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Exmº. Dr. Juiz de Direito do Juizado Especial Cível e Criminal de São José de Ribamar/MA.
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Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão - 1º Grau: https://pje.tjma.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.sea...
Nestes Termos
Pede Deferimento
Cláudio Trinta
OAB-MA, 2956.
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Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão - 1º Grau: https://pje.tjma.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.sea...
Processo – 0802168-47.2016.8.10.0059
Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer c/c indenização por dano moral ajuizada por
Weliton Carlos Gomes Amaral em face da Companhia Energética do Maranhão, por ter esta empresa lhe
acusado de cometimento de furto de energia sem qualquer prova de grave acusação;
Assim, restou demonstrada na instrução processual que houve violação aos princípios
constitucionais no que diz respeito à dignidade da pessoa humana, no momento em que a Companhia
Energética conduziu o procedimento administrativo de forma unilateral, sem direitos de defesa ao
consumidor e sem submeter o procedimento à pericia do Incrim ou acompanhamento de qualquer
autoridade do Estado;
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Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão - 1º Grau: https://pje.tjma.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.sea...
residência do Recorrido para fins de realizar uma inspeção. Após vasculharem partes íntimas do imóvel,
concluíram que havia desvio de energia. Passados algumas semanas o Recorrido recebeu cópias de um
procedimento administrativo ou corte acusação formal de furto de energia, com aplicação de multa no
valor de R$ 112,09 (cento e doze reais e nove centavos), no mencionado procedimento administrativo,
certo que o Recorrido teria realizado ligação de energia diretamente ao poste para a residência. Ora nobre
julgadores, questiona-se por grandes razões a Companhia Energética a constatar tal crime, não registrou o
fato à Delegacia de Policia? Por quais razão, enviou durante o período ser suposto desvio de energia,
faturas de consumo de energia, conforme se verifica nas faturas juntadas nos autos com a inicial?
Art. 186 (CC) – “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito
e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Art. 927 (CC) –“Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 927), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo”.
VII – O acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e
técnica aos necessitados;
VIII – A faculdade da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão da prova, a seu favor, no processo
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quanto for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinárias de experiências;
Art. 22 (CDC) – “Os órgãos públicos, por si ou suas empresa, concessionárias, permissionárias ou sob
qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes,
seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.”
Entendemos que reduzir ou excluir o quantum arbitrado por danos morais em apenas R$
2.000,00 (dois mil reais), seria banalizar o instituto do dano moral, tornando-o ineficaz. Considerando as
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lesões sofridas pelo Recorrido e o poder econômico da Recorrente, evidente que R$ 2.000,00 (dois mil
reais), não pode ser considerado desproporcional ou excessivo;
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causa indubitável dano de ordem moral. III - O tema central do recurso consiste em analisar se ameaça de
interrupção do fornecimento de energia elétrica na residência da ora Apelada em razão da cobrança do
valor de R$ 1.307,42 (mil e trezentos e sete reais e quarenta e dois centavos), por suposta fraude no
medidor, detectada de forma unilateral pela ora Apelante CEMAR, e declarado nulo na sentença, causou
danos morais a Apelada. IV - A análise do medidor feita no laboratório da própria CEMAR não serve de
prova, em face da sua produção unilateral e, por óbvio, pelo interesse manifesto da parte. V - Da análise
de todos os documentos carreados aos autos, torna inegável a existência de ato ilícito praticado pela
CEMAR, é patente no caso a inobservância das disposições contidas na Resolução nº. 456/2000 da
ANEEL. VI - Neste contexto verifica-se que, sob o ângulo compensatório, que o valor de R$ 15.000,00
(quinze mil reais) fixado pelo magistrado de base, deve ser reduzido para o importe de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais) valor esse que se mostra adequado, uma vez que atende aos princípios da razoabilidade,
proporcionalidade, além do caráter repressor da medida, sem que isto configure enriquecimento ilícito,
cabendo ao prudente arbítrio dos juízes a fixação do montante, para o qual se faz cabível a revisão,
quando a fixação de base for inferior ou excessiva. VII - Apelo conhecido e parcialmente provido....
Diante do exposto, requer que essa Egrégia Turma Recursal, negue provimento ao
Recurso Inominado interposto, diante dos fundamentos expostos. Requer aos nobres julgadores, que seja a
Recorrente, condenada a pagar honorários advocatícios, a serem fixados em 20% (vinte por cento) sob o
valor corrigido da causa, na forma de que dispõe o Enunciado 122 do Fonaje.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Claudio Trinta
OAB-MA 2956.
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