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Este documento é copia do original assinado digitalmente por EDYLSON DURAES DIAS. Protocolado em 13/06/2017 às 14:35, sob o número 08174926620178120001, e liberado nos autos
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA
CIVEL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE – MS.

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JUSTIÇA GRATUITA

THAIS RAUNNY DE OLIVEIRA, brasileira, portadora da cédula de


identidade, RG nº 14058408, SSP/MG, inscrita no CPF Nº 563.057.291-15, com

digitais por Miriane Cavalcanti Romeiro, em 19/06/2017 às 11:01. Para acessar os autos processuais, acesse o site
endereço à Rua Glauci Rocha, 252, Vila Olinda, Campo Grande, MS, CEP 79060-050,
Campo Grande - MS, por seus advogados que ao final subscrevem, vem, mui
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

Contra: TIM CELULAR S/A, pessoa jurídica de direito privado,


inscrita no CNPJ sob nº 04206050/0001-80, com sede na Av. Giovanni Gronchi, 7143,
CEP 05724-006, na cidade de São Paulo - SP, pelos fatos e fundamentos a seguir:

Rua Brasil - 236.


Campo Grande, MS. CEP 79010230
Tel. (67) 3027-6469 (67) 3202-2324
Site: www.duraesefranca.adv.br
Email: contato@duraesefranca.adv.br
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I- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO

O requerente tem interesse na designação de audiência de


conciliação/mediação, conforme reza o art. 334, do Novo Código de Processo Civil.

II – DOS FATOS

A autora possui contrato com a empresa operadora de celular ré, 67

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99901-7994, firmado entre as partes e para o pagamento mensal de R$ 99,00 (noventa e
nove reais), recentemente contratado, cujo vencimento era 20/05/2017.

Ocorre que, a autora recebeu uma fatura no valor de R$ 210,89

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(duzentos e dez reais e oitenta e nove centavos), o que obviamente não está
correspondendo ao valor inicialmente pactuado, além de que, o autor teve que deslocar-
se até uma das lojas para retirar a fatura, pois, o envio está ocorrendo em endereço
diferente do endereço atual da mesma.

Ao deparar-se com a injusta cobrança, a autora se dirigiu a uma das


lojas ré da presente desta Cidade para contestar os valores, verificou que havia outra
linha telefônica cadastrada em seu nome, cujo número é (67) 98123-1503, serviço este,
não contratado e não autorizado pela requerente.

Ante o não pagamento do boleto de R$ 210,89 (duzentos e dez reais e


oitenta e nove centavos), vencido em 20/05/2017, a requerida na data de 08/06/2017
efetuou o bloqueio da linha telefônica da requerente, este de forma indevida, tendo em
vista que a requerida não cumpriu com o acordo estipulado entre as partes.

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A autora necessita com urgência do desbloqueio de sua linha
telefônica, já que não possuí outra linha para comunicação.

Eis a configuração de todo o dano moral sofrido ao requerente, bem


como, a necessidade da procedência do pedido de obrigação de fazer em desfavor da
requerida para realizar o desbloqueio da linha de telefonia móvel, esperando do Poder
Judiciário uma solução para todo o contexto.

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lll– DOS FUNDAMENTOS

1- O CDC – CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Não há dúvidas quanto ao fato de que a relação jurídica de direito

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material em questão estão sob o manto do Código de Defesa do Consumidor,
notadamente, à luz do art. 2º, caput, art. 2º parágrafo único; art. 2º; art. 17 e art. 29 do
CDC, e, a propósito, da Súmula 297 do STJ que foi acompanhada pelo pensamento do
STF, no desate da ADIn nº 2591.à luz do que dispõe o artigo 3º, § 2º daquele diploma
legal.

De todo, tendo-se em vista o acordo firmado contratualmente e


devidamente cumprido pela requerente, realmente não há justificativas para não dar a
funcionalidade de 100% da linha telefônica da autora, mostrando-se a inércia da
requerida retrato da negligência e da afetação ao princípio da boa-fé objetiva que deve
reclamar a devida reparação civil, além, ainda, do cumprimento fiel ao acordo
entabulado, como obrigação de fazer, adiante abordada.

2 – DA OBRIGAÇÃO DE FAZER

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Inegavelmente a relação havida entre os ora litigantes é de consumo,
ensejando, portanto, a aplicação das normas consumeristas ao caso em tela.

Bem explica o art. 497 do Novo Código de Processo Civil, que o juiz
concederá a tutela específica da obrigação nas ações que tenham por objeto o
cumprimento de obrigação de fazer, in verbis:

Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de

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não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela
específica ou determinará providências que assegurem a obtenção
de tutela pelo resultado prático equivalente.

Poderá ainda a obrigação se converter em perdas e danos e sem

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prejuízo da multa, (que é o que se visa aqui também), pela prerrogativa ditada pelos arts.
499 e 500 do mesmo diploma legal. Senão vejamos:
Art. 499. A obrigação somente será convertida em perdas e danos
se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a
obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.

Art. 500. A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo


da multa fixada periodicamente para compelir o réu ao
cumprimento específico da obrigação.

De conformidade com o art. 497, parágrafo único, do Novo Código de


Processo Civil, poderá o juiz conceder a tutela liminarmente, direito plenamente
atribuível ao caso em tela, ante a robustez das alegações do autor e da veracidade dos
fatos, sendo irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa
ou dolo.

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“Art. 497

(...)

Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a


inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a
sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano
ou da existência de culpa ou dolo.”
A autora está impossibilitada de receber e realizar ligações em seu

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telefone celular, por total desídia e negligência da requerida.

No presente caso, a obrigação de fazer é de natureza infungível, intuitu


personae, de vez que somente a requerida poderá realizar o restabelecimento da linha
telefônica juntamente com o cancelamento de serviços não solicitados pela requerente;

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aqui obrigatoriamente devem-se levar em conta as qualidades específicas do obrigado.

Assim, requer que seja julgado procedente o pedido de obrigação de


fazer para determinar que a requerida realize com urgência o desbloqueio da linha de
telefonia móvel 67 99901-7994, bem como, cancelamento da linha telefônica não
contratada 67 98123-1503, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais).

Requer que sejam declaradas inexistentes as cobranças das faturas


superiores ao contratado, ou seja, de R$ 99,00 (noventa e nove reais).

Outrossim, em caso de pagamentos de valores superiores ao


devido, requer restituição em dobro, conforme Art. ART. 42 , parágrafo único do
CDC ou, na forma simples.

IV- O DANO MORAL E O QUANTUM DEVIDO.

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A indenização civil se instala com assento na previsão geral do art. 189
e art. 927, ambos do Código Civil, bem como no art. 14 do Código de Defesa do
Consumidor (Lei 8.078/90). Senão vejamos:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar

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dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente


da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre

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sua fruição e riscos.

§ 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que


o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais:

I - o modo de seu fornecimento;

II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;

III - a época em que foi fornecido.

§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de


novas técnicas.

§ 3º O fornecedor de serviços só não será responsabilizado


quando provar:

I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

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II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

§ 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será


apurada mediante a verificação de culpa.”
Ocorre que inserido o requerente no manto de proteção do Código de
Defesa do Consumidor, é fato que o contexto comporta a aplicação do artigo 6º e seus
incisos, in verbis:

Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:

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I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos
provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços
considerados perigosos ou nocivos;
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos

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produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a
igualdade nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e
serviços, com especificação correta de quantidade,
características, composição, qualidade e preço, bem como sobre
os riscos que apresentem;
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos
comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e
cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e
serviços;
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos;

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Houve clara desídia da requerida, que desde o ocorrido a autora esta
incomunicável, prejudicando sua vida pessoal quanto profissional, isto, em razão de erro
da parte requerida que se manteve inerte, mesmo diante de várias solicitações.

No presente caso, encontram-se preenchidos os pressupostos da


responsabilidade civil, quais sejam: a conduta culposa do agente, o dano sofrido pelo
paciente e o nexo causal entre eles.

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Não pairam dúvidas de que há dano moral, porque a requerida
procedeu contra o direito, violando patrimônio moral da requerente.

A conseqüência é o dever de indenizar, visto que, a suspensão indevida


da linha de telefonia móvel da autora geraram danos que extrapolaram o mero

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aborrecimento.

A cobrança das faturas são por serviços não contratados, já que o valor
correto deveria ser R$ 99,00 e não 210,89.

Não é diferente a jurisprudência nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA


DE SUSPENSÃO INDEVIDA DE LINHA DE TELEFONE
CELULAR E INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS.ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
CONCEDIDA.RESTABELECIMENTO DE TERMINAL
TELEFÔNICO.FIXAÇÃO DE MULTA DIÁRIA EM CASO DE
DESCUMPRIMENTO. POSSIBILIDADE. VALOR
RAZOÁVEL. DESNECESSIDADE DE AMPLIAÇÃO DO

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PRAZO PARA CUMPRIMENTO. EXEGESE DO ART. 185
DO CPC. PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS QUE SE MOSTRA
SUFICIENTE. DECISUM MANTIDO.RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO.” (TJ-PR - CJ: 9916489 PR
991648-9 (Acórdão), Relator: Ivanise Maria Tratz Martins, Data
de Julgamento: 03/07/2013, 12ª Câmara Cível, Data de
Publicação: DJ: 1147 23/07/2013).

“CIVIL. PROCESSO CIVIL. DANO MORAL. TELEFONE


CELULAR. COBRANÇA INDEVIDA. SUSPENSÃO DOS
SERVIÇOS. CABIMENTO. VALOR MANTIDO. CORREÇÃO

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MONETÁRIA. TERMO A QUO. FIXAÇÃO. SÚMULA 362
DO STJ. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. A cobrança,
e a conseqüente suspensão dos serviços de telefonia móvel
abusivos, são suficientes para gerar dano moral. (ex vi, STJ,
REsp 1191428/PA, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,

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TERCEIRA TURMA, julgado em 15/12/2011, DJe 01/02/2012).
2. Na linha desse mesmo precedente, inclusive, é razoável e
proporcional a fixação do quantum indenizatório em R$ 4.538,00
(quatro mil, quinhentos e trinta e oito reais), a considerar
também, cum grano salis, o fato em particular de que o apelado
usava a linha de telefonia móvel profissionalmente. 3. O que
merece reparo, outrossim, é o termo a quo da correção monetária
dos danos morais, que deve coincidir com a data do seu
arbitramento, ou seja, a data da prolação da sentença, a teor da
súmula nº 362 do STJ. 4. Apelo parcialmente provido.” (TJ-MA -
APL: 0218182012 MA 0004934-13.2009.8.10.0040, Relator:
KLEBER COSTA CARVALHO, Data de Julgamento:
30/08/2012, PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
11/09/2012).’’

Não há dúvidas na doutrina de que o dano moral puro, por refletir na


causa de pedir a essência do fato ocorrido não reclama, com efeito, prova, porquanto,

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além da dificuldade de produzi-la em juízo, obrigaria o legislador a lançar aspectos
objetivos onde a objetividade não alcança.

Nesse sentido é o entendimento de Sérgio Cavalieri Filho, verbis:


Por se tratar de algo imaterial ou ideal a prova do dano moral não
pode ser feita através dos mesmos meios utilizados para a
comprovação do dano material. Seria uma demasia, algo até
impossível, exigir que a vitima comprove a dor, a tristeza ou a
humilhação através de depoimentos, documentos ou perícia; não

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teria ela como demonstrar o descrédito, o repúdio ou o
desprestígio através dos meios probatórios tradicionais, o que
acabaria por ensejar o retorno à fase da irreparabilidade do dano
moral em razão de fatores instrumentais.Em outras palavras, o
dano moral existe in re ipsa; deriva inexoravelmente do próprio
fato ofensivo, de tal modo que, provada a ofensa, ipso facto está

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demonstrado o dano moral à guisa de uma presunção natural,
uma presunção hominis ou facti, que decorre das regras de
experiência comum.
Tal entendimento amolda-se perfeitamente ao caso em questão.

No dizer de Rizato Nunes, “o dano moral é aquele que afeta a paz


interior de cada um. Atinge o sentimento da pessoa, o decoro, o ego, a honra, enfim,
tudo aquilo que não tem valor econômico, mas que lhe causa dor e sofrimento. E, pois, a
dor física e/ou psicológica sentida pelo indivíduo”1.

Assim, à luz do que se tem de concreto em termos de regramento legal


vigente, vindo a lume qualquer fato capaz de refletir tais conseqüências é tendente a
ensejar a devida reparação, como é o caso presente.

1 Nunes, Rizato, Curso de Direito do Consumidor, Editora Saraiva, 2005, 2ª edição, pág.307.

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E aqui, há que se ter muita cautela com a tentativa dos grandes
conglomerados de desvirtuarem a proteção legal “desfocando” a questão para o mero
dissabor como não configurador do dano moral.

Na verdade, tudo causa dissabor em maior ou em menor quantidade.

E questões relacionadas aos consumidores, geralmente envolvem


pequenas quantias, o que não poderia, evidentemente, criar no cenário jurídico uma

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proteção por “castas de direitos” ou “direitos menores” levando os consumidores para a
marginalização da esfera de proteção legal da reparação pelos danos morais sofridos.

Não há dúvidas de que a inércia da requerida é injustificável, e deve


encontrar a ressonância que o Direito assegura no que toca também à devida indenização

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pelos danos morais provocados.

A par de tais ensinamentos, o rico e o pobre não tem uma moral


diferentemente aferível. Em outras palavras, a dignidade, a honra, a intimidade, a paz
interior, o ego, do rico não vale mais do que a do pobre.

Conquanto, sabendo-se que o dano moral não tenha parâmetros legais


para a fixação de valor, para a aplicação de tal parâmetro mencionado, embora já exista
projeto de lei nesse sentido, a parte autora requer à Vossa Excelência, o arbitramento de
tal valor e para efeito de subsídios para o arbitramento judicial, a quantia equivalente a
R$ 10.000,00 (dez mil reais) ao requerente.

V - DO PEDIDO EM SEDE DE TUTELA DE URGÊNCIA:

Posto isto, requer:

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1. Que seja assinalado um prazo hábil de 48 (quarenta e oito) horas
para a requerida o restabelecimento a linha de telefônica da autora; o envio de faturas
com o valor contratado e no endereço correto (Rua Glauci Rocha, 252, Vila Olinda,
Campo Grande, MS), o cancelamento da linha telefônica 98123-1503, que não fora
solicitada pela autora, cuja intimação deverá por meio de oficial de justiça, sob pena
de multa cominatória diária em valor a ser arbitrado pelo r. juízo, sobrelevado o valor
sugerido de R$ 1.000,00 (mil reais) diários, com base no art. 806 e §1º, combinado com

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o art. 498, ambos do Novo Código de Processo Civil;

VI – DOS PEDIDOS

Posto isso, requer, digne-se Vossa Excelência em determinar:

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1. A citação da requerida para comparecimento à audiência de
conciliação/medição, bem como para apresentar a contestação no prazo legal, sob pena
de revelia, prosseguindo-se nos demais termos e atos processuais, até final decisão;

2. Que seja julgado procedente o pedido de obrigação de fazer para


determinar que a requerida realize com urgência o restabelecimento da linha de telefone
celular (67) 99901-7994, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), bem como
o cancelamento da linha telefônica 98123-1503 , que não foi contratada pela autora;

3. Seja a ré condenada a pagar ao autor, a título de danos morais a


serem arbitrados por V. Exa., em patamar não inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais);

Rua Brasil - 236.


Campo Grande, MS. CEP 79010230
Tel. (67) 3027-6469 (67) 3202-2324
Site: www.duraesefranca.adv.br
Email: contato@duraesefranca.adv.br
fls. 13

Este documento é copia do original assinado digitalmente por EDYLSON DURAES DIAS. Protocolado em 13/06/2017 às 14:35, sob o número 08174926620178120001, e liberado nos autos
4. Outrossim, em caso de pagamentos de valores superiores ao
devido, requer restituição em dobro, conforme Art. ART. 42 , parágrafo único do
CDC ou, na forma simples.

5. A inversão do ônus da prova conforme art. 6º do CPC;

6. Requer a condenação da ré nos honorários advocatícios deste


patrono, não inferior a 20% sobre o valor total da condenação do presente feito, bem

http://www.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0817492-66.2017.8.12.0001 e o código 1F39FDA.


como nas custas processuais integrais.

7. Protesta pela juntada de todos os meios de provas, em direito


admitidos, em especial a documental e testemunhal, bem como a juntada de novos
documentos.

digitais por Miriane Cavalcanti Romeiro, em 19/06/2017 às 11:01. Para acessar os autos processuais, acesse o site
Requer, também, que as intimações e publicações sejam realizadas
exclusivamente em nome da advogada Alyne França Mota, OAB (MS) 19.145 e
Edylson Durães Dias, OAB (MS) 12.259, sob pena de nulidade.

Por fim, nos termos da Lei 1.060/50, requer os benefícios da justiça


gratuita da justiça, assim, confessando-se pobre na acepção jurídica do termo.

Dá-se a causa o valor provisório de R$ 12.000,00. (doze mil reais).

Nesses termos, pede deferimento.

Campo Grande/MS, 13 de junho de 2017.

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OAB/MS 21.544
OAB/MS 12.259
Edylson Durães Dias

Natália Pael do Amaral Cordeiro

Tel. (67) 3027-6469


Estagiária
Andressa Fidelis
OAB/MS 19.145
Alyne França Mota

(67) 3202-2324
Campo Grande, MS. CEP 79010230

Site: www.duraesefranca.adv.br
Rua Brasil - 236.

Email: contato@duraesefranca.adv.br
fls. 14

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digitais por Miriane Cavalcanti Romeiro, em 19/06/2017 às 11:01. Para acessar os autos processuais, acesse o site
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