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Notas de Aula – Cálculo 1 – Prof.

Rui, DMA – UEM

Exercícios Comentados de Cálculo 1


(Stewart, Vol. 1, 7ª ed.)

3.9 Taxas relacionadas

Exercícios: de 01 até 23
Exercício 01. O autor nos pede para considerarmos um cubo
com aresta de medida x. Considere que o volume desse cubo
dV
varia conforme a expansão da medida da aresta. Expresse
dx
dx
em termos da taxa de variação .
dt

Resolução:
A expressão do volume em função da medida da aresta é:
V = x3 .
Derivando implicitamente em relação à t, obtemos:
d dx
V = 3x 2 .
dt dt

Exercício 02. Considere que a área de um círculo de raio r se


expande em função do tempo. Determine a taxa de variação da
área do círculo em função da taxa de variação do raio. Ou seja,
dA dr
determine em função de .
dr dt
Suponha que um vazamento de petróleo se expande sobre um
lago atingindo uma área circular. Se o raio de tal mancha
circular cresce a uma razão de 1 metro por segundo, qual será a

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taxa de crescimento da área atingida pela mancha de petróleo


quando seu raio for 30 metros?

Resolução.
Consideramos que a área do círculo de raio r é: A ( r ) = π r 2 .
Consideramos que o raio varie com o tempo, ou seja, r = r (t ) .
Então, pela regra da cadeia tem-se:

dA d
= A( r ) =
dt dt
d
dt
( ) dr dr
π ⋅ [ r (t ) ] = π 2 [ r (t )] = 2π r .
2

dt dt

No caso da mancha de petróleo, tem-se:

dA dr dr
= 2π r , com = 1 e r = 30 , logo:
dt dt dt

dA
= 2π (30)(1) = 60π ≅ 188.5 .
dt

A taxa de variação da mancha de petróleo é de


aproximadamente 188.5 metros quadrados por segundo.

Exercício 03. Considere um quadrado com medida do lado


igual a x. Considere que a medida do lado varia com taxa
constante de 6 cm por segundo. Qual é a taxa de variação da
área quando a mesma tem o valor de 16 cm 2 ?

Resolução:
A expressão da área em função de x é: A = x 2 .
Derivando implicitamente em relação à t, tem-se:
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d dx
A = 2x .
dt dt
dx
O enunciado nos informa que = 6.
dt
Quando a área é de 16 cm2, a medida do lado é x = 4 cm.
Então a taxa de variação da área quando a mesma é 16 cm2 é:
dA
= 2(4)6 = 48 cm2 por segundo.
dt

Exercício 04. Considere que um retângulo tenha lados cujas


medidas variam com o passar do tempo. Admita que a taxa de
variação da medida do comprimento seja de 8 centímetros por
segundo e que a taxa de variação da largura seja de 3
centímetros por segundo. No instante em que o comprimento
for 20 centímetros e a largura for 10 centímetros, qual será a
taxa de crescimento da área do retângulo?

Resolução.
Consideremos que o comprimento seja denotado por a = a(t ) e
que a largura seja denotada por b = b(t ) . A área do retângulo
depende do tempo da seguinte maneira:

A(t ) = a(t ) ⋅ b(t ) .

Sua taxa de variação pode ser determinada pela regra do


produto e pela regra da cadeia:

dA d d
= [ a(t )] b(t ) + a(t ) [ b(t ) ] ⇒
dt dt dt

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dA
= 8 ⋅ b(t ) + a(t ) ⋅ 3 .
dt

Quando a = 20 e b = 10 se tem a taxa de variação:

dA
= 8 ⋅10 + 20 ⋅ 3 = 80 + 60 = 140 .
dt

Então no instante em que as medidas dos lados são 20 e 10


centímetros, a taxa de variação da área é de 140 centímetros
quadrados por segundo.

Exercício 05. Considere que um tanque na forma de um


cilindro está sendo abastecido com água na razão de 3 m3 por
minuto. Considere que o raio do tanque é de 5 metros.
Pergunta-se: Qual é a taxa de variação da altura da lâmina de
água.

Resolução:
O volume de água dentro do tanque pode ser modelado por:
V = π r 2 h , onde h é altura da lâmina da superfície da água e o
raio é igual a 5 metros.

dV
O enunciado informa que = 3 m3/min.
dt
Derivando implicitamente a equação do volume em relação a t
obtemos:
dV dh
= π 25 .
dt dt

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dh dh 3
Então 3 = π 25 ⇒ = ≅ 0, 038 m/min, ou 3,8 cm/min.
dt dt 25π

Exercício 06. Considere que uma esfera de aço está sendo


aquecida e que a taxa de crescimento de seu raio é de 4
milímetros por segundo. Qual será a taxa de crescimento do
volume quando o raio dessa esfera for 80 milímetros?

Resolução.
Consideramos que o volume da esfera dependa do tempo da
seguinte maneira:

4
V (t ) = π [ r (t )] .
3

Podemos determinar a taxa de variação do volume com o uso


da regra da cadeia.

d 4 d 4 2 dr 2 dr
V (t ) = π [ r (t )] = π ⋅ 3[ r (t ) ] = 4π [ r (t )]
3
.
dt 3 dt 3 dt dt

Quando o raio medir 80 mm:

dV
= 4π [80] (4) = 102400π ≅ 321699.08 .
2

dt

A taxa de variação nesse instante será de aproximadamente


321700 milímetros cúbicos por segundo.

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Exercício 07. O autor nos pede para considerarmos a equação


y = 2 x + 1 . Considera-se também que x e y sejam funções
que dependem de uma variável t. Pede-se que sejam
determinados os seguintes itens:
dy dx
a) quando x = 4 e = 3;
dt dt
dx dy
b) quando x = 12 e = 5.
dt dt

Resolução:
Vamos derivar implicitamente em relação a t a expressão do
enunciado.

dy 1 dx dy 1 dx
= (2) ⇒ = .
dt 2 2 x + 1 dt dt 2 x + 1 dt

dx
a) Quando x = 4 e = 3 tem-se:
dt
dy 1 3
= (3) = = 1 .
dt 8 +1 3

dy
b) Quando x = 12 e = 5 tem-se:
dt
1 dx dx
5= ⇒ = 5(5) = 25 .
24 + 1 dt dt

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Exercício 08. Considere a equação 4 x 2 + 9 y 2 = 36 .


dy 1 dx
i) Admita que = . Determine quando x = 2 e
dt 3 dt
2 5
y= .
3
dx dy
ii) Admita que = 3 . Determine quando x = −2 e
dt dt
2 5
y= .
3

Resolução.
Consideramos a seguinte diferenciação em relação a t.
d
dt
( 4 x 2 + 9 y 2 ) = ( 36 ) ⇔
d
dt

dx dy
⇔ 8x + 18 y = 0.
dt dt

i) Tem-se:

dx dy dx 2 5
8x + 18 y = 0 ⇒ 8 ( 2 ) + 18   = 0 ⇒
dt dt dt  3 

dx dx 12 5 3 5
⇒ 16 = −12 5 ⇒ =− =− .
dt dt 16 4

ii) Tem-se:

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dx dy  2 5  dy
8x + 18 y = 0 ⇒ 8 ( −2 )( 3) + 18   = 0 ⇒
dt dt  3  dt

(18)2 5 dy dy 8(2)(3)(3) 8 4
⇒ = 8(2)(3) ⇒ = = = .
3 dt dt (2 ⋅ 9)2 5 2 5 5

Exercício 09. O autor nos pede para considerar a equação


dx dy
x 2 + y 2 + z 2 = 9 . Sabe-se que = 5 e que = 4 . Pede-se
dt dt
dz
para determinar quando se tem ( x, y, z ) = ( 2, 2,1) .
dt

Resolução:
Vamos derivar a equação fornecida em relação à t.

d 2
dt
( x + y 2 + z 2 ) = (9) ⇒ 2x + 2 y + 2z = 0 .
d
dt
dx
dt
dy
dt
dz
dt

dz
Com os dados do enunciado calculamos da seguinte
dt
maneira:
dz dz −20 − 16
2(2)(5) + 2(2)(4) + 2(1) =0⇒ = = −18 .
dt dt 2

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Exercício 10. Considere que uma partícula percorre uma


trajetória, formada por pontos de coordenadas ( x, y ) , modelada
pela hipérbole de equação xy = 8 . Quando a partícula atinge o
ponto ( 4, 2 ) a taxa de variação da coordenada y da posição da
partícula é de 3 cm/s. Nesse instante, qual é a taxa de variação
da coordenada x de sua posição?

Resolução.
Consideramos que x = x(t ) e que y = y(t ) sejam as
parametrizações que fornecem as posições ocupadas pela
partícula.
Derivamos a equação da hipérbole em relação à variável t.

d d  dx   dy 
( xy) = (8) ⇔   y + x   = 0 .
dt dt  dt   dt 

dy
No instante em que ( x, y ) = ( 4, 2) e = 3 tem-se:
dt

 dx   dy  dx dx
  y + x   = 0 ⇒ (2) + (4)(3) = 0 ⇒ = −6 .
 dt   dt  dt dt

A taxa de variação da parametrização x é de −6 centímetros


por segundo.

Exercício 11. O autor nos pede para considerarmos a seguinte


situação. Um avião está voando a uma altitude fixa de 1 milha

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e com velocidade constante de 500 milhas por hora. No


instante t = 0 ele está verticalmente sobre uma estação e radar.
Determine a taxa de variação da distância entre o avião e o
radar quando o avião está a 2 milhas de distância da estação de
radar.

Resolução:
Chamemos de h a distância entre a aeronave e o radar e de x a
distância percorrida pela aeronave após passar sobre o radar.
Associamos, assim, essas medidas h e x, respectivamente, à um
cateto e à hipotenusa de um triângulo retângulo no qual o outro
cateto tem medida 1, identificado com a distância da aeronave
até o radar no momento inicial.
Tal identificação das distâncias com medidas de catetos e de
hipotenusa nos permitem equacionar essas medidas da seguinte
maneira:
12 + x 2 = h2 .
O enunciado nos informa que a taxa de variação de x é:
dx
= 500 .
dt
Quando h = 2 temos: 1 + x 2 = 4 ⇒ x 2 = 4 − 1 ⇒ x = 3 .

A derivada implícita com relação à t da equação 12 + x 2 = h2


nos fornece:

0 + 2x
dx
dt
dh
= 2h ⇒ 0 + 2
dt
( 3 ) (500) = 2 ( 2) dh
dt

dh 1000 3
⇒ = ≅ 433, 012 mi.
dt 4

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Resposta: A taxa de variação da distância entre a aeronave e o


radar quando tal distância é de 4 milhas é de aproximadamente
433 milhas por hora.

Exercício 12. Considere que uma bola de neve de formato


esférico derrete e que a sua superfície decresce a uma taxa de 1
centímetro quadrado por minuto. Determine a taxa de
decrescimento do diâmetro quando ele mede 10 centímetros.

Resolução.
Consideramos que a superfície da bola de neve seja dada pela
equação S = 4π r 2 , e que a medida do raio dependa do tempo
r = r (t ) . Derivamos essa equação em relação a t.

dS d
=
dt dt
( ) dr dr
4π [ r (t ) ] = 4π (2) [ r (t )] = 8π r .
2

dt dt

dS
Sabemos que = −1 , então quando r = 5 tem-se:
dt

dr dr −1
−1 = 8π (5) ⇒ = .
dt dt 40π

dD dr
Como D = 2r tem-se =2 .
dt dt
Assim, a taxa de variação do diâmetro quando este mede 10 cm
dD 1
é igual a =− .
dt 20π

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Exercício 13. Considere que exista uma fonte de luz ideal


(pontual) colocada sobre um poste vertical, com altura de 15
pés. Ou seja, a fonte de luz está a 15 pés de altura. Considere
que um pedestre se afasta do poste andando em linha reta a
uma velocidade constante de 5 pés por segundo. Considere
ainda, que a altura do pedestre é de 6 pés. Determine a taxa de
variação da distância da extremidade da sombra do pedestre até
a base do poste quando o pedestre está a 40 pés do poste.

Resolução:
Chamemos de x a distância entre o poste e a posição do
pedestre e denotarmos por s a distância entre o poste e a
extremidade da sombra do pedestre no chão. Dessa maneira
podemos considerar dois triângulos retângulos, um deles com
catetos identificados com a altura do poste (15) e a medida da
extremidade da sombra até o poste (s) e outro com um cateto
identificado com a altura do pedestre (6) e outro identificado
com a diferença entre a medida da extremidade da sombra até o
poste e a distância entre o poste e o pedestre ( s − x ).

Como esses dois triângulos são semelhantes podemos escrever


15 s
que: = .
6 s−x
Desta igualdade obtemos que:
15 5
15 ( s − x ) = 6s ⇒ 9s = 15 x ⇒ s = x ⇒ s = x .
9 3
Então da última igualdade concluímos que as taxas de variação
de s e de x estão relacionadas como:
ds 5 dx
= .
dt 3 dt

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Não é necessária a informação de que o pedestre esteja a 40


metros do poste. Em qualquer posição do pedestre a taxa de
variação da medida da extremidade da sombra ao poste será
proporcional à taxa de variação de x.

ds 5 25
Assim, nossa resposta é: = 5= pés por segundo.
dt 3 3

Exercício 14. Considere que ao meio dia um navio N1 está a


150 km a oeste de um navio N2. Considere ainda que N1 viaja
para leste a 35 km/h e que N2 viaja para o norte a 25 km/h.
Qual é a taxa de variação da distância entre os navios às quatro
horas da tarde?

Resolução.
Consideremos a distância entre N1 e a posição inicial de N2
denotada pela letra “a”.
Considere a distância entre N2 e a posição inicial de N2
denotada pela letra “b”.
Considere a distância entre N1 e N2 denotada pela letra “h”.

À medida que as horas passam podemos equacionar, usando


Pitágoras:

h2 = a 2 + b2 , ou h(t )2 = a(t )2 + b(t )2 .

Devemos derivar a última equação em relação a t.

dh da db
2h = 2a + 2b . (1)
dt dt dt

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Após quatro horas a distância a é de 10 km e a distância b é de


100 km.

Observamos que as taxas de variação e a e de b são


da db
respectivamente: = −35 e = 25 .
dt dt

Quando a = 10 e b = 100 tem-se h = 100 + 10000 = 10100 .

A equação (1) torna-se:

dh
2 10100 = 2(10)(−35) + 2(100)(25) ⇒
dt

dh −700 + 5000 2150


= = .
dt 2 10100 10100
A taxa de variação da distância entre N1 e N2 às quatro horas é
dh 2150
= km/h.
dt 10100

Exercício 15. Considere que dois carros partem de um ponto


da Terra num instante t = 0 , mas considere a Terra como um
plano (situação ideal). Considere que um dos carros ruma
exatamente para o sul a uma velocidade constante de 60 milhas
por hora e o outro ruma exatamente para o oeste a uma
velocidade de 25 milhas por hora. Pergunta-se: qual é a taxa de
variação da distância entre os carros no instante t = 2 horas.

Resolução:

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Vamos denotar a distância do primeiro carro ao ponto de


partida por x e a distância do segundo carro ao ponto de partida
por y. Denotamos a distância entre os carros por h. Aplicando o
Teorema de Pitágoras obtemos a relação x 2 + y 2 = h2 .

Derivamos implicitamente em relação a t a última equação.

dx dy dh
2x + 2y = 2h .
dt dt dt

dx dy
O enunciado nos informa que: = 25 , = 60 .
dt dt
Decorridas duas horas as posições dos carros são:
x = 2(25) = 50 e y = 2(60) = 120 .
Então: 502 + 1202 = h2 ⇒ h = 16900 = 130 .

Com esses dados podemos escrever:

dx dy dh dh
2x + 2y = 2h ⇒ 2(25)(50) + 2(120)(60) = 2(130) ⇒
dt dt dt dt

dh 2500 + 14400
= = 65 .
dt 260

Resposta: No instante 2 horas a taxa de variação da distância


entre os carros é de 65 km por hora.

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Exercício 16. Considere que um holofote situado no solo


ilumine uma parede situada a 12 m do holofote. Considere que
um homem de 2 metros de altura caminha do holofote para a
parede com uma velocidade de 1.6 metros por segundo. Qual é
a taxa de diminuição da altura da sombra do homem quando
ele está a 4 metros da parede.

Resolução.
Considere a medida da distância entre a posição do homem e o
muro dada pela letra “x”. Considere a altura da sombra
denotada pela letra “h”. Dessa maneira temos a taxa de
dx
variação = −4 m/s.
dt
Temos a semelhança de triângulos:

12 está para h, assim como 12 − x está para 2.

12 12 − x d d
= ⇒ 24 = 12h − xh ⇒ ( 24 ) = (12h − xh ) ⇒
h 2 dt dt

dh dx dh dh dx
0 = 12 − (h) − ( x) ⇒ (12 − x ) = ( h) ⇒
dt dt dt dt dt

dx
( h)
dh dt . (1)
=
dt 12 − x

No instante fornecido tem-se que x = 4 e consequentemente


12 − x = 12 − 4 = 8 .
Os triângulos semelhantes fornecem que:
8 está para 2 assim como 12 está para h.

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8 12
= ⇒ h = 3.
2 h

dx
Na fórmula (1) devemos substituir x = 4 , h = 3 e = −1.6 .
dt

dx
(h)
dh
= dt = (3)(−1.6) = −0.6 .
dt 12 − x 8

Então a taxa de decrescimento da altura da sombra quando o


homem está a 4 metros da parede é de 0.6 metros por segundo.

Exercício 17. Considere que um homem parte de um ponto P


para o norte a uma velocidade constante de 4 pés por segundo.
Após 5 minutos da partida do homem, uma mulher inicia uma
caminhada para o sul a uma velocidade de 5 pés por segundo.
Mas a mulher inicia sua caminhada a partir de um ponto Q
situado a 500 pés a leste de P. Pergunta-se: a que taxa a
distância entre o homem e a mulher está crescendo 15 minutos
depois que a mulher partiu de Q?

Resolução:
Vamos denotar a distância do homem ao ponto P por x, a
distância da mulher até o ponto Q por y, e a distância entre o
homem e a mulher por h. Como 500 é a distância entre P e Q,
usamos o teorema de Pitágoras e concluímos que:
( x + y)
2
+ 5002 = h2 .

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dx dy
O enunciado nos informa que =4 e =5.
dt dt

Após 5 minutos da partida do homem temos:


x = 5(60)(4) = 1200 pés.
Após 15 minutos da partida da mulher as posições são:

x = 15(60)4 + 1200 = 3600 + 1200 = 4800 pés e


y = 5(15)(60) = 4500 pés.

Nesse instante temos: ( 4800 + 4500 ) + 5002 = h2 , logo,


2

h = 86740000 ≅ 9313, 431 .

( x + y)
2
A derivação em relação a t da equação + 5002 = h2
fornece:

d  d
( x + y ) + 5002  =  h2  ⇒
2

dt   dt
dx dy dh
2 ( x + y ) + 2 ( x + y ) = 2h .
dt dt dt

Depois de 15 minutos da partida da mulher vale:

dh
2 ( 9300 ) (4) + 2 ( 9300 )( 5 ) = 2 86740000 ⇒
dt
dh 167400 83700
= ≅ ≅ 8,987 .
dt 2 86740000 9313, 43

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Resposta: A taxa de variação da distância entre a mulher e o


homem 15 minutos após a partida da mulher do ponto Q é de
aproximadamente 8, 9 pés por segundo.

Exercício 18. Considere um campo de beisebol. Ele é


quadrado ABCD com lados de medida 90 pés. Assuma que um
batedor rebate a bola e corre de A para B a uma velocidade de
24 pés por segundo.

i) A que taxa varia a distância do rebatedor ao vértice C quando


ele está no meio do trajeto do lado AB?
ii) A que taxa varia a distância do rebatedor ao vértice D no
mesmo momento do item anterior?

Resolução.
Consideramos o rebatedor no vértice A e medimos a sua
posição à medida que o tempo decorre denotando por “x” a
distância do rebatedor ao vértice A.
i) Depois de um tempo t segundos o rebatedor está na posição x
e se denotarmos a distância dele ao vértice C por h podemos
equacionar, observando o triângulo retângulo:
h 2 = ( 90 − x ) + 90 2 .
2

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Derivamos em relação a t a equação anterior.

dh dx
2h = 2 ( 90 − x ) (−1) + 0 .
dt dt

Dessa equação concluímos que:

dh  dx  1
= (−2) ( 90 − x )  . (1)
dt  dt  2h

Quando o rebatedor está na metade do caminho tem-se x = 45


( 90 − 45 )
2
metros e h = + 902 = 10125 metros. Ataxa de
dx
variação é = 24 .
dt
Substituindo na equação (1) tem-se:

dh 1 1080
= (−2) ( 45) (24)  =− ≅ −10.7 .
dt 2 10125 10125

A taxa de variação da distância até o vértice C é de


aproximadamente −10.7 metros por segundo.

ii) Para a segunda situação, consideramos a distância entre a


posição do rebatedor e o vértice D como h.
Assim temos, pelo triângulo retângulo:

h2 = x 2 + 902 ⇒ h = 8100 + x 2 .

Derivamos a equação anterior em relação ao tempo t.

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dh dx dh  dx  1
2h = 2x + 0 ⇒ = 2x .
dt dt dt  dt  2h

No instante em que o rebatedor está na metade do caminho AB,


tem-se:

dh 1 1080
= [ (2)(45)(24)] = ≅ 10.7 .
dt 2 10125 10125

A distância entre a posição do rebatedor e o vértice D cresce


aproximadamente a uma taxa de 10.7 metros por segundo.

Perceba a simetria da situação. Em relação à terceira base a


distância decresce e em relação à quarta base a distância cresce.
Ambas as taxas são iguais.

Exercício 19. Considere um triângulo cuja altura cresce a uma


taxa de 1 cm por minuto e cuja área cresce a uma taxa de 2 cm2
por minuto. Pergunta-se: qual a taxa de crescimento da medida
da base do triângulo quando a altura é exatamente 10 cm e a
área é exatamente 100 cm2 ?

Resolução:
Vamos denotar a medida da altura por h e a medida da base por
b.
Conhecemos uma relação entre a medida da altura e a medida
da base e a área (A):
1
A = bh .
2
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O enunciado nos fornece as informações:


dh dA
=1 e =2.
dt dt

1
Derivando a equação A = bh em relação a t, obtemos:
2

dA 1 db 1 dh
= h+ b .
dt 2 dt 2 dt

Quando h = 10 e A = 100 temos:


1 200
100 = b(100) ⇒ b = = 20 .
2 10
Substituímos os valores conhecidos na equação anterior.

1 db 1 db 4 − 20 16
2= (10) + (20)(1) ⇒ = =− .
2 dt 2 dt 10 10

No instante considerado, a taxa de variação da medida da base


db
do triângulo tem taxa de variação negativa e igual a = −1, 6
dt
cm/s.

Exercício 20. Considere que um pequeno barco é puxado por


uma corda presa em sua proa. Tal corda passa por uma polia
situada 1 metro acima do engate da proa do barco.

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Considere que a corda é puxada a uma taxa de 1 metro por


segundo. Qual é a taxa de variação da distância do bote ao
ancoradouro quando o barco está a 8 metros do ancoradouro?

Resolução.
Consideramos “x” a distância horizontal entre o barco e o
dx
ancoradouro. Tem-se = 1.
dt
Se o comprimento da corda esticada entre a proa e a polia é
denotada por “h”, então, temos a relação pitagórica:

h2 = x 2 + 12 ⇒ h = 64 + 1 = 65 .

Derivamos a relação em relação a t.

dh dx dx h dh
2h = 2x ⇒ = .
dt dt dt x dt

Quando x = 8 tem-se h = 64 + 1 = 65 .
Então a taxa de variação da distância do barco ao ancoradouro
é:

dx 65 65
= (1) = metros por segundo.
dt 8 8

Exercício 21. Considere que exatamente à meia noite


(0h00min) um barco A está a 100 km a oeste de outro barco B.
Considere que o barco A ruma para o sul a uma velocidade
constante de 35 km por hora. Considere ainda que o barco B
ruma para o norte a uma velocidade constante de 25 km por

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hora. Qual é a taxa de variação da distância entre os barcos às


4h00min?

Resolução:
Chamemos de a a medida da posição de A no tempo t até o
ponto ocupado às 0h00min. Chamemos de b a medida da
posição de B no tempo t até o ponto ocupado às 0h00min.
Chamemos, ainda, a medida da distância entre A e B no tempo
t por h.
Como às 0h00min a distância entre a posição de A e a posição
de B é de 100 km, podemos utilizar o teorema de Pitágoras e
escrever que:
1002 + ( a + b ) = h2 .
2

Quatro horas após a meia-noite, teremos as medidas:

a = 25(4) = 100 km;


b = 35(4) = 140 km;
As velocidades são consideradas como as taxas de variação:
da db
= 35 e = 25 .
dt dt

Nesse instante pelo Teorema de Pitágoras temos:


h2 = 1002 + (140 + 100 ) ⇒ h = 10000 + 57600 = 260 .
2

A derivação em relação à t da equação 1002 + ( a + b ) = h2


2

fornece:
dh  da db 
2h = 0 + 2 ( a + b )  +  .
dt  dt dt 

Com os dados considerados, efetuamos as substituições:


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dh
2(260) = 0 + 2 (100 + 140 )( 35 + 25) ⇒
dt
dh 14400 720
= = ≅ 55,38 .
dt 260 13

A taxa de variação da distância entre as duas embarcações no


instante 04h00min é de aproximadamente 55 km por hora.

Exercício 22. Considere que uma partícula percorre o caminho


πx 
dado pelo gráfico da função y = 2sen   . Quando a
 2 
1 
partícula está no ponto P =  ,1 a coordenada “x” cresce a
3 
uma taxa instantânea de 10 centímetros por segundo. Nesse
instante qual é a taxa de variação da distância da partícula à
origem?

Resolução.
Consideramos que a curva é uma curva parametrizada por
 π x(t ) 
x = x(t ) e y = y(t ) = 2sen  .
 2 

A distância da posição da partícula até a origem relaciona-se


com a parametrização da seguinte maneira:

h(t )2 = x(t )2 + y (t )2 .

Derivamos tal relação em relação à t.

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dh dx dy
2h = 2x + 2 y ⇒
dt dt dt

dh dx  π x π 
2h = 2 x + 2 y  2 cos   ⇒
dt dt   2  2

dh dx πx 
2h = 2 x + 2π y cos   ⇒
dt dt  2 

dh x dx π y πx 
= + cos   .
dt h dt h  2 

1 
Quando a partícula está em P = ( x, y ) =  ,1 tem-se:
3 
1 10 10
h = x2 + 1 = +1 = = .
9 9 3
Então:

1  1
π (1) π  3π π 
dh
dt
= 3 ( )10 + cos  3  = 1 + cos   ⇒
6
10 10  2  10
3 3  

dh 3π 3
= 1+ ≅ 3.58 .
dt 2 10

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A taxa de variação da distância da posição da partícula à


3π 3
origem quando a partícula está em P é de 1 +
2 10
centímetros por segundo.

Exercício 23. Considere um tanque no formato de um cone


com vértice para baixo. Admita que exista água no tanque e
que exista uma drenagem dessa água a uma taxa de 10.000 cm3
por minuto. Admita também que exista um bombeamento de
água para dentro do tanque a uma razão constante. O diâmetro
máximo do tanque é de 4 metros e sua altura, do vértice até o
diâmetro máximo é de 6 metros. Considere que no instante no
qual o nível da água é de 2 metros (a partir do vértice), a taxa
de variação da altura do nível de água cresce a uma taxa de 20
cm por minuto. Determine a taxa na qual a água é bombeada
para dentro do tanque.

Resolução:
Vamos considerar a altura da lâmina de água como h e a
medida do raio da circunferência dessa lâmina de água igual a
r.
Observemos que, por semelhança de triângulos, temos
r h 1
= ⇒r = h.
2 6 3

Então, podemos escrever o volume de água dentro do tanque


como:
2
1 1 1  1
V = π r 2 h = π  h  h = π h3 .
3 3 3  27

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Derivando a equação em relação a t, obtemos:


= π ( 3h 2 ) .
dV 1 dh
dt 27 dt

dV
Consideramos: = q − 10.000 , onde q indica a taxa de
dt
entrada de água no tanque.

1
Assim, q − 10.000 = π (2) 2 ( 20 ) .
9

A taxa de entrada de água no tanque é, quando h = 2 ,


1
q = π (40.000)(20) + 10.000 ≅ 279.252,68 + 10.000
9
Ou seja, a taxa na qual a água é bombeada para dentro do
tanque é:

q ≅ 289.252 cm3 por minuto.

§§§§§

Versão de 23 de junlho. (sem revisão!)

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