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Equivalência Natural

Se observarmos como funciona a “lei de equivalência de forma” na natureza,


notaremos que não há nada de excepcional aqui. Vemos só o que o nosso
sistema de percepção – por exemplo, o olho – é capaz de captar por
equivalência de forma.
O olho humano enxerga um comprimento de onda numa escala de cores que
vai desde o violeta até ao vermelho. Por isso, somos incapazes de captar um
comprimento de onda mais alta que o violeta, por exemplo, o ultravioleta, a
menos que tenhamos um equipamento apropriado.
A abelha enxerga num comprimento de onda ultravioleta e dessa maneira
localiza flores de distintos tipos. Os mosquitos por sua vez, captam o
comprimento de onda apropriada a eles e assim podem dirigir “um ataque
direto” às nossas veias. A “lei de equivalência de forma” funciona aqui de uma
maneira muito tangível!
Sabemos que a realidade está composta de múltiplas frequências que afetam
nossas vidas mesmo sendo incapazes de percebê-las, como a radiação dos
raios-X ou as ondas de rádio. Se tivéssemos o instrumento apropriado de
captação, capaz de transformar estas ondas num comprimento adequado aos
nossos sistemas naturais de percepção - os ouvidos, olhos, nariz e diversos
sensores de nossos corpos - poderíamos reconhecer a existência destas ondas
no ar.
I: Conceitos Básicos:
“as pessoas são iguais em forma [quando] cada uma ama o que a outra ama e
odeia o que a outra odeia.…
Rabi Yehuda Ashlag, “Introdução ao Zohar”
Por exemplo, se perguntarem a você agora se há alguma transmissão em sua
estação de rádio predileta, você dirá que não pode saber a menos que ligue o
rádio na frequência daquela estação. O que é gerado então pelo rádio?
O aparelho de rádio simplesmente sintoniza a frequência que já se encontra no
ar, inclusive antes de sintonizá-la. Logo converte a mensagem produzida pela
emissora da rádio, de uma frequência de onda que não podemos perceber,
para uma que nossos ouvidos são capazes de captar.
Próximos e distantes
Quando usamos o termo, “próximo”, nos referimos por exemplo, a “tia Andreia
que vive no Rio de Janeiro” ou ao “Thiago, o filho de Vera, a irmã de sua avó”.
Às vezes também usamos este termo para enfatizar a proximidade de idéias
entre nós, como quando ambos cremos que é necessário uma mudança social
no País. Outras vezes, este conceito é usado para expressar a medida do amor
recíproco entre nós; por exemplo, ao pensar e desejar que o outro tenha uma
vida boa e agradável.
Que é então, a proximidade espiritual?
A equivalência de forma espiritual
No mundo espiritual, como no corporal, funciona a lei da equivalência de forma,
só que no mundo espiritual não se fala de igualdade de frequências ou ondas e
sim de uma semelhança ou diferença de intenções. No mundo espiritual são
medidas somente as “intenções” (os pensamentos).
A natureza do homem é pensar em si mesmo e em seu próprio proveito,
apesar da Força Superior que ativa e dirige nossas vidas e toda a realidade,
atuar só por amor; para dar, outorgar.
Assim, no plano espiritual existe uma inversão entre o ser humano e a Força
que dirige nossas vidas.
Portanto, se nosso desejo é conhecer e entender o Governo sobre este mundo
teremos que adquirir o atributo de outorgamento. Ao seguir pensando só em
nós mesmos e em nosso beneficio pessoal, não poderemos saber as causas
do que ocorre ao nosso redor e em nosso interior, já que continuaremos num
estado oposto ao da Força Superior.
Somente se encontrarmos a maneira de elevarmo-nos acima de nosso
egoísmo, libertando-nos da auto-preservação alcançaremos a medida de
equivalência de forma, como nossos sábios disseram: “Assim como Ele é
misericordioso, também tu serás misericordioso, assim como Ele é piedoso,
também tu serás piedoso…”.
Assim penetraremos num mundo novo, de amor, outorgamento e
generosidade.
Consequentemente iremos experimentar o bem e a felicidade; a Meta principal
da Criação!
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Fonte:
Livro - A Voz da Cabala Págs. 34/36 – Rav. Michael Laitman.

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