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ORIENTE
Essa não é uma linha tão comum de ser vista dentro da Umbanda, salvo médiuns
específicos dentro dos terreiros que tenham a abertura para a manifestação dos
mesmos. Quando incorporados estes estimulam muito a meditação, atuam na cura
como um todo e falam muito do esoterismo.
Linha do Oriente
Na linha do Oriente estão as falanges dos hindus, dos árabes, dos japoneses, chineses
e mongóis, dos egípcios, dos gauleses, dos romanos, etc., formadas por espíritos que
encarnaram nesses povos e que ensinam ciências ocultas e praticam caridade.
O Povo do Oriente fala pouco e, quando o faz, o seu linguajar é perfeito e bastante
correto. Não gosta de dar consultas. Raramente usa o termo "chefia de cabeça" e
sempre demonstra muita sabedoria e amplos conhecimentos filosóficos e esotéricos. Na
Umbanda, os componentes desse Povo são chamados de Mestres da Linha do Oriente
(egípcios, tibetanos, chineses, etc). Normalmente atuam de forma discreta, intuindo
seus médiuns para que entendam o que está se passando. São importantíssimos na
transmissão de mensagens de entidades ou espíritos de nível hierárquico superior,
devido a linha de desenvolvimento mental da qual participam. Também atuam na
destruição de templos e de magias do passado, libertando o espírito. , estimula no
médium o caminho da evolução espiritual através dos estudos, da meditação, do
conhecimento das leis divinas, do amor, da verdade, da ciência, da arte, do belo.
Estimula no médium o caminho da ascensão espiritual, fazendo-o eliminar da sua vida
tudo o que é pernicioso.
Na vibração de Oxalá, os espíritos são sempre nos níveis acima de Guias, portanto,
elevadíssimos e que raramente se manifestam. É nesta linha que estão classificados o
mais vulgarmente conhecido como ‘Povo do Oriente.” Vibração eletromagnética do
SOL. Xangô, sincretizado com São João Batista, é também o patrono da linha do
oriente, na qual se manifestam espíritos mestres em ciência ocultas, astrologia,
quiromância, numerologia, cartomancia. Por este motivo, a linha dos ciganos vêm
trabalhar nesta irradiação.
Os Ciganos na Umbanda
São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro do ritual de umbanda.
Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na
linha dos Exus, tal confusão se dava pela apresentação de algumas ciganas se
apresentarem como Cigana das Almas ou como Cigana do Cruzeiro ou coisa desse tipo.
Hoje o culto está mais difundido e se sabe e se conhece mais coisas sobre o povo
cigano.
Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual; se apresentam também em rituais
Kardecistas e em outros rituais do tipo mesa branca. Estão na Umbanda por uma
necessidade lógica de trabalho e caridade. Encontraram na Umbanda o toque dos
atabaques e passaram a se identificar com os toques e com os pontos a eles cantados.
Tal aproximação se deve ao fato da necessidade da adaptação ao culto que hoje
mais se identificam e se apresentam. Povo muito rico de estórias e lendas, foram na
maioria andarilhos que viveram nos séculos XIV, XV e XVI. Alguns presenciaram fatos
históricos do tipo queda da bastilha na França antiga e destrono de reis famosos como
Luís XV.
Vivem em grupos, e não tem destino nem caminho certo. São amantes das
aventuras que tais situações podem trazer; erroneamente são confundidos com
vagabundos e pessoas pouco dedicadas ao trabalho. Tem na sua origem o trabalho
com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas
materiais.
Dentro de Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou
ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com
imagens bem simples, com taças de vinho, doces finos e cigarrilhas doces. Trabalham
também com as energias do Oriente, com cristais, pedras energéticas e com os quatro
sagrados elementos da natureza.
Tem em Santa Sarah de Kali as orientações necessárias para o bom andamento
das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa
Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum
sincretismo.
São comemorados no dia 24 de maio, dia de Santa Sarah.
Os Orientais
A influência de tradições orientais na umbanda é bem forte nos centros que
cultuam a linha do oriente. Os elementos orientais mais visíveis são aqueles herdados
do budismo, hinduísmo e confucionismo.
Além da imagem bonachona do mestre Buda, que a todos abençoa com ares
enigmáticos, o budismo se faz presente nos rituais de umbanda através das oferendas
de frutas e flores e pela aplicação dos ensinamentos de amor incondicional e da
tranqüila aceitação das vicissitudes irreparáveis da vida, não apenas como purgação de
pecados passados, mas como reveladoras de ensinamentos espirituais.
Da filosofia hindu, através da obra de Kardec, incorporaram-se os fundamentos da lei
do karma, conforme consta das escrituras védicas, às quais o espírita francês teve
acesso antes de formular sua doutrina. Mais recentemente, elementos da ioga têm sido
igualmente absorvidos pela umbanda de tendência mais esotérica, epitomados em
técnicas para a desobstrução dos sete chakras.
Do confucionismo, percebe-se a influência de conceitos como o Tao, ou caminho do
meio, a ser alcançado pelo equilíbrio entre os opostos; a isto soma-se o uso do I-
Ching, tradicional oráculo chinês, em sessões de consulta divinatória.
Oração para o Povo do Oriente
Salve ó Bandeira Branca, Salve São João Batista, Salve estrela de David, e seus seis
lados, Mestre Jesus, Buda, Sta. Maria Madalena, Sta. Sara Kali, São
Lázaro, arcanjos, serafins, querubins, anjos protetores nos auxiliem neste momento,
nesta corrente de luz, rogai ao Arquiteto do universo, a Alá, em nosso favor
e, levai nossos pedidos para que eles sejam aceitos.
São Miguel, São Rafael, São Gabriel, Baltazar, Melchior, Gaspar, Reis do oriente,
venham nos ajudar forças egípcias, chinesas, indianas, árabes, ciganos, beduínos,
videntes, profetas, magia de ponto, de pó, astrologia, pura manifestação das almas
batizadas em águas sagradas.
Baptista é quem nos comanda, fonte de pura energia, pirâmides preciosas, rosas
brancas no deserto, luz em nossas vidas, amparo de almas, linha branca bendita.
O Caboclo Timbirí (caboclo japonês) e Pai Jacó (Jacob do Oriente, um preto velho
bastante versado na Cabala Hebraica), são os casos mais conhecidos. Hoje em dia,
ganha força o culto do Caboclo Pena de Pavão, entidade que trabalha com as forças
espirituais divinas de origem indiana.
Mas nem todos os espíritos são orientais no sentido comum da palavra. Esta Linha
procurou abrigar as mais diversas entidades, que a princípio não se encaixavam na
matriz formadora do brasileiro (índio, português e africano).
A Linha do Oriente foi muito popular de 1950 a 1960, quando as tradições budistas e
hindus se firmaram entre o povo brasileiro. Os imigrantes chineses e japoneses,
sobretudo, passaram a frequentar a Umbanda e trouxeram seus ancestrais e costumes
mágicos.
Antes destas datas, também era comum nesta Linha a presença dos queridos espíritos
ciganos, que possuem origem oriental. Mas tamanha foi a simpatia do povo
umbandista por estas entidades, que os espíritos criaram uma "Linha" independente de
trabalho, com sua própria hierarquia, magia e ensinamentos. Hoje a influência do Povo
Cigano cresce cada vez mais dentro da Umbanda.
Salve o Oriente!
• Bebidas: Suco de morango, suco de abacaxi, água com mel, cerveja e vinho doce
branco ou tinto.
• Ervas e Flores: Alfazema, todas as flores que sejam brancas, palmas amarelas,
monsenhor branco, monsenhor amarelo.
• Pedras: Citrino, quartzo rutilado, topázio imperial (citrino tornado amarelo por
aquecimento) e topázio.
• Guias ou colares: Colar com cento e oito contas (108), sendo 54 brancas e 54
amarelas. Enfiar sequencialmente uma branca e uma
amarela. Fechar com firma branca. As entidades indianas também utilizam o rosário
de sândalo ou tulasi de 108 contas (japa mala). Algumas criam suas próprias guias,
segundo o mistério que trabalham.
Espíritos de xamãs, chefes e guerreiros destes povos. Sob a chefia de Pai Itaraiaci.
Não são propriamente do Oriente, mas integram esta Linha que é bastante sincrética.
Espíritos de sábios, magos, mestres e velhos guerreiros de origem européia: romanos,
gauleses, ingleses, escandinavos, etc. Sob a
chefia do Imperador Marcus I.
Os espíritos desta Falange são especializados na arte da cura, que é integrada por
médicos e terapeutas de diversas origens. Sob a chefia de Pai José de Arimatéia.
Aqui reproduzo alguns Pontos Cantados, mas destaco a sua eficácia mântrica e não
somente invocatória. Ou seja, nesta Linha os Pontos podem ser usados como mantras
com finalidades específicas, independente de servirem para chamar as entidades para
o trabalho de caridade no Centro ou Terreiro.
Neste caso, os Pontos devem ser acompanhados das respectivas oferendas
(veja abaixo).
Oferenda:
velas amarelas – 3, 5 ou 7, flores amarelas ou brancas e incenso de flores (rosa,
verbena, etc...), colocados dentro de uma estrela de seis pontas, hexagrama, traçada
no chão com pemba amarela.
Ory já vem,
Já vem do oriente
A benção, meu pai,
Proteção para a nossa gente.
A benção, meu pai,
Proteção para a nossa gente.
PONTO DO POVO TURCO
Oferenda:
velas brancas – 3, 5 ou 7 e charutos fortes,dentro de uma estrela de cinco pontas,
pentagrama, traçado no chão com pemba branca. Jamais ofereça bebida alcoólica a
este Povo.
Tá fumando tanarim,
Tá tocando maracá.
Meus camaradas, ajudai-me a cantar,
Ai minha gente, flor de orirí
Ai minha gente, flor de orirí.
Em cima da pedra
Meu pai vai passear, orirí.
Oferenda:
velas brancas – 3, 5 ou 7, cerveja branca ou vinho tinto, tudo dentro de uma cruz
traçada no chão com pemba verde.
Gauleses, Oh gauleses,
Somos guerreiros gauleses.
Gauleses, Oh gauleses
São Miguel está chamando.
Gauleses, Oh gauleses,
Somos guerreiros de Umbanda,
Gauleses, Oh gauleses,
Vamos vencer demanda.
PONTO DO POVO ASTECA
Oferenda :
nove velas alaranjadas, milho, fumo picado, tudo dentro de um círculo traçado no chão
com pemba branca.
Oferendas:
Sete velas vermelhas (é a cor preferida deste Povo), arroz cozido sem sal, vinho
branco, tudo dentro de um círculo traçado no chão com pemba vermelha.
Curioso Ponto Cantado do Caboclo Timbirí – onde ele afirma sua origem japonesa.
Marinheiro, marinheiro,
É o japonês, é o japonês !