Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vivos
1. Obtenção de Energia
A libertação de energia dos compostos orgânicos faz-se por etapas, porque caso
contrário a libertação de calor seria tal que se tornaria incompatível com a vida. Assim, a
obtenção de energia dá-se através de uma sequência de reações em cadeia nas quais a
energia vai sendo libertada e acumulada em compostos energéticos intermédios como o
ATP. ATP (adenina trifosfato) é considerado o transportador universal de energia, a nível
celular.
Reações Catabólicas
• Se o acetor final for outro composto inorgânico como por exemplo o nitrato, sulfato
ou dióxido de carbono estamos perante a respiração anaeróbia.
Por outro lado, se não existir um acetor final externo, mas sim um derivado de um
substrato inicial, como por exemplo o piruvato, então estamos perante o caso da
fermentação.
1.1. Fermentação
Pasteur realizou uma experiência simples em que apenas variou a presença ou não
de oxigénio. A quantidade de glicose, leveduras e temperatura ambiental era igual.
Verificou-se que o processo aeróbio deverá ser mais rentável pois a quantidade de
leveduras final é muito maior do que no caso anaeróbio.
Glicólise
A glicose é uma molécula quimicamente inerte, assim para que a sua degradação
se inicie é necessário ativá-la através de energia fornecida pelo ATP (fase de ativação).
De seguida, ocorre uma sequência de reações até à formação do ácido pirúvico com
formação de ATP e NADH (fase de Rendimento).
Quando a glicólise se une aos dois piruvatos formados na fase anterior, formam
diferentes tipos de fermentação:
• 2 moléculas de ATP;
• 2 moléculas de NADH.
Cada uma das duas moléculas de ácido pirúvico, na presença de oxigénio, entra na
mitocôndria, onde é descarboxilada e oxidada, reduzindo o NAD+ e formando o Acetil-
CoA.
• Libertam-se: 2 CO2
• O ciclo inicia-se com a junção de uma molécula de Acetil-CoA (2C) com uma molécula de
ácido oxaloacético (4C), formando-se Ácido Cítrico (6C).
• 6 moléculas de NADH
• 2 moléculas de FADH2
• 2 moléculas de ATP
• 4 moléculas de CO2.
Glicólise:
Formação de Acetil-CoA:
Ciclo de Krebs:
• Descarboxilação (4CO2)
Fosforilação oxidativa:
Respiração Vs Fermentação
Existem três tipos de trocas gasosas que ocorrem nas plantas. São eles: a
respiração celular, a fotossíntese e a transpiração.
Todas estas trocas gasosas ocorrem nas plantas ao nível dos estomas. Os estomas
têm uma estrutura característica e distinta das restantes células epidérmicas, apresentam
duas células-guarda (possuem cloroplastos) em forma de rim cuja parede interna, que
rodeia uma abertura (chamada ostíolo), é mais espessa.
• Humidade:
• Temperatura: Por norma, maior temperatura -> maior transpiração -> Estomas
fechados
• Vento: O próprio vento faz deslocar a humidade existente perto da folha e a
transpiração tende a aumentar, podendo ocorrer o fecho dos estomas.
Nas plantas as trocas gasosas com o exterior ocorrem especialmente ao nível dos
estomas.
Nos animais as trocas gasosas entre os organismos e o meio podem efetuar-se por
difusão direta ou por difusão indireta.
• São fortemente irrigadas por capilares sanguíneos (no caso da difusão indireta);
• A sua morfologia permite uma grande superfície de contacto entre o meio interno
e o meio externo.
Traqueias
O gafanhoto e outros insetos possuem um sistema respiratório com difusão di-
reta constituído por um conjunto de traqueias ramificadas em traquíolas que se dis-
põem por todo o corpo do animal contactando diretamente com as células e efetuando
as trocas gasosas.
Nos insetos voadores existem, junto aos músculos, sacos de ar que funcionam
como reservas de ar e facilitam a ventilação, pois a taxa metabólica durante o voo
aumenta consideravelmente.
Tegumento
Em animais como a minhoca e os anfíbios (constituindo um complemento à he-
matose pulmonar), a superfície do corpo atua como superfície respiratória e os gases
difundem-se entre a superfície do corpo do animal e o sangue. Verifica-se uma difu-
são indireta, designada neste caso por hematose cutânea.
A ocorrência de hematose cutânea é possível graças à extensa vascularização
existente por debaixo da superfície da pele e à manutenção da humidade no tegu-
mento por parte das numerosas glândulas produtoras de muco e do habitat húmido
destes animais.
Brânquias
As brânquias são os órgãos respiratórios da maior parte dos animais aquáticos,
podendo considerar- se a existência de dois padrões básicos: as brânquias externas,
expansões vascularizadas do epitélio projetadas para o exterior (evaginações), e as
brânquias internas, constituídas por uma enorme quantidade de lamelas ricamente
vascularizadas, representando uma significativa área de contacto com a água.
Nos peixes, as brânquias são internas, localizando-se, nos peixes ósseos, em
duas câmaras branquiais, uma de cada lado da cabeça, cobertas por uma proteção,
o opérculo. Cada brânquia é constituída por filamentos branquiais duplos presos a
um arco branquial possuindo várias lamelas fortemente rodeadas por capilares
sanguíneos.
A água entra pela boca, passa pela faringe, da faringe passa para as câmaras
branquiais e depois sai pelas fendas operculares, garantindo a ventilação das estru-
turas. Nas lamelas, a água cruza-se em sentido contrário com o sangue que circula
nos capilares sanguíneos garantindo o contacto do sangue, progressivamente mais
rico em oxigénio, com a água, cuja pressão parcial de oxigénio é sempre superior
àquela que existe no sangue o que permite um coeficiente de difusão de oxigénio e
dióxido de carbono elevado. Este mecanismo, mecanismo de contracorrente, con-
tribui para a eficiência da hematose branquial.
Pulmões
Os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos apresentam pulmões embora o
seu tamanho e a sua complexidade estejam relacionados com a taxa metabólica de
cada animal e consequentemente com a quantidade de oxigénio necessária nas cé-
lulas.
O ar entra pela cavidade nasal, passando pela faringe, pela laringe, pela traqueia
pelos brônquios que se ramificam em bronquíolos cujas extremidades possuem sacos
alveolares constituídos por inúmeros alvéolos pulmonares.
Na difusão dos gases respiratórios, quer ao nível dos alvéolos pulmonares, quer
ao nível das células, o fator que condiciona o sentido dessa difusão depende das
diferenças de pressão de parcial de cada um dos gases respiratórios ao nível dessas
superfícies.
14