É meu entender que a escola, sendo ela um lugar de aprendizagem por
excelência, tem o papel fundamental na concretização desta realidade, sendo de extrema importância o domínio, por parte dos professores, de competências que possam responder aos desafios que encontram na vida profissional. Para tal, é essencial um processo de formação orientada de forma a ir ao encontro dos problemas com os quais nos deparamos no desenvolvimento das nossas funções. Como professora de Educação Especial, é-me exigido um trabalho de grande envolvimento, procurando sempre estabelecer uma relação de confiança com os alunos que me foram atribuídos e com os colegas professores. Foi, pois, esse envolvimento, esse conhecimento, com vista a desenvolver um trabalho colaborativo que responda às exigências de uma escola para todos, que procurei ao frequentar a ação “Reorganização curricular/ Decreto-Lei 54”. Assim sendo, a minha participação nas sessões foi o de tirar o máximo proveito, não só na aquisição dos conhecimentos como de partilha, mas sempre com um lema: querer saber mais. Enquanto professora de educação especial, nem sempre se afigura tarefa fácil a nossa intervenção no futuro dos nossos alunos. Cada vez mais sinto que é importante este processo de mudança, no que à educação inclusiva diz respeito, para que todos os alunos possam atingir o limite máximo das suas capacidades. Sou de opinião que estas mudanças devem sobretudo partir de nós, agentes ativos, mas também é urgente que se criem condições para que essa mudança seja uma realidade, permitindo-nos fazer da escola, uma escola inclusiva, onde a Educação para Todos não seja uma utopia. Para que tal aconteça, não é suficiente substituir um Decreto-lei por outro. Trabalhar por uma escola inclusiva é um desafio que nos é colocado e que pode, sem dúvida, fazer a diferença na vida de milhares de crianças. Se considero que os objetivos inicialmente previstos foram atingidos? Se os conteúdos da ação responderam às minhas expectativas? Na verdade, quer os objetivos, quer as expectativas foram atingidos e excedidos. Não foi a necessidade de créditos que me levou a frequentar esta ação, mas sim o facto de entender que a mesma seria de grande utilidade na concretização da minha prática pedagógica. Esta formação veio de alguma forma complementar o meu conhecimento sobre o Decreto-Lei 54. Foi, sem dúvida alguma, uma ação de formação extremamente enriquecedora e foi plenamente ao encontro das minhas expectativas. Com efeito, os conteúdos abordados aplicam-se à minha prática letiva, a metodologia levada a cabo facilitou a aprendizagem e a compreensão dos conteúdos, e a documentação e os materiais disponibilizados foram totalmente apropriados. Relativamente ao trabalho realizado ao longo das sessões, a participação nas tarefas que foram apresentadas foi francamente positiva. Verificou-se uma constante troca de saberes, de experiências entre os formandos, num ambiente de total confiança, o que fomentou a partilha de experiências enriquecedoras. Assim, a aprendizagem não foi apenas direcionada do formador ao formando, mas também através da partilha de ideias entre formandos. Em relação às dificuldades sentidas, não foram absolutamente nenhumas. Pelo contrário, procurei, ao longo das sessões, expor as minhas dúvidas, principalmente em relação a determinados pontos fundamentais no que diz respeito ao trabalho colaborativo que procuro fazer com todos os titulares de turma/ diretores de turma, com os quais trabalho no exercício das minha funções, nomeadamente, adaptações curriculares não significativas e adaptações no processo de avaliação. Finalmente, não posso terminar esta minha reflexão sem destacar o trabalho desenvolvido pelo formador, pelo profissionalismo demonstrado em cada sessão e pelo ambiente criado, que em muito favoreceu a partilha de conhecimentos e experiências. Bem-haja!