perceber que aquilo que não recebemos quando criança, podemos
agora como adultos, conquistar e criar para nós mesmos: seja uma relação de afeto, seja
o resgate de nosso vínculo com nossos pais para além de nossas reivindicações, seja a
conquista de algo material de que precisamos. Também há o movimento de aceitarmos a
riqueza quando outros no nosso sistema não tiveram a mesma sorte. Neste caso, aquele
que se sobressai sente peso e culpa pela sua situação. Como superar isso? Hellinger fala
que:

Somente com a má consciência, com a coragem de ter uma má consciência. Conseguimos


isso quando obtemos, em outro lugar, a força e a segurança para nos tornamos ricos e
continuarmos sendo ricos. Isto é, se entrarmos em sintonia com um movimento do espírito
que permanece igualmente voltado a tudo tal como é, um movimento além da
diferenciação entre o bom e o mau, porque tudo tem igualmente sua origem em seu
pensamento e por isso só pode ser tal como é.

Podemos perceber o quanto o dinheiro nos serve e está à nossa disposição. Ele nos pede
coragem para poder andar ao nosso lado. Ao mesmo tempo, se ainda não estamos prontos
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para assumir nossa vida, ele aguarda até sermos responsáveis para lidar com as decisões
e a maturidade que ele nos exige.

Dinheiro que permanece!

Para concluir, colocamos aqui um trecho do livro “Histórias de sucesso na empresa e no


trabalho” de Bert Hellinger que fala de sua visão sistêmica para o dinheiro:

“Quero dizer algo sobre o dinheiro. O dinheiro tem alma. O dinheiro é algo espiritual. O
dinheiro é resultado do amor. O dinheiro é adquirido através de um desempenho. É o
equilíbrio de um bom desempenho. Se alguém ganhar dinheiro por seu desempenho, o
dinheiro o ama. O dinheiro também permanece com ele, pois foi adquirido através do seu
desempenho.

O dinheiro também quer render algo – depois. Por isso o dinheiro espera ser gasto. Ser
gasto em algo bom, que leve a vida adiante. Então se ganha mais dele – cada vez mais.
Através de seu desempenho, o dinheiro entra no circuito de serviço, trabalho e ganho,
tudo ao mesmo tempo.”

O que Fazer??

Você quer sair deste problema? Você precisará compreender que sendo feliz não está
desrespeitando seus pais, os limites de felicidade de seus pais e aquilo que você viu na
infância e que por mecanismo de defesa você esqueceu, exatamente para não condená-
los, para não mudar nada, para não deixar de honrar pai e mãe por gratidão... tudo isso
precisa ser deixado para lá e entender que na verdade os pais, onde quer que estejam,
querem que seus filhos sejam mais felizes que eles mesmos (seus pais).

Muitos dos conflitos emocionais internos que temos, surgiram da nossa relação com os
pais. Esses conflitos emocionais são inquietações ou sofrimentos internos, também
chamados de ansiedade. Eles são formados pelo acúmulo de sentimentos negativos,
bloqueios, crenças, traumas, armazenados por toda nossa vida: mágoas, medos,
preocupações, tristeza, raiva, abandono, ressentimento, culpa, solidão, rejeição, falta de
amor. Porém nossos pais fizeram tudo que sabiam fazer com a consciência que
aprenderam, são vítimas de outras vítimas.
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E por que surgem esses conflitos emocionais internos? Porque nossos pais também
guardam conflitos mal resolvidos com nossos avós, a maior prova que não existem
vítimas no universo, eles também acabam passando, de forma inconsciente, seus
problemas para os filhos, através de exemplos, atitudes e palavras. Se nossos avós têm
problemas de autoestima, se sofreram problemas de rejeição ou se tem qualquer problema
emocional, é claro que isso irá afetar a relação com nossos pais. Os nossos bisavós
influenciaram os nossos avós, que influenciaram nossos pais, que nos influenciam.

nós iremos passar boa parte de negatividade adquirida, que veio das gerações passadas
para nossos filhos, que por sua vez, irão passar para seus filhos. O tamanho de nossos
problemas emocionais pode ser bem grande. É algo bem profundo e grande que
carregamos e vai passando de geração em geração.

Achamos que nossos pais são pessoas maduras, responsáveis e perfeitas. Não lembramos
que eles são filhos de gerações que pouco se preocupava com o emocional e sim em
cumprir e seguir tradições e costumes. Olhamos para nossos pais hoje como nós fossemos
ainda crianças que cobra de nossos pais coisas que eles deveriam ter feito ou que deixaram
de fazer, o carinho e a atenção que não recebemos da forma que queríamos … Eles são
filhos de nossos avós!

Em terapias é comum encontrar filhos que carregam mágoas dos pais de fatos ocorridos
na infância. Alguns não tem consciência disso e não conseguem se colocar no lugar deles.
Alguns não tem consciência desses sentimentos, mas eles começam a aparecer quando
aplicamos técnicas de liberação emocional. Pensamentos do tipo: se meu pai não fosse
tão duro comigo … se minha mãe não tivesse me abandonado … se eles tivessem dado
mais apoio psicológico eu seria mais seguro …

Nesse momento no lugar de filho, estamos observando a situação pelo filtro das nossas
emoções negativas. Para alguém que está cheio de mágoa e ressentimento dos pais não
adianta muito você dizer que eles erraram porque também são filhos que carregam
traumas e conflitos.

A importância de chegar no perdão, é a libertação emocional muito profunda. Saímos do


aspecto da criança magoada e vítima para passar a ver nossos pais como seres humanos,
como filhos também. Nos tornamos mais adultos e não crianças emocionais. A sensação
de leveza e de poder comandar o próprio destino se torna mais intensa pois não existe
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mais necessidade de culpar alguém por nossos problemas. Nossos filhos também serão
beneficiados pois seremos mais maduros e equilibrados emocionalmente.

Perdão é um ato de libertação. Não importa se os pais faleceram, se não tem bom
relacionamento, se foi abandonado ou adotado. Sintonize amor, perdão e você viverá uma
nova experiência. É de suma importância o perdão, bem como aceitação, isso quer dizer,
não só aceitar nossos pais como eles são, mas também nos aceitarmos.

A relação com a mãe com Bert Hellinger - entrevista realizada por Esther Lak.

Como podemos ser felizes ou encaminharmo-nos para a felicidade?

A felicidade começa muito precocemente, começa com a mãe e é mantida na relação com
ela. O caminho da felicidade interrompe-se quando perdemos o contato com a mãe,
também com o pai, é claro, mas este está em segundo lugar. Pode observar-se, por
exemplo, às vezes faço-o quando estou a ver televisão: olhamos para os atores ou para os
que estão a falar na televisão e então a minha mulher pergunta “que relação tem este com
a mãe dele?”. Pode ver-se de imediato: os que estão em conexão com a mãe brilham, têm
uma expressão de alegria e são amados pelos outros, isto nota-se facilmente. Quando
alguém vem dizer que não se sente feliz, eu pergunto-lhe sobre a sua mãe, pelo
relacionamento que tem com ela. Tenho no meu coração a mãe desta pessoa,
imediatamente presente com respeito, e como eu a respeito, posso levá-lo até ela e em
breve começa também a irradiar, a brilhar. Este é um caminho para a felicidade.

A relação com a mãe é reparável? Para muitos ela é uma relação de conflito.

Os conflitos são necessários. Muitas relações com a mãe estão bloqueadas porque temos
expectativas em relação a essa pessoa que vão para além do que se pode esperar de um
ser humano. Se os pais fossem perfeitos, se a mãe fosse a ideal, não seríamos capazes de
viver, não teríamos a força para viver. Somos capazes de viver porque os nossos pais têm
falhas. Isso é o que nos introduz na verdadeira vida, ou seja, amamos os nossos pais assim
como eles são, exatamente como eles são, e assim tornamo-nos felizes.

Estava a pensar se tudo o que recebemos dos nossos pais, as coisas que nos ferem, por
exemplo, se tudo é perdoável?

Um filho que perdoa está ao mesmo tempo a acusar os pais. Está a colocar-se acima deles
e assim perde-os, bem como ao seu destino e à sua felicidade. Se posso admitir tudo o
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que acontece, dizer-lhe sim, o sucedido converte-se numa força; quando o rejeito ou o
perdoo, fico frágil, coloco-me acima e ao mesmo tempo permaneço pequeno.

Então a aceitação não significa colocar-se por debaixo numa situação?

Não é o mesmo que aceitar, estou a dizer-lhe sim, quando aceito sou passivo, quando digo
sim sou ativo e ao dizer que sim algo se transforma, enquanto que ao aceitar nada se
transforma. Esta é uma diferença muito importante.

Se existisse em mim um brilho, pelo tipo de relacionamento que tenho com a minha mãe,
o que aconteceria com a minha mãe em relação a mim?

Ela, com é evidente, está também feliz; sobretudo porque se abre o coração da mãe e o
seu amor pode fluir para ti, os dois vão estar felizes.

Um homem disse-me certa vez que a mãe dele o odiou quando ele era pequeno. Ela
morava muito perto do local onde estávamos a fazer o seminário e então eu disse-lhe “vai
visitá-la”. No dia seguinte ele voltou, estava radiante e eu disse-lhe “mas o que é que
fizeste?”, “fui visitá-la e disse à minha mãe: eu estou feliz por me teres dado à luz…”, e
a mãe brilhava, irradiava e ele também. Tão fácil é a felicidade.

Como nos preparamos então para ser boas mães ou sermos as mães que queremos brilhar
nos olhos dos nossos filhos?

Muito simples: amar a nossa própria mãe. Agora tu também brilhas…

Para fechar esta nota, queria perguntar sobre como fica o lugar do pai, uma vez que
falamos somente do lugar feminino. O pai tem uma demanda, tem protagonismo, ou pelo
facto de a mãe ocupar este lugar o seu papel é complementar?

Sim, o pai está em segundo lugar. Mas hoje em dia os pais estão muitas vezes excluídos
e o pai que está excluído põe a mãe triste, fá-la infeliz. Para a mãe estar feliz, ela tem que
respeitar e amar o pai e isso nem sempre é simples, porque os homens são diferentes, e
temos de os amar assim como são – diferentes. E as crianças precisam do pai, para a
felicidade é necessário que elas possam ter o pai. Então, as crianças felizes são aquelas
que são olhadas pela mãe e a mãe, através desta criança, ama também o pai; e o pai olha
para os filhos e através deles ama também a mãe. Essas crianças são crianças felizes.

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