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By: Prof. Eng. Franklim Alexandre M. Bivingo. Email: franklin05alexandre@hotmail.

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Ç0 MÓDULO B.1: COMANDOS ELÉCTRICOS E ACCIONAMENTO DE


MÁQUINAS.

TEMA 1: INTRODUÇÃO À AUTOMAÇÃO - GENERALIDADES

A palavra automação está diretamente ligada ao controle automático, ou seja


ações que não dependem da intervenção humana. Este conceito é discutível, pois a
“mão do homem” sempre será necessária, pois sem ela não seria possível a construção e
implementação dos processos automáticos. Entretanto não é o objectivo deste curso,
este tipo de abordagem filosófica, ou sociológica.
Actualmente a automação industrial é muito aplicada para melhorar a
produtividade e qualidade nos processos considerados repetitivos, estando presente no
dia-a-dia das empresas para apoiar conceitos de produção.
Os sistemas automatizados podem ser aplicados em simples máquina ou em toda
indústria, como é o caso das usinas de cana e açúcar.

Ilustração 1: Diagrama simplificado de um sistema de controle automático.

Os sensores são os elementos que fornecem informações sobre o sistema,


correspondendo às entradas do controlador. Esses podem indicar variáveis físicas, tais
como pressão e temperatura, ou simples estados, tal como um fim-de-curso posicionado
em um cilindro pneumático.
Os atuadores são os dispositivos responsáveis pela realização de trabalho no
processo ao qual está se aplicando a automação. Podem ser magnéticos, hidráulicos,
pneumáticos, elétricos, ou de acionamento misto.
O controlador é o elemento responsável pelo acionamento dos atuadores,
levando em conta o estado das entradas (sensores) e as instruções do programa inserido
em sua memória.

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TEMA 2: INTRODUÇÃO AO ELECTROMAGNETISMO – PRINCIPAIS LEIS

Campo magnético: é uma energia produzida por corpos magnéticos, capaz de


movimentar outros corpos magnéticos sem entrar em contacto físico. Os matérias
magnéticos são: O imã, ferro, níquel, cobalto, etc.

1. Produtores de Campo magnético


1.1. Imã Natural

O imã natural é um material encontrado na natureza (primeiramente na


Magnésia, Turquia), oferecendo propriedades magnéticas de tracção e repulsão de
corpos magnéticos.

1.2. Condutor rectilíneo que circula corrente

Nos meados de 1777 à 1851, o cientista dinamarquês Hans Christian Oersted


descobriu, através de uma experiência que, um condutor rectilíneo atravessado por uma
corrente produzia a sua volta um campo magnético. Antes de 1803, o cientista André-
Marie Ampère provou pela que o campo magnético gerado por um corrente através de
um condutor rectilíneo é circular e possui um sentido de rotação que depende do sentido
da corrente. Actualmente o sentido do campo magnético gerado por uma corrente é
determinado pela regra da mão directa.

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1.3. Electroíman (imã artificial, enrolamentos, bobina, solenóide, hélice ou


indutor)

O electroíman é um imã artificial, isto é, quando atravessado por corrente


eléctrica, comporta-se como um imã, atraindo e repelindo corpos magnéticos. Em geral,
a bobina consiste em um fio enrolado de forma helicoidal a um material chamado
núcleo magnético (de ar ou ferro).

2. Lei da Indução electromagnética (Lei de Faraday – Lenz)

Lei de Faraday: essa lei afirma que, todo condutor mergulhado em um campo
magnético variável está sujeito à uma tensão induzida em sues terminais.

Lei de Lenz: a corrente induzida sempre gera um campo magnético que tende a
se opor ao campo magnético que lhe deu origem em primeiro lugar.

OBS: A tensão só será induzida sse movermos o rotor e/ou o estator segundo a
lei de Faraday. I (A) representa a corrente induzida, v (m/s) a velocidade com que o
induzido se move ao longo do espaço X (m), U (V) tensão ou fem induzida, l (m)
comprimento do condutor mergulhado no campo variável e B (T) campo magnético
produzido pelo indutor.

U = - Blv por outra U = -NdΦ/dt, com Φ = BXl

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EXERCÍCIOS TEÓRICOS

ET1: O que entendes por campo magnético e como se pode produzi-lo?

ET2: Qual é o formato de campo magnético produzido por um condutor rectilíneo


atravessado por electricidade?

ET3: As seguintes figuras representam condutores rectilíneos atravessados por


electricidade. Determine o sentido do campo magnético em cada ponto identificado.

ET4: O que é um electroíman e como funciona?

ET5: O é uma solenóide e como funciona?

ET6: Enuncie a lei de Faraday, a lei de Lenz e diga qual é a diferença entre as duas leis.

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TEMA 3: ESTUDO DOS PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DE COMANDOS.

1. BOTÃO DE PRESSÃO

Um botão de pressão é um dispositivo utilizado apenas para ligar ou desligar em


instantes diferentes, neste caso, o consideramos como um interruptor, eles podem ser
com ou sem retenção. Utiliza-se para ligar, desligar e para emergências.

1.1. Botão sem retenção

Os botões sem retenção são aqueles que não há nenhum encravamento no acto
de ligar/desligar. Para casos que se pretende ligar e desligar, utiliza dois botões
distintos. Estes apresentam mais vantagens (melhor para o controlo, na identificação e
nomenclatura e mais durabilidade).

1.2. Botão com retenção

Os botões com retenção são aqueles que possuem um encravamento, de tal


maneira que o mesmo botão pode servir de START e STOP em períodos distintos. São
menos usuais face à desvantagens (quase que as únicas vantagens são: por ocupar
menos espaço e por serem de baixo custo).

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2. CONTACTOR/ARRANCADOR MAGNÉTICO.

É um dispositivo apenas para comando (ligar e desligar instantaneamente).


Funciona pelo princípio de atracção e repulsão dos metais através de um electroíman.
Geralmente um contactor é composto por:

2.1. Componentes Físicos


 Fixos
Carcaça/Chassi;
Núcleo Fixo;
Bobina;
Polos Sombra.
 Móveis
Núcleo Móvel;
Mola de Suspensão

2.2. Componentes Lógicos


 Bobina (circuito de comando/controlo) – Terminais A1 e A2 (K – 24VDC; KM –
220V~; KH – 110VDC).
 Contactos
Principais (circuito de força) – Entrada (1 3 5 ou L1 L2 L3) e Saída (2 4 6
ou T1 T2 T3);
Contactos Auxiliares (circuito de comando) – Normalmente Aberto
(NO/NA, os últimos dígitos são 3 e 4) e Normalmente Fechado (NC/NF, os
últimos dígitos são 1 e 2).

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OBS IMPORTANTE: É necessário efectuar o teste do contactor e do botão de pressão


antes de os incorporar em circuitos (Ver na aula prática).

3. BLOCO RECTIFICADOR

O conjunto rectificador é responsável por baixar o nível da tensão alternada e


rectificar para contínua a tensão reduzida. Para além dos vários componentes
electrónicos constituintes deste equipamento, ele é geralmente formado por um
transformador abaixador, díodos rectificadores e condensadores filtrantes. Este
dispositivo será muito utilizado nas aplicações práticas visto que hoje em dia os
circuitos de controlo são geralmente controlados por 24VDC.

EXEMPLO 1: Tendo em conta a codificação, Desenhe a simbologia correspondentes


às seguintes nomenclaturas:

a) Botão de pressão sem retenção STOP;


b) Botão de pressão com retenção START + LED GREEN;
c) Botão de pressão com retenção START/STOP + LED YELLOW
d) Botão de pressão sem retenção START.

EXEMPLO 2: Dê a simbologia e a codificação das seguintes nomenclaturas do


arrancador magnético:

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a) Bobina de 24V em tensão contínua;


b) Bobina em 15000V em tensão alternada;
c) Bobina em 220V em tensão contínua;
d) Bobina de 220VAC.
e) Dois contactos auxiliares normalmente abertos;
f) Três contactos auxiliares NC;
g) Três contactos auxiliares NF.

EXEMPLO 3: Dê a nomenclatura das seguintes codificações do arrancador magnético:

a) A1 e A2:
b) 41 e 42:
c) 81 e 82:
d) 53 e 54:
e) 43 e 34:
f) 21 e 12:
g) 1 2 3 e 2 4 6:

EXEMPLO 4: Faça o teste dos contactores e botões de pressão – ver na aula prática.

a) Utilize multímetro para saber a resistência da bobina;


b) Utilize MEGGER para saber o estado interno dos contactos principais e
auxiliares.

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TEMA 4: PARTIDA/ARRANQUE DIRECTA DO MOTOR ELÉCTRICO

Arrancar um motor directamente significa levar directamente a tensão da rede


para o motor, ou seja, a corrente de partida é igual a corrente de operação.

OBS: O arranque directo só pode ser feito para motores com potência menor que
6cv (Ver normas reconhecidas nacional ou internacionalmente).

Havendo ressaltada a importância dos motores em sistemas automatizados,


descrevem-se nos próximos parágrafos, os conceitos de comandos, necessários a
manobra dos mesmos. Um dos pontos fundamentais para o entendimento dos comandos
eléctricos é a noção de que “os objectivos principais dos elementos em um painel
eléctrico são: a) proteger o operador e b) propiciar uma lógica de comando”.
Partindo do princípio da protecção do operador, mostra-se abaixo, uma
sequência genérica dos elementos necessários a partida e manobra de motores, onde são
encontrados os seguintes elementos:
 Seccionamento: só pode ser operado sem carga. Usado durante a manutenção e
verificação do circuito.
 Protecção contra correntes de curto-circuito: destina-se a protecção dos
condutores do circuito terminal.
 Protecção contra correntes de sobrecarga: para proteger as bobinas do
enrolamento do motor.
 Dispositivos de manobra: destinam-se a ligar e desligar o motor de forma
segura, ou seja, sem que haja o contacto do operador no circuito de potência,
onde circula a maior corrente.

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Exemplo: Desenvolva um esquema de força e comando para ligar e desligar um motor


trifásico através de dois botões de pressão (B0 e S1).

PROJECTO 1: Um motor eléctrico é utilizado para misturar cimento, areia e água (na
construção civil). Desenvolva o esquema e a montagem de acordo com a seguinte
instrução de controlo:

 O motor é monofásico – 220V~:


 Todo controlo deve ser de 220V~;
 Dois botões de pressão sem retenção para ligar e desligar o motor (S1 e B1);
 Duas Luzes: Verde (motor ligado) e Vermelha (motor desligado).

PROJECTO 2: Uma electrobomba é accionada por um motor trifásico pela seguinte


Instrução de controlo:

 O motor é trifásico – 380V~:


 Todo controlo deve ser de 24VDC;
 Um botão de pressão com retenção para ligar e desligar o motor (S);

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 Duas Luzes LED: Verde (motor ligado) e Vermelha (motor desligado). Não
colocar nenhuma luz LED em paralelo com a bobina.

PROJECTO 3: Accionar um motor trifásico através de 3 pontos diferentes.

 O motor é monofásico – 380V~:


 Todo controlo deve ser de 24VDC;
 Três botões de pressão sem retenção – ligar o motor (S1, S2 e S3);
 Um único Botão para desligar o motor.
 Duas Luzes LED: Verde (motor ligado) e Vermelha (motor desligado).

PROJECTO 4: Accionar um motor trifásico através de 4 pontos diferentes.

 O motor é monofásico – 380V~:


 Todo controlo deve ser de 24VDC;
 Quatro botões de pressão sem retenção – ligar o motor (S0, S1, S2 e S3);
 Quatro botões de pressão sem retenção – desligar o motor (B0, B1, B2 e B3);
 Duas Luzes LED: Verde (motor ligado) e Vermelha (motor desligado).

PROJECTO 5: Accionar um motor trifásico através de 4 pontos diferentes.

 O motor é monofásico – 380V~:


 Todo controlo deve ser de 24VDC;
 Quatro botões de pressão sem retenção – ligar o motor (S0, S1, S2 e S3);
 Quatro botões de pressão sem retenção – desligar o motor (B0, B1, B2 e B3);
 8 Luzes LED: 4 Verde (motor ligado em cada ponto) e 4 Vermelha (motor
desligado em cada ponto).

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TEMA 5: ESTUDO E FECHAMENTO DOS MIT

MIT (Motor de Indução Trifásica ou Motor Eléctrico Trifásico).

1. MOTOR ELÉCTRICO TRIFÁSICO

Em geral, o motor é uma máquina eléctrica rotativa capaz de converter a energia


eléctrica em energia mecânica. O motor trifásico consiste em três bobinas da mesma
impedância e mesmo formato, separadas uma da outra com um ângulo de 120º
Eléctricos. Se aplicarmos uma tensão trifásica a partir de um gerador, por causa das
resistências das bobinas e da ligação (delta ou estrela), ela faz surgir a corrente eléctrica
em cada bobina, essas correntes gerarão seus campos magnéticos em forma helicoidal, o
campo magnético resultante (campo magnético girante) dos três campos das bobinas
fará com rotor (elemento móvel do motor) se mova em função deste.

1.1. Representação

A figura seguinte mostra, ao lodo esquerdo, um motor trifásico compactado com


as três fases e um neutro, à direita, as três bobinas do estator inicialmente não ligadas e
no centro da distribuição das bobinas encontramos o rotor.

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OBS: Existem mais formas possíveis de interligar os terminais dos motores,


todavia, neste curso, usaremos mais a segunda terminologia da tabela a seguir.

1.2. Terminais das Bobinas do Motor/Gerador/Transformador

Existem duas formas para ligar os terminais do motor trifásico, em estrela ou em


triângulo. Outrossim, como o motor possui 3 bobinas (cada bobina com dois terminais),
isto é, 6 terminais, os terminais das bobinas podem vir escritos da seguinte forma:

Terminais Externos Terminais Internos


1 2 3 4 5 6
U1 V1 W1 U2 V2 W3
A B C a b c
A B C x y z
R S T r s t
X Y Z x y z
L1 L2 L3 x y z

1.3. Ligação em Estrela

Ligar um motor em estrela consiste em unir os três terminais internos em um


ponto comum assim como está mostrado na figura a seguir.

 Formulação Teórica.

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 Formulação Prática

1.4. Ligação em Triângulo ou Delta

A ligação em triângulo consiste em cada terminal externo de uma bobina com


um outro interno de outra bobina assim como está ilustrado a figura a seguir.

 Formulação Teórica

 Formulação Prática

1.5. Diagrama Fasorial e Formas de Onda

O diagrama fasorial é uma forma de representação das grandezas em corrente


alternada, nos dá uma visão mais clara da disposição de cada grandeza e sua integração
dentro do sistema.

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NB! Potências das Máquinas – Activa P (W), Reactiva Q (VAr) e Aparente S (VA).

 Monofásica Pf = Uf.If.cosϕ, Qf = Uf.If.senϕ e Sf = Uf.If.


 Trifásica P = √ 3UL.IL.cosϕ, Q = √ 3UL.IL.senϕ e S = √ 3UL.IL.

Vantagens e Desvantagens das ligações

A ligação em estrela é de menor corrente (±60% menos que a ligação em Delta);


 Maior tempo de vida útil para o motor;
 Exige menor secção dos cabos, dispositivos de seccionamento, manobra e
protecção;
 Mais económica;
A ligação em estrela ´por ser de menor corrente, apresenta:
 Menor torque (trabalho electromecânico);
 Menor velocidade, etc.
OBS: Para motores de grande porte ou que realizam grandes trabalhos, a ligação
em delta apresenta melhores vantagens.

ET1: O que entendes por motor eléctrico trifásico e como funciona?

ET2: O que é o campo magnético girante? Qual é a separação que deve existir entre as
bobinas do estator do motor trifásico?

ET3: Quais são as principais partes constituintes de um motor trifásico? Defina cada
componente?

ET4: Quantas bobinas e quantos terminais possuem um motor trifásico não ligado?

ET5: Quais são os tipos de ligações possíveis dos motores trifásicos?

ET6: Diga se as seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas:

a) A tensão de linha ou tensão composta é a tensão entre uma fase e o neutro;


b) A tensão de simples ou de fase é a tensão entre fases;
c) A tensão de linha é a tensão entre duas fases;
d) A tensão de fase é a tensão entre uma fase e o neutro;
e) Numa ligação em estrela podemos obter um ponto neutro;
f) Ligar um motor em estrela significa conectar todos os terminais internos em um
único ponto;

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g) Ligar um motor em delta significa conectar todos os terminais externos em um


único ponto.

ET7: Diga se as seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas:

a) Uma máquina ligada em estrela, a corrente de linha é maior que a tensão de fase;
b) Na ligação em estrela a corrente de fase é igual a corrente de linha e a tensão de
fase é maior que a de linha;
c) Na ligação em estrela a tensão de fase é igual a tensão de linha e a corrente de
fase igual a corrente de linha;
d) Na ligação em estrela a tensão de fase é menor que a tensão de linha e a corrente
de fase é igual a corrente de linha;
e) Na ligação em estrela a tensão de linha é maior que a tensão de fase e a corrente
de linha igual a corrente de fase.
f) Na ligação em estrela a tensão de linha é igual a tensão de fase e a corrente de
linha maior que a corrente de fase;
g) Na ligação em estrela a corrente de linha é raiz de três vezes a corrente de fase e
a tensão de linha igual a tensão de fase.

ET8: Diga se as seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas:

a) Uma máquina ligada em delta, a corrente de linha é maior que a tensão de fase;
b) Na ligação em delta, a corrente de fase é igual a corrente de linha e a tensão de
fase é maior que a de linha;
c) Na ligação em triângulo a tensão de fase é igual a tensão de linha e a corrente de
fase igual a corrente de linha;
d) Na ligação em delta a tensão de fase é menor que a tensão de linha e a corrente
de fase é igual a corrente de linha;
e) Na ligação em delta a tensão de linha é maior que a tensão de fase e a corrente
de linha igual a corrente de fase.
f) Na ligação delta a tensão de linha é igual a tensão de fase e a corrente de linha
maior que a corrente de fase;
g) Na ligação em delta a corrente de linha é raiz de três vezes a corrente de fase e a
tensão de linha igual a tensão de fase.

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ET9: Qual é o valor da tensão de fase, tensão de linha e a frequência utilizada em


Angola?

ET10: Se um motor tem a sequência ABC, complete as seguintes sequência:

 A_____;
 B_____;
 C_____;

ET11: Se um motor tem a sequência ABC negativa, complete as seguintes sequência:

 A_____;
 B_____;
 C_____;

ET12: Tendo em conta a sequência de fase de um motor ligado em estrela ou em delta,


diga se as seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas e justifique-as:

a) Numa sequência positiva RST, implica R(0º), S(120º) e T(-120º);


b) Numa sequência positiva RST, implica R(0º), S(-120º) e T(120º);
c) Numa sequência positiva RST, implica R(0º), S(-120º) e T(240º);
d) Numa sequência positiva RST, implica R(120º), S(-120º) e T(-120º);
e) Numa sequência positiva RST, implica R(-120º), S(120º) e T(0º);
f) Numa sequência positiva RST, implica R(0º), S(120º) e T(-120º);
g) Numa sequência positiva RST, implica R(30º), S(-90º) e T(150º);
h) Numa sequência positiva RST, implica R(90º), S(-30º) e T(-150º);

ET13: Tendo em conta a sequência de fase de um motor ligado em estrela ou em delta,


tomando a fase R como referência, preencha os ângulos correspondentes as restantes
fases:

a) Numa sequência negativa RST, implica R(0º), S( ) e T( );


b) Numa sequência negativa RST, implica R(45º), S( ) e T( );
c) Numa sequência positiva RST, implica R(100º), S( ) e T( );
d) Numa sequência negativa RST, implica R(120º), S( ) e T( );
e) Numa sequência positiva RST, implica R( ), S( ) e T(-115º);
f) Numa sequência negativa RST, implica R( ), S(-34º) e T( );
g) Numa sequência negativa RST, implica R(24,5º), S( ) e T( );

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h) Numa sequência positiva RST, implica R( ), S( ) e T(330º);

ET14: Com a tabela de identificação de terminais, diga qual das nomenclaturas a seguir
está com os terminais correctamente indicados e faça a ligação em estrela (1 caso) e a
ligação em delta (2 caso).

ET15: Com a tabela de identificação de terminais, diga qual das nomenclaturas a seguir
está com os terminais correctamente indicados e faça a ligação em estrela (1 caso) e a
ligação em delta (2 caso).

ET16: Ligue cada (duplique) equipamento em estrela e em triângulo e identifique os


terminai de ligação à rede de tensão.

ET17: Identifique os terminais à sua conveniência, faça a ligação (estrela e triângulo)


para cada (duplique) caso a seguir e identifique os terminais de ligação à rede de tensão.

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TEMA 6: INVERSÃO DO SENTIDO DE MARCHA DO MIT

- SENSOR FIM DE CURSO.

1. INVERSÃO DO SENTIDO DE MARCHA

Inverter o sentido de marcha do MIT significa trocar o sentido de rotação. Para


tal, necessário apenas que se inverta a sequência de fases conforme vimos na lição
passada.

A inversão do sentido de marcha é utilizada em muitas aplicações práticas, tais


como:

 Tapetes rolantes;
 Elevadores;
 Portões automáticos;
 Transportadores, etc.

IMORTANTE! No acto de inverter o sentido de rotação do motor, desliga-


se e aguarda-se um tempo até o motor parar completamente. Lembre-se… não é
permitido arrancar o motor em outro sentido por enquanto estiver ainda em
marcha de desligamento.

4. CHAVE FIM DE CURSO

A chave fim de curso é um interruptor sem retenção, é muito utilizado em


movimentação de cargas pesadas (portões automáticos, elevadores, transportadores,
montadores, etc.).

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EX1: A inversão do sentido de marcha pode ser feita com várias combinações, todavia,
no exemplo a seguir o motor poderá funcionar em sentido horário ou anti-horário
através de duas chaves normais S1 e S2.

PROJECTO 6: Transportador industrial.

A figura a cima representa um transportador utilizado em indústria, possuindo


uma caixa que se move do sentido de X para Y e vice-versa. Essa movimentação é feita
para transportar cargas, ferramentas e acessórios em ambos os pontos supraditos.
Primando no botão S1, liga o motor M para mover a caixa no sentido XY;

CH2 sensa a caixa vindo de XY e pára o motor M;


B1 – botão para parar o motor M sempre que estiver no sentido de XY;
S3 – botão para ligar o motor M e retornar a caixa no sentido de YX;
G01 e G02: sinalizadores – caixa no sentido de XY;
R01 e R02: sinalizadores – caixa no sentido de YX;
Primando no botão S2, liga o motor M para mover a caixa no sentido YX;
CH1 sensa a caixa vindo de YX e pára o motor M;
B2 – botão para parar o motor M sempre que estiver no sentido de YX;
S4 – botão para ligar o motor M e retornar a caixa no sentido de XY;

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PROJECTO 7: Portão Automático.

Em uma indústria possui um portão automático que funciona na vertical no


sentido XY e YX. As pessoas e cargas deslocam-se no sentido de AB e BA. Faça o
controlo automático seguindo as seguintes instruções de controlo:

S1: Accionar o motor M movendo o portão no sentido de XY (ascendente);


B1: Parar o motor quando estiver em funcionamento (qualquer sentido);
S3: Accionar o motor M movendo o portão no sentido de YX (descendente);
G01 e G02: Sinalizadores – Portão no sentido de XY (ascendente);
R01 e R02: Sinalizadores – Portão no sentido de YX (descendente);
Y01 e Y02: Sinalizadores – Motor/Portão parado.
S2: Accionar o motor M movendo o portão no sentido de XY (ascendente);
B2: Parar o motor quando estiver em funcionamento (qualquer sentido);
S4: Accionar o motor M movendo o portão no sentido de YX (descendente);

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PROJECTO 8: Elevador industrial de cargas pesadas. Obedeça as seguintes instruções:

 Caso houver uma emergência em um dos andares, o operador pressiona em E01/E02


fazendo parar o motor instantaneamente e accionar SS1 e SS2 ao mesmo tempo;
 A inversão de marcha do motor só deve ser possível até que o motor pare
completamente (utilize temporizador) e deve existir todos os bloqueios possíveis
que permitam que o motor não embale.

 G1 sinaliza a movimentação do elevador do 1º para o 2º andar;


 R1 sinaliza a chegada do elevador no 1º andar;
 Y1 sinaliza paragem do motor por sobrecarga (peso/massa superior ao admissível);
 G2 sinaliza a movimentação do elevador do 2º para o 1º andar;
 R2 sinaliza a chegada do elevador no 2º andar;
 Y2 sinaliza paragem do motor por sobrecarga (peso/massa superior ao admissível);
 M1: Motor responsável pela movimentação do elevador nos dois sentidos;
 CH1 e CH2: Chave fim de curso para parar o motor no 1º e 2º andar;
 E0: Emergência
 S1: Botão de pressão para fazer subir o elevador do 1º para o 2º andar;
 S3: Botão de pressão para chamar o elevar ao 1º andar;
 S2: Botão de pressão para fazer descer o elevador do 2º para o 1º andar;
 S4: Botão de pressão para chamar o elevar ao 2º andar;
 SS1 e SS2: Sirenes para casos de emergência.

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MÓDULO B.1: COMANDOS ELÉCTRICOS E ACCIONAMENTO DE


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TEMA 7: RELÉ MAGNÉTICO DE COMANDO E RELÉ TEMPORIZADOR

1. RELÉ MAGNÉTICO DE COMANDO

O relé magnético de comando é um dispositivo de comando apenas, servindo


para ligar e desligar sistemas através da bobina e de seus contactos auxiliares.

 Bobina (circuito de comando) – Terminais A1 (13) e A2 (14);


 Contactos Auxiliares (circuito de comando)
 Normalmente Aberto (NO/NA, os últimos dígitos são 1 e 4 ou 3 e 4)
 Normalmente Fechado (NC/NF, os últimos dígitos são 1 e 2).

CUIDADO! As ligações são feitas em uma base. Na base do relé possui uma
numeração correspondente aos dígitos da identificação característica, isto é, antes de
efectuar qualquer ligação, verificar bem a codificação numérica e a base.

2. RELÉ TEMPORIZADOR

O relé temporizador é um dispositivo de comando apenas, servindo para ligar e


desligar sistemas através de seu conjunto ligador/desligador magnético que actua em
função do tempo programado pelo operador a partir de um relógio ajustável (regulador
de tempo). É constituído pelos seguintes elementos:

 Bobina (circuito de comando) – Terminais A1 e A2;


 Contactos Auxiliares (circuito de comando)
 Normalmente Aberto (NO/NA, os últimos dígitos são 7 e 8)
 Normalmente Fechado (NC/NF, os últimos dígitos são 5 e 6)
 Relógio Ajustável (Regulador de Tempo).

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NB: A nomenclatura/codificação do relé temporizador, o relé magnético de


comando, assim como outros dispositivos de controlo automático, variam em função do
fabricante ou da norma. Desta feita, consultar sempre o manual do equipamento
disponibilizado pelo fabricante.

2.1. Relé temporizador de memória binária de pulso

Este é um relé como qualquer outro, diferenciado apenas na codificação e no


chaveamento, isto é, ao energizar sua bobina, depois do tempo cronometrado, fecha e
abre instantaneamente seus contactos normalmente abertos e vice-versa.

a) Bobinas: 24VDC/AC (10 e 9) e 220VAC (7 e 2)


b) Contactos: NO (1 e 3; 6 e 8) NC (1 e 4; 8 e 5)

PROJECTO 9: Semáforo. Faça o projecto eléctrico de controlo de tal maneira que:

 S0: Ligar o sistema em geral


 G1 acesa durante 9 segundos;
 Y1 acesa durante 3 segundos;
 R1 acesa durante 15 segundos;
 B0: Desligar o sistema em geral

NB: O ciclo de funcionamento das lâmpadas deve ser fechado.

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PROJECTO 9: O esquema a seguir representa uma rotunda com dois semáforo para
regulação de trânsito. Faça o projecto eléctrico de controlo de tal maneira que:

 S0: Ligar o sistema em geral


 G1 acesa durante 8 segundos;
 Y1 acesa durante 3 segundos;
 R1 acesa durante 10 segundos;
 G2 acesa durante 15 segundos;
 Y2 acesa durante 4 segundos;
 R2 acesa durante 15 segundos.
 B0: Desligar o sistema em geral

NB: O ciclo de funcionamento das luzes deve ser fechado.

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MÓDULO B.1: COMANDOS ELÉCTRICOS E ACCIONAMENTO DE


MÁQUINAS.

TEMA 8: SENSOR DE NÍVEL, SENSOR DE TEMPERATURA

Em geral esses três sensores têm a função de converter sinais de nível,


temperatura e pressão em sinal eléctrico. Estes podem ser:

Sensores Estáticos
Sensores de Transmissão (Transmissores) – Estudaremos em Instrumentação

1. SENSOR DE NÍVEL (NIVELOSTATO)

O sensor de nível (nivelostato) é um interruptor especial que funciona através de


uma bóia que mede o nível do fluido em um determinado reservatório, fazendo fechar
ou abrir o contacto de a cordo com o nível ajustado pelo operador.

2. SENSOR DE TEMPERATURA (TERMOSTATO)

Em geral um termostato é um interruptor que fecha ou abre seu contacto em


função da temperatura programada. Os termostatos podem ser do tipo ajustável ou não
ajustável. Neste curso implementaremos o termostato ajustável (que se programa a
temperatura pretendida para abertura/fechamento. O termostato funciona com o
princípio da dilação térmica, onde o calor imposto nas chapas metálicas faz dilata-las e
consequentemente abrir ou fechar o contacto.

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PROJECTO 10: Controlo de Nível e temperatura de Gasóleo em reservatórios. Este


sistema representa uma estação para bombeamento de gasóleo de um reservatório para
outro. Este deve funcionar de forma automática seguindo a instrução:

S1: Liga a electrobomba B/M;


B1: Desliga a electrobomba B/M;
Y01: Sinalizador – Motor desligado;
G01: Sinalizador – Motor ligado;
NH1: Liga a electrobomba automaticamente quando o nível de gasóleo estiver
baixo no reservatório;
NH2: Desliga a electrobomba automaticamente quando o nível de gasóleo estiver
alto no reservatório;
NH3: Desliga a electrobomba automaticamente quando o nível de gasóleo estiver
muito alto no reservatório (caso o NH2 falhar);
R02: Sinalizador – Alto nível de gasóleo no reservatório;
R01: Sinalizador – Baixo nível de gasóleo no reservatório;
R03: Sinalizador – Muito Alto nível de Gasóleo caso falhe o NH2;
SS: Sirene – Quando falhe o NH2;
T: Sensor de temperatura – Desliga o sistema quando a temperatura do gasóleo
atingir um valor maior ou igual a 55ºC;
G02: Sinalizador – Alta temperatura do gasóleo na conduta hidráulica;
B2: Botão para ressetar o sinalizador R01 (baixo nível de gasóleo;
S2: Botão para testar todos os sinalizadores;
LH: Fotocélula para o controlo da iluminação (H1, H2 e H3) – O electrobomba
não pode funcionar a noite.

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PROJECTO 11:

PROJECTO 12:

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MÓDULO B.1: COMANDOS ELÉCTRICOS E ACCIONAMENTO DE


MÁQUINAS.

TEMA 9: PARTIDA/ARRANQUE INDECTA(O) DE MOTORES TRIFÁSICOS

Para fazer o arranque de motores é necessário que se considere o seguinte:

 Corrente nominal e de partida do motor

A magnitude da corrente de partida do motor varia em função da corrente


nominal e da construção. Em geral corrente de partida de um motor varia de 4 a 10
vezes a corrente nominal, insto significa: IP/IN = 6 à 10 (depende da fabricação). Onde
Ip = corrente de partida e IN = corrente nominal.

IMPORTANTE! Em geral, nos motores de indução, a corrente de partida deve


durar até no máximo 5 segundos.

 Torque/Conjugado/Binário do motor

O torque é a força que actua no eixo do motor, responsável pelo ‘arrastamento


da carga desejada’. τ =K ×Φ × I (N.m). Onde τ = Torque, K = constante construtiva
(depende do nº de polos, ipo de enrolamento e nº condutores em armadura), Φ = fluxo
magnético (Wb) e I = corrente nominal (A).

Ex: Se tivermos um motor cuja IP/IN = 7, qual será a corrente de arranque para
uma corrente nominal de 3A?

Para este caso a corrente de arranque ou de partida será IP = 7.IN = 21A.

ARRANQUE/PARTIDA INDIRECTO (A)

A partida indirecta utiliza-se quando se pretende reduzir a corrente no momento


do arranque apenas, tão logo ultrapassar o período de arranque, retorna-se para ligação
do funcionamento normal.

Em suma, a partida indirecta nos permite:

 Reduzir a tensão
 Reduzir a corrente (Consequência da redução da tensão)
 Reduzir o torque (Consequência da redução de corrente).

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IMPORTANTE! A partida indirecta usa-se para motores com potência maior que 6cv,
(4.4742KW).

1. PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO

Neste sistema, arranca-se o motor primeiramente em estrela no período da


partida, terminado este tempo, arranca-se o motor em triângulo para o funcionamento
normal.

Condições Exigidas:

1) O motor tem que ser trifásico.


2) O motor tem que ter um alto consumo de corrente no arranque.
3) Conexão final de trabalho tem que ser em triângulo.
4) Os seis (6) terminais do motor devem estar visíveis e devidamente
identificados.

Lembrar que numa ligação em estrela a corrente de fase é igual a corrente de


linha e a tensão de fase diferente da de linha (IL = If e UL = √ 3Uf). Já na ligação em
triângulo é o inverso, ou seja, UL = Uf e IL = √ 3 If.

Por outra: τ = K.Φ.I e IP/IN = 7.

Neste caso teremos:

 Redução da corrente (33% a mesmos da corrente de partida)


 Redução do torque (33% a mesmos do torque).

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2. PARTIDA COM AUTOTRANSFORMADOR

Neste sistema, arranca-se o motor primeiramente com a tenção da saída do


autotransformador, que possui a função de reduzir a corrente tensão entregue pelo motor
no acto da partida, isto reduz consequentemente a corrente de arranque. Esta partida
também é conhecida como chave compensadora.

Condições Exigidas:

5) O motor tem que ser trifásico ou não.


6) O motor tem que ter um alto consumo de corrente no arranque.
7) Os seis (6) terminais do motor devem estar visíveis e devidamente
identificados caso o motor for trifásico.

NB: A tabela a seguir representa uma comparação singular entre a partida


estrela-triângulo e a chave compensadora (autotransformador).

Redução da Estrela-Triângulo Autotransformador Autotransformador


Grandeza Tap – 65% Tap – 80%
Torque (Binário) 33% 42% 64%
Corrente de Partida 33% 42% 64%

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3. PARTIDA ELECTRÓNICA (SUAVE) SOFT-STARTER

NB: A analogia do princípio de funcionamento deste tipo de arranque será


abordada com mais síntese em aula teórico-prática.

4. PARTIDA COM RESISTÊNCIA VARIÁVEL

NB: A analogia do princípio de funcionamento deste tipo de arranque será


abordada com mais síntese em aula teórico-prática.

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CODIFICAÇÃO

EQUIPAMENTO/DISPOSITIVO CÓDIGO
Aquecedor Resistivo AR
Bloco Rectificador BLR
Botão de Pressão (Sem Retenção) – DESLIGAR B
Botão de Pressão (Sem Retenção) – LIGAR S
Botão de Pressão (Sem Retenção) – EMERGÊNCIA E0
Botão de Pressão (Retenção) – LIGAR E DESLIGAR SB
Botão de Pressão (Retenção) Com Luz Vermelha – LIGAR SR
Botão de Pressão (Retenção) Com Luz Verde – LIGAR SG
Botão de Pressão (Retenção) Com Luz Amarela – LIGAR SY
Botão de Pressão (Retenção) Com Luz Vermelha – DESLIGAR BR
Botão de Pressão (Retenção) Com Luz Verde – DESLIGAR BG
Botão de Pressão (Retenção) Com Luz Amarela – DESLIGAR BY
Botão de Pressão (Retenção) Com Luz Vermelha – LIGAR & DESLIGAR SBR
Botão de Pressão (Retenção) Com Luz Verde – LIGAR & DESLIGAR SBG
Botão de Pressão (Retenção) Com Luz Amarela – LIGAR & DESLIGAR SBY
Botão de Pressão – Campainha SCP
Campainha CP
Chave Fim de Curso CH
Contactor (Arrancador Magnético) – 220VAC KM
Contactor (Arrancador Magnético) – 24VDC K
Contactor (Arrancador Magnético) – 110VDC KH
Disjuntor Tetrapolar DQ
Disjuntor Bipolar DB
Disjuntor Bipolar (alimentação) DM
Disjuntor Tripolar DT

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Detector de Fumo FH
Fotocélula LH
Fusível F
Gerador GE
Interruptor Simples IS
Interruptor Duplo (Comutador de Lustre) ID
Interruptor Comutador de Escada CE
Inversor Manual IM
Lâmpada Incandescente LI
Lâmpada Fluorescente LF
Motor M
Placa de Díodos PD
Relé Magnético de Comando R
Relé Magnético de Protecção RM
Relé Térmico RT
Relé Temporizador TM
Sensor de Nível NH
Sensor de Presença PH
Sinalizador Luminoso Verde – 24VDC G
Sinalizador Luminoso Amarelo – 24VDC Y
Sinalizador Luminoso Vermelho – 24VDC R.
Sinalizador Luminoso Verde – 220VAC G0
Sinalizador Luminoso Amarelo – 220VAC Y0
Sinalizador Luminoso Vermelho – 220VAC R0
Sinalizador Sonoro SS
Termóstato TH
Tomada Monofásica Sem Terra TD
Tomada Monofásica Com terra TDT
Tomada Trifásica Sem Terra TTD
Tomada Trifásica Com Terra TTDT
Transformador TFO
Ventilador VT

PRINCIPAIS SIMBOLOGIAS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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