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Lettres à l'Alchimiste
A Vibração

Quando uma criança é gestada, sua primeira percepção a se


desenvolver, nos dizem, é a audição. Ela é capaz de ouvir a voz de sua
própria mãe e reconhecê-la. Essa pequena vida que ali se desenvolve
na 25ª semana já tem este sentido plenamente desenvolvido. Ao
nascer, reconhece sua mãe e seu pai principalmente pelo som de suas
vozes, assim se confortando e se sentindo segura. A vibração, o som,
já é reconhecido para identificar sua família e os entes mais próximos
e instintivamente reage a modulações dos tons de voz e à harmonia
da outra pessoa, podendo assim pressentir o perigo. Mesmo nosso
equilíbrio interno está relacionado ao sentido da audição, o chamado
sistema vestibular ou labirinto, que atua informando o cérebro sobre
aceleração, velocidade, gravidade, localização, etc. Talvez por isso os
antigos em suas meditações definiram tanto o verbo quanto o som ou
a vibração como princípio da criação.

Os nossos sentidos necessariamente afetam a forma como


percebemos o mundo que nos rodeia, ou seja, o universo, o
Macrocosmo e consequentemente o mundo que nós somos, o imperfeito
Microcosmo. Mundos que jamais podem ser separados um do outro. E
como nos ensina o “Método Platônico”: é necessário um exame geral do
conjunto do Universo para compreender o mundo particular. Ou seja,
a relação do homem com seu ambiente. Não é por acaso que a
sabedoria popular nos diz: “Diga-me com quem tu andas que te direi
quem és”, já que sempre buscamos estar próximos àqueles que possuem
vibração similar. Nesse caso, atraímos o que nos é similar. É uma lei
de afinidades, como a ressonância que percebemos na nota de um
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instrumento musical com a mesma afinação. E nisso atua um sentido
oculto que nos faz, como uma criança, nos sentir bem com quem
temos afinidades, ou melhor, nos harmonizamos. Todas as coisas
vibram, e os cinco sentidos ordinários percebem essas vibrações
dentro da faixa de seu limite de percepção.

Ao compararmos a capacidade de nossos cinco sentidos com a de


alguns animais, é fácil perceber que apesar de ambos portarem
corpos com certa similaridade, não é difícil que um animal tenha
percepções muito superiores à nossa. Um morcego, por exemplo, que se
guia somente por sua audição e isso em voo, o som que ele emite (e ele
sabe qual é o seu próprio som) se choca contra os objetos e
ricocheteia de volta a ele, assim sabendo onde se encontram os
obstáculos para seu voo, podendo então voar na mais completa
escuridão sem necessidade de sua visão. Um cão ouve o som do veículo
de seu dono a uma distância impressionante, e sua capacidade olfativa
é tão reconhecida que comumente trabalham como cães policiais. Uma
águia, ou uma coruja, enxergam uma pequena presa a uma distância
enorme.

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O que ocorre é que temos uma faixa sensorial limitada que nos permite
perceber muito pouco do mundo em que vivemos. No espectro da nossa
visão, por exemplo, calcula-se que percebemos apenas 1/70 de toda a
onda do espectro da luz.

Mesmo assim, de alguma forma, sentimos certas sensações que não


estão ligadas diretamente aos cinco sentidos vulgares. Existem
lugares, objetos, coisas que absorvem e, analogamente ao ímã, atraem
energias similares, como um metal consagrado a um determinado
planeta que a ele é simpático, recebendo sua força e atraindo a si
forças similares. Toda a arte mágica se baseia nesta lei, conhecida
como “magnetismo”, sobre isso não diremos mais nada no momento.
Mas, retornando ao ponto. Todos nós em algum momento fomos a um
local que imediatamente não nos fez sentir bem, e mesmo assim,
dentro de nós sentimos um ímpeto de abandonar tal lugar. O mesmo
ocorre com algumas pessoas que entramos em contato, há uma
sensação horrível de estar próxima a pessoa e sentimos uma sensação
ruim que se estende além do plano físico. Cremos que é coisa de nossa
imaginação. Mas observe uma criança ainda muito nova quando uma
pessoa estranha se aproxima ou lhe pega e ela reage querendo seus
pais. Acontece que às vezes a pessoa não é uma má pessoa, mas sua
energia não está
compatível naquele
momento por
algum motivo.
Porém, existem
pessoas que sua
energia é
constantemente
ruim, sempre nos
causam mal estar
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e inconscientemente nos esforçamos para nos vermos livres dela o
mais rápido possível, algo comum em pessoas que sentem necessidade
de serem reconhecidas a todo o tempo.

O oposto também é real, nos sentimos tão bem com algumas pessoas
ou em lugares que não queremos mais sair dali ou se afastar da
companhia dela, e às vezes, até temos a sensação que conhecemos tal
pessoa há muito tempo. Este é um sentido oculto, às vezes chamado de
intuição, que deve ser treinado e
utilizado, devido a sua imensa
utilidade. Ele nos ajuda a sentir o que
é chamado nas pessoas de aura, ou o
campo magnético que circunda a
pessoa. Uma aura percebe e pode se
conectar a de outra pessoa até
mesmo a distância, ou sentir repulsa
de uma pessoa ou um lugar que possui
uma “aura”, ou melhor, um campo
magnético criado pelas pessoas que ali
frequentam. Nesse sentido
percebemos por que um local de
meditação e verdadeiramente de
oração nos faz sentir bem e calmos.

Já os verdadeiros adeptos treinam


sua visão, sua audição e demais sentidos para perceber além da faixa
comum que estamos acostumados. As estranhas sensações com
pessoas e lugares se tornam um verdadeiro sentido. Trabalham
exercitando essa e suas demais percepções como um praticante de
musculação treina seus músculos para suportar maiores cargas. Ou
seja, seus sentidos são treinados todos os dias para perceberem o
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“oculto”. O que comumente é chamado de Aura das pessoas e o mundo
além do físico passa a ser uma realidade.

Opostamente ao que se acredita pela ciência oficial, os antigos magos


estabeleceram uma relação do som, o planeta e a cor, constatando
através da autêntica clarividência que a cor da aura das pessoas era
análoga à cor que conseguiam perceber dos planetas e relacionaram:

● Dó – Saturno – Preto ou muito escuro;


● Ré – Júpiter – Azul;
● Mi – Marte – Vermelho;
● Fá – Sol – Amarelo;
● Sol – Mercúrio – Mistura de Cores;
● Lá – Vênus – Verde;
● Si – Lua – Branca, Algumas tradições relacionam a ela o Violeta e
o índigo;

Assim, uma pessoa com aura vermelha indica que, em seu sentido
positivo, possui uma grande força e impulso. Quanto mais claro esse
vermelho, mais positiva é essa pessoa. Já em sentido negativo, é
escravo da ira, perverso e com tendências a resolver tudo à força,
chegando até mesmo ao derramamento de sangue. A aura desse tipo
tende ao marrom e caminha para o negro, que, como é de
conhecimento na astrologia, possui muita afinidade e tendências a se
ligarem. A aura vermelha, no geral, se relaciona a generais e militares.

A pessoa de aura escura ou negra é acometida por uma grande frieza


ou doença muito grave. Uma pessoa que consiga viver com essa aura
demonstra total falta de evolução e extremo egoísmo. Muitos possuem
traços negros na aura que não necessariamente compõem toda a
aura da pessoa. Já o amarelo indica grande espiritualidade, é
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comumente encontrado entre os verdadeiros religiosos ou místicos, e
quanto mais dourado for o amarelo, mais espiritual é a pessoa. Sua
parte negativa indica orgulho e covardia e normalmente é um amarelo
degradado já beirando um alaranjado denso. E assim por diante. Um
bom manual de astrologia clássica (somente com os 7 astros),
somado à inteligência e à capacidade de analogia, já nos dá uma boa
ideia de como interpretar a aura.

A tabela de notas que adicionamos para termos uma ideia da


frequência vibracional é retirada das harmonias de Pitágoras. Notem
que as cores muitas vezes mudam de acordo com a cultura, porém
usaremos a lógica da cultura cabalista e astrológica ocidental, e
mesmo ela pode variar de acordo com a escola iniciática, mas em
geral, as escolas mais tradicionais adotam e a comprovam através de
seus clarividentes (pessoas com capacidade de enxergar além da faixa
comum humana).

A aura da pessoa pode variar de períodos, e existem misturas de suas


cores, e comumente, quanto mais densas as cores, mais materialistas
e negativas são essas pessoas. Não esquecer jamais que os sete
planetas têm sempre duas representações, uma positiva e outra
negativa.

Experimente acreditar em sua intuição e, ao entrar em um ambiente


ou se encontrar com uma pessoa desconhecida, respeite sua sensação;
perceberá que acertará a maioria dos casos. Somente temos que ter
um grande cuidado para que não haja interferência de pré-conceitos,
dogmas e coisas do gênero. Também avalie como está se sentindo no
momento, pois podemos estar incompatíveis com o local e com as
pessoas, o que poderia nos levar ao erro. O verdadeiro Mago tem um
poder magnético em sua aura que normalmente impele aos demais o
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In Hoc Signo Vinces
desejo de ficar próximos dele, mesmo que nosso julgamento intelectual o
ache misterioso e incomum. Analogamente, é como o Sol, relacionado à
Aura Amarelo Dourada, que magneticamente incitam os planetas a
girar ao seu redor. Afirmamos que um mago de verdade é muito raro,
principalmente em nossa atual cultura ocidental e até mesmo oriental.

“A força magnética é o mesmo que o etérico do corpo humano, o


mesmo que a aura do corpo humano. O etérico é apenas a
manifestação externa das forças magnéticas do corpo.” — nos diz
Lobsang Rampa, e concluímos afirmando que atraímos para nós todas
as coisas que compõem nossa vida conforme nossa própria vibração.

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