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SEMANA 41 (EXTENSIVO) | SEMANA 21 (SEMIEXTENSIVO)

VUNESP & PARTICULARES OBJETIVAS


TEXTO 1
Segundo a OCDE, educação financeira é “o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e
produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais
conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que
melhorem o seu bem-estar. Assim, podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o
futuro”. A cada dia mais, o cidadão está em contato com novas situações e operações financeiras pouco familiares para muitas pessoas. Somado a isso, o aumento
das possibilidades de consumo torna necessário promover a educação financeira para despertar a consciência da população quanto às suas decisões individuais e
familiares relacionadas a seus recursos. Adotar decisões de crédito, investimento, proteção, consumo e planejamento que proporcionem uma vida financeira mais
sustentável gera impactos não só a vida de cada um, como também no futuro do nosso país. A educação financeira convida a todos para ampliar sua compreensão
a respeito dessas escolhas, sendo um conhecimento que possibilita o desenvolvimento de uma relação equilibrada com o dinheiro.
Disponível em: https://www.vidaedinheiro.gov.br/educacao-financeira-no-brasil/ [Adaptado].

TEXTO 2
Em um país com tantos analfabetos funcionais, não surpreende que o analfabetismo financeiro tenha proporções epidêmicas. Não é surpresa, mas é grave.
Segundo o exame PISA, realizado entre estudantes de 15 anos de 15 países, os jovens brasileiros são os mais ignorantes em finanças. Até os peruanos, que são
muito mais pobres que os brasileiros, estão à nossa frente. A ignorância financeira não é exclusividade dos jovens. Uma pesquisa do Sebrae aponta que 77% dos
empreendedores autônomos que faturam até R$81.000,00 por ano nunca fizeram um curso ou treinamento em finanças. À luz da ignorância financeira que reina no
país, fica fácil compreender como dezenas de milhões de brasileiros assumiram dívidas impagáveis, comprometendo seus futuros financeiros. A mesma ignorância
financeira explica a razão dos políticos mal intencionados conseguirem manipular os brasileiros com seu próprio dinheiro. O mesmo sujeito que paga alimentos muito
mais caros no supermercado em função de impostos elevados para bancar o custo da máquina pública sente gratidão ao político do governo, que lhe transfere uma
fração do que ele pagou em impostos, através de programas públicos.
https://ibape-nacional.com.br/site/7465-2/ [Adaptado]

TEXTO 3
Sob influência da globalização, ocorreram alterações nas bases tecnológica, produtiva, financeira e educacional, promovendo a reorientação do papel do governo
no provimento de serviços, bens e na proteção aos indivíduos, aí incluídos os seus aspectos sociais e regulatórios. Em um processo inflacionário, o “curtoprazismo”
é a característica dominante nas decisões financeiras, levando os indivíduos a buscarem mecanismos de defesa do seu poder aquisitivo e do seu patrimônio. Desse
modo, passa-se a priorizar o consumo, deixando de se criar uma cultura de poupança de longo prazo. A transição para esse novo universo não acontece naturalmente,
ou seja, é um longo aprendizado, por parte dos indivíduos e das famílias, sobre a nova ótica da gestão financeira de seu patrimônio pessoal. Paralelamente, começa
um processo de crescente transferência de responsabilidades aos indivíduos, até então sob a égide do Estado. A principal delas é a formação da poupança
previdenciária, conforme disposto na Emenda Constitucional no 5º, de 1998, que estimula os planos de previdência complementar. Da mesma forma, decisões sobre
o financiamento da casa própria, o consumo e o endividamento das famílias são alterados em função desse cenário, com informações limitadas sobre os instrumentos
financeiros à população. Logo, a principal dificuldade do indivíduo é planejar adequadamente suas ações de longo prazo; é preciso poupar por conta própria para a
aposentadoria, não mais provida integralmente pelo Estado.
Também é necessário reavaliar as decisões sobre a compra de sua casa própria, e dos bens duráveis, bem como entender as novas modalidades de crédito e
dominar a tecnologia disponível para a realização das transações financeiras básicas. Nesse sentido, o governo, incapaz de poupar e de realizar os investimentos
propulsores do crescimento, procurou, nos últimos anos, ampliar a oferta de crédito, para incentivar o consumo de bens e serviços e, assim, aumentar a produção.
No entanto, o consumo das famílias não consegue, sozinho, estimular os investimentos, que geram empregos e elevação da renda. Para agravar esse quadro, a
população, despreparada para dimensionar o volume de comprometimento do seu orçamento, avança com ímpeto ao crédito fácil e, endividada, busca caminhos
para restaurar o seu equilíbrio. O crescimento desorientado do crédito produz a inadimplência. A partir daí, os empréstimos são interrompidos e a economia reduz a
sua atividade. Como consequência dessas ações, surge um círculo vicioso de expansão e retração do crescimento.
José Roberto Ferreira Savoia, André Taue Saito e Flávia de Angelis Santana. Paradigmas da educação financeira no Brasil. 2007. [Adaptado]

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua
portuguesa, sobre o tema:

A EDUCAÇÃO RESOLVERIA OS PROBLEMAS FINANCEIROS DOS BRASILEIROS?

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