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De um lado Israelitas, do outro, Palestinos, guerreiam por muito tempo, cada um

defendendo a verdade em que acredita, alguns guerreiam somente por ter herdado esse
título ao nascer, e assim segue-se uma guerra tão desnecessária quanto todas as outras.
Nessa minha primeira postagem tentarei explicar as diferenças entre Palhaços e Clowns,
estudo as técnicas e as teorias clown desde 2003 e após ter lido alguns livros, assistindo
vários filmes e consultado alguns profissionais, acredito que tenho uma opinião bem
esclarecida sobre o tema.
Alguns leitores já podem estar pensando: “Puxa, lá vem mais um que gosta de usar a
palavra Clown, mania de ficar usando palavras difíceis e em inglês”; Desculpe quebrar
esse seu pensamento, mas Clown não é uma palavra de origem inglesa... Atualmente
traduz-se como palhaço, mas essa palavra tem uma origem muito antiga e qualquer
pesquisa no Google vai te mostrar que Clown é originado na palavra “Clod” que
significa rústico, também pode ser usado para nomear o simples camponês que trabalha
a terra.
Enquanto Palhaço é originado na palavra “Paglia” (palha), que era usada para revestir
oscolchões, no inicio, a roupa do palhaço era feita do mesmo tecido grosso e listrado
dos colchões.
Comparando a origem das palavras, chegamos à conclusão que palhaço e clown são tão
parecidos quanto à farinha e a farofa! Podem ter o mesmo ingrediente, mas são
totalmente diferentes. Ambos são vistos como um indivíduo desajeitado e engraçado.
Não vou analisar a fundo as diferenças da maquiagem e da roupa entre clown e palhaço,
mas é importante dizer que os palhaços geralmente são mais coloridos, com mais
detalhes e mais chamativos, poderia até dizer que o palhaço carrega consigo a obrigação
de fazer rir e de usar a menor mascara do mundo: o nariz vermelho! O palhaço e o
Clown são ridículos por natureza, qualquer um que olhar vai dar um descrédito imediato
á essas figuras, dando uma importância mínima, esperando que sirvam unicamente para
causar um sorriso imediato, e pelo contrário, em séculos passados sábios usavam dessa
liberdade para criticar aos reis e mandantes tiranos, sem sofrer nenhuma conseqüência
(volto á esse assunto nas próximas postagens).
Aqui chegamos á um ponto importante, até o presente momento tem-se uma
diferençamínima, porém, a palavra “Ridículo”, nos traz de volta ao tema.
O palhaço é um ser ridículo, o ser que ninguém quer ser, muitos o apreciam com a
finalidade de rir somente, e para isso ele está ali! Pouquíssimos olham com admiração e
dizem “Também quero ser palhaço”, e os que fazem isso estudam técnicas milenares
dos palhaços, como cair, dar cambalhotas, chutes na bunda, e muitas outras “Gags” que
são piadas visuais utilizadas por palhaços e cômicos durante séculos. Sem medo de
errar, digo que os palhaços são personagens importantes que alguns atores ou
simpatizantes assumem para alegrar esse mundo caótico e por muitas vezes, chato, onde
um quer ser melhor que o outro, mostrando-se poderoso, imponente e bem vestido. O
palhaço deixa de existir quando o ator o descaracteriza, tirando a roupa e a mascara.
O Trabalho do Clown difere-se já na construção, o ator ou simpatizante é submetido á
uma preparação de auto-aceitação, onde deve brigar contra seu ego, contra a
necessidade de aprovação que a sua educação lhe impôs e o mais difícil, deverá ver-se!
Sim, até parece fácil sob uma olhada ligeira, mas quem realmente vive ou diz o que
sente? Extrair isso de si é dolorido e gratificante, pois, a desmontagem nos dá a
possibilidade de remontar as peças de uma maneira que sejamos mais felizes com o
nosso “eu interior”, o clown vive o seu ridículo, aceita os seus defeitos e mostra-os sem
medo de ser excluído por ser diferente; a diferença que mais pesa entre o palhaço e o
clown está aqui, esse trabalho de clown não acaba quando ele retira sua mascara
vermelha e sua maquiagem, ela prevalece em sua vida o tornado mais feliz
Um exemplo bem comum é aquela pessoa que não se importa com os apelidos que lhe
são dados pelas deformidades que tem, e os mesmos acabam “não pegando”.
E você? É palhaço ou Clown? Não sabe? Vai estudar, busque um professor (a) que
possa lhe instruir de maneira correta (cuidado com os picaretas, que vendem o curso de
clown e dão aulas de palhaço). Ah, mas você quer ser palhaço? Sem problemas, procure
uma escola de palhaços, o mundo é carente de sorriso e nós que temos a essência da
comicidade devemos lapidar o dom que nos foi dado e usa-lo em prol de um mundo
mais feliz.
Agora se você simplesmente não concordou com nada que escrevi acima, acha que se
deve usar somente o nome palhaço pra tudo e pra todos, fica o meu pedido pra que não
faça guerra, não brigue por sua opinião, não faça da sua opinião um imposição, e
lembre-se que esse colunista é ridículo, sendo assim um humano comum que erra!
Ao invés de brigar, junte e use sua energia pra fazer alguém rir!
Texto2

Melhor resposta:  Clown se traduz por palhaço, mas as duas palavras têm


origens diferentes. Clown, no inglês, segundo Ruiz (1987), está ligado ao termo
camponês “clod”, ao rústico, à terra. Já palhaço vem do italiano “paglia” (palha),
usada para revestir colchões: a primitiva roupa do palhaço era feita do mesmo
tecido grosso e listrado do colchão. Outra origem é “palhaço” na língua celta,
que originalmente designa um fazendeiro, um campônio, visto pelas pessoas
da cidade como um indivíduo desajeitado e engraçado (Masetti,1998). Para
Fellini (1986), o palhaço é mais de feira e praça, o clown de circo e palco.
Tessari coloca que, tanto na língua comum italiana quanto na linguagem
especializada do espetáculo, hoje não existe nenhuma diferença entre a
palavra palhaço e a palavra clown, pois as duas palavras se confluem em
essências cômicas. A primeira, no entanto, é usada, às vezes, como insulto,
significando estúpido, ridículo e exibicionista, ou para indicar o cômico do
circo. 

As características do clown moderno circense, segundo Tessari, só podem ser


definidas com segurança a partir da “troupe de Astley”, em que o clown é uma
simbiose da máscara da Commedia dell’Arte e da tradição farsesca francesa e
anglo-saxônica. 

O interesse pelo clown manifesta-se nos anos sessenta. Segundo Lecoq


(1987), o circo se transforma e o clown sai do picadeiro para as ruas, para o
teatro. Muitos jovens desejam ser clowns; é uma profissão de fé e uma tomada
de posição perante a sociedade. Ser clown significa mostrar as fraquezas
pessoais ( as pernas finas, a orelha grande, os braços pequenos) e enfatizá-
las, usando roupas diferentes daquelas que usualmente as ocultam. O
fenômeno, para Lecoq, ultrapassa a simples representação e seu espetáculo.
Torna-se um modo de expressão pessoal. O clown põe em desordem uma
certa ordem e permite assim denunciar a ordem vigente. Ele erra e acerta onde
não esperamos. Toma tudo ao pé-da-letra no sentido primário e imediato:
quando a noite cai (bum!), ele a procura no chão e nós rimos de seu lado idiota
e ingênuo. 

O clown torna-se, com o tempo para Lecoq, um profissional que deve saber
realizar seus fracassos com talento, trabalho e técnica. É um caminho
puramente pedagógico e coloca o comediante numa situação para além da
representação clownesca. 

Temos, dentro da literatura, do cinema, do teatro, tipos ingênuos e


desajustados que vêm acompanhando nossas vidas, entre eles: Charles
Chaplin, Gordo e Magro, Buster Keaton, Jerry Lewis, Mazzaropi (Wuo, 1999).
Enio Giacomini de Salles

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