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Introdução
1. Flexibilização Curricular
Flexibilizações ou adaptações Curriculares são respostas educativas que devem ser dadas
pelo sistema educacional para favorecer todos os alunos, possibilitando o acesso ao currículo, sua
participação integral e o atendimento às necessidades educacionais especiais. A flexibilização
curricular é algo que se impõe nas reformas curriculares dos cursos de graduação face às
exigências das rápidas transformações socioeconómicas, geopolíticas, culturais e tecnológicas que
vêm ocorrendo na sociedade, com seus desdobramentos gerais e particulares na educação
(OLIVEIRA, 2008:140).
Nesta visão, flexibilizar, adaptar, adequar são termos usados para acessar caminhos para
que o aluno com deficiência obtenha êxito ao ser incluído na escola regular quer nas estratégias,
nos métodos, nos recursos, nas formas e quer ainda nos instrumentos de avaliação, não pode
significar simplificação do currículo, mas garantia que as necessidades, desse aluno, sejam
atendidas em nível de igualdade com os demais companheiros da sala de aula. BLANCO
(2004:291). Nesta perspectiva, a flexibilização curricular insere-se num sentido maior - o combate
aos efeitos desintegradores, anti-democráticos e anti-solidários presentes na sociedade
contemporânea em crise.
Conhecer a proposta curricular do seu grupo de referência (a série/ciclo na qual está inserido).
Para a efectivação das adaptações curriculares sabemos que, além de conhecimento e competência
o professor e a equipe pedagógica da escola, que irão desenvolvê-las necessitarão dispor de
materiais diversos e diversificados, bem como de possibilidade (re) organização do espaço físico,
em determinadas situações.
As adaptações Curriculares podem ser classificadas de acordo com as características dos alunos a
que se destinam:
Quer as adaptações Curriculares de escola, quer de aula, podem ser gerais ou específicas, se se
destinam a todos os alunos ou apenas a alunos com necessidades educativas especiais.
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Podem distinguir-se dois tipos de Adaptações Curriculares, que segundo LANDIVAR (1993:56)
são:
É a natureza de cada um destes factores, que vai determinar o grau de especificidade das
Adaptações Curriculares traduzindo-as em “não significativas” ou “significativas”, quer nas
adaptações de acesso ao currículo, quer nas adaptações dos elementos básicos do currículo.
Segundo LEITE &MARTINS (2010:79) “as adaptações curriculares de grande porte são
da competência e atribuição das instâncias político-administrativas superiores, e exigem
modificações que envolvem acções de natureza política, administrativa, financeira, burocrática”.
Entre tanto, há que se adoptar alguns cuidados rigorosos antes de se indicar a efectivação
de adaptações curriculares de grande porte. É importante que se considere: a real necessidade do
aluno; a relação entre o nível de competência curricular do aluno e a proposta curricular regular; e
o carácter processual do desenvolvimento humano e da aprendizagem, permanecendo aberto para
subsequentes alterações nas decisões tomadas.
De maneira geral, as adaptações curriculares de grande porte serão úteis para atender à
necessidade especial do aluno quando houver discrepância entre suas necessidades e as exigências
do currículo regular, à medida que se amplia a complexidade das actividades académicas, no
avanço da escolarização.
Construção de rampas, barra de apoio, banheiros adoptados para o aluno com deficiência física;
1. 3. Adaptações de Objectivos
Uma criança com deficiência mental geralmente apresenta dificuldades para operar no
nível abstracto. Isso, entretanto, não pode ser justificativa para que se limite a trabalhar com ela
conteúdos básicos, do tipo ensino da discriminação de cores, por anos e anos, mantendo-os como
objectivos praticamente permanentes no plano de ensino para o aluno. Sabemos que há, em cada
linguagem científicos (matemática, ciências, geografia, história) conteúdos que serão importantes
para esse aluno no seu processo de desenvolvimento do maior nível possível de autonomia na
administração de sua própria vida.
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Assim, um aluno com deficiência mental, com 10 anos de idade, deveria estar
frequentando a 4ª classe do Ensino Fundamental, juntamente com as demais crianças dessa faixa
etária.
No plano de ensino para esse nível de escolaridade, encontra-se, por exemplo, como um dos
objectivos, que o aluno aprenda a fazer operações com fracções.
Haverá, dentre alunos com deficiência mental, os que conseguirão dominar muitos dos
itens envolvidos nessas operações. Outros encontrarão maior dificuldade desde os itens iniciais.
Todas essas aprendizagens poderiam constituir objectivos de ensino mais significativos para a
vida do aluno, fazendo da escola um equipamento social mais eficaz na missão de socializar o
conhecimento já produzido pelo homem, e de favorecer o desenvolvimento da cidadania.
A decisão de eliminar o domínio das operações com fracção como objectivo de ensino
para esse aluno não pode, entretanto, ser decisão somente do professor. Ela tem de ser
fundamentada na análise ampla do benefício que poderá representar para o aluno, tendo como
parâmetro amissão da educação. Implica, além disso, procedimentos detalhados e cuidadosos de
tomada de decisão que recomenda a participação de uma equipe de apoio multiprofissional
(PACHECO, 2007:94).
Essa decisão deve ser sempre determinada pela análise crítica de como a escola poderá
melhor cumprir com os objectivos educacionais a que se propõe, aliado ao que for de maior
benefício para o aluno em questão.
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O professor de uma classe poderá ter de trabalhar com um plano de ensino básico para a
classe, e versões um pouco modificadas desse plano de ensino, destinadas a atender a
necessidades especiais de um ou outro aluno, conforme orientação da equipe de apoio (da qual o
professor, também faz parte.)
Haverá casos de alunos cujas necessidades especiais exigirão, para sua satisfação, a
adopção de métodos bastante específicos de ensino. Esses alunos deverão ser orientados por
profissionais especializados.
Uma outra Adaptação de Grande Porte importante, nessa categoria, é a decisão político-
administrativa sobre o número máximo de alunos que uma sala de aula deve comportar.
Levantamentos informais em nossa realidade têm mostrado que o número de 25 crianças (sendo
destes, um máximo de 2 alunos com deficiência) é o ideal, em termos de viabilizar uma
administração competente da classe inclusiva. Entretanto, um número de até 30 crianças permite
um bom trabalho de ensino, respeitado o número máximo de 2 (dois) alunos com deficiência, na
sala. Mais do que isso inviabiliza o acompanhamento individual que o ensino responsável requer.
caso deve ser estudado e onde se deve decidir as adaptações de grande porte que devem ser
implementadas para atender às necessidades especiais nele detectadas.
2. Tarefa: Alunos com Necessidades Educativas Especiais - uma análise do caso nas escolas
Moçambicanas
Prevê-se que as crianças com deficiência frequentem os mesmos ambientes educativos que
as crianças sem deficiências, com tudo, ainda não estão criadas as condições necessárias para este
modelo de ensino torne-se afectivo, assim, as poucas escolas especiais existentes no pais tomam
maior responsabilidade na educação da pessoa especial. Existem, ao todo seis (6) escolas
especiais das quais três (3) atendem a pessoas com deficiência auditiva, duas (2) para pessoas com
deficit de ordem mental e uma (1) visual.
Sugestões
Haja articulação curricular ao nível macro, isto é, disponibilidade de rampas nas escolas,
ampliação das portas, isto para facilitar a transitabilidade dos alunos com deficiência
física;
Haja a formação de técnicos profissionais na área de necessidades educativas especiais;
As escolas devem possuir uma arquitectura virada para atender as crianças com
deficiência dos diversos níveis.
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Conclusão
Depois da consulta de várias obras que tratam assuntos relacionados a observação como método
chegamos a conclusão de que as medidas adaptativas focalizam a diversidade da população
escolar e pressupõem que o tratamento diferenciado pode significar, para os alunos que
necessitam, igualdade de oportunidades educacionais. Desse modo, buscam promover maior
eficácia educativa, na perspectiva da escola para todos.
A actual situação em que se encontram os sistemas educacionais revela dificuldades para atender
às necessidades especiais dos alunos na escola regular, principalmente dos que apresentam
superdotação, deficiências ou condutas típicas de síndromes, que podem vir a necessitar de apoio
para a sua educação. A flexibilidade e a dinamicidade do currículo regular podem não ser
suficientes para superar as restrições do sistema educacional ou compensar as limitações reais
desses alunos. Desse modo e nas actuais circunstâncias, entende-se que as adaptações curriculares
fazem-se, ainda, necessárias.
Para efeito o grupo foi ao encontro das recomendações dadas pelo docente da cadeira de DBIV
que são recolha de informações em obras bibliográficas consideradas científicas e alguns trechos
extraídos em algumas páginas da internet.
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Bibliografia
CORREIA, L. M. Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares. Porto:
Índice
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Introdução................................................................................................................................................3
1. Flexibilização Curricular.....................................................................................................................4
1. 3. Adaptações de Objectivos...............................................................................................................8
Conclusão..............................................................................................................................................16
Bibliografia............................................................................................................................................17