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Critica histórica

Para estudar as fontes, a História da Farmácia usa o mesmo método e as mesmas


técnicas das ciências históricas.
O método histórico (chamado Crítica Histórica) utiliza diferentes técnicas conforme o
tipo de fontes com que trabalha, mas o conjunto de operações utilizadas no estudo de
documentos são basicamente as mesmas:

• Busca (heurística),
• Verificação, tanto no que respeita à sua autenticidade (crítica externa) como à
credibilidade (crítica interna)
• Interpretação (hermenêutica),
• seguida da Síntese.

A crítica dos documentos tem como objetivo determinar com rigor o valor do
testemunho e da informação contida nas fontes históricas.
A primeira tarefa, a da crítica externa ou de autenticidade, consiste em determinar se
um documento é verdadeiro ou falso ou ainda se trata de um original ou de uma cópia.

Em geral subdivide-se em:

• Crítica de proveniência (que inclui a determinação da autoria, local e data da


sua redação);
• Crítica de reconstituição (que procura reconstituir o texto original de um
documento que chegou até nós na forma de cópias com erros de transcrição).
Na crítica interna ou de credibilidade procura-se determinar a veracidade da
informação contida num documento através de cinco operações:
• Crítica de interpretação (que se confunde em parte com a hermenêutica e
através da qual se procura apreender o conteúdo do texto, o que o autor disse,
o que quis dizer e mesmo o não disse),
• Crítica de competência (que determina a qualidade do testemunho, através da
capacidade do autor de conhecer e compreender os factos),
• Crítica de veracidade (que examina a possível existência de faltas à verdade
por parte do autor),
• Crítica de rigor (que procura detetar os erros involuntários na descrição dos
factos)
• Verificação dos testemunhos (em que se comparam as informações contidas
no texto com as de outros testemunhos sobre o mesmo facto).

A utilização da crítica histórica, juntamente com o recurso às ciências auxiliares


(Geografia, Estatística, Arqueologia, Climatologia,) confere à História o seu carácter de
ciência,
que não deve ser confundida com ciência experimental, uma vez que é impossível de
reproduzir os fenómenos históricos com a finalidade de comprovar hipóteses.

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