Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ALESSANDRO D´ALOIA
BATERIA CRIATIVA
Guia dos
Elementos Principais
SOBRE O AUTOR
Alessandro D'Aloia nasceu em Roma em 1966. Em 1980 obteve
um diploma em teoria musical sob a orientação do M° Francisco
Rizzo, depois participou de um curso de percussão até o 6 º ano
no Conservatório de Frosinone. De 1984 até 1986, estudou
bateria com o M° Ettore Mancini. Em 1987 participou de
seminários "Mr. Jazz"em Ravenna com Peter Erskine. De 1992 a
94 segue o curso da harmoniado jazz com o M° Riccardo Biseo.
De 1989 a 2000 segue a Big Band no IALS, em Roma, dirigido por
Cicci Santucci e Gianni Oddi. Em 1995 estudou em New York
com Tommy Campbell . Em 1998 estudou com Robertinho
Silva no Rio de Janeiro . Em 2004 voltou ao Brasil, onde estudou
com Nené Batera e incontra Naná Vasconcelos. Em 2006
estudou com o pianista MarceloPerea melhorando o
conhecimento sobre a música folclórica argentina.
Durante asua experiência participou em inúmeros eventos na
Itália e em outros países como : Roménia, Egipto , Caribe.
Voltando a Itália, começou a trabalhar com televisão , incluindo:
Rai Uno , Rai Tre , Rai International e Canal 5. Entre os músicos
que o Alessandro trabalhou estão:
Mike Stern, Karl Potter , Jerry Korman , Agostino Di Giorgio ,
Karen Jones ,Alcione, Alfredo Paixao, Alvinho Dos Santos, Mou
Brasil , Joatan Nascimento , Luizinho Assis , Paulinho Andrade
Marcelo Galter, Joseph Fargier, Roman Gomez, Claudia
Salomone, e Laurent Digbeu.
METODOS de ENSINO
“ BRAZILIAN ETHNO DRUMMING ” Bemolle Edizioni Musicali
“ IL BATTERISTA LATIN JAZZ ” Vol. 1 Bemolle Edizioni Musicali
“ ODD METER GROOVES “ for Drumset - Advance Music - Alfred
Music
WORKSHOPS NO BRASIL :
EMESP – Tom Jobim
Souza Lima
Universidade S.ta Marcelina
EM&T – IPT
Casa dos Bateristas
Templo do Grove Festival - Igreja Batista em Ferreira
Sociedade do Tambor – EM&T
COLUNAS DE ENSINO :
Modern Drummer Brasil
Ritmi
Drumset – Mag
Planet-Drum
O Baterista
DISCOGRAFIA
Laurent Digbeu Reflexions Autoproduzione 2011
Alessandro D'Aloia Lo Bengula Autoproduzione 2009
Etnica e World Music Compilation 1 EmmeK Editore 2006
Elio Cassara’ Voyage Open Sound 2006
Terre Differenti Cities of dreams Open Sound 2006
El Poncho America Latina Alfa Music 2005
Different Lands Water Lands Alfa Music 2002
Paolo Patrignani Oltre l'arpeggio BMG ricordi 2000
Advena Avis Da Terre Lontane Tweedle Music 2000
Terre Differenti Terre Differenti Different Lands 2000
Ney Portilho
Boa Viagem Auto Produzione 1997
Artico A due passi da Roma Studio Delta 1996
Alessandro D'Aloia Momenti Auto produzione 1996
Alfredo Paixao World Rhythm Polygram Records 1994
1. Vídeos
Assista os vídeos que preparei para você, para entender como
pode por em pratica alguns exercícios.
2. Resumos
Leia com calma todos os textos e faça um resumo das coisas
que você quer estudar primeiro. Pode até rescrever do seu jeito
os princípios basilares explicados nesse livro.
5 6
4. Curta minha página no Facebook
www.facebook.com/daloiadrummer
Nessa pagina também, tem conteúdo para usufruir.
7 8
ATALHOS GUIADOS
Posso dzer que todos os elementos que estão presentes
nesse livro, eu chamo lhes de “Atalhos Guiados”. Para mim
os “Atalhos Guiados” são muitos importantes porque como
fala o significado mesmo, são atalhos direcionados a obter
resultados certos em pouco tempo e sem perder o foco em
coisas erradas. É isso a coisa mais importante : “Não
perder tempo com erros” ! Quem não caiu pelo menos uma
vez em isso ? Até com um professor acontece de estudar
não corretamente; imagine sem um professor...que seja
com esse livro ou o método do seu professor, tente sempre
seguir e prestar muita atenção nos “Atalhos Guiados” que
o seu professor lhe fala. São eles que vão ajudar você a
evoluir no instrumento.
AUTODIDATA vs PROFESSOR
Pequena historia : Anos atrais quando estava começando
a estudar bateria com um professor, ouvi uma gravação do
Rush, uma banda canadense muito legal, com o grande
Neil Peart na bateria. A um certo ponto o Neil fez uma frase
bem no meio dessa musica (não me lembro qual era) e eu
não entendi absolutamente nada !! Rsrsrs fiquei sem
graça; na aula seguinte de bateria, o professor me passou
um exercício de jazz que tinha casualmente no meio a
mesma figuração que o Neil tocou. Para mim se abriu um
mundo de possibilidades ! Me lembro disso como se fosse
ontem...com isso quero dizer que no meu caso me ajudou
muito ter um professor, mas ao mesmo tempo é bom
toucar de ouvido (falarei disso mais para frente).
1
9 10
OSTINATOS
O que são e como comecar
a estudar eles.
1
o que são os
ostinatos
O que é um Ostinato? Um Ostinato é uma célula
rítmica que se repete, e está muito presente na
música em várias formas. No caso da bateria, por
exemplo, o ostinato pode ser executado com os pés
tocando uma célula rítmica e com as mãos
executando outras figuras rítmicas. Acho este tipo de
assunto muito interessante, pois para nós bateristas,
o mesmo ostinado é uma verdadeira fonte de ideias
que podemos desenvolver; outra coisa interessante é
que encontramos os ostinaros em vários estilos
musicais, principalmente na música étnica como a
música africana e sul-americana, mas pessoalmente
eu concebo também como ostinatos células rítmicas
presentes em outros estilos musicais como o Jazz e
o Funk Americano. Ultimamente tenho me
concentrado muito neste tema, embora na realidade
já tenha lidado com isso no passado ...Tenho usado
e uso muito os ostinatos principalmente porque tive
muitas experiências com música étnica (como na
música brasileira).
11 12
2
exemplo de
aplicação de
ostinatos no
Samba
Se tomarmos por exemplo um ritmo como o Samba, os
membros inferiores tocam um ostinato, em uma de suas
variantes, e podemos usar esse conceito aplicado ao próprio
ritmo, ou apenas para fazer um solo de bateria ... tudo isso é
muito interessante porque temos a oportunidade de se soltar
aplicando nossas idéias.
Por exemplo, no Samba você pode estudar combinações de
ostinato, como usar uma das mãos (direita ou esquerda) e o
pé esquerdo ou direito; neste caso a mão faria a parte do
Surdo, e o pé esquerdo a clássica figura do Samba com o
chimbal em levar.
Para completar, a outra mão e o bumbo (membros livres)
podem realizar combinações como: single stroke roll (golpe
único), double stroke roll (golpe duplo), three stroke roll (golpe
triplo), paradiddle e assim por diante. Outro aspecto a
considerar, e na minha opinião muito interessante, são as
figuras básicas nas quais aplicar essas combinações dos
membros livres; você pode usar colcheias, semicolcheias,
grupos de três etc. e além disso, pode se usar alguns grupos
irregulares (nos quais tenho me focado muito nos últimos
tempos), e garanto que o efeito rítmico é muito bom!
"Quando você se aproxima
deste instrumento pela
primeira vez, o que sai de
você é simplesmente o que
você sente".
DENNIS CHAMBERS
13 14
3
conclusões
sobre os
ostinatos
Como você deve ter notado, muitos bateristas usam esse
tipo de ideias para seus solos ou ritmos e, claro, existem
vários estágios ou níveis de expressão nesse
sentido...quero dizer, que às vezes nos metemos em
coisas complicadas, mas se fizermos atenção, é fácil
controlar este conceito de encaixe entre ostinatos e figuras
rítmicas, dando uma certa fluidez na escuta. Eu sempre
tento prestar atenção no que toco, especialmente em
algumas situações, mas ao mesmo tempo gosto de fazer
algo criativo, mesmo que pareça um pouco mais
complicado.
Bem, deixo para sua imaginação tentar criar combinações
de ostinato e outras figuras rítmicas para aplicar.
Vídeo - Ostinatos
4
grupos
regulares e
irregulares
Nessa parte do livro gostaria de falar um pouco sobre os
grupos regulares e irregulares que considero muito
importantes no estudo da música em geral e principalmente
na bateria. Entendemos por grupos regulares os grupos
com tipo de número par : 2,4,8 e 16 exceto para os grupos
de 3, 6 e 12 considerados pares pelo fato de serem
amplamente utilizados; mas na realidade, como podemos
ver, são grupos derivados de 3 e, portanto, ímpares. Por
grupos irregulares entendemos aqueles como:
5,7,9,10,11,13,14,15,17,18,19 e 20. Se olharmos com
atenção, também temos números pares como: 10,14,18 e
20, mas na realidade (exceto talvez 18, que pode ser
entendido como uma subdivisão de grupos e 3) não são de
uso muito comum. Em meus primeiros estudos de percussão
clássica, encontrei muitos desses grupos, e aqueles que
estudam música clássica sabem disso muito bem.
Você pode encontrar todos os tipos deles nos livros dos
vários instrumentos de percussão (especialmente nos
estudos para caixa), bem como em várias partituras de obras
predominantemente contemporâneas (Pierre Boulez,
Stockausen, etc.).
Para quem lida apenas com o estudo da bateria, é bom
saber que mesmo neste caso, a meu ver, o estudo dos
grupos regulares é imprescindível, assim como o estudo dos
grupos irregulares.
15 16
Mesmo que não se sinta muito atraído pela ideia de estudar
os grupos mais difíceis (como os irregulares), pelo menos
um período (mesmo que seja curto) vale a pena considerá-
los; e digo isso por experiência própria, pois em todos
esses anos da minha carreira, vivenciei todos os tipos de
situações imagináveis...rsrs
Portanto,meu conselho é se preparar o máximo possível
para enfrentar futuras situações musicais inclusive aquelas
difíceis e tentando sair delas (caso isso aconteça) vitorioso
ou pelo menos de cabeça erguida.
Focando na bateria, encontramos grupos regulares em
praticamente todos os lugares ...todos os estilos musicais
usam esses grupos : da música pop ao rock ao funk
americano ao jazz à música étnica. Embora os grupos
irregulares, muitas vezes podemos encontrá-los em estilos
como rock progressivo e em muitos outros estilos musicais
étnicos de vários países, como Leste Europeu, Oriente e
África.
Então como pode imaginar, há também estilos baseados na
contaminação musical como no caso de autores
semelhantes a Frank Zappa em que encontramos, em suas
composições, tudo e mais '. Pessoalmente, nos últimos
anos, tenho reavaliado tanto a questão dos grupos
regulares e irregulares que decidi incluí-los como um dos
principais conceitos da minha atual metodologia de estudo.
5
stickings
com grupos
regulares e
irregulares
Outra coisa muito importante e perfeitamente aplicável a grupos
regulares e irregulares, são os stickings (ou manipulações); nem
é preciso dizer que esse foi o próximo passo depois de pensar
em introduzir grupos em minha metodologia; conseqüentemente
eu escolhi alguns stickings principais (ou mais usados) como:
single stroke roll, double stroke roll, three stroke roll e o single
paradiddle integrados a os grupos.
Quando você começa a estudar as manipulações (stickings)
juntos a os grupos, pode perceber que surgem algumas
combinações bonitas e interessantes, que você pode aplicar a
ritmos, viradas ou até mesmo usá-las como frases em solos.
Obviamente juntando estes 2 conceitos (grupos e stickings) e
aplicando-os, por exemplo, aos ritmos, entramos na ária muito
interessante que é a da polirritmia, à qual dediquei um artigo
separado.
17 18
6
praticando
os grupos
regulares e
irregulares
Quanto àparte prática dos grupos, pensei em alguns
exercícios estilo jazz escolhendo o 8 como grupo
regular e o 5 como grupo irregular. Nesse caso o
chimbal e o prato ficam sempre iguais , e depois vamos
colocar alguns sticking no grupo de 5 (single e double
stroke roll) entre caixa e bumbo; depois vamos colocar o
5 no bumbo e na caixa o grupo de 8. Também tem uma
parte escrita dos exercícios, e tudo sempre executados
com bpm de 50 a semínima.
VINNIE COLAIUTA
19 20
7
modulação
metrica
Quando no sestudamos os grupos regulares e irregulares com
ostinatos, uma das coisas mais interessante é tocar uma
métrica diferente dentro do grupo. Por exemplo, você pode
tocar um grupo de 4 dentro um grupo de 12 criando um efeito
muito legal.
Esse movimento se chama modulação métrica, que é muito
usada pelos bateras. O obviamente na mesma modulação
métrica pode ser aplicado um sticking (single stroke, double
stroke, single paradiddle etc.) ou um ritmo, e o resultado é
muito legal.
O potencial do estudo das modulações métricas é imenso no
sentido que se você consegue estudar elas bem, você vai ter
um domínio rítmico bem amplo e ter mais chance de resolver
problemas polirritmicos, ou tocar um solo de bateria legal.
Vídeo - Acentos
21 22
2
1
polirrítmia
Nessa parte do livro gostaria de falar um pouco sobre um tema
que considero muito fascinante e ao mesmo tempo
indispensável para bateristas: a Polirrítmia. Por polirritmo
entendemos uma sobreposição de pelo menos 2 ritmos
executados ao mesmo tempo, o que significa que para nós
bateristas é possível usar 2 membros para tocar um ritmo e ao
mesmo tempo outros 2 para executar outro. Este conceito de
polirritmia abre as portas para um mundo infinito de possíveis
combinações polirrítmicas, tanto em qualquer estilo musical
como em diferentes níveis de dificuldade.
Pessoalmente, considero muito estimulante estudar e aplicar o
estudo da polirrítmia em estilos como o Jazz e a música étnica,
pois acredito firmemente que nestes dois últimos estilos
mencionados há muito espaço para a aplicação deste conceito.
Na primeira parte desse livro, falei sobre ostinatos e
francamente não consigo pensar em ostinatos sem falar de
polirritmia.
Muitas vezes fica claro que os dois argumentos se
complementam, ou seja, um não vive sem o outro... rsrs Dito
isto, gostaria de sublinhar o fato de que como com os
ostinados, tenho prestado muita atenção a o tópico da
polirritmia e os resultados foram incluídos em algumas páginas
que chamo de "Guia Polirrítmico" e obviamente incluídos em
minha metodologia. Gostaria de me alongar neste tópico e
descrever um pouco do que desenvolvi nestas páginas.
23 24
2
guia
polirrítmico
A ideia era combinar grupos regulares, irregulares e alguns
stickings, com as principais combinações de chimbal (hi-hat) e
acentos. Para combinações com o hi-hat, quero dizer colcheia
e semicolcheias separados, depois combinados e finalmente
unidos aos acentos. Na minha opinião, nestas páginas
organizadas por mim, você encontrará a maioria das
combinações polirrítmicas úteis como base para enfrentar
problemas futuros relativos a ritmos, viradas e solos de bateria.
Obviamente este tópico de polirrítmia é muito vasto e também
é aconselhável sempre dar uma olhada nos métodos que falam
deste tópico para compensar algumas deficiências. Mas
realmente neste meu Guia Polirrítmico tem todas as
informações adquiridas em todos esses anos de minha
carreira, para então construir um guia o mais sólido possível; o
fato é que fui um pouco mais longe principalmente no que diz
respeito aos grupos irregulares, inserindo grupos
aparentemente inusitados, mas que na verdade têm sua
função.
Posto isto, gostaria de passar a um exemplo prático através de
uma seleção de exercícios do meu Guia Polirrítmico.
3
exercicío
polirrítmico
Para começar, sempre em estilo jazz vamos pegar um grupo
regular de 8 tocado só com a caixa no ostinado base do jazz;
depois vamos colocar um grupo de 6 com o bumbo.
Nesse ponto vamos tocar acentos no bumbo cada 3,2, e 4
batidas. Esse exercício é muito legal porque além da
polirritmia 8 contra 6, tem acentos no bumbo.
Como já reiterei na parte sobre velocidade, é preciso estudar
bem devagar ; para isso escolhi o bpm de 50 à semínima,
que é a mesma velocidade com que estudo.
Em minha opinião, outro fator muito importante no estudo de
polirrítmia é prestar atenção na sobreposições rítmicas; para
isso, é útil ver o exercício escrito.
Vídeo - Polirrítmia
25 26
"Tocar rápido na bateria é uma
coisa. Mas tocar música, tocar
com as pessoas para os outros
ouvirem, isso é outra coisa.
Esse é um outro mundo"
TONY WILLIAMS
S=F
Slower = Faster
Velocidade de Estudo
27 28
1
velocidade de
estudo - mindset
31 32
1
permutações -
introdução
As Permutações como o termo já fala, são
deslocamentos de uma figura rítmica ou de um acento.
Elas são um elemento muito importante e se bem aplicado
resulta em um efeito rítmico muito legal. Isso vale tanto
nas levadas quanto nas viradas e solo de bateria.
Pessoalmente uso as permutações principalmente no
estilo funk americano, mas esse item pode ser aplicado
em qualquer estilo e é bom treinar elas porque acostuma
os baterias a tocar uma mesma figura em varias partes de
um o mais compassos. Nesse paragrafo vou me
concentrar mais no estilo funk americano, porque andei
estudando ele bastante para desenvolver a minha
metodologia.
2
aplicação das
permutações
nas ghost notes
35 36
1
artos fracos -
introdução
37 38
3
pequena historia
sobre os
artos fracos
Vou lhe contar uma pequena historia sobre a obcecação da
mão fraca : Um meu colega, na epoca que eu estudava no
conservatório, era tão obcecado pelo problema da mão
fraca que um dia se apresentou na aula com o rosto todo
cortado.
Tudo mundo perguntou a ele o que aconteceu e ele
respondeu que tentou fazer a barba segurando o barbeador
de lâmina com a mão fraca dele que era a esquerda.
Além de não conseguir se barbear, ele se cortou tudo. Isso é
um exemplo para lhe mostrar que não precisa chegar nisso,
ta ?
Essa foi uma burrice que custou caro.
39 40
1
rudimentos e
ostinatos -
introdução
Falei já lá em cima de single stroke roll, double stroke roll,
e single paradiddle. Esses são alguns dos rudimentos que
pode ser aplicados nos ostinatos. Mas eu uso bastante
também o double e triple paradiddle, os paradiddle com
drag e flam. Esses últimos são muitos legais e o som fica
bem interessante. Também costumo usar esses
rudimentos nas modulações métricas. Os rudimentos são
muito uteis para viradas, para construção de levadas, e
também pode ser usados para tocar um solo de bateria.
Realmente acho que sem um mínimo de conhecimento
sobre eles, a sua linguagem na bateria ficaria muito
limitada. Por isso estudar os rudimentos se torna muito útil
na hora de desenvolver ideais. Olhando para qualquer
bateras famoso o não, não pode se dizer que eles não
usam os rudimentos, mesmo na forma mais simples.
Eles são essenciais no começo do estudo da bateria como
também em níveis altos.
Vamos então para uma parte pratica de exercícios para
começar a intender a aplicação deles.
2
rudimentos e
ostinatos -
exercícios praticos
41 42
PORQUE
ESTUDAR COISAS
DIFÍCEIS
vantagens e reflexões
1
estudar coisas
difíceis
Porque estudar coisas complicadas ? Essa é uma
perguntas que ao longo da minha carreira já ouvi bastante,
mesmo de bateras professionais. Realmente é uma bela
pergunta, especialmente se você considera o fato que no
mundo tem muitos bateras que construíram as carreiras
deles (e bem sucedidas) estudando muito pouco.
Então vai de novo a pergunta : “Porque estudar coisas
complicadas?”.
Bom, o primeiro ponto é que o fato de desenvolver ideias
no próprio instrumento é uma escolha que cada um faz ; as
vezes são ideias símplice e as vezes não, mas de qualquer
forma tem muitos bateras que consegue aplicar essas
ideias.. você pode gostar o não dessas ideias mas as final
se tem uma aplicação isso quer dizer que elas funcionam.
O segundo ponto, (no qual também acredito, mas não é
essencial) é que as vezes precisa estudar coisas um pouco
mais complicadas para (em alguns casos) enfrentar
trabalhos com mais confiança.
Eu acho que é como com os atletas ; o treinamento deles é
pesado tecnicamente e de alta performance, mas isso não
quer dizer que eles vão usar sempre toda a técnica em
qualquer performance...vai ser uma alternâncias de nível
técnico.
Então o que temos no caso da bateria, é níveis técnicos
deferentes aplicados em estilos musicais deferentes.
Acredito realmente que não pode se excluir uns ou outros.
43 44
"É a honestidade que você
aplica ao tocar que torna a
música agradável. O estilo da
música tem pouco a ver com
isso. É apenas a honestidade
que o torna bonito.”
ELVIN JONES
PARTITURAS
saber ou não ler elas
45 46
1
saber ou não
ler partituras
introdução
47 48
3
saber ou não ler
partituras -
conclusões
STEWART COPELAND
49 50
ORQUESTRAÇÃO
DO RITMO NA
BATERIA
tocar sem percussão
1
orquestração de um ritmo
na bateria
Um dia quando eu morava em Salvador, um cara falou
para mim que era inútil estudar orquestração das
percussões na bateria porque ele nuca iria usar, em quanto
tocava sempre em grupos grandes com mais de um
percussionista. De uma certa forma essa pessoa estava
certa, mas de outro lado não. No meu caso, eu toquei
muito musica brasileira sem percussão, e isso muitas
vezes por causa do cachê que não permitia isso. Então
teve que achar um jeito de incorporar a levada feita por
percussionistas (imaginários) na bateria, e tudo isso para
dar um clima legal nas musicas.
Esse tipo de método é usado por muitos bateras no
mundo...eu vi já na musica argentina, na cubana e assim
vai. Acho valido sim o estudo da incorporação das partes
de percussão nos ritmos.
Eu faço isso muitas vezes com vários ritmos, como por
exemplo aqueles africanos ; acho tudo isso muito
interessante e funcional. Você pode optar para não estudar
a orquestração dos ritmos na bateria, e simplesmente tocar
o “arroz com feijão” o que em muitos casos pode funcionar
; mas acho bom estudar pelo menos um poucos de
orquestração em alguns ritmos...mal não vai
fazer...rsrs
51 52
ESTILOS
MUSICAIS PARA
DESENVOLVER OS
ARTOS FRACOS E
POLIRRÍTMIA
quais os mais indicados
1
estilo de musica para
desenvolver artos fracos e
polirritmia
Eu acenei em cima, sobre alguns estilos musicais que na
minha opinião são ótimos para desenvolver os artos fracos
e a polirrítmia, então vou elencar eles aqui com uma
pequena descrição e análise do estilo :
Estilo Jazz
Esse estilo é o primeiro da minha lista, porque consigo com
ele muitas combinações usando ao mesmo tempo :
ostinatos, grupos regulares e irregulares, e acentos. Esse
conjuntos de elementos aplicado no jazz abre as portas
para muitas idéias e o estilo jazz de uma certa forma,
permite isso mais de que outros estilos. Com isso não
quero dizer que na hora de tocar ao vivo com um conjunto,
pode tocar tudo...precisa aqui também de uma dosagem
do jeito de tocar, como em todos osestilos musicais.
Estilo Etnico
Com esse nome entendo os ritmos que vem dos vários
países do mundo. Um elemento que uso muito nesse caso,
são as combinações de ostinatos. Eu pego um ritmo e
tento criar mas combinações possíveis para depois estudar
com os outros elementos que citei em cima (grupos e
acentos). Nesse estilo tem muitas coisas para desenvolver
; imagine quantos ritmos existem no mundo ! Rsrs Por isso
considero esse estilo muito poderoso.
53 54
Pop - Funk americano
Nesse estilo, achei um jeito legal de pensar em ostinatos e
em ultimo caso também, aplicação dos grupos regulares e
irregulares.
A ideia é de concentrar os ostinatos principalmente em
figurações do bumbo e chimbal e depois acrescentar
aberturas de chimbal ( com a baqueta e com pé ) e ghost
notes (notas fantasma).
Colocando tudo junto o som fica muito legal e da para tocar
varia combinações de levadas a ser usadas nas musicas.
APRENDER A
TOCAR UM OUTRO
INSTRUMENTO
as vantagens de saber tocar
um instrumento harmonico
55 56
1
a importancia
de aprender a tocar
um instrumento harmonico
Nos sabemos que a bateria é um instrumento com som
indeterminado , isso quer dizer que o nosso instrumento
mesmo se aproximando de algumas notas (veja a
afinação dos tom- tom) não conseguimos reproduzir uma
nota definida. Então a nossa concentração cai logo no
ritmo e isso digamos que desvia o nosso foco de alguns
elementos da musica muitos importantes como a
harmonia e melodia. Em parte isso esta incluído na teoria
musical, mas não é um treinamento completo a meu
ver...precisa colocar as mãos em um instrumento
harmônico-melódico para entender a importância desse
assunto. Seja um piano o violão, se você começar a
estudar harmonia moderna aplicada que pode ser jazz ou
pop-rock isso vai lhe abrir a porta para um outro mundo e
mais completo. Depois você vai começar a entender
como funciona a musica ; e dependendo de quanto você
estudou harmonia, pode dar até um palpite na hora de
fazer um arranjo em uma musica contribuindo assim não
só como batera mas como arranjador tambem (o que
aconteceu já varias vezes comigo). Não é legal isso ?
Acho que sim ne...sem falar que você vai tocar muito
melhor se entender o que está acontecendo
harmonicamente no seu redor.
2
a minha
experiencia
com o piano
Eu escolhi estudar piano jazz (só harmonia e não
improvisação) porque quando estudei percussão erudita no
conservatório, teve que estudar 5 anos de piano do curso
básico.
Sobre isso vou abrir uma pequena parente : na Itália no
programa de percussão tem que estudar piano, sabe
porque ? Você não imagina...rsrs Tem que estudar
piano porque o mesmo faz parte dos instrumentos a
percussão !! Incrível...mas pense em como funciona a
mecânica de um piano ; as cordas são percutidas por um
martelinho. Tem até fotos de um instrumento a cordas do
est da Europa que se toca com baquetas ; isso é o começo
do piano.
Bom, voltando ao assunto do estudo do piano, depois do
conservatório eu me senti afim de continuar nesse
instrumento e comecei um curso de harmonia jazz. E hoje
gosto de tocar o piano para diversão e para compor. Acho
tudo isso muito massa.
57 58
3
considerações
finais
59 60
“Estou sempre pensando em
criar. Meu futuro começa
quando eu acordo de manhã e
vejo a luz.”
MILES DAVIS