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Dtº Reais Especial

É o poder directo e imediato sobre uma coisa que a ordem


Direitos Reais juridica atribui a uma pessoa para satisfazer interesses
juridicos-privados nos termos e limites legalmente fixados.
 Absolutidade=> caracteristica por exelencia dos
Direitos Reais que consiste no facto de estes serem
oponiveis a toda e qualquer pessoa, ou seja erga
omnes.
 Sequela => caracteristica dos Direitos reais que
consiste no poder que o titular da coisa possui de a
perseguir onde quer que ela esteja. (art.1311º cc nas
acçoes de reivindicaçao)
 Tipicidade => consiste na legalidade da criaçao dos
Direitos Reais ou seja estes so podem ser aqueles
que constam da lei e não havendo criaçao dos
Direitos Reais pela vontade das partes. (art.1306º cc)
 Publicidade => por os Direitos Reais gozarem das
caracteristicas da absolutidade e da sequela, estes
Caracteristicas dos precisam ser conhecidos por todos dai a necessidade
Direis Reais da sua publicidade.
 Inerencia => a caracteristica exclusiva dos direitos
reais, é uma ligaçao da coisa ao seu titular, inercia
traduz uma ligaçao intima dos direitos reais com as
coisas que constituem seus objectos e pelas quais
passa a satisfaçao das necessidades dos seus
titulares. Esta caracteristica apresenta-se como
consequencia da eficacia absoluta dos direitos reais
em a coisa adere ao seu titular.
 Prevalencia => Esta traduz-se na circunstancia de
direitos reais constituidos sobre uma coisa
prevalecerem quer sobre os direitos de
creditorelativos a essa coisa, quer sobre os direitos
reais posteriormente constituidos sobre a mesma
coisa e que se revelem parcialmente incompativeis
com o anterior. (art 408º nº 1 cc)
Nos direitos reais de gozo, não estao inclusos frutos civis art 1488º cc
1. Da noçao avançada pela doutrina aos dtº Reais parece haver uma forte
ligaçao entre o titular e a coisa. Concordas? Justique
R: sim! Na medida em que trata-se de um poder de dominio que o seu
titular tem por exercer directa e imediactamente sobre uma coisa certa e
determinada sem interferencia de qualquer pessoa.

2. Comente. Os dtº reais a semelhança dos dtº de credito gozam da


caraceteristica da sequela.
R: sequela tratando se do direito de perseguir a coisa sua, isto é, o dtº do
titular de perseguir sua coisa seja onde for, como consequencia da eficacia
absoluta de dtº reais. Na acçao dereivindicaçao ela está patente a sequela
conforme art 1311º cc

3. Segundo alguns tratadistas dos dtº Reais , a noçao de dtº reais, esta
sujeito a imperfeiçoes e criticas . Em linhas gerais debruce-se sobre o
assunto.
R: As criticas apontam de que em 1º lugar a concepçao do Dtº Real como
um poder directo e imediato, sobre uma coisa parece não fornecer um
critereio que encerra a analise da correspondente situaçao ao dtº real.
Em sgundo lugar, referir que o dtº real é uma relaçao entre uma pessoa e
uma coisa, que so poderia ter valor imaginario porque seria absurdo fazaer
da coisa um sujeito passivo.

4. Partindo da noçao dos Dtº Reais diga porque é que se afirma que no
direito real o titular activo tem um poder directo e imediato sobre uma
coisa.
R: porque o dtº real é um poder que incide directamente sobre uma coisa,
o dtº real confere o poder juridico e material de retirar directamente todas
ou a parte das utilidades economicas de uma coisa , consoante o tipo do
direito real. Dtº reais tem eficacia absoluta quer dizer que o titular activo
lhe é conferido poder absoluto sobre a coisa e todo homem deve respeitar.
(erga omen)

5. A compra um predio a B, mero locatario julgando ser este o legitimo


proprietário. Diga como jurista conhecedor da materia real o que é o
legitimo proprietario pode fazer? Comente.
R: intenta acçao de reivindicaçao de posse ou manutençao de posse

6. Qual é o criterio usado na classificaçao tripartida dos dtº Reais


estabelecida pela nossa doutrina?
R: o criterio usado é o de funçao economica do dtº real, uma vez que esta
distinçao não é uma (summa divisio) isto é, não e distinçao que cobre toda
a universalidade dos dtºs reais. É uma distinçao incompleta. Os dtº reais
não cabem apenas nestas tres classes (dtº reais de gozo, de garantia e de
aquisiçao).

7. Os Dtº Reais de gozo costuma se tambem chamar de Dtº de uso, fruiçao e


de disposiçao, concordas. Justifique
R: atendendo que estes são aquele Dtº que conferem um poder de utilizar,
total ou parcialmente uma coisa, por vezes, o de apropriaçao dos frutos
que a coisa produz,ou seja aqueles que desempenham a funçao de permitir
o desfrute da coisa que se produz numa diversidade de faculdades. Vide art
1305º cc
Portanto o poder de uso, traduz na possibilidade de utilizaçao da coisa para
satisfaçao das necessidades; faculdade de fruiçao implica a retirada e
utilizaçao das necessidades periodicas dadas pela coisa. O poder de
disposiçao em sentido amplo ou juridico é o mesmo que vender, alienar,
em sentido fisico é o mesmo que poder de transformaçao da coisa.
Estes Dtº Reais de Gozo são: usufruto (art.1439º), uso e Habitaçao (art
1484º); a enfiteuse (art.1491º); o Dtº de superficie (art 1524º) e as
servidoes Prediais (1543º)
NB: esta enumeraçao aqui dada é taxactiva, porque vigora o principio da
tipicidade.
8. Quais são as figuras que podem ser confundidas com os Dtº Reais e
porque?
R: As figuras que possam ser confundidas com Dtº Reais, as que chamamos
de figuras afins, são: dtº do locatario; obrigaçao Real; pretensao real e
Onus Real. Essa confusao as vezes é que tem havido caracteristas
semelhantes ou mesmo comuns.
9. O Dtº de preferencia muitas vezes é comparado a uma compensaçao e
funciona na base da confiança. Comente
R: o direito de preferencia sabemos que é o direito em que quando o
proprietario da coisa pretendendo alienar a terceiros, antes que o faça,
deve comunicar ao individuo que arrendou ou cuida da coisa, para que
querendo, o possa pagar a mesma importancia que propunha ao terceiro.
É portanto o dtº de fazer sua, certas coisas dando o valor pelo qual se
projecta negociar a coisa.
Diz-se que funciona na base da confiança porque depende de acordo das
partes, é convenccional, embora tambem pode existir por via legal.
10. Em termos doutrinais pode-se criar num contrato-promessa Dtº Reais.
Concordas? Justifique
R: sim! Desde que o contrato promessa de facto seja com eficacia real,
porque nestes contratos de promessa de compra e venda por exemplo, o
promissorio adquire com efeito certos direitos, porque enquanto não
houver eficacia real, não há direitos do promissorio. Art. 413º cc
11. Discuta natureza juridica do Onus real
R: Em relaçao este Onus Real, a doutrina encontra-se dividida na sua
qualificaçao uns defendendo que é direito real outros como direito de
credito, mas como não existe uma definiçao univoco, mas sabe se que é
uma relaçao que se traduz num agravamente especial, num peso ou onus
sobre uma coisa, e doutro lado é um Dtº de exigir determinada prestaçao a
quem na data do seu vencimento foi titular de um direito real de gozo, eu
fico do lado de que onus Real faz parte de direitos de Credito, Direitos de
Obrigaçao.
12. Quais são os requisitos que deve ter o objecto dos direitos reais? R: deve
ser:
 Uma coisa corporea
 Certa e determinada
 Deve incidir sobre a totalidade do objecto
13. Dada a noçao da coisa estabelecida na nossa legislaçao diga se este é um
conceito juridico ou economico
R: segundo art 202º cc Coisa é tudo aquilo que pode ser objecto da relaçao
juridica. Este conceito é economico, tudo aquilo que pode ser objecto da
relaçao juridica, isto é, que está dentro do comercio.
14. Classifique com base na distinçao das coisas uma obra de arte
R: trata se de coisas consumiveis cfr. art 208º cc
15. O nosso codigo Civil não estabelece a noçao de que sejam coisas moveis e
imoveis. Diga por suas palavras se estamos perante uma lacuna
lesgislativa e qual seria para si a definiçao correcta.
R: É pois uma lacuna legislativa, mas atendendo que o legislador conseguiu
fazer a enumeraçao taxativas do que sejam coisas moveis e imoveis nos art
204º e 205º do cc. Dum lado evitou fazer definiçao uma vez que toda
definiçao em direito é perigosa já que é dificil uma definiçao que não seja
controvertida
16. O que se preconiza a doutrina sobre o que devemos entender por
benfeitorias.
R: É toda despesa feita para conservar ou melhor a coisa. Vide art 216º nº 1
cc
17. Antonio arrendou a casa de Brito por um periodo de cinco anos . volvidos
dois anos Antonio começa a realizar algumas obras na casa e porque
era epoca de muioto calor decide colocar um aparelho AC. Por seu filho
estar a crescer, Antonio entende que deve ampliar o jardim da casa e
colocar nele balouço, para seu filho brincar. Brito vendo isto entende que
a casa está bonita e que Antonio devia abandonar a casa, rompendo
assim com o contrato. Antonio recusa a sair da casa alegando que o
contrato foi celebrado por um periodo de cinco anos e que so poderia ser
alterado e cancelado por acordo mutuo. Ademais, afirma que so sairá
dali se o Brito lhe indemnizar por tudo o que ele fez. Quid juris?
R: primeiro importa referir que o Brito não deve de forma brutal expulsar
ao Antonio da casa antes de findar o prazo do contrato, salvo havendo a
negociaçao e podendo indemnizar ao Antonio. Em relaçao as benfeitorias
feitas na casa, não há direito a indemnizaçao porque estas nem são
necessarias art. 216º cc

18. Diga com os conhecimentos adquiridos neste capitulo se é posasivel


limitar o conteudo dos dtº reais.
19. Antonio comerciante de profissao adquiriu uma viatura pertencente a
Joao, amigo seu de longa data. Diga de que forma de aquisiçao se trata
neste caso?
R: trata-se de aquisiçao derivada: aquela que ocorre pela transferência da
posse do anterior para o novo possuidor ou seja é aquele que reclama a
vinculação do adquirente a uma pessoa pressupondo um acto ou negocio
jurídico de transferência da propriedade para o adquirente
20. Sera que o comando do art 1306º do cc é taxativo? Justifique
R: É taxativo sim, trata-se do principio da tipicidade
21. Considere a seguinte hipotese: um predio que é hipotecado e dado de
usufruto ao mesmo tempo, que tipos de direitos reais recaem sobre ele?
R: são dois tipos de direitos reais de gozo (usufruto) e de garantia
(hipoteca)
22. Tal como prometido pelo lider do Partido da oposiçao moçambicana
efectivamente em Dezembro iniciou uma revoluçao em Moçambique.
Vendo isso, o Governo decide com o objectivo de albergar aos
desalojados, adoptar uma medida de arrancar as casas das pessoas e
toma-las em nome da maioria populacional. Tambem decide apoderar-se
das grandes empresas. Que figuras temos ai patentes?
R: confisco e requisiçao
23. O que entendes por vicissitudes dos dtº reais?
R:são mudanças, variaçoes ou transformaçoes que ocorrem na vida dos
direitos Reais desde o seu nascimento ate a sua extinçao.
24. Um individuo apos a compra de um imovel vai registar a propriedade. De
que tipo de aquisiçao estamo a tratar neste caso?
R: trata-se de aquisiçao originaria, aquela que decorre duma relaçao de
facto entre o adquirente-possuidor e a coisa sem a intervençao do antigo
possuidor. Por isso a posse do adquirente não esta dependente nem da
existencia nem quanto a extensao da posse anterior. Trata-se de um poder
ex novo.
25. A intenta uma acçao contra B por este ter falado com o seu compromisso
de entregar o seu automovel ao A, em virtude do contrato de compra e
venda que estes assinaram. Em Tribunal, este A ganha a causa e fica com
o carro. Diga com conhecimentos qual a forma que se usou para se
efectuar esta transferencia da propriedade da viatura?
R: chama-se transmissao por acto de autoridades judiciais. Que
concretamente podemos falar de execuçao especifica prevista no art. 830º
cc
26. O C vende sua casa a D. a casa era um propriedade geminada. Vendo esta
situaçao , C pretende ficar com a parte traseira da mesma que constitui a
dependencia (parte integrante) do imovel. Quid juris?
R: aqui há-de consistir na transmissao deste dtº real por efeito da lei, isto é,
fora da vontade do transmitente. Porque quando se transmite um dtº real
não se deve alterar o seu conteudo, o seu objecto imediato, os poderes e
obrigaçoes que derivam do dtº real. Vigora a regra de não modificabilidade
do art 1306º cc.
27. Terminados os X jogos Africanos, o Estado tomou uma medida sui generis
de alienar os imoveis aos jogadores que viveram na vila Olimpica durante
os jogos. Diga com base nas vicissitudes dos direitos reais que se oferece
dizer sobre esta situaçao.
R: podemos falar aqui que estamos perante vicissitudes dos direitos reais.
Verifica-se aqui uma alteraçao ao regime juridico do direitop de
propriedade que antes pertencia ao Estado e agora este pretende alterar o
seu conteudo positivo atraves da alienaçao. Efectua-se aqui uma
modificaçao do conteudo positivo do dtº de propriedade por força da lei
que tem o seu suporte na lei 5/91 relativamente ao arrendamento para
habitaçao.

28. Joao um sujeito trabalhador e residente na zona do Triufo, construiu sua


casa grande por possuir tambem talhao grande . pedro seu vizinho
conhecido como invejoso, possui um terreno pequeno. Ele pretende
construir garagem , mas porque seu talhao é pequeno ivade o do Joao. E
o joao vendo esta situaçao destroi a construçao do Pedro. Diga qual o
meio usado pelo joao para resolver a situaçao. Sera que não havia outra
forma de resolver esta situaçao?
R: Estamos aqui perante a materia relativa a garantia dos direitos reais que
tem como objectivo proteger os interesses do titular de um direito real.
O joao usou o meio extrajudicial de defesa do seu direito (terreno neste
caso) na vertente de acçao directa prevista pelo art 336º cc conjugado com
1277º cc . Este é um meio legal permitido pela lei em casos de
impossibilidade de satisfazer o seu direito pelo recurso em tempo util aos
meios coercivos normais. o caso dos Tribunais e das autoridades policiais.
Este meio deve ser utilizado dentro dos limites da lei e naquilo que for
necessario, apenas para evitar o prejuizo, sem exceder nem sacrifiacr
interesses superiores aos que pretende ver satisfeitos. 336º nº 2 e 3 cc
29. Devido a disputa de terreno ocupado desde os tempos da independencia
pelo A, o senhor B intenta uma acçao em Tribunal alegando ser pertença
da sua familia. Este pretende construir uma guest house. Começa a
transportar material para o respectivo terreno. Qual a atitude que o
senhor A deve tomar?
R: faz se apelo ao recurso aos meios judiciais legais para fazer valer do seu
dtº . o A pode lançar mao de uma acçao de reivindicaçao art. 1311 nº 1 .
vendo se na possibilidade de lhe ser esbulhado o seu terreno desde que no
entanto prove ser legitimo proprietario do mesmo atraves de documentos
validos. Pode tambem lançar mao de um embargo qual seja a restituiçao
provisoria da posse prevista no art 1279 cc conjugado com art 382º cpc
30. Comente: com efeito, não é facil condensar numa formula breve as
actividades que o proprietarios pode realizar na coisa objecto do seu
direito.
R:
31. Diga como os romanos caracterizavam a propriedade e quais as formas
que esta apresentava.
R: Os Romanos caracterizavam a propriedade como sendo algo que
continha:
 Confinidade=>porque consistia no facto de dtº reais estarem
apenas confinados ou destinados a algumas pessoas (cidadao
Romano)
 Absorvencia =>que uma vez os dtº reais pertenciam a esta camada
privilegiada estes dtº eram gozados por esta camada.
 Imunidade => quem detinha gozava de plena imunidade da
utilizaçao dos seus bens.
 Perpetuidade => caracteristica que ate ao dia de hoje, é util,
permanencia perpetua do dtº reais
A propriedade Romana apresentava duas formas:
 Propridade civil=> que se chamava por dominium ex iure quiritium esta
pertencioa aos cidadaos Romanos e latinos e estrangeiros contemplados
com ius commerci.
Propriedade bonitaria=> a chamada in bonis habere ou in bonis esse, era
propriedade protegida pelo dtº pretorio. Considerava-se a verdadeira posse.
32. Tanto na doutrina como na legislaçao, torna-se dificil estabelecer uma
definiçao do dtº de propriedade. Concordas? Justifique
R: sim concordo! Porque a origem da propriedade não é conhecida e na
ausencia de fontes houve diversas teorias que não passam de simples
hipoteses insuceptiveis de confirmaçao. Dai que alguns autores consideram
que o direito de propriedade nunca existiu apenas a posse. OUTROS
entendem que primeiro surgiu a propriedade colectiva, argumentando que
vivendo da caça e da pesca, os povos mais antigos não podiam conhecer a
propriedade individual. E tem OUTROS que sustentam que ao lado da
propriedade colectiva dos terrenos sempre houve a propriedade individual
de utensilios como armas, vestuario, etc.
33. Apresente as caracteristicas da propriedade indicando os dispositivos
legais que as abarcam. R: as caracteristicas são:
 Indeterminaçao => porque o proprietario tem poderes indeterminados ao
contrario dos dtº reais limitados que tem um conteudo determinado pela
lei. Art.1445º cc
 Exclusividade => isto e sobre a mesma coisa so pode haver um direito de
propriedade.
 Elasticidade => extinto um dtº real que a limite a propriedade reconstitui-
se plena,mente
34. A natureza juridica da propriedade é bastante discutida na doutrina
chegando se a apresentar duas teorias que a pretendem justificar.
Compulsando as mesmas, diga qual das teorias é que melhor se adequa ao
nosso ordenamento Juridico?
R: As referidas teorias, trata-se de teoria da pertença, que consiste na
relaçao de subordinaçao de uma coisa face ao proprietario. A outra é
teoria de senhorio, atribuida a pandectistica mas parece ter sido acolhida
já no codigo de Napoleao, segundo o qual a propriedade é o direito real
mais extenso que o ordenamento juridico permite sobre uma coisa. Apoia-
se na indeterminaçao dos poderes atribuidos ao proprietario que por
virtude da sua vastidao é impossivel enumerar exaustivamente.
NB: esta teoria é que melhor se adequa com o nosso ordenamento juridico,
pois apresenta como caracteristica: poderes indeterminados do
proprietario; que diz no dtº da propriedade o proprietario tem todos
poderes
35. Daniela e Emilia são comproprietarias de uma horta: Daniela quer semear
batatas e Emilia insiste em Cebolas. Quid juris?
R: deve se recorrer ao artigo 1406ºcc , uso da coisa comu. Na falta de
acordo qualquer dos comproprietario é lhe licito servir-se dela…
36. Em muitos casos a propriedade se confundem tornando se dificil
distinguir. Diga se concordas apresentando o conceito de posse
R: Realmente confunde-se posse da propriedade mas juridicamente estes
dois termos tem significados diferentes. Art 1251º (posse é poder q se
manifesta quando alguem actua por forma correspondentente ao exercicio
do direito de propriedade.)
37. Quando é que dizemos que estamos perante a posse causal se deparados
com o caso de alguem que adquire uma coisa por meio de contrato de
compra e venda?
R: posse causal é aquela em que existe coincidencia entre o possuidor e o
proprietario, quando o proprietario tem um vinculo com o objecto.
38. Apresente a estrutura da posse fundamentando a sua posiçao
R : A estrutura da posse encontramos Corpus e o animus onde o corpus é o
exercicio de poderes de facto sobre a coisa, dominio da coisa enquanto que
o animus é a intençao de agir como titular do direito de Propriedade. Um
elemento psicologico da posse
39. Diga quais são os dtº que beneficiam o possuidor de boa fe?
R: ver art 1270º cc (fazer seus os frutos percebidos ate ao dia que souber
que está lesar alguem…….)
40. Abel em 2001 compra a Bento o predio denominado quinta dos famosos.
O negocio foi registado. Na quinta dos famosos residiam todavia, Carlos e
seus familiares. Carlos em 2005, vende a QF a Damiao. Este instala –se
compoe o telhado e constroi uma piscina. Em 2009 Abel pretende visitara
QF e depara-se com a familia do Damiao instalada. Este a expulsa
ameaçando com uma arma de fogo. Damiao regressa das compras e
pretende expulsar por seu turno Abel.
Diga se o meiop usado por Abel para expulsar a familia do Damiao é
correto. Quais os meios de que Damiao dispoe para fazer valer o seu
direito?
R: importa referir que aqui houve transmissao dos direitos reais nos termos
do art 408º cc;
 Existe uma posse titulada nos termos do art 1259º cc
 O possuidor é de boa fe
 A expulsao sob ameaça com arma de fogo que se pretenda ser o recurso a
força para se realizar um direito e se restituir da posse nos termos do art
336º ccconjugado com 1277º, constitui uma ilegalidade pois o agente não
deve exceder o que for necessario para evitar o prejuizo e deve haver
impossibilidade do recurso em tempo util aos ,meios coercivos. Deste
modo o meio usado por Abel não é o correcto
 O Damiao por estar de boa fe são conferidas todas as possibilidades que a
lei oferece os meios de defesa judicial.
41. Usufruto implica uma dissociaçao entre a propriedade da coisa e o seu
desfrute ou gozo. Comente
R: recorrendo a noçao de usufruto do art 1439º entendemos que ele é o
dtº de gozar temporariamente e plenamente uma coisa ou direito alheio
sem alterar a sua forma ou substancia. E falar da propriedade é mesmo que
falar de gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso, fruiçao e
disposiçao de coisas que lhe pertencem. Dentro dos limites que a lei impoe.
Art. 1305º cc. no usufruto quem goza o bem não é proprietario e este gozo
não perpetuo, pois que é temporario.
42. Quais os elementos que fazem parte da noçao legal de usufruto?
R: 1º Direito real de gozo (uma vez que usufrutuario pode usar, fruir e
administrar a coisa ou direito, como faria bom pai de familia)
2º não exclusivo (pois que existe outro direito realsobre a mesma coisa)
3º limitado (porque usufrutuario não pode alterar sua forma ou
substancia
43. Diga por palavras suas se as modalidades de usufruto previstas na lei são
taxativas. (art. 1441º cc)
R: são taxativas pois que se trata de regra de tipicidade, significa que não
existem outras modalidades fora destas prevista na lei.
44. Qual é o efeito util de usufruto apos o termino do seu exercicio?
R: o efeito util de usufruto findo o usufruto, usufrutuario deve restituir ao
dono a coisa volta ao proprietario, (art.1483º e 754º ) sob pena de ser
demandado acçao de restituiçao posse, art. 1311º cc
45. Quais as caracteristicas de dtº de uso e habitaçao?
R: o dtº de uso e habitaçao caracteriza se por ser um dtº real de gozo , não
exclusivo, limitado e temporario que tem por objecto uma coisa alheia.
46. Diga quais as faculdades que acompanham o usuario aquando do
exercicio pleno do seu direito, tendo em conta que lhe foi atribuido um
imovel pelo nu-proprietario.
R: Veja artigo 1444º cc os direitos conferidos ao usufrutuario.
47. Manuel amigo de Carlos, pede a este que lhe ceda o seu camiao pois
pretende carregar algunas sacos de carvao que deixou no mato, para
comercializar na cidade. Apos recolher os sacos e traze-los a cidade, este
sendo(Manuel) aluga o carro de Carlos a Bernardo e o cobra diariamente
3.000,00Mt pela utilizaçao da viatura. Carlos descobrindo isso, reclama
contra Bernardo dizendo que este não dev ia pagar a Manuel o valor mas
sim a ele. Quid juris?
R: Estamos perante usufruto do art 1439º cc, e porque o usufrutuario tem
direitos a usufruir, fruiçao e administraçao da coisa como bom pai de
familia e apenas deve respeitar o seu destino economico. Art 1446º cc. o
usufrutuario pode trespassar a terceiro o seu direito temporariamente ou
definitivamente art 1444º cc. por isso Carlos não tem direito a fazer esta
reclamaçao.
48. O dtº de superficie é entendido comumente como direito de construir ou
manter, perpetua ou temporariamente uma obra em terreno alheio, ou
de nele fazer ou manter plantaçoes . perfilhas destas ideias? Justifique
R: sim perfilho a mesma ideia nos termos do artigo 1524º cc. o titular deste
dtº denominamos por superficiario (art1536º nº1 a) e 1537º nº 1 cc, o
dono do solo é o proprietario ou fundeiro. A coisa implantada chama-se
implante.
Mas a doutrina contesta esta definiçao alegando ser insatisfatoria,
alegando que o dtº de superficie deve ser feito em dois momento:
1º => porque este direito de superficie incide sobre solo alheio e
compeende a parte necessaria a construçao e aquela embora não
necessaria mas que tenha utilidade para uso da mesma obra (art.1525º nº1
cc) e tambem pode incider sobre edificio alheio.( art.1526º )
2º => porque o dtº incide sobre a obra ou plantaçoes feitas ou adquiridas.
Quanto à obra não tao necessario que seja um edificio. E em relaçao a
plantaçoes afasta-se vegetais cuja duraçao seja periodica no maximo de um
ano. Ou de colheita anual. Falando de dtº de superficie para plantaçoes so
se justifica se perdurar para um periodo longo (art 1536 nº 1 al. a) e b).
Quando se fala de construir em edifico alheio(dtº de sobreelevaçao) esta
sujeito a limitaçoes impostas para constituçao de propriedades horizotais
Vide art 1421º sobre regras de condominio.
49. Explique como se faz a determinaçao do objecto de superficie.
R: A determinaçao do dtº de superficie deve ser feito em dois momento:
1º => porque este direito de superficie incide sobre solo alheio e
compeende a parte necessaria a construçao e aquela embora não
necessaria mas que tenha utilidade para uso da mesma obra (art.1525º nº1
cc) e tambem pode incider sobre edificio alheio.( art.1526º )
2º => porque o dtº incide sobre a obra ou plantaçoes feitas ou adquiridas.
Quanto à obra não tao necessario que seja um edificio. E em relaçao a
plantaçoes afasta-se vegetais cuja duraçao seja periodica no maximo de um
ano. Ou de colheita anual. Falando de dtº de superficie para plantaçoes so
se justifica se perdurar para um periodo longo (art 1536 nº 1 al. a) e b).
Quando se fala de construir em edifico alheio(dtº de sobreelevaçao) esta
sujeito a limitaçoes impostas para constituçao de propriedades horizotais
Vide art 1421º sobre regras de condominio.
50. A admissibilidade da transmissao do direito de superficie consagra
implicitamente a possibilidade do solo. Comente
R: A transmissao do direito de superficie é feito por acto entre vivos ou por
morte, uma vez findo o prazo a que se destinou o dtº, o proprietario do
solo goza do dtº de preferencia. Cfr art 1534º, 1535º e 1538º cc

51. Diga qual é o efeito util da extinçao do direito de superficie


R: o efeito util da extinçao do dtº de superficie é que o Proprietario do solo
adquire a propriedade da obra cfr art.1538º e o superficiario tem dtº a uma
indemnizaçao,art. 1538 nº2
52. Quais são as caracteristicas das servidoes prediais?
R: nas Servidoes prediais encontramos as seguintes caracteristicas:
 Inseparabilidade vide art.1545º nº 1
 Indivissibilidade art.1546º
 Conteudo atipico art 1544º
 Ligaçao objectiva da servidao (não existem servidoes pessoais )
53. Quando é que podemos dizer existe uma servidao constituida
relativamente a dois predios?
R: quando há encargo imposto num predio em proveito exclusivo de outro
predio pertencente a dono diferente nos termos do art. 1543º
54. Apresente os conteudos e caracteristicas das servidoes prediais
desenvolvendo-as
R: quanto ao conteudo, importa referir que o proprietario do predio
dominante não pode servir-se de todas as utilidades dos predio
servienteate esgotar o conteudo deste. Precisa no titulo constitutivo referir
quais as utilidades estarao disponiveis. Art 1544º
As caracteristica são : nas Servidoes prediais encontramos as seguintes
caracteristicas:
• Inseparabilidade vide art.1545º nº 1
• Indivissibilidade art.1546º
• Conteudo atipico art 1544º
• Ligaçao objectiva da servidao (não existem servidoes pessoais )
55. Americo proprietario de um terreno sito na Av.de Moç não pretende tao
já construir no terreno por falta de fundos. Neste ambitoautoriza ao seu
primo Joao que tanto quer erguer um empreendimento naquela zona a
construir no referido terreno. Por se localizar numa zona de difil acesso,
joao para construir teria que passar na casa do senhor Gabriel, conhecido
por confuso da zona e que não aceitou o pedido feito pelo Joao. Assim
Joao vai interpor uma acçao em Tribunal para que Gabriel seja obrigado a
conduzir a passagem dos carros para o deposito do material . Joao ganha
a causa. Americo passados 10 anos vem pedir ao seu primo joao a
devoluçao do terreno ao que este se recusa dizendo que por lei o terreno
passou a pertence-lo. O que se oferece dizer sobre esta hipotes?

R: Aqui estamos perante duas situaçoeeios:


1ª relativa a servidoes prediais vide artt 1529º, 1543º, 1547 nº 2
2ª referente ao direito de superficie construçao em terreno alheio (art
1524º, 1526º, 1528º, e 1536º
56. Será que a definiçao do dtº de habitaçao periodica é satisfatoria?
Justifique
R: satisfatoria não é na medida em que esta definiçao não é legal, a nossa
legislaçao não traz a definiçao do que seja habitaçao periodica que
definimos como sendo: dtº de usar por um ou mais periodos certos em
cada ano, para fins habitacionais de uma unidade de alojamento integrado
num empreendimento turistico mediante o pagamento de uma prestaçao
periodica ao proprietario do empreendimento ou a quem o administre.
57. Qual a razao da institucionalizaçao do dtº de habitaçao periodica?
R:
58. Qual o objecto primordial do dtº de habitaçao periodica?
R: O dtº de habitaçao periodica tem necessariamente por objecto uma
unidade habitacional autonoma integrada num dos empreendimentos do
referido dtº de hahitaçao periodica.
59. Quais são as caracteristicas deste dtº de habitaçao periodiva?
 É um dtº tipico porque esta regulado na lei
 Tem natureza real
 Faculta o seu titular uso de um local para habitaçao por certo periodo
do tempo de cada ano para fins turisticos
 Tem por objecto imoveis ou conjuntonimobiliario (unidade de
alojamento) ou suas fracçoes autonomas (apartamentos ) quando se
encontrem integrados em empreendimentos turisticos.
 São tendencialmente perpetuas desde que não se fixe o limite da sua
duraçao que nunca será inferior a 20 anos.
60. Suponha que um individuo estrandeiro aloja-se num determinado
empreendimento turistico por 3 semanas. Será que o individuo em caso
de um vendaval que destroi as janelas e arranca o telhado tem o dever
de reparar os danos feitos na casa, para fazer valer a exigencia de entrega
da casa nos mesmos moldes que encontrou?
R:
Confere as pessoas em certas situaçoes possibilidades de
adquirirem uma coisa no caso de o proprietario dela a
Direito de pretender alienar e o preferente estar disposto a pagar por
preferencia ela a mesma importancia que o terceiro adquirente se
propoe a pagar
O contrato- Aquele em as partes ao celebrar declarem atribuir eficacia
promessa com real por meio de documento escrito que so se materializa
eficacia real em casos previstos no art 413º cc
Obrigaçao Real É um vinculo juridico em que o titular de umdireito real se
encontra adstrito para com outra pessoa a realizaçao de
uma prestaçao positiva.
 Dtº do locatario => é um dtº que tem-se
questionado se é dtº real ou de dtº de credito. O
locatario não tem poder directo e imediato sobre a
coisa, não existe inerencia, pois a coisa não está
Figuras afins dos directamente ligada ao seu titular.
Direitos Reais  Obrigaçao real=> dtº dominado por propter rem ou
ob rem, é um vinculo juridico em que o titular do dtº
real se encontra adstrito para com outra pessoa para
realizaçao da prestaçao positiva.
 Pretensao real => é uma relaçao juridica decorrente
em regra da violaçao de um direito real que atribui
ao seu titular o poder de exigir uma determinada
prestaçao que pode ser positiva ou negativa.
 Onus reais => embora não haja um conceito univoco
o onus real pode se definir como uma relaçao que se
traduz num agravamento especial num peso ou onus
sobre uma coisa.

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