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A data constitui um marco indelével na história da resistência ao regime

colonial-fascista português, que culminou com a proclamação da


Independência Nacional, a 11 de Novembro e 1975.

Na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961, um grupo de homens e mulheres,


munidos de paus, catanas e outras armas brancas atacou a casa de reclusão e
a cadeia de São Paulo, em Luanda, para libertar presos políticos ameaçados
de morte.

Em resposta ao ataque, o regime colonial-fascista reagiu brutalmente com uma


acção de repressão em todo o país, com assassinatos, torturas e detenções
arbitrárias.

Essas prisões e assassinatos de pessoas indefesas levou alguns nacionalistas


a organizarem-se para a luta de libertação.

Os preparativos da acção tiveram início em 1958, em Luanda, com a criação


de dois grupos clandestinos, um abrangendo os subúrbios e outro a zona
urbana, coordenados por Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio
Sotto Mayor e Neves Bendinha (já falecidos).

A acção inseriu-se também no anseio da população e na necessidade de se


passar as formas de luta que correspondessem à rigidez da administração
colonial. Para tal, valeu a colaboração de cónego Manuel das Neves e outros
combatentes.

O 4 de Fevereiro de 1961 é considerado um marco importante da luta africana


contra o colonialismo, numa tradição de resistência contra a ocupação que
vinha desde os povos de Kassanje, do Ndongo e do Planalto Central.

Os primeiros relatos de realce de resistência à ocupação colonial datam dos


séculos XVI e XVII (1559-1600 e 1625-1656), conduzidos por Ngola Kiluanje e
Njinga Mbandi.

Os acontecimentos de Fevereiro de 1961 traduziram-se assim numa sublime


expressão de nacionalismo, demonstrada pelos angolanos.

Este ano, a província do Benguela vai acolher o acto central das festividades
do 49º aniversário do Dia do Início da Luta Armada de Libertação Nacional, que
decorre sob o lema “Angola 45 anos: unidade, estabilidade e desenvolvimento”,
será presidido pelo ministro do Interior, Eugénio Laborinho.

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