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CICLO DO ENXOFRE
Rio Largo / AL
2019
EMANUEL ARAUJO DO NASCIMENTO
RONALD SANTANA DA SILVA
BARTOLOMEU SILVA DE SOUSA JÚNIOR
JOÃO CRUZ LIVINO DO SANTOS
JOSÉ WILLIAM ALEXANDRE DOS SANTOS
Rio Largo / AL
2019
Resumo
1 INTRODUÇÃO
O ciclo do enxofre é um processo essencial para a vida dos seres vivos, está presente
em aminoácidos, a exemplo: cisteína, onde atua na formação das proteínas.
O ciclo do enxofre tem sofrido, pelas ações humanas, causando graves problemas para
o meio ambiente e a própria população. A energia para veículos, indústrias e usinas é gerada
pela queima de combustíveis fósseis. Dentro do processo é gerado e lançado dióxido de
enxofre em excesso na atmosfera, cujo se funde com moléculas de água transformando-se em
ácido sulfúrico, desta forma causando o efeito de chuva ácida.
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2 CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
3 CICLO DO ENXOFRE
Ciclo do enxofre é o processo pelo qual o enxofre é transformado pelos seres vivos,
como animais e plantas, e outros processos químicos. Em muitos aspectos, o ciclo do enxofre
assemelha-se ao ciclo do nitrogênio, exceto quanto à inserção desse elemento proveniente da
litosfera através da atividade vulcânica e à ausência do processo biológico de fixação do
enxofre da atmosfera a terra ou à água.
(http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=2112&evento=2#menu-galeria).
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Os minerais primários, especialmente sulfetos metálicos de Fe, Zn, Cu, Ca e Mg, são
fonte original do enxofre no solo. Seu intemperismo, com a ocorrência de processos físicos,
químicos e biológicos, origina outros compostos ou formas de enxofre que são utilizados por
outros micro-organismos ou plantas. A água da chuva, a água da irrigação, atmosfera, os
fertilizantes e os pesticidas à base de enxofre são outras fontes que contribuem para o
suprimento de enxofre ao solo.
média cerca de 50% do enxofre orgânico e é obtida pela redução a H2S por ácido iodídrico
(HI) e é também denominado enxofre reduzível.
O fracionamento das formas de enxofre orgânico tem sido estudado para auxiliar a
avaliação da disponibilidade para as plantas, já que certas formas são facilmente
mineralizadas. A fração S-O apresenta mineralização mais rápida por ser facilmente
hidrolisada a sulfato inorgânico. As frações S-C e, principalmente, enxofre residual são mais
estáveis no solo. Entretanto há indicações de que tanto as frações S-O como S-C podem
contribuir para o suprimento às plantas, tornando de pouca utilidade o fracionamento do
enxofre orgânico.
Em solos bem drenados, as formas reduzidas são facilmente oxidadas a SO 42-, sendo
esta forma inorgânica predominante e pela qual o enxofre é absorvido pelas plantas via
sistema radicular. Entretanto as formas reduzidas, principalmente sulfetos e H 2S, são
importantes em solos alagados ou em condições de anaerobiose. Em condições de má
drenagem ou aridez pode ocorrer o acúmulo de sais solúveis de enxofre, enquanto que em
solos alcalinos ou calcários pode haver o acúmulo de sais insolúveis de enxofre ou co-
cristalizados com CaCO3, os quais são pouco disponíveis às plantas.
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O teor de enxofre total nos solos pode variar de 0,002 a 3,5%. Os valores mais
elevados ocorrem em solos alcalinos ou calcários, principalmente em regiões secas, pelo
acúmulo de sulfatos; em solos não calcários o teor de enxofre é inferior a 0,1%.
Figuras: Molécula de Enxofre vista de dois ângulos diferentes. A maneira como os átomos estão ligados em uma molécula de Enxofre
determina seu formato.
Parte dos sulfetos formados são liberados na atmosfera (H 2S), onde podem ser
oxidados a SO42-. Altas concentrações de sulfetos podem ser tóxicas aos cultivos em solos
alagados. Entretanto, estas são diminuídas pela oxidação de S 2– a SO e, posteriormente, a
SO42- por algumas espécies de microrganismos, como as bactérias do gênero Beggiatoa.
O pH do solo pode ser considerado o principal fator que afeta a mineralização, devido
o seu marcante efeito na população e na atividade microbiana. O aumento do pH determina
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maior mineralização de enxofre, principalmente em solos com maior teor de matéria orgânica.
A faixa mais favorável à mineralização de matéria orgânica encontra-se próxima à
neutralidade.
O cultivo de solos virgens, por seus efeitos nas condições de aeração, umidade e
temperatura do solo e consequentemente na atividade microbiana, provoca a redução do teor
de matéria orgânica e do enxofre orgânico. Observa-se com o tempo a diminuição do teor de
enxofre total e orgânico no horizonte superficial e o aumento do enxofre em horizontes
subsuperficiais pelo efeito de lixiviação. Em solos de cerrado, há um decréscimo de 25 a 75%
no teor de enxofre orgânico após seu cultivo por 20 a 30 anos.
O enxofre total é mais utilizado para caracterizar o solo, pois em geral não se relaciona
com parâmetros das plantas. O enquadramento de cada extrator num dos grupos não é rígido,
pois pouco ainda é conhecido sobre a natureza das formas extraídas por determinado método.
Exemplificando, métodos tidos como extratores apenas do enxofre solúvel podem extrair
porções do enxofre orgânico mais lábil. Revisão e discussão amplas dos métodos para a
avaliação da disponibilidade de enxofre no solo foram já apresentadas desde 1985.
Para a condição dos solos brasileiros poucos trabalhos tem sido desenvolvidos para a
obtenção de índices de disponibilidade de enxofre para as plantas. Todos os trabalhos já
realizados até hoje, foram efetuados em vasos em casa de vegetação, utilizando a camada
arável dos solos. O comportamento dos extratores parecem estar relacionados com as
características dos solos brasileiros, que em geral apresentam a maior quantidade do enxofre
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inorgânico (SO42-) adsorvido às partículas. O SO42- é então deslocado pelos íons fosfato
presentes nestas soluções.
A deficiência de enxofre tem sido observada cada vez com mais frequência para
diferentes culturas, em solos sob vegetação de cerrado. A incidência desta deficiência deve-se
à pobreza natural destes solos em enxofre, aliada ao uso crescente de formulações
concentradas, que propiciam condições para que seu aparecimento se torne mais evidente e
frequente.
Muito menos frequente tem sido os problemas por excesso. Deficiências e excessos
deste nutriente podem ser corrigidos pelo uso de corretivos, fertilizantes e adubos orgânicos,
assim como práticas que melhorem sua disponibilidade.
causar danos ecológicos, pois o efeito do ácido é neutralizado ao entrar em contato com
substâncias alcalinas presentes na água e no solo.
As chuvas comuns já são naturalmente ácidas, pois mesmo em lugares não poluídos,
na atmosfera há, por exemplo, o gás carbônico (CO2),que é um óxido ácido que reage com a
água da chuva e gera o ácido carbônico, conforme mostrado abaixo:
Chama-se de chuva ácida qualquer chuva com pH menor que 5,6. Em lugares
populosos em que há grande quantidade de veículos e em centros industriais, são comuns
chuvas ácidas com pH igual a 4,5. Já se registraram chuvas com pH igual a 2; para se ter ideia
de como isso é perigoso, esse é o valor do pH do limão ou do vinagre concentrados.
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O dióxido de nitrogênio reage com a água da chuva e gera dois tipos de ácidos, o ácido
nitroso e o ácido nítrico, mostrados, respectivamente, na equação química abaixo:
Entretanto, os grandes vilões são os óxidos de enxofre (SO2 e SO3), pois eles reagem
com a água formando o ácido sulfúrico, um ácido muito forte:
Nos EUA, muitas usinas de energia que queimam carvão usam o sistema de
dessulfuração de gás de fumeiro (FGD) para retirar os gases contendo enxofre de suas
chaminés. Um exemplo de FGD é o depurador molhado que geralmente é usado nos EUA e
em muitos outros países. Um depurador molhado é basicamente uma torre de reação equipada
com um ventilador que extrai a fumaça de gases quentes da chaminé de uma usina de energia.
O calcário ou a pedra calcária em forma de slurry também é injetado na torre para se misturar
com os gases da pilha e combinar-se com o dióxido de enxofre presente. O carbonato de
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cálcio da pedra calcária produz sulfato de cálcio de pH neutro, que é fisicamente retirado do
depurador. Ou seja, o depurador transforma a poluição de enxofre em sulfatos industriais.
Outras medidas que existem para reduzir o impacto associado ao acúmulo de enxofre
podem serem citadas a seguir:
Para a operação do poço, a água quente a 160 ºC é injetada pelo espaço anular entre os
tubos de 20 e 10 cm, e descarregada, através das perfurações, na formação porosa ao pé do
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poço. A rocha sulfurosa nas vizinhanças do poço, por onde a água circula, é aquecida a uma
temperatura acima do ponto de fusão do enxofre, a 119 ºC. O enxofre fundido, mais denso
que a água, afunda e forma um depósito na base do poço, entrando pelas perfurações
inferiores do tubo e ascendendo pelo tubo de 10 cm. A altura a que o enxofre é forçado pela
pressão da água quente corresponde a cerca da metade da distância à superfície. O ar
comprimido injetado pelo tubo de 3 cm, aera e torna mais leve o enxofre líquido, de modo que
ele se eleva até a superfície.
Na superfície, o enxofre líquido passa por linhas aquecidas a vapor até um separador,
onde se remove o ar. O enxofre pode ser solidificado em grandes cubas de depósito, ou pode
ser mantido em estado líquido, em tanques de armazenamento aquecidos a vapor.
A metalurgia dos minérios não ferrosos e das piritas converte o enxofre a dióxido de
enxofre, que é em geral, recuperado para conversão a ácido sulfúrico ou, ocasionalmente,
liquefeito. Nas fundições de cobre, a capacidade de recuperação de enxofre é limitada, pois
parte dos gases tem teor de dióxido de enxofre muito baixo para que seja econômica a
fabricação do ácido sulfúrico. Os fornos elétricos e a arco produzem dióxido de enxofre mais
concentrado, conveniente para a recuperação do enxofre elementar ou do ácido sulfúrico.
4 JAZIDAS DE ENXOFRE
O enxofre, junto com o hidrogênio e o oxigênio, é um dos poucos não-metais que pode
ser encontrado livre na natureza. De grande aproveitamento industrial, está presente em
compostos minerais e também em grandes depósitos de origem vulcânica, tanto no subsolo
como a céu aberto. As principais jazidas de enxofre estão situadas no México, Japão,
Finlândia, Espanha, Chile, Itália e sul dos Estados Unidos.
Foto: Jazida de Enxofre de origem vulcânica, a céu aberto, no sul dos EUA.
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5 REFERÊNCIAS