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INTRODUÇÃO
Convés principal: é aquele que dá fechamento ao casco, podendo ir de proa a popa sem
subir ou descer degraus, é cortado pela linha de flutuação.
Leme: é uma estrutura metálica ou de madeira, que tem por finalidade dar direção a
embarcação e mantê-la no rumo determinado.
Hélice: estrutura metálica que possui pás e serve para movimentar a embarcação através
do seu próprio giro, acoplado através de um eixo longitudinal a um motor.
Linha d’água: faixa pintada no casco (ou não pintada), que separa a embarcação em duas
partes, a seca e a molhada.
Boreste (BE): é o “lado direito” da embarcação de quem olha de ré para vante. Este bordo
tem o nome da união das palavras, bordo e leste. A noite este bordo exibe a sua luz de
navegação na cor verde.
Observações:
Nunca devemos afundar a marca do limite mínimo de flutuação.
Um barco com muito peso a meia nau e pouco peso na proa e popa pode vir a quebrar ao
meio em caso de tempestade, nesta situação ele está com contra-alquebramento.
2. RIPEAM
LUZES DE NAVEGAÇÃO
Veremos detalhadamente as luzes que devem ser apresentadas pelas embarcações, a fim
de evitar acidentes e garantir a segurança do tráfego aquaviário.
Luzes de Bordo: visível apenas em um setor de 112,5º da proa para cada bordo, contínua,
verde no bordo de boreste e encarnada no bordo de bombordo.
Luzes de Mastro: branca, contínua e visível apenas em um setor de 225º situadas sobre a
linha de centro da embarcação.
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Luz de alcançado ou esteira: branca, contínua e visível apenas em um setor 135º com
67,5º para cada bordo a partir da popa.
Luz intermitente: branca, com 20 lampejos por minutos e visível num setor de 360º.
Luz de cargas perigosas: encarnada e visível num setor de 360º no alto do mastro.
Luzes de reboque: amarela, contínua e visível a penas num setor 135º centrado de popa.
Embarcação com capacidade de manobra restrita: de noite exibi três luzes circulares
verticalmente, sendo que: a superior e a inferior, encarnadas e a do meio é branca. Com
seguimento, luzes de bordo e alcançado. A sua marca, são duas esferas separadas por
dois cones unidos pela base.
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Embarcação com restrição de manobra devido a seu calado: de noite exibirá três luzes
encarnadas verticalmente onde melhor possam ser vistas. Se estiver em movimento, luzes
de bordo e alcançado. De dia a sua marca será um cilindro.
Embarcação sem governo: de noite deve exibir duas luzes circulares dispostas em linha
vertical. Com seguimento, luzes de bordo e alcançado. A sua marca são duas esferas
pretas.
Embarcação fundeada: de noite, na parte de vante, luz circular branca; na parte de ré, luz
circular branca (mais baixa que a de vante). As embarcações com menos de 50 m podem
exibir apenas uma luz circular branca onde melhor possa ser vista.
A sua marca é uma esfera na parte de vante.
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SINAIS SONOROS DE UMA EMBARCAÇÃO
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Havendo o risco de colisão, deve o comandante executar com bastante antecedência as
manobras para evitar a colisão de forma ampla e positiva, para que seja de imediato
percebido pela outra embarcação.
Uma embarcação que estiver navegando ao longo de um canal estreito ou via de acesso,
deverá se manter tão próxima quanto seja possível e seguro do limite exterior desse canal
ou via de acesso que estiver a seu boreste.
Toda embarcação que esteja ultrapassando outra, deverá manter-se fora do caminho
dessa outra.
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Durante à noite a embarcação que avista a luz de bordo verde da outra embarcação tem a
preferência.
Observação:
Embarcação sem governo: aquela que estar incapacitada de manobrar por qualquer
motivo.
Embarcação com capacidade de manobra restrita: aquela que estar limitada para manobra
por motivos operacionais.
Embarcação a vela com os panos abafados (sem as velas): aquela que estar navegando a
motor, ela é tratada com embarcação de propulsão mecânica.
Sinal náutico: estrutura fixa ou flutuante com formas e cores determinadas, podendo ter
marcas no topo, destinado a transmitir uma informação específica ao navegante como
demarcar canais, barras de portos, rios e assinalar perigos a navegação.
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A identificação dos sinais durante o dia é feita pela marca de tope, forma e cor.
Observação: as situações que não são indicadas por balizamento, são as áreas de
regatas e pontos de espera das eclusas.
Sinais Laterais
Os sinais que demarcam as margens de um canal são marcados com números crescentes
a partir da entrada do canal.
Vindo do mar, entrando no porto, devemos deixar por nosso bombordo o sinal lateral de
canal de cor verde, que possui numeração par. À noite este sinal exibe luz verde.
Vindo do mar, entrando num porto, devemos deixar por nosso boreste o sinal lateral de
canal de cor encarnada, que possui numeração ímpar. À noite este sinal exibe luz
encarnada.
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Figura 21. Bóias de canal preferencial a boreste
Perigo isolado
É aquela que indica a existência de águas navegáveis em torno de si. Possui faixas
verticais encarnadas e brancas no seu tope tem uma esfera encarnada. À noite este
sinal pode exibir luz isofásica branca, ou ocultação branca, ou lampejo longo a cada dez
segundos, ou em código Morse da letra “A”.
Especial: são aqueles cuja finalidade não é orientar a navegação, mas indicar uma área ou
característica especial mencionados em documentos náuticos apropriados, como: áreas
de tubulação ou cabo submarino, áreas de exercício militar, recreação, etc. Tem cor
amarela e pode apresentar no tope um “X” também amarelo. À noite exibe luz amarela
em ritmo qualquer não conflitante com as luzes dos sinais de perigo isolado, águas
seguras e cardinais.
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Novos perigos: são sinais duplicados usados para descrever obstruções recentemente
descobertas e ainda não indicadas em cartas e documentos náuticos, como bancos de
areia, ou embarcações afundadas (soçobradas). Pode ser retirado quando for
suficientemente bem divulgado. Têm cores pretas com uma faixa amarela. À noite exibe
características luminosas muito rápidas ou rápidas.
Os sinais cardinais também podem ser usados para indicar que as águas mais profundas
estão no quadrante designado por ele, pode indicar o quadrante seguro para se navegar e
para chamar atenção de um ponto notável.
Bóia de Sinal Cardinal Norte: indica que as águas mais profundas estão ao norte deste
sinal, ou indica ainda o quadrante em que o navegador deve se manter.
As bóias do sinal cardinal norte, são representadas por dois cones, um sobre o outro com
o vértice para cima, de cor preta e amarela – PA. À noite, com lampejos brancos rápidos
ou muito rápidos ininterruptos.
Bóia de Sinal Cardinal Leste: indica que as águas mais profundas estão a leste deste
sinal, ou indica o quadrante em que o navegante deve se manter.
Estas bóias são representadas por dois cones pretos unidos pela base, de cor preta com
uma larga faixa de cor amarela no meio - PAP. À noite, com 3 lampejos brancos rápidos
(10s) ou muito rápidos (com intervalos de 5s).
Bóia de Sinal Cardinal Sul: indica que as águas mais profundas estão ao Sul deste sinal,
ou indica o quadrante em que o navegante deve se manter.
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Estas bóias são representadas por dois cones pretos com os vértices para baixo de cor
amarela sobre preto – AP. À noite, com 6 lampejos brancos rápidos (em intervalos de 15s)
ou muito rápidos (em intervalos de 10s).
Bóia de Sinal Cardinal Oeste: indica que as águas mais profundas estão a Oeste do sinal,
ou o quadrante em que o navegante deve se manter.
Estas bóias são representadas por dois cones pretos um sobre o outro, unidos pelo vértice
de cor amarela com uma larga faixa preta – APA. À noite, com 9 lampejos brancos rápidos
(em intervalos de 15s) ou muito rápidos (em intervalos de 10s).
Fluvial e Lacustre
A direção convencional na navegação fluvial é para quem sobe o rio, de jusante (foz) para
montante (nascente).
Bóia de Bombordo: subindo um rio, de jusante para montante, devemos deixar por nosso
bombordo.
Descendo um rio, de montante para jusante, devemos deixar por nosso boreste. À noite o
sinal exibe refletivo branco.
Bóia de Boreste: subindo um rio, de jusante para montante, devemos deixar por nosso
boreste.
Descendo um rio, de montante para jusante, devemos deixar por nosso bombordo. À noite
este sinal exibe refletivo branco.
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Figura 31. Bóia de boreste fluvial e lacustre
Perigo Isolado
Bifurcação de Canal
Sinalização de Pontes
Placa branca com triângulo encarnado no centro: pilar de ponte a boreste de quem sobe
ou a bombordo de quem desce o rio.
Placa branca com retângulo verde no centro: pilar de ponte a bombordo de quem sobe ou
a boreste de quem desce o rio.
Placa branca contendo um losango amarelo no centro: tráfego permitido nos dois sentidos,
neste vão de ponte.
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Placa branca contendo dois losangos amarelos no centro: tráfego com sentido único,
neste vão de ponte (do outro lado da ponte deve ter placa de tráfego proibido).
Placa retangular encarnada com uma faixa horizontal branca no meio: tráfego proibido,
neste vão de ponte.
3. MANOBRA DE EMBARCAÇÃO
Partes da embarcação
São partes de uma embarcação: proa, popa, boca, quilha, bordos e convés.
Leme: é uma estrutura metálica ou de madeira, que tem por finalidade dar direção à
embarcação e mantê-la no rumo determinado. Basicamente o leme se divide em: madre,
cana e porta.
Hélice: estrutura metálica que possui pás e serve para movimentar a embarcação através
do seu próprio giro, acoplado através de um eixo longitudinal a um motor.
Amarras: são elos ou cabos que servem para prender a âncora ao paiol da amarra ou ao
convés da embarcação.
Manobras
Toda manobra deverá ser feita de forma franca e positiva, com ampla antecedência,
demonstrando à outra embarcação, que houve alteração de movimento.
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Uma embarcação está em movimento quando não se encontra fundeada, amarrada a terra
ou encalhada.
Correr com o tempo significa por o mar pela alheta e navegar com velocidade reduzida
para aguentar um temporal.
Efeitos Proa-Popa
Se a embarcação estiver com seguimento para ré o efeito será invertido, ou seja, com o
leme carregado para boreste, a proa vai para bombordo, pois a popa é que segue o leme.
Com o leme para bombordo, ocorre o mesmo efeito, a proa vai para boreste, e a popa
segue o movimento do leme.
Quando uma embarcação de dois hélices, um deles dá trás e outro adiante, com a mesma
rotação, essa embarcação tende a girar a proa para o mesmo bordo do hélice que dá trás.
Uma embarcação com seguimento, com rotação direita, com leme a meio, e hélice em
marcha a vante, a proa guinará para Boreste lentamente.
Uma embarcação com seguimento, hélice marcha a vante, com rotação direita, com leme
a bombordo, a proa guinará para Bombordo.
Atracar
Atracação é a manobra que se faz para segurar a embarcação por meio de cabos (espias)
amarrando num atracadouro, cais, ou trapiche flutuante de forma que fique por um
determinado tempo.
Aproximação por Barlavento (lado de onde sopra o vento): aproximar paralelo ao cais,
quase parando. O vento ou corrente aproximará a embarcação do cais. Passar logo que
possível a espia pela proa e pela popa.
Aproximação por Sotavento (lado oposto ao lado que sopra o vento): numa atracação,
com vento ou corrente perpendicular ao cais, com aproximação por sotavento, a
embarcação deverá aproximar-se num ângulo de 45º. Assim que a embarcação tocar ao
cais, passar um espringue de proa. Dar leme para o bordo oposto ao cais, máquinas
adiante devagar e a popa encostará.
É a manobra que se faz para soltar a embarcação do cais quando se deseja viajar,
desfazendo-se a amarração das espias do atracadouro. Para desatracar uma embarcação
procede-se da seguinte forma:
• Para se largar de um cais, com vento e corrente pela popa, deverá largar todas as
espias, exceto o espringue de proa, mantendo o leme na direção do cais, ir
recolhendo o espringue de proa e quando a popa estiver afastada, o leme a meio
dar máquinas atrás devagar.
• Para se largar do cais com vento e corrente pela proa, deverá largar todas as
espias, exceto o espringue de popa e manter o leme contrário ao cais.
• Para se largar de um cais sem vento e sem corrente, deverá com leme contrário ao
cais e máquinas devagar adiante, largar todas as espias, exceto o espringue de
popa, quando a proa da embarcação se afastar do cais recolher a espia e sair.
Tipos de Ancoras
As ancoras são peças metálicas, capazes de prender ao fundo, para permitir que a
embarcação se mantenha fundeada, ou seja, sem se deslocar da posição.
A ancora Danforth é a mais comum usada em embarcação de esporte e recreio.
Uma condição que não é necessária para caracterizar um bom fundeadouro é ter um
espaço limitado para não se fundear fora da área permitida.
• Para fundear, devemos inverter a máquina e quando estiver caindo à ré, largar a
âncora.
• Para fundear com corrente e vento, deve-se aproar ao vento, caso a embarcação
tenha uma estrutura alta ao convés.
• Para suspender de um fundeadouro, devemos ir recolhendo a âncora, com máquina
devagar adiante, caso a amarra esteja tesada (voltada) para vante.
Observação: Pegar uma bóia para amarrar uma embarcação, deve aproar na bóia com
pouco seguimento.
Quando a embarcação é levada pelo vento, maré ou corrente, arrastando pelo fundo sua
âncora, diz-se que ela está: garrando.
A bóia de arinque é utilizada para indicar o local onde a âncora ficou presa no fundo.
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4. COMBATE A INCÊNDIO
Nos locais de difícil acesso, deve ser utilizado o sistema fixo com difusores fixos.
Classes de Incêndio
• Extintor de Água: indicado para incêndios de classe “A”, pois apaga o fogo por
resfriamento, utilizando a água como agente extintor.
• Extintor de Espuma: indicado para incêndios de classes "A" e "B. É composto
por uma mistura de líquido gerador de espuma (AFFF) e água usando ar
comprimido como propelente.
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• Extintor de pó químico: indicado para incêndios das classes “B” e “C”. No seu
interior tem um pó a base de bicarbonato de sódio ou de potássio.
• Gás Carbônico (CO2): indicado para incêndios de classes “C” e “B”. É
constituído por um cilindro de aço, com finalidade de armazenar o gás carbônico
sob pressão.
• Pó seco- indicado para incêndios de classe “D”.
Para se utilizar o extintor de água, deve-se apertar o gatilho e direcioná-lo para a base da
chama.
Para se utilizar o extintor CO2, deve-se retirar o pino de segurança, segurar o difusor e
apertar o gatinho, direcionando o jato, para a base do fogo.
Para se utilizar o extintor de espuma, deve-se virar o extintor, com a tampa para baixo, e
dirigir o jato sobre a base das chamas.
São cuidados que devemos ter com os extintores de CO 2: evitar o contato direto do jato
com a pele e os olhos.
Procedimentos
Se embarcação começa a pegar fogo e o vento está entrando por boreste. O seu
posicionamento para dar o combate às chamas deve ser mantendo-se na proa ou na
popa.
Devemos nos aproximar das labaredas durante um incêndio a bordo de uma lancha por
barlavento.
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Durante um incêndio deve seguir os seguintes procedimentos:
Equipamentos de salvatagem
Balsa
Balsa inflável: fica armazenada num casulo fechado e se infla através de um dispositivo
especial. Para sua utilização, devemos lançá-la ao mar e colher o cabo até que seja
encontrada certa resistência, quando deverá ser dado um puxão mais forte, o que liberará
a descarga das ampolas de CO2 que inflarão a balsa em cerca de 30 segundos.
Bóia salva vidas: objeto flutuante com forma circular ou em ferradura, que se lança ao
mar para sustentar uma pessoa. Deve estar colocada em local de fácil retirada.
Retinida: cabo flutuante, com alça de mão e comprimento variável que é presa à bóia
salva vidas facilitando o resgate de alguém que caiu na água.
Dispositivo de iluminação: objeto encimado por lâmpadas que se acende por meio de
corrente fornecida por pilhas.
Observação:
As embarcações de esporte e recreio para navegação em mar aberto com comprimento
maior ou igual a 12 metros deverão estar dotadas de duas bóias circulares com retinida,
fumígeno e dispositivo de iluminação automática.
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Abandono de embarcação
Sobrevivência no mar
Todos que freqüentam o mar sejam como profissionais ou amadores, são náufragos em
potencial.
Sobre um náufrago atuarão alguns fatores, como: pânico, solidão, tédio, frio, fome, sede e
fadiga.
Um náufrago pode sobreviver por um longo período (de 35 a 40 dias) sem comida, desde
que tenha algo para beber.
Quanto à sede, o ser humano não é capaz de passar muitos dias sem água. As
embarcações de salvamento possuem rações líquidas, porém não são suficientes para
garantir um litro de água por homem por dia em um período de seis dias, essas rações
contém 1,5L de água por pessoa para seis dias.
Portanto, o mínimo de água que um indivíduo deve ingerir em sobrevivência no mar, a
cada 24 horas, é de 350 ml.
O homem saudável deve evitar beber água durante as primeiras 24 horas após o
naufrágio.
A água do mar não deve ser ingerida em hipótese alguma, pois o sal que contém acelera a
desidratação. A urina, também não pode ser ingerida.
Observação: uma embarcação em faina de "homem ao mar", deve içar a bandeira Oscar.
O "homem ao mar" deve ser mantido pela popa da embarcação tanto quanto possível.
Animais perigosos
As cobras podem ser identificadas como venenosas, ou não, através das suas pupilas e
de seu rabo.
A maior cobra que existe e, passa quase toda a vida na água é a sucuri.
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As arraias ficam na lama, nas beiras dos rios e têm um ferrão venenoso, na ponta do rabo.
6. PRIMEIROS SOCORROS
Observação:
Para se realizar a respiração boca a boca, deve-se, antes, verificar se existem corpos
estranhos na sua boca.
Na respiração boca a boca, deve-se deixar a cabeça da vítima voltada para trás.
A frequência de sopros por minuto, numa respiração boca a boca é de 10 a 15.
• Apoiar a metade inferior da palma de uma das mãos no inferior do osso esterno e
colocar a outra mão por cima da primeira. Os dedos e a palma da mão devem ficar
longe do tórax da vítima, para que a compressão não danifique os órgãos próximos.
O murro forte no peito deve ser tentado no caso de parada cardíaca, e que às vezes
funciona, de imediato.
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Capacidade de Movimentação
Paralisia de um dos lados do corpo, inclusive da face, pode indicar hemorragia cerebral
(derrame).
Paralisia das pernas pode indicar fratura de coluna abaixo do pescoço.
Paralisia de braços e pernas pode denunciar fratura de coluna ao nível do pescoço.
Fraturas
Uma fratura é considerada simples, quando há quebra de um único osso, sem romper os
tecidos da pela.
Composta, quando houver mais de uma quebra num mesmo osso.
Exposta quando o osso romper a pela se expondo ao meio ambiente.
Procedimentos:
No caso de fratura de antebraço podemos imobilizar com uma tábua, material grosso ou
papelão.
O dispositivo utilizado para imobilização se chama “tala”, que é o dispositivo utilizado para
imobilizar ossos quebrados, por meio de tiras de pano amarrados a ele.
Caso exista risco de incêndio ou de explosão, em local próximo à vítima fraturada, deve-se
removê-la primeiro do local de risco.
Choque Elétrico
Queimaduras
São ferimentos ou lesões devido à exposição excessiva aos raios solares, fogo, vapor,
líquidos quentes, animais marinhos como caravelas e águas - vivas, ou ao meio corrosivo.
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• De primeiro grau, causa vermelhidão na pele.
• De segundo grau, causa aparecimento de bolhas na pele. Para evitar a infecção,
estas bolhas não devem ser furadas.
• De terceiro grau, causa carbonização e destruição da pele.
Observações:
As pequenas queimaduras podem ser lavadas com água, tomando-se o cuidado de não
romper as bolhas.
Antes de se cobrir as queimaduras, com pano limpo, devemos passar mercúrio cromo ou
mertiolate.
Hemorragias
São atitudes certas, com relação a vítima de grandes hemorragias, não dar líquidos
enquanto estiver inconsciente e mantê-la agasalhada.
Para estancar uma hemorragia, deve-se pressionar o local com pano grosso.
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Insolação
Tratamento: deitar com a cabeça elevada, colocar gelo na cabeça, refrescar o corpo e não
dar estimulantes.
Intermação
Hipotermia
É o termo dado a uma condição em que o corpo humano perde calor mais rapidamente,
estando a sua temperatura corporal a menos de 35ºC (95º F), quando as funções normais
do corpo ficam prejudicadas.
A hipotermia deve ser sempre suspeitada quando alguém é resgatado do mar.
Congelamento
É o dano causado aos tecidos de uma extremidade do corpo pelo frio. Geralmente as
partes atingidas são: as mãos, os pés ou o nariz.
Tratamento: não esfregar os tecidos e não aquecer o local atingido a mais de 44ºC.
Pé de Imersão
O pé de imersão é provocado por exposição prolongada das pernas e dos pés ao frio e à
água. Se a exposição for contínua por vários dias, podem surgir manchas pretas de
gangrena nas pernas e pés.
Tratamento: manter o corpo tão seco quanto possível, procurando exercitar as pernas e
mexer com os dedos dos pés para melhorar a circulação. Pelo mesmo motivo, as botas,
calçados apertados ou meias molhadas devem ser retirados.
Afogamentos
É uma forma de asfixia pela substituição do ar atmosférico por água ou outro líquido.
Após a retirada do afogado da água, este geralmente está inconsciente, frio, arroxeado e
com as pupilas dilatadas. Às vezes não respira mais e o pulso está imperceptível. Não
conclua, por isso, que a vítima já está morta, a reanimação quase sempre é possível. Aja
rapidamente, mas com calma e decisão.
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Reanimação de adultos
Afogado respirando: deite o afogado de lado, para vomitar a água que bebeu. Tirar a
roupa molhada e aquecê-lo.
Afogado não respirando: deite o afogado de lado, limpe sua boca de objetos que obstruam
sua respiração e faça a respiração boca a boca. Caso o coração do afogado não esteja
batendo, fazer a respiração boca a boa com massagem cardíaca.
Reanimação de crianças
Se a vítima for criança, segurá-la no ar de bruços, com o seu braço por entre as pernas da
criança, mantendo a cabeça em nível mais baixo que as pernas e voltada em direção ao
chão.
A maneira mais eficaz de aguentar o náufrago até que chegue o auxílio, é de costas.
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Figura 56. Equipamentos de comunicação
Competência e atribuição
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É atribuição das Capitanias dos Portos (CP), suas Delegacias (DL) e Agências (AG) a
fiscalização do tráfego aquaviário, nos aspectos relativos à segurança da navegação, à
salvaguarda da vida humana e à prevenção da poluição ambiental, bem como o
estabelecimento de Normas de Procedimentos relativas à área sob sua jurisdição.
O setor da Capitania dos Portos que fiscaliza o cumprimento das normas é a Inspeção
Naval.
Aquaviário e Amador
A lei estabeleceu conceito e definições dos quais podemos citar as de maior interesse:
• Aquaviário: é todo aquele que com habilitação certificada, pela autoridade marítima,
para operar embarcações em caráter profissional.
• Amador: é todo aquele com habilitação certificada, pela autoridade marítima, para
operar embarcações de esporte e recreio, em caráter não profissional.
• Capitão Amador: é a pessoa com idade de mínimo de 18 anos, apto para conduzir
embarcações entre portos nacionais e estrangeiros, sem limite de afastamento da
costa.
• Mestre Amador: é a pessoa com idade mínima de 18 anos, apto para conduzir
embarcações entre portos nacionais e estrangeiros nos limites da navegação
costeira (20 milhas da costa).
• Arrais Amador: é a pessoa com idade mínima de 18 anos, apto para conduzir
embarcações nos limites da navegação interior (águas interiores abrigadas e
parcialmente abrigadas definidas pelas CP, DL, e AG da região).
• Motonauta: apto para conduzir JET-SKI® nos limites da navegação interior.
• Veleiro Amador: é a pessoa com idade mínima de 8 anos, sob responsabilidade dos
pais, apto para conduzir embarcações à vela sem propulsão a motor nos limites da
navegação interior.
Denominações
Passageiro: é todo aquele que, não fazendo parte da tripulação nem sendo profissional
não-tripulante prestando serviço profissional a bordo, é transportado pela embarcação.
Deveres do comandante: por ser o responsável por tudo que diz respeito à embarcação,
seus tripulantes e demais pessoas a bordo, compete a ele:
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• Cumprir todas as regras e leis e fazer cumprir todas as leis por todas as pessoas
a bordo, mantendo a disciplina.
• Respeitar a capacidade máxima de pessoas autorizadas a embarcar (lotação).
• Inspecionar a embarcação pelo menos uma vez por dia para ver as condições
anormais.
• Comunicar à autoridade marítima (CP, DL, AG) qualquer incidente a bordo.
• Quando sair barra a fora, reportar ao serviço de rádio local ou entregar antes do
início da viagem, na marina ou clube náutico, um plano de navegação.
São áreas de limites de navegação, a partir da linha de arrebentação das ondas (linha de
base) ou do início do espelho d’água para lagos e lagoas.
A aproximação da linha de base para fundeio deverá ser feita perpendicular a esta e com
velocidade máxima de 3 nós.
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Tabela 1. Distância para fundeio de embarcações.
Áreas de segurança: são áreas de tráfego ou fundeio proibido, devendo ser respeitada
uma distância mínima de: 200 metros de instalações militares e 500 metros das
plataformas de petróleo.
Penalidades
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Caso a irregularidade determinante de apreensão da embarcação não seja sanada no
prazo devido, a embarcação será leiloada ou incorporada aos bens da União.
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Implica no cancelamento da habilitação do amador
Observações:
Além da multa o certificado de habilitação poderá ser suspenso para quem navega em
área de banhistas por até 60 dias.
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Bibliografia
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