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SISTEMA NORMATIVO CORPORATIVO

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

CÓDIGO TÍTULO VERSÃO

ES.DT.PDN.03.01.002 PROJETOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA PRIMÁRIA 01

APROVADO POR VIGÊNCIA

INÍCIO FIM
PAULO JORGE TAVARES DE LIMA – ENGENHARIA – SP
26/02/2016 26/02/2018
TÍTULO CÓDIGO VERSÃO

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PROJETO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA PRIMÁRIA
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TÉCNICA 26/02/2016 26/02/2018

SUMÁRIO
1. OBJETIVO ..............................................................................................................................................................3
2. HISTÓRICO DAS REVISÕES ....................................................................................................................................3
3. APLICAÇÃO ...........................................................................................................................................................3
4. REFERÊNCIAS EXTERNAS .......................................................................................................................................3
5. DEFINIÇÕES ..........................................................................................................................................................3
6. DESCRIÇÃO E RESPONSABILIDADES ......................................................................................................................5
6.1. Introdução ....................................................................................................................................................5
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6.2. Classificação do Projeto ................................................................................................................................5
6.3. Roteiro de Elaboração dos Projetos ..............................................................................................................6
6.4. Determinação da Demanda ........................................................................................................................ 11
6.5. Critérios para o Traçado e o Seccionamento da Rede Primária ................................................................... 14
6.6. Escolha de Condutores e Análise do Carregamento da Rede ...................................................................... 15
6.7. Balanceamento das Fases ........................................................................................................................... 16
6.8. Proteção Contra Sobrecorrente .................................................................................................................. 17
6.9. Compensação de Reativos .......................................................................................................................... 18
6.10. Regulação de Tensão .................................................................................................................................. 20
6.11. Proteção Contra Sobre Tensões .................................................................................................................. 20
6.12. Escolha de Postes e Estaiamentos ............................................................................................................... 21
6.13. Fly-tap ......................................................................................................................................................... 25
7. REGISTROS DA QUALIDADE ................................................................................................................................ 25
8. ANEXOS .............................................................................................................................................................. 25

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1. OBJETIVO
Fornecer subsídios aos colaboradores e projetistas para elaboração de projetos executivos e adequação da rede
aérea de distribuição primária, definindo também as condições de projeto para conexão de novos clientes na área
de concessão da EDP Bandeirante.

2. HISTÓRICO DAS REVISÕES


Revisão Data Responsáveis Seções atingidas / Descrição
01 26/02/2016 Elaboração: Edson Yakabi Emissão inicial.
Aprovação: Paulo Jorge Tavares de Lima
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3. APLICAÇÃO
Aplicam-se a EDP Bandeirante na elaboração de projetos de Rede. Outras condições não especificadas nesse
documento seguirão as definições já estabelecidas.

4. REFERÊNCIAS EXTERNAS
Para a aplicação deste documento, deverão ser consultadas também as seguintes normas e resoluções em sua última
revisão:
NBR 11873 Cabos cobertos com material polimérico para redes de distribuição aérea de energia
elétrica fixados em espaçadores, em tensões de 13,8 kV a 34,5 kV

NBR 13570 Instalações elétricas em locais de afluência de públicos – Requisitos específicos


NBR 14039 Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV
NBR 15688 Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores nus
Resolução Nº 414 da Resolução Nº 414 de 09 de setembro de 2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica
ANEEL
Modulo 8 (PRODIST) Modulo 8 da Resolução Nº 395 de 2009 da Agência Nacional de Energia Elétrica

5. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Especificação Técnica, adotar as definições abaixo:

Cliente Pessoa física ou jurídica ou comunhão de fato ou de direito legalmente representada,


que quando solicita a Concessionária o fornecimento de energia elétrica assume
todas as obrigações regulamentares e/ou contratuais.

Concessionário de Pessoa jurídica detentora de concessão federal para explorar a prestação de serviços
Energia Elétrica públicos de energia elétrica, aqui representada pela EDP Bandeirante.

Curvas Típicas Curvas de carga horárias estratificadas por nível de tensão, faixa de consumo e classe
do consumidor, para conversão da energia faturada ou medida em demanda máxima
horária.

Demanda Valor da potência, em kVA, requisitada por uma determinada quantidade de carga
instalada, depois de aplicados os respectivos fatores de demanda.

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Demanda Máxima Maior de todas as demandas ocorridas durante certo período.

ET Estação Transformadora, constituída de um ou mais transformadores de distribuição


aéreos, dos quais se derivam os circuitos secundários.

ETD Estação Transformadora de Distribuição – Subestação da EDP Bandeirante que


recebe as Linhas de Distribuição na tensão de 88 kV ou 138 kV e fornece às redes de
distribuição na tensão de 34,5 kV ou 13,8 kV.

Estação do Sistema de Distribuição: São estações atendidas no nível de tensão de


ESD
34,5 kV ou 13,8 kV que têm por finalidade suprir o sistema de distribuição
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adequando o nível de tensão de distribuição e ampliar o número de alimentadores.

KVAN Potência nominal de um transformador.

KVAS Estimativa de demanda máxima de um transformador obtida através de uma função


estatística relacionando a energia consumida e a demanda.

KVAT Potência que corresponde ao limite término de um transformador operando em


regime não contínuo.

Orla marítima Faixa litorânea que tem aproximadamente 5 km de largura em relação ao mar, na
qual há elevado índice de deposição de cloreto de sódio nos matérias e
equipamentos da distribuição.

Ponto de entrega É o ponto de conexão do sistema elétrico da Concessionária com as instalações


elétricas da unidade consumidora, caracterizando-se como o limite de
responsabilidade do fornecimento de energia elétrica, sendo que o mesmo deve
estar situado no limite com a via pública, conforme artigo 14, da Resolução
Normativa Nº 414, da ANEEL.

Ramal de ligação Conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de derivação da rede
de distribuição secundária da Concessionária e o ponto de entrega.

Rede Primária Conjunto contínuo de elementos de rede que são energizados a partir de uma ETD
ou ESD.

Rede Secundária Componente do sistema de distribuição energizada pelos secundários dos


transformadores de distribuição.

Sistema de distribuição Parte do sistema de potência destinada ao transporte de energia elétrica a partir do
de média tensão barramento secundário de uma subestação até os pontos de consumo.

Tensão nominal de É a tensão de distribuição em frequência nominal de 60 Hz, fornecida pela EDP
fornecimento Bandeirante.

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6. DESCRIÇÃO E RESPONSABILIDADES

6.1. Introdução
Com o roteiro de elaboração dos projetos e procedimentos de cálculo e coleta de dados, pretende-se uniformizar
a metodologia de projeto dentro da EDP Bandeirante.
Devido ao grande número de clientes e abrangência física da rede de distribuição primária, as intervenções são
efetuadas em números elevados, correspondendo por parcela fundamental dos esforços da EDP Bandeirante.
Pelos motivos expostos é necessário que os projetos sejam executados cuidadosamente segundo critérios e
metodologias que possibilitem a obtenção de desempenho adequado e custos globais reduzidos ao longo prazo.
O critério básico a ser adotado é o de procurar abordar o projeto a ser executado de maneira global, sendo a
rede de distribuição primária englobada como parte integrante do sistema de distribuição. Portanto, sempre que
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possível, o projeto de um circuito primário deve ser elaborado completo, visando atendimento de solicitações
futuras, mesmo que em curto prazo possa ser necessário a execução de apenas uma parcela da obra prevista, à
medida que as solicitações subsequentes forem recebidas, novas etapas da obra serão executadas
proporcionando um crescimento racional à rede.
Outro aspecto do enfoque global proposto, é que um projeto completo deve abordar todos os problemas
identificados no trecho abrangido. Por exemplo, ao se efetuar uma substituição de condutor, deve-se proceder
obrigatoriamente o balanceamento de fases, padronização de estruturas e outras atividades necessárias, sendo
evitadas intervenções sucessivas no mesmo circuito.

6.2. Classificação do Projeto


Com o objetivo de sistematizar procedimentos, os projetos de redes aéreas de distribuição primária são divididos
nas seguintes categorias:
▪ Projetos de ampliação (Extensão de rede);
▪ Projetos de melhoria;
▪ Projetos de redes novas (Incorporação de rede);
▪ Projetos de reforma de rede;
▪ Projetos de modificações ou remoção de rede;
▪ Projetos de alimentadores e Ramais.
6.2.1. Projetos de Ampliação (Extensão de rede);
São trechos da rede de distribuição construída a partir do ponto de conexão com o sistema elétrico existente,
onde tem início a ampliação, visando possibilitar a efetivação de uma ou mais ligações simultâneas.
Nota: A construção de novos trechos para interligações de alimentadores ou com outras finalidades de
natureza operacional, não se considera como extensão.
São classificados como projetos de ampliação de redes, aqueles onde ocorram:
– Troca de condutores;
– Troca de transformadores;
– Criação de redes novas.
6.2.2. Projetos de Melhoria
São aqueles que têm por objetivo a melhoria da qualidade do fornecimento de energia elétrica e segurança
aos clientes da rede primária, bem como a padronização de estruturas e componentes.
São obras que se caracterizam por modificações nas instalações existentes ou construção de novos trechos
com a finalidade de se obter condições operacionais adequadas.
Estas condições tanto envolvem aquelas de natureza elétrica (continuidade, confiabilidade, regulação de
tensão ou perdas) como de natureza econômica (custo operacional, energia não suprida etc.).
São classificados nessa categoria os projetos que objetivam:
– Balanceamento de fases;
– Melhoria de nível de tensão;

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– Melhoria da continuidade de serviço, através do estudo da proteção e do remanejamento de blocos


de carga;
– Substituição de estrutura e/ou materiais que se encontram em estado precário (projetos de
manutenção);
– Substituição de estruturas e/ou materiais que se encontram fora de padrão;
– Melhoria da configuração dos circuitos.
– Interligações para manobras;
– Instalação de reguladores de tensão, religadores eletrônicos, seccionalizadoras monofásicas, bancos
de capacitores.
6.2.3. Projetos de Conexão Redes Novas (Incorporação de Rede)
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São aqueles que visam à ligação de novos clientes ou novos empreendimentos.
Os projetos de conexão podem indicar a necessidade de serem elaborados projetos de ampliação
(principalmente extensões ou reforços na rede).
6.2.4. Projetos de Reforma de Rede
Projetos para substituição parcial de redes existentes, por motivos de segurança, obsoletismo, condições
críticas da qualidade de serviço, saturação ou adequação das instalações ao meio ambiente.
– Remanejamento de linhas e redes;
– Troca de componentes deteriorados;
– Troca de equipamentos defeituosos.
6.2.5. Projetos de Modificações ou Remoção de Rede
São aqueles que visam especificamente para atendimento a clientes ou para adequação as exigências
urbanas.
6.2.6. Projetos de Alimentadores e Ramais
São aqueles que objetivam a regulamentar os alimentadores e que podem ser:
– Alimentadores expressos não exclusivos, para atender prioritariamente cargas significativas em
áreas industriais ou mesmo para alimentar cargas especiais, como fornos elétricos e motores de alto
desempenho;
– Alimentadores que irão energizar as redes de distribuição urbanas a partir das subestações
abaixadoras;
– Alimentadores que possibilitarão a energização de localidades onde não existe subestação;
– Alimentadores propostos para aliviar ou dividir cargas de circuitos sobrecarregados com demanda
próxima de sua capacidade térmica ou com queda de tensão elevada.

6.3. Roteiro de Elaboração dos Projetos


Na primeira fase procura-se determinar as características do projeto: projetos existentes, mapas, circuitos
existentes nas proximidades, topografia do local e plantas da área.
Deve ser contemplada nos levantamentos dos dados preliminares a premissa de utilização do CHI (Cliente Hora
interrompido ou Quantidade de Clientes Desligados) para aplicação do tipo de mão de obra a ser orçada (linha
viva ou linha morta). Deve ser considerado também o perfil de clientes prioritários (hospitais, órgãos públicos,
presídios, indústrias e outros).
Durante a obtenção dos dados de carga, efetuar um levantamento das cargas da área, atuais e futuras, visando
obter as demandas e correntes.
Na etapa de elaborarão do projeto básico, as principais atividades efetuadas são o lançamento das informações
anteriormente obtidas, determinação do traçado da rede, escolha dos tipos de condutores e o dimensionamento
dos transformadores e condutores.

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A fase final do projeto consiste no detalhamento do projeto básico, envolvendo as seguintes etapas: inspeção de
campo, determinação do local a serem instalados os postes, dimensionamento mecânico e dimensionamento
elétrico.
6.3.1. Obtenção dos Dados Preliminares
A obtenção dos dados preliminares é o primeiro passo dentro do processo de elaboração do projeto de redes
de distribuição primária.
Esta fase pode ser subdividida em três etapas:
– Projetos de ampliação;
– Projetos de melhoria;
– Projetos de conexão.
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A. Projetos de Ampliação
Originam-se, na maior parte dos casos, do Plano de Obras de Distribuição, através de um diagnóstico do
sistema. O objetivo básico é o atendimento ao mercado, seja através do aumento de carga de clientes
existentes ou da ligação de novos clientes. Podem ser originados também pela necessidade de melhoria
da qualidade de serviço (detectada pelo nível de tensão de fornecimento ou pelos valores de DEC e FEC),
ou pela necessidade de maior segurança e flexibilidade.
B. Projetos de Melhoria
São em geral motivados por: reclamações de Clientes (tensão ou continuidade), inspeções para
manutenção corretiva, medições (tensão, balanceamento de fases), relatórios de gerenciamento ou
relatórios de circuitos críticos. No caso das reclamações de Clientes é recomendável que sejam
confirmadas por medições.
C. Projetos de Conexão
São originados pelas solicitações dos Clientes.
Nesta etapa preliminar, após a identificação do tipo de projeto a ser executado, é indispensável uma análise
de outros processos que estejam ocorrendo e afetem a área de estudo.
Em projetos de rede que abrangem áreas de grande extensão, é interessante observar os planos e projetos
governamentais para arruamentos e uso do solo, devendo ser realizado uma consulta à Prefeitura local. Da
mesma forma, devem-se consultar os órgãos competentes (CONDEPHAAT, IBAMA e Secretarias do Meio
Ambiente) para as áreas que incluam partes de florestas ou patrimônios históricos e artísticos. Além de
verificar se existem outros projetos que afetem o atual, no caso de ampliação ou de melhoria, é necessário
que se obtenha a planta cadastral dos circuitos envolvidos, ou da parcela importante, com os respectivos
relatórios de desempenho (continuidade e tensão). No caso dos projetos de conexão, além de se obter a
planta cadastral do circuito ao qual será conectada a nova instalação transformadora, deve-se verificar a
existência de outros pedidos de estudo na mesma área ou mesmo de outros projetos.
Deve se obter também os seguintes Mapas e dados cadastrais:
– Plantas básicas e com redes de distribuição, referenciadas ao sistema de coordenadas UTM SIRGAS
2000 23m com a indicação bem clara da direção do Norte Geográfico, seja através de seta, seja
através de quadrículas de coordenadas UTM;
– Para núcleos habitacionais ou loteamentos, obter cópias das plantas com a dimensão dos lotes e
arruamento, inclusive o levantamento topográfico da área com as Prefeituras Municipais ou firmas
loteadoras, devidamente assinadas por engenheiro competente;
– Para alimentadores, obter o projeto unifilar.
6.3.2. Obtenção dos Dados de Carga
– Para se obtiver ou previr o carregamento dos equipamentos da rede primária, é necessário levantar
as características das cargas elétricas do sistema e utilizar softwares homologados de fluxo de carga.
As fontes de dados são as informações colhidas junto aos Clientes de maior porte, as medições na
rede, os relatórios do sistema de gerenciamento e relatórios de faturamento.

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São possíveis quatro casos:


– Clientes existentes;
– Clientes futuros;
– Cargas especiais.
– Empreendimentos imobiliários
A. Clientes Existentes
Localizar em planta todas as instalações transformadoras, anotando os seguintes dados:
1) Categoria de consumo e ramo de atividade;
2) Horário do funcionamento, período de demanda máxima e sazonalidade;
3) Demanda máxima registrada ou estimada (Curvas Típicas);
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4) Potência instalada (transformadores);
5) Possibilidade de acréscimo de carga.
B. Clientes Futuros
Indicar em planta a provável localização das novas instalações transformadoras, anotando:
1) Categoria de consumo e ramo de atividade;
2) Potência instalada (cargas e transformadores);
3) Horário previsto de funcionamento;
4) Estimativa de demanda máxima e horário provável, efetuada pelo Cliente;
5) Previsões de acréscimo de carga efetuada pelo Cliente.
C. Cargas Especiais
Caso os Clientes, atuais ou futuros, desejem efetuar a ligação de cargas que possam causar oscilações de
tensão significativas na rede, os pedidos devem ser analisados conforme os Padrões Técnicos de
atendimento aos Clientes primários. São exemplos de cargas especiais:
1) Fornos elétricos a arco ou de indução;
2) Motores de grande porte ou com carga oscilante;
3) Retificadores e equipamentos de eletrólise;
4) Máquina de solda;
5) Aparelhos de raios X.
Os dados de carga permitem que seja determinada a demanda passante nos troncos e ramais.
D. Empreendimentos Imobiliários
1) Grau de urbanização
2) Área dos lotes
3) Tipo provável de ocupação (interesse social, alto padrão)
4) Perspectiva de crescimento
5) Relação de carga por unidade de fornecimento
6) Demanda diversificada
7) Demanda total
6.3.3. Levantamento de Campo
O projetista deve fazer o levantamento de campo através de análise dos dados existentes, fazendo-se
simultaneamente à viabilidade do projeto.
– Confrontar dados do cadastro com o real encontrado em campo, verificando as redes primária e
secundária, clientes existentes, faseamento, postes, estais, transformadores e demais situações que
possam influenciar na análise. Havendo divergência entre físico e cadastro, deve-se providenciar a
atualização das informações no SIT;

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– Avaliar o estado físico dos materiais (postes, cruzetas, cabos, ramais de ligação, conexões e demais
instalações);
– Avaliar os consumos (kWh) das cargas, convertendo em demanda conforme as Curvas Típicas
vigentes, apurando casos onde consumos mensais resultam em demandas elevadas, caracterizados
por atividades de baixo fator de carga. Por exemplo, as cargas especiais: motores de bombas d’água,
máquinas de solda, residências com oficinas;
– Analogamente ao supracitado, avaliar os consumos mensais elevados que não resultam em
demandas elevadas, provocados por atividades de alto fator de carga;
– Observar as construções em andamento, terrenos vagos, perfil de renda dos Clientes existentes,
mudança de padrão e/ou tipo de construções, tais como de residências para comércio, de residências
para edifícios de uso coletivo e demais situações;
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– Verificar a existência de equipamentos de terceiros nos postes da concessionária, identificando sua
propriedade (Companhias Telefônicas, TV a Cabo, entrada subterrânea, semáforos e demais
instalações);
– Verificar a existência de cargas que causam perturbação nas redes de distribuição, tais como:
motores acima de 5 CV, Raio X, máquina de solda, máquinas injetoras de plásticos, forno a arco e
cargas à revelia;
– Verificar a existência de árvores, marquises, fachadas, sacadas, acidentes geográficos e a topografia
do local;
– Verificar o tipo e a largura do passeio onde se irá propor instalação, retirada, ou reinstalação de
postes, estruturas e aterramentos, prevendo a recomposição do passeio e escolhendo as estruturas
que possibilitem a manutenção dos afastamentos mínimos entre rede elétrica e construções;
– Verificar a existência de construções subterrâneas, tais como redes de água, esgotos, águas pluviais,
redes telefônicas, entre outras;
– Verificar nos postes as características mecânicas e físicas, bem como, os equipamentos e chaves
instaladas, atentando para as alturas padronizadas;
– Verificar a existência de guias e sarjetas ou se o alinhamento do arruamento está definido pela
Prefeitura Municipal, caso contrário, o projeto deverá ser encaminhado ao órgão competente da
mesma.
6.3.4. Elaboração do Projeto Básico
Inicia-se, no caso de projetos que incluam expansão física da rede, pela definição do traçado e análise dos
recursos de seccionamento e manobra, visando flexibilidade e continuidade de serviço. Os dados de carga já
devem constar na planta analisada.
Normalmente, em projetos de melhoria, o traçado é mantido ou sofre apenas pequenas alterações. Caso se
deseje melhorar a continuidade em certos trechos, é preciso analisar as possibilidades de ampliação de
chaves seccionadoras.
A escolha do tipo de condutor e seu dimensionamento devem ser feitas de acordo com o padrão técnico.
Para redes novas e circuitos troncos utilizar condutor coberto de 185 mm² e para circuito ramal condutor
coberto de 70 mm² de alumínio.
No caso de extensão de rede em locais onde não existe arborização, fachadas e pequenas extensões até 3
vãos, poderão ser realizados com cabo 1/0 AWG.
Devem ser analisadas as condições de carregamento de acordo com os critérios da máxima corrente e da
máxima queda de tensão admissíveis. O balanceamento de fases poderá ser necessário.
Nos projetos de conexão devem-se analisar as tensões em todos os pontos do circuito, não apenas no ponto
de conexão. Caso as tensões estejam fora dos limites estabelecidos pela resolução vigente, devem-se analisar
as possibilidades de atuação dos taps dos transformadores alimentadores, reconfiguração da rede,
reguladores de tensão e, observando os fatores de potência, bancos de capacitores. Estas recomendações se
aplicam também aos demais tipos de projetos.

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Uma vez que as condições de carregamento estejam satisfatórias, o traçado e os pontos de seccionamento
definidos encerra-se o projeto básico com o estudo da proteção. Este estudo compreende também a
coordenação da proteção, não apenas a proteção de novos trechos projetados.
Estudar alternativas para evitar processos de travessias, analisando os critérios de menor custo global,
desempenho da rede e perdas técnicas.
Para projetos de travessia sobre dutos, estradas de rodagem, linhas férreas, rios ou sob linhas de transmissão,
projetar três fases e neutro, independentemente do tipo de atendimento (trifásico ou monofásico), conforme
a seguir:
– Travessia sobre estradas de rodagem, linhas férreas e rios: Rede com condutores nus e com alma de
aço ou Rede Compacta;
– Travessia sob linhas de transmissão: utilizar Rede Compacta quando a catenária do vão AT permitir
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e o Nível Básico de Isolamento – NBI permanecer dentro do adequado, Rede multiplexada isolada ou
Rede subterrânea;
– Travessia sob ponte: utilizar Rede Compacta quando o vão a ser transposto permitir, Rede
multiplexada isolada ou Rede subterrânea;
– Travessia sobre gasodutos: Rede Compacta ou Rede com condutores nus e com alma de aço
Para todos os casos de travessias os projetos deverão ser submetidos à aprovação dos respectivos órgãos
competentes.
6.3.5. Escolha do Traçado
O traçado da rede deve ser escolhido procurando atender aos seguintes fatores:
a) O traçado deverá proporcionar facilidade de acesso, tanto para construção como para a
manutenção.
b) No caso do traçado desenvolver-se dentro da faixa de domínio de rodovias devem ser atendidas às
normas próprias de ocupação dos órgãos responsáveis pelas rodovias e previamente consultados.
c) O traçado, sempre que possível, deve contornar os seguintes tipos de obstáculos naturais ou
artificiais:
□ Pomares e áreas pertencentes a reservas florestais,
□ Reflorestamento ou com vegetação de alto porte;
□ Áreas com cultivo de cana-de-açúcar ou outros de características semelhantes;
□ Áreas pantanosas ou sujeitas a inundações;
□ Mato denso;
□ Lagos, lagoas, represas e açudes;
□ Nascentes de água;
□ Locais impróprios para fundação;
□ Locais com problemas de erosão ou alagamentos;
□ Terrenos muito acidentados;
□ Picos elevados;
□ Locais com elevado índice de poluição atmosférica;
□ Áreas de detonação de explosivos;
□ Áreas de ocupação irregular;
□ Aeródromos.
d) Traçado próximo de aeródromo deve ser observado as normas específicas.
e) Os ângulos devem ser os mínimos indispensáveis para a boa execução do traçado, pois implicam em
necessidade de estruturas especiais.
f) No caso de pontos elevados do perfil e depressões acentuadas, realizar o levantamento topográfico.

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g) As travessias sobre rodovias e ferrovias devem limitar-se ao menor número possível, principalmente
as travessias que implicarem em estruturas especiais, que onerem o custo do projeto. Em todas as
travessias necessárias ao desenvolvimento do traçado, devem ser observados sempre que possível,
os ângulos mínimos permitidos entre o traçado e o eixo do elemento a ser cruzado.
h) No caso de travessias sobre tubulações em geral, o traçado deve ser lançado preferivelmente
próximo dos cortes e longe dos aterros, pois caso contrário, as estruturas de travessia terão que ser
demasiadas altas, onerando o custo do projeto.
i) No caso de cruzamento com linhas e redes de energia elétrica, o traçado deve ser lançado de modo
a permitir que a linha de maior tensão fique sempre em nível superior ao de tensão mais baixa e que
possam ser atendidas as distâncias mínimas de segurança.
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j) No caso de travessias sobre rios, canais, córregos, etc., o traçado deve ser escolhido em locais pouco
afetados por inundações ou marés de forma a não onerar o custo do projeto.
k) No caso de ocupação de faixas de rodovias, o lançamento do traçado deve atender rigorosamente
às normas próprias dos órgãos responsáveis pelas mesmas.
l) No caso de paralelismo com linhas de transmissão existentes, a rede de distribuição deve ser locada
fora da faixa de servidão determinada para a linha de transmissão existente.
m) Deve ser evitado, o paralelismo ou aproximação do traçado com redes de telecomunicações. No
caso de paralelismo, a rede telefônica ou de comunicação deve estar locada fora da faixa de
segurança da rede de distribuição.
n) Deve ser verificada a necessidade da obtenção de autorização de passagem dos proprietários dos
terrenos ao longo do traçado da rede rural.
o) Reavaliar o projeto básico na existência de cargas significativas não previstas no planejamento
inicial.
p) Autorização de passagem: Definido o traçado da rede ou ramal rural e havendo necessidade da
passagem da linha por propriedade de terceiros, devem ser obtidos desses proprietários o Termo
de Servidão de Passagem com a matrícula atualizada.

6.4. Determinação da Demanda


6.4.1. Considerações Gerais
O objetivo desta etapa é avaliar ou rever o carregamento dos componentes da rede de distribuição. É etapa
de importância fundamental, uma vez que o dimensionamento dos componentes, e consequentemente os
investimentos necessários, dependem diretamente do carregamento estimado.
É também uma das fases mais difíceis da atividade de elaboração de projetos de distribuição. As dificuldades
derivam principalmente do grande número de pontos de consumo, de seu comportamento aleatório, bem
como da incerteza acerca da evolução futura.
Em face de tais problemas, torna-se impraticável a fixação de procedimentos rígidos que possam ser seguidos
em todos os casos. Procura-se, portanto, fornecer orientações acerca das metodologias usuais de
determinação das demandas, devendo ser adotada em cada caso a mais adequada, em função das
características do estudo ou dos dados disponíveis.
É sempre importante lembrar que os métodos apresentados se baseiam em comportamentos médios dos
clientes. Havendo evidências de que na área em estudo existem grupos de características especiais, eles
devem ser separados do conjunto e estudados individualmente.
Devem-se utilizar softwares homologados para a apuração do fluxo de carga nas redes.
6.4.2. Horizonte do Projeto e Etapas Posteriores
A fim de evitar frequentes substituições nos equipamentos elétricos utilizados na rede, os mesmos devem
ser dimensionados com base na demanda máxima que irão fornecer. Adota-se como parâmetro, a demanda
máxima prevista num período futuro denominado horizonte de projeto.

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Em função das características das obras de distribuição e das incertezas presentes, fixa-se um horizonte de
projeto de 5 anos.
O estudo das cargas deve determinar a demanda máxima passante em cada equipamento da rede de
distribuição primária, atualmente e nos 5 anos posteriores.
Os cálculos são efetuados com base nos dados de carga levantados inicialmente, compondo-se das etapas a
seguir:
– Avaliação do crescimento das cargas;
– Cálculo das demandas atuais e futuras.
A avaliação do crescimento das cargas é efetuada para os clientes já existentes. Para projetos de melhoria
e/ou ampliação (expansão da rede), é necessário estimar o comportamento futuro dos atuais clientes.
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Para os novos clientes devem-se considerar duas situações:
– Clientes de porte normal: Surgem distribuídos entre os já existentes e estão incluídos
automaticamente através do crescimento previsto;
– Clientes especiais em função da carga ou agrupados (prédios de apartamentos ou loteamentos):
Devem ser tratados à parte e tem sua demanda estimada diretamente no horizonte, através das
características e quantidades previstas, mediante uso de tabelas com parâmetros médios, ou através
de comparação com outros já ligados, com características semelhantes. Portanto, a demanda a ser
considerada deve ser aquela já diversificada no ponto de conexão ou interligação, diferente daquela
utilizada para dimensionamento do padrão de entrada e carga instalada.
6.4.3. Metodologias para Determinação das Demandas
Utilizam-se três métodos para avaliação ou previsão do carregamento dos componentes da rede:
– Processo estimativo, através do uso de tabelas que fornecem parâmetros médios de carga, de acordo
com a categoria e classe dos clientes;
– Medição de parâmetros elétricos em pontos estratégicos;
– Consulta aos relatórios do Sistema de Informação Técnica (SIT) da rede de distribuição, baseados na
conversão por Curvas Típicas.
Para os clientes agrupados (prédios e loteamentos) deverá ser utilizado o processo estimativo, calculando-se
a carga diretamente no horizonte de crescimento.
6.4.4. Crescimento da Carga
Alguns fatores irão influenciar a evolução das cargas dos clientes de energia elétrica de uma determinada
área, tais como:
– Categoria dos clientes;
– Tarifação;
– Condições socioeconômicas vigentes no local;
– Densidade de ocupação da área;
– Condições de urbanização;
– Plano diretor do município;
– Restrições ambientais.
Além dos fatores citados acima, estuda-se os acréscimos de consumo a partir de seus componentes básicos:
crescimento horizontal e vertical (vegetativo).
O crescimento vertical (vegetativo) é aquele que se dá devido ao incremento do uso de energia elétrica entre
os clientes já existentes.
O crescimento horizontal ocorre devido ao acréscimo de clientes ligados à rede elétrica.
No estudo de grandes grupos de clientes, áreas com predominância de crescimento vertical e outras com
predominância crescimento horizontal, aparecem conjuntamente, sendo suas características combinadas
para a formação de uma tendência global estável.

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Neste caso, não é essencial sua discriminação, no entanto, à medida que se estuda um bairro, ou um conjunto
de quarteirões atendidos por uma ET, a distinção se faz necessária. Se o projeto for realizado em uma área
residencial totalmente constituída, os acréscimos de carga são devidos apenas ao crescimento vertical
(vegetativo), definido por taxas relativamente baixas. No caso oposto, em áreas pouco construídas, é
frequente a ligação de novos clientes, levando a taxas globais de crescimento de carga superiores às medidas
da categoria.
Elevadas taxas de crescimento também podem ocorrer nas áreas densamente construídas, nas quais esteja
em curso uma alteração nas características de consumo. É o caso de áreas com predominância de casas e
passam a ser ocupadas por prédios de apartamentos ou clientes não residenciais.
Portanto, para se avaliar a evolução da carga dos clientes de uma rede secundária, deve-se determinar:
– Tipos dos clientes presentes e suas taxas médias anuais de crescimento de carga (por localidade e
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por categoria de consumo);
– Ocupação da área e previsão de alterações.
6.4.5. Estimativa das Demandas
Caso seja necessária apenas uma estimativa aproximada das demandas podem-se considerar os
transformadores carregados uniformemente, ou seja, atendendo a uma carga correspondente a parcela fixa
de sua capacidade. A parcela a ser adotada deve ser baseada no carregamento médio dos transformadores
da área. Na falta de tal dado, uma estimativa razoável é a adoção da potência nominal (KVAN) como demanda
máxima da ET e Entradas Primárias.
A estimativa de demanda para novos Clientes em tensão primária deve ser baseada principalmente nas
informações prestadas pelos mesmos em seus pedidos de estudos.
Devem ser levados em consideração:
– Ramo de atividade do Cliente;
– Tipos das cargas a serem alimentadas;
– Potência instalada por tipo de carga;
– Capacidade dos transformadores da Subestação dos clientes;
– Área do prédio;
– Curvas Típicas estratificadas por consumo;
– Horários de funcionamento das cargas.
Estes dados em conjunto permitem a estimativa da demanda máxima a ser adotada, mediante o uso de
software ou tabelas para conversão de consumo em demanda. O cálculo é, preferencialmente, efetuado pelo
próprio Cliente com a finalidade de contratação da demanda junto à Empresa.
É conveniente que a estimativa acima seja comparada com outras metodologias para que se tenha segurança
da sua validade. Para comparação, pode-se utilizar a potência total das cargas instaladas do Cliente,
multiplicada pelo fator de demanda global típico de instalações do mesmo ramo de atividade, locadas em
áreas com as mesmas características.
6.4.6. Processo por Medição
O recurso da medição pode ser empregado para obtenção dos carregamentos impostos pelos Clientes
existentes à rede primária. O processo pode ser aplicado tanto às estações transformadoras, como às
entradas primárias, possibilitando ainda uma determinação das demandas passantes em trechos dos
alimentadores (troncos ou ramais).
6.4.7. Uso do Sistema de Informação Técnica (SIT)
No Sistema de Informação técnica (SIT) utilizada pela EDP Bandeirante, são disponibilizados ambientes de
desenvolvimento de estudos e emitidos relatórios periódicos de carregamento dos transformadores de
distribuição, trechos em baixa e média tensão, ramais de ligação e demais equipamentos, contendo diversas
informações a respeito dos cálculos de fluxo de carga.

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A metodologia empregada pelo SIT consiste na obtenção do consumo mensal por instalação consumidora,
determinando as demandas máximas coincidentes por hora a partir da Curva Típica Associada, para então
proceder aos fluxos de potência em toda a rede de distribuição.
6.4.8. Determinação da Demanda Passante nos Trechos de Alimentador
Os condutores são dimensionados em função de um carregamento máximo ao qual podem ser submetidos.
Este limite é obtido considerando- se a máxima queda de tensão permitida, a máxima elevação de
temperatura do cabo e a mínima perda de energia na condução.
Deve-se utilizar o SIT para apurar a demanda passante em todos os trechos do alimentador.

6.5. Critérios para o Traçado e o Seccionamento da Rede Primária


6.5.1. Traçado de Troncos e Ramais
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A definição do traçado de uma rede primária, com os troncos e ramais dependem da configuração da rede
secundária a ser atendida, ou seja, da localização das ETs, e também da localização dos Clientes atendidos.
Para o caso de troncos são as diretrizes de planejamento que tem maior peso na definição do traçado, na
obtenção de parâmetros de confiabilidade, continuidade de serviço e menores custos de instalação:
– Ramais
□ São determinados pela localização dos transformadores
□ Devem ser evitadas as mudanças de direção, procurando-se o traçado mais retilíneo possível.
□ O fim de um ramal não seja próximo a um tronco de alimentador, sendo mais adequado um
seccionamento do circuito com subdivisão do ramal.
– Troncos
□ Para o traçado de troncos de alimentadores aéreos primários devem-se procurar os
arruamentos já definidos, de preferência com guias já instaladas, buscando-se a trajetória
mais retilínea possível e evitando-se os lugares de difícil acesso ou sujeito a abalroamento. As
margens das vias são expressas bem como as faixas de servidão das linhas de transmissão
devem ser evitadas: é importante a facilidade da construção e da posterior manutenção do
circuito.
□ Os alimentadores não devem percorrer distancias significativas em trajetória paralela e
próxima a linha de transmissão, a fim de se evitar as possíveis tensões induzidas.
□ Sempre que possível, deve-se tentar uma distribuição uniforme das cargas entre
alimentadores, atribuindo-se, além disto, regiões de dimensões semelhantes aos diversos
alimentadores existentes.
□ Deve ser evitada a posteação ao lado de árvores e de marquises avançadas.
□ Ainda para garantir a continuidade de serviço no traçado dos troncos de alimentadores deve
ser prevista a interligação entre Subestações bem como entre alimentadores. Este requisito
para ser atendido depende do adequado seccionamento do circuito.
□ Áreas vizinhas não devem ser supridas por alimentadores quem percorram a mesma
posteação, nem estar protegidas por um mesmo disjuntor. Isto porque, em geral, são
previstas interligações através de chaves de manobra, entre estas áreas, efetuando-se
transferências de blocos de carga. Estas transferências entre alimentadores procuram
minimizar o número de Clientes afetados por interrupção de fornecimento, quando da
ocorrência de defeitos ou de trabalho de manutenção.
□ Os alimentadores rurais devem ser projetados para percorrerem trechos de estradas
existentes, evitando-se instalações de postes em locais de difícil acesso e os problemas de
servidão de passagem em terrenos particulares.

6.5.2. Seccionamento
Através de Religadores Eletrônicas e Chaves Faca, os troncos de um circuito primário podem ser subdivididos,
delimitando-se conjuntos de Clientes que se denominam blocos de carga. Atuando nestas chaves de manobra

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os blocos podem ser transferidos para alimentadores distintos, garantindo-se a continuidade de serviço no
caso de desligamento de trecho de alimentador por ocorrência de defeitos ou para manutenção.

6.6. Escolha de Condutores e Análise do Carregamento da Rede


6.6.1. Escolha do Tipo de Condutor
Os condutores padronizados para uso nas redes primárias são os seguintes:
a) Redes de Distribuição Compacta:
□ Condutor Coberto de Alumínio (15 kV): 70 mm² e 185 mm²;
□ Condutor Coberto de Alumínio (36,2 kV): 185 mm² e 300 mm².
Os condutores cobertos de alumínio para Rede de Distribuição Compacta não devem ser projetados para
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regiões densamente poluídas e nas áreas próxima à orla marítima, pois a deposição de agentes agressivos
e/ou da maresia na superfície protetora dos cabos ocasiona o fenômeno conhecido como tracking
(trilhamento elétrico). A restrição de uso dos cabos cobertos nos municípios litorâneos, está limitada à
uma distância de trezentos (300) metros da orla marítima.
b) Redes de Distribuição com Condutores Nus:
□ Condutor de alumínio nu, sem alma de aço: 1/0 AWG e 336.4 MCM;
□ Condutor de alumínio nu, com alma de aço: 4 AWG; 1/0 AWG e 336.4 MCM.
c) Redes de Distribuição com Condutores Multiplexados Isolados:
□ Condutor Isolado em XLPE (15 kV), alumino, formação triplexado, 240 mm²;
□ Condutor Isolado em XLPE (36,2 kV), alumínio, formação triplexado, 185 mm².
Os condutores multiplexados isolados na rede aérea devem ser utilizados nos casos em que haja restrições
ao uso da Rede compacta, nas seguintes situações:
– Nas regiões arborizadas em que a continuidade de serviço seja essencial;
– Nas saídas de ETD ou em outras situações em que seja necessária a construção de trechos expressos;
– Nos casos em que não seja possível garantir o afastamento mínimo entre a fase e as edificações, ou
seja, nos locais onde não se consegue o afastamento mínimo de sacadas ou marquises;
– Por ser um cabo triplexado e isolado não deve ser utilizado em trechos onde haja a necessidade de
derivação do circuito.
d) Redes de Distribuição Subterrânea:
□ Condutor Isolado em XLPE (15 kV), cobre, formação triplexada, 240 mm² e 35 mm²;
□ Condutor Isolado em XLPE (15 kV), alumínio, formação triplexada, 70 mm².
6.6.2. Dimensionamento dos Condutores
Os critérios normalmente utilizados para o dimensionamento de condutores são dois:
– Corrente máxima em regime permanente (limite término);
– Queda de tensão máxima.
a) Critério do Limite Térmico
Os condutores têm como característica uma temperatura limite que não deve ser excedida. Quando
submetidos a um sobre aquecimento podem perder suas características originais, terem a vida útil
reduzida e os pontos mais solicitados termicamente podem apresentar rompimento de isolação e
eventualmente ser origem de curto-circuito.
Os materiais condutores devem ter um valor máximo para densidade de corrente por secção, A/mm²,
a que serão submetidos. Este valor depende da temperatura limite adotada, a temperatura
ambiente, das condições para troca de calor e do regime de trabalho (intermitente ou não).
Na Tabela a seguir estão os valores das correntes nominais para os diversos tipos de condutores e
secção padronizados.

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Tipo de Corrente Considerações


Secção Material
Condutor Nominal
CA e CAA 336 Alumínio 430 -
MCM
CA e CAA 1/0 Alumínio 200 -
AWG
CAA 4 AWG Alumínio 110 -

Coberto – 15 kV 70 Alumínio 225 NBR 11873 Tabela D.2 (temperatura


ambiente 40º C e temperatura do
condutor 90º. C), considerando 80% de
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condução
Coberto – 15 kV 185 Alumínio 420 NBR 11873 Tabela D.2 (temperatura
ambiente 40º C e temperatura do
condutor 90º. C), considerando 80% de
condução
Coberto – 36,2 185 Alumínio 397 NBR 11873 Tabela D.4 (temperatura
kV ambiente 40º C e temperatura do
condutor 90º. C), considerando 80% de
condução
Coberto – 36,2 300 Alumínio 539 NBR 11873 Tabela D.4 (temperatura
kV ambiente 40º C e temperatura do
condutor 90º. C), considerando 80% de
condução
Multiplexado 3x1x240 Alumínio 430 NBR 14039 (Método de instalação A -
aéreo isolado – (120) Tabela 29) e corrigido pela tabela 32 -
15 kV (temperatura do ambiente 40º C)
Fator de carga de 100%
Multiplexado 3x1x185 Alumínio 364 NBR 14039 (Método de instalação A -
aéreo isolado – (120) Tabela 29) e corrigido pela tabela 32 -
36,2 kV (temperatura do ambiente 40º C)
Fator de carga de 100%
Multiplexado 240 Cobre 405 NBR 14039 (Método de instalação F -
subterrâneo Tabela 28 e corrigido pela tabela 33 –
Isolado – 15 kV resistividade térmica de 1,00 (K x m)/W e
tabela 32 (temperatura do solo 10º C).
Fator de carga de 100%

b) Queda de Tensão Máxima


A queda de tensão deve ser analisada no instante de máxima demanda do alimentador. As demandas de
cada Cliente ou de cada ramal devem ser diversificadas para este instante;
A queda de tensão desde a ETD até a ponta do circuito é o valor acumulado das quedas nos diversos
trechos.
Os estudos relacionados à queda de tensão devem ser emitidos por área responsável, atendendo as
normas vigentes.

6.7. Balanceamento das Fases


O padrão adotado é o de se utilizar nos troncos de alimentadores a configuração de circuito trifásico. Entretanto
existem derivações monofásicas, ou mesmo áreas atendidas por duas fases mais o condutor neutro.

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A existência de transformadores monofásicos conectados à rede geralmente representa um desequilíbrio de


carga, resultando em correntes desiguais nas três fases do tronco ou do ramal trifásico, o que pode significar
uma limitação da capacidade de corrente no circuito.
Nos projetos de redes novas, ou nas extensões de rede, deve ser efetuada uma análise prévia das condições de
balanceamento. Para os circuitos já existentes, os resultados de medições podem confirmar o desequilíbrio de
correntes.

6.8. Proteção Contra Sobrecorrente


Nas redes primárias de distribuição, a fim de se obter a necessária confiabilidade para uma determinada
configuração de rede, é necessário locar e especificar dispositivos, que na ocorrência de qualquer anormalidade,
garantam a proteção dos equipamentos, bem como a continuidade de fornecimento de energia para a maior
parte dos Clientes.
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Os dispositivos de proteção devem ser escolhidos, dimensionados e localizados de tal maneira que, na ocorrência
de uma falha, atuem de modo seletivo, ou seja, a fração da rede primária a ser desligada deve ser mínima.
6.8.1. Magnitude das Correntes de Falta
As correntes de curto-circuito devido a uma falta na rede primária de distribuição dependem, principalmente
de:
– Distância da ocorrência do defeito em relação à ETD;
– Potência de curto-circuito do sistema de transmissão/sub-transmissão que alimenta a ETD;
– Impedância do transformador da ETD;
– Característica dos condutores do tronco de alimentador, ramais e sub-ramais;
– Tipo da falta.
No caso de sistemas de distribuição calculam-se as magnitudes das correntes de curto-circuito devidas às
seguintes faltas:
– Curto-circuito trifásico;
– Curto-circuito dupla fase;
– Curto-circuito fase-terra.
A partir do cálculo destas correntes podem-se aplicar os critérios de dimensionamento, locação e
coordenação dos equipamentos de proteção.
6.8.2. Equipamentos de Proteção
Na rede de distribuição primária da Empresa, com o objetivo e garantir a continuidade do fornecimento de
energia elétrica aos Clientes, utilizam-se basicamente os seguintes equipamentos de proteção:
– Chave Fusível: dispositivo constituído de uma porta fusível e demais partes, destinado a receber um
elemento fusível. Tem como função a interrupção dos circuitos elétricos na ocorrência de sobre
correntes. A interrupção será feita através da fusão do elo, sendo o tempo dependente da magnitude
de sobrecorrente.
– Religadora Eletrônica: dispositivo destinado a interromper e efetuar religamento de circuitos
elétricos com características de operação rápida ou temporizada;
– Seccionalizadora: dispositivo com capacidade de fechamento em condições de curto-circuito e
abertura em carga, projetado para operar de forma coordenada com religadores automáticos.
6.8.3. Locação de Equipamentos
O sistema de proteção dos circuitos aéreos de distribuição é constituído de dispositivo de proteção contra
sobre correntes que estando coordenados entre si deverão possibilitar um grau satisfatório de continuidade
de serviço do fornecimento de energia elétrica.
A locação dos elementos de proteção possui papel fundamental no tocante à:
– Continuidade de serviço do sistema;

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– Avaliação da viabilidade do esquema de proteção adotado em função do custo do mesmo e


características das cargas a serem protegidas.

6.9. Compensação de Reativos


6.9.1. Introdução
Procura-se manter os fluxos de reativos e as tensões nas redes dentro dos limites adequados utilizando os
recursos normais da própria metodologia de planejamento e projeto de sistemas elétricos.
6.9.2. Roteiro para Aplicação de Banco de Capacitores
Fluxo de reativos indesejável na rede pode ser detectado pelo fator de potência.
Um circuito pode, então, apresentar problemas por queda de tensão, por fator de potência baixo, ou ambos.
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As soluções em tais casos são buscadas na seguinte ordem:
a) Circuito com fator de potência baixo:
– Aplicação de banco capacitores.
b) Circuitos com fator de potência baixo e queda de tensão fora dos limites aceitáveis:
Aplicação de banco de capacitores
– Aplicação de reguladores de tensão, caso ainda necessário.
c) Circuitos com fator de potência acima do limite mínimo aceitável e queda de tensão fora dos limites
aceitáveis:
– Aplicação de regulador de tensão;
– Divisão de circuito.
6.9.3. Tipos de Bancos Capacitores
De acordo com a forma de ligação e operação, os bancos podem ser classificados como:
– Diretos;
– Automáticos.
Os diretos são ligados diretamente no circuito primário através de equipamento de proteção e manobra
(chave fusível). São também chamados de fixos porque funcionam permanentemente na rede.
Os automáticos são acionados através de equipamento automático acoplado à chave a óleo. O acionamento
pode ser feito em horário pré-estabelecido (relé de tempo) ou numa determinada referência de tensão (relé
conjugado). Esses bancos encontram-se instalados em circuitos primários de 15 kV e 36,2 kV.
Os bancos de capacitores trazem os seguintes benefícios para a rede.
– Diminuição das perdas no alimentador;
– Melhoria no fator de potência;
– Aumento da disponibilidade de carga do sistema;
– Elevação do nível de tensão.
Os bancos automáticos e diretos provocam um benefício adicional que é regulação de tensão. Os automáticos
com comando de tempo só podem ser usados em circuitos com ciclo de carga bem definido. E os automáticos
com comando de tempo x tensão (relé conjugado) permitem faixas de regularização diferentes nos períodos
de carga leve e pesada.
Na EDP BANDEIRANTE, os circuitos aéreos recebem bancos de capacitores ligados em estrela com neutro
aterrado.

6.9.4. Fusíveis para Proteção de Bancos de Capacitores


A tabela mostra as potências dos bancos de capacitores utilizados, com as unidades básicas para montagem
dos mesmos, bem como as capacidades dos fusíveis recomendados para a sua proteção.

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Tensão entre fases do


Ligação do Banco Potência do Banco (kVAR) Unidade (kvar) Fusivel (k)
circuito (kV)
13,2 / 13.8 Estrela Aterrado 600 100 15
13,2 / 13.8 Estrela Aterrado 900 100 50
13,2 / 13.8 Estrela Aterrado 1200 100 65

6.9.5. Locação e Dimensionamento de Bancos Capacitores


Apresenta-se a seguir duas metodologias para aplicação de bancos de capacitores em redes. Uma visa a
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minimização das perdas e a outra tem por objetivo manter as tensões nas faixas admissíveis.
A solução técnica-econômica ótima seria uma combinação dessas metodologias que procuraria minimizar a
função curto anual, levando em consideração o problema técnico (tensões adequadas) e o econômico (redução
das perdas até o ponto de mínimo custo global).
Deve-se utilizar os softwares homologados para obter a alocação otimizada dos bancos de capacitores na rede
de distribuição, a qual atende os critérios abaixo.
a) Critérios para Minimização das Perdas
Como a demanda reativa da carga é variável, torna-se necessária a locação de bancos de capacitores
fixos o automático.
Devem-se dispor dos perfis de carga reativa do circuito primário, tanto na condição de carga mínima
(leve) como na carga máxima (pesada).
Primeiramente são locados os capacitores fixos, de modo a compensar o perfil de reativos em carga
mínima ao longo do alimentador. O critério neste caso é trazer o perfil o mais próximo possível
daquele correspondente à carga reativa mínima.
A seguir são locados os capacitores automáticos, de modo a compensar o perfil de carga máxima, já
se levando em conta o efeito dos capacitores fixos. Essa compensação deve ser feita até que seja
atingido o valor de fator de potência desejado e/ou até a redução das perdas elétricas alcanço níveis
pré-estabelecidos.
Três regras básicas devem ser observadas nessa localização:
□ A elevação de tensão com a entrada em operação de um banco automático não deve ser
superior a 2,5% ou à largura de faixa do comando de tensão:
□ A distância mínima entre bancos (medida através de rede principal) deve ser calculada,
procurando-se minimizar os efeitos da corrente de “inrush”. Recomendam-se afastamentos
mínimo de 500 m entre os bancos de capacitores;
□ Evitar instalação de banco de 1200 kVAR após religador. Se necessário, dividir em dois bancos
de capacitores de 600 kVAR e defasar no tempo seus chaveamentos.
b) Critérios para Controle de Tensão
A locação e dimensionamento de bancos dos capacitores para controle de tensão é dividida em duas
etapas:
□ Na situação da carga pesada (máxima), definem-se os pontos e as potências dos bancos de
capacitores de forma a trazer as tensões da rede a valores aceitáveis, com critérios a serem
vistos a seguir.
□ Definindo o suporte reativo, analisa-se a situação de carga mínima (leve) com respeito às
tensões. Onde a tensão for superior à máxima aceitável, procura-se passar para o banco de
capacitor automático a mínima potência reativa necessária para reconduzir a tensão a valores
normais.
A primeira etapa pode ser resumida nos seguintes passos:

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□ Determinar o ponto (nó) em que, alocando-se o banco de capacitores, tem-se o máximo


ganho de tensão.
□ Alocar o banco nesse ponto (nó), se possível (verificar se há problema da flutuação de tensão
ou conjunto “carga + banco” com característica capacitiva que não é desejável).
□ Repetir os passos 1 e 2 até que não se tenha tensões baixas na rede ou até que não seja
possível alocar outros bancos.
Devem ser considerados como ganhos nesses somatórios somente aqueles obtidos nos nós que
estão com tensão abaixo da admissível.

6.10. Regulação de Tensão


6.10.1. Regulação de Tensão na ETD
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A regulação de tensão de tensão numa ETD ou ESD deverá ser feita por grupos dos circuitos ou
individualmente para cada tronco alimentador.
Em algumas ETD’s da EDP BANDEIRANTE existe regulação individual por tronco de alimentador ou existe
ainda a possibilidade de agruparem-se troncos de alimentadores, que alimentem circuitos com extensões e
características de carga semelhantes, em barras distintas, sendo cada uma delas regulada conforme suas
características individuais.
6.10.2. Reguladores Utilizados nas ETD’s
Regulação por Grupos de Circuitos
a) Transformador com comutador sob carga (OLTC)
O regulador de tensão é acoplado ao transformador abaixado no lado de tensão superior ou no lado
de tensão inferior do mesmo. A mudança da derivação do regulador (TAP) é realizada sob carga e
comandada por um relé regulador de tensão com dispositivo de ajuste para tensão de referência a
ser adotada para o controle da tensão existente na barra da ETD. A faixa de regulação de tais
reguladores é de 10%.
b) Transformador regulador
É uma unidade trifásica independente do transformador abaixado que possui relação de
transformação do 1:1 com mudanças de derivação em carga do lado primário. Tais transformadores
possuem faixas de Regulação 10% e possuem potência nominal de 10 MVA.
6.10.3. Reguladores de Tensão na Rede Primária
São do tipo poste sendo utilizados em circuitos primários quando os recursos de regulação nas Subestações
em conjunto com a locação conveniente de banco de capacitores, instalados para correção de fator de
potência e/ou melhoria no perfil de tensão da rede, não permitam manter a tensão primária acima do limite
inferior permissível.
6.10.4. Escolha dos Reguladores de Tensão
Para escolha dos reguladores de tensão devem-se levar em conta os seguintes critérios:
– A carga, projetada para um horizonte de cinco anos, não deverá ultrapassar a capacidade nominal
do regulador.
– Os limites máximos admissíveis das correntes de curto circuito do regulador não deverão ser
ultrapassados.
– As demais características técnicas, tais como: tensão nominal, corrente nominal, frequência e NBI
deverão ser condizentes com as características dos circuitos nos quais serão instalados.

6.11. Proteção Contra Sobre Tensões


6.11.1. Introdução
Em sistemas de distribuição as sobre tensões transitórias ocorrem devido a surtos atmosféricos (raios),
curtos-circuitos, energização ou desenergização de capacitores, cortes bruscos de correntes e ferro-
ressonância.

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As sobre tensões mais críticas em nível de distribuição são aquelas causadas por surtos atmosféricos, as sobre
tensões provocadas por outras causas são limitadas a valores muito inferiores, causando menores
solicitações ao isolamento.
Para ocorrência de uma sobre tensão devido a um raio não é necessário a incidência direta de descarga sobre
a linha bastando sua ocorrência nas vizinhanças da rede para que se tenha surtos induzidos.
O surto atmosférico, seja ele induzido ou direto, provocas na linha de distribuição a propagação de uma onda
de sobre tensão, que poderá danificar os equipamentos de distribuição.
6.11.2. Para-raios
Para proteção das redes e dos equipamentos contra sobre tensões de origem atmosférica devem ser
previstas as instalações de para-raios nos seguintes pontos:
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a) Transformadores
A instalação de para-raios em transformadores é obrigatória.
b) Proteção de Equipamentos
Para proteção de equipamentos como reguladores de tensão e religadores eletrônicos, devem-se
instalar dos 2 conjuntos de para-raios, sendo um do lado da fonte e o outro do lado da carga.
Também deverá ser instalado para-raios:
□ Bancos de Capacitores;
□ Entrada primária
□ Zonas de transição entre distribuição aérea e subterrânea.
□ Proteção de Linhas
Nas saídas dos circuitos primários das ETD’s deve ser locado um jogo de para-raios.
Em circuitos primários de distribuição rural utiliza-se de para-raios a cada 4 km, levando-se em conta a
existência da proteção contra sobre tensão em ET’s e outros equipamentos em geral.
Para toda derivação de ramais de linha tronco, considerar no projeto a instalação de chaves fusíveis.
Projetar para-raios para toda mudança de impedância de cabos (de 336 MCM para 1/0, rede compacta,
rede subterrânea, rede multiplexada isolada e outros), para finais de rede com condutores nús e
convencional, passagem de rede primária sob linhas de transmissão.

6.12. Escolha de Postes e Estaiamentos


Definindo o traçado da rede, deve-se partir para a determinação da localização dos postes. Para isto algumas
regras básicas devem ser seguidas tais como:
6.12.1. Tipos de Postes
Os postes podem ser classificados segundo duas categorias: altura e máximo esforço horizontal, conforme
mostra as Tabela:
a) Postes Circulares:
CONCRETO
Altura (m) Tensão de Topo (daN) Código
10,5 300/400 14
10,5 600 15
10,5 1000 18
12 300/400 20
12 600 23
12 1000 25

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b) Postes Especiais:
CONCRETO
Altura (m) Tensão de Topo (daN) Código
10,5 1500 10 x 1500
10,5 1800 10 x 1800
12 1500 12 x 1500
12 1800 12 x 1800
12 2500 12 x 2500
14 600 14 x 0600
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14 1000 14 x 1000
14 1500 14 x 1500
14 2500 14 x 2500
16 1500 16 x 1500
16 2500 16 x 2500
20 1500 20 x 1500
20 2500 20 x 2500

c) Postes duplos T´s e de madeiras:

MADEIRA
Altura (m) Tensão de Topo (daN) Código
10 300 10M
10 600 10P
12 300 12M
12 600 12P

CONCRETO DUPLO “T”


Altura (m) Tensão de Topo (daN) Código
11 150 300 DT11 L
12 150 300 DT12 L
12 300 600 DT12 M

6.12.2. Locação dos Postes


O projetista deve estar atento ao melhor traçado da rede, sob o aspecto técnico econômico, de modo que
seja possível o atendimento a novas cargas com o mínimo de alteração.
A locação dos postes ao longo das ruas e avenidas deve ser iniciada pelos pontos forçados (ex: futuras
derivações, esquinas, etc.).
A locação deve ser escolhida levando-se em conta os seguintes aspectos:
a) Evitar desmate de árvores e demais formas de vegetação, em áreas de preservação permanente,
Autorização para Interferência de Qualquer Natureza na Vegetação Natural ou Implantada;
b) Procurar locar, sempre que possível, na divisa dos lotes e manter os vãos da quadra equidistantes.
Na impossibilidade de atender as duas premissas, deve-se priorizar a instalação com vãos
equidistantes.

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c) Preferencialmente quando o eixo da rua estiver no sentido Norte-Sul, locar a rede no lado Oeste e
quando o eixo da rua estive no sentido Leste-Oeste, locar a rede no lado Norte, conforme Figura 1;
d) Procurar locar prevendo futuras extensões da rede, para evitar remoções desnecessárias, mantendo
os postes em rua do mesmo lado;
e) Evitar locação de postes em frente a portas, janelas, sacadas, marquises, anúncios luminosos, etc.
Não locar em frente a garagens;
f) Evitar locação de postes próximos a árvores de grande porte.
g) Evitar que a posteação passe do mesmo lado de praças, jardins, escolas, igrejas e templos, que
ocupem grande parte da quadra.
h) Verificar a existência de arrancamento ou compressão em função do perfil da via para definição do
tipo de estrutura;
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i) Não propor posteação em locais onde as curvas das ruas, avenidas, rotatórias, etc., direcionam os
veículos, pela força centrífuga, para fora do eixo da curva, diretamente a estes locais, o que eleva a
probabilidade de abalroamentos dos postes. Esses devem ser locados no outro lado da rua, evitando-
se possíveis abalroamentos com danos materiais e pessoais para a concessionária e pessoas. Evitar
posteação fora do alinhamento das divisas dos terrenos onde não está definida a entrada de veículos,
evitando-se futuras remoções de postes.
j) Evitar possíveis interferências com tubulações subterrâneas de água, esgoto, gás, rede de
telecomunicações, galerias de águas pluviais, etc;
k) Projetar sempre utilizando-se das estruturas mínimas necessárias ao atendimento proposto, sempre
obedecendo os requisitos técnicos mínimos previstos em norma, porém, aplicando-se as reduções
de tração possíveis e corretos cálculos mecânicos dos postes, o que certamente trará economias ao
projeto, segurança para os trabalhadores e a comunidade, favorecendo a concessionária e o cliente.
l) Propor sempre, no projeto o “reparo de passeio” em locais onde os postes forem instalados ou
removidos e existam calçadas pavimentadas.
m) Em cruzamentos aéreos (Fly-tap) de redes primárias com condutores nus, quando possível, deve ser
projetado e instalado os condutores de maior bitola ou os condutores “fonte” por cima dos de menor
bitola ou “carga”. Em reformas ou melhoramentos da rede de distribuição, adotar a solução mais
econômica independentemente da posição dos condutores. Em cruzamentos de condutores de
alumínio com condutores de cobre, os de alumínio sempre devem ser instalados por cima.
n) Nos cruzamentos aéreos de redes primárias, de condutores nus com rede compacta, a rede
compacta deve ser instalada acima da rede com condutores nus e as ligações das fases deverão ser
feitas com cabo coberto, observando-se a distância mínima entre circuitos.

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6.12.3. Instalação dos Postes


Definindo o traçado da rede, deve-se partir para a determinação da localização dos postes. Para isto algumas
regras básicas devem ser seguidas tais como:
– As observações feitas no levantamento de campo, devidamente marcadas em planta, devem ser
respeitadas;
– É necessária a previsão de postes tanto para transformadores como para entradas primárias;
– Utilizar vão básico igual a 35 m melhorando desta maneira os níveis de iluminação pública. Para
regiões rurais o vão básico poderá ser igual a 70 m, prevendo-se expansões futuras onde será locado
um poste intermediário der tal modo que o vão básico seja reduzido a 35m;
– Nas vias públicas onde existam curvas, evidentemente a distância entre postes poderá ser menor,
evitando-se que condutores atravessem propriedades particulares;
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– Procurar prever futuras extensões, para que não se faça remoções desnecessárias de postes - Fazer
com que a posteação não se localize em frente as portas, janelas, sacadas , marquises, garagens,
rebaixamentos de guias ou postos de gasolina. Para isto, devem-se observar os afastamentos
mínimos impostos pelos manuais de padronização da empresa;
– Os postes devem ser locados no lado onde houver menor arborização;
– Em ruas onde as grandes maiorias dos Clientes se localizam em certo lado, a posteação deve ser
colocada neste mesmo lado.
Durante a locação devem ser anotados, na planta, detalhes necessários ao projeto tais como:
– Estrutura a ser usada;
– Afastamento da rede;
– Desnível para conexões aéreas;
– Tipo de engastamento do poste;
– Saídas de ramais aéreos e subterrâneos com seus respectivos faseamentos;
– Derivações para Clientes a serem ligados no primário;
– Instalações de equipamentos em postes perto de janelas, sacadas, etc;
– Levantamento de travessias;
– Altura de linhas de telecomunicação nos cruzamentos com a rede;
– Localização do padrão;
– Estado físico do arruamento;
– Interferência com a arborização;
– Interferência com garagens;
– Interferência com tubulações subterrâneas de água, esgoto, gás, rede de telecomunicações, galerias
de águas pluviais, etc..
6.12.4. Estaiamento
Em toda ocasião em que a tensão resultante no poste for superior ao esforço horizontal máximo admissível
do mesmo será necessária a utilização de estaiamento.
Geralmente, será necessário o estaiamento em três ocasiões:
a) Pontos mecânicos com redução de tensão;
b) Pontos mecânicos de fim de linha;
c) Ângulos que resultam em uma tensão desequilibrada. Neste caso, será necessário, se está tensão
suportar o maior esforço horizontal admissível, a redução dos vãos adjacentes, além do estaiamento.
Dentro da empresa é considerado padrão o tirante de ¼” cuja tensão máxima admissível é igual a 1210 Kgf
por cabo.
As construções utilizadas na empresa para estaiamento são respectivamente composições das estruturas H2
e H4 para pontos mecânicos de fim de linha e H2 e H3 para pontos mecânicos de redução de tensão.

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6.12.5. Esforços Mecânicos


Nos cálculos referentes aos esforços mecânicos em linhas aéreas de distribuição abordam-se dois tipos de
problema:
– Determinação das tensões e das flechas dos cabos para condições climáticas normais do
funcionamento;
– Determinação das tensões de projeto, onde se calculará os esforços nas condições climáticas mais
desfavoráveis de operação de rede;
A partir da tensão de projeto é possível dimensionar os postes, estaiamentos e outras estruturas da rede.
Com os esforços e flechas nas condições de projeto é possível determinar a tensão de instalação dos cabos.
Para enfocar estes dois aspectos é necessário que exista um procedimento de cálculo no qual, a partir de
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uma determinada condição de instalação (onde sejam conhecidas as tensões e flecha dos cabos, a velocidade
do vento e a temperatura), seja possível calcular para outra condição climática os novos valores de tensão e
flecha dos cabos.

6.13. Fly-tap
Um alimentador primário pode ser interligado a um ramal através de dois modos:
– Utilizando um poste de esquina com duas cruzetas;
– Utilizando-se do Fly-tap, ou seja, interligando-se os circuitos primários sem a utilização de uma
cruzeta de parada.
Na utilização do fly-tap podem-se afastar os postes da esquina, isto faz com que este tipo de montagem seja
recomendado para cruzamentos entre vias de grande tráfego.
Do ponto de vista estético, o fly-tap é preferível à utilização de um poste de esquina com duas cruzetas.

7. REGISTROS DA QUALIDADE
Não aplicável.

8. ANEXOS
Não aplicável.

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