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APRENDA A LER SEM TRAUMAS!

Parte 3 - Por Christiano Rocha


Olá! No final do vídeo de apoio da parte 2, sugeri três
livros para você ler e estudar: Regras de Grafia Musical
(Osvaldo Lacerda), Curso de Divisão Rítmica (Rui Motta) e
Snare Drum Method – Book 1 (Vic Firth).

No livro do Osvaldo Lacerda, por exemplo, existem algumas


regras que são estranhas, mas é bom saber. Citarei três:

• Não se usa pausa de dois tempos em um compasso ternário:

• Não se usa pausa de mínima no tempo 2 de um 4 por 4:

Obs.: Em ambos os casos mostrados acima, você deve trocar a


pausa de mínima por duas pausas de semínima.

• Nos compassos sem som, escreve-se pausa de semibreve,


qualquer que seja a fórmula de compasso, apesar de que a
contagem dos compassos não muda (o número de tempos
permanece o mesmo):
Até então foi possível representarmos uma, duas e quatro
figuras por tempo. Para escrevermos três figuras equidistantes
(mesma distância entre elas) por tempo é necessário usarmos
uma quiáltera, pois não existe uma figura entre a colcheia e a
semicolcheia, ou seja, uma figura rítmica que dure um terço
QUIÁLTERAS de tempo (1/3) dentro de um 2 por 4.

Quiálteras são agrupamentos rítmicos com valor alterado (por Utilizaremos então uma tercina. Mais precisamente, agru-
exemplo, as tercinas, que são agrupamentos rítmicos basea- paremos três colcheias e indicaremos o agrupamento com o
dos em três figuras). número “3”:
As quiálteras são indicadas por meio de um número, acima ou
abaixo do agrupamento.

Explicarei com um exemplo prático.

Vamos pegar um compasso 2 por 4 e completá-lo com semíni-


mas, ou seja, uma figura por tempo: Obs.: Chamamos a colcheia de uma tercina de colcheia terci-
nada.

Existem várias formas de representarmos uma quiáltera:

Agora vamos completá-lo com colcheias, ou seja, duas figuras


por tempo:

Dentro de um compasso 4 por 4, por exemplo, podemos utili-


zar tercinas com diversas figuras rítmicas. Alguns exemplos:

Utilizaremos agora semicolcheias, ou seja, quatro figuras por


tempo:

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Existem diversos tipos de quiálteras: Na música contemporânea, é comum indicarmos o número
representativo da quiáltera e o número da divisão “normal”
Duina (ou bisina): quiáltera baseada em duas figuras. (o exemplo a seguir mostra que devemos executar quatro
Tercina: quiáltera baseada em três figuras. figuras onde “normalmente” caberiam 3):
Quartina (ou quatrina): quiáltera baseada em quatro figuras.
Quintina: quiáltera baseada em cinco figuras.
Sextina: quiáltera baseada em seis figuras.
Septina: quiáltera baseada em sete figuras.
Etc.

Não há um limite de número de figuras de uma quiáltera, Para complementar o assunto, segue uma tabela muito baca-
inclusive existem quiálteras baseadas em 9, 10, 11, 12, 13 ou na, criada por Emilio Mendonça (pianista, arranjador e expert
mais figuras: em paellas), intitulada “Discussão”:

As pausas podem fazer parte da quiáltera:

E podem aparecer figuras adicionais. Por exemplo, uma terci-


na pode ter quatro figuras:

Quando uma quiáltera é formada por valores desiguais, ela é


chamada de quiáltera irregular, como podemos notar no
exemplo anterior.

A seguir, mais um exemplo de quiáltera irregular:

Quando uma quiáltera é formada por valores iguais, ela é


chamada de quiáltera regular. Por exemplo:

Chamamos de quiáltera aumentativa quando o número de


figuras aumenta em relação à subdivisão natural do compasso.
Por exemplo:

E chamamos de quiáltera diminutiva quando o número de


figuras diminui em relação à subdivisão natural do compasso.
Por exemplo:

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Lição! Complete os compassos com figuras rítmicas,
inclusive pausas e quiálteras (escreva no terceiro espaço TIPOS DE COMPASSO
do pentagrama).
Antes de começar a falar sobre os tipos de compasso, tenha
em mente que é mais importante tocar, ler e escrever os
compassos do que classificá-los. Na prática, ninguém fica
explicando que tipo de compasso você deverá tocar numa
gravação, por exemplo.
Apenas colocam a parte na sua frente e esperam que você
leia o que está escrito.

Além de muito discutido (teoria francesa [a que adotamos] X


teoria alemã de compassos, por exemplo), o assunto “com-
passo” é comumente explicado de forma equivocada, inclu-
sive por mim, pois no livro Bateria Brasileira, no capítulo
de compassos quebrados (odd times), chamei os compassos
binários e quaternários de compassos perfeitos. Errado! O
compasso ternário é que era considerado “perfeito”, enquan-
to os binários e quaternários “imperfeitos”.
Mea culpa.

A classificação de compasso leva algumas coisas em conta: a


subdivisão do compasso (grosso modo, é a divisão do tempo
do compasso, ou seja, em quantas partes dividimos os tempos
[duas, três e quatro partes são as mais comuns]); o número
de tempos do compasso; e a unidade de tempo, que pode ser
simples ou pontuada (com ponto de aumento*, que é um sinal
que aumenta metade do valor da figura rítmica).

Dica: Após completar um compasso, some o valor de


todas as figuras rítmicas para ver se ele “bate” com o número *Exemplos:
de tempos do compasso.
Por exemplo: um compasso 5 por 8 deve ter cinco tempos,
independente do número de figuras, exceto se o compasso
for de silêncio (nesse caso, utilizaremos apenas uma pausa de Os tipos de compasso mais conhecidos são:
semibreve).
• Compasso simples: compasso com subdivisão binária ou
Lição! Exercícios de leitura! quaternária e, geralmente, com o número de tempos múltiplo
Primeiro pratique os exercícios com a voz (pronuncie “tá” de dois. Por exemplo: “Serrado”, de Djavan (samba em 2 por
na duração do som da figura). 4 com subdivisão quaternária), “Every Breath You Take”, do
Depois execute as divisões na caixa da bateria. The Police (rock em 4 por 4 com subdivisão binária) etc.
Por fim, execute num prato, para poder respeitar as
divisões de forma mais exata, ou seja, onde houver uma • Compasso composto: compasso com subdivisão ternária
pausa, “seque” o prato com a mão (confira o vídeo do e número de cima da fórmula de compasso múltiplo de três.
curso). Possui unidade de tempo pontuada. Por exemplo: “Still Got
The Blues”, de Gary Moore (música em 12 por 8 com subdivi-
são ternária).

• Compasso alternado simples: compasso com subdivisão


binária ou quaternária derivado da combinação entre dois ou
mais compassos diferentes, executados alternadamente (2 +
3 = 5, 3 + 2 = 5, 4 + 3 = 7, 3 + 4 = 7, 3 + 4 + 3 = 10 etc.). Por
exemplo: tema da série “Missão Impossível” (5 por 4 = 3 + 2,
no caso).

Obs.: Muitos compassos são derivados da adição ou subtração


de uma ou mais figuras de um compasso simples. Exemplos:
um 7 por 8 pode ser o resultado de um 4 por 4 menos uma
colcheia; um 17 por 16 pode ser o resultado de um 4 por 4
mais uma semicolcheia etc. Esse é um dos motivos pelos quais
alguns usam o termo compassos quebrados ou odd times ao
se referirem aos compassos quinários, setenários, etc.

• Compasso alternado composto: compasso com subdivisão


ternária derivado da combinação entre dois ou mais compas-
sos diferentes, executados alternadamente (2 + 3 = 5, 3 + 2 =
5, 4 + 3 = 7, 3 + 4 = 7, 2 + 3 + 2 = 7 etc.). Por exemplo: “Here
Comes The Bastards”, do Primus (compasso quinário [3 + 2]

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com subdivisão ternária, ou seja, que pode ser escrito como na Roseira” e “Here Comes The Sun”]) — ou de forma irregu-
um 15 por 8). lar (isso é comum em casos nos quais um compositor encaixa
uma letra na música, mudando a métrica do compasso).

• Aparecendo apenas uma vez na música. Existem casos nos


quais esse único compasso quebrado cria uma espécie de
inversão. Um dos exemplos disso é a música “A Carta” (disco
Bicho Solto XIII, de Djavan), em 4 por 4, em que o quarto
compasso da música (com a virada de bateria) é em 7 por 8.

• Fazendo parte da execução de um ou mais instrumentos


dentro de uma música “redonda”. Por exemplo: no final da
Obs.: Muita gente chama o compasso alternado (simples ou música “More Than This” (Peter Gabriel) — em 4 por 4 — um
composto) de compasso misto. Na verdade, compasso misto é loop faz um motivo rítmico em 5 por 4. Outro exemplo é a
outra coisa. Segundo a 4ª edição do livro Teoria da Música música “Thela Hun Ginjeet” (King Crimson), na qual a guitarra
(Bohumil Med), compassos mistos são “compassos de espécies às vezes toca em 7 por 8 e a banda em 4 por 4.
diferentes, executados simultaneamente” (não alternadamen-
te, como os compassos alternados). O inverso também é muito comum. Por exemplo: a bateria
“redonda” (em 4 por 4, por exemplo) numa música, ou trecho
Outros livros comprovam isso, como o Manual de Rítmica musical, “quebrada” (com compassos ímpares, por exemplo).
(Abelardo Mato Alonso) e o famoso método Bona. No Manual Um dos exemplos mais conhecidos disso é a música “Kashmir”
de Rítmica, por exemplo, o autor escreve: “A lição 3 é prepa- (Led Zeppelin), na qual o riff é em 3 por 4, mas a bateria toca
ratória ao aparecimento dos compassos alternados (5 por 8, 7 um motivo binário (ou quaternário).
por 8 etc.)”.
Já no Bona, compassos mistos são explicados com exemplos Outro exemplo é na música “Supernova” (Corciolli), composi-
utilizando “ritmos ternários em um movimento binário (1) ou ção em 5 por 8, em que num determinado momento —
viceversa (2)”: mais especificamente no final — a bateria executa um motivo
quaternário.

Teoricamente, numa mesma música, cada instrumento pode


tocar um compasso diferente.
A bateria é um dos poucos instrumentos (se não o único)
em que é possível tocarmos quatro compassos diferentes ao
mesmo tempo (por exemplo, dois + três + cinco + sete [como
mostro no vídeo de apoio]).

Independente de que tipo o compasso é (quebrado ou não),


Como disse anteriormente, muitos costumam chamar os precisamos estar atentos à subdivisão da música ou de um
compassos alternados (simples ou compostos) de compassos trecho musical.
quebrados. Apesar de ser uma “linguagem de rua”, isso facili-
ta a classificação de compassos. MAIS SUBDIVISÃO!

Os compassos quebrados abrangem uma série de situações, Cuidado para não confundir número de tempos com subdivisão
inclusive: do compasso. O fato de um compasso ser binário não significa
• Compassos que equivalem a combinações entre dois ou mais que a subdivisão seja binária.
compassos diferentes (3 + 2 = 5, 2 + 3 = 5 etc.), assim como os
compassos alternados. Exemplos: música “Isengard Theme” Considerando os principais compassos, grosso modo, podemos
(da trilogia “Senhor dos Anéis”, em que há uma combinação ter:
de um compasso ternário + um compasso binário).
Compasso binário com subdivisão binária:
• Compassos que resultam da adição ou subtração de
figuras rítmicas de um compasso “redondo”, como o binário e 1 2 (tempo)
o quaternário. Exemplos: 7 por 16, 17 por 16, 5 por 8, 7 por
8, 9 por 8 (alguns casos) etc.
I I I I (subdivisão)

Compasso binário com subdivisão ternária:


• Compassos ternários utilizados em ritmos de origem binária
ou quaternária, como um samba em 3, maracatu em 3 etc.
1 2 (tempo)
Exemplos: músicas “A Volta do Maracatu Atômico” (Renato
Consorte) — um maracatu ternário (3 por 4), e “It’s Raining” I I I I I I (subdivisão)
(Dori Caymmi) — um samba ternário (3 por 4).
Compasso binário com subdivisão quaternária:
Os tais compassos quebrados podem aparecer em diferentes
situações. Entre elas: 1 2 (tempo)

• Fazendo parte integral de uma música. Por exemplo: I I I I I I I I (subdivisão)


“Dreaming In Metaphors” (Seal), em 7 por 8.

• Aparecendo ao longo de uma música (intercalando com


outros compassos, quebrados ou não) — de forma regular (por
exemplo, em apenas uma das partes da música [falei sobre
isso anteriormente, na parte 1, ao citar as músicas “Chovendo

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MAIS COMPOSTOS!
Compasso ternário com subdivisão binária:
Que os compassos compostos e alternados compostos possuem
1 2 3 (tempo) subdivisão ternária e unidade de tempo pontuada (composta)
você já sabe, mas para entender melhor o conceito de unida-
I I I I I I (subdivisão)
de pontuada, observe a tabela a seguir (tabela comparativa
com a divisão ternária de valores):
Compasso ternário com subdivisão ternária:

1 2 3 (tempo)
I I I I I I I I I (subdivisão)

Compasso ternário com subdivisão quaternária:

1 2 3 (tempo)
I I I I I I I I I I I I (subdivisão)

Compasso quaternário com subdivisão binária:

1 2 3 4 (tempo)
I I I I I I I I (subdivisão)
Obs.: Essa tabela é válida somente para os compassos
Compasso quaternário com subdivisão ternária: compostos e alternados compostos.

1 2 3 4 (tempo) A fórmula de compasso dos compassos compostos (ou


alternados compostos) difere da fórmula dos compassos
I I I I I I I I I I I I (subdivisão) simples (ou alternados simples), fornecendo outras informa-
ções: o número de cima representa o número de subdivisões;
Compasso quaternário com subdivisão quaternária: o número de baixo representa a figura na qual está baseada a
subdivisão.
1 2 3 4 (tempo)
I I I I I I I I I I I I I I I I (subdivisão) Vamos pegar como exemplo o famoso 6 por 8 composto:

No vídeo de apoio, mostro — na prática — todos os exemplos 6 › seis subdivisões


citados. 8 › colcheia (figura 8) é a base da subdivisão
Geralmente, a subdivisão de um compasso costuma ser biná-
ria, ternária ou quaternária, mas também é muito frequente A unidade de tempo do compasso 6 por 8 composto é a semí-
uma subdivisão “senária”, muito comum no funk, por exemplo nima pontuada (cada semínima pontada equivale a três
(apesar de que essa subdivisão pode ser apenas uma “duplica- colcheias), ou seja, o compasso possui dois tempos compos-
ção” da ternária). tos:

Para essa subdivisão, podemos utilizar a seguinte legenda:

Ou seja:
A dica passada anteriormente em relação à extensão do
compasso (parte 2 do curso) também vale aqui, ou seja, num
6 por 8 cabem seis figuras 8 (seis colcheias).

A coisa não para por aí, pois existe a possibilidade de haver Obs.: Todo compasso composto (ou alternado composto) tem
outras subdivisões. Um exemplo disso seria uma subdivisão um múltiplo de 3 no número de cima de sua fórmula de com-
quinária (isso também está no vídeo de apoio, assim como no passo (3, 6, 9, 12 etc.). Isso não quer dizer que todo compas-
artigo “Quintuplet Rock”, escrito pelo baterista Andy so com um múltiplo de 3 no número de cima de sua fórmula
Newmark na edição de agosto de 1991 da Modern Drummer de compasso seja composto. Por exemplo, um samba em 3 por
norte-americana). 4 (subdivisão quaternária) não é composto. Outro exemplo é o
Além da subdivisão em 5, podem ocorrer outras, não múlti- 9 por 8 com subdivisão “binária”, como nas músicas “Laundry
plas de 2 e 3, como 7, por exemplo. Girl” e “I Hung My Head”, vistas anteriormente (parte 1 do
curso), ou que aparece no meio da música “Kashmir”, do Led
Pior! É possível tocarmos, ao mesmo tempo, diferentes tipos Zeppelin.
de subdivisão “contrastantes”. Por exemplo: duas figuras Lição: Escreva o exercício a seguir como compasso
por tempo + três figuras por tempo + cinco figuras por tempo composto (resposta no vídeo do curso):
(anos atrás, vi um baterista australiano, Grant Collins, fazer
algo pior que isso, pois cada membro tocava uma subdivisão
diferente. Aí pergunto para os teóricos: “Que tipo
de compasso esse cara estava tocando?”. Eu não sei!).

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COMPASSOS CORRESPONDENTES Agradecimentos:
Cláudio Machado, Emilio Mendonça, Marcelo Wolp, Priscila
São dois compassos distintos (para facilitar, pense num Racolto Mendes, Wanderson Bersani
“correspondente simples do composto” e vice-versa, ou seja,
um “correspondente composto do simples”). Bibliografia:
Ambos os compassos têm o mesmo número de tempos e a ∙ Advanced Concepts (Kim Plainfield – Manhattan Music)
mesma extensão, mas um tem unidade de tempo pontuada ∙ Bateria Brasileira (Christiano Rocha – edição do autor)
∙ Compêndio de Teoria Elementar da Música (Osvaldo Lacerda –
e o outro não (no compasso que não tem unidade de tempo
Ricordi)
pontuada será feito uso da tercina). ∙ Dicionário de Termos e Expressões da Música (Autran Dourado –
Editora 34)
Resumindo: temos duas maneiras de escrever um compasso ∙ Dicionário Grove de Música (editado por Stanley Sadie – Zahar)
com subdivisão ternária. Peguemos como exemplo uma divi- ∙ La Batteria Interpretata da Gil Cuppini (Gil Cuppini – Radio
são extraída do “Bolero”, de Maurice Ravel: Record)
∙ Manual de Rítmica (Abelardo Mato Alonso – Novas Metas)
∙ Método Completo de Divisão Musical (P. Bona – Ricordi)
∙ Método Prince (Adamo Prince – Lumiar)
∙ Noções Básicas de Teoria Musical (Francesco Pezzella – Ricordi)
∙ Polyrhythms (Peter Magadini – Hal Leonard)
∙ Regras de Grafia Musical (Osvaldo Lacerda – Irmãos Vitale)
∙ Ritmo – 4ª edição (Bohumil Med – Musimed)
∙ Snare Drum Method – Book 1 (Vic Firth – Carl Fischer)
∙ Teoria da música – 4ª edição (Bohumil Med – Musimed)
Obs.: Escrevi de forma dobrada em relação à partitura “origi- ∙ Teoria de La Musica (Danhauser – Ricordi)
nal”, na qual a escrita é assim: ∙ Treinamento Elementar para Músicos (Paul Hindemith – Ricordi)

Pegando como ponto de partida um compasso simples, por


meio de uma fração podemos achar seu correspondente com-
posto multiplicando o número de cima da fórmula de compas-
so por 3 e o número de baixo por 2:

2 x 3 = 6
4 x 2 = 8

Vale o inverso, ou seja, pegando como ponto de partida um


compasso composto, podemos achar seu correspondente sim-
ples dividindo o número de cima da fórmula de compasso por
3 e o número de baixo por 2:

6 ÷ 3 = 2
8 ÷ 2 = 4

Vamos pegar um compasso quaternário com subdivisão terná-


ria e escrever das duas formas:

4 x 3 = 12
4 x 2 = 8

Vale o inverso, ou seja:

12 ÷ 3 = 4
8÷2=4

Na quarta e última parte, veremos, entre outras coisas, como


funciona a escrita para bateria, assim como alguns dos vários
símbolos utilizados na escrita musical.

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