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Lettres à l'Alchimiste
O Viajante
Tais foram as palavras do velho para aquele que aspirava viajar pelos
diversos mundos da natureza. Essa pequena alegoria que nos convida
a iniciar uma viagem para um mundo muito mais vivo e interessante
que o mundo comum, para conhecer um mundo ignorado pelas massas,
mas apreciado por todos os antigos sábios, que com suas luzes
deixaram pistas para que pudéssemos encontrá-los. Mas por que
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In Hoc Signo Vinces
seguir este caminho que muitos disseram ser árduo e cheio de
dificuldades? Quem seria o louco de trilhá-lo indo contra todos os
convencionalismos? Ou até mesmo o que é esse caminho e aonde ele
leva? Ninguém sai em uma viagem que não sabe o destino.
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In Hoc Signo Vinces
A pedra filosofal tem diversos nomes e formas, muitas vezes era
chamada de “Pedra dos Sábios”, possivelmente se referindo à
passagem do grande iniciador, “O verdadeiro Sábio edifica sua casa
sobre a pedra. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os
ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus
alicerces na pedra.” O Sábio constrói em si seu conhecimento
baseado em seu autoconhecimento, em sua viagem para dentro de si,
de sua terra filosofal, aquele que ignora isso, sempre será equiparado
ao insensato que realiza sua construção sem alicerces na pedra, na
pedra de ângulo dos antigos construtores do templo do sábio e justo
Salomão.
Por este motivo é importante que observemos como pensamos, se são
pensamentos impostos ou pensamentos reais que desenvolvemos por
nós mesmos, como nossa mente reage ao se deparar com algo que
temos aversão? Como manipulam nossos sentimentos, como se
processam sentimentos de alegria ou raiva. Observar como agimos,
gesticulamos e nos comportamos quando estamos num determinado
ambiente. Essa busca é necessária para nos conhecermos e
excluirmos o falso e o duvidoso de dentro de nós mesmos. Esse é o
princípio elementar desse caminho.
Um antigo sábio chamado Monoimus que viveu entre 150 a 200 d.C.
afirmou: "Abandone a busca de Deus, a criação e outras questões
similares. Busque-o tomando a si mesmo como o ponto de partida.
Aprenda quem dentro de você assume tudo para si e diga: ‘Meus Deus,
minha mente, meu pensamento, minha alma, meu corpo’. Descubra as
origens da tristeza, da alegria, do amor, do ódio… Se investigar
cuidadosamente essas questões, você o encontrará em si mesmo”.
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