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J.J.

Gremmelmaier

Edição do Autor
Primeira Edição
Curitiba
2017

1
Autor; J. J. Gremmelmaier Ele cria historias que começam
Edição do Autor aparentemente normais, tentando narrativas
Primeira Edição diferentes, cria seus mundos imaginários, e
2017 muitas vezes vai interligando historias
Valeu aparentemente sem ligação nenhuma, então
existem historias únicas, com começo meio e
------------------------------------------
fim, e existe um universo de historias que se
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte
encaixam, formando o universo de
------------------------------------------ personagens de J.J.Gremmelmaier.
Gremmelmaier, João Jose Um autor a ser lido com calma, a
Valeu, Romance de Ficção, 231 mesma que ele escreve, rapidamente, bem
pg./ João Jose Gremmelmaier / Curitiba, vindos as aventuras de J.J.Gremmelmaier.
PR. / Edição do Autor / 2017
1 - Literatura Brasileira –
Romance – I – Titulo
-----------------------------------------
85 – 62418 CDD – 978.426

As opiniões contidas neste livro são


dos personagens e não obrigatoriamente
assemelham-se as opiniões do autor, esta é
uma obra de ficção, sendo quase todos ou
quase todos os nomes e fatos fictícios.
©Todos os direitos reservados a
J.J.Gremmelmaier
É vedada a reprodução total ou parcial
desta obra sem autorização do autor. Valeu
Sobre o Autor;
João Jose Gremmelmaier, nasceu em Vamos a Historia de José e Raquel,
Curitiba, estado do Paraná, no Brasil, formação namorados em um planeta denominado
em Economia, empresário por mais de 15 Terra 1 de Gliese, um conto tentativa,
anos, teve de confecção de roupas, empresa escrito e deixado a gaveta, as vezes passava
de estamparia, empresa de venda de pelo rabisco, escrito em 2012, resolvi em
equipamentos de informática, trabalhou em 201x dar um rumo na historia a e expor.
um banco estatal.
J.J Gremmelmaier escreve em suas Agradeço aos amigos e colegas que
horas de folga, alguns jogam, outros viajam, sempre me deram força a continuar a
ele faz tudo isto, a frente de seu computador, escrever, mesmo sem ser aquele escritor,
viajando em historias, e nos levando a viajar mas como sempre me repito, escrevo para
juntos. Ele sempre destaca que escreve para se me divertir, e se conseguir lhes levar juntos
divertir, não para ser um acadêmico. nesta aventura, já é uma vitória.
Autor de Obras como a série Fanes,
Guerra e Paz, Mundo de Peter, Trissomia, Ao terminar de ler este livro,
Crônicas de Gerson Travesso, Earth 630, Fim empreste a um amigo se gostou, a um
de Expediente, Marés de Sal, e livros como inimigo se não gostou, mas não o deixe
Anacrônicos, Ciguapa, Magog, João Ninguém, parado, pois livros foram feitos para
Dlats e Olhos de Melissa, entre tantas correrem de mão em mão.
aventuras por ele criadas. J.J.Gremmelmaier

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©Todos os direitos reservados a J.J.Gremmelmaier

J.J.Gremmelmaier

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Sei que vou na contramão da historia, as pessoas querem ir
para poucas linhas, poucos caracteres, eu, quero transformar
musicas em historias, frases em historias, pensamentos bobos em
historias, sim, andar na contramão é mais gostoso.
Sei que nem todas as ideias são agradáveis, mas tudo,
depende do ponto de vista, você pode se negar a olhar a verdade e
afirmar para você a mentira por anos, se convencendo disto, eu,
prefiro repetir, não repetir, não fazer, não terminar, mesmo não ser
aceito, a ter meu caminho ditado pela inercia, mesmo meu vicio, de
escrever, mudo, as vezes mato, para renascer das cinzas.
Esta historia, surgiu ouvindo uma musica, dois anos após a
morte do Ivo, ouvindo a musica que dá nome ao livro, uma
homenagem de alguém que não sabe fazer uma homenagem.
Porque se chama “Valeu”, apenas por um motivo fútil, a
historia começa após eu ouvir a musica “Valeu”, pouco conhecida,
acho que no fim da mesma musica eu mudaria a frase final, por “Eu
venho de um país chamado Curitiba”. Já o personagem, acho que
ele mudaria para “Eu venho de um Mundo chamado Terra 1”.
Somente quando já iniciado o conto, olho o autor da letra e a
homenagem vira dupla, dupla homenagem de alguém que não sabe
homenagear nada.

Bem vindos a “Valeu”.

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Paulo Leminski

Dois namorados olhando o céu


Chegam a mesma conclusão
Mesmo que a terra não passe da próxima guerra
Mesmo assim valeu.
Valeu encharcar esse planeta de suor
Valeu esquecer das coisas que eu sei de cor
Valeu agitar essa vida que podia ser melhor

Valeu.... Mesmo assim valeu.....

Dois namorados olhando o céu


Chegam a mesma conclusão
Mesmo que a terra não passe da próxima guerra
Terra.... Mesmo assim valeu (valeu)
Valeu encharcar esse planeta de suor
Valeu esquecer das coisas que eu sei de cor
Valeu encarar essa vida que podia ser melhor

Valeu.... Mesmo assim valeu.....

Eu venho de um país chamado Sul.

6
Raquel e José olham a
cidade ao fundo queimando,
quanto de suas historia parecia
conduzir para aquele momento,
olhando para o horizonte, aquela
fumaça, que parecia vir naquela
sentido, a cidade que eles estavam queimou, a forma que eles
viviam ruiu, os dois olham apoiando um ao outro e José fala.
— Protege a boca, esta fumaça pode nos matar.
— Acha que sobrevivemos?
Jose a abraçou, olham para a montanha as costas e começam
a subir, o rapaz queria chegar a um ponto que tinha a dias a
intenção de apresentar a sua companheira, as memorias faziam os
dois irem quietos subindo pela trilha, param um pouco quando a
fumaça soprou sobre eles, se encostam, protegem a boca e os
olhos, sentem o gosto ruim na boca, o respirar daquilo mesmo pelo
pano a boca, era muito desagradável.
Raquel sente José a abraçar e falar baixo.
— Te amo, mesmo que morramos tentando sobreviver,
queria que soubesse de uma coisa.
— Oque?
— Valeu lhe conhecer, valeu te amar, valeu tentar.
Mesmo sem o ver, pois estava com o rosto coberto, encosta
em José e fala.
— Te amo.
Os dois ficam quietos por um tempo, o cheiro daquela
fumaça lhes traziam memorias, e as ultimas não foram boas, mas
estavam tentando ainda sobreviver.
José encosta em Raquel e começa a desacordar, a fumaça
estava forte, as lembranças de como se meteram naquilo, o passado
veio a mente com o encostar do corpo cansado, com pouco
oxigênio, mês as que estavam ainda confusas, estavam na divisa sul
da Nação do Norte, passaram por 6 nações, mas assim como saíram
do Sul, era tendência chegar ao Norte, objetivo quase concluído.
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Saem do veiculo terrestre solar, que os conduziu por vários
lugares incríveis e chegam a entrada da migração.
José sorri para Raquel, como se estivesse muito feliz. Estica os
documentos para o rapaz a frente, ele olha para ele e pergunta.
— Procedência?
— Eu e minha namorada estamos vindo do “Sul”
O chegar do casal de namorados a nação Norte, do planeta
Terra 1, no sol que a muito chamam de Gliese, quando colonizaram
esta parte do Universo, eles chamaram o planeta mais próximo do
Sol de Mercúrio 2, o planeta a meio caminho entre Terra 1 e
Mercúrio de Vênus 2, embora este planeta em nada lembrasse
Vênus, o planeta, dai os 3 planetas que estavam na área dos Favos
de Mel, chamaram de Terra 1, 2 e 3, Terra 1 um planeta azul a 8
anos luz da Terra, pensando um em impressionar o outro, o mundo
a volta, parece não dedicado a vida, e sim ao virtual, as pessoas
estão cada vez menos no real, cada vez mais no virtual.
Os dois se abraçam, para eles estavam ainda se conhecendo,
dois anos que foram de aventuras e desventuras, naquele mundo
incrível.
A estranheza do rapaz da migração, não foi notada pelos dois,
talvez o estar na estrada a mais de dois anos, os fez apenas passar,
as perguntas básicas, de onde vieram, para onde iam, talvez
entretidos um com o outro não viram a luz ao fundo acender.
O caminho os conduz e os dois se veem a frente de um
senhor que fala.
— Nomes completos e o real motivo de estarem vindo ao
nosso país?
O espanto de José fez Raquel olhar para o senhor e perguntar
porque das perguntas.
— Estamos em guerra a mais de um ano, a mais de ano não
vem ninguém, vocês não podem não estar cientes disto, todo o
planeta está.
— Desculpa, não sabíamos mesmo, quer que voltemos, é
isto? – José.
— Estão detidos, parecem muito felizes para um planeta
desandando.
— Planeta desandando? – Raquel.
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Jose olha para ela sem entender, os dois vinham de uma
viagem continua, viviam de transmitir os dados, de atualizar as
informações, mas não eram ligados a grupos políticos ou financeiros
conhecidos do planeta.
Um soldado bem armado entra pela porta, os dois foram
separados e cada um colocado em uma cela, demoraram para se
situar, pois estavam em um momento feliz e no momento seguinte
estavam presos, o que estava acontecendo, José olha para o rapaz a
cela e fala.
— Verdade que estão em Guerra?
— Onde estavam que não sabiam, todo o planeta parece
prestes a entrar nesta maluquice de guerra.
— Como aconteceu?
— O evento da Olimpíada no Sul, primeira olimpíada do
planeta Terra 1, vai dizer que não sabe do que estou falando?
— Não, isto deve ter ocorrido há um ano e meio, estou na
estrada a dois anos e 3 meses.
— Mas não mantem comunicação?
— Apenas dividimos as experiências, não vemos nem a
publicação, o dinheiro estava entrando, então não me prendi a
olhar para o lado.
— Não entendi.
— Tenho um “Drack”, transmitimos nossas aventuras como
namorados. – Drack, um sistema de monitoramento transmitido ao
vivo, narrando à vida de um grupo ou de alguém, alguns eram
famosos e recebiam por aquilo, a maioria, não ganhava nem para
manter a rede ligada.
— E não acompanha a noticia a mais de dois anos, isto que é
vida, mas prenderam você porque?
— Vim do Sul, e não sabia da guerra, parece inaceitável para
eles algo assim.
— Está encrencado rapaz.
— Porque estamos em guerra?
— Uma bomba na área de festa da olimpíada, deixou mais de
300 mil mortos na sua nação, e foi dado um rapaz daqui como
causador, José Camacho, ninguém sabe quem é, mas todos acham

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que o rapaz é um herói, pois dizem que ele morreu para mostrar as
diferenças sociais deste mundo.
José se cala, olha para baixo e fala.
— O que se sabe deste José Camacho?
— Nascido aqui, criado lá, que deixou o país do Sul meses
antes do evento, e que todos dizem que ele ou morreu, ou está
escondido neste lugar.
— Porque o acusaram?
— Único ser a não se apresentar ao recadastramento do Sul,
ele e a namorada, quando do censo depois da explosão, para
saberem quem exatamente foi afetado.
José se encosta e pensa na encrenca que se metera, mas
porque não falaram nada, porque ninguém entrou em contato,
porque e quem ainda estava financiando a saída deles.
— Este rapaz deve ser conhecido por ai, alguém tem alguma
foto dele, holografia, algo que o identifique?
— Ele tem um Drack, mas parece que a policia local tirou do
ar, ninguém queria que isto viesse a publico.
— Algum motivo?
— Não queriam gente se espelhando nele, embora todos
falam que ele é um herói, estamos em guerra porque este rapaz fez
aquilo.
— E se não foi ele?
— E porque não seria ele?
— Difícil de provar, mas estas celas são definitivas ou
temporárias, não conheço as leis locais.
— Você faz perguntas estranhas, logico que isto é
temporário, aqui no Norte, ou se absolve ou é morte, ninguém na
Terra 1 admite trabalhar para manter a comida a boca de um preso.
— Então vou a julgamento em quanto tempo?
— Chegou depois de mim, então vai depois, mas hoje tá
folgado, mas parecem se enrolando hoje, tenho de ganhar o pão de
hoje, e eles estão me mantendo aqui ainda.
José olha o rapaz sair, a cela agora era dele, poderia estar em
meio a um imenso problema, mas como se metera nisto, não sabia.
Meia hora depois, ele vê o policial o apontar uma arma de
choque e o indicar o caminho, olha para Raquel ali, iriam a um
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julgamento só, ela não entendia o que estava acontecendo e ele
falou.
— Calma, não sei se saímos fácil desta.
— Do que nos acusam?
— De matar um terço do povo de Sul.
— Quanto?
— 300 mil mortes.
— Mas...
— Não entendi ainda, mas mantem a calma, não sei qual o
problema maior ainda.
Um senhor bate um martelo na mesa e fala alto.
— Silencio. – Os dois olham o senhor, um outro olha o Juiz e
fala.
— Senhor, temos um problema a julgar.
— Parece serio Carlos, o que aconteceu, mais um bêbado?
— Acabam de chegar, Jose Camacho e Raquel Marques, eles
não parecem saber das acusações, ouvi que eles ignoram o que
aconteceu nos últimos anos.
O senhor se ajeitou na cadeira, olhou para a imprensa
entrando, seria algo com testemunhas, raramente eles se
preocupavam com um preso, soltar ou matar não mudava nada nas
ruas a fora.
Raquel entendeu que eles eram acusados, eles eram
acusados e não poderiam se comportar como turistas, mas porque
em todo lugar não os barraram?
— Senhor Jose Camacho, sabe quais acusações lhe caem?
— Sei, as vezes é difícil acreditar que somos acusados de algo,
que qualquer investigação teria dito que não fizemos, mas estamos
aqui, atravessamos neste ultimo ano, mais de 6 nações
intermediarias e ninguém nos barrou ou indagou, como aceitar que
algo assim aconteceu senhor?
— 300 mil mortes não é qualquer coisa rapaz.
— Acha mesmo que fizemos?
— A nação ao Sul acredita que sim.
— Como alguém acredita nisto senhor, pois não sei o que
aconteceu, estava de férias permanentes, férias que deveriam

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chegar ao fim quando atingisse em 6 meses o polo norte deste
planeta.
— Do que está falando? – O Juiz vendo que os repórteres não
estavam entendendo nada, parecia uma conversa sem sentido, mas
é que todo o marketing jogara para o juiz a certeza da culpa, agora
aparece um rapaz que parece não saber de nada.
— Tem um Telemóvel?
— Sim.
— Drack Raquel e José, uma viagem de Polo a Polo.
O senhor olha para o juiz assistente que lhe traz um
Telemóvel e coloca a pesquisa e aparece lá a viagem, de ponto a
ponto, onde eles estavam no dia anterior, obvio que a pergunta que
veio a ele era como? Pois este era o acusado, estava em todos os
sistemas, já discutira com sua companheira esta viagem, agora olha
para o rapaz, sim, José de Raquel e José.
O juiz chama a acusação e esta chega perto, Raquel não
entendeu, mas o Juiz olha para o rapaz e fala.
— Chama um embaixador, chama um politico, isto é ridículo,
eles nos acusam de ter matado 300 mil deles, usam um rapaz que
pelo jeito nem eles se tocaram quem é, para nos acusar e entrar em
guerra.
O Juiz olha para José e fala.
— Os dois estão detidos, mas podem ir a um hotel, nossa
nação não gasta com prisioneiros, os custos são de vocês, mas serão
vigiados até o julgamento final.
Raquel abraça José, estava assustada, sua aventura ficou
pesada de um segundo para outro, mas obvio que as coisas ainda
estavam confusas.

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Raquel se meche, José
abaixa o pano ao rosto e olha em
volta, o calor estava vindo da
cidade, queimaria aquela relva
avermelhada, a acorda e os dois
começam a caminhar, estavam
cansados, estavam fugindo e ao mesmo tempo, sobrevivendo.
Olham o caminho a frente, param olhando o imenso exercito
do outro lado da fronteira, Raquel olha para José e fala.
— Porque eles vão se matar, matar tudo?
— Dizem ser da nossa natureza humana, mas ainda não
entendi o problema, e talvez nem entenda.
— Vamos para onde? – Raquel.
— As vezes quero entender, e talvez tenhamos uma chance
se conseguirmos chegar mais a frente.
Raquel que pensava estar fugindo sem rumo, olha para José,
ele a conduz, entram em uma trilha, ela vê o grande salão de uma
caverna se abrir a frente.
— Vamos para onde?
— Iriamos passar por aqui, pois eu passei aqui quando
criança, mas nunca pensei em fugir para cá.
— Mas que vantagem temos em ir para um buraco? – Raquel
irritada, mas os dois estavam.
— Raquel, os sistemas Plauts1 de Pele, tem controle via GPS,
quando falamos que eles sabiam onde estávamos, é pois eles sabem
onde todos estão, mas GPS não funciona bem em buracos, e aqui
temos agua, precisamos descansar, não consigo mais andar, acho
que preciso parar um tempo, mas ainda não consigo achar uma
forma de sobrevivermos.
Raquel o abraça, Jose estava pensando em sobreviver, olha
para a caverna, entendeu, eles precisavam de proteção física,

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Plauts, implantes na pele, que permitem dirigir, mexer com
computadores sem os tocar, facilitando compras, vendas, comunicação.
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chegam a uma parte mais profunda, viram que a agua brotava da
terra ali, agua sem cor, a muito não tomava agua sem gosto, Raquel
viu que tinha uma pequena construção, em pedra, a muito não via
construções em pedra, isto era coisa de criança, mas gerava uma
parede, mesmo que úmida, olha pra dentro e se encosta ao fundo,
José tira da mochila um plástico para aquecimentos, estica ao
fundo, onde tinha uma pedra, o plástico ganha volume absorvendo
ar, ele estica o braço a Raquel, estavam a 6 dias sem dormir direito,
estavam muito cansados, teriam de respirar um pouco, teriam de se
preparar para sobreviver.
Os dois deitam, e Raquel dorme, José olha em volta tentando
lembrar de como chegaram a aquele ponto.
As lembranças do dia que foram deportados, lembra das
reações violentas contra o veiculo, mas eles não sabiam porque
estavam tão violentos, se tinha uma coisas que eles queriam, era
entender, as noticias davam apenas o nome, não destacavam nada,
e pela primeira vez, os sistemas lacraram o Drack pessoal, eles não
teriam mais suas historias narradas.
José lembra que a sensação de que as nações iriam entrar em
guerra era grande.
Lembra que foram isolados, em uma cela onde estavam
apenas os dois, no começo demoraram a entender que estavam
sendo monitorados, que estavam isolando eles, para que a guerra
avançasse.
José e Raquel não estavam a par do falso depoimento que a
nação do Sul, afirma que eles deram, dizendo que os mandantes
eram o governo do Norte.
Eles estavam presos, incomunicáveis, com comida racionada,
foram dois dias assim.
José lembra que as explosões começavam, ele e Raquel se
olhavam há dois dias sem entender, quando sentem as luzes
caírem, duas paredes que eram eletrônicas, que os monitorava,
ficou translucidas, mas se viu o susto dos demais, pois os sistemas
para dentro, não funcionavam, as portas com lacres magnéticos
começam a se soltar, não sabiam naquele momento onde estavam,
mas José lembra de falar para Raquel baixo ao ouvido.
— Quando for hora de correr, temos de correr.
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— Eles nos considerarão culpados.
— Eles já decidiram que somos culpados Raquel, mas se
esperavam que os demais ficassem olhando eles avançarem, eles
não o fizeram.
— O que tira a energia de tudo?
— Pulsos Eletromagnéticos.
As portas estavam começando a destravar, mas os dois
apenas se abraçam olhando os dois comandos e veem quando
alguém entra naquele lugar atirando nos senhores, o rapaz parece
olhar para eles, mas não parou para olhar muito.
— Estamos na prisão temporária. – José.
— Todos vamos morrer, é o que está dizendo?
— Dizendo que a reação dos rapazes soltos, é a de gente que
não tem mais nada para perder.
Os dois olham para os demais comandantes na segunda
janela olhando para a outra, eles se armam, e José pega na mão de
Raquel e vai a porta, ele segura ela fazendo força, sente quando
destrava, ele olha para Raquel e abre calmamente a porta, olha para
uma saída a frente, ele faz sinal para ela esperar ao canto, ele chega
a parede a frente e faz força com as mãos, olha para os rapazes do
fundo saindo e sente a energia das armas de mão, lazer funcionava
sem eletromagnetismo, então recua e fala.
— Temos de sair por baixo.
— Acha que tem gente lá fora.
— Armas a lazer.
Raquel chega a parede e olha para uma placa, pega em uma
das pontas e faz força, a mesma começa a sair, José vê ela arrancar
a mesma e chega a ela.
Os dois vão para um corredor de serviço lateral, coisa para
sistemas autômatos, eles tinha caminhos livres e diferentes,
normalmente não se andaria por ali, teria energia a toda volta.
Os dois usam o caminho procurando algo para baixo, eles
param diante de um buraco longo, seguram a parede e começam a
descer pressionando as pernas em uma e as costas em outra,
descem se arrastando, Raquel sente a energia voltando em um
choque e larga as pernas, não faltava muito, mas teria de chegar ao
fundo, José sente o choque e começa a cair também, os dois rolam
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ao chão e correm pelo corredor que acaba em um buraco de
reciclagem, Raquel sente o cheiro antes de chegar ao buraco e fala.
— Buraco a frente.
Raquel chega e olha para um dos lados, vê uma escada, sente
ela com as duas mãos e deixa o corpo descer rápido escorrendo
para baixo, José chega após, quando Raquel toca ao chão, vê Jose
ser lançado da escada pela carga de energia.
Ela corre e olha ele em meio aos plásticos recicláveis, ela olha
para ele e o estica a mão.
— Como está?
— Confuso.
— Temos de sair José, isto é um triturador para reciclagem.
José olha em volta e fala.
— Vamos.
Raquel vê ele andar para uma armação ao fundo, ela olha
para a diferença de piso e vê ele fazer um degrau com a mão e fala.
— Sobe.
— Onde.
Ela sobre, e ele pula e ergue o corpo com as mãos, ela ajuda a
puxar ele no fim, ele fica de pé e fala.
— Todo sistema de reciclagem, tem um sistema de saída para
emergências.
— Emergências?
— Não sei no que eles pensaram, acho que foi antes dos
autômatos fazerem todo o serviço interno.
Ela olha em volta e olha uma porta bem no fundo, parecia
uma saída, mas veem a porta se abrir, viram dois soldados e se
escondem, deitando ao chão cheio de plásticos.
Os dois passam ao longe olhando para o buraco, talvez
estivessem procurando outros, não eles.
José chega perto se arrastando e quando um passa por ele,
puxa a perna e ele se desequilibra, ele vai ao chão, puxa a arma e
apenas inverte para choque, não funciona, ele pensa com ele
mesmo enquanto outro esticava a arma para ele, gritando.
— Larga.
— Porque faria isto. – José ligando a arma.
— Horas de dor a menos.
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Raquel olha o rapaz ao fundo, ele estava se levantando, então
corre pelos plásticos, o rapaz com a arma desvia a arma de José e
atira nos plásticos, lazer em plástico, fogo, José aciona o seu e atira,
não queria matar, mas se iriam atirar em Raquel, ele não pensou,
atirou.
Ele olha o rapaz as costas, ele recua, e José fala.
— Fique quieto.
Raquel se ergue perto da porta, vendo o rapaz caído, não
olhou, o fogo começava ali dentro, pelo calor do lazer lançado,
Raquel faz sinal para José sair, ele não queriam problemas, mas
agora teriam.
Eles veem as ruas internas ao fundo, tudo parado e os dois
contra torpedeiros saírem do prédio central, estavam em guerra,
eles talvez tivessem conhecido um mundo que os demais queriam
extinguir.
José é trazido a realidade, olhando as paredes da gruta mudar
de cor, mostrava que pessoas estavam entrando por ela, eram
lanternas, ele acorda Raquel que olha as luzes, indica uma saída, ele
pega a mochila e se escondem em um pequeno buraco.
Os dois ficam quietos, e ouvem alguém chegando a eles.
— Alguém tentou se esconder aqui general.
— Já foram, se não foi os dois mortos a entrada.
— Vamos avançar, se estes senhores do norte queriam nossa
morte, agora vão colher a morte.
O soldado se afasta, o senhor olha para o lugar e fala.
— Se duvidar está assim a muito tempo, isto parece
construção de criança.
— Sim, como está os acordos de paz general.
— Deixa os políticos fazerem seus trabalhos, nós fazemos o
nosso. Pois os atacamos com pulso eletromagnético, eles reagiram
com bomba H, covardes.
Os soldados passaram e José olha eles soltando granadas na
estrutura de pedra.
Esta explode, uma lasca de pedra entra em sua perna, ele
segura o grito, ficou surdo por alguns instantes, e o pó subiu
naquela região da caverna.

17
José segura a mão de Raquel forte, ela entendeu que ele
estava segurando-se, ela olha a poeira e pega o pano e coloca a
cabeça, olha para José e olha sua perna, no meio da poeira faz ele
sentar e pega o pano, coloca na boca dele, faz sinal para ele segurar
a dor, pega a agua, lava a ferida e põem uma compressa de
restauração, o sangue para, a dor parece sumir, mas ela senta-se ao
lado olhando a entrada, ao fundo passava uma leva de militares,
eles estavam cortando o caminho por ali, José olha como se não
fosse uma boa ideia, mas faz sinal para voltarem, o buraco era
pequeno, mas era obvio que José percebera algo que ela não.
Os dois se ajeitam e ouvem a explosão, os soldados começam
a correr no sentido oposto e parte da gruta ao fundo desaba,
erguendo mais poeira, se ouviu o grito de muitas pessoas, os dois se
abraçam, enquanto um pelotão inteiro do exercito do sul fica detida
abaixo de toneladas de pedra.
O silencio tomou o lugar, o cansaço os fez se ajeitar naquele
buraco, respirar estava difícil, mas era ainda mais agradável do que
o cheiro que vinha da cidade.

18
Raquel acorda assustada,
José parecia muito quieto, vê que
ele estava com febre, tenta olhar
em volta e vê que a poeira estava
baixando, mas o que era um
pequeno buraco de agua, estava
virando um lago, a agua não tinha
por onde escorrer, ela vai a parte que dormira antes, pega um pano,
molha, ajeita o local, isolando da poeira, lembra que fechou o
ferimento com toda aquela poeira, mas não teria outra para fazer
naquele momento.
Os dois sabiam que estavam em um local perigoso, mas não
esperavam aquela reação.
Raquel ajuda José a sentar-se, tira a compressa e vê que
estava inflamado, pega na mochila um esterilizador, limpa com a
agua o local e põem o esterilizador, viu a pele soltar pus, José gritou
de dor que ecoou por aquele lugar, se tivesse alguém ali, seriam
alvo agora, ela pega a arma na mochila, não era para usar, mas não
teria como desistir agora.
Lava o local de novo, volta a passar o esterilizador, uma
camada de pomada cicatrizante e após isto, coloca outra
compressa.
Faz José tomar um antitérmico, o deita e fica de guarda, ela
viu que o grito gerou conversas ao longe, mas não teria como
chegar lá, ajeita as coisas todas naquela parte mais alta, a toda
volta, se formava um lago, teriam de sair dali, mas estava dando um
tempo para aquela perna de José.
Ela senta-se e olha uma lanterna de exercito focar ela e fala.
— Perdida na caverna moça.
— Alguém resolveu explodir ela estando dentro, o que posso
fazer.
— Não fomos nós, foram os do Norte.
— Queria entender esta guerra.
19
— Eles nos acusaram, colocaram os exércitos em posição de
ataque, começamos para nos defender, mas os covardes do Norte
atacaram com bombas que eliminaram mais da metade do povo a
rua, ai atacamos com armas biodegeneradoras, mas parece que
estavam escondidos da guerra.
— O que adianta uma guerra que os dois lados não terão para
onde retornar.
O rapaz olha em volta, um segundo chega e fala.
— Pelo menos hoje temos algo para nos divertir.
O rapaz sorriu vendo Raquel recuar e fala.
— Acha que tem para onde fugir?
Raquel sorriu e falou.
— Logico que tenho, vocês tem?
— Se acha engraçada.
Os dois começaram a avançar, Raquel ligou a arma lazer as
costas e quando o primeiro chegou perto ela apenas apontou no
primeiro e atirou, o segundo olha assustado vendo o rapaz cair e
fala.
— Maluca, vai nos matar só por uma diversão.
— Vai se divertir com seu comandante, não aqui.
Raquel viu que o rapaz pegou algo e atirou, ele tentou pegar
um chicote elétrico, ela só viu isto quando o rapaz caiu morto, ela
olha assustada, ela não queria matar ninguém no começo, mas
começava a achar que alguns não mereciam a vida.
Encosta ao fundo, ao lado de Jose, ele não parecia bem,
Raquel lembra de quando saíram da cidade de Sulacia, capital do
sul, lembra de sair por aquele corredor que dava para a cidade, e
terem escolhidos não ir a cidade, poderiam se misturar, mas José a
fez caminhar até aqueles campos vermelhos, uma espécie de
gramínea que dava grandes favos de um produto que chamavam de
Gramináceas, hoje quase toda a comida tem algo ligado a esta
planta, caminham por aquele campo se afastam da cidade, Raquel
achava que era exagero, mas juntos chegaram ali, sozinhos parecia
que nunca conseguiria.
Lembra de ver os grandes aviões passarem alto, José a olha e
os dois disparam naquele campo, vendo as bombas caírem ao
fundo, não sabiam o que era, mas souberam pelo subir das linhas
20
vermelhas da terra, que era Bio-arma, eles não ficaram para ver
aquilo, mas viram que avançaria para todos os lados, as pessoas
olhavam assustadas, mas poucos se dispuseram a fugir, os dois
olham a montanha ao fundo, José pareceu querer chegar ali, Raquel
queria entender, mas obvio, do lado de fora, já estariam mortos,
pois eles devem ter atravessado muitos antes da explosão.
Raquel se encosta em José, dormindo encostada, estava
cansada. A perna de José enquanto os dois dormiam, pareceu
brilhar, como se algo estivesse acontecendo a perna.
José acorda assustado e olha Raquel com a arma as costas e
olha os dois rapazes ao fundo, olha o lago.
— Temos de sair daqui. – Raquel.
— Como está?
— Não sei, mas isto vai transbordar.
— Desculpa, não lhe protegi.
— Até parece que vou mudar só porque o planeta está um
caos?
Ele sorri, junta as coisas e fala.
— Vamos subir então.
— Subir? – Raquel.
Jose volta ao canto que os dois se esconderam e ilumina a
parte alta, e ela viu que tinha um degrau alto, parecia ter um
caminho se arrastando por ali.
— Que não tenha desmoronado. – Raquel.
José sorriu e ajudou ela a subir, apoiou as pernas nas duas
paredes e força o corpo para cima, chega ao buraco, e comece a
seguir, subindo por aquele buraco na pedra.
Raquel olha o entrar em uma área maior e olha que havia
uma estrutura antiga, parecia ter sido construído por alguém, mas
novamente em pedra, olha para José chegando e pergunta.
— O que é isto?
— Tinha de ver se tinha algo aqui, antes de qualquer coisa.
José fez sinal para ela caminhar e chegam a uma peça ampla,
olha para as esculturas a volta e pergunta novamente.
— O que é isto?
— A historia que nos negam na escola, mas que ninguém
acredita antes de ver.
21
— Não entendi.
— Esta construção foi feita por seres que moravam aqui,
antes dos humanos chegarem aqui.
— E ninguém fala disto?
— Ninguém fala, se falar eles desmentem, podendo o
condenar por conspirar contra a historia.
— E porque queria chegar aqui?
— Dizem que faziam estatuas de homenagem, eles tinham
uma escrita, eles tinham dados planetários usados por nosso povo,
as vezes temia que fossem eles retomando o planeta. Mas estas
estatuas não são mais as que eles fizeram.
— Acha que algo nos enfrentaria?
— Qual a melhor forma de nos vencer? Não seria jogar um
povo contra o outro?
— E tem ideia de quando foi que eles estiveram aqui?
— Até nós chegarmos, não somos um povo pacifico, nós
vamos destruindo antes de construir, mas esta parte tenho de lhe
contar com calma, pois não está nos livros de historia.
— Mas quem sabe deste lugar?
— Poucos da minha família – José olha em volta.
José se cala, ele lembrou das noticias que lhes mostraram,
queriam uma reação, a prisão da família, a execução de toda ela, ele
lembra da pequena Ruti correndo, foi inevitável lembrar e se calar,
Raquel o abraça e fala.
— Sei que é difícil, temos de ir a frente.
— Tenho que pensar, este lugar vai nos permitir se preparar
para ir em algum sentido.
— Preparar?
José chega a parte ao fundo e ela viu que tinha uma casa
inteira montada ali, José entra, ele olha para ela, que vem junto,
chega a uma janela, se via a cidade ao fundo, aquela cor vermelho
vivo a toda volta da cidade, vermelho vivo, não o das plantas.
— Está é a casa que queria me apresentar? – Raquel.
— Sim, construída com dedicação, arrumada com cuidado,
encravada na montanha, entrada por dois pontos.
Raquel olha em volta, uma casa grande, casas com mais de 30
m² eram uma raridade, aquilo tinha a parte de pedra ao fundo, e a
22
casa, com uma sala que comportaria muita gente, sabia que José
era da linha de agricultores, eles tinham terras as vezes grandes,
mas quanto maior, maior a produtividade exigida, mas as
montanhas dentro de terrenos, assim como os rios, eram obrigação
de manter, e não contavam nos volumes de produção.
— A montanha inteira está nas terras de seu pai?
— Estavam, eles vão passar a alguém, quando acabar as
guerras, teremos de achar um lugar para viver, pois eles vão
continuar nos odiando, e vão impor esta terra a outro.
Raquel olha ele ir a parte baixa e ligar uma tela, olha que
apareceu todo o terreno, onde estavam eles, o sistema via satélite
dava que estavam sobre a montanha, como todos estavam
monitorados pelo sistema Plauts, todos os montantes de pessoas
sobre o terreno surgem no mapa a parede.
— Um controle via Plauts? – Raquel.
— Sim, monitoramos os animais, os funcionários, e todos que
por algum motivo tenham um implante, no sistema fala que os
animais estão mortos, as linhas de produção voltadas a Sulacia,
estão desfolhando e vão morrer, o sistema coloca os Plauts do Sul
de Azul e os Plauts do Norte de Vermelho vivo, temos ai variâncias
de Azul e vermelho que nos dão o exato local de onde vem os que
se aproximam, diz os que estão ao chão quase mortos.
Jose sem tocar em nada, inverte o sentido com o dedão e o
indicador ao ar, e o mapa mostra o mapa a nível 3D, ele olha que as
pessoas da caverna não apareciam, antes de surgirem em uma das
entradas.
— E este?
José olha para o ponto e vê que está quase sobre eles, vira-se,
não tinha nada ali, olha para o plano e vê que havia pessoas na
parte alta da montanha, aproxima com o satélite e olha aqueles
seres com um controle manual, estavam procurando alto, eles com
certeza.
— Nos procuram?
— Ou um esconderijo, já saberemos quem são.
Um dos sois surge ao céu, o mais próximo, olha para a
imagem via satélite e olha os dois rapazes, pareciam pessoas
normais, mas estavam procurando um local para se esconder.
23
— Devem estar se escondendo de alguém. – José.
— Como sabe? – Raquel.
— Sem identificação pessoal instalada, eles parecem estar
com uma maquiagem, eles não querem ser reconhecidos via
satélite.
— Perigo?
— Acho que não.
A imagem local mostra os campos voltados a cidade todos
secando e a quantidade de pessoas mortas. Mostra a humidade
vindo dos lagos ao fundo, que geravam uma nevoa pesada, Jose
aciona os alarmes, fecha a casa, as frestas de entrada, e vai deitar,
ele ainda estava com febre, e queria se cuidar.

24
Dois rapazes na parte
superior do penhasco, prendem
suas cordas de escalada,
começam a descer pela mesma,
chegam a grande janela,
souberam que estavam onde
queriam, mas sabiam que agora
teriam de ser rápidos.
Os dois se olham, e um deles põem o corrosivo no vidro e se
afastam.
Um dá impulso na corda, e gira no espaço naquele
desfiladeiro e acerta o vidro, os alarmes disparam, José se assusta,
estava cansado e ainda se recuperando quando olha um rapaz lhe
apontando a arma.
Raquel se assusta e olha os dois, Jose parecia devagar, ela
toca ele, estava com muita febre e fala recuando.
— O que querem?
O rapaz olha para a moça e fala com uma pronuncia difícil.
— Devem ser Raquel Marques e Jose Camacho.
— Quem quer saber? – Raquel.
José não estava bem mas se encosta e olha para ela e fala.
— Desculpa, estava errado. – Olha o rapaz e pergunta. – Sou
José Camacho, mas quem são os dois?
— Mandaram os conduzir.
— Mandaram?
— Nosso Comandante, melhor não resistir.
— Não estou resistindo, apenas tentando entender.
— Dizem que você é a solução de um problema rapaz, mas
parece não estar bem.
— Digamos que amanha estarei bem, mas não respondeu,
pois não é de Terra 1.
Raquel não entendeu, eles pareciam humanos, mas se não
eram dali, de onde eram, de que planeta próximo eles vieram?
— Acha que somos de onde?
25
— Vem a muito tempo no espaço, não estão em terra firme a
muito tempo, suas peles estão sentido a gravidade, deve ser difícil
andar em algo assim, nunca vivi isto, mas dizem que os primeiros
que chegaram aqui a 6 mil anos, sofreram algo assim.
Raquel os olhou e falou.
— Mas de onde seriam José.
José ergueu os ombros e perguntou.
— Podemos nos vestir pelo menos?
O rapaz fez que sim com a arma e o outro olha em volta.
— Eles tem um controle de toda região daqui Darte.
— Dizem que eles são a causa das guerras, mas sabe que não
são Perte, mas nosso comandante quer falar com eles.
— Não entendi porque?
— Nem eu, mas cumprimos ordens, desliga o alarme e
prepara o local, devem vir nos resgatar.
O rapaz fez sinal para virarem para a parede depois de
vestidos e colocou uma espécie de algema pequena nos dois
polegares dos dois, prendendo a mão para traz, os virou e colocou
um capuz em suas cabeças.
Raquel fala baixo.
— O que está acontecendo?
— Vamos descobrir, mas talvez tenhamos contato com os
causadores de tudo.
— Mas quem seriam?
— Nem ideia.
Na parte da sala, o rapaz tira da mochila um laser e corta a
armação da janela abrindo um imenso buraco na sacada, pega uma
peça metálica fina e coloca no chão quase no despenhadeiro, e este
começa a piscar.
Nos campos ao fundo, um agrupamento de soldados olha
para aquela imensa nave surgir rápido no céu, pensaram em um
ataque aéreo, mas viram ela afastar-se para a montanha, eles
olham ela aproximar-se da mesma e logo depois, subir quase reta,
sumindo no ar.
O comandante do Sul, Brito, olha para o acontecido e fala
com o auxiliar.
— Registrou isto?
26
— Sim.
— Pede para o satélite acompanhar aquela nave, nunca vi
uma destas, parece de metal, ninguém mais usa metal nestas terras,
eles era um gasto imenso de energia, gerando poluição inaceitável,
era usado bem para coisas assim, para coisas grandes, nas temos
um acordo internacional proibido a mais de mil anos.
O rapaz passa as imagens, e esta imagem chega ao comando
de guerra que pede para o general ir no sentido da montanha e
verificar o que tinha lá.
Enquanto isto, José sentia o corpo mais leve, soube que
estava indo para um lugar que nunca fora, espaço.
Ele estava observando e fala alto, não sabia se Raquel estava
ali.
— Esta onde Raquel?
— A sua frente pelo jeito, onde estamos?
Os dois ouviram alguém falar de dentro “Silencio”.
José olha no sentido de fala para Raquel mais baixo.
— Mantem a calma, não adianta mais desesperar?
— Como está?
— Um pouco de febre, mas o Curativo está fazendo efeito, já
vou estar bem.
Eles ouviram um barulho metálico, a muito não ouviam algo
assim, ficam quietos e um rapaz vem a eles, se ouviu os passos e o
mesmo tira seus capuz, José viu que era escuro o local, mas como
acabara de tirar um saco negro da cabeça, pareceu agradável aos
olhos.
Olhou Raquel e sorriu, não teria mais nada a fazer, não
adiantava bater antes de saber onde estavam e porque estavam ali,
os dois começam a caminhar e olham para fora, por um vidro, viam
o pequeno giro, sentiam o peso leve, estavam no espaço, ele olha
ao longe, via o planeta que eles chamavam de Terra 1, a imagem
mostrava ao longe Terra 3 também, olha o sol surgir pois estavam
girando, e desvia os olhos, vendo as comportas ficarem mais
escuras, escurecendo naturalmente.
Os dois estavam com as mãos para traz, Jose reparou nas
roupas, pareciam desgastadas pelo tempo, poucas novas, a maioria

27
bem desgastada, como se reciclassem roupas, para poder servir a
todos presentes, eles deveriam estar a muito tempo no espaço.
Os dois chegam a frente de um senhor, o senhor não era
velho, mas tinha um olhar caído, talvez isto fosse algo que todos ali
apresentavam, olhos caídos, narizes pequenos, peles muito brancas,
José se deixou enganar por aquela pela branca, achando
primeiramente ser maquiagem, agora sabia que não era.
Jose as vezes sentia o corpo tremer de frio, ignorava que
Raquel também estava sentindo o frio, pois a temperatura media
dentro da nave era 12 graus, acostumado a mais de 28 na superfície
do planeta.
Os dois estavam calados quando viram um outro senhor
entrar pela porta e olhar os dois.
— O que temos aqui comandante, não nos pediu permissão
de trazer estes seres de Gliese para dentro.
— Eles estavam dando muita sorte senhor, não queremos
que eles parem a guerra porque alguém desconfia que os dois não
são a causa do problema.
José achou a língua estranha, mas compreensível, parecia
uma das línguas que se induzia como as de comunicação distante,
com o planeta de origem, aquelas que eram para distrair crianças,
planeta Terra, a Origem.
O comandante olha para o prefeito da cidade espacial que
estava a se aproximar dos 5 planetas abitados do sistema Gliese, e
fala.
— Tem de entender Prefeito, pegamos uma amostra de
cabelos, são humanos, eles são uma linha evolutiva local, mas
chegara aqui a mais de 6 mil anos, não sei como, mas estamos a
tanto tempo vindo, que muitos sempre consideraram o chegar um
sonho, dai mandamos as 3 naves de averiguação, 5 planetas, todos
habitados, eles mantem uma frequência de comunicação com a
Terra, aquilo que alguém em nosso passado achou desnecessário e
deixou pelo caminho.
— Sabe que não quero saber como, mas quero uma terra
para que meus netos sobrevivam.
— Quer mas não autoriza nada, se aniquilarmos com nossas
armas tudo, o planeta fica inabitável.
28
— Sei disto, mas eles parecem não acreditar que quem
chegou antes vem da mesma origem.
— Então decidam, pois iniciamos a guerra entre duas grandes
nações locais, eles estão fora de controle, era para ser uma guerra,
eles estão detonando o planeta, estamos estudando algo mais
controlado no Planeta ao longe.
— Me dê uma solução comandante.
— Não me deu autorização para isto senhor, você me prende
as mãos e quer solução, decida prefeito.
Raquel me olhou, como se não estivesse entendendo, eu
olhei para ela como se não estivesse entendendo também.
O prefeito saiu e o comandante viu o rapaz do dia anterior
chegar a eles.
— Me relate Piloto Darte.
— Seguimos eles, pensamos que tínhamos os perdido, mas o
mesmo tem uma casa encrustada na montanha, de onde ele
controlava toda a plantação local.
— Algo aproveitável?
— Eles tem controle pessoal de toda a população senhor,
coloquei um controle, quero lhe mostrar isto.
Raquel tentava não se fazer de interessada, mas quando viu
as imagens de todo o planeta via satélite e onde estava cada uma
das nações, os índices de habitabilidade de cada local, ficou
preocupada.
O comandante olha para José, Raquel estranhou, mas eles
não tinham mulheres no comando, nenhuma.
— Ele nos entende?
— Ele não é qualquer um senhor, isto nem os diretores da
nação dele sabiam, escolhemos um casal de sucesso, e parece que
nosso caminho foi aberto pelo bom lado.
— Acha que podemos usar isto?
— Eles estão aqui, mas temos acesso de onde todos os
exércitos deles estão senhor, realmente a mortandade desta guerra
entre eles, está imensa, usamos apenas uma pequena bomba em
um evento e todo resto eles fizeram.
Jose sabia que teria de sair dali, tudo ali parecia menos
vigiado, estranho, mas olha para o senhor e fala.
29
— Não entendo porque matar a nós, em um planeta tão
imenso senhor. – José olhando para o comandante.
O comandante olha para José, soube de cara duas coisas que
o impressionaram, o rapaz entendia o que falavam, e falava a língua
que eles falavam.
— Fala nossa língua?
— O básico de uma língua senhor.
— E acredita que teria um local para nós?
— Considerando a temperatura local, mais de 30% do
planeta, nós habitamos o continente que chamamos de Equatorial,
ele dá a volta inteira no planeta, mas que tem mares ao norte e ao
sul, ao sul, depois dos mares, existe um continente que está lá para
preservação ambiental, nada muito grande, mas não sei quantos
são, mas comportaria facilmente 20 milhões de seres.
O comandante olha o sistema e olha o que o rapaz estava
falando, e pergunta.
— O que são Gliesers?
— Os animais naturais do local, carnívoros, mas meio bobos,
eles não são e nunca foram o problema.
O senhor olha as imagens, florestas altas, de arvores
avermelhadas, pareciam ao longe áreas mais de campo e se via
seres naturais a correr pelo campo e olha para o piloto.
— Acha que nos comportaria?
— Foi minha primeira indagação, mas ninguém queria ir para
lá, lembra senhor.
— Politica, mas acha que eles vão nos deixar em paz?
— Se não souberem o que fizemos senhor, pois acredito que
os mais de 45 milhões de seres lá embaixo, é nada comparado ao
que isto será com o tempo, eles são mais adaptados, pode não
parecer senhor, mas a gravidade deles nos tira boa parte dos
movimentos rápidos.
Jose olha para Raquel, ele olha para a sua veste, ele pegou
uma sinalizada, ele pela primeira vez desconfiou de algo, Raquel
olhava para ele pensando o que fariam.
— Prende eles. – Fala o comandante para outro rapaz.

30
Os dois foram para um cela e José observou todo o caminho,
olha para Raquel e fala quando sozinhos, na cela, ainda algemados
pelos polegares.
— Entendeu o problema?
— Sim, mas vai destruir nossas reservas para os tirar de uma
guerra?
— Olhou para fora?
— Sim.
— Eles estão chegando vindos no sentido do sol, não vamos
olhar para eles, não sei o tamanho disto, mas é rocha e metal, isto
parece algo de nosso passado, algo de nossos livros de historia.
Raquel olhou para ele e perguntou.
— Qual conto de fadas?
— Nunca vi as historias da Terra como contos de fada Raquel,
assim como as historias locais, mas melhor nos comunicarmos
apenas em língua do Norte.
— Acha que eles nos entendem?
— Não vamos facilitar.
— Certo, mas qual historia?
— Sempre nos contaram muitos contos, mas é obvio, quando
temos mais de 14 mil anos de historia, tudo fica muito resumido,
pois é muito tempo.
— Uma pagina por ano, daria mais do que todos os de Terra
1, costumam ler durante uma vida. – Raquel.
— Por ai, livros de 14 mil paginas são inviáveis, conteúdos de
14 mil paginas são inviáveis ao aprendizado pratico, então eles
contam o básico, mas neste básico, algo assim saiu da Terra um a 12
mil anos.
Raquel olha em volta, olha para José e fala.
— Se for isto, é a primeira leva, a mais pesada, a que todos
diziam que se perdeu no caminho.
— Ninguém se preocupa com os outros a muito tempo
Raquel, mas as insígnias nos uniformes dizem claro, Gliese 1, todos
deveriam ter estudado isto, por anos, hoje é tão passado que
poucos se ligam a isto.
— O que foi Gliese 1?

31
— Um conjunto de 4 asteroides alterados e transformados
que no ano 208 deles, não confundir com o nosso, dois séculos
depois do evento com a supernova, duzentos anos depois de
proibirem as religiões, de recomeçar a contar a historia, pois o
planeta passou por uma mortandade imensa, se chega aos 10
bilhões de seres, nunca entendi como um planeta que é 40% do
tamanho deste planeta mantem tanta vida, mas neste momento
eles saíram de lá, e o nome do conjunto de 4 imensas naves, diziam
ter mais de 200 mil seres por nave, saem ao espaço, e dois mil anos
depois, ninguém sabia dizer onde eles estavam mais.
— Está dizendo que deve ter 4 destas naves ao ar?
— Se todas chagaram, mas não entendi, não vi mulheres,
apenas homens, não vi crianças, devemos estar em uma área
apenas de militares do sexo masculino.
— Reparei também, mas o que faremos?
— Vamos ter de descobrir uma forma de voltar ao planeta, ali
fora, é zero absoluto, congelamos no ato.
Os dois se aproximam e ele fala.
— Deixa eu tentar tirar esta sua proteção de dedo.
— Deve ter um alarme.
— Sim, mas eles não nos perguntaram nada, estou pensando
se o que eles queriam era nos passar uma informação, quando vi
que não nos perguntariam falei algo Raquel, pois eles pareciam
querer nos informar o que fizeram.
— E não parece ter facilitado.
— Tem algo que não falo, como disse, iriamos falar hoje,
sobre algo que chamo também de Gliesers, mas não estava legal
ontem, errei na analise dos dados, e olha onde paramos.
— O que mais chama de Gliesers? – Raquel.
— Os seres que fizeram aquelas estatuas.
Raquel olha em volta, estava de costas para José que faz força
em um dos dedos, ela sente o dedão sair do aparelho e as mãos
soltas, olha para o mesmo aparelho de José, faz a mesma força e ele
solta a mão, mas os dois ficaram com as mãos para trás mesmo
assim, ela olha para o local e pergunta.
— Acha que eles querem que nos matemos para ficar mais
fácil.
32
— Se eles vieram e mantiveram a mesma leva de seres,
controlando a população a bordo, mesmo assim, são 800 mil seres,
não parecem estar super povoados, parecem estar definhando, mas
entendo o problema deles, eles estão a 12 mil anos tentando chegar
a um destino, chegam e veem que outros que saíram há muito
menos tempo, chegaram antes.
— Como saímos?
— Não sei ainda, não vimos quase nada, chegamos sem nem
ver o tamanho por fora disto.
— Acha que estamos mesmo no espaço?
— Algo que gira, que a gravidade artificial deve ser perto de
30% da que estamos acostumados, se não estamos numa nave, não
estamos em nosso planeta.

33
O comandante Brito olha a
sala que entra, olha em volta e
pergunta para o segundo no
comando.
— Ainda acha que eles são
inocentes?
— Não disse inocentes,
disse que não fizeram o que os acusam, mas o que é isto senhor?
— Isto é uma casa, na sala ao lado, um sistema que dá para
ele controlar cada animal vivo no campo a frente, lhe dá acesso aos
satélites que os agricultores usam, mas ali tem um controle que dá
para ver onde cada um dos nossos estava.
— E estas estátuas?
— Algo que nunca acreditei, mas parece que o rapaz teve
acesso, algo que os antigos, os primeiros chamavam de Glieseres?
— Está falando serio?
— Sim, um povo inteligente que dizem ter saído do planeta,
não para outro, mas para o buraco de seus túmulos.
— E aquelas naves?
— Isto que tenho de descobrir, pode ser algo a mais, não
entendi, mas tem de ver que não me parece uma residência de
humanos, é muito grande. – Comandante Brito.
— Acha que estes seres podem ter tido tecnologia e se
escondido em outro planeta, estar voltando.
— Vamos saber logo.
O comandante chega a tela que o rapaz tinha a sala e olha
para o chão onde tinha um aparelho, o pega e olha para o corte
perfeito, olha o aparelho e fala.
— Consegue saber em que frequência isto transmite? – Brito.
Um rapaz chega ao fundo, olha para ele e fala.
— Estranho coisas feitas de metal reciclado senhor.
O senhor olha para o painel e seu comunicador toca.
— O que pretende comandante Brito, o sinal que me passou
vem do espaço, não temos tempo para brincadeira.
34
— Brincadeira senhor, algo desceu, pegou algo nas
montanhas TT, levou dois seres, está rastreando os dois seres.
— Esta falando serio.
— Sim, mas pelo jeito somente quem viu vai levar a serio, e
tem uma coisa estranha no local senhor.
— Estranho?
— Sim, sala com 3 metros de pé direito, e uma sala ao fundo,
com mais de 50 estatuas de Glieseres, para mim até ver a sala, era
uma lenda, mas o buraco a parede, a altura do local, me parece algo
não feito para humanos, e sim para algo maior.
— Vou ver para onde vai o sinal.
— Pensei que já o tivesse feito senhor. – Comandante Brito
olhando os demais e olhando a quantidade de mortes, o sistema
não era apenas uma forma de se localizar, era uma forma de terem
os números.
O segundo em auxilio olha o comando e fala.
— Posso tentar algo senhor?
— Tenta, mas não perde estes sinais.
O rapaz chega ao comando e põem o sinal que vinha do
aparelho, olha para o sistema de satélites e pede para localizar
aquele sinal, como ele localizava pessoas, o radar do satélite inverte
e começa a fotografar, o senhor olha aquilo e fala.
— Aproxima a imagem.
O auxiliar aproximou e se viu 3 grandes rochas vindo,
pareciam rochas espaciais, não naves, mas quando se aproximou
mais um pouco, se viu marcas de construções, janelas de saídas, e o
comandante olha aquilo serio, o rapaz salva a imagem e passa para
o comando e pergunta se sabiam o que era aquilo.
O comandante olha assustado e fala.
— Se não tivesse o sinal não olharia para aquelas rochas
como algo perigoso pessoal, mas algo lá, saiu daqui.
— Acha que vem de onde?
— Vem no sentido do sol, está querendo não chamar
atenção, ninguém olharia para lá, antes de passar por nós.
O segundo no comando olha para o comandante e pergunta.
— Ordens?

35
— Joga no sistema de informação, perguntando se algum
cientista sabe o que é aquilo, informando que tem sinal de radio
vindo de lá.
— Porque disto? – Um rapaz.
— Eles podem ter nos colocado em guerra, para que ficasse
mais fácil nos tomar terras pessoal. Mas se falar isto na pergunta,
ninguém vai olhar, vão achar que é distração, então passa aos
cientistas, estes que vão dar a olhada.
O comandante olha os dados, assustador alguém saber os
números de mortes, os dados que o próprio controle central negava
estavam a sua frente, os campos mortos ao fundo, diziam que
teriam mortes por fome, então a falta de comida, transformaria
tudo aquilo em problemas que não queriam.
O sistema de controle da guerra em uma base subterrânea
em Sulacia recebem as informações e um comandante olha para o
general Franco.
— O que quer dizer com isto?
O senhor põem as imagens da base, dos comandos e do
sistema de mortes e fala.
— Alguém nos colocou em guerra Comandante, foi a
pergunta que me fiz desde o começo, duas pessoas aparentemente
sem motivos, das quais matamos toda a família, são acusadas,
provavelmente estão mortos, nos colocam em guerra, a politica
assumiu e assumimos as rixas de séculos atrás, e entramos em
guerra, mas agora, tem no espaço, depois de 30% de nossa
população morta, 45% dos campos secando, uma nave vindo direto
para nós, não sei quantos tem lá, mas devem ser muitos, pois
estamos falando de coisas maiores que nossas duas pequenas luas
vindo para cá.
— Mas porque acha que estes seres são a causa. – O diretor
da cidade ao fundo.
— Alguém saiu do lugar que tiramos estas fotos, e foi no
sentido daquelas rochas, quando aproximamos as imagens vimos
que não são apenas rochas, quando analisamos suas velocidades,
seu rumo, vem para nós senhor.
— E quem veria dali?

36
O general Franco coloca as imagens das estatuas, e do local
onde foram encontradas e fala.
— Podem ser Glieseres senhor, a base nas montanhas está
cheia de estatuas deles.
— Está falando serio?
— Trocando uma ideia senhor, estamos nos matando, e
alguém está vindo lentamente para nos dar tempo de nos matar,
soube que duas nações entraram ontem em guerra também em
Terra 3.
— Acha que eles estão provocando isto, mas onde eles
estavam, porque agora?
— Não sabemos senhor, estamos começando a preparar
naves de averiguação para levar ao espaço, a muito tempo não
lançamos nada que não sejam satélites, mesmo Terra 2 e 3 parecem
algo muito distante.
O grupo começa a tomar medidas de proteção, eles queriam
entender o problema, começavam a se inteirar dos riscos maiores.
Um senhor entra na sala e olha para o comandante.
— Porque está recuando os soldados Comandante, estamos
em guerra, não podemos dar espaço para estes que nos mataram.
— Um bom dia primeiro, segundo, sempre desconfiei desta
historia, o senhor insistiu nos culpados, matamos crianças, que
morreram porque consideramos a família deles ingrata, mas agora
senhor, não é hora de faz de conta, talvez tenhamos descoberto a
verdadeira causa do problema.
— Eles foram os únicos a não se reapresentar ao censo.
— Esta em teoria dizendo que foi alguém de dentro que fez,
com esta acusação, mas poderia ter sido um dos mais de 32 mil
mortos que não eram de nossa nação que estavam lá, os
causadores, assim como alguém de fora, temos outras 51 nações
que poderiam ser as causadoras, mas nunca entendi o que apontou
aos dois, parecia somente politica senhor.
— E vão desafiar o congresso.
— Senhor, temos 3 imensas naves espaciais chegando e uma
destas recolheu duas pessoas em uma casa nas montanhas, esta
casa está lotada de estatuas de Glieseres.

37
O politico olha o painel e olha as imagens e senta-se, eles
poderiam ter gerado uma guerra, lembra de ter fraudado as
declarações, ele sabia que era pessoal, queria uma conquista que
lhe desse respeito e entrasse na historia, mas se tinha um causador
real, teria de pensar.
— Acha que eles vão nos atacar como?
— Não sei, acho que esperam que nos matemos senhor, há
um ano, antes da guerra, tínhamos 604 mil habitantes, hoje não
passamos de 370 mil, nações vizinhas entraram na guerra, tínhamos
45 milhões de habitantes no planeta, hoje, não mais de 32 milhões
de habitantes, estamos nos matando, eles vem devagar, devem
chegar lentamente em quase um ano – O ano local era de 302 dias
de 21 horas – eles podem nos ter colocado em guerra, para nos
dominar senhor, e se impor.
O senhor entrou em contato com outros políticos, marcando
uma reunião a tarde, não sabiam ainda o que estava acontecendo,
mas se era ataque duplo, teriam de se poupar, mas perderam parte
da capital, perderam parte do povo das cidades vizinhas.
O olhar para um problema fez os políticos começarem a
pensar no problema, mas ainda não tinham certezas.

38
Jose olha para a porta,
estava sempre fechada, não tinha
como saber o que tinha do lado
de fora, mas eles estavam ali a
mais de 12 horas, e nada estava
acontecendo, ele olha para Raquel
e fala.
— As vezes temo o passado, estes são humanos de épocas
que usávamos bombas nucleares, de épocas que usávamos armas
de fusão.
— Acha que eles podem vir a nos atacar assim?
— Eles devem ter uma tática, estamos longe, não sei quanto,
mas o empuxo da nave que nos trouxe aqui, foi imenso, ela saiu do
planeta, pareceu não parar de acelerar por um tempo muito
grande, não conheço esta tecnologia Raquel.
— Certo, e o que vamos fazer.
José pega na altura do bolso superior um comando de
transmissão, escolhera a roupa por deixar o rastro, agora ele teria
de tentar mandar uma comunicação.
— Sabe que eles podem nos matar por isto José?
— Acho que somos cobaias aqui Raquel, eles não parecem
preocupados com nós, mas sei que tem algo mais perigoso nisto.
— Oque?
— Eles não acreditarem em nada.
O comandante Brito estava a base que montou naquela
montanha, dali ele tinha como controlar os exércitos, se tivesse
uma base daquelas talvez não tivesse visto tantos morrerem.
Ele olha o painel a parede dar uma mudança, olha para o
rapaz ao lado e pergunta.
— O que está acontecendo?
— Alguém está transmitindo de lá senhor.
— O que? – O senhor olha em volta, pois tudo indicava que
saberiam que eles estavam ali.
— Para quem estão transmitindo?
39
— Não sei senhor, mas... – O rapaz coloca a mensagem na
tela e o senhor lê.
“Não sei se alguém está na base, estamos transmitindo para
Terra 1, 2 e 3, estamos presos em uma espaçonave que não
sabemos o tamanho, mas os escritos estabelecem Glieser 1 nos
uniformes, humanos chegando atrasado, e querendo um lugar nos
planetas, se alguém ouvir, transmite a frente. Se estiverem na base,
desliguem o sistema de transmissões, deixando apenas os de
recepção, eles estiveram ai, eles podem nos monitorar por ai.”
O comandante olha o rapaz e fala.
— Segura isto, temos de confirmar antes.
— Não entendi nada.
O senhor abre o seu holográfico, olha o sistema de pesquisa e
põem a informação e procura algo, informação tão antiga que
estava na parte Mitos, o senhor olha um tempo e olha para o
assessor e fala.
— Me diz que não é isto que vem ali?
A holografia mostrava 4 grandes naves saindo a muito tempo,
uma lenda, ali era reconstrução tridimensional de uma lenda e o
rapaz fala.
— O que era isto Comandante?
— Humanos, não sei se isto é melhor ou pior.
— Porque seria pior?
— Estamos em guerra rapaz, alguém gerou isto, a pergunta
que me fazia, como um ser estranho aos olhos faria o atentado, mas
um humano, mesmo de outro mundo, é um humano, ele pode ser
mais feio, mas isto não faria ninguém o barrar.
O rapaz do comando olha para ele e pergunta.
— E referente a linha de transmissões?
— Melhor desligar as transmissões, não sei para quem eles
transmitiriam mesmo, nem sabia que saia informação.
O rapaz puxa os cabos e olha um dispositivo metálico por
baixo e fala.
— Um outro daqueles senhor.
— Leva para o mar e joga nele.

40
O rapaz olha outro e alcança os dois aparelhos e o rapaz sai
pela estrutura que estavam terminando de criar, que tinha alguns
veículos voadores, o que facilitava o chegar ali.
O general senta-se e marca uma reunião da cúpula do
exercito, teria de conversar, ele sai com o veiculo no sentido da
cidade, vendo a mesma destruída, vendo os campos mortos, olha
pra o ponto onde o veiculo parou, olha a cidade toda naquela cor
avermelhada, as pessoas mortas a rua, olha os sistemas de proteção
todos destruídos, pega a mascara de oxigênio e entra na base.
O comandante o esperava Brito que fala.
— Preciso trocar uma ideia antes. – Brito fez sinal para Franco
que os acompanha.
— O que quer falar Brito?
— Acho que temos um problema real, mas temos de
entender o problema.
Os dois viram que Brito estava escolhendo as palavras, sinal
que ele tinha duvidas, e não sabiam quais.
— Está serio demais Brito, o que lhe aflige.
— Sempre perguntei se tinham certeza das acusações, sei de
muitos que me acusam de ter feito corpo mole, mas estava
defendendo o povo, é fácil ficar jogando bomba e não ficar em
campo para defender os nossos.
— O que o está fazendo pensar.
Brito olha para o senhor e fala.
— Senhor, o governo fala que temos poucas mortes, mas eles
nos relatam os números de 370 mil sobreviventes, eu acho isto
muito, mas a verdade temos não mais de 270 mil habitantes hoje,
eles sabem, pois todos os controles de população via Plauts nos
indica este numero.
— Estão nos escondendo os dados, mas isto não lhe tiraria as
palavras.
Brito olha para o senhor e fala ligando a holografia das naves,
eles haviam apagado a holografia de numero 4, deixando apenas as
3 que estavam chegando.
— Senhores, isto que vem a nós?
Franco olha o conjunto e fala.
— Sim, de onde tem esta holografia?
41
— Não estamos falando de Glieseres general, estamos
falando de humanos, estes saíram há muito tempo, antes dos que
fundaram estas terras, mas o que me preocupa não é isto.
Os dois não entenderam, Brito põem as descrições, Glieser 1,
conjunto de 4 naves, mas logo após, quantidade de pessoas, de
armas, de naves, de estruturas que teriam, coloca a imagem que
fizeram da nave subindo e colocam a descrição dela na tela, e fala.
— Senhor, são pelo menos 600 mil humanos, pessoas de uma
época que se usava armas nucleares, os foguetes deles são
nucleares, mas enfrentar um ser que desconhecemos a historia,
mas sabemos que não eram cruéis, é diferente de enfrentar
humanos, nós sempre nos matamos, e continuamos nos matando,
eles não vem conversar, eles vem tomar um pedaço, e tudo indica,
eles podem ter sido os causadores de algumas coisas, que ninguém
me explicou ainda.
— Quais?
— Quem fez o atentado, quem falsificou aqueles relatos, sei
que foi falsificado para justificar a guerra, mas logo após, quem nos
atacou com pulso eletromagnético, os do norte não tem tecnologia
desta magnitude, eles são mais o segundo ataque, com armas
químicas do que o primeiro.
— Acha que eles estão nos colocando em guerra? – Franco.
— Acho que é muita coincidência, outra coisa, os dados do
governo, não nos são passados, o próprio governo quer esta guerra,
pois por acaso, tive acesso a um controle de campo, e soube que se
tivesse ele, teríamos evitado pelo menos os últimos 150 mil mortos,
mas o governo para omitir quem quer a guerra, nos deixa com meia
informação, mas a informação está acessível a quem usa os
sistemas de colheita, então todo agricultor do planeta tem mais
informação que nós, como isto acontece se não tivermos sendo
barrados pelos que dizem ser nossa obrigação a guerra e a vitória?
— E não vai falar isto?
— Se falar que são humanos, os demais podem se aliar a eles
senhor, e nos destruir. – Brito.
— E como sabe disto?
— Tenho de ter certeza, mas temos algo diferente ali, eles
evoluíram tecnologicamente em 12 mil anos, pois a nave deles foi
42
de nós a distancia do que chamamos de Mercúrio 2, em meia hora,
nossas naves vão demorar quase 6 dias para fazer a velocidade total
esta distancia.
— Humanos armados com armas nucleares e sem sabermos
quantidade atual, apenas de quando saíram, e pelo jeito, sem
intensão de serem recebidos, eles já poderiam ter entrado em
contato. – Comandante.
— Sim, se considerar que Terra 2 está quase deserta, tem
pouco mais de 100 mil humanos, seria um lugar a por todos eles,
mesmo aqui, caberiam nas nações ao sul, mas eles parecem vir
silenciosamente.
Os três trocam ideias, e chegam a sala, o grupo de políticos
estava ali, Brito ficou a observar eles, ele ligou o sistema de
identificação interna, ele queria saber o que poderia estar errado,
ele viu Franco falar com os soldados a porta, eles se retiraram, e
chega a eles.
— Achamos Comandante, que o que nos falou é muita
divagação, não podemos temer algo assim, os políticos não
acreditaram na indagação.
Franco senta e olha o senhor e fala.
— Vou pedir esta decisão por escrito, de todo o congresso da
cidade, já que para mim, vocês não são mais representantes do
povo.
— Está nos desafiando. – Robert ao fundo.
— Vocês não defenderam os seus votantes, então eles
morreram, mas me chegou uma informação que gostaria de
perguntar sinceramente, quantos somos ainda?
— Entregamos ontem ao comandante, 370 mil, sei que
perdemos muitos, mas ainda temos uma nação a defender.
— Senhores, porque mentem? – Franco olhando os políticos.
O representante ao fundo olha para Robert e o Prefeito e
fala.
— O que nos quer falar comandante.
— Que sem informação perdemos, acho que perdemos 150
mil pessoas que poderiam estar vivas, se tivéssemos a informação
correta, mas vocês as omitem, e depois se escondem.
— O que omitimos? – O senhor ao fundo.
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— Vocês nos barraram uma informação que o exercito
vizinho tem, onde está cada habitante desta nação.
— Não entendi.
— Vocês nos disseram que a fronteira leste, havia um ataque
e por isto não havia comunicação, mas que os controles de Plauts
dizia que estavam lá, mas a verdade, tinham 42 mil mortos lá, e isto
nos fez mandar pessoas para os proteger, mas perdemos parte do
exercito pois era arma química, eles entraram e morreram ao
campo, pior, descobri que todos nossos vizinhos tem este dado, até
os que usam os satélites para plantio, então nossos inimigos tem os
dados e nós fomos barrados, e vocês sabendo que hoje não somos
mais de 270 mil nos dão números chutados.
— Está acusando-nos. – O prefeito.
— Você nem sei o que faz aqui prefeito, pois sua cidade, não
sobrou nada, prefeito de que você é? De corpos mortos?
— Vocês não nos defenderam.
Franco olha para Brito e pergunta.
— O que propõem?
— Estou dando comandos, estamos esvaziando as linhas
diretas, os campos abertos, as fronteiras ao norte, com a nação
Nagata estamos abandonando, vamos deixar todos na linha de
proteção que tínhamos quase na Baia, precisamos manter os atuais
vivos, mas mesmo assim, precisamos tirar nossos dados dos
satélites, os demais sabem onde atacar pelos Pauts, nos garantiram
que eles não tinham estes dados, mas estamos erguendo a linha de
defesa contra aeronaves altas, estamos ligando os nossos sistemas
de interferência, mas não sei quem poderia tirar os nossos do
sistema.
O Comandante olha para Brito e fala.
— Estou lhe passando os códigos de retirada, não sei se tem
de onde acessar isto?
— Sim, mas eu prenderia estes senhor, eles são cumplices de
uma guerra programada, pior, eles não sabem recuar, nem quando
estão perdendo tudo.
— Acha que pode nos falar assim? – O prefeito.
O general Brito olhou o senhor e falou.

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— Quero saber quem vai assinar a culpa por entrarmos em
guerra, quem de vocês tem os dados do atentado, quem nos nega
acesso as cenas, que sabemos terem, do evento, que vocês
retiveram e que até hoje, não nos liberam, ou lá não tem nada, ou
tem algo que não falaram, para incriminar alguém, mas quando esta
guerra terminar prefeito, pode ter certeza, vou querer as respostas,
e pode ter certeza, não sou de engolir mentiras, quero provas, boa
parte dos que acreditaram em você, estão mortos.
O prefeito viu que não era apenas um e ouve o comandante
olhar para a porta e falar.
— Prendam os políticos, podem entrar na assembleia, quero
os dados, não os discursos, vamos descobrir quem dai está por trás
desta estupides.
O comandante olha para o sistema e olha para o comunicador
e liga para o representante do governo do Norte, ele pede para falar
com o representante do povo, e o senhor vem a ligação.
— O que gostaria de falar com nós comandante Getson.
— Estamos propondo o fim da guerra senhor, sabemos que
os dois lados estão se matando para poucos ganharem.
— Seus representantes estão de acordo?
— Estou recuando nossos exércitos, nossos representantes
políticos estão sendo presos, pois alguém vai responder por esta
historia falha, que gerou esta guerra.
— Vou comunicar o conselho, mas pode ser que eles não
acatem.
— Estamos propondo paz, mas se não querem, não
pouparemos mais nada senhor, pois sei que a armas químicas e
biológicas que lançaram, foi covardia.
O senhor desliga e o comandante olha para Brito.
— O que faremos?
— Senhor, vamos nos inteirar dos fatos, estamos muito
dependendo e informações furadas.
Os militares tomam a base politica, os policiais locais são
mandados as divisas internas da cidade, enquanto eles se inteiram
da verdade.

45
José olha para Raquel
vendo a porta abrir, eles olham o
rapaz lhes apontar a arma e falar.
— Me acompanhem.
Os dois olham a porta e se
levantam, olham para fora,
colocando a mão na segunda
parte da algema a segurando, se levantam.
O rapaz faz movimento com uma arma, eles não conheciam
aquela arma, era uma de choque, mas viram o corredor e um
caminho a frente.
Os dois chegam a um local aberto, era um hangar, Jose olha
para ela e fala.
— Eles vão nos matar. – Em uma língua que eles não
entendem.
Os dois olham para uma saída e ela fala.
— Não esquece, mesmo que acabe aqui, Valeu.
José sorriu e perguntou para si mesmo, havia uma nave no
hangar, o que eles queriam? Eles olham para ela e o rapaz fala.
— Para não dizer que somos animais, tem uma chance de
sair.
José olhou para quem falou e olha o senhor do comando e
fala olhando para ele.
— Não entendi ainda o que querem, mas sempre digo, as
coisas não acontecem como pensamos.
— Não entendi.
Jose sorriu e olhou para Raquel, ela sobe pela comporta, em
teoria, eles estavam de mãos algemadas, então quando entram ela
olha para o comando, olha que estava vazio, olha para fora e José
olha para o senhor.
— Porque não pede no lugar de nos querer forçar a fazer algo
que precisa senhor?
— Vocês não os trairiam.

46
— Ainda tenho mais motivos para os odiar que ao senhor,
mas parece ainda não estar sendo sincero.
Raquel chega ao comando, estranho, liga o sistema de
navegação, de escâner, não entendia tudo que estava ali, liga os
controles, olha a entrada e olha os dados do prospecto de invasão,
estava no sistema deles, deveriam achar que eram apenas os
culpados escolhidos, ela olha a gravação que tinha para a chegada
deles em Terra 1, tinha muito ali, mas era evidente, aquilo era uma
bomba indo para o planeta.
José continuava a olhar o senhor do lado de fora.
— Não tenho como abrir isto rapaz, mas olho para vocês e sei
que se os manter aqui, eles não terão um culpado, vocês não são
tão incríveis como me disseram, ficaram ali estáticos, juraram que
vocês tentariam fugir.
Raquel olha o conjunto de coisas que tinha naquela nave,
estranha o peso, muito pesado, ficou pensando que era por ser de
metal, olha para os componentes e ouve o senhor pela tela que lhe
dava José e o senhor.
— Vai de uma vez rapaz, não queremos chegar sem ninguém
saber que estamos chegando.
José sobe e vê a porta se fechando as costas, senta-se no
segundo banco de decolagem, olha o sistema as costas e fala.
— O que não entendi.
— Que assim que sairmos, estaremos travados na Terra 1.
— O que eles pretendem?
Raquel viu os senhores recuarem, viu que a comporta se
abriu ao fundo, deveria ter um campo de proteção, pois o oxigênio
não saiu, ela olha para a nave decolar sozinha, olha para José e fala.
— Consegue ficar ao comando?
— O que vai fazer?
Raquel não falou, levanta-se e vai a um comando as costas,
ela começa a olhar a parede, olha para o que era novo e olha um
painel, os parafusos estavam desgastados e foram abertos a pouco,
ela olha para o sistema e olha para todos os lados, procurando algo
para abrir o painel, sentiu o acelerar, olha para os sistemas ao fundo
e segurando-se chega a cabine e fala.

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— Preciso de algo que parece um parafuso de duas
entranhas, preciso algo para abrir isto.
José olha para o calçado e tira uma pequena lamina, alcança
para ela que fala.
— Tem algo lá atrás em contagem regressiva José, não
transmite para fora.
— Acha que eles querem que detonemos no chão?
— Provavelmente eles tem alguém lá, algo aconteceu, pois
eles estão nos usando para algo, e precisamos ter controle desta
nave, senão vamos morrer.
Ela vai para a parte do fundo, José sai do controle e chega ao
que parecia algo em contagem regressiva, ele olha alguns
comandos, viu que viera para aquele lugar com um sistema de
rodas, destrava elas e vê que tudo se mexia, ele olha para a porta
dos fundos e fala.
— Temos como deixar no caminho, mas morreríamos, pois
não temos roupas espaciais.
Raquel olha o painel, estava tirando o segundo parafuso, teria
muitos a tirar, e não tinha tanto tempo.
Ela olha para o local e as rodas e olha para José, vendo que
era uma descida dali para a entrada.
— Empurra para a porta e trava as rodas novamente.
José não duvidou, queria fazer isto, mas tinha pensado se não
era uma péssima ideia, quando ele o fez, viu que teve duas coisas
interessantes, na parede que estavam encostados, tinha uma veste
espacial.
Raquel olha para José e fala.
— Põem a roupa.
— Mas...
— Sem mas... – ela olha para o painel se desprender, ela
começa a olhar os controles, eram fios, ela olha para José e fala.
— Tem de saber que não sei o que estou fazendo José, e se
errar aqui, alguém precisa parar isto.
Ele olha para ela, viu que ela começa a passar o fio nos cabos,
em teoria, se cortasse dois deles, ela não desencadearia o abrir ou
fechar de algo, mas o parar do que queria.

48
Ela estava a cortar o segundo grupo de cabos e José olha para
o controle no painel frontal ir para frente e fala.
— Parece que o controle está solto.
Ela chega a ele e faz o movimento e vê que embora tivesse
livre, ela não tinha controle da direção.
Ela volta ao painel e faz sinal para José voltar para a parte dos
controles, ela olha para onde iam os fios, olha para uma placa, era
um circuito de controle, ela o desligou, olha para o painel
sequencial que aquele era ligado, religa os fios, José viu o controle
voltar a posição, fazendo o movimento leve no sentido do planeta.
Ela descola o primeiro sistema de painéis, olha para José que
fala.
— Ainda travado.
Ela olha para a nave, algo ela desligara, teria de descobrir
oque, chega ao comando e olha o painel, olha para a velocidade,
assustadora, olha para a contagem regressiva e fala.
— Temos 20 minutos ainda, mas se chegarmos a 10, temos
de começar a sacrificar a nave José.
— Não gostaria de lhe perder Raquel.
— É hora de avançarmos, mas o sistema que tirei, tirou os
controles de distancia, mas temos o tempo, então não preciso da
distancia.
Raquel volta ao painel e tira um segundo painel e sente a
velocidade diminuir, mas o controle não soltar, José faz sinal
negativo com a cabeça, ela repõem o painel e vê que voltam a
acelerar, ela olha para um conjunto de 18 placas, olha a descrição
lateral e parecia sentido, alguém fez um sistema desenhado para
facilitar.
Ela olha para José e fala.
— Temos de ter calma agora.
Ela olha o painel por traz, desprende uma segunda placa que
pareceu vir para fora e lhe dar mais comandos, muito mais
comandos, ela olha aquilo desmotivada, ela olha para José e
pergunta.
— Como analisar isto em 18 minutos.
Ela começa a tirar eles, mais rapidamente, uma hora ela olha
para o painel e este volta a soltar, e José desvia a direita e fala.
49
— Temos leme.
— Verifica se o radio funciona.
— Mas é o que eles querem.
— Sim, mas inverte o sentido, em uma curva – ela pensa no
tempo e fala. – de 42 graus.
— Não entendi.
— Vamos tentar sair José, mas faz isto.
Ele faz a mudança e ela chega a ele e fala.
— Te amo, mas – pega uma trava manual e deixa travado na
curva, ela olha para o local e fala. – vamos tentar achar uma forma
de sair daqui.
José não entendeu, mas viu ela começar a andar na nave, ela
estava em uma curva longa indo agora no sentido da nave que
saíram, eles chegariam sobre ela no momento final, mas eles teriam
de sair se queriam sobreviver.
Ela olha para o sistema de sobrevivência ao fundo e fala.
— Temos duas capsulas de ejeção – Ela pega a gravação e os
sistemas de comando, põem na veste, entra na capsula e olha para
o comando, ela parecia tentar adivinhar, ela olha para o sistema de
controle, liga ele e olha para o comando, olha o escanear do
sistema, ela escolhe os dados e olha para José, ele tinha mais
chances, na veste, ela não queria o ver morto e fala.
— Entra na capsula José.
— O que vai acontecer?
— Vamos, o tempo tá voando José, para de moleza.
Ele sorri, entra e sente ela travar o sistema e olha para o
mesmo disparar no sentido do planeta, seria mais lento, mas ele
tinha oxigênio, ela olha em volta, olha para a nave, olha o ângulo,
quando estaria mais próximo do planeta espera, não teria uma
desaceleração suficiente, mas talvez as capsulas tivessem algo, ela
espera um pouco mais e quando no ângulo mais próximo se lança
ao espaço, sentindo o acelerar, ela não tinha como controlar mais
nada após lançar, além de torcer para o ar interno ser suficiente, ela
sente a redução da temperatura, mas ainda aceitável.
Na nave frontal do grupo Gliese 1 o rapaz no comando olha
para a imagem da moça abrindo o comando e o comandante da
frota olha para ele e pergunta.
50
— O que ela está fazendo?
— Tentando parar o sistema, mas não sei se ela consegue em
tão pouco tempo senhor.
— O que ela falou?
— Não entendo esta língua senhor.
Os dois veem o rapaz falar algo, ela falar novamente e a nave
começar a desviar o planeta, o senhor olha para o rapaz e fala.
— Porcaria, porque tinham de ser tão inteligentes?
— Vou tentar retomar o controle senhor.
O rapaz parece tentar acessar o comando, mas como estava
travado na curva, não muda a direção e fala.
— Problemas senhor.
— Informe.
— A nave vai explodir a menos de 200 metros da divisão dois
senhor.
— Como?
— Não sei senhor, mas eles parecem ter - O rapaz olha para
o primeiro disparando no espaço, e depois o segundo – achado a
capsula de fuga, e parecem saber que vai explodir.
— Temos como deter isto?
— Não sei senhor, eu alertaria todos, vamos ter uma explosão
dentro da linha de proteção, ela pode nos defender senhor.
— Certo.
O conjunto começa a reforçar os sistemas de proteção da
nave, os grupos de conserto ficam todos em alerta enquanto os dois
estavam disparando no sentido do planeta, eram poucos minutos,
mas poderia ser mortal, quando entraram na atmosfera do planeta,
a capsula entrou esquentando, os dois estavam tensos quando o
grande paraquedas de Raquel abriu, ela olha para fora, estava alto,
ainda em velocidade, mas bem menos com o paraquedas, ela sente
o ar interno ficar muito forte, ela olha o comando e falava que
estava a mais de 100 metros, o paraquedas iria a deixar no chão em
2 minutos, ela tentava respirar e não conseguia, ela olha para onde
cairia, terra firme, olha para o comando, estava quase
desacordando quando bate com força no comando de abertura,
sente o ar entrar, mas sente o paraquedas se soltar, acelera um
pouco mais e segura-se, acerta o chão e o projetil penetra o solo,
51
ela tenta manter os olhos abertos, mas sente a pressão cair, a
desaceleração imediata a tira a consciência.
Jose caiu longe dela, em uma vila aparentemente destruída,
sente a capsula tocar o chão e aperta o botão, olha em volta e olha
as pessoas mortas a rua, olha para o traje que estava, sai e olha os
exércitos se retirando, olha em volta, não tinha como saber onde
Raquel cairia, para ele ela ainda estava vindo.
Ele caminha no sentido de um agrupamento aparentemente
morto, olha os soldados todos ao chão, exercito da Nação do Sul,
olha o radio e ouve.
— Acabamos de pegar uma moça, dentro de uma capsula,
está em Mante, não sabemos quem é senhor.
— Identificação?
— Não senhor, capsula de metal, pesado, nunca vi isto
senhor, pulsação fraca, parece ter perdido a consciência quando
caiu senhor.
— A manda ao hospital, mais tarde passo por lá.
José olha o mapa e olha as mortes, um lugar que era tão
lindo, agora cheio de mortes, tudo morto, de Amacs, uma espécie
de rato da região, a vegetação ao fundo, os humanos eram apenas
um detalhe em meio a tanta morte.
Ele olha o veiculo do exercito, olha uma identificação e um
mapa e começa a traçar um caminho para Mante. Seriam 12 milhas
até a cidade. Olha para alguns equipamentos e olha o
funcionamento, olha para as linhas de proteção pessoal, como eles
poderiam ter proteções e não as usar, morrer por não as estar
usando? Olha direito, o exercito não estava entre os mortos, era o
povo a rua que morrera.
Passa em um restaurante parcialmente destruído na cidade
de Mader, ele entra, olha para seu braço, sem uma identificação,
não teria grande coisa, mas sabia que assim que passasse os olhos
no sistema de entrada, seu saldo e seu nome estaria piscando a tela
do comando, as compras eram geralmente estabelecidos por leitura
ótica ou pelo Plauts que todos tinham.
Ele entrou e o senhor no balcão olhou para ele, não tinha o
sinal de seu Plauts, geralmente era por onde faziam seus pedidos,

52
José pensou em levantar e criar uma desculpa mas uma moça vem a
mesa e pergunta.
— Também teve problemas com seu Plauts, muitos estão
reclamando disto, pelo menos o leitor ótico lhe reconheceu, alguns
afetados pelo gás do inimigo nem isto para conseguir registrar.
— O que temos, devem estar com pouco?
— Suco de Rosa, sai um assado de massa.
— Vê para mim, preciso comer algo.
A moça olha para um grupo parando do lado de fora e fala.
— Estão olhando o seu carro lá fora.
— Exercito?
— Sim.
— Vê o suco e a massa.
A moça chega ao caixa e olha para a mesa, piscava na tela
procurado, mas com créditos, ela levou o suco e a massa, olha para
o chefe e pergunta.
— Quem é o rapaz?
— Estranho sempre algumas coisas, lembra quando falaram
que os acusados eram inocentes.
— Lembro, eles mataram até as crianças, nunca entendi.
— José Camacho lhe fala algo?
A moça olha o rapaz e fala.
— E parece provocar?
— Ele deve ter hoje mais motivo para fazer do que quando
lhe acusaram, não esquece que perdeu toda a família nisto.
A moça olha para a porta e viu os militares entrarem
armados, todos olharam para eles, menos José que toma o suco e
mastiga a massa, precisava comer algo.
Ele estava mastigando quando ouve um soldado lhe gritar.
— Levanta as mãos rapaz.
Jose soltou a massa ao prato e olha para ele.
— Se vai atirar, melhor morrer os demais vendo o quanto
vocês são animais, pois duvido que quando pegaram minha família,
alguém pensava que o exercito era de covardes que matam
crianças.

53
José fala alto, alguns ao fundo olham ele, o militar olhava
impaciente, com os demais chegando e um senhor fala chegando
perto.
— Jurava que estaria longe criminoso. – General Paulos.
José pega o copo e vira o suco, olha para o senhor e fala.
— Posso ser criminoso, mesmo sem provas, mas não sou
covarde, que atira em crianças desarmadas, general de merda.
O senhor olha com raiva e José levanta-se sem erguer as
mãos, põem a mão no bolso e aciona a proteção que achara no
carro e fala.
— Esta cara feia deve ser dor de barriga, pois sei que somente
os covardes estão vivos general, e o que quer em Mader, pois na
hora de proteger o povo, estes que me apontam as armas, usaram
suas proteções pessoais e deixaram o povo morrer, agora vem se
fazer de homem?
Os demais viram que José não estava na defesa.
— Mata milhares e quer falar alto.
— Matei alguém, prove, vocês mataram minha família, sem
nem os dar direito de defesa, sem uma prova, sem um processo,
queriam entrar em guerra e alguém fez o trabalho sujo, mas se
estes idiotas ainda estão atirando em gente da nossa nação, desisto
de vocês de vez general.
Os soldados sabiam que se atirassem resvalaria na proteção
do rapaz e alguém morreria, o senhor no balcão se abaixa a moça se
protege e os demais começam se proteger, sabiam que estavam na
linha de resvalo das balas, e veem o rapaz avançar, ele dá dois
passos, dá um soco no primeiro, puxa a arma para ele, dá na testa
do segundo com a arma e encosta o cano na cabeça do general e
fala.
— Alguém ainda ouve neste exercito general?
O encostar na cabeça do senhor, sabia que a proteção
poderia até tentar desviar ou segurar o tiro, mas teria uma imensa
pancada a cabaça, as vezes isto chegava a matar por hemorragia
cerebral.
O general olhava assustado e falou.
— Baixem as armas.

54
— Bom rapaz, mas preciso de uma informação general, não
sou o inimigo ainda, embora esteja com um ódio de alguns, mas não
precisa estar entre os odiados.
— Com quem quer falar?
— Quero que observe general, temos gente infiltrada, e não é
gente normal, é gente como aquele senhor na ponta da mesa dos
fundos.
Todos olham o senhor e este pensa em sair e um rapaz o
barra a porta, e o general pergunta.
— O que tem aquele senhor, porque temos de por gente de
bem na lista a observar.
— Ouve-se general, alguma vez? – José sem olhar para o
senhor fala – Pois se ele tem identificação, garanto que a ocular deu
erro, e o Plauts é roubado, pois para ter flacidez muscular, pele
branca de anos sem sol, vistas caídas, corpo inchado, eu apostaria
que ele veio de nosso inimigo.
— E quem seria nosso inimigo. – O senhor do bar vendo que o
rapaz ao fundo barrou o rapaz, e o traziam para perto.
— Um conjunto de naves, imensas, chegando a nós, mas que
mandaram alguém para nos por em guerra antes de tomarem o
planeta para eles.
Os demais olharam o rapaz que fala.
— Não sabe o que está falando. – Todos ouvem a pronuncia
estranha das palavras e José fala olhando para o general.
— Podemos ter uma trégua enquanto vencemos os inimigos
comuns general.
— Pelo jeito é serio quando disseram que você é um traidor e
veio do espaço pois estava de acordo com eles.
— Tá mesmo querendo se fazer de idiota General ou é parte
deste plano idiota, que somente o povo perde.
— Não acredito em sua inocência.
O senhor do bar olha para os rapazes e fala.
— Desarmem os soldados pessoal, algo está acontecendo.
O general viu que não teria apoio, o senhor olha para José e
fala.

55
— Desculpa, não desconfiamos da inocência sua, nem
falaram que iriam matar sua família inteira, somente comunicaram
para que todos temessem lhes dar proteção.
O general olha o senhor e fala.
— O que sabe general Paulos, está muito agressivo para não
saber o que está acontecendo. – Ele olha para os rapazes e fala – O
senhor estava com dois rapazes – não os deixem ir longe. - Olha o
ser branco e pergunta – Tem certeza que não sabe de nada, quer
morrer sem falar?
— Não valem a bala senhor, são tão covardes como o pessoal,
eu em férias, nem desconfiei do acontecido, acho que no fundo, sou
culpado por ter me isolado.
— E sua namorada?
— Vou a resgatar em Mante, ela não tinha oxigênio, mas
tinham 3 grandes naves vindo, não sei o estrago que conseguimos
fazer, vai depender do quanto eles queriam nos matar.
José viu o pessoal sentar os militares e fala.
— Nos veículos do exercito, tem sistema de proteção e
isolamento, verifiquem quantos e distribuam, temos de ter
sobreviventes. – Ele chega ao senhor branco e fala naquela língua
antiga - De qual das três naves veio rapaz?
— Eu...
— Certo, alguém sabe de onde eles vinham?
— Vieram da capital, dizem que lá está perigoso.
— Vamos os levar para lá de novo. Eles devem ter alguma
forma de comunicação com os seres lá encima.
— Está falando serio em invasão? – O general – Eu nunca
acreditei em Glieseres, e o que estes humanos tem haver?
— Se fossem Glieseres não estava me preparando senhor, são
humanos, com armas nucleares, a muito as proibimos, e sabe como
eu, humanos não se preocupam em matar os demais para se
instalar com segurança em algum lugar.
— Mas todos estão falando em Glieseres. – Um soldado.
— Estamos falando de no mínimo 600 mil humanos, em
imensas naves, com armas nucleares, que saíram a muito da Terra,
estão chegando atrasados, e podem ter certeza, eles querem nossas

56
terras, eles não se preocupam em nos por em guerra para lhes
facilitar a vida.
O senhor branco a mesa olha intrigado e pergunta.
— Como sabe disto?
— Queria saber qual a abrangência da explosão que eles
dizem que vão fazer, devem ter lhes mandado se afastar de algum
ponto.
— Como você sabe? – O senhor.
José olha para o senhor do restaurante e fala.
— Eles vem devagar, eles querem que nos matemos, então
eles vieram para nos por em guerra, para chegar depois, mas não
sei quantos eles mandaram para verificar e se infiltrar.
— E porque queria saber a abrangência?
— Pois eu devolvi a bomba, se for grande, pode ser que os
comandos de proteção não consigam deter a explosão, se
acontecer, teríamos uma das 3 naves lançando os sistemas de
ejeção e proteção dos que não morreram, teremos uma chuva de
pessoas que nem sabem das guerras, estão pensando em chegar em
um novo mundo.
— E porque seria negocio os receber? – O general.
— As terras são boas, mas estes planetas são muito pobres
em ferro, eles vem com naves lotadas de equipamentos e coisas
feitas em ferro, seria uma nova revolução evolutiva, pois estamos
estáticos, felizes, mas segurando tudo para evoluir.
— Mas o que estaria chegando. – O proprietário.
— Um conto de fadas para mim, antes de ter visto de perto,
Glieser 1, parece que perderam uma das 4 naves no caminho, mas
estão chegando depois de uma viagem das mais difíceis existentes.
O senhor olha para o rapaz a porta e fala.
— Alerta todos, tenta falar com o seu tio Tomas.
— Vamos lá, pelo jeito o rapaz quer ir na direção deles
mesmo, mas ainda está estranha esta historia.
— Eles devem ter gente infiltrada nos dois grupos de ordem,
temos de os desmobilizar. – José.
— Porque diz isto. – O soldado.
José chega ao rosto estático do general, tinha algo errado, dá
a volta nele, segura o rosto pelas costas, força a pele e todos veem
57
ela se descolar, e um senhor com pele branca e sem dentes, ficar
visível a todos.
Os soldados se assustam e um rapaz fala.
— Complicado assim, mas o que faremos?
José não falou mais nada, apenas olha o senhor e fala.
— Vou para Mante – José olha o soldado e pergunta – o
general os queria onde?
— Na divisa sul do estado, por quê?
José vai ao carro, vê um rapaz chegar a ele e perguntar.
— Não quer ajuda.
— Aceito, mas ninguém no mesmo veiculo, todos aqui serão
culpados somente por estarem aqui.
O senhor olha alguns agrupamentos de militares chegando ao
fundo e fala.
— Hora de sair rapaz, vamos depois.
José olha para a estrada e acelera na mesma.
Um general chega ao local e olha para os rapazes e fala.
— Temos uma identificação de um criminoso ai.
— Entre general, vou ligar para meu tio.
O senhor olha que estavam com um militar preso, olha para a
mascara e olha para todos, o que estava acontecendo.
— Não entendi.
O proprietário explica o acontecido.

58
Um profissional em
Curanderismo, olha a moça e fala.
— Ela deve voltar a
consciência a qualquer momento,
mas ela está com todos os
músculos doloridos e frágeis, não
entendi de onde ela veio.
Um segundo Curandeiro olha para o senhor e fala.
— Segura o laudo, se ela for tirada de nós morre Claus.
— Quem é ela?
— Dizem ser a moça que planejou a morte no atentado a dois
anos.
— E porque a poupar então?
— Somos Curandeiros, não politica e nem policia, seremos
culpados pela morte, pois eles podem, nós não.
O rapaz olha a moça, não entendia, e pergunta.
— Mas como ela sofreu todas esta desaceleração?
— Não sabemos Claus, mas dizem que ela foi encontrada
dentro de uma capsula de metal em meio a uma plantação, todos
viram aquilo vir do espaço, mas ninguém sabe de onde.
— Espaço? Estão inventando novamente?
— Não sei, mas parece que o alerta foi dado, o exercito está
chegando ai, eles não a querem fugindo, parecem querer terminar
um serviço que não conseguiram antes.
— Mas ela parece estar reagindo bem Pedro, não sei oque ela
fazia antes ou fora do planeta, mas ela tem músculos fortes, ela
sofreu uma desaceleração muito forte, alguns órgãos estão
voltando a posição somente agora.
A moça abre os olhos, sente a dor, olha o local, sabia que
estaria encrencada, olha com dificuldades e pergunta.
— Onde estou?
— Hospital em Mante.
— Tenho de falar com alguém do exercito senhor.
— Eles a querem morta.
59
— Eles podem querer, mas precisam saber da verdade.
— Você vai confessar, eles lhe matam.
— Eles não sabem nada Curandeiro, eles se acham espertos e
estão matando tudo a volta.
O rapaz saiu, olha para o soldado chegando e fala.
— A moça disse querer falar com um general, não sei o que
ela quer falar.
O militar chega a entrada, olha para Domenicos, um dos
comandantes e fala.
— A moça acordou, ainda sedada, mas quer falar com um
comandante.
O senhor olha para outro chegar.
— Problemas?
— Não entendi, existe um alerta vindo de Mader.
— Qual?
— Glieser 1 chegando – o rapaz mostra a imagem do
comandante em Mader antes e depois de tirado a mascara.
— Não entendi.
— O alerta fala em Humanos chegando senhor, com 12 mil
ciclos de atraso.
O senhor estranha, olha em volta e fala.
— Mas o que temos haver com isto?
— Não entendemos senhor.
O general olha para a capsula que a moça estava, olha para os
comandos e fala.
— Coisa com comandos imensos, mas como sistemas em
materiais que não temos no planeta, isto que parecia não estar
certo.
— Não entendi.
— A explosão que matou as pessoas no evento olímpico, foi
de uma força que não temos nas nossas armas, mas como os
políticos pareciam querer a guerra, nem se deram ao trabalho de
nos passar os dados.
O senhor olha para o hospital e começa entrar, ele olha a
moça a cama e olha para o Curandeiro.
— O que temos senhor?

60
— Ela sofreu uma desaceleração imensa, deve ter
desacordado por isto, seu corpo está dolorido, mas com as
hemorragias contidas.
— Ela falou algo?
— Que precisava falar com alguém do exercito.
Ela se levanta com dificuldade e olha para o Curandeiro, olha
para suas roupas ao canto e fala.
— Alcança ao senhor o sistema que está preso a calça.
O Curandeiro olha para a roupa, pega aquilo que não sabia o
que era, alcançando ao senhor.
— O que é isto?
— Sistema binário, tirado do sistema deles, com as pessoas,
os prospectos e as táticas para nos por em guerra, eles estão em
naves imensas, lentas, mas tem sistemas de naves muito rápidas,
que podem nos atacar diretamente, com armas mortais.
— Eles? – O comandante.
— Humanos, flácidos, não vi muitos, mas em naves que foram
projetadas dentro de asteroides metálicos, eles tinham ai uma
gravação que induzia que nós nos mataríamos, e detonaríamos a
cidade de Sulacia como vingança, mas não sabemos a abrangência,
devolvemos a bomba.
— Acha que vou acreditar nisto?
Raquel sorri e olha para o senhor.
— Quer parecer ruim senhor, mataram crianças para se dizer
homens, me matar é apenas confirmar que eles vão vencer, pois
tem muita, mas muita gente mesmo, querendo o fim do povo de
Terra 1. Entre eles, vocês generais, que não olham os mortos,
apenas seus comandos.
Se o senhor achava que a moça recuaria, apenas olha ela tirar
o sistema que a prendia no aparelho a parede e fala.
— E se vai me matar general, nem precisava ter vindo,
mandasse os soldadinhos de Sul, fazer o trabalho.
Os curandeiros viram que a moça sentou-se, via-se a dor nos
olhos dela, mas não poderiam dizer que ela sabia recuar, ela estava
olhando firme o general que apenas a olha, sai pela porta e fala ao
soldado a porta.
— Mantenham a moça para dentro, a qualquer custo.
61
O curandeiro olha para ela e fala.
— Tem de repor o sistema.
— Para que, se vocês são burros o suficiente para acreditar
nesta historia, querem minha morte para se livrarem de mim
curandeiro, pelo menos morro sentido que estou viva, e não com
uma injeção letal por militares bonzinhos.
Os curandeiros saíram, o general saia pela porta e o soldado
olha para eles serio.
O general chega a entrada e um rapaz pergunta.
— O que temos aqui general.
— Consegue alguém para decodificar isto.
— O que é isto?
— Estou indo para o comando de guerra, mas segura as
informações, tem muita gente vindo para cá, precisamos entender o
problema.
O general olha para o veiculo ao fundo, se direciona a ele e
vai no sentido de Macro, cidade antes da capital, a entrada na base
de Macro, o fez olhar em volta, o veiculo para em um grande
elevador e começa a descer, mais de 100 metros a baixo o mesmo
anda por um corredor até um rapaz abrir a porta para ele, outros
olham em posição de sentido, e ele entra.
O general chega ao comando e pede uma reunião, ele olhava
no seu comunicador portátil e imagem que lhe passaram de Mader,
de um rapaz tirando a mascara de um comandante, ele olha para os
seres a volta e olha para o rapaz dos comandos.
Ele observava cada ser atento, olha para o rapaz e fala.
—Me confirma a posição do que vem a nós.
— Está contra o sol senhor, não conseguimos esta afirmação.
O general olha o rapaz que coloca os filtros e olha no sentido
de onde vieram as capsulas, olha para as imagens da tomada da
gruta, olha para os padrões e aciona o seu comunicador, era metal,
teriam como identificar onde estavam no planeta, Terra 2 tinha uma
superfície mais rica em minerais, mas Terra 1, era quase que
desprovida destes matérias, que foram aglutinados na criação
afundando no manto.
O satélite começa a dar a posição de mais de 600 naves de
material metálico de alta concentração, já no planeta, o general
62
olha para as posições e repara que 3 delas estavam na região de
Macro, então poderiam ter pessoas infiltradas, mas ele olha a
descrição e olha os comandantes que pediram para se afastar da
cidade, nos últimos dias.
— O que procura general?
— Ainda não conseguiu as imagens rapaz.
— Não entendi, talvez não acredite que vamos ser invadidos
por alienígenas.
O general estava ficando impaciente, sabia que eles tinham o
rastrear das naves, mas não o queriam mostrar, ele olha para os
políticos entrando e o primeiro ministro olha para ele.
— General, vamos parar de olhar para o espaço, precisamos
vencer a guerra antes de nos dedicar a este problema.
O general olha os políticos e fala.
— Gostaria disto por escrito, em decreto senhor.
— Somos a lei, tem de cumprir senhor.
— Não, vocês são os causadores, agora sumiram com os
dados, para continuar a guerrear, mas a pergunta, qual de vocês vai
pegar em armas, pois estamos precisando de soldados em campo,
estamos parando para alistar mais pessoas, não para recuar.
— Somos a lei, não vamos a campo.
— Pelo que soube senhor, estão vivos pois quem chamam de
casal traidor, salvou a capital, então estou tentando entender o que
eles querem.
— Se os achou tem de os matar. – Um rapaz ao fundo.
— Não, quem o vai fazer são vocês, e quem assinou a morte
da criança da família, vai também a júri, odeio ser chamado de
covarde, e não ter como me defender Delegado Slav, pois vocês
determinaram as mortes, mas quem passa por covarde somos nós,
que a cumprimos.
— Mas era da família dos culpados.
— Estou descobrindo porque os querem mortos, mas
estamos chamando todos os Sulistas entre 20 e 62 anos, para se
apresentarem ao exercito, estamos em guerra, e a posição social e
politica não vai ser desculpa para não se alistar.
Os senhores se olham, não queriam aquilo, o general sabia
que iriam mudar a lei, mas ele parecia esperar algo.
63
Um rapaz chega ao comando e fala.
— Quem tinha este esquema?
O general não respondeu, olha o rapaz por todo o esquema
de ação, tinha um fato que não tinha acontecido, mas tinha a
descrição de 12 sequencias de fatos, ele olha para o politico ao
fundo, olha para seus braços e fala.
— Delegado Frasn está detido para averiguação.
Os políticos se olham assustados, os demais delegados olham
para o general assustados e veem os soldados o prender, ele chega
ao rapaz e verifica a junção da mascara e a puxa para fora, todos
olham aquele ser branco olhando assustado, e o primeiro ministro
parece se perder.
— Quem é este, onde está o Delegado Frasn.
— Este é o delegado Frasn, ele foi eleito a 3 anos senhor,
talvez os causadores que o senhor insiste em não admitir, existem e
estão entre nós.
O general passa uma determinação para que mais de 100
dirigentes do exercito comparecessem a base, eles mudariam as
ordens, teriam de se reorganizar.
O rapaz ao comando, vendo o rapaz branco, põem as imagens
da nave e fala.
— Não sei o que aconteceu senhor, mas temos estas imagens
do inicio do dia.
O general olha a imagem e o sistema de proteção de uma das
naves ficar bem visível, a explosão ficou mais visível que o sol,
parecendo que tinham por alguns segundos, um terceiro sol ao céu,
e depois de um intervalo se viu milhares de capsulas se lançando ao
espaço.
O primeiro ministro olha para o general e pergunta.
— O que fez, atacou ele?
— Segundo Raquel Marques, devolveram a eles uma bomba
que nos tiraria daqui.
— Esta ouvindo traidores.
— Estou vendo que dentro do seu conselho Primeiro
Ministro, havia pessoas infiltradas dos inimigos, quer mesmo
manter esta versão da historia, lhe afastamos por incompetência
primeiro ministro.
64
— Mas eu não sabia.
— Mas continua no mesmo discurso, temos de evoluir e
entender, mas preciso de curandeiros para os que estão chegando,
e sei que vai pedir a morte deles, mas agora, vou pedir tudo por
escrito e duvidar das ordens senhor, pois se – ele aponta o senhor
branco a cadeira – isto que está dando as ordens e ideias, preciso
pensar se suas ordens são racionais ou induzidas por estes seres.
O general chega ao prospecto e passa para as 4 nações
principais que estavam em guerra aquele prospecto com a
pergunta.
“Isto está no sistema dos que vem a nós a 5 anos, quem de
vocês sabia disto?”
O general liga para o grupo de pessoas na cidade, e para o
sistema medico do exercito, olha para os comandantes que se
afastaram e pareciam continuar afastados e fala.
— Eles vão mandar mais bombas.
— Precisamos de informação general, não sei quem lhe
forneceu o esquema, mas nos permite isolar grupos de destruição,
identificar ataques que pareciam ser da nação ao lado, e pelo
ângulo, veio do espaço.
O general olha o rapaz que duvidava a minutos e este fala.
— Tem de entender que nem todos da cúpula do exercito vai
concordar general, eles querem a guerra.
— Sei disto, mas se com as provas de que fomos
manipulados, eles continuarem, eu me afasto, e vocês que se
matem, pois tem de ser retardado, para não entender.
O rapaz põem as imagens e fala.
— Como saber se não são misseis.
— Se for misseis, o planeta vai ser abalroado por eles e
destruído, mas temos mais de 24 horas para eles chegarem ao chão,
não vem na velocidade que sabemos que eles podem atingir.
O general passa uma ordem ao hospital e Raquel olha para os
militares entrando no local, ela foi protestar, eles aplicaram algo em
sua veia, a prenderam a cama e a tiraram dali.
Os curandeiros olham que levariam a moça, sabiam que se
por um lado o peso diminuiria, o conjunto de pressão aumentaria
para o silencio.
65
Raquel olha em volta sentindo os músculos relaxarem, viu
conduzirem ela naquela maca a uma espécie de carro militar ao
fundo, ela olha para os comandos e para curandeiros do exercito,
não mais pessoas civis.
O general Domenicos dá o alerta de evacuação da região da
montanha TT, os rádios começam a dar sinal de evacuação, sem dar
os motivos, os caminhões do exercito começam a parar nas vilas e
cidades da região evacuando tudo, de gente a animais, não sabiam
o que iria acontecer, mas era o ataque que o sistema do sistema
apontava para pós Sulacia, se tinham como tentar defender eles o
fariam.
José olha para os rapazes ouvindo o radio e para o veiculo.
— O que está acontecendo, alguém sabe?
— Dizem estar evacuando, algo vai cair sobre a região, não
sabemos onde exatamente, mas eles estão esvaziando uma área
imensa.
José olha para os veículos saindo da região, olha para os
veículos do exercito tirando gente, algo estava mudando, pois ele
passara em regiões onde o povo foi deixado para morrer, olha as
montanhas e olha para o rapaz no veiculo ao lado.
Jose sai do carro e fala.
— Você tem um tio no Exercito?
— Sim.
— Confirma a abrangência do problema, pois estamos
começando a entrar em um campo que não conhecemos.
— Não entendi.
— A pergunta que tento responder a mais de mês, quem
financiou nossa viagem, mesmo em meio a um planeta desandando,
éramos financiados, até chegarmos ali nas montanhas.
— Não entendi.
— Avisa que eles podem tentar o alvo anterior também, eles
tem de evacuar Sulacia. Aqui seria após lá, para represália. Descobre
para quando é o ataque.
O rapaz olha em volta, pensa e pega o radio e disca para o
tio.
— General Domenicos?
— Fala Tomas.
66
— Eu evacuava Sulacia também, o máximo que pudesse.
Domenicos olha para o comando, olha para o segundo no
comando e escreve no sistema, evacuar Sulacia, o rapaz olha
assustado e começa a dar os comandos, os caminhões que se
dirigiam para lá com os evacuados passam pela cidade, se afastando
dela.
— Qual a logica sobrinho?
— O ataque a TT seria uma represália ao ataque a Sulacia,
mas ele não aconteceu, todos viram que eles se deixaram ver em
TT, para que soubéssemos onde atacar.
— Sabe que é impossível evacuar tudo.
— Sei tio, mas eu fechava as entradas, algo pesado vai chegar
sobre nós, mas precisamos saber para quando eles tinham marcado
o ataque tio.
— Eles marcam em um tempo que e aproximado, temos não
mais de 6 horas.
— Certo, vamos tentar ser rápido, por ultimo, sabe onde está
a moça que caiu tio?
— Porque quer saber tio?
— Para desviar alguém de Mante.
— Esta em Macro, nas enfermarias, lá ele não chega fácil.
— Cuida dela tio, eles são pessoas que não estavam nesta
guerra burra, eles tem poder de pensar pois eles não viram as
acusações bobas.
— Se cuida, sabe a encrenca que está se metendo.
— Sei, vi o rapaz tirar a mascara de um comandante do
exercito, que se escondia nas fronteiras do que deveria ser o ataque
a Sulacia.
O General olha para o sinal do sobrinho, ele ia no sentido de
Mante, mas vê o sinal começar a mudar, pegar a estrada para TT.
Estava olhando quando vê os militares chegarem ali
apontando as armas e viu o General Brito entrar.
— Você está de que lado Domenicos, soube que está
ocultando dados.
— Estudando eles, mas o que faz aqui Brito?

67
— Me apontaram que havia detido os políticos a nível
nacional, eu preciso do apoio deles, para confirmar o afastar de 6
prefeitos que pareciam querer a guerra a qualquer custo.
— Brito, entre os Delegados Políticos, tínhamos um ser – o
general coloca a imagem ao fundo em uma holografia
tridimensional – que não parece com um Sulista.
Brito olha a imagem e pergunta.
— E o que olha para estes dados, está evacuando metade da
nação.
— Se soubesse o que estava acontecendo, mas o ataque que
o grupo deles tem para dentro de horas, é sobre as montanhas TT,
mas me alertaram que este ataque, deveria vir sobre nós depois do
ataque sobre Sulácia.
— Ataque de que nível?
— Nuclear, vindo direto a nós, estamos tentando identificar a
nave que viria, não sei se eles não vão usar este monte de destroços
e pessoas lançadas sobre nós para nos atacar senhor.
Brito olha a imagem e pergunta.
— Não eram 3?
— Digamos que eles queriam jogar sobre o casal a culpa do
sumir de Sulacia do ar, temos a gravação falha e sem qualidade,
sendo transmitida para anunciar a destruição, mas os dois
desviaram a nave e esta deu uma volta de 360 graus e atingiu o
ponto de saída.
— Está dizendo que os que acusamos de nos por em guerra,
destruíram uma das naves, mas então eles podem revidar.
— Sim, mas dai todos se unem e os tiramos do ar,
— E acham que as duas áreas são alvo.
— Meu sobrinho está indo para as montanhas TT, não sei o
que eles vão fazer lá, mas algo está acontecendo Brito, precisamos
proteger os demais, estou abrindo os tuneis de proteção ao fundo,
vamos trazer as pessoas para dentro, não podemos deixar elas
morrerem lá fora.
Brito entendeu que cada parte estava correndo por um lado,
não sabia onde acabariam, mas era obvio, estavam em meio a uma
guerra com muitos mortos.

68
Na Nave um de Glieser 1,
dois comandantes se reúnem.
— O que aconteceu
Comandante Dalio?
— A medida 36 do
prospecto de guerra, não foi bem
sucedida, e de alguma forma, não
entendi ainda como, o casal financiado conseguiu mudar a rota de
nossa nave, que no lugar de explodir na parte da capital deles,
explodiu na proteção da Nave 2, as explosões sobre o campo,
geraram uma linha de impacto que gerou outras explosões, e a nave
começou a vibrar, ela se desfez pois sua vibração destruiu tudo que
tinha dentro, as pessoas foram as capsulas de exclusão, mas sem
comando, metade não vai chegar a lugar nenhum, vai congelar ao
espaço.
— Como erramos assim comandante Dalio?
— Seguimos as instruções, mas temos de determinar se
fazermos a nova ação, ou o que fazemos?
— Não temos alternativa Comandante, temos de ter um lugar
para ficar.
— Então se mantiver o prospecto acredita que estamos nos
planos anteriores ainda.
— Sim, nem sabemos se os demais perceberam o problema,
parece que parte do nosso pessoal, parou de transmitir, mas devem
estar saindo das regiões que deveriam ser atacadas.
— Mantem os prospectos, nem sabemos a historia destes
humanos, quando saímos da Terra, estas terras foram a nós
designadas, não vamos dividir com estes.
O comandante começa a por as coordenadas, para a segunda
ação.

69
José chega a entrada baixa
da montanha, sai do veiculo, ao
fundo outros 4 carros param e ele
fala.
— Agora tem de estar com
a mente aberta pessoal.
— Você não é inocente
como alguns pensam.
— Quando se tem um segredo, as vezes achamos que as
causas são uma, mas – José chega a parede, a toca, parecia uma
rocha, começa a abri – vamos entrar e verificar se temos como
ajudar.
José olha o elevador ao fundo, olha para as imagens e fala.
— Sabe quem é este comandante Brito?
Tomas olha para José e pergunta.
— Porque quer saber?
— Parte do exercito está dentro da casa, preciso falar com
ele, não quero ter de brigar com quem não preciso.
Tomas disca para o tio e este atende.
— Fala sobrinho?
— Estamos entrando na montanha, mas tem exercito, general
Brito, teria como falar com ele tio?
— O que fazem ai?
— Teria tio?
Domenicos olha para Brito e fala.
— Meu sobrinho quer falar com você – Tomas olha para o
comunicador e ouve – Quem gostaria de falar comigo?
— Um momento. – Tomas alcança o comunicador para Jose
que atende – Senhor Brito?
— Sim.
— Vai deixar os rapazes morreram na montanha general?
— Quem fala?
— José Camacho, mas preciso de ajuda general, para dar um
fim nesta guerra idiota.
70
— O que quer?
— Estamos subindo para a sala, espero não ser recebido a
bala, precisamos entender para onde o ataque vai vir, pois se eles
desviarem vendo nossa movimentação podem terminar de fazer o
trabalho.
Brito pensou e falou.
— Acha que pode ser o plano deles?
— Senhor, o que vai ser revelado nas montanhas TT, não era
para vir a conhecimento dos demais, pois não é algo para a guerra,
é algo para manter a paz.
— Não entendi.
— Estou chegando lá, assim que chegar ao comando, se me
permitirem, coloco na frequência da base subterrânea e teremos os
dados.
Brito pega o outro comunicador e disca para o líder de
comunicação.
— Victor, está chegando alguém ai, não os matem ainda.
José ouviu e desligou o comunicador, viu a porta abrir e um
rapaz lhe apontar a arma, ele não levou para o pessoal e falou.
— Podemos ajudar ou morrer juntos, você que escolhe.
José não ouvira o fim da conversa, mas viu um rapaz no
comando e chega a ele, o rapaz foi falar algo, mas conhecia aquela
feição, estava em todos os sistemas de segurança internos.
José aperta o botão a frente, algo que estava totalmente
oculto, mesma cor da base e o rapaz olha em volta, várias telas
holográficas começam a baixar, ele olha os dados e olha para os
satélites, inverte os sistemas e começa a tirar os dados do planeta,
mudando eles, olha para os satélites se voltarem as naves, e
começam a dar dados.
Pelo calor as naves tinham mais de dois milhões de seres,
explodiram uma, eram mais de 3 milhões, olham os dados de uma
nave vindo em velocidade acelerada, travada, sem ninguém dentro,
olha para o sentido, Sulacia, olha para o sistema e aperta um e olha
para a imagem dos dois generais surgirem na tela.
— Sei que não confiam, mas a nave vai a Sulacia, tem uma
segunda sendo preparada, eles vão dar tempo e revidar a ação,
pelos índices internos, eles tem mais armas nucleares do que nós
71
temos de pessoas em Sulacia, então eles teriam uma para cada
habitante ainda vivo de nossa nação, a pergunta Generais, vamos
enfrentar ou fazer de conta que eles não existem, estamos
perdendo a guerra para a politica.
Os dois generais olhavam as imagens ao fundo, sabiam que
agora o rapaz estava na base em TT, e Brito fala.
— Como confiar senhor Jose Camacho.
— Sei que é difícil, me acusam de ter matado mais gente do
que lembro ter visto na vida, mas precisamos de uma trégua, e
senhor, tudo que ver hoje, não é para alguém fora do exercito ver.
Os dois generais se olham, Domenicos sabia que algo estava
errado, o rapaz não fugira, não fora no sentido deles, mas queria
algo.
— Não entendi a afirmação. – Domenicos.
José olha para o militar e fala.
— Se vai atirar, atira de vez, se não, baixa a arma e ajuda,
temos de salvar Sulacia, o que sobrou dela.
Tomas olha para José e pergunta.
— Mas como?
José olha para Tomas e fala:
— Acha que foram os primeiros humanos a chegar nestas
terras Tomas?
— Não entendi.
José olha para o fundo, olha para as estatuas, elas são
acionadas e os mesmos veem a pequena casca a volta, o que era
uma estatua de pedra, virou algo metálico, imenso, com garras, mas
o sistema ativa o mesmo e este abre os olhos.
Os soldados deram um passo atrás, José sorriu e fala.
— Sei que interceptação é complicado, mas estou fixando o
rumo e a direção.
O teto sobre a cabeça do imenso ser de metal se abre, ele
estica as garras e todos veem ele chegar a uma das pontas, ele
começa a escalar e chega a uma sala acima, entra em uma estrutura
que lhe abraçava e esta dispara ao espaço, o general na base de
controle em Crome olha para o objeto via radar e fala.
— O que é isto general?
— Pelo jeito existe um segredo nisto, nem entendi ainda.
72
Tomas olha os demais autômatos e olha desconfiado.
— O que é você?
— Diria que a ultima linha de espaço-nautas que saiu da
Terra, foram os meus, que chegaram aqui 500 anos antes das
grandes Colonizadoras, mas o que veem como Glieseres, são apenas
autômatos de serviço.
— Quer que acredite nisto, é maluco.
José aciona o sistema de eletromagnetismo e a montanha
começa a estremecer, a montanha some, e uma nave sai do chão,
os demais que olhavam ao longe, começam a olhar descrentes, o
que estava acontecendo, o sistema de câmeras começa a filmar o
chão se afastando, se via a estrutura abaixo da rocha, esta parece
mudar de brilho, o que era um topo de montanha, começa a subir
rapidamente, e os demais viram que estavam saindo do planeta,
Tomas olha o planeta e olha para o sistema de controle.
José olha o autômato a frente da nave e olha para a nave
inimiga, o autômato determina um rumo direto, o choque frontal
dos dois, fez a nave se desfazer, chega a região e começa a fazer os
cálculos de rumo do que sobrou, vendo que a nave ainda ia no
sentido do planeta, aciona o segundo autômato, ele sai pela
estrutura lateral, todos veem ele encostar na nave e a começar a
empurrar no sentido oposto, não precisavam muito, apenas desviar
a rota.
Na base em Macro, o general Domenicos olha as imagens e
pergunta para Brito.
— O que eles estão fazendo?
— Não sei Domenicos, mas aquilo é uma nave, não sei que
nave é, mas a forma de dois T da montanha, agora é apenas dois T
na estrutura, mas não entendi ainda.
— E decolam como se soubessem o que fariam, talvez isto
que os seres foram proibir, ou tentar deter no local.
José na nave olha para um militar e fala.
— Verifica os dados na ponta externa de lá, me diz a leitura.
— Não entendo os símbolos.
— Descreve.
O rapaz olha aquele circulo brilhoso, e fala.

73
— Parece uma tela de radar, mas tem 12 objetos grandes,
vindo, e muitos pequenos.
— Clica sobre um grande e me diz o que surge.
O rapaz o faz e fala.
— 2ms, V23000
— Acelerando ainda, e os pequenos?
O rapaz toca e fala.
— 0,005ms, V2500.
José olha para os restos da nave e olha para os comandos,
algo estava transmitindo, olha para Tomas e pergunta.
— Aprendeu algo de Língua Terrestre básica?
— Básica.
José faz sinal para ele sentar e põem a imagem sobre ele, e
aciona o comando.
— Eles vão fazer perguntas, tenta entender.
— O que respondo?
— Estarei os monitorando, lhe passo a tela a frente.
Tomas olha para a tela e um senhor olha para o rapaz e
pergunta.
— Quem nos ataca? – O senhor em seu uniforme.
Tomas lê e fala, com dificuldade aquela língua.
— Não atacamos ninguém, mas que nação ainda fala
Terráqueo.
— Estamos chegando a região, vindos da Terra, fomos
atacados por algo, estamos pedindo ajuda planetária para socorrer
os pequenos objetos que ejetaram de uma das naves.
— Esta falando serio, a anos ninguém vem da Terra.
— Estamos aguardando alguém falar conosco, precisamos de
ajuda.
— Ajudaremos senhor, mas tenho de lhe alertar que toda
nave que contiver armas nucleares, ou armas consideradas ilegais
no Sol de Glieser, serão tiradas do ar.
— Conseguiria nos por em comunicação?
— Com quem falo?
— Comandante Geral de Glieser 1.
José desliga a tela para a nave e aciona a para o comando e
olha para o general com outo ao lado.
74
— Vão tentar algo, agora estão tentando se fazer de atingidos
senhor, mas acho que está na hora de comunicar todos os demais
quem são e o que fizeram. – Jose.
— Não confio em você rapaz, pode estar querendo se safar,
não me parecem inimigos.
José olha para o senhor sem falar, e Brito ao lado fala.
— Não vamos decretar guerra a alguém que nem sabemos o
que querem.
José aciona o comando e olha para Tomas, o sistema ainda
estava ativo.
— Quando chegarmos de volta, vai para o mais distante das
cidades, eles ainda acham que entendem de guerra, se matam por
prazer, os deixo lá e sumo, não os quero complicar.
O general olha para a imagem fechar, olha para o rapaz do
comando e pergunta.
— O que acha, porque deveria o ouvir?
— Eles não transmitiram para baixo senhor, eles transmitiram
para a nave, eles não estão tentando falar com nós, todos olhariam
para eles.
— E este José, o que está fazendo?
— A nave deles está voltando, não sei o que ele vai fazer, mas
ele foi lá detonar uma das investidas, mas se tem uma segunda,
teríamos de adivinhar de onde viria.
O general Domenicos olha para Brito e pergunta.
— Quem sabia desta nave, nas montanhas TT?
— Ninguém, quando vi a nave destes seres lá, pensei que eles
foram lá pegar o casal, mas pode ser que foram lá verificar os
sistemas, pois aquilo dá todas as posições dos nossos.
— Como?
— Teremos de verificar depois, mas sabemos que uma das
investidas não virá, temos de ver qual o conjunto de ataques, se
eles atacarem com tudo que vemos, eles não estão querendo as
terras, estão querendo nos destruir.
— E o que podemos fazer?
— Posso estar errado Domenicos, mas ele vem na nossa
direção.
— A moça, é o que acha?
75
— Sim, é o que acho.
José chega a região de TT, a nave volta ao seu lugar, os
demais veem a mesma encostar na base que sobrou da montanha
baixa, uma holografia surge com a montanha, José não ficou nem
para explicar, ele desliga os comandos e entra na peça ao lado, ele
aciona um dos imensos autômatos, chega a parede e pega uma
veste, os demais veem ela se ampliar, como se inchasse, e veem
aquela roupa se tornar em um imenso avatar, ele começa a andar,
chega a janela estourada e pula ao ar, aos pés um sistema de
ignição o coloca no ar, e 6 autômatos o acompanharam.
Tomas olha o rapaz do comando e fala.
— Consegue nos ligar ao comando?
— O que é este rapaz?
— Não sei, mas posso estar errado, mas ele vai a base em
Macro.
O rapaz olha os comandos e passa a mensagem para Macro,
estavam em Terra, mas o rapaz saiu da montanha com 6 autômatos,
acreditavam estar indo a Macro.
O general Domenicos olha para o auxiliar e fala.
— Onde está a moça?
— Na enfermaria baixa.
Brito viu que o senhor não apenas prendeu os políticos, ele
tinha detido as ameaças e não estava anunciando nada, então
seguiu Domenicos, queria saber o que ele faria.
Domenicos olha para o corredor baixo e um curandeiro chega
a ele.
— Esta acordada senhor.
— Estado de saúde?
— É alguém forte senhor, muitos aqui teriam morrido se
sofressem a desaceleração que ela sofreu.
Domenicos entra e olha a moça a cama, estava a olhar para a
porta, o entrar do general fez ela se ajeitar e o encarar.
— O que fazemos com os dois aventureiros famosos e que
parece que não nos contam toda a verdade.
— Verdade depende de cultura, vontade, e autonomia
senhor, não existe verdades parar soldados, somente para
comandantes.
76
— Quem realmente são vocês, não me venha com esta
desculpa de estavam passeando, seu amado acaba de decolar com
uma nave nas montanhas TT, alguns apostam que ele vem tentar
lhe resgatar.
— Acho que estamos falando de outro José.
— Sabe que podemos oferecer perdão, mas precisamos
saber, o que os dois fizeram?
— Senhor, estamos sobre ataque, vi uma nave cheia de
bombas e apenas devolvi a bomba, mas após ter feito isto, não sei
de nada, pois estou ainda me recuperando, não adivinho o que seria
uma cooperação, ninguém conversou, fomos condenados, mesmo
todos que nos tenham ouvido, tenham nos olhado como inocentes.
— Mas como foram parar no espaço?
— José queria me mostrar algo, mas para chegarmos as
montanhas, caminhamos muito, respiramos armas químicas,
recebemos estilhaços de bombas manuais, estávamos descansando,
quando o local que José me mostraria foi invadido, mas vi muito
pouco que possa ajudar, mas o sistema deles, fala em nos destruir
para colonizar, eles nem se preocupam se vão ou não precisar de
todas as Terras, eles as querem, mas porque está conversando.
— Estranho não saber que José tinha uma nave naquele
lugar.
— Ele falou que me mostraria o local depois, estranhei os
comandos, demorei para entender o que ele me escondia, foram
meses ele tentando me mostrar o planeta, sem entrar nos detalhes
de que os Camacho, são os detentores das Terras de Cultivo das
divisas Sul de Sulacia atravessando as montanhas TT até o mar, e
são os detentores dos direitos dos Plauts, se vocês os mataram
como mosca, sinal que ninguém estava ouvindo ninguém, ele veio a
um refugio, mas não teve tempo de me falar, ele estava ainda se
recuperando quando fomos tirados a força do local.
Brito olha para a moça e fala.
— Mas falaram que ele ativou autômatos, que estavam
disfarçados de Glieseres e vem lhe resgatar.
— Maluco, José sempre foi pelo impulso, mas ele não sabe
manter uma logica longa, ele ajuda, mas se mandarem ele sair de
campo, ele sai, ele não se prende a mesquinharias.
77
— Mas não sabia dos Autômatos?
Raquel sabia que alguém estava ao corredor a ouvir, não
havia olhado ainda, mas sabia que tinha algo errado, estava
tentando lembrar das coisas e pergunta.
— Não sei quem inventou a lenda dos Glieseres, mas José
parecia querer falar daquilo, mas somente quando soube da morte
dos pais, quando estávamos presos em Sulacia, ele resolveu fugir e
ir as montanhas TT, mas general, é questão de peças a mesa, vocês
não observam nada mais, vocês seguem políticos as cegas, eles os
colocaram em guerra, por terras que não precisam.
— Porque acha que é questão de observação? – Brito.
— José virou-se para mim estes dias fugindo, e me perguntou
varias vezes, “Quem continuou nos financiando para nos deixar fora
do problema?”, talvez não saibam, mas passamos em mais de 20
países desde que saímos daqui, fomos bem recebidos, nossas metas
eram passadas por uma pesquisa de onde os seguidores queriam
que fossemos, mas algo está errado mesmo assim.
— Algo errado? – Brito.
Raquel olha para a porta, precisava saber se era verdade, ela
olha aqueles olhos, conhecia os olhos, os de José, a senhora se
vestia de enfermeira, então ele não viria para lá, eles a tirariam dali.
— Ele vai parar a guerra? – Raquel olhando a senhora.
Os generais olham para a senhora, não conheciam todos os
enfermeiros, mas o olhar firme de Raquel a fez falar.
— Ele está preocupado com você Raquel.
— O que não entendi?
— Que sua família está segura. – A moça.
Raquel olha para o general, ela evitara perguntar, mas ficou
obvio que algo acontecera.
— E porque eles não estariam?
— Mesma condenação a duas famílias, a Camacho e a
Marques, morte a todos.
— Covardes. – Fala Raquel que olha para o senhor – E pensar
que nos arriscamos para salvar estes covardes.
Os generais se olham, olham para a porta, a senhora não
estava mais ali, Brito sai pelo corredor e olha para os dois lados,
nada e olha para o general e pergunta.
78
— Quem era a enfermeira.
Raquel sorri e fala olhando o piso, as paredes, tudo em volta.
— Holografia de interação, só não sei por onde.
Os generais olham para a moça e Brito pergunta.
— Sabia?
— Obvio, não acredito que Marta Camacho estaria a porta da
enfermaria, por dois motivos, uma que dizem que ela morreu,
segundo, mesmo que não tivesse morrido, não acredito que a mãe
de Jose estivesse em uma base oculta.
Brito olha para o general e pergunta.
— O que está acontecendo?
— Alguém deixou um dispositivo internamente para avisar a
moça que os pais dela estão vivos, mas para mim Brito, todos
estavam mortos, se eles estão vivos, como posso acreditar que os
Camacho estão mortos?
— Acha que eles se defenderam?
— A pergunta é como? Mas pelo menos o peso deste erro
não estaria nas costas do exercito.
Um alarme tocou e o general olha para um rapaz entrar e
falar.
— Vamos ser atacados senhor.
— Uma nave?
— Sim, como o rapaz falou, era apenas blefe dos de Glieser 1.
Raquel não sabia onde estava, mas era obvio, eles não saíram
correndo, mas com certeza, na mente de Raquel veio a certeza, José
era um Glieser, ela sorri, para ela isto sempre teve outro sentido,
Jose a contaria somente agora, mas pelo jeito, ainda teriam de
sentar a olhar o mar e discutir isto.
O sorriso de Raquel fez os generais a olharem.
— O que tem de graça?
— Acha mesmo senhores, que sei tudo, estou aprendendo,
mas se tiver entendido direito, não haverá explosão.
— Por quê? – Brito.
— Porque enquanto vocês se matavam, os Glieseres não se
meteriam, mas destruição do planeta, eles vão interferir.
— Não acredito em conto de fadas.
Raquel sorri e fala.
79
— Em conto de fadas também não acredito. – Raquel olha
para a porta, outros rapazes pareciam correr pelo corredor,
— Acha que sai daqui, não sabe onde está?
— Nas terras dos Glieseres, mas sei que não entenderam, não
pensei que era isto que José queria me falar quando fomos a base
em TT, certo que para mim, a base ali era lenda também.
— Base ali, esta falando da Nave?
Raquel estava sentada a cama e olha os dois.
— Pararam a guerra pelo menos?
— Sim, mas o que acha que está acontecendo.
— Conseguem uma roupa para mim?
O general olha pelo corredor e chamou uma enfermeira e
olhou para Raquel.
— Acha que tem uma solução?
— Senhor, ainda não sei de nada, mas está na hora de parar a
guerra, e parar estes humanos.
Uma moça chega com uma roupa, Raquel se veste sem nem
se preocupar se tinha mais gente ali.
— Tem alguma forma de entrar em contato com estes seres?
Os generais olham para a moça, ela estava dolorida, tentando
se fazer de forte, mas caminha pelo corredor, entra na estrutura de
comando e o rapaz fala.
— Não entendi senhor, algo deteve a nave, a jogando ao
espaço, mas o comando em TT diz que haviam 12 destas vindo em
nossa direção.
Raquel olha o general que pergunta.
— O que precisa.
— Consegue por na frequência destes de Glieser 1?
O rapaz olha o general que fala.
— Faz, vamos começar a por eles para correr rapaz.
Raquel olha para os dados, olha para a comunicação e olha o
senhor surgir na tela.
— Boa Tarde Comandante da Glieser 1, porque nos atacam,
se não pararem, os 11 ataques ainda em vinda rápida, os
derrubaremos e na sequencia, os tiraremos do ar, não somos
bonzinhos com quem já tem mais mortos dos nossos nas costas que
toda a historia até hoje.
80
— Não estamos os atacando, estamos com problemas.
— Senhor, eu ouvi vocês falando, eu vi o vídeo que atribuiria
a mim a destruição de Sulacia, não se façam do que não são, mas
ainda podemos conversar, mas se não os pararem agora, esquece,
será uma pena vocês terem demorado 12 mil anos para chegar aqui
e serem destruídos por não quererem conversar.
Raquel olha os sistemas, ela olhava o senhor e sentia os
comandos, olha os pontos e coloca as imagens do senhor em 6
conversas se abrindo, olha os sistemas e o rapaz olha o general que
apenas manda manter a calma.
— Sabemos que não tem como nos perdoar moça, nós
escolhemos o caminho, não entenderam que podemos esperar nas
nações ao sul a recuperação das suas terras.
— Tudo por terras que temos como dividir?
— Não acreditamos na bondade humana, se estamos nos
aproximando lentamente a 6 anos, é para lhes dar tempo de se
matarem, sabemos que até você e seu namorado fugirem tudo
estava caminhando como nós queríamos.
Raquel sorriu e abre a ultima tela, todos viram que José
estava nela, mas ainda estava na encenação.
— Vou lhe dar uma chance de recuar, referente as Terras dos
Glieseres, vocês não são bons em correr para se situar em terras de
guerreiros, mas se os dois lados vão perder, vamos agora com pelo
menos as 6 nações sabem quem são seus verdadeiros inimigos.
O general Brito viu que a moça transmitiu para todos,
provocou, ofereceu uma saída, mas eles queriam a guerra.
— Acha que temos medo de nações em pedaços?
Raquel olha para José e fala.
— Tínhamos de ter conversado mais. – Ela pisca para José
que fala.
— Soube a pouco que eles ainda estão vivos, mas o que
fazemos?
— Levanta as mais naves Glieseres e manda para cima deles,
derrubamos os 11 iniciais ou atiramos sobre eles os mesmos. –
Raquel estava blefando, não tinha ideia se existiram mais naves.
— Sabia disto? Pensei em lhe contar.

81
— Vi que estava segurando-se, pensando que todos tinham
morrido, que tudo era passado, demorei para entender, você achou
que tinha perdido tudo, que não tinha mais como reagir, você foi
verificar mesmo assim, mas primeiro detona eles.
José dá um comando e Raquel recebe as informações e joga
na tela ao fundo, em mais de 120 pontos no planeta, naves saem do
chão, a maioria do continente ao sul, onde para muitos só existia
reservas ambientais.
Os demais países começam a ver que as naves que vinham
era imensas, e Raquel olha para o general e fala.
— As capsulas, são de seres que provavelmente não estão
acostumados com gravidade, devem ser os servos ou sobreviventes,
aqueles que não tem função no espaço, mas que se esforçam para
chegar a algum lugar. Recomendava mandar Curandeiros, eles vão
precisar.
— São o inimigo. – Brito.
— Se for considerar assim, teria de os considerar inimigos,
são apenas as mãos de quem comanda e ordena, e vamos precisar
de gente, perdemos muitos nas guerras.
Os generais olham para os sistemas dando as decolagens, e o
rapaz ao comando olha para o general.
— Eles estão abalroando as naves pequenas que vinham, não
sei quem são, mas decolaram de todas as nações Equatoriais, mais
de 30 do hemisfério norte, e mais de 50 do continente Glieseres.
Brito olha para Raquel e pergunta.
— O que está acontecendo.
— Como disse, vocês se matarem, os Glieseres não se
meteriam, mas quando se fala em bombas nucleares, é
contaminação de solo com alta quantidade de radioatividade, é
matar o continente Equatorial, eles iriam se mexer.
— Mas como são estes seres, todos falam em seres imensos.
— Lenda, digamos que uma das famílias que acabo de
descobrir que é de Glieseres é a Camacho.
Raquel sorriu, eles não entenderam nada, mas ela estava
dizendo que eles estavam naquele planeta quando eles chegaram,
mas no lugar de os enfrentar, eles os deixaram descer, se instalar,
se misturaram a eles, os últimos a sair, os primeiros a chegarem,
82
mas como era um grupo pequeno, eles se instalaram na parte sul,
quando os demais se instalaram no Equador, alguns criaram as
lendas, lendas contadas muito tempo, até parecem ter acontecido.
Raquel sentou-se, ainda não estava bem, o general viu um
pedido de comunicação de 3 presidentes, Domenicos olha para
Raquel e pergunta.
— E se me perguntarem que foi ao espaço?
— A lenda foi ao espaço general, ninguém vence lendas, eu e
você eles conseguem matar, uma lenda, nunca.
— Mas o que falo.
— Se precisar de alguém mentindo, pede, eu dou um jeito.
Brito chega ao lado de Domenicos, e a transmissão é iniciada,
o Delegado principal da Nação do Norte, olha para o general e
pergunta.
— Boa tarde Delegado, podemos dar um tempo nesta nossa
guerra estupida.
O Delegado olha a sala, não via além de outro general e um
grupo de ação.
— Nos explicaria o que esta acontecendo general.
— Qual ponto exatamente?
— Dizem que prenderam os políticos locais, o que tem a falar
sobre isto.
Raquel chega ao lado do rapaz no comando e faz sinal para
colocar a imagem dos dois generais brancos, Domenicos olha as
imagens a tela e fala.
— Na tela, estão dois seres, que são membros da nave que
vem vindo lentamente, eles se passavam dentro de disfarces por
generais nossos, por políticos nossos, fomos colocados em guerra
por estes que se passavam por membros que não achamos os
corpos, mas foram substituídos, estamos detendo todos para
verificação.
— E quem são estes que vem ai, ele falou em nos detonar,
mas como?
— Eles saíram antes dos nossos antepassados da Terra inicial,
mas a nave lenta deles levou 12 mil anos para chegar aqui, eles são
a lendária Glieser 1, eles pretendem soltar sobre nós bombas
nucleares, normais no arsenal deles da época.
83
— E o que foram estas naves indo ao espaço.
Domenicos olha para a moça, por ela ali para responder não
era uma boa ideia, mas ela coloca a imagem das estatuas vivas dos
autômatos Glieseres, o general olha a imagem, vê todos olhando
elas e fala.
— São apenas as bases de defesa do planeta dos Glieseres.
Todos se olham, os olhos assustados e um pergunta.
— E eles estão de que lado?
O general sorriu e falou.
— Ainda do nosso, mas temos de para as guerras, temos
muito a se reorganizar, mas precisamos analisar quem são os
infiltrados dos seres.
— Vamos conversar, pensei que quando me falaram em uma
espaçonave vindo nesta hora, que teríamos maiores problemas.
Domenico olha eles desligarem e Raquel pergunta.
— Posso voltar para a enfermaria agora?
O senhor a olha, ela de inocente não tinha nada, todos os
demais pareciam recuar e ela não parecia disposta a isto e
pergunta.
— Pelo jeito vai sumir.
— Preciso descansar, mas quando José chegar me chama.
O general olha para ela e pergunta.
— E porque ele viria?
Ela sorri, olha para as paredes e para o comando e fala.
— Tudo não sei general, mas posso estar errada, estamos em
um buraco, a mais de 100 metros da superfície, escavado, duvido
que tenha os prospectos de construção, paredes em granito
esculpido, isto não é uma obra recente, não foi feita ontem, foi feita
a muito tempo, os símbolos no corredor, me lembram os Novos
Arianos, isto é outra lenda, talvez a verdadeira origem dos Glieseres,
não seres deste mundo, mas vindos antes de nós.
Brito a olha e pergunta.
— Está dizendo que tivemos duas levas de colonização?
— Sim, mas mesmo isto, para mim, é lenda.
— E estaríamos dentro de uma base deles, não acredito nisto.
– Domenicos – alguém teria me passado estes dados.

84
— Imagino o quanto o tempo passou e nada aconteceu, mas
as bases do que tem ao painel, está coberto com uma camada de
reciclável orgânico, mas com duas batidas se estabelece que por
baixo tem uma base metálica, de alguma forma, sua base foi
invadida, pois alguém trouxe para dentro aquele holográfico,
embora podia não ser um, o conjunto da obra, estabelece que
devemos ter algo mais para baixo, embora vi que barraram os
caminhos.
Brito olha para a moça e pergunta.
— Qual sua formação?
— Sem formação até então, estava em uma aventura
conhecendo meu companheiro, ele me mostrava os cantos que 99%
dos seres do planeta nunca visitam, a beleza de um mundo, que
vocês estão destruindo por um evento causado por terceiros.
— Mas o que quer dizer com barramos o caminho.
Raquel olha o rapaz na bancada de comando e pergunta.
— Tem uma chave estrela padrão?
Ele pega uma, alcança para ela, que apenas caminha no
sentido da parede do fundo, onde parecia ter um revestimento de
placas de folhas, desparafusa e os generais veem ela pedir ajuda ao
rapaz e encosta 3 placas, bate na parede de metal, tira mais duas
placas e viu que tinha uma ranhura, pede uma faca, com a mesma
desparafusou aquela parede e todos olham a estrutura da parede
em granito esculpido, liso, Raquel tira mais 3 placas e olha para a
passagem se abrir, os generais não sabiam onde iria aquilo, em
teoria, para a rocha.
Ela caminha calmamente e os rapazes chegam a uma sala
com pé direito de mais de 3 metros, olham ao canto, muita poeira,
mas tinham pelo menos 20 estatuas de Glieseres ali, Brito olha
aquilo sem entender.
— Cuidado rapaz. – Fala Raquel olhando um soldado que a
olha e pergunta.
— Qual o perigo.
— Estão ativos.
O rapaz recua e ela olha para a maquina ganhar um brilho, o
que parecia uma rocha esculpida, ganhar brilho metálico.

85
Brito ao fundo olha para a aparência das estatuas, ele tinha
observado as nas montanhas, entendeu que a aparência de pedra
era uma holografia tocável, olha para o autômato olhar para eles e
falar em uma língua estranha.
Os demais não entenderam, Raquel sentiu medo, mas sentiu
a luz vir com algo da porta, os generais olham aquela senhora olhar
para o autômato e falar.
— Dialeto local Glieser.
O autômato a mede e fala.
— Não obedecemos foto-consciências.
— Então desative, todas as ordens são preservação de vida,
não por medo em crianças grande maquina.
O general entendeu que não era alguém, era uma imagem,
mas olha em volta tentando entender o que a produzia.
A senhora olha para Raquel e fala.
— Respeito a escolha de meu filho, Raquel, bem vinda a
família, mas ainda tem de evoluir para chegar a ser um dos nossos,
mas todos, todos mesmo, poderiam chegar a isto, mas eles não
entendem, toda a conquista que mata a alma, mata a parte mais
importante do corpo.
— Eles não estão entendendo, acho que nem eu.
— Todo Glieserer escolhe uma companheira, ele a prepara
para evoluir, para poder fazer parte de uma sociedade invisível, que
corre a rua, por todo planeta, eles nos olham, mas acham que
somos como eles, geneticamente talvez sejamos, saímos 400 anos
após eles, mas chegamos aqui apenas 22 anos após termos saído,
pois sabíamos para onde veríamos, eles demoraram 5 gerações
dentro das naves, para chegar, ninguém deles viveu o planeta Azul,
os nossos descendentes eram os que saíram, os deles, gerações a
muito recicladas. Os que chegam agora, nem tem ideia da historia
inicial de sua própria espécie.
— Sou parte deles.
— Sabemos, mas como falamos, estamos sempre evoluindo,
mas esperamos sempre os mais inteligentes entre nós, embora
alguns não o sejam, a contradição dos sistemas que previam seres
evoluídos sempre acima, como se nunca fossemos gerar algo
imperfeito, mas quando o primeiro gerou um imperfeito, gerou a
86
primeira divisão, a razão dizia, abandone-o, a natureza humana
disse, lhe faça evoluir.
— E porque apareceu aqui?
— Você sentiu a energia, vi muitos passarem por estas
paredes e nunca a sentirem, esta base está desativada do tempo
que Macro era um campo de comida, a mais de 8 mil ciclos.
— E não queria os deixar visível?
— Uma hora os generais terão de entender Raquel, não
somos inimigos, assim como não somos amigos, apenas temos
nossas sociedades caminhando em paralelo, dedicadas a nossos
filhos e familiares, a nosso aprendizado, a nossa preparação física,
mas se ficamos visíveis, é por saber que os planos eram destruição,
foi difícil segurar as naves ao chão com vocês lá, mas não chegaram
ao perigo absoluto, não viu o autômato entrar junto com sua
capsula a desacelerando, mas era o que poderíamos fazer depois
daquela maluquice.
— E o que eles vão fazer? – Raquel apontando os Autômatos.
— Vão organizar as coisas, descansa, todos estão tensos, mas
descansa um pouco mais Raquel, precisa descansar.
A holografia se desfez.
Raquel sai pela porta e senta-se a sala de comando, ela estava
sentindo todos os músculos, e pelo jeito, não iria conseguir
descansar.
O general olha para o soldado e fala.
— Isto ainda é interno, não quero nada falado lá fora sobre
isto.
— Mas aquilo...
— Aquilo está indo ao espaço defender os seus rapaz,
respeito. – Raquel.
General Brito olha a moça e pergunta.
— E quem é você? Nitidamente não é uma Glieser, pois eles a
consideram alguém a entrar no grupo.
— Historia longa, que remonta a colonização de nossas
terras.
— Como assim? – Domenicos.
— Senhor, em teoria, forma seis levas de seres lançados
neste sentido, alguns grupos sempre se perguntaram quando
87
chegaram, entre estes meus antepassados nesta terra, como
chegamos antes, e se chegamos antes, quando os demais
chegariam.
— Muitos deixaram isto para as lendas. – Brito.
— A mais antiga das lendas está chegando senhor, então tudo
que deveria ter chego, já deveria estar aqui, ou não?
— Em teoria sim.
— Sim, em teoria ainda existe uma massa de reservas como
uma das partes que está vindo ai, no caminho, mas segundo os
meus antepassados, já estávamos aqui quando a leva Mac 2 chegou
a estas terras.
Mac 2 foi o projeto que colonizou em teoria estas terras, com
uma leva de 40 mil seres, escolhidos geneticamente, e que se
arrastaram até ali.
— E quantos estavam aqui então?
— Segundo os livros da família, os Glieser moravam no
continente do Sul, quando eles chegaram, foram ao continente ao
norte, pois preferiam distancia e isolamento, assim como estão no
continente ao sul de Terra 2.
— E deixaram os demais se instalar silenciosamente.
— Senhores, talvez todos, todos mesmo, quando vocês
chegaram, estivessem pensando como vi José olhando as naves,
pois metal nestas terras são raros, eles nos fazem falta, toda a linha
de asteroides que nos cerca, nenhum tem densidade superior a do
gelo, todos sabemos que a evolução nestes planetas, é lenta, pois
não temos como dispor de tecnologia avançada, pois não temos
metal, meu avô sempre falava que a culpa era dos Glieser, que
exploraram todo metal do planeta antes da chegada deles, mas vejo
que mesmo eles, tem metal em pequena escala, para o que
precisamos, mas suficiente para nos defender de um invasor
agressor.
— Está falando que um grupo de humanos chegou aqui antes
de todos, se instalou, mas eles vivem a quanto tempo nesta terra.
— Senhor, o que acha que se manifestou na sala ao lado?
Brito olha a moça, ele não entendera, a maquina não falara
em holografia, e sim em algo que não entendera.
— Não entendi, não havia sistema holográfico.
88
— Aquilo é uma coisa que dizem que a evolução humana no
planeta desenvolveu, o autômato chamou de foto-consciências,
meu avô chamava de vivência externa ao corpo.
Raquel olha para a o general e continua, ele estava olhando-a
como uma inimiga, sabia que estava provocando, mas teria de falar,
depois eles não reclamassem.
— Segundo alguns que ainda acreditam, aquela é a forma que
eles adquirem quando acham que o corpo corre perigo, nunca vi
aquilo, mas a senhora não estava ali, e ao mesmo tempo, estava,
mas dizem que os Glieser de verdade, conseguem assumir isto, sei
que José não consegue, ou não tentou, mesmo quando em perigo,
talvez algo que se adquira com a idade, com a experiência, mas
dizem que a vinda deles do planeta origem até aqui, foi feita em 22
anos, se considerarmos que estamos a quase 5 anos luz do planeta
de origem, eles tem tecnologia para se locomover mais rápido que
as naves dos que vem ai.
— Não entendi. – Domenicos.
— Eles chegaram aqui em naves que viajam perto de 22% da
velocidade da luz, se olhar em volta General, eles estão calmos
ainda, se duvidar, foram os que menos morreram, pois não
duvidaram do problema.
— Sabe que as nações vão depois impor represália.
— Senhores, eles nunca brigaram com ninguém, se nem meu
grupo, que falava das grandes estatuas ambulantes, guerreou com
vocês, os colocar todos, que nem sei quantos são, do mesmo lado,
não sei se seria esperteza ou burrice.
— Sabe que estas estatuas ali, que nos mostrou em si, é algo
que vai gerar medo.
— Senhor, acha que o medo neste momento é para quem?
Acha mesmo que isto não saiu pela porta?
Os generais se olham sem saber o que falar.

89
Na grande nave que vinha a
frente, o segundo no comando,
olha pra o comandante chegar a
ponte com o prefeito, se eram
três prefeituras no começo do dia,
agora eram duas.
— O que temos Subalterno.
— Nenhuma das naves chegou perto do planeta senhor.
— Mas por anos ninguém se mexeu, se deixaram matar,
agora do nada surge uma resistência, de onde ela veio?
— De todo planeta senhor, e temos imagens chegando.
— Imagens? – Prefeito.
— Existem dois tipos de naves no espaço nesta memento
senhor, algumas recolhendo as capsulas ejetadas, e algumas se
postando no que todos até dois dias, falava ser a lua do planeta
Terra 1.
O rapaz põem a imagem da Lua, e vê a holografia ficar tênue,
e a neve sumir, como se por magica, uma hora estava pousando, na
seguinte, apenas a lua rochosa na imagem.
— O que tem ali subalterno, naves não somem.
— Acredito que seja uma nave senhor, menor que qualquer
uma das nossas, mas oculta dentro de uma holográfica completa,
ela se aparenta com uma lua.
— E quem é que está no comando disto? – O prefeito.
— Todas as indicações senhor, o casal que esteve aqui,
deveríamos os ter matado, pois a moça dá o comando, em uma
base subterrânea, sabemos só aproximadamente onde ela pode
ficar, pois está num buraco protegido eletromagneticamente, e no
segundo seguinte, naves decolaram de todo o planeta.
— Os sobreviventes estão sendo mandados para onde?
— Para a lua senhor, eles estão os colocando lá.
— Algo mais?
— Não entendi ainda senhor, mas temos imagens de
autômatos imensos, como se existisse um povo original no planeta,
90
os informantes falam que até verem as imagens, parecia que era
apenas lenda, das antigas, mas eles tem imagens destas imensas
criaturas em seus autômatos, tirando duas das nossas naves do
espaço.
— Estes incompetentes, por 6 anos nos dão informações
afirmando que o planeta não teria como reagir, por 6 anos, vimos
eles iniciarem guerras, se prenderem a se matar, e de uma hora
para outra, surge a resistência como se todos soubessem que ela
existe e que está espalhada até pelo continente que nos pareceu
logica a descida?
— Aparentemente selecionamos mal senhor, eles nos
afirmaram que a tecnologia deles era sucateada e antiquada, que se
mexiam muito lentamente, suas naves não chegavam a 22Mac,
agora surgem naves a 0,22Vl.
— Quanto? – O prefeito – Estas velocidades são impossíveis.
—Senhor, eles chegaram a nós em segundos.
O comandante olha para o subalterno e pergunta.
— Quanto eles ainda podem ter?
— Senhor, tudo saiu apenas de Terra 1, as demais nem se
mexeram ainda.
O comandante pega a tela de comunicados dos infiltrados e
olha as posições e pergunta.
— Temos alguém lá embaixo ainda que nos serve a algo, pois
eles parecem ser os únicos que continuam a não ver perigo no
planeta.
— Temos um na base que nos mandaram imagens da parte
subterrânea com pelo menos 20 autômatos de batalha, mas parte
eu não entendi da conversa do ultimo senhor comandante.
— Parte?
O rapaz põem a gravação e a transcrição dizia.
“Temos na base de Crome, uma subterrânea, os militares
desparafusaram paredes que ignorávamos existir, na única que tive
acesso, existem 20 autômatos de 3 metros, uma moça surgiu nas
imagens e a chamaram de Glieserer, humanoides, saídos por ultimo
da Terra, estes tem domínio sobre algo que chamam de foto-
consciências, seres que se manifestam em outros lugares em
imagem, sem lá estarem, pelo que entendi, a base de Crome, está
91
abrindo os subterrâneos, somente agora, por isto não sabíamos
comandante, pois eles tinham um plano para rechaçar inimigos
oculto, não entendi a afirmativa local que nenhum ataque chegaria
ao planeta, mas vi que nenhum chegou, não tenho como saber
quais as bases externas a este ponto já estão operando, mas daqui
ainda não partiram naves, mas vejo que eles em algum lugar, tem
naves, pilotadas por humanos capazes de controlar a distancia as
naves, das quais, são equipadas com autômatos de guerra, imensos
senhor comandante.”
— Um ainda em local estratégico, mas pelo jeito a moça,
sabia de tudo isto, tentou um acordo, deveríamos ter ouvido
prefeito.
— Agora é fácil achar isto comandante, mas não tínhamos
nada afirmando que eles conseguiriam nos rechaçar, eles estão em
guerra a mais de ano e não usaram contra os seus deste
equipamento.
— Equipamento espacial senhor, não os serviria em Terra.
Recomendava falar com os políticos locais, explicar a situação,
podemos estar prestes a perder, quando falta muito pouco para
chegar.
O Prefeito saiu e o comandante falou.
— Põem todos em alerta, precisamos saber o que eles estão
fazendo.
Um rapaz do comando superior desce com um relatório e
olha para o comandante.
— Fala subcomandante? Algo positivo?
— Ainda não, mas temos 10 asteroides saindo de orbita ao
fundo, vindo em nossa direção.
— Asteroides, como?
— Toda a composição externa, gelo, mas internamente, tem
algo metálico, bem fino, que foi ativado, eles nos jogarão asteroides
de gelo, gelo mais duro que aço senhor, por séculos de
congelamento.
— Dá alerta geral, todos tem de estar preparados para
evacuação, odeio quando alguém tenta uma trégua e não tenho
autonomia para trégua.
— Acha que eles tem mais alguma coisa oculta?
92
— Aquela lua é metal puro rapaz, não sei o que eles tem
escondido lá, mas ocultam de todos, pelo jeito até do povo em
geral, mas vejo que deveríamos ter conversado com os dois seres
que vieram capturados, as vezes esqueço que podemos tentar
conversar.
— As imagens da decolagem da nave deles, mostra que a
montanha é uma holografia, não entendo que tipo de holografia,
mas uma palpável, pois assim que a nave voltou, está lá de novo, se
eles tem naves ocultas, temos de nos organizar senhor, podemos
ter nos precipitado nas medidas de tomada de Terra 1.
O senhor olha os comandos, tentava pensar em uma forma
de enfrentar, mas parecia impossível no momento, estava olhando
dados para ver se conseguia algo mais, um fraco, uma brecha para
que pudessem escapar.

93
José chega a base de Guide,
mais ao sul, uma montanha de
pedras que entrava ao mar,
granito erodido pelo mar, em uma
imensa pedra única.
José olha a mãe e a abraça,
seus pensamentos por dias foram em ter sido relapso, ter os
abandonado, se culpando.
— É bom lhe ver mãe.
— Escolheu uma guerreira, sabe a encrenca que ela está
envolvida?
— Mãe, ela é uma Mac, ela não havia me aberto isto ainda,
por isto que não me abri com ela.
— Entendi a escolha, mas o que está acontecendo filho, não
deveríamos ter sofrido infiltração.
— Eles queriam a nossa morte, mas ainda não sei se eles
desistiram, eles querem guerra mãe.
— Seu pai espera sua chegada para irem a Lua.
— Reativaram?
— Depois de colocar fiação nova, foi mais de um mês tendo
de refazer coisas que estavam a anos abandonadas filho, agora vai
parecer diferente, mas sabe como eu, não esperávamos usar isto.
— Eu não pedi ajuda para a Lua, pois achei que estava
desativada.
— Demoramos a chegar a você filho, a inercia tomou-nos,
sabe que as vezes nos deixamos acalmar pela paz.
— Pelo jeito alguém resolveu tomar o planeta enquanto
tentava conquistar o amor da minha vida, mas ela ainda não
entendeu tudo mãe.
— Ela já sabe sua origem.
— Acha que ela corre risco lá?
— Sim, ela corre perigo lá.
— Então manda o pai ir a frente, já chegou lá, nem sei se
acredito em tudo que sempre falam daquele lugar.
94
— Um dia usaremos ela para ir um pouco mais a frente filho,
mas as vezes o que queremos é um planeta para habitar.
— E os demais?
— Assim que escapamos, começamos a reativar as antigas
bases, para que os nossos pudessem se esconder, tem mais gente
que se escondeu, mas eles não entenderam ainda onde estão e
quem proveu a proteção.
—Quantos dos mortos, estão salvos mãe?
— Oito milhões no planeta filho.
— Então isto que gera o erro dos números?
— Não sei filho, não sei.
José olha para um rapaz chegar a ele e falar.
— Saiu, todos achavam que não conseguiria. – Paulo, primo
de primeiro grau.
— O que temos de estrutura em Macro?
— Vai lá antes?
— Preciso uma garantia para o coração, antes de uma
garantia para o inferno.
— Certo, as paredes tem eletromagnetismo, elas facilitam a
foto-consciências.
José vai a um quarto e olha para os comandos a parede, ele
aciona e o planeta surge a sua frente, ele puxa a holografia para
perto, entra nas nuvens, dai sobrevoa Macro, olha para as antenas
de comunicação, olha as imagens internas, sente o corpo, olha para
os demais lhe atravessando em um corredor, estava ainda invisível
aos olhos humanos, caminha e olha Raquel a cama, viu que os olhos
dela foram aos dele.
— Veio conversar?
— Tenho de sabe se está segura, antes de qualquer coisa, sei
que odeia ter de ser protegida, mas odiaria mais ainda a perder
Raquel.
Ela senta-se a cama, olha para ele e fala.
— Tenho um segredo também José, mas não sei se é hora de
contar.
— Raquel, sabe que lhe amo, queria lhe mostrar este mundo,
depois cada uma das Terras, para que entendesse, como nos
sentimos presos quando em trabalhos normais.
95
— E precisava me ver antes?
— Sim, você é o importante, eles são o depois. Eles nem
precisam saber dos verdadeiros Glieseres, mas se for o caso, sobre
isto não falamos Raquel.
— Eles existem de verdade.
— Eles vivem mais ao sul, do continente sul, o habitat deles é
bem mais gelado e húmido que o nosso.
— Vocês realmente guerrearam no passado?
— O instinto de sobrevivência deles é maior que o humano,
eles sentem o risco de morte e recuam, o humano parece que faz
exatamente o oposto.
— E o que aconteceria se colocássemos seres que parecem
querer matar até a nós sobre eles.
— Os caçariam.
— Acha que os generais me ouviriam?
— Começam a pensar, a nação do Sul está neste momento
tendo uma reunião com os 12 sub comandos, para decidir como
fazer a partir de agora.
— Problemas?
— Acho que depende do que eles decidirem.
— Acha que resiste ai dentro?
— Tento.
— Te amo, se cuida.
— Cuida desta perna, você é teimoso.
José sorri, Raquel vê ele sumir de sua frente e olha em volta,
estava tentando entender a historia, mas viu um rapaz a olhando
pela porta.
— Como eles fazem isto?
— Não sei.
— O general quer falar com você.
José olha para a nave ao fundo, olha para o decolar de duas
delas, e vai a terceira, olha alguns rapazes se posicionarem, vai ao
comando e aciona o ligar, subida rápida a lua.
José olha a nave plainar sobre a Lua, uma hora o chão estava
a centímetros, no seguinte, mais de 100 metros abaixo, ele olha a
grande estrutura metálica, olha o hangar a frente e para a nave
sobre ele, um grupo de pessoas chega a ele e seu pai o abraça.
96
— Bem vindo filho.
— Bom lhe ver vivo pai.
— Pensei que não conseguiria sair, alguns acham que você já
transpôs, não os condene.
— Eles não entenderam, foi difícil pai, o instinto me tirou de
Sulacia, horas antes do ataque com bioarmas, mas sei que muitos
não acreditavam que eu conseguiria.
— Soube que acionou a primeira resistência das montanhas
TT, mas lá está cheio de soldados.
— Pai, eles não entenderam nada, pois eles viram a
decolagem, viram o lugar sem a nave, e agora olham o lugar com a
montanha lá novamente.
— Sei que quer montar sua família naquelas montanhas, sabe
que teremos problemas após isto.
— Sei, mas posso tentar pela ultima vez um acordo pai?
— Os resgatados não chegariam ao planeta, eles congelariam
antes, ninguém nas estruturas saiu para tentar os salvar.
— Estranho alguns se dizerem humanos, parecem ainda
animais pai.
— Sabemos da contradição de Bill.
— Sabemos, mas eles saíram de lá antes desta contradição.
— Quer fazer oque filho?
— Não passar sobre ninguém, não sei as organizações locais
pai, não quero uma guerra interna, quem está no comando.
— Seu tio Hermes.
José olha para o pai, sorri com desgosto, começaria pelo
problema interno e iria ao externo.
Ele caminha ao núcleo de comando e olha para o tio e fala.
— Comandante geral, podemos conversar.
O senhor olha José ali, muitos falavam que ele morrera, mas
se estava ali, mais resistência, mas obvio que a forma firme dele
olhar fez José pensar sobre o caminho.
— Pode esperar um momento?
José apenas olha-o, ele se volta para os grupos e começa a
falar sobre a estrutura interna, teriam de ligar os setores entre o
300 e o 4000, ainda desligados. Ele vai ao comando, começa a falar
com outro sobre suas obrigações internas.
97
José olha o pai e fala.
— Segura ele apenas pai, depois resolvemos os detalhes.
— Sabe que lhe apoio filho, mas o que vai fazer.
— Decolar, o que mais.
José olha para o senhor bem ao fundo, ele não lhe daria
atenção antes de falar com cada pulga interna, então o rapaz não
esperaria as pulgas chegarem junto a ele.
José pega o elevador para parte alta, descera para tentar
algo, mas sobe, entra na nave, olha para o segundo no comando e
fala.
— Pede autorização para decolagem.
— Vamos onde?
— Apenas pede autorização, se perguntarem, mentimos, mas
se não perguntarem, sinal que ninguém está ainda no problema,
embora já tenham feito um trabalho digno.
— Digno? – O rapaz.
— Salvar 53 mil humanos, isto é digno.
O rapaz pede autorização e decolam, ele aciona as naves que
decolara para recepção as naves iniciais, e elas surgem as suas
costas, ele contorna o sistema e começa uma linha de aproximação,
foi rápido chegar sobre os escombros, da nave que estourara, ele
olha para as estruturas e aciona os autômatos de uma das naves e
os mesmos se aproxima, agora estavam as costas das naves Glieser
1 que iam agora entre eles e Terra 1.
Os autômatos olham as capsulas presas, olha as opções e
encosta a nave na estrutura destruída do comando, ele olha 3
senhores olharem a entrada dele e de dois autômatos.
— Podemos conversar. – Jose na língua destes Terráqueos.
— Pensei que não conversavam, mas fomos deixados para
trás.
— Sei disto, a pergunta, querem ajuda, ou vão se
desmanchando entrar no sistema de Glieser?
— Quem é você, como ninguém me alertou que nossa
arapuca foi feita sobre alguém especial.
— Comandante, eu não sou especial, vim oferecer ajuda,
temos como unir as estruturas restantes, dispor de energia para que

98
os sistemas não congelem as pessoas, e iniciamos uma aproximação
mais rápida, eles não resistem a 3 anos para chegar comandante.
— O que este ser ao seu lado.
— Autômato de guerra e serviço, AS620.
— Os AS eram apenas prospetos quando saímos da Terra,
baseados na tecnologia da época em seus prospectos que
desenvolvemos nossas naves de abordagem.
— Senhor, estamos reativando a base lunar do planeta, ela
vai ser útil, vocês tem de recuperar músculos antes de ir ao planeta,
1,32 da Terra inicial de gravidade, sem preparo, são alvo até dos
Nacs.
— O que são Nacs.
— Uma espécie entre o corvo e o pombo humano, mas com
bicos com dentição afiada e tripla.
— Certo, aceitamos a ajuda, mas o que os demais vão achar.
— Vieram lhes ajudar?
— Não, regra interna, ficou para traz, abandonam, regras
rígidas que estão a vigor a muito tempo rapaz.
— Vejo que teremos uma soma em historia senhor, mas se
nos autoriza, ajudamos, recomendo não atirar nos autômatos, eu
recomendava a todos, eles são uma maquina de guerra adaptados a
um uso mais digno.
José olha para os dados e dá o alarme na nave em TT, os
soldados veem o rapaz surgir em todas as telas.
“Quem quiser sair, tem 12 minutos, após isto, recomendo
vestes espaciais, vão ao espaço em 12 minutos.”
O comando em Macro recebe a informação e o comandante
manda eles se manterem, mas se prepararem, José sorri e olha os
soldados correndo para por as vestes, não era algo feito para eles,
mas estavam se virando.
O comando em Macro registra a saída do chão da nave
anterior, a parte do fundo, onde a montanha parecia correr ao mar,
some e duas outras naves surgem a vista e o comando vê as 3
decolarem, uma parte baixa se abre, e mais três naves decolam,
logo após decolarem, os satélites diziam que a montanha
continuava lá.

99
As naves chegam a estrutura destruídas, passam tão rápidas
pelas naves que ainda iam, que estas apenas registram a passagem
da energia, não viram as naves.
No comando José olha o senhor e estica a mão.
— Podemos recomeçar isto senhor?
O senhor olha a mão esticada e sente as naves encostando a
todo lado, olha para o rapaz, a estica e fala.
— Temos regras sociais próprias.
— Depois de sobreviverem, discutimos isto senhor.
— Não vai impor sua regra?
— Minhas regras comandante, são até estarem seguros, após
isto, descobrira que o próprio planeta desconhecia nossa existência,
então foi ai que nós tivemos sorte, pois seria uma pena perder toda
parte mais produtiva deste mundo.
Mais autômatos entraram, um coloca um sistema de
comunicação naquele comando destruído, e começa a repassar
fiações, o sistema interno é traduzido e se ergue em uma holografia
física a frente, José chega a ela e sem a tocar, mexendo os dedos,
começa a olhar os pontos que o sistema ficou sem energia, olha
para os estragos, a carga explosiva para aquela destruição, era
imensa, teriam terremotos no planeta após a explosão, e uma
cratera da explosão.
Começa a passar as instruções e os autômatos começam a
ligar a energia dos sistemas de evacuação que estavam travados,
mas primeiro os travavam manualmente e depois ligavam a energia,
o oxigênio começa a circular nos compartimentos que não
conseguiram se desacoplar.
Os rapazes da nave de TT chegam ao comando e um aponta a
arma para José.
— Acha que vamos lhe obedecer rapaz?
— Atirem, quem sabe os autômatos os jogam pela rachadura,
não queria vir, lhes dei 12 minutos.
José nem deu bola para aquela arma apontada, o
comandante da nave olha que o rapaz não era bem querido, mas
sabiam o que tinham feito.

100
Jose olha o sistema de transmissão e aciona ele, nas capsulas
de evacuação, os demais sobreviventes olham para as telas
acenderem e um rapaz surgir nela.
“Sei que não me conhecem, meu nome é José, estamos
acelerando a nave novamente, passaremos pelas estruturas que vão
para lá, pois não temos como os manter isolados mais que dois dias
a mais, então se ouvirem estalos, apenas mantenham a calma,
estamos os levando para um lugar mais seguro.”
O comandante da nave frontal olha para a transmissão, que
chegara a eles também e olha para o prefeito ao seu lado.
— Eles já estão com a estrutura da que explodiu.
— Não entendo estes seres, mas não entendi, como eles
pretendem acelerar algo que quase se desmanchou ao espaço.
Os dois se olham, tentam imagens e veem que as luzes
estavam voltando na estrutura.
Os autômatos entram nos hangares que com o fim da
proteção externa, perdeu calor e oxigênio muito rápido, tudo
congelado, gente congelada ao comando, as colocam para fora,
olham as naves, olham as estruturas e após limparem, ligarem a
energia, a proteção se faz, os autômatos começam a olhar os
comandos das naves, as por no espaço e dispararem para a Lua.
José abre comunicação com a Lua e fala.
— Jose Camacho para Lua.
O tio dele que ainda passava ordens, olha para a tela, olha
para trás, nem seu irmão estava ali, olha descrente para o comando
e fala.
— O que ele quer?
— Lua para Jose Camacho, algum problema?
— Avisando, estamos tirando as naves dos Terráqueos da
nave que se destroçou e estamos mandando ao comando na Lua,
melhor ai do que na mão deles, existem sobreviventes ainda nos
destroços da nave, estamos verificando se temos como os ajudar.
O tio chega ao comando e fala.
— Não permitiremos que as naves se aproximem, não somos
uma base de lixo espacial.

101
— Certo, as desvio para o Planeta, uma pergunta comandante
Camacho, os sobreviventes mando para ai, ou também não os vai
receber.
— Não tem autorização para salvar eles rapaz, exijo que volte
a base e aguarde.
— Sem problemas comandante, voltarei a TT.
— Não disse para voltar para lá, e sim se justificar a lua.
— Não faz parte da minha base comandante, minha base é
Terra 1, o planeta, se não posso ajudar, me limito a evitar que os
nossos morram ao planeta.
— Esta descumprindo uma ordem direta.
— Sim, ordens impostas apenas para dizer que manda Tio,
não me servem, sei que sou parte da família que vocês deixariam
para trás, mas começo a desconfiar que fraudaram o seu teste de QI
emocional Tio.
O senhor iria gritar, mas todos olhavam para ele, e a
transmissão já estava cancelada.
O comandante da nave destroçada olha para Jose e pergunta.
— Problemas?
— Pensa num cara odiado senhor, multiplica por 4 nações,
uma espécie e um agrupamento que chega ao planeta depois de 12
mil anos, dará exatamente eu.
José olha para os sistemas e aciona a comunicação com as
naves de Glieser 1 e fala em todas as telas das duas naves.
“Prazer, meu nome, José Camacho, estou oferecendo ajuda e
estrutura em um planeta, dou um tempo para pensarem, se
quiserem conversar, abrimos comunicação com o planeta e
ajeitamos as coisas, quem está oferecendo a ajuda, apenas eu, todo
resto, teremos de conversar, pois vocês não nos deram alternativa,
e se acham ruim a oferta, lembrem, apena uma pessoa a esta
oferecendo, pensem, estou nos restos da nave que explodiu,
tentando salvar os que aqui ficaram presos.”
Jose olha para o sinal de comando de Macro e abre a
transmissão.
“José Camacho para base de Macro”
“Base de Macro, o que deseja” – General Domenicos.

102
“Iria isolar na lua as naves desta base, mas os que lá estão
não querem este armamento lá, então pensei em os dispor nas
pistas acima de sua cabeça, se nos autorizar.”
“E porque faria isto?” – Domenicos.
“Aqui é um perigo deixar senhor, apenas isto.”
“Autorizo a descida”
“Pede permissão para bases nas outras 6 nações general,
assim eles não acham que estamos armando contra eles.”
“Sabe o risco?”
“Sim, eles derrubarem as naves, mas melhor destruídas ao
chão que no espaço a disposição de um exercito.”
“Preciso confirmação deles ainda”
“Estão saindo daqui agora, tem mais de meia hora para nos
avisar e mudamos o curso senhor”
Um autômato chega a ele, toca na holografia e ele vê a
disposição das naves e olha para o soldado ainda apontando a arma
e fala esticando o braço para cima, estava com o isolador ativo, o
rapaz sabia, mas se iria ficar ali, o distraia.
— Se vai atirar atira de uma vez.
— Está com proteção ativada.
José pensa rápido e apenas aperta o comando desarmar dos
autômatos que jogam o rapaz ao chão, e tiram a arma dele.
— Alguém mais quer lamber o chão?
Os rapazes não falaram nada.
— Voltem a nave, vamos ser rápidos agora, lá é mais seguro.
Os rapazes saem e o comandante pergunta.
— Entendi certo, não acha aqui seguro?
— Com gente podendo lhe atingir pelas costas, sim, com eles
lá é mais seguro.
O senhor sorriu e viu a nave começar a acelerar.
— Vamos onde? – O senhor.
José esperava uma transmissão e olha seu pai na tela.
— Fala pai.
— Ponto dois pronto, se precisar por gente.
— Tem gente para ajudar pai?
— Estão saindo do planeta agora, mas chegam bem antes de
você, mas sua mãe já tinha alertado que havíamos ativado.
103
— Sim, ela havia alertado, mas devemos estar ai em 3 dias.
— Sabe que meu irmão está furioso.
— Ele soube que eu já estava aqui, pela câmera pai, ele nem
teria falado comigo ainda, obvio que destrata-lo pode gerar uma
nova divisão.
— Ele sabe as regras da família filho, ele sabe que se nos
derem respeito, damos respeito, nos derem indiferença, damos
indiferença, odiar é difícil, mas eles não nos entendem ainda.
— Prepara as coisas, sei que ainda temos alguns problemas a
mais.
O comandante olha para José e pergunta.
— Tinha um plano B?
— Não, estou no plano A ainda, tenho um B, mas este ainda
não está sendo necessário.
— Porque está nos esvaziando das naves?
— Porque não serão necessárias aqui, e armas nucleares são
algo perigoso a deixar ao espaço.
— E vai dar isto as nações?
— Todas tem esta tecnologia comandante, apenas foram
proibidas mediante o estrago de uma guerra a dois mil anos locais.
— Mas pelo jeito, tem seus segredos até dos seus.
— Eles me deixariam morrer senhor, por aquela armação dos
seus, então quando eu me senti abandonado, foi por achar que eles
tinham morrido, mas se meus pais estavam detidos, e eles mesmo
assim não os protegeram, pensei por um tempo que estavam
mesmo todos mortos.
José olha para os comandos e fala.
— Estão travados no destino que os acolherá, não fazendo
burrada, chegarão lá.
— Pelo jeito tem coisas a resolver.
— Sim, não quero os meus em guerra.
José olha para a nave que os soldados estavam e caminha até
ela, a aciona, o rapaz olhava-o com ódio, ele sorri e desatraca da
nave, olha para as pequenas naves saindo, olha para as naves
imensas se aproximando rapidamente, pois aceleravam naquele
sentido, os sistemas de empuxo eletromagnético começam a
acelerar a estrutura.
104
Jose acelera mais e vai rumo a Lua de Terra 1, ele pede
autorização para descer, desta vez, se viu cercado de autômatos lhe
apontando armas lazer, os soldados se assustam e o autômato olha
para eles e fala.
— A ordem de detenção é apenas para José Camacho, podem
ir aos seus alojamentos.
O rapaz que o apontara a arma estranha e olha para o
autômato e pergunta.
— Armas lazer para humanos?
O autômato olha para suas ordens, olha para outro autômato
que muda para a arma de choque, desfazendo uma ordem interna,
mas autômatos priorizavam a vida, José olha o rapaz e fala.
— Gente que aprende rápido, isto é bom!
— Até os seus lhe odeiam.
José joga o comunicador para o rapaz e fala.
— Se ligarem pede instrução ao general em Macro antes de
acertar um acordo.
— Acha que não se livra?
— Pensa rapaz, eu vim falar com meu tio, para fazer a
operação, eu cheguei aqui, pedi para falar com ele, sai daqui, ativei
as naves na Terra 1, dispomos a ajuda na nave que explodiu,
estávamos já as acelerando, quando pergunto por radio se poderia
dispor aqui as naves de lá, somente neste momento ele se tocou
que eu não estava mais na Lua.
— Mas não entendi, não parece com a lua.
— Esta nave, se chama Terra 1, isto não existia aqui antes de
nós chegarmos rapaz, esta é a nave que nos trouxe aqui.
Ele olha incrédulo e pergunta.
— Mas e as missões lunares?
— Holografia física, deu mais trabalho espalhar poeira
espacial sobre ela, do que todo resto junto.
O autômato empurrou José, ele daria meia hora para ser
ouvido, se não fosse, sairia, não estava a passeio.
José olha para a cela, ele passara a mensagem a todas as
famílias, ele queria uma posição, se iriam o condenar, que o
fizessem oficialmente.

105
Hermes Camacho estava no comando quando viu aqueles
dois senhores chegarem ao local, talvez somente naquele momento
ele pensara, mas violência é sempre a reação dos fracos.
— Vão querer falar em favor daquele idiota que insistem que
é um de nós?
O senhor Maicon Carson, olha para Hermes e pergunta.
— Qual a situação Hermes, me afirmaram que você chegou
aqui, tomou o comando, como falamos, mas nenhuma nova ação foi
feita, deu apoio e impôs restrições as ajudas, viemos entender.
— Eles vem nos matar e quer os ajudar?
— Não decidimos isto sozinhos Hermes, não se faça de
desentendido.
— Eles são muitos e não tenho como gerir com os recursos e
estoques que temos.
— Porque não pediu mais então? – John Floys.
— Não tive tempo.
— Estamos em guerra Hermes, queremos a parar, o que tem
de maior prioridade?
— Ligar a nave, para que possa funcionar perfeitamente.
— Isto meia dúzia de ordens faria Hermes.
— Pelo jeito conversaram com o pirralho, falam como se o
apoiassem.
— Ele em 30 segundos, mostrou que você estava parado aqui
Hermes, eles atacariam Sulacia, você se fazendo de ocupado, ele
sem nem saber que estávamos ativos, destruiu as 13 naves que nos
atacariam, e quando perguntamos para você, porque não o havia
feito, se fez de bravo, bravo estávamos nós, que veríamos o
continente com uma gama imensa de radioatividades.
— Ele acabou deixando clara nossa existência.
— O que está acontecendo Hermes? – John.
— Sabe que odeio esta parte da família.
— Se é ódio por parte de nós Hermes, teremos de pedir seu
afastamento. – Maicon.
— Não é justo senhor Carson.
— Justo? Você nos veria morrer por um ódio injustificado,
isto que não é justo.
— Tudo porque prendi este encrenqueiro?
106
— O prendeu porque, nem nos comunicou isto Hermes.
— Ele descumpriu minhas ordens.
John olha para Hermes e fala.
— Autômato, estamos nomeando um novo comandante da
base Lua, conduzam Hermes a sua casa, ele precisa pensar no que
está fazendo.
— Não podem fazer isto.
— Está feito. – John olha para Paulo, filho de Hermes e fala –
Estamos o indicando para comando da base Lua.
Hermes estranhou, pois era seu filho, respirou fundo, ele não
teria como reclamar da nomeação de seu filho, mas teria de se
inteirar dos problemas antes de continuar, enquanto os autômatos
o conduziam a nave para embarcar John e Maicon chegam a direção
da nave e o senhor John, mais idoso dos que se denominavam
Glieserer, fala.
— A base Lua está sobre novo comando, que foi passado a
Paulo Camacho, precisamos que nos informem em terra quais as
necessidades de comida e apetrechos.
Paulo chega ao lado e pergunta.
— Porque disto?
— Odeio ver uma família rachando, e nenhum dos lados
cedendo, mas nossa função é tentar manter as famílias unidas.
— Sabe que muitos da própria família Camacho acham que
deveríamos ter os deixado no passado, discordando do paradoxo da
contradição de Bill.
— Paulo, inteligência não se passa geneticamente, não como
eles acham que acontece, temos gênios saindo de idiotas, e idiotas
saindo de gênios, a contradição de Bill, estabelece que um ser capaz
de abandonar parte da própria família, por achar ela inferior,
mostra uma incapacidade de QI Emocional, então se tiver de excluir
uma parte, tenho de excluir das duas, mas ambos, geram pessoas
com diferenças do original, não existe ainda algo que me garanta as
respostas exatas da sequencia genética referente ao
desenvolvimento de neurônios, todas as tentativas deram errado.
— Entendo isto, apenas alerto que parte da família ainda usa
isto sobre nossa família, toda ela sofre, isto gera ódio dentro dela
mesmo, ser comparado sempre é ruim.
107
— Mas condenar um dos seus, por ter um nível de QI que
bate todos os humanos normais do planeta, apenas por ter um
abaixo da media da família, me parece perseguição sem motivos.
— José destratou meu pai, eu vou pedir a retratação.
— Tenta por uma pedra nisto Paulo, ele foi destratado,
abandonado, dado como morto por alguns de nós, que se
recusaram a o defender por ser um Camacho, sei que é sobre isto
que está falando, mas quem passou por isto foi José.
— Vão querer falar com ele na prisão ou querem apenas que
o mande embora, ou o ouça, o que não parece ajudar nada nesta
hora.
— Começa a receber os invasores, sem armas, sem
autonomia, mas com o carinho que não tivemos quando chegamos
aqui.
— Para muitos isto parece uma historia impossível.
— Talvez um dia, seu pai seja honesto referente a própria
historia dos seus, mas seu pai e seu tio, nunca se entenderam, e
parece que os primos estão seguindo o caminho dos pais.
— Acho meu primo arrogante, tínhamos uma guerra e ele foi
falar com a amada.
John viu que quanto mais cutucasse ficaria pior, então apenas
caminham até as detenções, Jose fazia exercício em uma das grades
do fundo, erguendo seu corpo quando o autômato abre e fala.
— Esta livre para suas atribuições Jose Camacho.
José olha o senhor John e fala.
— Meus respeito aos Floys - Vira-se para Maicon – e aos
Carson.
— Pelo jeito tivemos mais um mal entendido.
— Vim conversar com meu tio, mas ele ainda não me veio
falar para desfazer este mal entendido.
— Tivemos de o afastar da direção.
— Não era a intenção da pergunta patriarcas.
— Mas nos fez pensar.
— Digo que pelo pouco que represento da família, sou contra
o afastar do meu tio do cargo.
— Sabe da inercia dele.

108
— Ele é sistemático, mas as vezes, os demais se deixam levar
pelo sistemático, mas as reservas locais, os provimentos, as
comunicações, os acordos, os sistemas internos, cada um deles, tem
alguém a tocar, as vezes apenas queria que todos vissem que um
ser sozinho não consegue tocar isto aqui.
— Quer falar com ele.
— Sim, preciso falar com ele patriarcas.
O autômato que conduzia o senhor Hermes aos seus
aposentos, o desvia do caminho, indo novamente a região do
comando.
Paulo olha o pai chegar ali e pergunta.
— O que aconteceu?
— Não sei, mas eles disseram que precisavam me falar antes
de voltar.
Os dois olham os dois senhores chegarem a sala e Hermes viu
que Jose chegou junto.
— Tinha de ter sua mão nisto.
— Podemos conversar agora tio?
— Vai me destratar na frente dos patriarcas?
— Não, estava explicando para eles, que a minha parte da
família Camacho, é contra o afastar do senhor do cargo.
O senhor olha para José, Paulo olha ele, talvez tomados pela
surpresa, os dois ficaram olhando José que continua.
— Estava falando para o senhor Floys e o senhor Carson, que
a Terra 1, é um sistema que necessita de pessoas sistemáticas,
pragmáticas, detalhistas como o senhor, que apenas eles tem deixar
claro aos demais, que se eles precisam de provisões no setor de
comida, o comitê está sempre pronto para os ouvir e prover, não
precisa passar por sua mão, a Terra 1 tem um grupo para discussão
de táticas, eles tem de as fazer, antes de perguntar ao senhor qual
caminho quer seguir, eles tem de lhe oferecer saídas, não duvidas,
que quando se fala em grupos de acordos, eles estão ali para isto,
para dissecar todos os problemas antes de vir a ponte de comando
para lhe expor, que uma família se faz com a participação de todos,
mas obvio, queria ter falado isto antes, de terem me prendido, mas
sei que a inercia dos demais, está lhe tirando tempo tio.
Hermes olha para os senhores, olha para Jose e fala.
109
— Sabe que vou discordar.
— Sei, mas não poderá dizer que não vim desarmado, pronto
para ceder, pois nunca fui de discussões tio, mas queria uma reação,
mas não do comitê, eu estou deixando claro, que se vão lhe tirar do
cargo por inercia, que tirem os representantes de todas as demais
famílias que ficaram inertes, é fácil lhe culpar tio, mas todos
estavam aqui esperando que o próximo fizesse.
— Vai negar que descumpriu as ordens.
— Sabe como eu tio, não me deu ordens, me comuniquei
como os demais deveriam o fazer, lhe dando as alternativas já
tomadas, apenas lhe expondo se queria ou não as fazer, discordei
de voltar e ficar esperando, não tinha tempo para isto. E nunca se
coloca um familiar sobre comando do outro, regras do comitê, vim
oferecer meus préstimos, mas sabe como todos aqui tio, que não
existe irmão ordenando sobre irmão, existe uma família, e diante
das exposições, apenas reorganizei e dispus do que tinha ao
alcance.
Hermes nunca havia conversado com José, talvez a visão que
tinha do rapaz era de um fanfarão namorador que não tinha
cultura, alguém que não merecia ser defendido, mas se depara com
alguém que sabia argumentar, pensou que seria fácil, talvez isto o
tivesse tirado palavras, mas ainda estava se negando a recuar.
— Mas vai dispor de armas para as nações?
— Naves sem sistemas nucleares, mas com sistemas de
propulsão a fusão, não se comparam aos nossos eletromagnéticos
senhor, eles chegam perto de 0,03Vl;
— E onde vai dispor dos armamentos nucleares?
— Sobre Terra 2, a lua, deixar claro.
— Pretende os por lá? – Carson olhando para José.
— Os recuperar fisicamente na lua enquanto vocês decidem,
eu deixava as nações decidirem, sem dizer onde eles estão, ou que
estão em aproximação ainda, mas eu recomendava Terra 2, o
planeta, não o 1.
— Motivos?
— Eles para chegar aqui, tiveram de economizar energia, eles
se aproximam lentamente pois é como conseguem mover as
grandes naves, mas a temperatura interna nas naves beira ao 5
110
positivo, eles tem pessoas que estão suando em nossas naves, dá
para economizar energia interna reduzindo a temperatura, depois
teremos de verificar vacinação em massa deles.
Hermes olha para Jose e pergunta.
— Parece querer se livrar deles.
— Hermes, as nações vão querer o metal, eles não precisam
saber que somos os que vão vender este metal, pois quem o
controlar, vai mesmo que odiado, ter utilidade, hora dos Glieseres
colocarem outras famílias na estrutura das grandes nações, pois
siderurgia com a estrutura de fusão deles, e com o metal das naves
deles, podem nos elevar a capacidade de cidades, de transportes,
de ciência, podemos transpor o máximo de 100 milhões de
habitantes, estruturando um caminho de controle até o primeiro
bilhão na somatória das Terras de 1 a 3, com comunicação estelar
entre elas, sem parecer que somos nós por trás disto, podemos
começar a integrar os nossos, que ficaram distantes.
John Floys olha para Jose e fala.
— Me alertaram que não era apenas um boa vida, mas não
tinham me alertado que tinhas ideias perigosas.
— Senhor, cada nave daquelas, tem aço e metais, que nos
permitiriam fazer cada uma das Terras locais, evoluírem, mas no
sistema deles, temos as coordenadas a meio ano luz daqui, onde a
quarta nave ficou.
— Acha possível resgata-la.
— Meio ano luz, é antes do sistema de asteroides externo
deste sistema solar. Sinal que já estão para dentro da bolha de
interferência dos dois sois de Glieser, se estivessem para fora não
proporia os resgatar, mesmo podendo não achar vivos lá.
— Certo, o metal mais próximo, mas qual a ideia? – Maicon.
— Formar uma indústria pesada, temos de escolher qual
nação seria a que a conteria, mas acredito que podemos querer
formar a nossa nação, sobre o que no papel pertence a nação do
Sul, a região dos Glieseres.
— Parece não os temer. – Hermes.
— Tio, entre as coisas que já fiz na vida, minha curta vida, foi
tomar um suco de Malec, em uma cidade que não existe nos mapas,
pois é subterrânea, chamada Iec nas regiões polares sul do planeta.
111
— Está falando serio? – John.
— Sim, talvez tenha de expor ao comitê algo que nunca
pedimos permissão, mas que Hermes sabe que os Camacho fazem a
mais de 30 gerações, o comercio de suco de Malec com os
Glieseres.
Paulo ao fundo, olha o pai, sempre se perguntou porque se
produzia tanto Malec, se os humanos não tomavam daquele suco,
alguns falavam ser venenoso, mas parecia que a cada ano se
produzia mais, e não tinham sobra de produção, ele pensa e sorri,
seu primo sabia de coisas da família que ele não sabia.
Um dos rapazes do exercito de Sul chega ao comando e faz
sinal para José que fala.
— Fala soldado.
— O general Domenicos quer uma posição sua.
Hermes faz sinal e o autômato deixa o rapaz chegar perto, ele
pega o comunicador, põem na estrutura do comando e olha para
Hermes.
— Posso usar um pouco?
— Pode, já mandando em generais? – Hermes.
— Quem dera. – Sorri Jose esperando bomba.
Ele olha o sistema lhe dar a imagem do general, ao fundo
Raquel estava com as mãos para trás, olha para o sistema e dá dois
comando, sem ninguém notar, olha para o general e pergunta.
— Conseguiu os por na parede general?
— Eu não os quero aqui, você me força negociar em uma
língua que desconheço.
— Língua derivada do Inglês Latino, que ganhou por mais de
12 mil anos, pronuncia diferenciada de quem tem dificuldade de
mexer os músculos pela falta de gravidade, nada complicado
general, fazendo corpo mole?
As naves que estavam descendo, algumas já estavam em
terra, vindas dos destroços, começam a sair do chão de Macro, mas
o general não via isto.
— Eles querem um acordo de paz, não tenho como o
determinar, sabe que eles vão responder por crimes de guerra.
— Queria ver quem mandou matar minha sobrinha, de 8
anos, ao mesmo tribunal.
112
— Ela não morreu.
— General, temos de conversar, mas pensei que soubesse
negociar, pelo jeito terei de recomeçar tudo do zero.
— Eles dizem não ter feito nada, saiba que sua noiva é nossa
prisioneira, e se vier aqui, será também preso.
José pisca para Raquel que sorri, as costas do rapaz havia
alguns seres, mas era evidente o tamanho do lugar, não um buraco
apertado, mas um autômato chega ao lado dela, apenas aperta a
algema que cai ao chão, o barulho faz o general olhar para trás e vê
os vinte autômatos entre a moça e eles.
— General, eu vou ai, para conversar, a escolha de conversar
é sua, não minha, vim para o espaço para fazer um acordo, mas
parece que seria mais fácil deixar vocês terminarem de se matar,
para depois apoiar eles a tomarem as terras do que os fazer
entender, que não sou inimigo.
— Já alertei.
— Sim, alertou que terei de tomar sua base, que em cada
andar desta base escondida a 100 metros de profundidade, nos 12
andares, estão surgindo uns 3 mil autômatos da base Glieserer dos
Camacho, eu chego ai general, apenas não fica muito furioso preso
nas celas que nem sabe onde ficam ainda.
— Me ameaçando.
— Me posicionando.
— Não pode tomar nossa base, éramos aliados.
— Acertou, verbo no passado. Aliados que prendem
mulheres, para pressionar, mas não protegem o próprio povo,
tenho de analisar se quero como aliados.
O rapaz no comando olha o autômato o afastar e Raquel
chegar a ele e perguntar.
— Quer continuar ai seguro rapaz?
Ele olha para o general, não sabia se queria, tinha medo de
represália.
— Então segue eles a detenção, vamos começar a tomar a
base, se temos um povo a salvar, vamos começar a salvar.
Raquel olha o sistema e olha para Jose.
— Sistema de Macro transmitindo todos seus dados na
frequência que nos transmite José.
113
— Se cuida, já chego ai.
José desliga e olha para o tio e fala.
— Sei que não sei negociar, por isto que tenho tanta
resistência, talvez seja um erro genético da família.
John olha José e fala.
— Confia naquela humana, não gostamos de por gente
estranha para dentro antes de a conhecer direito.
— Primeiro ela pode ser estranha a vocês, não a mim,
segundo, não está dentro de nossas bases, e sim de uma
abandonada da família a mais de 2 mil anos, aqueles lugares que
sempre pensamos que poderíamos ter esvaziado e nunca o fizemos
e por ultimo senhor John, ela é minha companheira, podemos não
ter oficializado nossa união, pois tenho de falar com os pais delas, se
acha que os Glieseres são difícil, os Mac são mais difíceis ainda.
José estica a mão para ele e fala já saindo.
— Agora tenho de ir.
Cumprimenta todos e chega ao militar que fala.
— Vai nos meter em encrenca.
— Sim, se não temos negociação, temos de agir na força.
Paulo olha a moça deslogar vendo José sair e olha para o pai.
— Ele está envolvido por uma Mac?
— Dizem ser a mais cobiçada das menina dos Marques,
estranho pois falavam na mais inteligente, pensava o que ela via no
meu sobrinho, mas pelo jeito, ele acaba de tomar uma base na
nação do Sul.
— Pelo jeito não o conhecia. – John.
— Verdade, nunca havia conversado com ele, acho que a
própria propaganda me atingiu, mas o que faço com os dados desta
base.
— A base de Macro, volta a ser uma base dos Glieseres.
Hermes sorri, passa um pedido para cada um dos grupos,
entendeu a ideia do sobrinho, por os demais para trabalhar, viu que
o que achava que demoraria mais dois dias para terminar de
ordenar, nas horas seguintes estavam começando a funcionar.

114
Na base em Macro, uma
leva de veículos chega a ela,
vendo os autômatos tomando as
entradas, muitos estavam olhando
descrente, pois os Autômatos
Glieseres, mesmo para alguns descendentes, era lenda, pois
achavam ser sucata, 8 mil anos apenas nas historias, não no dia a
dia.
Um grupo entra vendo os soldados serem desarmados, eles
foram colocados em campo a fazer exercício físico, não os queriam
em celas, e sim preparados.
A nave de José aterrissa e olha para o autômato, ele entra nos
elevadores e desce a base inferior, olha para Raquel e a beija.
— Demorei pelo jeito.
— Não entendi a ideia.
— Não sei Raquel, sabe que liderar não é minha função, eu
disperso muito rápido, vou de função a função, até obter o que
quero, mas não sou de grandes ideias e planos.
— Meu pai deve estar chegando por ai?
— Problemas?
— Ele parece estranhar a ideia de ter sido salvo por gente que
nem sabia fazer parte da família.
— Gente?
— Carson e Floys.
— E o que faremos?
— Não sei José, você fala que não é bom em estruturar, mas
tinha certeza que estava verificando como enfrentar, as vezes usei
de blefe, mas do outro lado, você avançava sobre os blefes.
— Quem dera os blefes fossem o problema.
— E qual o problema?
— O sistema de ejeção da nave que destroçamos, conseguiu
ejetar não mais de 6% das capsulas antes de travar, estes 6% estão
fazendo um agito na Lua, devem ter morrido outros 6%, e temos
115
algo perto de 88% dos seres da nave destroçada que estão
precisando de ajuda, mais de 800 mil humanos.
— E os quer colocar onde?
— Na lua de Terra 2.
— Vocês tem uma base lá?
— Raquel, nossa lua ali no espaço, é o que chamamos de
Terra 1, a nave, a que circunda Terra 2, tem o nome do planeta de
destino, e a três, é o que chamam de Mad, nós chamamos de Terra
3, a segunda lua de Terra 3.
— Mas devem estar abandonadas há muito tempo?
— Sim, mas depois temos o problema destes outros dois
milhões de seres, em duas naves que parecem não querer negociar
nada.
— Sabe que os generais são por os destruir.
— Não gosto da ideia de matar mulheres e crianças Raquel.
— O que mais?
— Hora de tentar não demonstrar para os meus o como sou
confuso, quanto sofro em trocar ideias.
— Não entendi.
— Já ouviu falar do Paradoxo de Bill?
— Algo referente a uma família desenvolver seres com
inteligência inferior, e por isto, ser deixada para traz?
— Sim, os Camacho, para os Glieseres, são o que eles
deixariam para trás.
— Você não é burro José, porque não o ouviriam?
— Toda a criança Glieserer passa pela analise dos 62 tipos de
inteligências computáveis, em 12 delas, sou o menor numero entre
todos os meus, eles me consideram um Paradoxo de Bill, alguns
nem se mexeram para nos tirar do perigo, pois para algumas
famílias, que podem parecer corretar, dignas, como as Floys e a
Carson, eu era algo que não se daria falta na família.
— E mesmo assim toma uma base?
— Estou falando com você Raquel, não com eles, eu te amo,
sei que sou graças a isto, inseguro, tento omitir parte disto a muito
tempo, pois não temo enfrentar os seus, mas a reação dos meus,
referente a nossa relação.
— Bobo.
116
— Talvez seja.
Ela olha serio e aproxima-se, olha para ele, tinham quase a
mesma altura, e fala.
— Sabe que podemos estar encrencados para todo sempre.
— Sei, mas não esquece, tudo que fiz para estar ao seu lado,
faria de novo, que cada gota se suor que derramamos por este
caminho, a derramaria de novo, se for para a ter do meu lado
Raquel.
Ela o beija e fala.
— Sabe que tenho de contar algo, mesmo as vezes achar que
você sabe.
— Eu achar não é eu saber Raquel, eu temo as suas decisões,
mas as vezes, temos de enfrentar.
— E o que faremos agora?
— Vamos por generais a parede, e quero ver o que acontece.
José sorri e começa a sair pela porta, ele caminha por aqueles
corredores como se os conhecesse, Raquel vê ele chegar a cela dos
dois generais, o autômato abre, e José olha para os dois.
— Temos como dar um passo atrás generais? – José.
— Nos prendeu.
— Grande coisa general, mas a pergunta está de pé.
— Mas o que fará se não recuarmos?
— Terei de desarmar os demais, terei de impor toque de
recolher, até o fim da guerra, pois sozinho, não consigo segurar a
violência de uma nação.
— Acha que os demais generais não vão revidar sobre você?
— Vim conversar general, eu já falei, não tenho como reger
tudo com minhas mãos, não quero reger tudo com minhas mãos,
mas se não tiver alternativa, regerei tudo com elas.
— Mesmo podendo não dar certo?
— Com a certeza que não vai dar certo e no fim, a nação se
despedaça, pois como disse, não tinha intensão de mandar em
nada.
— Mas se for o caso vai se impor. – Brito.
— Vou reagir, vou forçar, vou dar um jeito no problema com
estes no espaço, mas quando acabar, todos os problemas locais, vão

117
estar sobre a minha cabeça, não gostaria nem desta
responsabilidade, mas parece que todos resolveram não ajudar.
— Sabe quantos eles são?
— Sei.
— Alguns falam que são mais de 800 mil, não teríamos onde
os colocar.
— Senhores, eles são quase 3 milhões, não pretendo decidir
sozinho onde os colocar, mas como já falei com alguns, pensava nas
terra frias de Terra 2, as naves deles, tem temperatura próxima a
media do inverno daquela parte de Terra 2.
— Mas não temos como reger isto, é maluquice, as nações
quebrariam para absorver estes seres.
— Não me ouviu senhor?
— Não acredito que colocasse 3 milhões de pessoas sem
estrutura nos campos de Terra 2.
— Logico que não os colocarei sem estrutura, obvio que darei
um jeito, mas a pergunta, porque prender minha amada, porque ir
contra a negociação, eles ainda tem armas nucleares para tirar este
planeta do caminho deles e ir a Terra 2, porque?
— Temos como os derrotar, as demais nações ainda não
entenderam o que aconteceu, mas todos estão se esquematizando
para os rechaçar.
— Então não vão dar o passo para trás e recomeçarmos as
discussões como se estas ultimas horas não tivessem acontecido? –
José.
— Não temos como ceder, somos a paz desta nação.
José respira fundo, dá a mão a Raquel e saem, os autômatos
fecham a porta, os generais ficaram a olhar para fora, eles pareciam
ainda acredita que o rapaz não tinha utilidade.
José chega a base, põem as coordenadas de todas as bases
em mais de 40 lugares, nas mais de 35 cidades da nação do Sul, a
confirmação de contingente, fez autômatos começarem a sair
daquela base e de outras especificas daquela nação e render os
soldados.
Na parte mais a Leste de Macro, os autômatos começam a
promover enterros coletivos, começam a ajudar a erguer as
pequenas cidades, a descontaminar o solo.
118
José olha para o local após a base ser tomada, assim como
prefeitura a prefeitura, bases do governo e da lei local.
Começava a escurecer quando as sirenes tocaram em todas
as cidades, anunciando toque de recolher.
Generais de 40 bases, mais de 80 deles se juntam a detenção
com Domenicos e Brito.
Brito olha para os generais e depois pra Domenicos.
— Ele nos tomou a nação.
— Disse que ele era perigoso, que tínhamos de o deter.
— Mas ele parece organizado, não entendi, em pouco mais
de 6 horas, ele fez o que o exercito do Norte tenta a mais de um
anos.
— Ele tem armamento de ponta.
José chega a cela que estavam os delegados, sabia agora que
haviam apenas seres da nação do Sul ali.
— Podemos conversar Delegados?
— Quem é você?
— Digamos que alguém que quer a chance de ser julgado
direito, e que tem uma proposta a todos os delegados.
— Você é José Camacho. – Delegado Slav.
José sorriu e olha para o Delegado Regente, e fala.
— Regente, precisamos por o exercito dentro de normas mais
claras, eles prenderam todos vocês, e não parecem preocupados
com o verdadeiro inimigo, minha proposta, montar nas 40 bases do
exercito, bases de poder politico militar, protegendo o povo
enquanto reerguemos as cidades, hora de por uma pedra no
passado e começarmos o futuro.
— Mas os generais não nos deixarão agir. – Slav.
— Me proponho a tentar os tirar dos cargos, para que vocês
voltem ao poder, mas não é hora de voltar a batalhar com a Nação
do Norte.
— Temos de discutir a ideia rapaz.
— Discutam enquanto nos preparamos para retomar a nação
nas mãos.
José sai e olha para Raquel.
— Dois grupos inertes, tenho de pensar em uma nova
solução.
119
José sobe e olha o rapaz que lhe apontara a arma na nave, ele
estava ali, desarmado e fala.
— Todos me perguntam, como alguém tão odiado, pode ser a
nossa solução.
— Não nos apresentamos rapaz, sou José, um ser odiado que
entrou em campo sem saber que poderia fugir.
— Tenente Brunus.
— Preciso ter uma ideia nova, todos querem continuar na
mesquinharia.
— E resolveu tomar a nação?
— Sim, e temos ainda infiltrados do Norte e do Nordeste em
nossas Terras, pois ambos falando em parar a guerra, quando a
informação dos generais detidos, eles se armaram na divisa.
— Vão nos invadir, e não os vai soltar?
José olha Brunus e fala.
— Eu gostaria de ver eles avançarem, mas eles estão lá
olhando os pelotões de Autômatos postados, armados, mas
precisamos reestruturar a nação, ainda temos 12 cidades nossas
que tem exércitos de outras nações sobre elas, vamos as retomar, a
guerra acabou mas eles querem ganhar terras nossas, inadmissível.
— E parece perdido.
Raquel olha para o rapaz e fala.
— Não era para ser assim rapaz.
José completa.
— Era para ter generais no país fazendo isto, mas não
reagiram como achei que o fariam, sou péssimo neste ponto,
parado, eu sou de agir, não de ficar fazendo planos eternos parado
ao controle.
— E quem são estes que estão a base?
— Gente da cidade, os que sobreviveram, acho que ainda
estamos em guerra, então as 40 bases estão abrindo espaço para
mais de 270 mil habitantes do sul.
— Parece uma estratégia falha.
— Sim, mas temos de os desintoxicar, os dar de comer, os
atender, antes de continuar, nação sem povo, não é nação.
— Acha que os generais mudam de ideia?

120
— Preciso que eles pensem, eles ainda estão em planos de
guerra com irmãos ao lado, como preparação de mais gás toxico
para decolar amanha, como armas de destruição sendo colocadas
em navios para contornarem pelo mar algumas nações.
— Acha que eles não querem parar a guerra? – Raquel.
— A paramos, mas eles não fizeram nada para que se
mantivesse a paz, pareciam ainda nos planos de guerra local.
O rapaz olha para José e pergunta.
— Parece temer os que veem ai.
— Brunus, se eles tem uma arma nuclear para cada habitante
de Sul, eles tem o poder de destruir todas as nações ainda, não me
parece logico que eles já não tenham feito uma base em Terra, mas
ainda os estamos estudando, mas eles ainda são meu maior medo
sim.
— E os vai deixar chegar?
— Eu desarmei o que estava abandonado lá, um maluco
consegue uma nave nossa, demora 3 meses indo, se apodera delas
e simplesmente nos detona.
— Nisto concordo com você, perigos não se deixa
abandonado por ai, mas sabe o risco de terem abandonado bases
como aquela nas montanhas TT?
— Elas nunca foram abandonadas ali Brunus, nosso medo era
bases como esta, abandonadas.
— Vou falar com alguns militares, entendo que não podemos
deixar estes chegarem a Terra, mas tem de ver que Generais temem
pessoas abaixo deles com poder.
José olha para o rapaz sair e Marcus Donte, entra pela porta e
fala.
— O que faremos José?
— Troca os comandos, temos de saber onde é a base deles no
planeta, e monitorar eles de perto, bem de perto.
O rapaz sorriu e Raquel viu seu pai entrando pela porta, agora
era a parte que ela ficava insegura.
José chega a frente e fala.
— Bem vindos. – José apertando a mão do senhor João
Marques, pai de Raquel.

121
— Precisamos conversar rapaz. – A frase foi seria, mas José
não esperava menos que isto, mas sempre tentava adivinhar, isto
poderia o afastar por pensamentos próprios.
José fez sinal para a sala ao lado e o senhor olhou que Raquel
entraria junto e a olha.
— Gostaria de falar a sós com ele filha.
José viu que o senhor falaria algo que os demais não
ouviriam, seria a versão dos dois, não uma compartilhada.
Jose oferece a cadeira, e senta-se na outra, olhando o senhor,
que foi direto ao assunto.
— Deixar claro rapaz, sou contra a relação de você e minha
filha, nem sabia que você era o Bill Camacho, e já era contra, você
quase a matou, você quase a tirou de nós, por algo que não acredito
que sejam inocentes.
José olha o senhor, ele não teria de responder a isto, apenas
olha para o senhor, sacode negativamente a cabeça, como se não
concordasse e ouve.
— Pode não concordar, mas farei de tudo para afastar ela de
você, não gosto nem da ideia dela próxima de um Glieserer, podem
ter nos salvo a vida, mas vocês nos colocaram no perigo, então não
existe divida ai.
José se levanta e apenas fala.
— Se veio apenas falar isto, não precisava vir senhor,
mandasse uma mensagem.
— Não acabei.
— Então termine.
— Vamos sair com nossa filha, você a tirou de casa, nos
afastou ela por mais de ano, ela nos deixando preocupados, vendo
as coisas desandarem, mas o lugar dela é em casa, não aqui.
José olha para a porta, Raquel estava ali, ela ouvira, seus
olhos foram aos dela que falou.
— Discutiu com ele pelo jeito.
José não falou nada, saiu pela porta, olha Marcus e fala.
— Vou voar Marcus, isola a região até eu voltar.
Raquel viu que José não ficaria para discutir, ele nem a olhou,
ele estava em pedaços, e a única frase que ela falara, foi referente a
ter discutido, não queria discutir.
122
José nem ouviu o senhor João gritar que não os podiam
prender ali, ele não esperou nada, chega a parte alta, olha o escuro,
olha o céu estrelado e uma lagrima lhe corre ao rosto.
Uma nave se aproxima, ele a vê parar e entra, sabia que era
uma das de TT, olha os autômatos no comando e fala.
— Base em Poti.
A nave decola, Poti era uma base entre TT e Macro, onde Jose
estava quando da comunicação de Raquel com ele, quando ela
pediu para tirar as naves do ar, e ele apenas as acionou em todas as
bases que tinham como reagir a algo.
Raquel olha para o pai que fala.
— Mal criado este seu namorado, sou contra, deixei claro que
sou contra a relação sua com o Bill dos Camacho, não a quero
envolvida com alguém dos Glieserer, se soubesse que ele o era, não
teria deixado vocês nem se aproximarem.
Raquel olha a mãe e pergunta.
— Estão bem pelo menos?
— Sabe que não vamos aceitar filha, não adianta achar que
penso diferente do seu pai.
— Não perguntei, perguntei se estavam bem, pois referente a
quem gosto, me relaciono, pai, mãe, vocês não tem nada haver com
isto, não sei o que falou para ele pai, José não é de fugir de uma
discussão, pelo jeito pegou pesado.
— Soube que ele é o Bill dos Camacho, um retardadinho, e
quer que aceite assim filha? – João.
Raquel entendeu onde pegou, bem onde os Glieserer o
descriminavam, mas olha descrente para o pai, parecia
decepcionada e fala.
— Se estão bem, me despreocupo. – Raquel olha o rapaz no
comando e pergunta.
— Ele foi para onde?
— Base em Poti.
— Não conheço.
— A base que estávamos quando pediu para ele para tirarem
as naves do ar, estávamos em Poti.
— E o que ele vai fazer lá?
— Não sei, e não tenho a quem perguntar moça. – Marcus.
123
Raquel olha para Brunus entrar e pergunta.
— Algo positivo, pois começo a ter vontade de deixar eles
explodirem tudo. – Raquel.
— Temos um grupo de militares que entenderam a urgência,
que precisamos nos organizar.
— Alguém que comandava isto antes?
— Dois.
— Vamos então voltar a os monitorar, posso estar errada,
mas teremos um ataque nesta noite a enfrentar.
— Porque acha isto? – Marcus ao comando.
— José não ficou para a discussão, ele veio tentar um acordo
com Generais, depois com políticos, não conseguiu, ele vai a algo,
só não sei oque.
Brunus viu o rapaz vir de dentro e começar a por os dados, e
olha para ele.
— Fala rapaz.
— Eles aceleraram os restos da nave que havia sido quase
despedaçada, um grupo de naves, 12 delas, está se posicionando
para usar a passagem dela, como escudo para algo.
Brunus olha para o rapaz que não conhecia e fala.
— Não lhe conheço, mas tem algo a fazer?
Marcus olha para Raquel e olha o sistema, olha os dados e
fala abrindo comunicação com José.
— Base de Macro para José Camacho, pode falar?
— Informe.
— Naves hostis usando os destroços como escudo para algo,
não temos ainda o que farão.
José chegava ao comando, as pessoas não estavam ali, a base
aos pés estava com mais de 6 mil pessoas, mas ali, não tinha
ninguém, liga os comandos, olha as determinações e abre
comunicação com Terra 1, a lua artificial.
O pedir para falar, demorou para ser respondido, estava
quase achando que não responderiam.
— Base Terra 1, qual a urgência.
— Não tenho como detectar fielmente as naves que no
acelerar dos destroços, estão ocultas por trás deles, permissão de
uso dos radares para isto.
124
José olha Hermes olhar para ele, até então estava falando
com a assistente de comunicação.
— Urgência?
— Acho, é uma possibilidade, que seja uma ataque de nível
nuclear que vão jogar em algum lugar.
Hermes olha o filho e fala.
— Consegue focar os radares filho?
O mesmo dá os comandos e a imagem das naves, a analise
espectral, e o senhor fala.
— Armas a base de Uranio Enriquecido detectadas pelos
espectro de composição rapaz, o que faremos?
— Cuidado, eles vão passar perto da Lua, não sei se não
podem ser alvo, mas 12 eles não lançariam apenas sobre vocês,
temos de as abalroar senhor.
Hermes pede uma opinião e os rapazes do comando a baixo
pedem tempo para a analise, José o acompanha e ouve.
— O quer faria Jose Camacho?
— Os abalroava, eles ainda estão longe, eles ficariam pelo
caminho antes.
— Mas como?
— Danificando os motores, eles param e ficam para trás.
Hermes dá o alerta e 30 naves decolam no sentido dos
destroços enquanto José olha as imagens da nave, e olha alguns
rapazes colocando armas no comando, eles queriam fazer estrago, e
dá a ordem de retirada daquilo.
A contra ordem fala que não podiam arriscar vidas humanas
para execução daquela ordem, os autômatos se recusam e José
aciona autômatos normais de serviço, eles entram na nave, ele
entra na nave de transporte e se lança ao espaço.

125
Brunus chega a entrada da
cela e olha para o General Brito.
— Nos traindo rapaz? –
Comandante Macros.
O rapaz não respondeu e
apenas indica ao autômato o general que foi afastado e tirado da
cela, o mesmo vê o rapaz a sua frente e pergunta.
— O que quer falar Brunus?
— Os seres continuam a atacar, temos mais 12 levas de
ataques deles que vem sobre nós, mas vejo que o rapaz não queria
tomar a base, pois ele não quer ficar ao chão enfrentando, e sim ao
espaço protegendo, mas a posição de vocês o obrigou a isto.
— Quem está no comando?
— O clima está pesado senhor, estava tentando entender o
que estava acontecendo, mas o rapaz é odiado até pelos seus, ele
precisava ajuda, e pelo jeito, está tendo de fazer com as próprias
mãos.
— Acha que devemos fazer oque?
— Acho que ele não vai dar conta sozinho, entendo ele
senhor, todos querendo manter guerras internas, entendi que
muitos que estão ali, falaram que estavam parando as guerras mas
ainda atacando nas divisas, lançando misseis, continuavam a perder
vidas em uma guerra que poderia esperar.
— E o que está fazendo?
— Tentando manter parte do pessoal na ativa, para que se
voltarem não tenham de parar tudo antes de começar novamente,
sei que estou arriscando meu pescoço general, mas se ele cair antes
de alguém apoiar, podemos perder tudo.
— Mas o que faz pensar que ele não tem muitos apoios?
— Ouvi alguns que apoiaram ele, assim como o pai da
namorada, chamar ele de Bill dos Camacho.
Brito olha em volta e pergunta.
— Acha que eles estão errados? – O general se posicionado.
126
— Senhor, as vezes a pessoa pode ter uma péssima nota em
QI voltado aos cálculos, mas a nível de reação a ameaça, ter QI
superior a todos os outros, e ele e a moça, se conhecem de forma a
formarem um grupo de ação organizado, ele saiu para não discutiu,
ela pareceu entender em entrelinhas não ditas, temos problemas
ainda, em meia hora de informações, detectamos o novo ataque,
mas o segredo ali está no conjunto, não em um.
— Esta dizendo que os dois tem utilidade juntos, quase que
adivinhando o caminho do outro.
— Um jogador em campo, que sem olhar faz o passe, por
saber que o outro estará lá, não é adivinhação senhor, é conhecer o
como a pessoa se movimenta e se porta.
— E como alguém assim pode estar no comando?
— Não está, a moça foi bem clara nisto, eles não queriam
estar no comando, o rapaz falou que é alguém de ação, não de ficar
olhando, mas ele não deixaria acontecer de novo senhor.
— Ele volta?
— Não sei, mas qualquer coisa passo um recado para a moça,
mas somente se forem ouvir, pois desgastes a mais senhor, não
resolvem nada.
— Vou falar com os demais, mas nos mantem informados.
— Tentarei senhor.
O rapaz sai pela porta e o general é deixado a detenção
novamente.

127
José chega aos destroços da
nave, após ver os demais
autômatos abalroarem as naves,
para a direção e vê os senhores
amarrados, olha para as bombas,
não teria como as desarmar, olha o calculo, estabeleceram para
quando estivesse sobre o destino, sinal que calcularam o destino
deles.
José olha para os senhores e os solta.
— Porque disto?
— Eles os consideram mortos mesmo, então os usar para
destruir tudo, é uma alternativa.
— Considero traição, isto sim. – O comandante.
— Senhor, estas bombas vão estourar, em 25 horas, odeio
esta ideia por todos os pontos que a encarei.
— Acha que teremos de disparar as capsulas?
— Vamos começar a esvaziar elas, vamos priorizar as voltadas
para o espaço externo, vou precisar de mais de uma hora para
preparar isto, e esta hora pode nos fazer falta senhor.
— E todos ainda mandam recados de ódio sobre você, não
entendo o que você é? – Comandante daquela nave.
José não discutiu, teria de preparar as coisas, pouco tempo.
— Temos de afastar todos da região que colocaram bombas,
vamos começar a estabelecer pedaços que não tem ninguém, e vou
começar a afastar do complexo.
— Acha que conseguimos salvar quantos?
— Sei que todos não consigo senhor, mas minhas metas
sempre estão no todo, nunca no parcial.
— E esta bomba?
— Vamos tirar vocês daqui, por na direção superior, depois
vamos começar a dispor de naves, para tirar parte do pessoal.
— Então vamos.

128
Os senhores pareciam assustados, autômatos de serviço
normais, usados para reformas, começam a por a volta das bombas
uma serie de paredes.
O sistema de lazer das naves começa a cortar a nave em 4
grandes grupos, José olha para a parte onde estava o antigo
comando ficar solta, eles afastam as partes ao fundo, apagando as
luzes, jogando com a inercia, José olha o cabo de energia da nave,
que determinava a contagem regressiva das bombas, na sua mente
tinha quase uma certeza, então aquela parte fica na parte voltada a
direção das demais naves, José se afasta, os diretores olhavam que
os autômatos, os sistemas, as naves, dividiram em 4 partes que
continuavam indo, olhavam para a nave do rapaz, quando veem a
explosão vinda da direção da antiga base, quando tirado a energia
do contador de tempo, o sistema disparou de imediato.
José olha para o estrago, apaga as luzes e vai armando
bombas nas naves que haviam sido abalroadas, ele olha para os
sistemas e 3 deles, explodem ao espaço, indo no sentido da Lua,
outras tiradas todas as sinalizações, rádios, jogadas no sentido das
naves que vinham.
José estava se irritando e não tinha em quem descontar.
Após 6 horas ajeitando detalhes e cortinas de fumaça ao
espaço, para que olhassem para outro lugar, ele volta a base de
Poti.
José desce aos alojamentos, como um qualquer ali, olha as
pessoas assustadas mas sentindo-se protegidas depois de meses de
guerra, entra em um simples, olha as reservas de agua, quase nada
para desperdiçar, lava a ferida na perna, passa a pasta cicatrizante,
olha os dados dos demais e deita, ele precisava descansar, estava
pregado.

129
Na nave frontal de Glieser
1, o comandante olha a explosão e
fala.
— Pensei que não
reparariam na bomba, mas
alguém morreu lá, tentando a desativar.
— Mas e os ataques?
— Tivemos duas explosões na direção da Lua deles, mas a
holografia parece se manter firme sobre ela, não sabemos o estrago
por baixo daquilo.
— Comunicação do planeta?
— Devem ter problemas de transmissão, mas nenhuma nave
parece ter acertado o planeta ainda.
O senhor estava falando quando sente o estremecer e olha
para o rapaz.
— O que foi isto subalterno.
O rapaz tenta a imagem frontal, mas eram aparentemente
apenas pedras, olham aquela imensa pedra de gelo entrar na
proteção deles, vinda dos asteroides e a proteção da nave a segura,
mas o choque do parar da nave, se espalhou por toda a estrutura,
na sequencia sentem uma segunda explosão, uma da naves acertara
o asteroide de gelo e o mesmo se despedaça entre a pequena nave
e a imensa Glieser 1.
Os alarmes para as pessoas se protegerem começam a
disparar em toda a nave, correria, pequenos problemas estruturais,
e a segunda nave é acertada por um segundo asteroide, a segunda
nave para ao ar, balançando no espaço e vibrando.
As pequenas naves explodem na proteção dando outros
solavancos, e o comandante da frontal olha o subalterno e fala.
— Temos como desviar?
— Temos 4 imensas rochas de gelo ainda vindo, não sei
senhor se conseguimos as desviar.
— Como está o escudo.
130
— Segurou senhor, mas parece que eles estão nos forçando
parar, parece ser algo para nos deter em meio ao caminho.
— Ou nos parar, mas e estas explosões?
— Não temos nada de tamanho para gerar a explosão, deve
ser algo pequeno gerando apenas abalo por bater na proteção
ainda em vibração.
— Verifica todas as estruturas, pelo jeito eles não gostaram
da nossa manobra, eles reagiram rápido.
— Estou reestabelecendo o equilíbrio, calculando as linhas de
escape das demais rochas.
— Porque não vemos para fora?
— Algo cobriu toda a camada protetora, quer dizer, a
explosão de algo sobre o asteroide de gelo, gerou milhares de
partículas pequenas, nossa gravidade própria, as está mantendo a
volta, ainda não é seguro para as deixar cair senhor.
— Certo. – O comandante caminha no sentido da cidade
interna, que tinha giro próprio, mas bem inferior a uma gravidade
natural, permitia o crescimento de comida, o manter da parte
saudável do corpo, foi lá falar com o prefeito e os indicados, para
comunicar os acontecimentos.

131
João Marques segura firme
o braço da filha e fala.
— Vai voltar filha, não vou a
deixar com estes daqui.
Raquel olha o braço e o
puxa, o senhor olha como se tentando se impor.
— Temos como nos proteger melhor em nossas bases, não
nestas cheias de gente normal.
Raquel sorriu e falou.
— Normal? O senhor é normal pai, não se faça, quer algo que
não sei ainda o que é, mas sei que se fosse um Carson, estava
babando por ele, mas não sou mercadoria, eu não passei perigo
porque ele me colocou nisto, e sim porque ninguém se deu ao
trabalho de me alertar do perigo, mas melhor acharem um
alojamento, existe chance de ataque nuclear sobre nossas cabeças
esta noite, não é um bom lugar para estar hoje a noite.
— Esta blefando.
— Não me viu blefar pai, mas se veio apenas destratar meu
companheiro, perda de tempo.
— Sabe que ele é um retardadinho.
— Um do meu tamanho, não pequeno, mas não estou com
ele pela inteligência racional, e sim pela emocional, não estou com
ele para discutir teses físicas de energia quântica e suas formulas,
estou com ele pois ele sabe me ouvir, me proteger, mesmo quando
eu grito que não quero ele me protegendo.
— Mas ele lhe colocou em perigo.
— Não, ele me tirou do perigo, pois vocês tiveram de ser
resgatados, eu e ele, saímos como os pés e mãos do problema.
— Tem de me ouvir filha.
— Ouvi, está o descriminando, por algo que para mim,
sempre disse ser uma lenda, agora se faz de quem manda, por mais
de um ano, estávamos passeando e conhecendo, e o senhor nem
me ligou, agora quer algo, mas não disse ainda.
132
— Tem de entender que não quero um retardado como neto,
não quero um qualquer lhe fazendo sofrer.
— Um qualquer quando se ama, é mais do que muitos tem
pai, não vou me vender por conquistas financeiras.
— Mas ele não lhe deu nem atenção.
— Ele não queria discutir, ele sempre achou que o senhor
seria mais fácil que a família dele, sinal que ele espera algo pior do
outro lado, mas encaramos juntos.
— Mas não pode querer ficar com o mais pé-rapado dos
Camacho.
— Ele nã... – Raquel para a frase e olha em volta e fala –
...não o conhece pai, pensei que conversariam, não teria deixado ele
só ali, se soubesse que não conversaria.
— Conversar com um retardadinho, fala serio.
Raquel olha para Marcus ao comando ao longe e pergunta.
— Alguém decolando para Poti?
— Um ultimo grupo.
— Pede para me esperar.
O senhor João segurou o braço dela forte e falou.
— Não pode ir para os braços dele, disse que não aprovo.
Raquel puxa o braço com força e sai pela porta, pegando o
elevador de subida, o senhor viu que por ali somente os autorizados
pelos autômatos, ficou barrado ali enquanto ela saia pela parte alta
no sentido de Poti.
Chega a região, não conhecia, pede para falar com o grupo de
organizadores e pergunta onde conseguiria falar com José, a moça
olha as listas e indica uma região ao fundo, ela foi com a numeração
e bateu a porta, olha Jose abrir a porta e olha-la com o sorriso de
sempre e falou.
— Me deixou lá.
— Desculpa, não queria discutir, não estava legal para
discutir, e sei que acabaria por discutir.
— Não pensei no meu pai falando o que falou, não quero
discutir com ele, mas não dá para ficar ouvindo ele.
José a puxa pela cintura e fala.
— Pelo jeito não comecei bem com seu pai.
— Ele parecia querer alguém que não falassem mal.
133
— Para falar mal de mim, teriam de me conhecer Raquel.
— Não entendi.
— Neste conjunto de coisas, pela primeira vez falei com o
irmão de meu pai, estranho todos falarem que Hermes Camacho é
seu tio, que ele coordena parte da coisas e nunca ter falado com
ele.
Raquel o abraçou e perguntou.
— Está bem, sei que ele deve ter pego pesado, entendi pelas
palavras referente a você que ele usou bem o que mais lhe chateia.
José fecha a porta, e os dois sentam-se na cama, pequena,
para um, ela olha ele seria.
— Tá serio demais.
— As vezes tenho medo de lhe perder, de você ver em mim o
que todos veem, e me deixar, digamos que é minha insegurança
falando alto neste momento.
Raquel o dá um beijo curto, pegando em seu rosto e fala.
— Eu te amo José, sabe que lhe respeito, lhe quero – ela olha
serio para ele – sei que eles falam achando que sabem de algo, mas
vi que você é bem incisivo quando quer, e não me contou tudo.
— Quer saber tudo?
— Antes que eles usem algo que não me contou, para nos
afastar, com uma versão apenas deles.
— Teme isto?
— Não, mas é mais fácil se posicionar sabendo mais do que
sei, vivemos 2 anos intensos, sei que foi intenso José, mas não
falamos de família, acho que os dois escondendo as famílias para
evitar problema.
José a olha e fala.
— As coisas não são tão diferente assim entre sociedades
fechadas, elas comem, dormem, geram intriga, mas obvio, existem
regras que pedem pelo respeito das famílias, a minha família,
sempre foi a que gerou os QI mais baixos de todos os Glieseres, mas
não quer dizer que não sejamos inteligente, mas é difícil concorrer
com alguns da linha Carson, Floys, eles parecem sabe a resposta
antes mesmo de tentarmos resolver o problema.
— E fazem isto com todos?

134
— Toda geração, eles controlam, não sei porque, mas
controlam, dizem que não é algo a ser considerado, mas passam
todos por esta analise.
— Parece não gostar do assunto.
— Raquel, antes de lhe conhecer, me considerava um
derrotado, pois eu tenho de me esforçar para conseguir fazer o que
os demais fazem facilmente.
— O que foi aquilo, de ir falar comigo como um espirito.
— Tecnologia.
— Fala serio.
— Falo, existe um ditado antigo que a tecnologia nova, se não
parecer magia, sobrenatural, não está no ponto que precisamos
para evoluir a frente.
— E vai me ensinar fazer aquilo.
— Sim, mas tenho medo de lhe perder, entenda que sou um
cara que não tem tanta alto confiança quanto parece, você me
provocava a ir a frente, quando fomos presos, quando ninguém se
mexeu, temi por você, já que sabia que os meus não se mexeriam
para me tirar de lá.
— Acha que eles não vão me aceitar.
— Meus pais vão, nem conhece meu irmão ainda, mas fora a
família, as vezes vai ouvir fuxicos, comentários com risinhos, mas
não é esta parte que me preocupa.
— O que lhe preocupa.
— Vi que meu tio não está preparando os filhos para tocar a
parte dos Camacho, e isto me preocupa.
— Porque?
— Digamos que entre os Glieseres nascer um Camacho é
motivo de piada, dai sempre alguém vai ficar entre os mais baixos,
não sou de reclamar, mas isto fez a família se afastar muito da base
superior dos Glieseres, então somos mais ligados ao comercio, a
tecnologia nova, a sistemas de produção em grande escala, e
principalmente, a segredos.
— Segredos?
— Eles acham que a vida está nas grandes rodas de ciência,
de literatura, de física, nas grandes áreas da física ainda a serem
desvendadas.
135
— E os Camacho?
— Raquel, fora os Camacho, poucos sabem que existe um ser
inteligente que corre nas florestas ao sul, que tem cidades
subterrâneas, que tem uma sociedade evolutiva de mais de 8
milhões de seres que se denominam de Seres, no continente ao sul,
somente os Camacho, mantem uma linha de comercio com eles,
que nos rendem pedras raras, que nos rende adubo orgânico de
ótima qualidade.
— Está dizendo que não apenas sabe deles, você comercializa
com eles.
— Um dia vou lhe apresentar a cidade deles, e vai entender,
que inteligência não se analisa por QI, que existe locais que não se
fala, mas existem neste planeta.
— E os demais Glieseres não sabem?
— Falar e acreditar é diferente, somos dos poucos Glieseres
que se dedicam a produção de comida, eles produzem inteligência,
ciência, mas meu pai sempre diz que com a barriga vazia, não me
adianta inteligência.
— Pelo jeito vocês estão mais longe dos demais Glieseres do
que parece a primeira vista.
— Raquel, o que vou falar, é entre nós ainda, somente entre
nós.
— Grave?
— Não tenho certeza.
— Certo, o que desconfia?
— Que alguém dos Glieseres, preferiria que os humanos que
estão chegando, tivessem tido êxito.
— Porque acha isto?
— Pensa, eles nos consideram inferiores, nos consideram
menos inteligentes, mais lentos, e em meio a crise, nomeiam meu
tio ao cargo na Terra 1, a lua. Fomos acusados, mas nenhum dos
meus entrou em contato para dizer que nossas famílias estavam
presas, era por uma linha num artigo do Drack, teríamos olhando,
nada foi colocado lá, algo nos financiou a estada em um caminho
semi impossível de não ser premeditado, pois eles nos afastaram de
todos os campos de morte, em uma caminhada de quase um ano
Raquel.
136
— Se forem eles, o que pretende?
— O que eles não querem, salvar os ao planeta.
— Acha que eles substituiriam os demais?
— Não sei, por isto apenas falei para você, eu sai de lá pois a
inercia estava me irritando, seu pai me deu o motivo para sair, mas
precisava sair de lá.
— Eles parecem querer lhe ver em campo, mas não querem
parecer lhe dar cobertura.
— Como falei, se eu morrer, eles não se sentiriam atacados,
seria apenas o Bill que morreu.
— E vai fazer oque?
— Vou deixar eles terem algum êxito.
— Mas...
— Eu não posso defender todos, a nossa nação está
protegida, mas preciso dormir um pouco, estou cansado.
Raquel sorriu e falou.
— Vai ser mais dolorido do que aquela sua barraca.
Jose a olhou sorrindo finalmente.

137
José acorda com alguém
batendo a porta, ele olha para
Raquel que levanta-se e vai se
vestir, ele coloca a calça e vai a
porta.
José olha o senhor Paul Floys a porta.
— Temos de conversar rapaz.
Jose esperou Raquel chegar a porta e falou.
— Onde?
— No comando, mas pediram sua cabeça.
José olha para Raquel que pergunta.
— O que aconteceu?
O senhor não respondeu, José a estica a mão e vão a base,
José lembra que não tinha ninguém ali no dia anterior, hoje estava
cheia, chega a uma sala e tinha mais três ramos daquilo que
chamavam de família, mas era a primeira leva de colonizadores, não
uma família.
— Senhor Jose Camacho, queremos uma posição sua
referente ao ataque Nuclear sobre a capital do Norte.
— Minha? – José.
— Você estava num plano de rechaçar uma ataque ontem,
destes humanos, e todos indicam você como o causador disto.
— Todos? – Raquel.
— Não se mete moça, não é da família.
Raquel ia falar e José a olha e fala.
— Não vale a discussão Raquel, eles erram, ficam inertes, e a
culpa é sempre dos Camacho, eles os inteligentes não erram, mas
são inertes, mas não vale a discussão.
— Está nos acusando?
— Devolvendo a acusação, não estava apenas eu lá, mas
somente os que se propuseram a ajudar, mas qual o estrago, onde
foi, quando foi?
— Fala como se não soubesse.
138
— Sabem que estava dormindo, eu durmo, esqueço que
vocês não.
— Esta sendo irônico.
— Não, tentando manter a educação, mas não me
responderam.
— Estamos analisando, a base está desde ontem tentando
uma resposta sobre o ataque, mas os rádios não funcionam na
região, e não sabemos ainda como eles vão levar isto.
— Estranho vocês me acusarem, mas tudo bem, querem que
faça oque?
— Vai ser detido para averiguação.
José olha os presentes e fala.
— Vão me deter, bom, e quem vão acusar amanha, pois sei
que é aquilo que todos negam que está acontecendo, vocês nos
odeiam, mas tem de manter o discurso, pois foi um Carson que
desenvolveu o estudo do complexo de Bill, mas se vão querer me
deter, achem provas, se querem me irritar com suas inercias, agora
vou por todos a pensar, a fazer, pois onde vocês estavam ontem?
— Estudando os problemas.
— Mentir vale? – José.
— Não estamos mentindo.
— Certo, eu sai daqui, para o ataque aos seres, assim que eu
sai desta base, vocês tiraram todos os seus dela, pode estar agitado
agora, mas ontem, não tinha ninguém, então não me venham dizer
que estão fazendo algo desde ontem, vocês estavam a cama como
eu, mas logico, tem de ter sido o Camacho, e se estão achando legal
fazer isto, sem provas, me considero fora da família de vocês, quero
ver o ano que vem sem os Camacho, alguém de outra família ter de
ser apontado, seus hipócritas.
José olha para Raquel e fala.
— Vamos, temos de sair rápido.
Raquel viu que José não pegou leve, ele pega o comunicador
e passa uma mensagem para o tio e o pai, escrevendo apenas.
“Neste instante, não sou mais um Glieseres, não pertenço
mais a esta família de inertes, se precisarem, peçam algo para eles,
não para mim.”

139
Os senhores olham José sair e o senhor Paul olha para os
Dames, e fala.
— Se era o que queriam, está feito, mas sabem que não
deveria ser assim.
— O vai defender.
— Ele foi o único que enfrentou.
— Não entendeu Floys, alguns dos nossos preferem estes que
estão chegando aos que já estão aqui.
O senhor não acreditou no que ouviu e falou.
— Duvido que alguém tenha coragem de por isto no papel, e
se isto é real, vocês que tem de ser presos, vocês que estão por trás
disto, não o rapaz, realmente os transforma em Hipócritas.
O senhor Dames não gostou da colocação, mas olha para
outro que fala.
— Temos de nos organizar Floys, estamos tomando as rédeas,
não sabemos ainda como o fazer, mas vamos enfrentar.
Floys sai da sala e olha para o rapaz ao comando.
— Onde Jose Camacho foi?
— Decolou com uma das naves de TT a segundos.
— Indo para onde?
— TT.
— Algo mais?
— O senhor Jonathan Camacho quer falar com o responsável.
— Mais um Camacho se achando. – O senhor Dames
chegando ao local.
Floys abre a comunicação e viu o pai de José a tela.
— No que posso ajudar Jonathan?
— Saber apenas duas coisas, porque tem uma ordem de
prisão ao meu filho, no sistema, e porque ele disse que não
pertence mais a família?
— O conselho acha que ele foi responsável pelo ataque a
capital do norte.
— Tem provas disto, ou é apenas para justificar a inercia de
vocês Floys.
— Fui voto vencido, mas acato o conselho.

140
— Então pode considerar que minha parte da família, está
fora, e melhor tirar a bunda desta base, isto é dos Camacho, vamos
retomar e por vocês para as terras que deixaram atacar.
— Não tem como o fazer.
Os autômatos surgem em todas as portas e Jonathan olha
para os demais pelas câmeras e fala.
— Autômatos, ponham as famílias Glieseres em locais
seguros, ai não é mais seguro.
Os sistemas travam, os autômatos começam a tirar as
pessoas e as levar a naves de carga e o senhor Dames gritava com
Floys que aquele lugar era dos Glieseres.
Paul estava no cargueiro decolando quando recebe a ligação
do pai, senhor John que pergunta.
— Me informa o que esta acontecendo filho?
— Os autômatos nos tiraram da cede em Poti, estamos sendo
colocados para fora.
— Não perguntei sobre isto.
— Sobre oque está falando?
— Hermes e a família, estão saindo de Terra 1, a lua, e
anunciaram a saída da família, que se querem enfrentar que
mandem alguém aquela lua.
— Eles não podem debandar pai, disse que eles não o fariam.
— A ideia de ontem foi péssima, sabe disto filho, acatamos o
que os demais falaram, mas não quer dizer que gostei, mas a
pressão vai subir, pois estes que decidiram, vão se fazer de
indiferentes, como se não soubessem, dizem que a historia está se
repetindo.
— Pai, ouvi Dames falar que parte da família quer que os que
estão chegando vençam, não entendi, se for real, preciso saber pai.
— Tem de entender filho.
— Parece até que vocês sabiam de tudo desde o começo pai,
o que está acontecendo?
— Vem para a base de Crome, vamos fazer uma reunião ali.
O rapaz olha para os demais, algo estava errado, e tinham um
problema a resolver.

141
José para na base em TT e
olha para Raquel.
— Acha que dava para
conversar?
— Não, você me antecipou
o que pensava, e ainda acha que não é inteligente, você sente de
onde vem a ameaça.
— Intuição, para os seres de QI, é coisa de fraco Raquel.
— E vamos fazer oque?
— Meu tio vem ai, meu pai, minha mãe, meu irmão, não sei,
me sinto perdido quando todos estão por perto, mas preciso saber
o que está acontecendo.
— Porque todos vieram para cá?
— Se olhar o sistema, eles pressionaram meu tio, minha mãe,
e me acusam de algo, que sabem que não fui eu, talvez todos
sentiram como se os demais estivessem nos usando.
— E o que vai fazer?
— Ajudar, eles devem demorar um pouco.
— Ajudar?
José olha para os sistemas ao fundo, que pareciam grandes
barracões, se abrirem, e um elevador trazer em cada um deles uma
pequena nave de combate, os autômatos vão a elas e começam a
decolar.
Em minutos estavam sobrevoando a região atingida,
covardes, a cidade ao chão havia sumido, mas a radioatividade
estava alta, os autômatos sobrevoam e olham onde o nível de
radioatividade os deixava funcionar, eles começam a descer, as
pessoas tensas a rua, com queimaduras, começam a ver os mesmos
montar barracas e começarem a indicar onde poderiam ficar.
O tirar deles dali, precisava de um local onde eles não fossem
contaminar os demais, os autômatos olham as pessoas em estado
mal de saúde, começam a medicar, a cuidar das queimaduras.

142
Alguns militares começam a ajudar, a ver que estavam
recebendo ajuda que nem sabiam de onde vinha, mas era bem
vinda.
Os sistemas começam a passar os dados, José olha para as
informações e fala triste olhando para Raquel.
— Ainda bem que boa parte está ainda nas cidades de
proteção abaixo da cidade.
— Acha que vamos ter grandes perdas.
— Vamos.
O sistema começa a dar resultados, mas o principal, o que os
demais Glieseres estavam fazendo, nada.
José olha a mãe descer ao fundo e olha para ela.
— Fala mãe.
— Estão querendo por os que já chegaram lá para fora.
— Eles querem nos forçar a brigar, mas não entendi o que
aconteceu.
— Seu tio estava controlando o sistema de informação,
estava monitorando o espaço, quando uma nave saiu dos restos
que iam rápido, não sabemos de onde, mas ela desceu direto, e
explodiu a mais de mil metros do chão, gerando um grande
cogumelo atômico filho.
— Feito para me incriminar, é o que pensou mãe?
— Não, eu nem pensei nisto antes, mas quando as acusações
vieram, soube que eles decidiram que fariam isto, não sei quem,
mas foi com um concordo da família.
— Estou tentando ajudar na área que os autômatos
funcionam a volta da cidade, mas não sei o que fazer mãe.
— Seu tio quer falar com você, não entendi oque.
Jose esperava bomba, não sabia como se portar ainda diante
de alguns.
Ele aciona o autômato que estava na capital do norte e este
para a frente de um general e fala.
— Podemos conversar.
O senhor via aqueles autômatos, os famosos Glieserer, os
únicos a ajudar, ajuda vindo de onde não se esperava, os demais
não sabiam nem de onde vieram.
— Porque?
143
— Porque não acabou, temos de isolar a agua e as entradas
da cidade de proteção, a radioatividade os pode matar.
— E quem você representa?
— Apenas uma família, que hoje foi basicamente expulsa dos
Glieserer para os ajudar humanos.
— Qual?
— Estou sobre programação de José Camacho, o único que se
propôs a ajudar, dos Glieserer.
— Está dizendo que o rapaz era um Glieserer? Mas não eram
monstros.
— Não conhece os “Seres” para os chamar de monstros
general, mas precisamos de uma base, podemos sofrer novos
ataques, mas os doentes não podemos por no mesmo ambiente dos
demais, eles levariam no momento a radioatividade com eles,
mataria os demais em um ambiente fechado.
— Estamos para fora, os internos estão sobre lei marcial, mas
protegidos, quem está fora não entra de qualquer forma.
— Bom, menos uma preocupação.
O general que esperava uma resposta diferente olha
descrente.
— Não entendi porque nos salvar?
— Senhor, não sabemos se os humanos sobrevivem, estes
que vem, não querem conversar, em segundos, teremos a posição
da família Camacho, somente depois disto, vamos nos posicionar.
— Qual a importância?
— Se os Glieserer consideram a família Camacho uma
Contradição Billy, consideram vocês animais, e os que vem ai,
escravos, acho que no fim, os próprios Autômatos de Gliererer vão
ser postos uns contra os demais, ainda estou aqui para sua
segurança, mas se um dia, nas colinas do sul, surgir um 3 vezes o
meu tamanho, sinal que os Glieserer tomaram os sistemas e não
serei mais aliado.
— Mas quem viria a tentar lhes deter?
— Algo que para os atuais Glieserer é lenda, mas para mim,
ontem, os Seres.
— Não entendo, quem são estes que você chama de “Seres”.
— Os humanoides que geraram as lendas dos Glieserer.
144
— Eles existem?
— Sim, mas por enquanto, eles ainda não entraram em
campo, mas se um dia, ver um ser como eu, atirando em humanos,
sinal que eles entrarão em campo.
— Não entendi.
— No passado, a família Camacho já esteve neste ponto, mas
os que estavam chegando eram Mac, a posição deles, determinou a
paz para quando Mac 1 chegou, 32 anos após Mac, mas eles já
estavam aqui a dois mil ciclos senhor.
— Está dizendo que está guerra é longa.
— Mais tempo do que sua historia conta.
— E me alerta para não confiar em ti.
— Sim, alerto para que não confie, mas não desafie-me se
não for preciso, sou uma maquina de guerra, adaptada para outros
fins, pelo fim das guerras, então se um dia estiver em campo, recua,
espera, pois vai ser a forma mais racional de sobrevivência.
— Mas nos matariam?
— Em programação de batalha, temos as programações
sobre salvar vidas, colocadas em quinta prioridade.
— Só não sei como aceitar ajuda assim.
— Vamos apenas os conduzir, eu mesmo, não quero estar em
campo quando isto acontecer senhor.
— Porque?
— Sou um Glieserer sobrevivente das guerras com os Seres,
eu sei quanto nos foi doido, quebrar as regras internas, e mesmo
assim, a programação de guerra venceu senhor.
O general olha os autômatos se reunirem, e começarem a
formar uma sequencia a mais de proteção, colocando em um
colégio afastado, que não caíra, as pessoas, começam a reforçar as
entradas, limpar, o general olha para o soldado ao fundo e fala.
— Cuida com estes.
— Não entendi general, a única ajuda que recebemos, é a de
seres que para mim são lendas.
— Ele falou que mesmo ele, é controlado por sistema, ainda
está ao nosso lado soldado, então eles em si, parecem ajudar, mas
não querem ficar, não entendi metade do que eles falaram, mas ele
falou na existência de um 3 vezes maior que eles.
145
— O inimigo?
— Isto que não entendi, ele afirmou o contrario.
O soldado olha para as pessoas sendo levadas por aqueles
seres ao colégio ao fundo, eles sentiam a radioatividade, os
equipamentos falavam de grande radioatividade.
José olha para Raquel e fala.
— Me ajudaria?
— Estou nisto até o fim José, o que vamos fazer?
— Assim que terminar a reunião, Macro.
— Sabe que fomos enxotados de lá.
— Se não formos, todos que colocamos lá, morrem.
Raquel olha para José, ele voltaria para salvar os que lhe
destrataram, não entendia porque as coisas estavam acontecendo,
mas viu um senhor entrar e lhe cumprimentar.
— Sei que não é uma boa hora moça, mas se é a escolha de
nosso filho, sempre terá nosso apoio.
Jonathan a abraça e olha para outro rapaz, Raquel não
pareceu acreditar, olha aquele rapaz, parecia José, mas tinha uma
cicatriz ao rosto, tão semelhante e tão diferente.
— Raquel, este é Narciso, meu irmão.
Raquel olha ele e fala.
— O que está acontecendo.
— Não temos todos os dados ainda – Narciso chega ao irmão
e fala – Resolveu parar de passear um pouco.
— Porque não nos avisaram.
— Fomos todos detidos José, nem sei como sobrevivemos
ainda.
— Também não, mas como está Maiana?
— Ainda saudável, não foi atacada, sabe que não entendo
porque a região é protegida, você que entende disto mano.
— Hora de saber, hora de todos saberem, pois parece que
somente eu e o tio Hermes nos preocupamos.
— Pensei que ele lhe odiava.
— Acho que ainda odeia, eu sou o Bill, eu sou a vergonha da
família, mas eles não entendem... – José iria se repetir e olha
Hermes entrando como filho e a família as costas, sabia que Terra 1

146
agora estava sobre ordens de outros, um arsenal de guerra que não
gostaria de enfrentar, mas não se negaria a faze-lo.
— Precisamos conversar sobrinho.
— Sempre estive aqui para isto tio.
— Sabe a encrenca que nos enfiou?
— Não, estou aqui para saber bem isto, pois odeio ser o
culpado sempre, mesmo quando apenas me defendo.
— Sabe que eles não nos deram opção, dizem que isto já
aconteceu no passado, e reatamos, mas preciso saber sobrinho,
pensa nas resposta.
— Pergunta.
— Foram responsável pelo atentado em Sulácia?
José olha o tio, ele queria uma confirmação pessoal e fala.
— Não, nem estava na cidade no dia, estávamos em Metroc,
na nação Trex.
— Porque você é o alvo deles?
— Falava ontem para minha amada, Raquel, nenhum dos
Glieserer nos deu apoio tio, duas famílias inteiras presas, nenhuma
reação, posso estar enganado, pois sabe quem sou, mas eles
esperavam sobre o menos inteligente, não haver sobrevivência,
assim eles conquistam os escravos de 8 mil anos atrás.
— Acha que é a mesma historia? – Jonathan.
— Não, tem mais coisa ai pai.
— Mas porque eles o fariam? – Hermes.
— Tio, o que vou falar é minha opinião, mas eu com o que
tem de Aço, ferro, níquel, alumínio nas 3 naves, geraria para a
família Glieserer uma nova era dos metais, alguém da família
poderia ter uma siderurgia, e ganhar fortunas, pois as 3 naves, tem
mais disto, que os 3 planetas habitáveis juntos, lembra que a ultima
vez, eles queriam manter os demais presos nas Luas, para os
escravizar, mas agora, acho que eles os querem escravos e suas
riquezas.
— Mas porque matar os demais? – Raquel.
— Eles os consideram impuros, animais, seres inferiores. –
Hermes a olhando.
— E porque os defenderiam? – Raquel com medo da
resposta.
147
— Porque não existe humano inferior, mas existem seres que
se dizem humanos, mas acham-se superiores. – Hermes que olha o
sobrinho e pergunta – Mas porque eles querem nos matar, todos
que chegaram vieram calmos?
— Eles são Glieser 1, os infectados tio, aqueles que os demais
não deixaram interagir, separaram a Califórnia, após as mortes do
ano 2645, da grande infecção, por anos, humanos isolaram
humanos, como o cerco foi fechando, eles investiram em naves, e
saíram, antes de serem aniquilados.
— Corremos risco?
— Nada do que eles tem no sangue, nos faz mal tio, temos
mais imunologia que eles, que passaram 12 mil ciclos no espaço.
— Mas eles temem ser recebidos a tiros, e atiram antes.
— Somos os descendentes dos que mataram os descendentes
deles Tio, nós somos os que forçaram a existência da primeira
investida espacial de alto risco e grande quantidade, Glieser 1 não
existiria se eles não estivessem isolados e passando por pressões
que diziam que de uma hora para outra, seriam aniquilados.
Hermes olha para o irmão e pergunta.
— E o que os Glieserer estão fazendo?
— Mandando para fora todos os humanos que estavam nas
bases, dizendo que já é seguro, que não existe mais risco, e muitos
estão saindo das cidades de proteção.
— E o que vamos fazer? – Hermes olha para José.
— Queria tentar conversar com estes que vem, não sei nem
se eles tem a conclusão que tive, mas precisamos ter a posição de
cada um dos grupos.
— E os seus amigos? – Hermes olhando José.
— De quais está falando?
— Príncipe Drop?
— Tio, eles esperam que faça contato, para saber onde eles
estão, não o vou fazer, mas tenho certeza, Drop não está feliz em
ver terras contaminadas por radiação, posso ser um paradoxo de
Bill, mas não vejo logica em permitir que destruam as terras
produtivas para qualquer coisa, destruir com coisas que podem nos
gerar a morte.
— Eles se acham especiais.
148
— Um dia alguém vai ter de dizer que os especiais, não
saíram do planeta, apenas os fracos. – José.
— Do que está falando José? – Raquel.
— No planeta Terra, tem duas famílias Carson, duas Floys,
duas Dames, mas a que veio, são humanos, não seres imortais. –
José olhando para o tio.
— Tem certeza. – Hermes.
— Todas as linhas deles, geraram descendentes fora da linha
Glieserer, se fossem imortais, não o fariam tio.
— E se tivesse deles por aqui?
— Eles estariam provocando seres que não tem como vencer,
a entrar em campo tio, seria mostrar aos demais, que são especiais,
e que estes que se acham Deuses, são apenas fracos.
— Nenhuma saída racional então?
— Quero tentar tio, mas vamos ter de dividir, pois temos no
máximo 12 horas para que eles assumam os Autômatos.
— Se eles o fizerem filho, o que faremos? – A mãe de José.
— Ai ligarei para o príncipe, se ele não estiver na minha porta
antes.
— Acha que eles nos defenderiam? – Hermes.
— Tio, tem de ter algo em mente, somente o pai, você e eu
sabemos quem é o príncipe Drop, os demais, apenas acham que é
lenda, mas quando o sistema sair de nossa mão, os autômatos
saberão que aquela informação retida, é real.
— Certo, e quer começar por onde? – Narciso.
— Primeiro preciso saber, porque estão me ouvindo?
Narciso olha para o pai e fala.
— Não falaram mesmo para ele?
— Ele não acredita naquilo que achamos Narciso.
Hermes olha José e fala.
— Porque se existem humanos nestes terras José, foi porque
um Bill nos trouxe a paz, ele gerou toda a discussão sobre o
complexo Bill, pois ele intuiu o caminho, mesmo parecendo
impossível intuir aquele caminho.
— Acham mesmo isto importante?
— Duvidava disto, mas mostrou uma forma de ilusão aos
seres na Terra 1, eles queriam me tirar de lá, para culpar meu filho,
149
para mostrar que toda a família era inferior, não posso negar que
mesmo eu pensei que poderia ser.
— Tio, oposição é algo que nos força pensar, eles estão
inertes porque não reagimos ainda, eles estão tomando mais
posição neste momento por nosso ato do que por vontade própria,
posso estar errado, mas inteligência de QI é algo inútil sem ação.
— Acha que podemos vencer filho? – Mãe.
— Não pretendo vencer mãe, apenas sobreviver, a diferença
é que eles querem vencer, eles acham que ser melhor é vencer, por
isto eles ignoram a existência disto, todos sabiam da montanha
acima, mas esta base, não, assim como eles acham que Terra 2 está
inoperante ainda.
— Não os está subestimando sobrinho.
— Eu levantei as defesas dela, pensando que eles a
atacariam, eles nem olharam para ela ainda tio, temos neste
instante, mais de 450 mil humanos lá, mais que os Glieserer neste
instante, prontos para começar o treinamento de gravidade.
— E como eles não veriam? – Jonathan.
— Nós somos a ressonância de Terra 2, ela sempre está lá, do
outro lado, nós aqui, mas estou olhando pai, eles não sabem ainda o
que faremos, pois nem nós sabemos.
— E pretende fazer oque?
José olha em volta e fala.
— Não sei, mas temos de preparar as defesas, muitos dos que
saíram vão morrer se não estiverem em cidades de proteção pai,
mas não posso salvar quem me quer morto, generais idiotas, família
se achando Deuses, é hora de nos prender a sobreviver.
— Certo, reúno a família. – Hermes.
José olha o pai e fala.
— Tenta saber quem é a favor do que, mas desconfio que
estamos repetindo uma historia de 8 mil ciclos. – José.
— Verifico, mas sabe que não me ouvirão?
— Não liga pai, apenas atende, eles devem querer se
informar, tentar lhe tirar informação, sabe como pensam, somos os
burrinhos, eles os inteligentes.
— Acha que eles vão ligar. – Hermes.
— Logico, acha que não os forçarei a tentar informação.
150
— Certo, mas o que mais? – Narciso.
— Tem de apoias os grupos irmão, tem muita nação perdida
no meio disto.
— Faço, mas ainda não sei o que vai fazer.
— Decolar em minutos, todos vão saber juntos o que farei.
Hermes viu que o rapaz não antecipar, ele temia antecipar,
todos ali adquiriram isto, mas veem o rapaz se despedir e sair.

151
Comandante da Glieser 1,
olha o prefeito e pergunta.
— Algo que podemos usar
prefeito?
— Não sei, mas alguém nos
deu entrada a aquele buraco para que fizéssemos o primeiro
ataque, mas não entendi ainda quem.
— Acha que pode ser o rapaz que esteve na base 2.
— Acho que sim comandante, nós não nos preocupamos em
deixar alguém para traz, mas soube que ele estava tentando os
acelerar para que chegassem, é algo que o comitê interno achou
ruim, mas gostaria de que alguém fizesse isto por nós, se fossemos
os últimos.
— Certo, mas porque o comitê decidiu destruir os conjuntos.
— Algo referente a terem uma parte da família que chegou
antes, e que os apoiaria no planeta.
— Sei disto prefeito, mas parte deles estava naquela nave,
isto que não entendi.
O prefeito olha para o comandante, talvez não tivesse
pensado nisto, mas sinal que existia algo a mais.
— Acha que eles tem uma saída?
— Não sei, mas tem de entender prefeito, eles se acham os
especiais, nós, os uteis, apenas quero saber o que me autorizaram a
fazer referente aos que tentam contato.
— Enrolar eles, não sei se consegue, mas tenta.
— Vou voltar ao comando.
O comandante olha para o Subalterno e fala.
— Problemas?
— Tem uma nave que decolou e vem lentamente ao espaço,
mas que pede contato.
— Nave lenta?
— Não, ela está lenta comandante, é daquelas que chegaram
a nós em minutos.
152
— Abre comunicação.
O comandante olha para José surgir a tela e fala.
— O que quer rapaz?
— Conversar, já que mataram milhares de pessoas
covardemente, mas queria saber, porque está se segurando, pensei
que lhe dei cobertura para 20 chegarem ao chão, e somente uma
chegou ao alvo, pensei que fossem a famosa Glieser 1, os
sobreviventes de San Francisco, pelo jeito eu acreditei demais nos
livros de historia.
— Não somos mais isto, éramos a 12 mil ciclos.
— Comandante, a pergunta, sabe o que está fazendo? – José.
— Pensei que era quem nos estava atrapalhando.
— Acho que se tivessem conversado, mas vi que mesmo os
internos a nave, não entenderam nada ainda.
— Ouvi uma conversa sua, acha que teríamos lugar.
— Senhor, daria para ter mais de 800 mil em terra antes de
começar a guerra, teria um pedaço a defender e a ser sua base,
aquilo que chamam de base no continente norte, patético.
— Acha que está falando com qualquer um?
— Certo, Comandante Prist Donete, poderíamos ser mais
sinceros, mas estou indo a sua nave, isto não se fala em canais
abertos.
O comandante olha para o subalterno que fala.
— Agora ele acelerou para valer.
— O que recomenda.
— Não entendi a conversa senhor, pensei que eles nem
sabiam, eles parecem ter feito para que fizéssemos a operação, não
entendi, quem é este rapaz.
— José Camacho, o rapaz que nos indicaram para usar de
cobaia, mas pelo jeito, quem passou as ordens, ignorava quem era o
rapaz.
— O que ele quis dizer sobre os sobreviventes de San
Francisco.
— Para mim lenda, algo que alimenta um ódio em algumas
famílias internas ainda, mas que para mim, é lenda.
— Qual senhor, desconheço esta.
— O motivo da saída destas naves da Terra.
153
— Houve um motivo?
— Sim, a praga de 2645, dizem que dizimou mais de 3 bilhões
da Terra original, alguns eram imunes, mas eram transmissores da
doença, estes seriamos nós, nos isolaram e começamos as obras na
lua, o desvio dos 5 asteroides, um dos quais dizem que lançamos
sobre a região onde vivíamos, para os distrair e disparar ao espaço.
— Isto parece lenda, pois eles chegaram antes de nós
comandante.
— Um grupo interno recebeu uma transmissão codificada,
que vinha do planeta, com a confirmação, que o grupo sobrevivera
e saíra de lá depois, chegaram antes, mas mesmo eu Subalterno,
estou perdido nesta historia.
— Autorizo o rapaz a pousar.
— Não sei se ele quer pousar.

154
Raquel chega a cidade de
Macro, olha os pais sem saber
para onde iam, ao seu lado estava
Narciso, que olha dois autômatos
e estes chegam ao grupo os
indicando os caminhões ao fundo.
— Voltou filha?
— Temos de sair da superfície pai, vai ser atacada
novamente.
— Como tem esta certeza.
— Pai, quer morrer, é isto?
— Mas se aliou aos causadores.
— Pai, ser causador ou não, não muda o fato de que se
estiverem na superfície, morrerão.
— O que aconteceu com o rosto de seu namorado? – O
soldado ao fundo, que pareceu descontente de terem sido
colocados para fora.
— Aquele é o irmão dele, mas os generais estão onde
Brunus?
— Se organizando ao fundo.
— Diz para Domenicos que preciso falar com ele.
— Falo, mas sabe que ele pode não ouvir.
— Os seus vão morrer se ele não ouvir, mas não poderá me
culpar de não ter tentado rapaz.
O rapaz sai e João olha para a filha.
— O que está fazendo filha?
— José está voando para a ameaça, mas eles tem mais de 470
mil ogivas nucleares, como a que explodiu hoje cedo em Vale,
capital do Norte, se eles lançarem tudo isto sobre o planeta,
estamos mortos.
— Mas eles não teriam proveito.
— Pai, eles estão a 12 mil ciclos vindo, segurar eles em orbita
e promover a limpeza, possível, eles tem de recuperar músculos
155
para caminha nestes terras, eles não estão preocupados se uma
terra vai demorar 100 anos para ser habitada novamente.
— Mas eles nos expulsaram.
— Os Camacho foram expulsos da família Glieserer, eles
pensam como o senhor, discriminam sem conhecer, mas violência
gratuita, é coisa de inferiores, não de superiores pai, tive vergonha
de você ontem, mas melhor pegar um dos caminhões, eles vão
tentar tirar vocês daqui.
— Mas e a base.
— Não sei se sobrevive algo ali pai.
Raquel olha a mãe e fala.
— Faz ele ir, não os quero enterrar no fim do dia mãe.
Raquel caminha na direção que Brunus caminhara, viu que
somente os da Cidade eles colocaram para fora, assumiram a base e
queriam ela penas para eles.
Raquel olha o comandante Brito e fala.
— Podemos conversar?
— Eles estão conversando sobre o que fazer.
— Senhor, quero ajudar, mas não entendi ainda todo
problema, mas o que me passaram, é que o sistema em 10 horas,
passa para os lá dentro, então temos de tirar as baterias dos
autômatos que estão para fora, antes deles começarem nos matar.
— Está falando serio.
— Sim, acha que eles vão matar como agora?
— Entendi, mas como vamos vencer?
— Está vendo os caminhões lá atrás?
— Sim.
— Convence os generais a nos deixar ajudar, mas temos de
agir agora.
Brito olha para Domenicos.
— Temos de ser rápidos pessoal.
— O que aquela traidora está fazendo ali fora general. –
General Fran.
— Ela esta nos alertando que os autômatos que neste
instante estão nos ajudando a tirar as pessoas, em 10 horas, estarão
atirando em nós, pois os para dentro, já terão assumido o comando
deles.
156
— E como enfrentamos.
— Ela quer fala general, mas tem de saber se vamos ouvir, ou
vamos fazer como antes, pois por 10 horas ela ainda tem a proteção
dos autômatos, mas depois de 10 horas, duvido que ela esteja na
mira deles.
— Não entendi, ela acha que quem está lá dentro é parte dos
inimigos.
— Não entendi ainda Domenicos.
O general faz sinal para a moça entrar e fala.
— Sabe por uma pedra no passado moça.
— Eu sei, sabem por a mesma pedra e começarmos a agir.
— Nos tomou a base, agora tem outros lá.
— Fomos usados general, os que lá estão, excluíram a família
Camacho da família, para tomar a base, mas temos algumas
preocupações a enfrentar.
— Quais?
— Eles ainda tem 470 mil ogivas como as que explodiram em
Vale no espaço, inimigo 1, o pessoal ali dentro, quer sobreviver, e se
para isto tiver de nos matar, vão nos matar, mas os soldados deles
ainda estão sobre nosso comando, mas não temos mais de 9 horas
e meia para os desativar, eles tem um sistema de fusão, é apenas os
desligar, mas primeiro temos de ajudar, depois temos de os
desativar, e por fim, retomar a base.
Domenicos olha para a moça e fala.
— Mas eles tem autômatos lá dentro.
— Senhor, estamos nos mexendo no planeta inteiro, eles
ainda não perceberam, mas preciso saber, temos uma trégua.
— Sim, pelo jeito foram traídos.
— Esperávamos isto senhor, mas não somos de não dar
espaço a traição, gostamos de saber quem é o verdadeiro inimigo,
não gostamos de gente que para uma minoria sobreviva, permite
que as coisas desandem.
— Começamos por onde? – Domenicos.
Raquel pega o comunicador e fala.
— Pode entrar.
O general conhecia aquele rapaz, estivera preso, para ele,
fora um dos mortos, olha ele entrar e falar.
157
— Vamos agir em conjunto general? – Narciso.
— Pelo menos não morreram.
— Pensa que você tem uma família, e os deixam morrer
senhor, estes são os que estão lá dentro, mas estamos chamando
para perto todos os autômatos, os soldados tem de dar proteção de
saída, a base em Poti está em autômatos e sem este pessoal, vamos
mandar todos para lá. – Narciso.
— Base em Poti? – Fran.
— Sim, mas precisamos de pelo menos 40 rapazes para
ajudar a desligar os mais de 500 autômatos da região.
Brunus olha para Raquel que apenas faz sinal com a cabeça e
sai para organizar e fala.
— Em questão de horas estaremos retomando a base, mas se
isto não der certo, teremos de tirar todos daqui generais.
— Certo, pelo jeito preveem um grande problema.
— O problema é que eles tem mais de 18 mil naves no
conjunto de duas Espaçonaves Gigantes, que vem ai, se eles
lançarem tudo junto, não temos como nos defender.
— Tentando evitar o pior.
— Senhores, se eles nos atacarem, vamos revidar, mas isto,
não quer dizer que não acabe em terras improdutivas, agora os
políticos estão de acordo, mas quando estas coisas acontecem, a
fome determina os próximos representantes, e todos serão contra o
que fizemos.
— Certo, vamos enfrentar.
A moça sai e olha para Brumus dando as coordenadas, olha
para Narciso e pergunta.
— Não entendi, daria para desativar os autômatos
facilmente, o que não falou.
— Os autômatos internos vão começar a sair Raquel, e
quando o fizerem, vão ficar dispostos como se estivessem
esperando uma ordem, mas ali dentro, tem mais de 3 mil
autômatos.
Raquel olha para ele e fala.
— Traz os 3 caminhões ao fundo, vamos acelerar isto então.
O rapaz sorriu, e os generais viram as comportas abrirem e
mais autômatos se postarem, viram que os rapazes começaram a
158
desativar eles em um hangar ao fundo, onde eles ficavam de pé,
inertes, um exercito sem poderem usar.
O grupo interno começa a olhar os autômatos saírem, sem
saber para onde iam, mas eles não conviviam com eles, pensaram
estar se preparando para enfrentar uma invasão.
Dames olha o sistema e olha para o rapaz no comando.
— Porque as imagens externas estão sumindo.
— Estão as desligando senhor, algo acertou o satélite de
transmissão também, e a Terra 1, está no lado oposto neste
momento.
— Eles acham que conseguem desbloquear as portas, acho
que eles não entenderam a complexidade deste buraco. – Dames.
— Conhece este buraco senhor Dames, pois me perguntam
coisas o tempo inteiro, não sei o que responder.
— Este buraco é lendário rapaz, apenas mantem a calma,
estão ainda abrindo os antigos corredores.
— Eles acabam de desligar a ultima câmera senhor.
— Eles querem algo, mas tenta uma imagem aérea da região,
não sei o que vão fazer, mas tenta os satélites, algum tem algo.
O rapaz começa a mexer nos complexos, e fala.
— Em 16 minutos teremos os comandos próprios dos
autômatos.
— Uma boa noticia – o senhor iria perguntar como estavam
as coisas acima e olha as imagens de um satélite passando e olha
para as bases aparentemente vazias, o infra vermelho, duas ou 3
pessoas, barracões ao fundo vazios, nada de aviões, de naves, e
olha o rapaz como se perguntando onde eles foram, mas fica a olhar
os dados.
— Viu algo que não vi senhor Dames?
— Não, devem ter evacuado, sinal que esperam um ataque,
consegue imagens do espaço.
— Não senhor, mas assim como o sistema dos autômatos, o
da Terra 1 virá a nós.
— Alguém lá?
— Muita gente senhor, mas parecem apenas observar.
O senhor olha as imagens, algo estava errado, o que estava
acontecendo.
159
Raquel do lado de fora olha para o sistema e olha as imagens
de autômatos atirando em inocentes a toda volta do planeta, viu
autômatos se afastarem dos demais em parte do planeta, como se
parte tivesse programação diferente, mas viu que os conjuntos de
varias cidades saírem para fora, e começarem a controlar as
cidades.
Narciso olha que as ordens vinham dali e faz sinal com a
cabeça para o rapaz e ligam os reatores a frente de pulsos
eletromagnéticos, o sistema começa a penetrar pela terra, se
espalhar, ele olha o aparelho a mão parar, e olha para Raquel.
— Não saberemos se deu certo.
Raquel entendeu, poderia ser que sem ordem, os autômatos
parassem, mas não teriam certeza, as portas perdem energia, um
grupo de soldados sai de uma proteção ao fundo, e começam a
forçar a porta.

160
José olha para as
comunicações com Crome cair, ele
aciona o sistema 2 de comando,
mas teria de retomar os
autômatos, mas olha que o grupo
aparentemente inerte na Terra 1, a lua, estavam a dar comandos,
observar, não eram tão inertes quando parecia.
O sistema de captação de códigos fixado em todas as
frequências audíveis e inaudíveis, pega um sinal indo no sentido do
espaço, olha para a transcrição e olha para fora.
José abre comunicação com Poti, olha para o pai surgir a tela
e fala.
— Problemas José?
— Os autômatos continuam a atirar a toda volta do planeta.
— Eles ouviram você?
— Senhor Camacho, temos de deixar uma coisa clara.
Jonathan olha para o filho, era um sinal que iria mentir, mas
não entendia todo o plano do filho, parecia ausência de plano.
— Fala José.
— O grupo de Terra 1, acha que não estamos do mesmo lado,
sei que arrisco minha vida, mas saiba, não leva para o pessoal
Senhor Camacho, a transcrição deles, fala que sou um impostor e
explicam o complexo Bill, já que eles não o conheciam por este
nome, mas não esquece, eles não sabem de tudo.
— E quer que faça oque?
— Esta fazendo senhor Camacho, pois sabe que a transmissão
não é para você, e sim para eles que me monitoram de Terra 1.
— E acha que eles estão ouvindo?
— Sim, mas pelo menos Terra 1 está num bom comando, pois
John Floys sabe pensar senhor Camacho.
— Certo, mas ainda não entendi a ideia.
— A ideia deles, sabe como eu pai, não deu certo, pois eles
queriam fazer de pessoas como eles, escravos, com outro nome,
161
mas servo e escravo para mim são sinônimos, eles parecem não
lembrar do básico, que dizem que eu não sei, mas a natureza
humana é capaz de enfrentar, quando sente-se ameaçada, mas
mantem a calma.
— E estes que chegam.
— Eles são Glieser 1, os infectados, eles não tem noção pai,
de como vão sentir-se em uma gravidade normal, com bactérias que
podem reativar a reação viral deles, eles não tem mais resistência a
isto, temo por eles.
— E os em Terra 1.
— Pai, nós resistimos a coisas piores nos últimos 8 mil ciclos,
nós somos algo que gerou herdeiros em um mundo com bactérias,
vírus, e sistemas de doenças, por mais de 8 mil ciclos, a bactéria e os
vírus da gripe nossa, podem os matar, pois eles estão em uma
capsula de segurança, não existe vírus, mas nós, somos evoluções,
eles, passado.
— Tem os resultados.
— Pai, na parte subterrânea de Macro, tem mais
sobreviventes da nave que explodiu, do que todos os Glieserer.
— Eles estão ouvindo filho.
— Macro está incomunicável, alguém fez algo errado lá,
aquele incompetente do Dames que só sabe julgar os demais, e ser
uma lesma humana, deve ter feito algo.
— Sabe que a região parece ter um pulso eletromagnético.
— Ele não pode ter feito algo tão idiota pai.
Jonathan olha serio e fala.
— Nos mantenha informado José.
John olha para os rapazes da saúde e pergunta.
— Eles vão morrer todos, é o que o rapaz está falando?
— Existe esta possibilidade, mas o que ele faz lá?
— Não sei, mas ele sabe que ouvimos, ele sabe da
transmissão dos Carson para o grupo interno, ouvi algo que não
entendo, o rapaz afirmou que vende produtos para um grupo que
dizem ser lenda, e ninguém conseguiu me dizer se é real.
— E o que ele está fazendo lá?
— Não sabemos, mantem as escutas, não entendi, mas algo
que ele não deveria saber, ele sabe, acho que algo está
162
acontecendo e ninguém está levando a serio, por que é José
Camacho que está lá.
— Não está dando muito valor a este rapaz. – Thomas, um
senhor ao painel de controle.
John olha todos e fala mais alto.
— Todos usam, foi subestimando um Camacho, que as coisas
desandaram a 8 mil anos, não é dar muito valor, mas é obvio, ele
não está fazendo o que todos os sistemas dizem que faria, as únicas
peças fora do que me relataram para hoje, é ele no espaço e Macro
sem comunicação.
O senhor olha descrente, John olha os demais dando uma
risadinha e pensa se não perderiam novamente.
José olha para os sistemas e olha para o comunicador.
— Melhor manter uma orbita a nossa volta rapaz, ainda não
temos certeza de querer falar com você.
— Espero, por meia hora, depois vou embora.
— Veio até aqui e não vai insistir.
— Vim oferecer ajuda, se não querem, se acham que não
precisam, se vão continuar fazendo burrada, da próxima vez, não
seguro nada, se acham que parar por um asteroide é algo grave,
não imaginam como podemos ser menos simpáticos.
José desliga a comunicação e olha para os satélites,
mostrando a entrada no complexo de Macro, olha para o sistema e
abre comunicação com John.
— Jose Camacho para John Floys em Terra 1.
A frase piscou a frente de John que olha para o senhor que
fala.
— Ele está jogando.
— Sei que está, mas qual o jogo que preciso saber.
— Acha que ele vai falar?
— Logico que não, ele vai tentar nos distrair com algo.
O senhor faz sinal com os dedos os baixando e quando fecha
a mão cerrando o punho a transmissão abre e John olha para José.
— O que quer José, não disse que não fazia parte mais da
família?
— Sabe como eu John, eles sempre nos colocam para fora da
família para fazer o que precisa ser feito e não ficar o peso para eles
163
— Discordo disto rapaz.
— Certo, mas estou retransmitindo para você as imagens de
Macro, não sei quem, mas o exercito parece estar entrando na base
de Macro, não sei se consegue lhes mandar reforço.
— Não vou cair nesta armação, mas sinal que não é lá que
está preocupado, entendi que está jogando Jose, só não entendi o
jogo ainda.
— Sobrevivência é o jogo John, velhos não se preocupam com
isto, somente jovens se preocupam com isto.
— E vai oferecer oque?
— Não posso falar em linha aberta isto John, deve entender.
— Não entendo em que plano está.
— Quer saber em que plano estou? Tem certeza.
— Sim, sei que tem um plano.
— Digamos que agora, tenho pelo menos 200 mil ogivas
nucleares, tirados de uma nave deles, digamos que acaba de me dar
liberdade de ação em Macro, se não vai fazer nada, eu faço, mas
continua duvidando de mim, ofereci ajuda humanitária para mais de
23 mil sobreviventes da bomba em Vale, que joguei os seus satélites
tentando achar algo no continente dos Glieserer, mas não reparou
que o Malec que vendo, é produzido nos campos internos de Terra
1, ai onde está, então é obvio, não vai ao planeta abaixo, não
reparou que neste instante, tenho apoio de 35 nações para rechaçar
ou apoiar os que chegam, dependendo do que eles decidirem, mas
ainda acham ai, como este palhaço do Thomas, que sabe algo, um
idiota que tem QI alto e inercia maior ainda, alguém capaz de olhar
as mesmas imagens que eu, mas não ver nada. Boa sorte John, não
quer ajuda, vai se ferrar junto com estas lesmas ai.
John olha para a comunicação cair, ele olha todos olhando
para ele, Thomas que tirara sarro estava com raiva aos olhos.
— O que é Malec? – Thomas.
John não falou, sai pela porta, estava precisando pensar, olha
para o campo interno daquela nave, ela viera pelo espaço, e a parte
interna tinha giro e gravidade própria, imensos campos de cultivo,
para os alimentar quando estavam ao espaço, pensou que fossem
apenas flores, diante de seu nariz, e não olhou, pois ninguém olhou,
um campo preparado, cultivado, florindo.
164
Ele olha o rapaz da segurança chegar a ele e falar.
— Existe uma ligação da base em Vale e estão lhe chamando.
— A base lá já consegue comunicação, como?
— Não sei senhor, mas o que olhava?
John olha os campos serem regados a pingo, ele olha as
colheitadeiras automáticas, fica a pensar onde estavam os seres,
pois se ali era a plantação, eles poderiam estar em outra Terra.
Caminha para o comando novamente, olha para as pessoas
inertes, prestando atenção em seus comunicadores, nas TVs, uma
moça para a sua frente e pergunta.
— Problemas comandante?
Ele a olha e pergunta.
— Não a conheço.
— Rosangela Rosa.
— O que está acontecendo, porque ninguém presta atenção
em volta?
— Diria que vamos ter de criar outro Paradoxo John.
— Por quê?
— Existe uma grande tendência a quem tem QI alto demais,
precisar de algo para manter estas pessoas ativas, milhares de
gênios morrem hoje em dia, sem nem expressar seus pensamentos.
John olha para a moça e pergunta.
— De que lado estão os Rosa moça?
— No lado dos Glieserer, já que nunca existiu outro lado, sabe
disto mais que eu John.
— Como não?
— O problema dos de menor QI, é a abrangência de seus
atos, eles fazem, para não ficar pensando que poderia ter sido
diferente se o tivessem feito, mas existe o lado nosso, e quem
colocamos para fora, mas 99% dos demais, não sabem que não
consideramos suas opiniões.
— Quer dizer que se não o tivéssemos jogado do outro lado,
ele não estaria lá?
— Era só tentarem entender, que nada que o rapaz falar, ele
vai fazer, mas parece que ele consegue os distrair com as palavras.
— Não entendi.

165
— O exercito continua a forçar a porta em Macro, nem nós e
nem ele fez nada, pelo que ouvi, acredito que somente as 16
menores nações ouviram a ideia dos Camacho, e se esconderam
para valer, o resto, os dirigentes não estão nem se comunicando,
não tenho como afirmar quantos os autômatos ajudaram antes de
Macro tirar o comando e mandar atirar nos demais. Mas tenho de
concordar que esta plantação de Malec me fez pensar, eles ganham
quanto com isto ano?
— Os Camacho defendem as partes de produção em mais de
30 nações, mas nunca havia me tocado que eles produzem algo que
ninguém compra, Malec.
— Não entendi a colocação, mas você entendeu.
John a olha e fala.
— Não tenho certeza, mas pelo jeito algo está acontecendo
em Vale, preciso de posições reais, ele nos distrai, ou ele está em
um plano maior, e nós que não estamos vendo.
— Ele é o Bill John.
— Sabe que isto o faz especial, ou não Rosangela, o ser que
ninguém olhava, o ser que pode tirar férias com seu amor por dois
anos, e ninguém da família perguntou onde ele estava, o que fez, o
ser que poderia realmente fazer comercio com os Glieserer.
— Não entendi.
— Isto é comida de Glieserer, não de humanos, nosso
estomago tem reações químicas quase mortais consumindo isto.
— E onde estes seres estão?
— Pensa moça, pois não sei, mas nós passamos os satélites
em todo planeta e não os achamos, mas ele pode ter um exercito
de aliados que nem sei como são, e ninguém sabe onde estão, mas
pode não ter, ser blefe.
A moça olha para John, ele tentava adivinhar, chega a sala de
comunicação e vê Thomas olhar para ele.
— Parece que os autômatos estão matando tudo em Vale.
— Como assim?
— Quando Macro quebrou o controle da família Camacho ao
sistema, e ativou o sistema de guerra, onde o socorrer está reduzido
a prioridade secundaria, parece que eles começaram a entrar nas
cidades subterrâneas da região, matando tudo.
166
— Mas por quê?
— Não sei, mas eles estavam a divisa cuidando de pessoas,
parece que quando eles mudaram, alguém na área de um colégio,
ligou um sistema de campo de energia, as maquinas parecem passar
por eles e não os ver, mas o proteger da parte alta, desceu toda a
proteção da parte baixa, e os autômatos foram entrando e
destruindo tudo.
— Mas eles não deveriam nos atacar? – John.
— Em teoria não, mas não sabemos o que aconteceu.
John olha a transmissão, um pedido de socorro em uma
região altamente radioativa, ele olha para os sistemas de Macro,
não tinham mais a inercia de comunicação, mas não se via mais
nada além do vazio externo.
— Conseguiu ver se eles tomaram a base de Macro? –
Pergunta John olhando Thomas.
— Pareciam poucos, mas as coisas parecem estar aos poucos
voltando a ativa.
— O que temos nos demais pontos?
— Não entendi, as comunicações parecem estar com
problemas, pois ninguém transmitiu nos últimos 15 minutos.
John olha para as transmissões silenciosas, olha para a rota
da nave de José quando ele subiu, calmamente, olha que ele tirou
um satélite na subida, Thomas não viu que era um dos satélites de
comunicação dos Glieserer.

167
Raquel chega ao comando e
olha os senhores sendo detidos,
famílias inteiras, sabiam que
teriam represália, mas ela começa
a olhar gente que achava ser
apenas pessoas normais, ali, mas viu os Guedes, eles segundo seu
pai, eram Mac, mas pelo jeito algo estava errada na historia.
Olha o rapaz do exercito olhar para os demais e falar.
— Está arriscando moça, sabe que eles vão pedir sua morte.
— Se eles forem estúpidos, que colham as consequências.
Os generais olham para o comando e olham para o rapaz.
— O que temos?
— Eles estavam tentando controlar os autômatos, mas estão
fora de controle senhor.
General Brito olha para Raquel e pergunta.
— O que fazemos?
Raquel olha o sistema, puxa com a mão o sistema para perto,
espalha no ar as ordens e aperta bem ao fundo, depois de abrir o
caminho, afastando as mãos, e abrindo os arquivos mais profundos
um desativar.
Os autômatos no planeta começam a desativar, alguns ainda
demoraria um pouco para receberem as instruções.
As bases que colocaram os habitantes para fora, começam a
ser retomadas.

168
José olha a autorização para
se aproximar, sabia o perigo, mas
teria de tentar, não era algo que
gostasse de fazer, mas se alguém
precisava fazer, ele sempre fora o
escolhido.
— Revistem ele.
José sorri e olha para o senhor.
— Acho que ainda não estão ouvindo.
— Acha que vamos cair na sua armação.
— Vim conversar, se quiserem, converso, se não, que
enfrentem seus maiores fantasmas.
Um senhor entra pela porta, estava ao lado do Prefeito e olha
para o comandante.
— Este é o nosso problema?
— Ele disse que quer conversar.
— Sabe comandante que os em Terra 1 mandaram o deter.
— Não entendi porque senhor.
— Ele é um perigo.
José olha o senhor, flácido demais, a flacidez dava bem para
identificar os mais velhos dos mais novos.
Ele olhava o senhor, sem falar, era o que seus instintos
mandavam fazer.
— O que acha que ele veio fazer aqui? – O prefeito.
— Não sei, mas... – O comandante olha para o Jose - ...se
quer falar a seu favor é agora.
— Comandante, qualquer coisas que fale, o senhor ai, vai
desmentir, e você por regras que desconheço, vai acatar, de que
adianta falar com quem não ouve.
O senhor olha para Jose, ele afirmara algo que ele sabia ser
verdade, mas o enfrentar as pessoas com verdades, sempre foi uma
arma de José.
— E veio mesmo assim.
169
— Vim conversar, mas se quer morrer senhor, eu não tenho
medo de morrer, pois tudo que fiz, me dá tranquilidade de morrer.
O senhor viu que o rapaz não foi claro, ele queria puxar
assunto, mas não o daria chance, e fala.
— Prendam ele, e se livrem da espaçonave dele.
José é levado a uma cela, parecia até a mesma que estivera
com Raquel, mas não tinha certeza, tiraram dele tudo que poderia,
ele olha para a câmera bem ao canto, senta-se e olha para a manga,
vira-se de costas e encosta a manga na boca e fala.
— Estou dentro, como esperado, preso, mas a nave frontal
está marcada, agora vocês sabem a posição exata deles.
Ele coloca o mesmo no ouvido e depois deita-se ao canto, não
deu dois minutos estavam a porta, fazem ele tirar a camisa, estava
frio, e isto não foi agradável ao corpo que espira.
Os rapazes se afastam e José sorri, eles não tinham noção de
como sua mente era confusa.
O comandante olha a imagem e fala.
— Porque não se livraram da nave?
— Ela usa eletromagnetismo para navegar, está lacrada, com
uma proteção que não nos deixa chegar perto e seu sistema de
eletromagnetismo, colou no hangar, não temos como a mexer
senhor. – Fala o subalterno.
— Acharam algo na blusa do rapaz?
— Um pequeno transmissor, mas parece desativado, mas não
duvido que seja apenas nossa falta de conhecimento do mesmo que
o faz parecer desativado.
— O que ele quis dizer com marcados. – Comandante.
O subalterno olha que a nave fazia uma marcação sonora
para fora, olha para o comandante e fala.
— O sinal se fez no momento que ele era preso senhor, pelo
jeito eles esperavam que não ouvíssemos eles.
— Os sistemas em Terra 1 estão falando oque?
— A ultima transmissão dava eles sobre ataque senhor.
— Porque pararam?
— Estão na sombra senhor, já saberemos o que está
acontecendo.
— E o grupo de recepção.
170
— A mesma transmitiu, não cair na lábia de Jose Camacho.
— Ele não falou nada.
— Sim, mas ele parecia saber quem era Robert, pois ao ver
ele, sabia que ele não ouviria, ele sabe quem somos, nós temos
informação muito pouco profunda sobre eles.
Na área externa da nave, uma pequena nave encosta no
casco, ela ficara ali oculta, esperando o destravar da proteção para
avançar até o casco, agora encostava na parte externa, o
comandante olhava para José quando ouve um ruído baixo, olha
para a cela, pensando no que fez o barulho, viu o rapaz tirar o
cadarço do calçado, amarrar em uma ponta, tirar o calçado de usar
o mesmo para prender algo a porta.
— O que ele está fazendo?
— Não sei senhor. – Olha o mesmo girar a sola e pegar algo,
por no bolso e se ouviu o entortar da parede e depois se viu a ponta
da nave na parte interna, José olha a nave, fala olhando para a
mesma.
— Ainda não me ouviram, não é hora de mostrar nossa linha
de fuga, quem está no comando de Terra 1, idiotas.
José olha para a câmera e fala.
— Vai gerar descompressão nas regiões 34 e 35 da nave, se
fossem vocês as isolava.
O subalterno dá o comando e o comandante olha as
comportas fechando, olha para o sair do ar, o perder da estabilidade
e olha os números das seções piscarem na tela e pergunta.
— Ele parece nos conhecer mais que nós mesmo.
— É um idiota comandante, não entendeu que Robert não vai
mudar de ideia.
O comandante olha para os setores atingidos, olha que o
pequeno giro, do pouco de gravidade que tinham começar a parar e
fala.
— Pelo contrario subalterno, ele sabe bem onde são os fracos
da estrutura, o giro está seguro pela estrutura, em uma região com
descompressão, para tirar de lá, teremos de o mudar de cela.
José olha para a câmera e fala.
— Espero que não abram a porta, esta estrutura está parada
na pressão interna da cela, abrir a porta, desregula toda a pressão
171
interna, não esqueçam, estou ainda esperando para conversar, mas
as pessoas em Lua 1 não parecem querer conversar.
José aponta uma contagem regressiva, na tela que ficou para
dentro da cela, ele senta-se no ponto externo.
O prefeito e o senhor Robert chegam a direção, o estremecer
e parar do giro, os levou lá, Robert olha para o comandante e fala
gritado.
— Disse para o deter.
— Fizemos, o senhor não conversou porque não quis senhor,
ele está lá ainda esperando para conversar, mas parece que em
Terra 1, temos mais de um grupo em ação, tem certeza de quem
está falando do outro lado?
— Eles responderam na linha de comunicação feita pelo
grupo antes de sairmos da Terra, porque não seriam eles.
— Este rapaz usa a mesma frequência e o senhor não usou a
mesma diplomacia com ele, mas é evidente, ele está ali para
conversar, mas parece que alguém o mandou seguir.
— O que quer dizer com isto? – Prefeito.
— Quando ele entrou, parece que junto, omitidas no meio da
nevoa gerada pelo gelo a nossa volta, 6 pequenas naves se
prenderam a nossa estrutura, uma atravessou a estrutura e chegou
a cela do rapaz.
— Ele escapou?
O comandante olha o senhor e põem a imagem, o senhor
olha para o rapaz calmo e fala.
— O que acontece se forçarmos para fora aquela estrutura?
— Teríamos de concertar as regiões 34 e 35.
— Mas o que está esperando para o fazer?
— Não posso arriscar a estrutura sem permissão, mandei o
pedido de concerto senhor Robert, não sou de tomar decisões, sou
um comandante de estrutura, não um estrategista.
— O que quis dizer com ele fala na mesma frequência que
nós.
— Ele foi quem nos demarcou antes, agora alguém quer mais
marcadores, mas senhor, não sabemos o que tem nestas naves, se
elas explodirem, onde estão, morremos a todos.

172
— Vou lá, mas acha que a porta está mesmo segurando a
pressão?
— Fechamos a porta antes, aumentamos a pressão do ar nela
e abrimos a porta. – Comandante.
— Parece tenso comandante. – Prefeito.
— Prefeito, senhor Robert, pensamos que o objetivo era o
rapaz, mas pode não o ser.
— Como não?
O comandante coloca o sistema de esquema das naves presas
a eles e fala.
— Elas parecem tentar chegar ao motor senhor, apenas um
dos caminhos passava pela cela do senhor.
Robert olha para o prefeito na saída e fala.
— Manda deter o comandante, ele parece estar de acordo
com este rapaz.
O prefeito passa as instruções enquanto andam no sentido
das celas, viu os rapazes fecharem a porta e sentiram os ouvidos
trancarem com o aumento da pressão.
José ouve a pressão aumentar pelo dilatar do metal, tira o
cadarço da porta, destrava e olha para a porta, sentando-se.
José sente a nave mexer-se com o abrir da porta, mas não
avança mais de um metro, mas o ruído foi assustador.
O prefeito olha para o rapaz e fala.
— Nem parece preocupado se vai morrer.
— Controle de medo é fácil senhor.
Robert olha para José e pergunta.
— O que queria falar.
— Meus respeitos Robert Dames, mas os seus no planeta não
são mais os originais do passado, são fracos, eles vão acabar por
matar todos.
— Sabe quem sou.
— Senhor, acha que viria aqui sem saber com quem posso
falar, onde posso falar?
— Não entendi.
— A ponte de sua nave, é ouvida por nossos inimigos, não sei
como, mas eles ouvem, não vou dividir minhas ordens lá.
— Tem ordens?
173
— Os proteger, o que mais.
— Preso nos protege?
— Senhor, se não fosse o sistema eletromagnético de minha
nave, estas naves teriam chego ao seu motor.
— Mas a pressão dela está forte, sabe que se abrirmos a
porta pode ser que não aguente.
— Senhores, mesmo preso, a nave que está no hangar, vai
segurar a ultima leva de ataques desferida por parte dos Glieserer a
sua nave.
— Está dizendo que eles tem algo que pode ser mortal, não
conhece nossa proteção.
— Conheço sim senhor, estudei ela quando tinha 12 anos
locais, qualquer índice de ressonância alta, passa por sua defesa e
acaba por afetar sua estrutura.
— E veio falar isto?
— Na nave tem uma linha de mais de 4 milhões de doses de
vacina, para aplicação em duas doses, isto os garantira vida quando
chegar ao planeta.
— Acha que vamos cair nisto.
— Senhor, todos os que foram ao planeta, estão mortos,
mesmo que achem estar bem, pois eles em alguns meses vão
sucumbir a uma doença normal entre os nossos.
— Mas nos afirmaram que não precisava.
— Robert, os Dames local, assim como os Carson, os Floys, os
Rosa, entre outros, querem os escravos, não os iguais, eles não
estão preocupados em falar a verdade, pois vocês vão morrer, os
escravos vão trabalhar, e no fim, depois de os garantir uma nova
leva de escravos, morrer, os atuais estão morrendo, quando vocês
se propuseram a nos estourar, mataram 300 mil dos mais
poderosos do planeta em uma única cartada, para que eles
voltassem a mandar, mas nem todos são a favor da morte dos seus.
— Como saber se está falando a verdade.
— Não vai saber, não pedi para acreditar senhor, as doses de
vacinas estão ali, podem testar em alguém, podem tomar ou não,
mas os que não tomarem, do comando, vai morrer, os escravos eles
vão dar uma doze a mais de vacina, não os vai fazer mal proteção
dobrada.
174
José olha o senhor e fala.
— Senhor, não sou por destruir terras produtivas, apenas
porque um bando de velho, quer matar os escravos velhos e por
novos escravos.
— Não os quer mortos, mas como ficaríamos?
— Senhor, sistemas de produção, como o nosso, precisam de
muita mão de obra, eles trabalham por migalhas, alguns preferem
os escravos, eu prefiro os que se acham livres, mas sem nosso
dinheiro nem comem, prefiro crescer como riqueza, espalhando
entre os demais a riqueza, eles preferem ficar em divagações sobre
energia quântica, acho que alguns superam meu QI senhor, em
anos, mas nunca vão plantar ou produzir nada, nem cientifica e nem
intelectualmente falando, para mim, estes são mais descartáveis
que escravos com nome de funcionários.
— E porque eles nos iriam querer mortos?
— Senhor, tens armas nucleares que eles não tem, como ele
vai tomar isto de vocês? Se fazendo de amigos e os vendo morrer.
— Mas só pelas armas?
— Senhor, com uma nave destas, o metal da que explodiu,
consigo que toda a linha especial presente, viva muito bem por
séculos.
— Esta dizendo que eles querem nossas armas e nosso metal,
e com nós vivos, não teriam a certeza de o conseguir.
— Sim, uma nave destas, uma só, bate em quantidade de
metal superficial das 3 Terras habitáveis.
— E não pretende provar isto.
— Tudo que você falar, eles vão dizer ser mentira, mas eles
estão efetuando ataques contra vocês, acha mesmo que fui eu que
vim da vez anterior?
— Parece com o rapaz das imagens.
José sorri, eles cairiam em uma divagação tão básica.
— Se conseguir acesso as câmeras internas de Macro, verá
que o rapaz que veio, se machucou na queda, está com uma marca
forte ao rosto, uma grande cicatriz.
— Mas vocês não foram isolados da família?
— Senhor, somos duas famílias, uns querem a parte mais
antiga da família ao nosso lado, outra, os querem mortos.
175
O prefeito olha para Robert e pergunta.
— Acha que ele fala a verdade?
— Não havia me tocado prefeito, que eles estão em um
sistema com pouco metal, muita base de hidro carbonos, para
comida é ótimo, mas para crescimento é necessário metal, o que o
rapaz falou faz sentido, se nossa estrutura fosse de fibra como a
deles, teria sido atravessada.
O prefeito olha a nave e olha a contagem regressiva.
— E este sistema de contagem regressiva.
— Temos pouco tempo para nos livrar dele.
— Mas como?
— Se estamos em uma nave forte, saímos pela porta,
lacramos e aumentamos a pressão, invertendo a pressão, ela vai
sair como uma bala sai pelo cano de uma arma antiga.
O prefeito olha para Robert e fala.
— Você que decide.
— Manda soltar o comandante, e vamos a sala ao lado, o
rapaz que fique ai.
José sorriu, ele não confiava no rapaz, mas o rir de José fez o
senhor pensar se era uma boa ideia.
Saem, lacram a porta, José vê a pressão aumentar, põem um
pedaço de pano na câmera, e abre a comporta frontal da nave,
entra e aciona o sistema inverso, a pressão aumenta, ele joga para
dentro da sala uma gosma, mistura de carne e fluidos, volta para
dentro e aciona a ré, a nave sai chutada pela entrada, a pressão, o
ar sai para fora e José ejeta assim que sai da estrutura, se agarra a
estrutura da nave, e vê a nave estourar na estrutura externa.
O aumento da pressão, faz o pano cair da câmera e se vê o
amontoado pela câmera, com a roupa, o comandante olha para os
dois chegando ao comando, eles desconfiaram dele, mas mataram o
informante, não entendia porque.
— Acha que o rapaz tinha como escapar?
O comandante olha para o amontoado que parecia alguém
que explodira, com a roupa e olha para o prefeito.
— Pensei que ele tinha um plano de fuga.
— O que faremos Robert.

176
— Temos um problema, parte confia cegamente nos do
planeta, temos de nos defender, e não podemos ir contra eles,
temos de estar seguros, e ao mesmo tempo, saber se o que o rapaz
falou é verdade.
— E como saberemos?
— Nos deram acesso anterior aquela base em Macro, teria
uma imagem de quem está no comando.
O subcomandante põem a imagem e o prefeito chega perto e
olha o rapaz, olha o comandante e pergunta.
— Teria como nos afirmar que não foi este que esteve aqui,
ou aquele de antes?
— Acham oque? Não esqueçam, não acompanhei a conversa.
— Sabemos, nos alertaram que eles tem acesso a este lugar,
tem de entender comandante, eles podem estar jogando com nós,
mas nós estamos no jogo, não podemos perder agora.
— O que faremos? – Prefeito.
— Sabem o que faremos, sobreviveremos, mas não entendi o
que o rapaz falou referente a nave defender a nossa nave.
O subcomandante olha as linhas de naves vindo, ao fundo,
lentamente e a linha de frequência a frente.
— Eles estão transmitindo em frequência de liquefação de
alguns líquidos senhor, eles querem nos cozinhar vivos aqui dentro.
O comandante olha os dados, olha as frequências e fala.
— O que as está segurando por enquanto?
O subcomandante olha para as linhas de som vindas da nave
e fala.
— A nave responde em frequências inversas.
— Não entendi.
O rapaz põem a linha de som que vinha, após passar pelas
linhas que vinham da nave, viravam uma linha reta, sem frequência,
como se elas se anulassem.
O comandante passa uma instrução para segunda nave, ficar
na sombra deles, para não ser atingida.
O prefeito entendeu a urgência e olha para Robert.
— Acha que precisávamos matar o rapaz?
— Passa a mensagem para a Terra 1, que Jose Camacho é
morto, e vamos ver o que eles fazem.
177
Raquel recebe a informação, mas tinha os controles do traje
de José ao comando, mas quando a informação apareceu ela
aponta para as duas coisas no sistema e fala olhando para Narciso e
fala alto.
— Este seu irmão é um idiota mesmo.
Narciso olha os dados e fala.
— Ele se achava imortal.
Raquel olha a mensagem codificada e fala.
— Ele achava mesmo que tinha chance, um idiota.
O comandante traduz no sistema e fala o que falaram e olha o
rapaz.
— A moça e o rapaz juntos no comando, este era o irmão,
deveriam ser gêmeos, pois são mesmo parecidos, mas eles
engolindo que ele morreu, pode ser que tenhamos uma chance a
mais. – Robert.
O subcomandante olha para o comandante.
— O que ouve subcomandante.
— E se o rapaz queria bem que achássemos isto, e que
informássemos a Terra 1 que ele morreu?
O prefeito olha para o subcomandante e pergunta.
— O que acha que está acontecendo.
— O que acha que ele fez? – Robert.
— A nave, que está nos defendendo, está controlando um
uniforme de comando, ela diz que alguém está vivo, e segundo a
nave, está sobre a carenagem externa.
— Acha que ele saiu e deixou aquilo para que pensássemos
que ele morreu? – Robert.
— Não sei senhor, estou dividindo o que os sistemas falam,
ou poderia ter outro junto que não vimos, que se lançou ao espaço
na aproximação.
— Verifiquem o que está sobre a carenagem.
Um grupo de verificação vai a estrutura, onde acham José
inconsciente, mas vivo.
O trazer dele para dentro, deixa alguns perplexos, pois ele
deveria estar morto, mas novamente ele é posto a cela.
Raquel estava a sala de comando, via que a pulsação de José
estava fraca e aciona um sistema de ejeção de adrenalina em seu
178
corpo, ele abre os olhos e olha para a cela, ele sacode a cabeça, por
um momento pensou ter sonhado, por momentos perdeu noção de
onde estava, deixa o corpo relaxar, viu que havia uma coberta sobre
ele e soube que acontecera de verdade.
Robert sabe do rapaz encontrado e vai a cela, estranha o
rapaz adormecido e pergunta ao curandeiro local.
— O que aconteceu?
— Ele tinha oxigênio, mas o corpo estava congelando, tinha
um pequeno rasgo na bota, o ar saia e o corpo perdia calor, ele se
debruçou sobre o corpo, para não permitir o ar sair e acaba
perdendo a consciência.
— A pergunta é como ele fez, parece ser ele mesmo, mas
como saber se eles não clonam as pessoas naquele planeta.
— Verificamos senhor, mas o que faremos com ele?
— Alguém após a afirmação da morte do rapaz, começa a nos
atacar, mas pode ser acaso. Mas ele tem algo que nos seja
perigoso?
— Os níveis de viroses e vacinação dele, mostra um planeta
vivo e com vírus que para eles são normais, para nós podem parecer
mortais senhor.
— Seria um acaso eles dizerem para não ouvirmos o rapaz
que fala que o planeta tem uma linha de vírus que pode nos ser
mortal e nos livrarmos dele sem o ouvir?
— Acaso não parece encaixar nisto. – Curandeiro.
Robert olha José abrir os olhos e lhe olhar.
— Como acabei aqui.
— Lhe achamos na carenagem externa da nave.
— Obrigado senhor.
Robert olha aquele ser frágil, lhe agradecendo, algo estava
errado e ele não sabia oque ainda.
Robert vai ao comando e olha para o subcomandante.
— Tem uma teoria?
— Sim, ele queria sobreviver, mas algo não saiu como ele
queria, obvio que acharmos que ele morrera, era uma forma de sair
sem ninguém perceber.
— Porque acha que é ele?

179
O rapaz do comando mostra a câmera com o tecido e apenas
inverte o sistema para pegar o infravermelho e o senhor vê o rapaz
se mexer, fazer força e entrar no que era a nave.
— Ele pelo jeito é decidido, não duvidou em segundo algum.
— Se tivesse ficado provavelmente estaria morto senhor.
— E o que acha da saída de informação.
— Enquanto as naves vierem no nosso sentido fazendo uma
onda de alta frequência, nada sai da nave, tudo fica como um som
fraco demais, o rapaz tem um sistema interno nele, não sei oque a
nave acionou, mas é interno nele, se vê o sinal entrando na peça e
ele abrindo os olhos.
— Acha que ele é um aliado?
— Acho que ele é um ser que os demais consideram
descartável, o mandaram sabendo dos riscos, mas ele manteve uma
conversa com a lua artificial do planeta, e alguém lá, parece duvidar
dele, mas ele parecia tentar convencer da necessidade de nossa
vacinação, a pessoa faz de conta que não existe o risco.
— Normalmente não ouvimos os mais débeis.
— Ele não parece débil senhor, fisicamente ele é uma
maquina, conheço poucos dos nossos que aguentariam a pressão da
saída da nave e ainda manteriam consciência para segurar em algo.
— Nos estamos frágeis, mas como está o sistema de giro
gravitacional?
— Entrando em funcionamento em 12 minutos senhor.
— Uma segunda boa noticia, mas vi que está tentando
entender o que está acontecendo, algo o preocupa?
— Senhor, o rapaz da lua artificial que falou com este rapaz,
perguntou para este rapaz se ele tinha um plano, as respostas
parecem assustadoras, e mostra bem como eles pensam.
— Por quê?
— O rapaz afirma ter 200 mil ogivas nucleares, uma plantação
de Malac, apoio de 35 das 51 nações, mas não entendi a conversa,
mas ele afirma que tirou de nós estas ogivas, e a composição deste
Malac, é um veneno senhor, humanos morrem se comerem.
— Acha que ele nos roubou mesmo?
— As naves e as ogivas não estão lá senhor, no planeta,
existem nações que se fazem de mortos, mas os sistemas internos
180
deles, antes deles desligarem-nos, davam como nações que não
haviam perdido um único habitante na guerra.
— Será que ele é inútil ou escolheu uma forma de distrair os
demais seres no planeta?
— Ele quase morreu para isto.
— Sim, mas são os riscos de uma grande manobra, qualquer
erro, tudo muda, mas ele levou sorte, pois achamos o sinal e o
achamos, mas se ele tem o que falou subcomandante, porque
manter o acordo com os em Terra 1?
— As famílias senhor.
— Certo, as famílias, mas se eles nos atacam, preciso saber o
que faremos.
Robert foi a uma reunião e olha outros seres na mesma sala.
— O que houve Robert, que nos tirou do descanso, certo que
ficamos tensos com o parar da pouca gravidade que temos, nossa
comida morreria.
— Estou confirmando, mas o grupo que nos deveria dar apoio
está dividido, soube que alguns querem nossa morte, outros nossa
chegada com segurança.
— E porque acreditaria nisto? – Um Carson ao fundo.
— A logica, alguém se arrisca a vir até nós e nos avisar, eles
dizem que tudo que o rapaz falar é mentira, mas assim que nos
livramos do rapaz, eles iniciam um ataque covarde contra nós?
— O que considera um ataque covarde? – Um Floys ao fundo.
— Um ataque com pulsos de alta frequência na nossa
frequência carbônica de DNA.
— E como não morremos?
— A nave do rapaz que acabamos detendo, está reagindo
com ondas de frequência inversa, eu não conhecia esta tecnologia,
mas assim as linhas se tornam nulas e não somos afetados.
— E acha que eles nos querem mortos?
— Eu estou olhando os dados e dividindo com vocês, as naves
vem a nós, os que dizem nos apoiar, tem uma lua artificial cheia de
caças e não se preocuparam em evitar que estes venham no nosso
sentido.
— E porque da duvida então? – O senhor Carson.

181
— O fluxo de energia vem no nosso sentido, quem está na lua
não vê o fluxo, somos o alvo, mas eles não pareceram querer deter
os asteroides, eles não pareceram nos defender de nada, mas um
rapaz veio a nós, aparência do que veio aqui primeiro, mas tenho
quase certeza de ser um irmão do primeiro.
— Por quê?
— Temos a imagem da base dos parentes, e um rapaz que
parece ter se ferido no rosto e a moça que esteve aqui, estão no
controle de lá.
— E temos como nos defender destes?
— Eu não sei, acato o que a família decidir, eu não vim a
passeio, mas vejo coisas agora que não via a 5 anos, vejo que eles
nos enrolaram para estarmos mais próximos, eles querem os
demais como escravos, não tenho nada contra, mas o rapaz que a
nave nos protege, afirmou que o que motiva eles, nossas armas
nucleares e a quantidade de metais que temos nas nossas naves e
asteroides.
— Acha que eles querem nos roubar?
— Lembra de que quando tentamos o ataque de ontem, a
família não segurou o ataque na lua sobre nós.
— Mas uma chegou ao chão.
— Uma em 12 é muito pouco. – Robert.
— E qual a sua posição referente a isto?
— Sou alguém que gosta de dividir a responsabilidade, mas
eu não abriria nossas desconfianças com os familiares, mas me
protegeria contra ataques covardes.
— Quer continuar, mas levantando mais segurança. – Um
senhor ao fundo.
— Não gosto de desconfiar da família senhores, mas não me
adianta chegar lá e morrer, por ultimo, o rapaz que detive falou que
o nível de virose no planeta pode nos matar, ouvi eles falando para
não ouvir o rapaz, e uma das coisas que ele trouxe a bordo, foi
vacina para todos os tripulantes, o corpo dele, contem alguns vírus
que evoluíram mais de 12 mil ciclos no planeta, o que pode ser
mortal a nós, mas também temos de decidir se acreditamos que
não precisamos, ou usamos a vacina.

182
— Está falando que alguém nos oferece um caminho
diferente, e os de lá não nos querem neste caminho, acha mesmo
que os níveis de viroses deles nos mataria.
— Quem afirmou isto foi o curandeiro, não eu, mas mostra
que existem dois lados, um esta evitando que eles usem as armas
contra nós, outro está tentando nos atacar, o que não entendi,
quem está fazendo oque.
— Desconfia que pode ser o inverso, conheço esta sua forma
de agir Robert.
— Senhores, eu não tenho opinião, eles passaram o sinal
certo, passaram com isto aquela coisas de paradoxo de Bill, acho um
complexo de superioridade aquilo, não de inferioridade, todos nós
sabemos o que aconteceu com todos que mantiveram a afirmação
de que eram melhores, acabam morrendo por unir a oposição.
— Reparamos nisto, estranho algo que parece evoluído por
um lado, estar tão inerte por outro.
— O estar em um planeta, os fazem mais acomodados
senhores, dizem que se chama Paz Interna, mas ainda não sei o que
é isto.
— Continue por este caminho Carson, concordo que não
devemos alertar os demais de nossas desconfianças, eles não
podem nos ver como inimigos, tenho quase certeza que culparão os
demais por este ataque, mas sou por não mudar de lado ainda, mas
concordo em erguer as nossas defesas o máximo que pudermos, se
poderíamos testar esta vacina em parte dos internos, se não os
fizerem mal, a usamos.
Os demais concordam e Robert vai à cela e olha o rapaz.
— Podemos ser sinceros?
— Depende, sinceridade me leva sempre a morte.
— Tens um irmão?
— Sim, tenho um irmão.
— Gêmeos?
— Sim, conhece meu irmão? – José.
— Ele tem uma cicatriz no rosto?
— Agora sim, ele tem uma cicatriz no rosto.
— Como ele a consegui?

183
— Ele não me falou, não nos falamos tanto, tem de entender
uma coisas senhor Robert, eu e meu irmão, escolhemos lados
diferentes.
— Temos uma gravação de você afirmando que tem 200 mil
ogivas nucleares, isto é real?
— Sim, a tomamos da nave a 2 dias, eles estavam usando
suas naves e as jogando contra sua proteção, gerando pequenas
variações de frequência na proteção, foi como eles determinaram
qual frequência passaria pela proteção de vocês.
— Pelo jeito os dois lados querem nos matar mesmo.
— Senhor, eu não falo por ninguém além de mim, posso ser
parte de um grupo de pessoas, mas não posso ser culpado por algo
que alguém do meu grupo fez, deve entender, na natureza humana,
sempre existe um grupo tendendo a se impor sobre outro.
— E pelo jeito não tem problemas com isto?
— Eu não considero os trabalhadores idiotas senhor, acredito
que a sensação de livres, sempre os faz querer crescer na vida, a
sensação de que um se deu bem na vida, faz os demais trabalharem
mais, mas eles não entendem senhor, existem patamares de
riqueza, um pobre, as vezes ganha por ano, o que gasto por dia, mas
ele é feliz assim, o que me interessa é não perder tudo por ganancia
de poucos.
— Perder tudo.
— Senhor, sabe o sistema que controla cada ser nos 3
planetas habitados deste sistema?
— Sim, o que chamam de Plauts?
— Sim, os Camacho racharam por serem os que controlam
este sistema, e não o controlamos por ser os mais espertos, e sim,
por saber como os demais pensam, e termos feito algo que seja
pratico, útil, e que o mais ignorante dos seres, consiga usar.
— Esta dizendo que vocês que controlam este dado.
— Sim, mas nós também controlamos 23 tipos de cultivo no
planeta, temos de comida rica em proteínas a veneno, somos os
tidos como inferiores pelos Glieserer, somos a família que eles
colocaram para correr, por achar que não servimos, mas como digo,
não tenho nada contra eles, apenas não me façam perder dinheiro.
— E arrisca a vida por isto.
184
— Senhor, um dia vou morrer, se morrer fazendo o que
acredito, bom, se não, vou ao próximo desafio.
— Mas porque planta um veneno?
— Três motivos, eles são ótimos oxigenadores da terra, e
imunes a praga, então conseguimos fazer culturas menos
resistentes em solos pobres quando plantamos meio a meio com
este veneno, segundo, dele se extrai uma toxina que produz um
alucinógeno, os contrabandistas pagam uma fortuna por isto,
terceiro, desenvolvemos ao tirar o toxico, um produto na forma de
suco que nos gera recursos, um produto, 3 aplicabilidades.
— Sua forma de pensar no mercado assustaria a família.
— Esperava estar indo para casa Robert, mas se estou aqui,
sinal que tem algo lá fora que não era para que atravessasse.
— Sua nave está reagindo a uma frequência a 528hz em alta
frequência vinda das naves agressoras.
— Covardes. – José.
Robert olha para José, talvez José estivesse encenando
direito, mas sabia que teria de se recuperar, e se o deixassem na
mesma câmera neste instante, morreria.
— Descansa, eles acham que você morreu, melhor descansar.
— Agradeço por terem me salvo senhor, muitos me deixariam
morrer, pensei que quisesse minha morte.
— Quase me enganou com a sua simulação de morte, quase
não fomos atrás, levou sorte rapaz, muita sorte.
José olha serio os olhos do senhor, sem demonstrar
sentimentos.

185
Raquel olha os generais a
sala, olha em volta, somente ela
para ser maluca de estar ali sem
segurança, não sabia qual iria ser
o primeiro a pular fora, mas
estava querendo parar aquilo naquele momento.
— Senta moça, pelo jeito não ouviu as noticias.
— Noticia? – Raquel.
— Todos os sistemas de comunicação destes que estavam
aqui, dizem que José Camacho está morto.
— Sinal que cuidarei de nosso filho na cadeia sozinha. –
Raquel põem as mãos na cabeça, levanta os cabelos lentamente e
apertando a cabeça e olha para os generais.
— Sabe que não podemos a perdoar. – General Fran.
— Vocês são idiotas demais para entender o problema, se
José está morto, logo todos estaremos.
Brito olha a moça, ela não tinha garantia nenhuma e eles
queriam algo, sem dar garantias nenhumas.
O olhar de Brito para Fran fez o mesmo olhar para
Domenicos, que fala.
— Tem de entender Brito, não temos garantias a oferecer,
sabe que não vamos oferecer algo que os políticos depois não
cumprirão.
Brito olha para os dois, para outros 3 e fala.
— Se querem assim Domenicos, generais, o que estamos
fazendo aqui, se já estão dizendo que tudo vai voltar a ser como era,
para que estamos aqui?
— Não temos como os impor nada Brito.
Brito se levanta e fala.
— Não entenderam e não são burros, Fran eu entendo
Domenicos, mas você, não pensei que fosse tão burro, a mesma
acusação que eles usam para ela, vão usar a todos que para salvar o
povo os prendeu.
186
Fran viu que Brito o acusara, não diretamente e fala.
— Foi uma indireta?
— Direta, sei que sem nos no caminho é fácil para você ser o
chefe maior das Guerras, mas se não temos o que oferecer a ela, e
vocês acham que não devemos, para que a chamamos, a prender,
ela estava ali fora, não precisava isto? – Brito.
Fran olha para a moça e fala.
— Sabe o que está acontecendo?
— Depois de me chamarem de desinformada, de não poder
me dar garantia nenhuma general, ainda me pergunta se sei o que
está acontecendo?
— Todos nos radares informam uma ida da Lua em direção
das naves de um esquadrão de naves, eles vão lá para derrubar as
nossas naves.
— Não fui eu que mandei vocês para o espaço, por sinal,
todas as vezes que fomos ao espaço, tivemos de desviar suas lentas
naves, mas o que quer?
— Mas parece que elas conseguiram fazer formação e os
demais vão as derrubar, agora sabemos não ser você e José que
comandam isto, mas não muda os fatos anteriores.
— Sim, as farsas continuam, e se nem isto conseguem ver
general Fran, deveria pedir para se afastar, uma nação não merece
merdinhas como você mandando em exércitos.
Brito segurou a rizada, pois era bem isto que estava
acontecendo, eles se fazendo de surdos referente a coisas que não
existiam provas.
— Acha que me ofende.
— Não, merda não ouve, não vê, e se acha cheirosa, normal a
toda merda, achar que é grande coisa e nem sabe em que fossa vai
parar.
O general levanta violentamente da cadeira e Raquel o olha
fria, se iria ser como eles queriam, que acabasse a farsa.
— Parece não temer, não sabe o que acontece com presos
nesta cidade.
— Matam, sei pois estava esperando para morrer por um
crime que não cometi, que todo general interno, como o senhor,
deveria saber, mas como disse, se não é merda, é incompetente, o
187
que é pior, uma merda ou um incompetente mandando pessoas a
morte porque tem uma farda?
Raquel olha dois militares entrarem pela porta e o senhor
gritar.
— Detenham ela.
Raquel sai algemada e Fran olha para Brito.
— Ela não ajudou.
Brito olha para os demais e fala.
— Quero saber daqui, quem tem participação neste atentado,
pois é claro que Fran tem parte, um covarde que continua a culpar a
moça, mas é obvio, sabe o que aconteceu.
Fran olha assustado e bate na mesa, Brito olha ele
calmamente e fala.
— Se bater de novo, vai para a cela do lado da moça general,
quero ver se é valente com gente grande, e não com moças
gravidas.
— Ela não pode...
— Pode, vocês mostram que a lei não foi cumprida, pois ela
teria de ter passado por um exame, mas esqueci, para quem tinha
mandado uma menina de 8 anos a morte, o que era mandar uma
gravida, não é general.
— Eles...
— Provas general, quanto recebeu para isto, é humano
ainda?
— Esta discussão não vai nos levar a nada. – General Carlsson.
— Verdade, mas se não temos a ajuda que precisávamos, pois
foi o que viemos fazer aqui, mas a posição de um general já
mostrando que não queria a ajuda, terminou com a reunião antes
de começar, e ele não chamou os rapazes, sinal que já tinha
combinado com vocês, o que fazemos aqui Carlsson? – Brito.
— Tem de entender... – Carlsson.
— O que fazemos aqui Carlsson? – Domenicos.
— Tínhamos de ter uma justificativa para a prender, já que vi
que vocês dois a estão ouvindo demais.
Domenicos levanta e olha para Brito e fala.
— Estou voltando para minha base, eles que se virem.

188
— Vou voltar para a divisa sul, concordo com você
Domenicos, pois quando os demais souberem o que fizeram, não
quero estar por perto.
— Acha que saem? – Fran.
— Não, já saímos.
Domenicos sai pela porta e olha para as armas apontadas
para ele e olha para os seus que cercam os demais e fala.
— Quem largar a arma agora, não morre por uma ordem que
não sei quem deu, mas garanto, é uma merda com farda.
Os soldados viram que estavam cercados e viram o pessoal de
Brito chegar e se desarmam.
Fran sai para dar ordens e sente o direto de esquerda de
Domenicos que olha para os soldados.
— Prendam os generais, eles vão a interrogatório.
Carlsson esqueceu que alguns eram de escritório, Brito e
Domenicos, de campos de batalha, não se importavam em
responder por coisas assim.
Domenicos desce a sala de reuniões da base, olha para a sala
arrumada e apenas sai, olha ao longe o prefeito e os delegados
chegarem a sala, eles estavam querendo um culpado, ele olha para
o rapaz do comando e fala.
— Avisa todos, ninguém sai da base hoje, quem sair, atirem
para matar.
— Mas...
— Não temos tempo para discutir isto sargento, passa a
ordem para cima, e manda todos para dentro.
Brito iria sair e recebe a ordem de se recolherem, pensou em
uma bomba ou algo assim, mas quando olha para Domenicos no
comando ouvindo a reunião na sala ao lado, entendeu quem estava
por trás dos acontecimentos, no meio da confusão eles se
mobilizaram, Domenicos grava a reunião, quando o chefe da
segurança dos Delegados saiu para procurar os generais, foi detido
na sala ao lado, sem estardalhaço.
Brito e Domenicos saem dali e dão a ordem de prisão dos
políticos, em uma cela 4 andares abaixo dos generais.
Brito olha para Domenicos e pergunta.
— O que está fazendo?
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— Se vamos ter problemas, não estava juntando provas, mas
agora estou.
Brito ouviu as conversas e falou.
— Quem ainda está infiltrado Domenicos.
— Não temos sistema para ver os bancos, mas deve ser o
dinheiro agora que está falando Brito.
Raquel estava na cela e vê o soldado a soltar e falar.
— Desculpa o mal entendido moça.
— Quem está no comando?
— Temos apenas uma ordem de não sair, algo vai acontecer,
mas fora isto, os generais ainda estão em reunião.
Raquel olha para o rapaz, algo tinha mudado, mas não iria
perguntar mais, desce a cidade subterrânea, olha para o povo todo
tenso naquela cidade e senta-se, precisava pensar, não teria como
ajudar José neste momento.
Narciso olha para ela e senta-se a sua frente.
— Não posso negar que meu irmão tem bom gosto.
— Como ele está, não tenho como controlar daqui.
— Vim bem para lhe apresentar o lugar.
— Apresentar?
O rapaz não falou nada, levantou-se e fala.
— Vamos, estes generais acham que entendem de algo.
Ela o seguiu e desceram mais 20 pisos, ela nem sabia que
aquilo era tão grande, viu que ainda estavam abrindo os caminhos,
os corredores, caminharam a direita, viu quando um túnel de
ligação, com um sistema de trilhos surgiu a sua frente, o rapaz
entrou e ligou uma espécie de locomotiva elétrica e aquilo deslizou
pelo trilho, rapidamente. Um transporte rápido, silencioso, e que os
estava tirando da mira dos generais.
O rapaz sai, começam a subir e saem na base de Poti, ela olha
em volta, sorri, os generais achariam que ela ainda estava na base.
Ela chega ao comando e olha para Brunus que fala.
— Estou perdido por aqui sim.
— O que está acontecendo?
— Não sei, mas as naves que decolaram das 5 nações do sul
para enfrentar a ameaça, estão cercadas.
— Quem deles está no comando?
190
— Tenente Daniele.
Raquel olha para a imagem e abre a transmissão.
— Tenente Daniele, um grupo ainda não denominado, está
indo no seu sentido, devem chegar ai em minutos, para os tirar do
ar, precisam fazer uma manobra evasiva. – Raquel.
— Não obedecemos ordens de terceiros moça.
— Então morra Tenente idiota, os demais, se querem morrer,
não façam a manobra evasiva agora, vocês são ratinhos de general,
e morrem para eles ganharem condecoração, muito bem pessoal.
Brunus tentava a mais de 15 minutos que a moça a ouvisse,
ela não o ouviu, pensou que a moça seria mais compreensiva, mas
não foi, ela olha para Narciso e pergunta.
— Temos como os tirar de lá?
Narciso viu que a ligação estava ativa, Raquel não queria
parecer estar falando com o grupo, mas não teria como os obrigar a
ouvir eles.
— Eles estão entre um campo de proteção e uma serie de
encouraçados Glieserer, não tem como os tirar de lá, se eles
desligam a linha de interação, eles derretem nos comandos, eles
teriam de fazer a manobra com os sistemas ligados, mas não sei
como os ajudar.
— E aqueles generais me fazendo perder tempo.
— Brito ficou sem saber o que fazer lá.
— Sei disto, mas dois votos em 12 não me adianta, obrigado
por me tirar de lá.
Brunus olha para a moça e pergunta.
— Não teríamos como desligar a proteção da nave de José.
Raquel olha para Brunus e fala serio.
— Brunus, entre uma tenente mal educada e mais de 50 mil
crianças dentro da nave, eu ainda prefiro as 50 mil crianças, se ela
não querer sair, começo achar que tem de morrer lá.
Tenente Daniele olha para o comando e olha para o sistema,
desliga a ligação e liga internamente a comunicação.
— O que acham esquadrão.
— Eles tem razão, se desligarmos a proteção vamos fritar,
não entendi a comunicação, parecem pessoas comuns.
— Aquela é a assassina do evento Olímpico. – Fala outra.
191
Daniele olha para os demais e fala.
— As naves chegam muito rápido, não sei que tecnologia
usam, mas é daquelas naves que passaram por nós, vamos começar
a manobra de desvio por cima da proteção deles, não temos como
desligar antes de 35 graus de desvio, dai aceleramos invertendo os
motores, mas eles são muito rápidos.
O segundo no esquadrão olha a velocidade das naves e olha
para a Tenente.
— Recomendava Tenente, saída a 45graus.
— Por quê?
— Somos lentos, fazemos o desvio em pouco espaço tenente,
eles vão tentar acompanhar a manobra, mas o arrasto da
velocidade deles, devem os jogar sobre a proteção da nave.
Todos começam a fazer o desvio, os rapazes das naves ligam
a proteção, sentindo a vibração invertida vinda da nave, começam a
desviar, mas realmente com a velocidade que estavam, são jogados
sobre a proteção da nave, dois deles se despedaçam, dois seguram
a aceleração, e dois passam sobre a nave, não desviando para cima.
A tenente olha o tamanho da nave e começa a fazer uma
imensa curva a direita, olha para os demais e fala.
— Viram o tamanho disto?
— Eles são imensos, quantos vivem ai? – Um no radio.
— Não sei, mas vamos tentar sair daqui, nos omitindo atrás
dos asteroides de gelo a frente.
As naves se aproximam e se omitem na face escura daquela
imensa pedra de gelo.
Raquel olha para o sistema, olha para os dados vindos mesmo
com toda aquela interferência da nave de José, sabia que era
arriscado, mas precisava de uma posição, olha para as naves e
transmite para dentro.
“José Camacho, assim que puder, temos de saber, eles
querem ajuda ou não?”
A pergunta foi feita por texto, ela não queria aparecer na tela,
mas começava achar que Jose não estava bem, ela estava
preocupada, pois ele já deveria ter saído ou se comunicado.
Brunus olha para Raquel e pergunta.
— O que fazemos?
192
— Vamos manter a calma, como está o grupo?
— Aumentando por um lado, começando a gerar problemas
por outros.
— Alguma mensagem estranha?
— Não sei ainda o que seria uma mensagem normal moça, os
sistemas tem gente falando em tantas línguas, algumas que nem
ouvi, que fica difícil de entender.
Raquel olha os pedidos de apoio e informação e começa a
falar com lideres de algumas nações, escondidas e com medo, pois a
informação que corria é que um grupo de mais de dois milhões de
humanos, estava chegando e os queriam mortos.
Brunus olha a facilidade que Raquel conversava em varias
línguas, Narciso olha para Brunus e pergunta.
— Alguém dos Camacho entrou em contato?
— Seu primo Paulo, deixou um recado, que o grupo do
príncipe havia destruído a base na província do continente do norte,
havia mais de 3 mil deles, a maioria não consegue ainda andar na
gravidade local, estão lá se preparando para algo maior.
— Boa noticia, mas ainda preocupante.
— Não sei quem é este príncipe, tive de ir ao dicionário para
saber o que significava a palavra príncipe.
— Sei que não entendeu Brunus, sei disto, para mim, esta
guerra está expondo seres que são mitos, assim como ouvi mitos
sobre meu irmão.
— Seu irmão virou mito por estar vivo, quando todos
achavam que ele morreria.
— Nós não conseguimos os tirar de lá, mas ele deu um jeito,
ele não duvidou que teria de escapar, mas obvio, muitos ódios ele
conseguiu com isto, principalmente de quem o queria morto.
— Acha que ele volta? – Brunus.
— Acho que ele vai tentar com toda força, mas ele já está a
muito tempo lá, Raquel falou que ele falou em ida rápida.
— Não entendi a ideia?
— Eles não falaram, os dois parecem ter traçado um objetivo,
e sei que por mais que alguns falem de que parecem confusos, tem
de verificar que muitos estão perguntando a seus generais o que
fazer, pois são dos poucos que reagiram a ameaça.
193
— E eles nem sabem o que foi feito. – Brunus.
— Como não?
— Rapaz, seu irmão e a namorada, deram um nós nos
generais, nos seus, no grupo lá encima, mas ninguém viu o todo, até
aqueles que nos colocaram para fora, aqueles que dizem que vocês
faziam parte, estão se perguntando se foi uma boa ideia os por para
fora.
— Ouvi isto, mas não estamos ainda respondendo, eles
parecem querer saber o que vamos fazer, mas como a moça e José
não falaram, meu tio não falou o que pode fazer, todos ficam
olhando, sei que um príncipe poderia agir, mas não o conheço,
Príncipe Drop, é historia para dormir dos Camacho, quer dizer, era
faz de conta até meu irmão falar com meu tio e ficar na gravação
interna de Terra 1, mas para mim, lenda.
— Lenda? – Brunus.
— Algo referente a algo imenso, em cidades imensas, que não
sei se estão neste ou no planeta ao lado, mas que se denominam de
Seres, e nós os chamávamos de Glieseres.
— E seu irmão conhece um destes?
— Ele e meu tio conhecem, ele falou que tomou suco de
Malec, tive de estudar, pois eu achava que era veneno aquilo, mas
existe uma forma de fazer, que é produzida nas cidades ao mar
Gelado ao sul, que a faz vendável, mas tive de ouvir que vendíamos
isto a outros seres, para me inteirar dos montantes, e todos os
demais, começaram a se perguntar, onde ficava a cidade de Iec.
— Que cidade é esta? – Brunus.
— Segundo meu tio, uma cidade que contem mais de um
milhão de Glieseres.
— E que ninguém sabe onde fica, mas que seu irmão mantem
comercio com eles?
— Sim, pensava que os demais sabiam disto, descobri que
eles ignoravam o comercio, talvez por serem contra, descobri que
os Glieserer achavam que os Glieseres eram lenda.
— E os colocaram para fora?
— Eles não entenderam Brunus, eles acham que é um
comercio insignificante, de um produto insignificante, com um povo
insignificante, eles acharam que estávamos mentindo.
194
— E tem certeza que não estão?
— Brunus, toda a região do que chamam de Ilha ao Sul, Gelos
do Sul, ou Ilha dos Glieseres, é dos Camacho, compramos toda ela,
foi aos poucos, mas hoje, todas as instalações de pesquisa,
produção, portos, campos, e gelo da região, são patrimônio da
família, e pior, os demais não desconfiam disto.
— Quer dizer que vocês tem em área dois terços da nação?
— Um pouco mais que isto, já que as terras entre Sulacia e o
Mar, também é de uso dos Camacho, mas aqui, concessão, lá,
nossas terras.
— Acha que eles estão lá?
— Não tenho ideia, mas obvio, sei que meu irmão tem algo
que os outros odeiam, algo que chamamos de Intuição, ele sabe
sentir as possibilidades, ele administra perdas, ele encara medos,
ele por dois anos estava de férias Brunus, meu pai dizia que era uma
loucura ele querer conhecer o planeta inteiro, que não lhe daria um
centavo de dinheiro, ele o fez, continua com as contas cheias, e
mesmo quando todos os procuravam, o Drack dele gerava mais de
20 mil salários padrão por ciclo.
— Quer dizer que o boêmio era marketing? – Brunus.
— Somente conversando com meu irmão para entender o
quanto ele duvida das próprias ideias, quanto ele é inseguro de suas
ideias, e mesmo assim, encara a vida.
— Ele conquistou uma moça incrível.
— Estava a observando, ela está preocupada, mas confia
nele, mas tenho de concordar, ele escolheu alguém especial.
— E aquela coisa de desencarnarem, como fazem isto? –
Brunus queria perguntar isto a muito, mas ninguém lhe deu a
oportunidade.
Narciso sorriu e falou.
— Isto ainda é um segredo de família, sei que saímos da
família, mas acho que esta parte, ainda manteremos em segredo. –
Narciso nunca falaria que era tecnologia, e não transmutação, ou
uma mistura de ampliação do próprio sentir a partir de uma indução
eletromagnética.
Brunus vendo que Raquel falava com alguns chega perto.
— O que faremos?
195
— Decolamos em minutos.
— Não entendi. – O rapaz ao controle.
— As naves da nação está lá sem poderem voltar, com pouca
energia, e não terão o mesmo tempo de oxigênio para voltar. Não
havia entendido que era uma operação suicida. – Raquel olhando
para Bruno e Narciso – Quem vai junto.
— Eu acompanho. – Narciso.
— Acha que eles a ouvem?
— Brunus, eu vou, quem decide são vocês se querem ir.
O grupo começa a se organizar e decolam no sentido das
naves que chegavam lentamente.

196
José acorda e uma moça, a
primeira que viu desde que fora as
naves a olha e fala.
— Estão trazendo as vestes
de sua nave, mas o conselho quer
falar com você, soube que nos ofereceu vacina para nos defender,
agradecemos por nós.
— Grato.
— Posso fazer uma pergunta rapaz? – A moça.
— Sim.
— O mundo é tão bonito como a parte interna de cultivo das
naves?
— Não conheço a parte interna, mas lembro da que temos a
volta do primeiro planeta, e pode ter certeza, é diferente.
— O que é diferente?
— Um planeta, um simples rio de encosta, pode ter mais de
70 metros de profundidade, mais de dois mil metros de largura,
uma queda de agua destes rios, pode ter 80 metros, existe um em
Terra dois, que despenca em uma correnteza assustadora e linda de
dois mil e seiscentos metros. Mas o que vai estranhar mais, insetos,
ovíparos, rastejantes, marsupiais, o cheiro da terra em si.
— Está dizendo que o todo que é lindo?
— O todo para os que sabem e pretendem continuar a viver
moça, a vida em si, as vezes é detonada pelo acomodar, as pessoas
tem a comida, a segurança, a tecnologia, e esquecem que do lado
de fora tem um planeta a ser vivido.
— Porque fariam isto?
— Não entendo tanto destes que deixam de viver moça.
Ela sorriu e viu um senhor entrar, ela olha para o chão e sai.
— Ela não o importunou por acaso? – Robert.
— Não, só alertou que o senhor traria minhas vestes e que o
conselho queria me falar, estou à disposição.

197
— Eles vão lhe fazer perguntas, gostaria que tentasse ser
sincero. – Robert.
— Não vejo porque não o ser senhor.
— Sabe que eles desconfiam de tudo.
— Imagino, mas fiquei pensando na sua pergunta, sobre o
meu morrer aqui, que fez antes de descansar, e me veio uma
certeza senhor.
— Uma certeza?
— Eu gostaria de voltar, mas se não voltar, fiz a minha parte,
me sinto orgulhoso de o ter feito, independente do que vier a
acontecer daqui para diante.
José coloca sua roupa, ele olha que tiraram algumas peças da
roupa, mas as mais visíveis, como os botões e os bordados das
mangas estavam ainda ali.
Robert olha para José e o conduz a uma sala, se via o luxo,
moveis de madeira José nunca havia visto, toda a produção de
coisas nos planetas são baseadas em transformação de vegetais,
altos ou baixos em fibras carbônicas, pois nenhuma das arvores
locais dava para usar no natural, eram muito úmidas, continham
muita agua em seus interiores.
José observava e ouviu o rapaz a ponta.
— Pode sentar-se rapaz.
— Agradeço, soube que os Camacho não faziam parte da
família ainda quando vocês saíram da Terra, então é uma pena não
ter alguém da família para me reportar.
— Parece tenso ainda, algum problema.
— Não é tenso, é encantado, vocês tem coisas nesta nave,
que não terão em nenhuma das 3 Terras que temos aqui, pois todas
as frequências dos dois sois, geram plantas muito volumosas, mas
suas fibras não permitiriam construir um móvel como este. – José
passando a mão no móvel.
— O conselho gostaria de fazer algumas perguntas,
gostaríamos de sinceridade.
Jose assentiu com a cabeça e um senhor ao canto fala.
— Sou Carlos Floys, gostaria de saber porque nos alertar que
as famílias se dividiram, não parece fazer sentido.

198
— A historia é longa, mas vou tentar reduzir, o planeta está
colonizado a 8700 ciclos, vocês chamam de anos, nós separamos o
que veio da Terra original como ciclos e o que nos é local, pois o ano
aqui varia de planeta para planeta, e precisávamos de algo que
pudesse ser usado nos três planetas e algo interno, então em Terra
1, um ano dura 6342 horas, um ciclo, dura 8760 horas, então não se
confundam, quando se fala em 12 mil anos em Terra 1, é real, mas é
que estes 12 mil anos, correspondem a 8700 ciclos da Terra original.
Os rapazes olham para José, ele estava pensando, estava
tentando manter o raciocínio, mas precisava ir com calma.
— Quando os primeiros chegaram, nosso grupo, nos
instalamos parte em cada planeta, com as 3 naves que vieram, cada
qual usada na orbita de um dos planetas, mas cada chegada de
novas naves, gerou guerras, sempre que tivemos um novo grupo,
dentro do planeta se formou grupos que os queriam como aliados,
e grupo que os queriam como trabalhadores braçais, em 12 mil
anos, muitas guerras, muitas mesquinharias se desenvolvem, mas
não sou eu que disse que eles estão rachados, foram os Floys da Lua
deles que falaram, pois existem famílias dos próprios Glieserer que
não sabem que existe parte da família chegando, se fosse para os
receber lá, eles nos teriam permitido dividir a informação, como os
demais membros da família, mas quando o tentamos, eles nos
isolaram, minha própria família se divide em partes, tenho um
irmão que está do outro lado senhores.
Os senhores se olharam e Robert olha para José e pergunta.
— E porque os da Lua 2 rechaçaram a leva de ataques.
— Senhores, eu não estou lá, eu ainda não sei, mas em
grupos divididos, cada grupo está jogando com suas cartas, mas
quanto tempo eles mantiveram o ataque?
— Mais de 4 horas. – Robert.
— 30 segundos de ataque seriam mortais senhor, eles tem
naves mais rápidas e mais lentas, mas não esqueçam, pode ser uma
encenação, já que não deu resultado, mas neste instante estou
especulando, pois não sei.
— O que fez com as ogivas nucleares que roubou de nós.
— Regra básica de qualquer ser no sol de Gliese, não deixar
uma arma a disposição de malucos senhores, quando soubemos
199
que estavam a deriva, mandamos a uma estação interna, longe dos
olhos.
— Interna onde? – Um senhor ao fundo.
— Não tenho autorização de falar senhores.
— Mas não é um aliado?
— Senhores, ordens expressas, pois eles sabem que aquelas
ogivas são acionadas a distancia, então eles não querem um planeta
com radioatividade, gerada pelo explodir de tudo aquilo, sem contar
que geraria o estremecer do planeta inteiro, e isto poderia o matar
como local habitável, se não entendem os motivos não os vou
explicar mais que isto.
— Sabe que está nos desafiando com isto? – Um senhor.
— Não, queria todos seguros ao chão, e uma das suas naves
já foi sabotada, um plano que dividiram como os no planeta, e que
desculpa, por si deveria mostrar que eles não são inocentes, mas
parecem querer ainda destruir, não gosto desta ideia.
— Mas e os nosso pessoal, porque trabalharia para nós
podendo ser livre em outras nações.
— Senhores, sempre digo, para todos, a pseudo liberdade, dá
maior força a governos do que a serventia obrigatória.
— Não concordo com você. – Um senhor ao fundo.
— Não pedi para concordar, mas das 51 nações em Terra 1, 5
são sistemas impositivos, controle total do governo, são as mais
pobres, mais incultas e menos produtivas, existe um grupo que
arrota que estão bem, mas senhor, eu sendo dos mais pobres dos
Glieserer, as vezes até duvido eles terem me colocado para fora,
tenho mais que estes cinco ditadores juntos.
— E lhe mandam para o espaço.
— Não fui mandado senhor, perguntaram quem viria, e vim,
não é questão de viver, é de manter as coisas funcionando, garanto,
as terras vão demorar sem radioatividade, uns 4 anos para
normalizar, acho 4 anos muito, 700 ou 800, inaceitável.
— Sabe que não está os colocando a seu favor – Robert.
José olha para Robert e fala.
— Se querem aliados, que mintam para vocês, e depois os
matem, talvez não devessem realmente estar me ouvindo, não sou

200
de falar o que vocês querem, e sim o que está acontecendo e nossa
posição.
— Eles talvez tenham se assustado com o que discuti com
eles, referente a sua forma de pensar rapaz. – Robert.
Jose os olha e pergunta.
— O que mais os assustou?
Um senhor ao fundo olha para Robert e depois para José e
fala.
— A sua forma fria de encarar as coisas, de se apoderar das
coisas e justificar como se tivéssemos de acreditar, não temos de o
fazer, a forma que parece pensar em cada resposta, mas nada
especifico.
— Não entendi, talvez meu Dicionário de palavras não seja
tão bom assim.
José se esquivou, viu que eles tomaram um lado, e não teria
como sair dali facilmente, mas não gostava de matar a todos, ele
ainda queria uma saída intermediaria, mas começa a duvidar disto.
— Não queremos eles livres para fazer o que querem, eles
tem de nos temer, eles tem de nos respeitar. – O senhor Rosa.
— E vão matar um planeta rico por isto?
— Faz parte das regras internas, nós queremos mandar, não
fazer parte.
— Então espero minha condenação e morte senhores, não
serei aliado de covardes, imbecis e idiotas, que se querem fazer de
superiores, mandar a força, fazer regras idiotas e nem as
contestarem, me reservo ao silencio deste momento em diante.
Robert olha a revolta de alguns e um grita.
— Disse que não tínhamos de ter duvidado dos nossos
familiares em Terra 1, isto é um retardadinho como eles falaram.
José cruza os braços, ele queria jogar e não o deram as peças
de jogo, então teria de esperar. Mas teria de ter uma posição
menos estática, teria de os por em alerta.
Ele ao cruzar os braços, toca o pulso do braço direito no
esquerdo, colocando os bordados um sobre o outro, por onda curta
um pequeno sinal sai dele e a nave no hangar, solta-se, inverte
sozinha, liga a proteção e dispara contra a comporta fechada da
entrada, ligando um pulso eletromagnético violento, o sistema de
201
energia da nave é atravessada por aquilo e os disjuntores de
controle desarmam, desligando mais da metade da nave, enquanto
a nave dispara ao espaço, saindo da região, indo no sentido do
planeta.
Robert olhava a frieza de José, os demais começam destratar
o rapaz, ele se mantinha quieto, quando tudo desliga, as luzes de
segurança a bateria na parede ascendem, os senhores sentem o
motor interno, imenso que gerava a gravidade interna parar pois as
coisas começam a flutuar, os senhores olham para José, ele não iria
falar mais mesmo, mas perguntam como se ele tivesse de saber.
— O que fez agora?
José até pensa em responder, mas apenas sorri, Robert soube
que o rapaz era ou aliado ou inimigo, mas não temia a morte.
Robert olha para José e fala.
— Mas nos deixaria morrer a todos.
José não respondeu, eles queriam a morte de um planeta vivo
e não entendiam que para José, isto era mais inaceitável que matar
uma leva imensa de humanos.
Os senhores viram que o rapaz não responderia e um fala ao
fundo.
— Sou pela execução do problema.
José olha para o senhor, um covarde mandando matar,
deveria ter entendido a forma que Robert falou com a moça, que
eles eram impositivos e provavelmente mortais, com quem não
fazia o que eles queriam.
José passa a mão na mesa de madeira, apoia os cotovelos na
mesa, põem a mão a frente do rosto, cruza as mãos e olha para os
presentes, olha para Robert e fala baixo.
— Uma pena acabar assim.
Robert olha para os demais e fala.
— Se era para não o ouvir, porque não o executamos sem o
ouvir, se era apenas encenação senhor Rosa, senhor Floys, Dames,
porque disto?
A luz voltou, mas José estava com as mangas encostadas uma
a outra, com as mãos entrelaçadas a frente do corpo, sobre as
pernas, e sente a energia das paredes, voltando, encosta o segundo
grupo de botões e as naves que estavam para dentro da proteção,
202
encostadas na nave, acionam os sistemas de energia, as luzes se
apagam, mas a energia começava a correr pelas paredes, Jose sente
a frequência, ele se levanta, mas seu corpo ficou ao local, todos
veem aquela aura de gente olhar para eles e falar.
— Sei que são primitivos senhores, mas os queria ver evoluir,
mas pelo jeito, teremos de recomeçar do zero, se acham mesmo
que o ataque destes humanos é insignificante, que as armas dos
demais são falhas, não os conhecem, admiro uma parte do grupo
ter omitido de vocês o todo, mas se vão se matar, e não estarei
entre os que lá estão, não percam tempo comigo.
José ao corpo, deixa o mesmo cair sobre a mesa, e em
energia olha os demais. Levanta-se em energia, olhando em volta.
— Uma hora vão ter de pedir ajuda, mas se não será a minha,
não sei quem vai ajudar.
José induz aquele ser em energia sair pela porta, a
atravessando, começando a voltar a cela, que estivera detido.
Robert olha o corpo caído a mesa, olha para os demais e
todos sentem o sacudir da nave, toda vez que as luzes tentavam
voltar, as naves a volta geravam imensas linhas de energia, parando
a luz novamente.
Os senhores estavam se olhando e o senhor Rosa perguntou.
— O que foi isto?
— O que foi não sei senhores, mas todos se perguntavam se
ele escondia algo, talvez quando o pegamos, ele tivesse uma ideia
diferente de como voltar.
— Isto é impossível.
Os senhores se olham e depois de uns 15 minutos o
comandante entra pela porta e fala.
— A nave do rapaz decolou, atravessando nossa proteção
senhor Robert.
O senhor olha o corpo caído a mesa, os demais assustados e
Robert olha para ele.
— O que aconteceu?
— A nave gerou uma grande linha de energia inversa, se
desprendeu, tudo apagou, e ela saltou ao espaço, como se não
tivéssemos sistemas de defesa funcionando, talvez naquele
momento não tivesse mesmo.
203
O olhar sobre o rapaz caído a mesa, fez Robert falar.
— Acho que não entendemos nada comandante, mas tenta
reestabelecer a luz.
— Não sei o que continua a gerar os pulsos, toda vez que as
luzes voltam, um novo pulso é lançado, e cada vez mais partes
param na nave.
Os senhores com aquelas luzes de emergência correm para
verificar o que estava gerando aquilo, enquanto Robert chega ao
corpo caído a mesa e vê que tem pulso.
— Chama o curandeiro, quero saber se este ser é normal,
nem que tenhamos de o dissecar.
Um dos senhores olha para Robert e pergunta.
— Porque o quer estudar, temos de nos livrar dele.
— Senhores, e se eles usam corpos, com algo dentro, não sei
o que saiu deste, mas algo saiu, não entendi, quero entender, pois
se eles podem usar de alguma forma, alguém distante para fazer o
que querem, este pode ser um clone dos que estão lá embaixo, do
rapaz que esteve aqui antes.
O curandeiro chega e olha o rapaz caído, uma maca e alguns
rapazes ajudaram a levar José a sala de exames.

204
Tenente Daniele estava a
olhar os dados, com o grupo
quase encostado aquela pedra de
gelo, esperando uma chance de
voltar, estavam tensos quando
olham aquela imensa nave a frente, surgir do nada e parar a frente
deles como se os tivessem achado.
— O que faremos Tenente.
— Não sei, qual a posição de todos?
— Bem, mas estamos sem combustível para retornar, o
complexo da nave a frente, parece se preparar, e não sei para que.
— Conseguimos uma manobra evasiva?
A tenente olha que as demais naves, procuravam ao longe,
como se estivessem olhando para o outro lado, e pergunta.
— O que está errado?
— Não entendi Tenente.
— A nave a frente, ou não nos viu, ou não alertou as demais,
elas não nos estão cercando, estão procurando mais a frente;
Os dados de varias naves começa a chegar e um rapaz da
nave mais as costas fala.
— Mas como nos comunicamos, se for aliado, não pode usar
o radio, alertaria os demais.
A tenente temeu estar entrando em uma arapuca de sua
mente, mas olha a parte frontal, usada para entrada de naves ou
saída, começar a abrir, primeiro pensou que sairiam naves dali,
depois viu que o grande corredor estava vazio.
— Alguém tem energia para chegar a Terra 1?
Varias negativas e ela fala.
— Formação evasiva para dentro da nave, não sabemos se é
aliada, mas aqui congelaremos.
As naves começam a pousar na grande nave, eles
desconheciam a procedência, mas era obvio, que não era algo
normal ao grupo.
205
O fechar da comporta deixou claro o sistema de campo que
segurava uma atmosfera interna.
A tenente sai e olha em volta, não sabia onde estavam, mas
ouve por um alto-falante em linguagem de Sul.
— Liguem os cabos de arrasto, para manter a estabilidade das
naves no hangar.
Os pilotos viram que eram pessoas que falavam a sua língua
natal, olham os cabos e começam a prender as naves.
Raquel ao comando olha para a nave de José a dar voltas
longas longe dos olhos na grande nave, olha para Narciso e fala.
— Ele não está mais como aliado, mas temos de saber o que
fazemos.
— Mantem no hangar o sistema de sinal inverso ligado,
mesmo baixo, não vai fazer mal mas evita alguém morrer por não
ter se tocado em o desligar.
Raquel não era de papas na língua, e fala ao autofalante,
obvio que a Tenente reconheceria sua voz, mas precisava se
posicionar.
— Tenente Daniele, apenas pede para o piloto da Nave 7
desligar o sinal de ataque, pois vão morrer se afastarem-se mais de
18 metros da nave, por fogo amigo.
Daniele lembra da voz, mas primeiro olha para Call ao fundo e
fala.
— Desliga lá, que nos matar a todos.
— Pensei que estivesse desligado.
A tenente sobe na nave e dá dois socos no painel do
dispositivo e este para de emitir.
— Onde estamos? – O rapaz.
— A voz é de Raquel Marques. – Tenente Daniele.
— O que ela faz aqui, não estava no planeta?
— Não sei, mas vamos descobrir.
A tenente olha para Brunus chegar ao local, conhecia de
guerras nada legais durante o ano que se passou, pela primeira vez
ao espaço, mas sobrevoo de nações inimigas, fizeram muito no
ultimo ano.
A tenente olha seu grupo e olha para Brunus.
— Onde estamos Sargento? – Fala Daniele.
206
— Numa nave de resgate, ou achou mesmo que os
deixaríamos morrer ali?
— Mas quem pilota isto?
— Narciso Camacho.
— Não conheço, que posto detém?
— Irmão de José Camacho, nada oficial Tenente, os únicos
que se posicionaram contra a invasão e as mortes foram Brito e
Domenicos, o resto, fora de operação momentânea, mas estamos
em uma operação apoiada por eles.
— Generais entrando em guerras espaciais? – Call.
Brunus sorriu, pois ele nunca saíra do planeta, estava em sua
primeira operação espacial, a nave era imensa, estavam apenas em
3 ao comando, e fala.
— O que decidirmos, não é oficial pessoal, as ordens gerais, é
não dispender energia com pessoas que consideram mortas, então
sou o único militar, um Sargento de Gabinete, nesta nave além de
vocês, mas estamos prestes a tentar colocar um ponto final nesta
tentativa de invasão.
— Qual a pretensão? – Tenente.
— No fundo, tem reservas de oxigênio e de baterias, vamos
ainda a guerra, mas estamos agrupando ainda.
— Agrupando?
— Terminem de carregar as naves e subam, precisamos ter
uma posição referente ao ataque.
— Pensei que estavam defendendo estes dai.
— Daniele, ninguém sabe se Jose Camacho está vivo na nave
em frente, mas a nave dele, disparou pulsos de energia
internamente a proteção a pouco, e saiu disparada ao espaço, não
sei a ideia ainda, estamos estudando, mas a camada de proteção
deles está bem frágil, prestes a cair, desconfio que por isto
mandaram as naves da Lua para os tirar dali.
— Quer dizer que José Camacho está dentro da nave os
sabotando?
— Ele tentou um acordo Tenente, mas como não temos
comunicação, ele pode não estar vivo, mas o sair da nave dele,
deteriorando a proteção de uma das naves, é sinal de que não
existe acordo.
207
— Acha que ele realmente é um aliado? – Tenente.
— Tenente, o único ser que vi disparar ao espaço para tentar
evitar a calamidade que o ocorreu enquanto estavam aqui, foi ele.
— O que aconteceu?
— Vale não existe mais pessoal, ataque nuclear, mas existiam
12 naves indo, uma passou, se as doze tivessem passado, poderia
ser que nem Sulácia estivesse lá.
— E o que fazemos?
— Prepara as naves, não sei ainda, mas vamos fazer algo.
Brunus sobe novamente e Paulo, um dos pilotos pergunta.
— Estamos obedecendo um Sargento?
— Braço direito de Domenicos – Daniele olha para Paulo – Ele
que conseguiu apoio a nossa retirada de Macre a 3 meses Paulo.
Paulo olha desconfiado, como se não acreditasse.
— Esta dizendo que ele é o que chamam de Obscuro?
— Ele odeia este apelido Paulo, pode ter certeza, ele odeia
este apelido.
Os demais viram que não era qualquer um, um Sargento, mas
um que todo o grupo que precisava resgate, ou apoio, usava o
código, “Ajuda do Obscuro”, que era quando não passaria pelo
comando geral, e sim por apoio logístico de campo, usado pois
quando se está correndo risco em campo, não se pode depender de
um general tomar a decisão ou não, ou não ser encontrado.
Eles começam a carregar os caças, e Brunus chega ao
comando e Raquel pergunta.
— O que uma lenda faz em nossa nave?
Narciso não entendeu, mas Brunus sorriu.
— Eles confundem as coisas moça, mas é que o general criou
uma linha baixa, como pessoas como eu, e chamou o grupo de
Obscuro, obvio que alguém acaba pagando pelo apelido, mas todos
sempre que precisam, pedem ajuda ao grupo, dos poucos grupos
que viraram lenda nesta guerra suja.
Raquel sai da proteção do asteroide, os demais ao longe
pareceram nem olhar para a nave dela, como se tivesse no lugar
errado, mas ela se aproxima da nave de José, não sabia se teria
algo, mas precisava saber, alinha na parte de baixo da nave e aciona
os sistemas de acoplamento.
208
O sistema começa a pegar os dados e Raquel olha para os
números, a nave tinha mais dados de José, pressão baixa mas bem,
e uma imagem que fez Brunus olhar para ela.
— O que aconteceu?
Raquel ouve a transcrição da conversa no comando, na cela,
na reunião, tudo conseguido através dos sistemas internos e fala.
— Ouviu, eles são a favor de matar tudo em Terra 1, para
poderem começar do zero.
— E ainda os quer defender? – Brunus falando mais alto.
Raquel olha ele e fala seria.
— Pelos dados que estão chegando, mais de dois milhões de
escravos, diante de pouco mais de mil pessoas tidas como especiais.
— E o que fazemos?
— Estou estudando, preciso de uma ideia, mas a nave de José
está conectada a 10 naves plantadas na estrutura da nave frontal,
podemos não ter alternativa e os deixar pelo caminho, mas quero
ter certeza disto Brunus.
— Ele implantou as bombas, o que está esperando?
— Primeiro, implantou na primeira nave, na frontal, tem mais
uma, metade do que eles tem, faz um estrago imenso, segundo, ele
não é suicida Brunus, embora as vezes pareça e terceiro, ele não
quer colocar estas armas na mão de alguém que pode fazer mais
estragos lá do que eles.
— E o que está tentando descobrir?
— Onde ele está neste instante, os prospectos, estão nos
dando os dados de toda a nave, se as duas forem iguais, podemos
achar uma falha, e com isto, enfrentar a segunda.
— Esqueço que vocês descobrem as coisas andando, mas
quer dizer que já tem como deter a frontal?
— Sim, mas como disse, são duas.
Brunus viu a moça se debruçar nos comandos, Narciso olhava
para ela admirada, e Brunus, indeciso, talvez estivesse
desconfortável por ela não dividir ideias, ela avançar sempre.

209
José acorda na enfermaria,
olha para o senhor com o bisturi a
mão, olha para ele e fala.
— Se vai corta, corta de
uma vez.
O senhor olhava para José, tentando entender o que eram
aquelas linhas presas as costas, que não havia visto antes.
— Acordou, pensei que sua alma havia ido embora.
José olha em volta e fala.
— Vidros de observação, sistemas de controle, devem estar
se divertindo com este prospecto curandeiro.
— Acho que não entendeu o problema.
— Acho que você não entendeu Curandeiro, estes que olham
pelo vidro, são os seus donos, entre ter um dono e a morte, sempre
vou preferir a morte.
— Eles não são ruins.
— Os dados dizem que tem dois milhões de escravos nesta
nave, vi a forma que mandaram prender o comandante, sinal que
ele também é um serviçal, achei que era diferente, defendi eles,
mas se soubesse, eles estariam todos cozidos por dentro.
— Eles já não temem isto.
— Eu não temo isto, eles temem Curandeiro, e se estou
falando isto para você, é para lhe matarem daqui a pouco, quanto
mais ouvir algo de mim, mais eles vão o considerar perigoso, pensei
que eram humanos, são idiotas.
— Dizem que você saiu em alma do corpo.
— Tinha de mandar minha nave para casa, as vezes usamos
isto para alertar os demais do perigo, mas naquele momento, foi
para tirar a proteção da nave frontal.
— Sabe que não acredito nisto.
— Sei, mas eles sabem que é verdade, e se eles não dominam
esta tecnologia, digamos que os escravos deles, vão ser escravos
dos que estão em Terra, não deles.
210
— Eles não são escravos, eles vivem bem.
— Imagino.
— Não conhece a nave e nem o povo que nela habita.
— Nem conhecerei, terei na minha morte apenas de pensar
nas crianças e jovens mortos estupidamente, mas eu decidi que os
vou matar Curandeiro, e nada vai me proibir, pois já foi iniciado,
agora, mesmo eu morto, todos a bordo da nave frontal morrem,
falta apenas os da nave ao fundo, para termos nos livrado de todos
vocês de uma vez por toda.
Robert entra pela porta, se antes estavam se impondo, mas
se fazendo de amigos, agora estavam receosos, com armas a mão.
José sorriu, talvez os senhores, com corredores vazios e
escuros, não viam as pessoas normais irem aos seus
compartimentos de ejeção, elas sabiam que foram a eles varias
vezes e nunca acontecera o que mais temiam, mas parecia que
aquela luz na emergência os fazia temer.
Nas naves encostadas, comportas laterais abrem e começam
a sair autômatos Glieserer deles e forçar entrada por comportas
lacradas, talvez se a energia estivesse ligada, a descompressão
tivesse fechado alas internas, mas a pressão estava alta, a proteção
que mantinha o ar interno piscava e a cada falha, muito ar e pressão
entrava nas partes internas da nave.
— Sou pela execução do prisioneiro. – Senhor Rosa.
— Eu também. – Fala José.
O senhor olha o rapaz, não entendeu e Robert fala.
— Continua os desafiando.
— Robert Carson, eu morto, é todos mortos, não me
preocupo, se vou morrer em horas, em segundos, não muda.
— Você nos enganou, veio nos sabotar.
— Vim negociar, mas vocês não negociam, mas entre ver um
planeta vivo morrer por dois mil covardes, prefiro matar os dois mil
covardes.
— Temos como ejetar para fora.
— Desejo a vocês o mesmo fim da primeira nave, e seus
ocupantes.
Robert olha o senhor Rosa que fala.
— Matem ele de uma vez.
211
José estava a olhar eles, e um grupo armado entra na peça e
aponta para José, ele foi encostado a parede, o Curandeiro viu que
o executariam, José com um avental de operação, encosta a parede,
ele não tinha como reagir, e não sabia se alguém o ajudaria naquele
momento, mas estava muito atento a mudanças.
Ele olha para o senhor Rosa e fala.
— Quando morrer, lembra que morreu por este segundo
senhor, mas a sua morte, será mais dolorida que a minha.
José olha para os atiradores, sorri, talvez isto que não fizesse
sentido aos demais.

212
Raquel olha os sinais de
comunicação do Plauts de José,
quando ela viu o sistema ativo,
algo que José sempre deixava
desligado, soube que ele faria
maluquice, talvez não tivesse entendido que José faria de tudo para
salvar seu planeta.
O grupo se reúne em uma sala e olha para Raquel que fala.
— Tenente Daniele, não sei ainda o que fazemos aqui, mas
preciso de ajuda para deter estas naves neste ponto, sem
avançarem.
— Sabe o que está fazendo moça? – Tenente.
Raquel levanta uma holografia da estrutura da nave, olha
para os olhos da Tenente e fala.
— A nave acima está pegando os dados internos da nave,
precisamos de um ponto fraco, temos de considerar que a ideia de
José era que a nave se desmanchasse, mas parece que o vibrar das
naves, que ele encostou na carenagem, não estão fazendo o que ele
queria, ele nunca calculou com este material, então o que temos ali
é mais resistente a vibrações diretas, teríamos de ter uma
ressonância total.
A tenente olha a disposição das peças e olha que existe as
partes de comando, vivencias especiais na parte interna, e a de
vivencia básica, na parte mais externa.
— Eles tem dois sistemas de giro?
— Sim, mas os sistemas internos são os mais seguros, é onde
os ditos especiais ficam.
— Acredita que esta nave se mantem?
— Quem coordena as vibrações é uma frequência que a tira
do coração de José, se o mesmo parar, teremos explosões a toda
volta da nave, mas odeio perder tanta gente assim.
— Não os quer matar e não os quer deixar avançar, assim não
fica fácil moça. – Brunus.
213
— Sei, ferver eles por dentro é mais fácil, principalmente não
vendo os efeito.
Brunus olha para Daniele que fala.
— Os campos estão vibrando assim?
— Sim, a nave está se desfazendo aos poucos.
— Pelo jeito eles não perceberam ainda. – Daniele.
— O grupo externo, está refugiado em capsulas ou
compartimentos de escape, os internos, assim como o grupo que
resgatamos na nave que explodiu, estavam todos tranquilos, os
autômatos dizem que foram recebidos a tiro por eles.
— E os resgataram assim mesmo?
— Nunca atire em um autômato de guerra moça, eles não
sabem parar depois que começam a atirar.
— E qual a ideia?
— Enxergar uma falha nisto, pois ainda teremos uma nave
inteira destas logo atrás.
Daniele olha para os dados e fala.
— Não entendo estes sinais em vermelho.
— Cada nave que encostou lá, dispôs de 10 autômatos que
estão caminhando no sentido do sinal de recepção.
— Sinal de recepção? – Brunus.
— José, mas ele só transmite se estiver vivo, se estão
caminhando ele ainda vive, mas eles estão lá para o resgatar vivo ou
morto, eu preferia ele vivo. – Raquel.
Daniele olha os efetivos de giro e fala.
— O sistema de proteção deles é causado por uma leva de
energia gerada neste ponto. – Ela aponta uma grande parte
giratória na parte inferior, abaixo da grande nave.
Brunus chega perto e fala.
— Isto é um campo baseado em eletromagnetismo? – Brunus
olhando para Daniele chegar perto e olhar para Raquel.
— Temos como ler as linhas eletromagnéticas do sistema?
Raquel olha os dados e olha para Narciso, que tentava passar
o mais desapercebido possível, ele chega ao comando e pergunta.
— O que precisam?

214
— Se for baseado em Eletromagnetismo, os pontos baixos e
alto do sistema, tem entrada, as naves teriam sistemas internos que
geram uma magnetosfera a volta delas. – Daniele.
O rapaz coloca os leitores e começa a chegar as correntes de
energia, na nave a frente, se via ela falhar e dar entradas, na do
fundo, uma imensa linha de proteção, mas as duas linhas de energia
ficavam ao que parecia a eles, as laterais das mesmas.
Daniele olha para o rapaz ao comando e fala.
— Não é aquele marginal?
— Sei que sabe quem sou Tenente, não se faça do que não é,
qualquer coisa que fale, não me atinge.
— Confia nesta moça, parece tocar a nave.
— Digamos que ela confia mais em você que eu, pois ela
indicou lhe instruir como pilotar a nave acima.
Daniele olha para Raquel, que olhava o gráfico, ela perecia
compenetrada.
— O que a distrai.
— Ela ama meu irmão, ela está preocupada, você parece
forte, mas não entende o como os dois juntos, são perigosos.
— Ela não parece perigosa.
Narciso olha pra Brunus e pergunta.
— Acredita mesmo que ela é inocente?
— Narciso, ela em segundos compreende um sistema, seu
irmão e ela, formam um casal perigoso, muito perigoso.
Daniele olha para Brunus e pergunta.
— E porque o defender?
— Digamos que o que descobri, depois de ter contato com
ele, estabelece que ele se quisesse, mataria as mesmas 400 mil
pessoas, e ninguém perceberia.
Narciso sorriu e isto foi uma confirmação para Brunus que
complementa.
— Moça, o que acha dos dados que o sistema mostra do
estado do rapaz na nave?
— Perdido.
Brunus olha para Raquel e pergunta.
— Qual a situação de José Camacho Raquel.
— Saindo em 3 minutos.
215
Daniele olha o sistema, não entendia, como ele poderia sair,
como ele pretendia fazer isto.
Daniele vê que Raquel começa a entrar no sistema da nave e
desliga os motores, eles param de fazer força, usa a comunicação
com a nave as costas e esta acelera empurrando a nave.
Programa as naves nos hangares das duas naves e começam a
decolar todas as naves da duas naves.

216
José olhava para os
soldados lhe apontando as armas,
ele sente a energia local parando,
sente o motor parar, o silencio
total nos corredores, e sente a
imensa batida da nave que estava aos fundos, na estrutura da
mesma, que começa a sacudir, os rapazes se seguram.
Robert olhava para Jose que apenas fala.
— Desarmem.
Robert nem viu os autômatos de tao rápidos, se jogarem
sobre os soldados e desarmarem, um encosta o senhor Rosa a
parede e Robert fala.
— Não pode nos prender?
José não falou nada para o senhor e olha para o autômato.
— Hora de mudar de estratégia, hora de assustar para valer
automato.
José olha para o rapaz e fala.
— Quando se fala em Carson, respeito apenas os imortais
rapaz, gente de palavra, não crianças.
— Não pode ter imortais ai, me garantiram que todos eram
mortais.
— Lhe garanto, quem lhe apoia, são mortais, quem me apoia,
maquinas, sistemas, recursos, isto, não vai chegar a ter senhor.
José chega a porta e olha para o Curandeiro e fala.
— Aquele é Curandeiro, os desnecessários, capsula central, se
saírem, atirem para matar.
Roberto olha assustado e fala.
— Os soldados podem desarmar e por entre os
trabalhadores, não queremos mortes desnecessárias.
José sente o balançar da estrutura e chega a peça do lado,
pega sua roupa e aperta na manga direita e coloca a esquerda ao
ouvido.
— José Camacho ao espaço, alguém?
217
— Vai demorar? – Raquel sorrindo.
— Não prefira interferência Raquel, afasta para perto dos
asteroides de gelo.
— Mas...
— Hora de os entregar a quem eles respeitarão na marra
Raquel.
Raquel olha para Narciso, como se não entendesse, ele recua
a nave e os demais veem a imensa nave surgir por cima deles, todos
ficam olhando e aquela imensa nave começa a encostar na
estrutura da que vinha afrente, Raquel para por sistema o motor
dos ao fundo, tentava entender o que estava acontecendo, mas não
sabia, tentava aparentar normal.
— Quem vem a nós? – Tenente Daniele.
Raquel sorriu e olhou para Narciso.
— Príncipe Drop.
Raquel olha para Narciso e pergunta.
— Ele cansou de esperar?
— Raquel, eu não conheço ele, mas isto, é uma nave com
símbolos Glieseres.
Raquel sorriu e Daniele olha para ela.
— Quem são estes?
— Os que apoiaram me amado, quem mais?
Raquel olha para o sistema e ouve.
— Saindo em 1 minuto, libera minha nave por gentileza.
Raquel sorriu e desacoplou, e a nave sai sozinha no sentido
de um dos hangares.
José chega a ele vendo a nave se aproximar, vê sua nave
pousar, e olha aquele ser, mais de 3 metros, eles tinha pernas e
tronco, mas tinham uma cabeça protegida por uma proteção óssea
externa, olhos frontais, que pareciam vítreos, não se tinha noção
dos 3 nódulos oculares por trás de cada olho, que lhes permitia
olhar para pelo menos 6 sentidos ao mesmo tempo, as mãos que
pareciam um sistema único, uma pata, mas com mais de 18
sistemas de ventosas, que permitiam o ser manipular com precisão
cada coisas que pegava. Os autômatos chegam a ponte e o
comandante olha para aquele ser, estava em um misto de encanto e
espanto.
218
— Desentocou Drop? – José.
— Pensei que eles conseguiriam me livrar de ti.
— Também gosto de você Drop, mas recebeu os planos das
naves?
— Sim, agradecemos, com eles não existe ameaça, mas
estranho seres que escravizam do próprio povo.
— Como falo Drop, sei que não gosta de mim por que falei
isto, mas nunca dê as costas a um humano, se não tiver certeza de
suas intensões, ou ele estar morto.
— Estranho você falar dos seus assim.
— Estou saindo, melhor cuidar dos escravos, não gostaria de
os ver mortos Drop.
— Você é capaz de algo assim, mas vai deixar os seus
autômatos aqui.
— Os seus não vão conseguir andar nos corredores, mas com
certeza, nos caminhos maiores, vai assustar bem.
Drop sorriu, olha os comandantes e fala em uma língua que
demorou a aprender, mas não explicaria com quem aprendeu.
— Mantem os motores parados, em pouco tempo os
ligaremos, mas primeiro, vamos reorganizar as coisas.
— O que é você?
— Eu sou a lenda, eles, os bonzinhos, mas este bonzinho ai
parece que vocês não conseguem matar mesmo.
Jose decola no sentido da nave que estava Raquel, atraca ela
e olha para Raquel que lhe olha brava.
— Queria se matar?
José chega a ela, a abraça e beija, ela não retribui, ele a olha
aos olhos e fala.
— Sabe que não acabou ainda, mas com certeza, eu preferia
a minha morte, a estes chegarem como estavam no planeta, agora
os desarmamos, os controlamos, e na hora certa, os damos
liberdade.
Raquel o beija e fala.
— Não quero o perder.
— Nem lhe ensinei a pilotar uma destas e já vem ao espaço?
— Nem deve estar entendendo tudo.
José se vira e olha para Narciso, sorri, abraça o irmão e fala.
219
— Como estão as coisas mano?
— Complicadas, eles querem ainda a guerra.
— Vamos começar a voltar, hora de começar a virar a lenda
que nunca quis ser.
— É bom o ter na guerra novamente mano, pois nos força a
sair da inercia quando desaparece.
José olha para a moça olhando para ele e fala.
— Não nos conhecemos, mas espero não ter problemas neste
instante com os do Sul.
— Sabe que as leis não vão mudar para lhe proteger.
— Não sabe de nada moça, mas vamos a guerra, depois a
guerra, e por fim, guerra.
— Acha engraçado isto? – Daniele.
— Não, mas – José olha para Narciso – a ensina a pilotar esta,
eu Raquel e Brunus vamos a minha nave.
— O que pretende? – Daniele.
— Pode ser que a aceitemos em nossa nação se você se
comportar moça.
José abraça Raquel e sai pela porta. Se direcionando a outra
nave.
José assume o comando e passa uma mensagem aberta as
naves que vieram de Terra 1, a lua.
— Quem desativar os lazer em menos de 30 segundos não
deixamos ao espaço.
Narciso estava ao comando explicando as comunicações e
ouve.
— O que ele vai fazer?
— Retomar algo que é da família, o que mais.
— Não entendi.
— Vou explicar os comandos básicos moça, para você, mas
cada um dos pilotos, precisa saber o básico, para que possamos
chegar a Terra 1, não o planeta, mas a lua, nós a chamamos de
Terra 1, pois ela é uma espaçonave orbital, e se entendi, ele quer
cada um de vocês em uma delas.
— Mas como ele as vai tomar?
— Moça, eu estou lhe passando o que sei, meu irmão, isto
não consigo segurar, nunca consegui.
220
Raquel olha para os sistemas piscarem e um fala ao fundo.
— Acha que manda algo Bill?
— Eu acabo de tomar as duas naves vindas do espaço, vocês
estão cercados, posso as usar para lhes tirar do ar, ou podemos
apenas recomeçar esta conversa, não sou de perder tempo, vocês
tem 12 segundos.
Raquel vê que José ativou uma serie de comandos e as naves
que haviam saído da nave ao fundo, dos invasores, começam a
cercar as naves, elas eram grandes, mas teriam de derrubar muitas
para que conseguissem avançar.
Um abriu tiro no sentido das pequenas naves e os demais
viram o que eram armas baseadas em explosão nuclear, um único
tiro e aquilo explodiu a nave ao espaço.
— 5 segundos.
— Não pode nos tomar as naves.
— 0 segundos, se identificarem lazer ativos, abalroar. – José
no comando da nave.
Os rapazes desligam e vem em cada nave encostar duas
pequenas, destas sai dois autômatos, eles imobilizam o piloto e
copiloto, e os colocam em uma cela, os autômatos vão tomando
posição e as naves começam a se alinhar, os pilotos foram
aprendendo o básico, e pegam uma nave e vão aos comandos, mas
não sabiam ainda o que fariam.
— Tenente Daniele para José Camacho, qual a ideia.
— Vamos com calma, agora é silencio nos rádios, me sigam.
— Mas...
— Vamos tomar algo que não sabe existir moça, então vamos
com calma ainda.
— Não sei existir.
— Uma nave talvez não tão grande como aquela que ficou ali
atrás, mas imensa.
José aproxima-se e olha para o comando e fala abrindo os
comandos, para que todos ouvissem.
— José Camacho para John Floys em Terra 1, podemos
conversar John?

221
John olha a transmissão abrir sem o rapaz lhe informar, ele
olha o rapaz que faz sinal no comando de Terra 1, a lua, que não
sabia o que estava acontecendo.
— O que quer José?
— Estou descendo ai, escoltado pelos seus, preciso conversar,
será esta conversa que determinara se continuaremos em caminhos
contrários, não esquece, não sou pela guerra, não sou pelas mortes,
mas ainda posso mudar de ideia, mas não seria bom para família
esta inversão.
— Sabe que terei de lhe deter.
— Todos que não conversaram John, tem problemas, mas
preciso saber, acha que vai dar certo esta ideia estupida?
— Desce, pelo jeito sabe mais do que eles neste ponto.
— Acho que não entendi ainda o todo.
Raquel olha os demais em formação e olha para José.
— Nos escondemos?
— Acho que vamos a conversa, finalmente a conversa, mas se
estiver errado, saímos.
José olha para os comandos e olha para os autômatos nas
pequenas naves e começam a chegar a lua, Daniele olha para os
demais, aquilo sim que era nave, eles foram em minutos para a Lua,
ficaram quase dois dias entre preparar, lançar, pegar velocidade e
rumar ao inimigo.
A nave desce a frente, os demais começam a descer, as naves
se posicionam ao fundo, mas quando as pequenas naves do
complexo de Gliese 1 começa a descer, e os autômatos começam a
sair, os demais ficaram tensos mas sem saber o que estava
acontecendo.
José olha para o irmão ao fundo, dar o caminho dos
alojamentos para os pilotos, que saíram com os capacetes, para não
serem reconhecidos.
John chega com alguns militares as costas e fala.
— Sabe que alguns lhe deram como morto?
— Sempre digo que quem comemorou isto antecipadamente,
não sabe como levaram sorte de não ter morrido.
— E trouxe um militar e a namorada, o que pretende?

222
— Podemos conversar John, não sei se lhe inteiraram do
problema em si.
— Desarmem eles – John.
José ergue as mãos, Raquel o mesmo, Brunus sorri, o rapaz
parecia antecipar os problemas, pois insistiu em não levar nenhuma
arma.
— Desarmados senhor.
— Veio mesmo conversar?
— Estou trazendo para cá John, parte dos arsenais de
destruição das naves que vem ai, mas preciso saber, alguém da
família, sabe os planos deles, ou acham que sabem?
— Meu pai falou que eles entraram em um acordo com o
grupo que vem, mas que quem executaria todo o problema era eles.
— Então tenho de entender John, que escolheram um
membro da família para se dar mal, poderiam escolher qualquer
outro, mas escolheram alguém da família, e vocês deram as
coordenadas de onde eu estava, para que pegassem a mim e a
minha namorada, para servirmos como homens bomba.
— Meu pai não concordou com isto José, mas sabe que eles
decidem, mas não entendi o que você tem haver com isto.
— John, um dia falando com meu irmão a mais de 9 anos,
disse que precisava de férias, pois o que tínhamos a mão, era muito
poderoso, eu era uma criança, e não conseguia ver porque tamanho
poder nas minhas mãos, mas talvez isto que eles tenham medo.
— Medo de você?
— John, todos a volta, tem algo chamado rotina, eu não
preciso de mais de um desvio de componente, em algo que vai ser
fabricado hoje, e sem que faça mais nada, matará alguém dentro de
5 meses, pois aquilo que criamos, os Plauts, são uma senhora arma.
— Acha que foi escolhido por que é quem comanda aquilo?
— Não, mas fui quem estabeleceu os comandos que
estabelecem hoje os funcionamentos, mas preciso saber John, é a
favor de matar todos que conhece, porque um grupo de velhos
decidiu.
— Não tenho como ir contra.
— Tem certeza John, estou conversando ainda, mas depois
não vão conseguir, ainda estou tentando os trazer a lucidez.
223
— Sabe que não gosto disto, mas não tenho como ir contra,
sabe disto, a família antes do que penso.
— Não mato amigos porque meu pai manda John, estes ai
atrás, são os próximos mortos, e acham que tenho medo de armas
apontadas para mim, acha mesmo que preciso de uma arma na
base de Terra 1, a nave que veio para cá pilotada por um Camacho,
nave que conheço como a palma da minha mão?
— Acho que não entendeu que eles não vão parar?
— Desarmem. – José fala e Brunus vê os autômatos
desarmarem os rapazes a sua frente e nem olha os as costas serem
desarmados.
— Vou lhe dar uma chance de pensar John, não sou inimigo,
mas não gosto de mortes que não me trazem nada de bom.
— Mas não pode tomar isto, é da família.
— Digamos que estou roubando a família, se considerar que
eles destruíram minhas plantações, me deixaram como culpado, me
jogaram em uma nave para morrer, que o preço está baixo.
José olha para o autômato ao fundo e fala.
— Detenção aos da família, mas ainda não quero perdas
autômato.
Brunus viu que o rapaz estava tomando uma base que nunca
vira tão grande, olha os pilotos chegando ao fundo e Daniele fala.
— O que fez?
— Tomamos a base Terra 1.
— Mas qual o tamanho disto? – Brunus.
José caminha por um corredor longo, pega um transporte
horizontal e aceleram no sentido interno, chegam a uma imensa
sala de transportes, acionam a porta e Brunus olha aquele lugar
ovalado a sua frene, plantação para todos os lados, a perder de
vista, o cento daquela nave, Daniele olha aquilo e parece não
acreditar, ele caminha para o conjunto de portas antes da cúpula
central, e chega ao comando.
José olha para seu irmão entrar e fala.
— Me ajuda ao comando?
— Sim, o que faremos?
— Em duas horas estaremos mandando todos da família para
baixo, vamos começar a gerar os campos de treino dos humanos
224
que estão na primeira nave, vamos começar a os adaptar a
gravidade gradualmente.
— Certo, e como vamos comunicar isto aos demais.
— Libera a frequência de comunicação para todos os satélites
e sinais, quero todos ouvindo isto.
José olha Raquel.
— Me daria apoio para a transmissão?
— Sim.
Olha para Brunus.
— Colocaria a frequência dos comandos militares?
— Sim.
Daniele olha aquela central de comando e pergunta.
— Por isto lhe chamam de perigoso, toma bases que
ignoramos existir em segundos.
— Não, mas quem sabe no fim do dia, entenda que meus
amigos, considero todas as possibilidades de os trazer ao caminho
certo, aos meus inimigos, dor, muita dor.
Raquel não gostava quando José falava assim, temia ele
quando ele falava assim, mas começava entender que o que ele iria
falar era bem mais complexo do que apenas sou um Glieserer.
José abre a comunicação com alguns presidentes, que olham
que ele estava em um lugar que não conheciam, mas com uma
visão ampla as suas costas de um campo cultivado, começa a falar
com os que lhe deram sinal de acordo e estes ficam ligados para
quando a transmissão com 12 emissoras mundiais de Terra 1 entra
no ar.
— Povo de Terra 1, acabo de decretar o fim da Guerra – A
transmissão ia ao ar em todas as TVs das bases de proteção, e para
as telas de Terra 1, a lua – soube que alguns me colocaram como
culpado para ter justificativa de uma guerra, hora de recomeçar,
estou mandando apoio a Vale, para reconstrução, estou mandando
os políticos e responsáveis pela guerra em Sul, para a prisão, estou
analisando quem deu ordem para que, mas vou descobrir, com
apoio de 35 presidentes, estou convocando o povo a recomeçar, sei
que vai demorar, mas precisamos por uma pedra sobre as
diferenças, já que fomos usados por vários interesses.
José coloca a imagem das naves internas de Gliese 1 e fala;
225
— Os humanos que vem nas naves de Gliese, precisam de
nossa ajuda, 99% deles estavam ali como escravos, enquanto uma
minoria nos queria mortos para os por a trabalhar sem o exemplo
de serem livres, já que eles apagaram da historia deles conceitos
como Democracia, liberdade, eles transformaram o servir, em
tradição, em obrigação. Sei que alguns apoiaram esta ideia de
idiota, e ainda dizem que eu sou o complexo Bill da família, se eu
sou o Bill vocês fraudaram os exames.
José olha para as naves que surgem na tela e fala.
— Estamos mandando reforços de reconstrução para as 51
nações do planeta, estamos criando mais duas, uma no continente
gelado do sul, e um no continente gelado do norte, não podemos
deixar partes descobertas de vigilância, dando espaço para que
pessoas com índole duvidosa usem nosso planeta para nos atacar.
José olha para Raquel, sorri e fala por fim.
— Eu vou reconstruir o que destruíram das minhas terras, em
15 dias, quero que as novas mudas estejam germinando entre
Sulacia e o mar, aceitamos toda ajuda possível.

226
John olha pela imagem e
olha para Thomas, Rosangela
chega ao lado e pergunta.
— Como ele nos tomou?
— Ele fez pior do que vocês
pensaram, ele jogou com a verdade, e todos duvidaram, se ele
falasse uma mentira, procuraríamos e acharíamos a verdade, mas
como ele jogou como a verdade, nós duvidamos e pronto. – John.
— Não entendi.
John levanta, e olha a tela e fala.
— Se vocês ouviram, 35 nações em 51 decretaram a paz, a Sul
foi decretada por ele, pois ele manda lá agora, ele forçou o do Norte
assinar depois que Macro soltou os autômatos sobre eles, enquanto
todos olhavam como retomar a guerra no planeta, ele foi as naves e
as tomou, mas o que me perguntava, como eram os Glieseres, está
ao canto na imagem, um ser de mais de 3 metros, ali estão mais de
100 deles, armados, ele os usou para parar os humanos que vinham,
decretou que a parte que pertence aos Camacho, são uma nova
nação, então ele passa a ser soberano da maior nação do planeta
Terra 1, e todos vocês me passaram informação que não tinha como
ele o fazer, que teria de ver os velhos, matarem todo o planeta,
porque eles decidiram isto.
John olha que todos os ouvidos estavam nele, se tivesse visto
que os sistemas pessoais estavam desativados, entenderia, mas
entendera que José foi conversar.
— Ele é nosso inimigo. – Thomas.
— O colocamos no campo adversário, a pergunta, sabem por
uma pedra sobre isto?
— Acha que ele vai mesmo montar uma nação? – Rosangela.
— Se não fizer duas, mas a estrutura agora está em suas
mãos, ele vai começar a trazer os humanos das naves, os colocar em
treinamento para adaptação a gravidade, eles vão estranhar.
Um senhor ao fundo chega a John e pergunta.
227
— Tem certeza que aquele é Jose Camacho, o que vocês
chamam de Bill Camacho?
— Sim, tenho.
— Porque não parece que ele esteja tenso.
— Porque ele tem um plano, tem um exercito, tem apoio que
desconhecemos, e pelo que entendi, ele terá 2 milhões de serviçais.
— Mas ele não disse isto. – Rosangela.
John olha para a moça e fala.
— Se um dia tivesse conversado com José, saberia que uma
das ideias que ele mais expressa, é que pessoas que se acham livre,
são mais felizes, produzem mais, pois tentam sempre crescer
socialmente.
— E o que isto é positivo para ele?
— Ele sempre diz, eles não precisam saber quanto ganho, que
gasto por dia o que eles ganham por ano, eles miram no seu chefe
direto e tentam chegar lá, o chefe direto no presidente da empresa,
o presidente nos políticos, mas nos reais donos, ninguém mira.

228
José após mandar alguns
para casa, incorporar outros em
sua nação lua, senta-se em um
refeitório, estava beijando Raquel,
que lhe sorri e ouvem.
— Poderiam me explicar como ficamos? – Tenente Daniele.
— Quer fazer parte da aeronáutica da nação de Glieseres?
— Não teve graça.
— Os demais assinaram o reconhecimento da nação, vamos
construir algumas cidades, vamos plantar em alguns campos, mas
não é brincadeira e nem engraçado.
— Mas você o fez quando?
— Como falo sempre, arrisco muito.
Brunus chega a mesa e fala.
— Pela conversa com Domenicos, aceito visto permanente no
seu pais rapaz.
— Com calma resolvemos isto.
— Sabe que fiquei assustado com o poder que tinhas a mão e
não usava.
— Poder? – Daniele.
— O sistema Plauts.
A moça olha para o braço, todos sabiam que tinham, mas não
entendeu aquilo como arma.
Raquel sorri e olha para a moça e pergunta.
— O que acha que é poder moça?
— Controle sobre o todo.
— Quer uma amostra do que este sistema maluco pode fazer,
mesmo que ninguém saiba disto? – José.
—Não vejo nisto poder.
José olha para ela e pega um transmissor holográfico, o
pessoal que estava com ela estava chegando a volta.

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— Moça, o problema é que o governo tem como saber tudo
da sua vida com este sistema que é obrigatório se você quer
comprar algo atualmente.
— Não entendi.
José ativa e olha para os números vindos de todos os
presentes e isola o dela, uma serie de imagens dela de criança a
adulto passaram rápido pela holografia e José fala.
— Sei com isto, que tem problemas com leites, que tem
alergia a PLD, que teve problemas com LNI na adolescência, que
teve exatos 32 namorados na vida, daria para dar os nomes, mas sei
cada grama de coisas que consumiu, que comprou, a diferença que
foi perdida, os recursos dispostos para isto. – Jose inverte o sistema
e continua – consigo saber que você agora a pouco, longe de casa,
comprou um suco de Lart, pois é seu costume tomar um entre as 2
e 3 horas da tarde, quase todo dia, mas quando dizem que sou
perigoso, é que com isto, posso apagar seus registros do sistema,
não teria dinheiro, sua identidade poderia ser trocada por de um
assassino, poderia lhe gerar problemas de saúde, já que 350
produtos que você consome, são fabricados em empresa que
controlo.
Daniele olha para José, ele nem abrira a parte mais trágica, os
vícios, as doenças, as tentativas de se matar, e ela já estava olhando
revoltada e grita.
— Me garantiram que isto era seguro.
— Daniele Silva e Souza, você pode não entender, mas
quando você tentou se matar a 12 meses, foi o sistema em seu
braço que acionou o autômato mais próximo para lhe salvar,
quando falam que não uso isto, é bem pois acredito que você tem o
direito de fazer e se matar, mas os comandos, são dados pelo
governo, pelo exercito, pelas novas e antigas leis, dos doze pilotos
que mandaram ao espaço, existe dois aspectos que todos tem,
tentaram tirar suas próprias vidas pelo menos 3 vezes, e não tem
remorso por crimes de guerra.
— Está dizendo que nos selecionam assim.
— Estou dizendo Daniele, que a vida lá fora é boa, mas para
quem se permite viver, LNI não é vida, para ninguém, mas eu não
olho isto, sempre digo que todos tem o direito de se matar, mas não
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me culpem, criei este complexo de controle, mas não o sistema em
si, isto já existia quando nasci.
Daniele olha para Raquel e pergunta.
— E sabia disto e mesmo se envolveu com ele?
— Daniele, se fosse você me desarmava, ele não falou disto,
vocês que perguntaram, mas pode estar prestes a recomeçar sua
vida, ou voltar ao que era, a escolha é sempre sua.
— Não liga?
— Dos dois, eu que entendo de sistemas, ele mal os olha, mas
sei que ele entende bem o que quer fazer, se considerar que nós
sobrevivemos, todos querendo nos matar, mostramos apenas que
somos bons em sobreviver.
— Mas LNI é incrível. – Daniele provocando.
— Prefiro MLC, não gera a depressão pôs alucinação.
— Mas MLC é muito caro.
José sorriu e falou.
— Quer saber um segredo, que ninguém fala, ninguém sabe,
e ninguém precisa saber Tenente Daniele?
— Bomba?
— Digamos que MLC tem como principio ativo o Malec, então
estamos em minha fabrica clandestina de MLC.
Daniele olha em volta e sorri.
— Esta dizendo que aquelas plantações estranhas, são Malec,
e que você cultiva alucinógenos em um lugar que não existe, o
centro de uma lua artificial?
— Exatamente.
Brunus sorriu, a moça sorriu e tomam um suco, enquanto o
planeta que não viam dali, começa a voltar a normalidade.

231
José vai até a sala de
comando, os autômatos tinham
trazido John até aquele ponto, ele
senta-se e sua frente e fala.
— Podemos recomeçar a
conversa? – José.
— Sabe que nem sei o que falar José, todos nós sempre o
isolamos, o menosprezamos, e resolveu tomar as rédeas.
— John, existem pessoas que o QI é algo próximo a 5 nos
cálculos, mas que projetam mentalmente estruturas incríveis, e
quando as desenham, nos facilitam a vida, existem pessoas que são
boas em pontos específicos, somos uma sociedade evolutiva, mas
sozinho não tenho como fazer tudo.
— O que precisa?
— John, a pergunta que me faço a 2 anos, como eu, um
folgado, que passou os últimos dois anos se divertindo e
apresentando o planeta a minha companheira, consigo representar
economicamente 32% das receitas da família, se somar o todo da
família Camacho, mais de 53%, e ninguém olhar, ninguém se
preocupar, não estou tomando nada, estou deixando visível o que
ninguém olha, mas preciso de ajuda, não quero a família se
exterminando, mas não posso as deixar destruir porque um velho
em seus últimos dias, resolveu isto.
— Eles não entendem o porque os defender.
— John, eu terei se não o comando politico, pelo menos o
econômico sobre 3 nações, elas nem tem nome, mas tem perto de
um milhão de novos trabalhadores vindo a estas nações, minha
briga vai ser com os da família, pois eles querem estabelecer novas
regras, assim que os demais chegarem, e sou contra regras impostas
pelos últimos.
— Eles não aceitariam ordens impostas. – John.
— Mas aceitaram, não contestaram, não sei se foi ameaça ou
medo apenas, mas não deixarei acontecer.
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— E vai mesmo proclamar independência de 3 áreas no
planeta?
— E 3 pontos fora do planeta John, pois as luas ganham
independência, acho que um dia alguém teria de os fazer se mexer,
mas duvido que alguém esperasse que fosse eu.
— Sabe que muitos vão reclamar.
— John, vou falar pessoalmente com cada um deles, não
quero ter problemas onde não precisa ter problemas.
— Mas não foi especifico com o que precisa. – John.
— Saber se tem disposição para brigar por uma ideia.
— Qual?
— Não matar Terra 1.
— Acha que eles mudam de ideia?
— Não foi a pergunta John,
— Acredito que neste ponto pensamos semelhante, odeio
quando vem ordens que parecem ignorar a logica racional.
— Também odeio, mas então teria disponibilidade de tempo,
para ser embaixador da Paz de Sul?
— Embaixador da paz?
— Sim, vamos impor a paz, na força.
John sorriu e pergunta.
— E vai bater de frente com todos?
— John, eu pensei que seria mais difícil, juro que pensei que
vocês me parariam antes mesmo de ter ciência do problema, andei
as cegas um bom tempo, somente quando consegui administrar as
ideias e acreditar que poderia dar certo, entrei de verdade em
campo, pois eu estava passeando.
— Aceito a designação, mas pelo jeito vai por alguns para
trabalhar.
— Eu trabalho John, mesmo quando os demais dizem que
estou saltando de um penhasco com roupa de voo.
— Certo, o que fazia lá?
— Testando uma roupa segura para venda a aventureiros que
gostam de adrenalina.
John sorriu.

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As naves começam a chegar
a Sul, o general Domenicos olha
aquelas naves, não as conhecia,
olha os seus pilotos saindo delas e
olha para o Subcomandante.
— O que está acontecendo?
O rapaz olha para a nave mais a frente abrir a lateral,
autômatos começam a sair, olha as demais naves, lotadas de
autômatos, e olha José sair e olhar em volta.
Ele caminha calmamente até a frente dos comandantes, olha
para Brito e pergunta.
— Como estão as comunicações de paz comandante?
— Você os impôs a paz, sabe que nem todos estão gostando
disto.
— Vim perguntar quando vamos juntar o estado maior dos
exércitos locais, gerar paz e promover a próxima eleição, pois
desculpa, hora de começar de novo.
— Os políticos vão reclamar.
— Nós que morríamos em campo, não eles General.
Domenicos olha para Brito e pergunta.
— Não pode concordar com isto.
— Não tenho nada contra a democracia Domenicos, mas
obvio, teremos de levantar acusações para alguns não concorrerem.
Domenicos olha para José e pergunta.
— Acha que eles vão deixar a sua família em paz assim?
— Domenicos, eles que vão dizer se entre aqui e o mar ao sul,
teremos uma nação a mais ou não, se eles não quererem-me por
perto, eu atravesso a avenida ali ao fundo, para terras que minha
família administra a muitos milênios, eu declaro independência
daquele trecho, não o quero independente, mas não vou aceitar
que quem destruiu a Terra, com armas químicas, venha dizer que a
culpa é minha disto.
— Eles não vão acatar algo assim.
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— Então Domenicos, vamos a guerra, mas quem vai sou eu e
os meus autômatos, não um exercito que mata crianças.
O senhor viu os autômatos passando pela entrada da base, e
indo no sentido das terras do rapaz, olha para Brito e pergunta.
— Acha que temos um meio termo?
— Sempre se tem general, você sabe que ele veio para
conversar já na vez anterior, mas ele não parou porque um ou outro
se colocaram contra – Brito olha para José – Não tenho nada contra
você rapaz, vejo que está mais poderoso do que antes, e ainda nem
sei o que pretende.
— Eu? – José sorri – Talvez empregar uns alienígenas da
Terra, talvez criar minha família, talvez, forçar nossas nações a
evoluir, mas isto, faço com calma.
José dá as costas, caminha até a nave que viera, os autômatos
já estavam em terra, decola sobre o olhar dos demais, indo de
encontro a TT, era hora de descansar aos braços de Raquel.

Fim

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