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Quiálteras são agrupamentos rítmicos com valor alterado (por Utilizaremos então uma tercina. Mais precisamente, agru-
exemplo, as tercinas, que são agrupamentos rítmicos basea- paremos três colcheias e indicaremos o agrupamento com o
dos em três figuras). número “3”:
As quiálteras são indicadas por meio de um número, acima ou
abaixo do agrupamento.
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Existem diversos tipos de quiálteras: Na música contemporânea, é comum indicarmos o número
representativo da quiáltera e o número da divisão “normal”
Duina (ou bisina): quiáltera baseada em duas figuras. (o exemplo a seguir mostra que devemos executar quatro
Tercina: quiáltera baseada em três figuras. figuras onde “normalmente” caberiam 3):
Quartina (ou quatrina): quiáltera baseada em quatro figuras.
Quintina: quiáltera baseada em cinco figuras.
Sextina: quiáltera baseada em seis figuras.
Septina: quiáltera baseada em sete figuras.
Etc.
Não há um limite de número de figuras de uma quiáltera, Para complementar o assunto, segue uma tabela muito baca-
inclusive existem quiálteras baseadas em 9, 10, 11, 12, 13 ou na, criada por Emilio Mendonça (pianista, arranjador e expert
mais figuras: em paellas), intitulada “Discussão”:
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Lição! Complete os compassos com figuras rítmicas,
inclusive pausas e quiálteras (escreva no terceiro espaço TIPOS DE COMPASSO
do pentagrama).
Antes de começar a falar sobre os tipos de compasso, tenha
em mente que é mais importante tocar, ler e escrever os
compassos do que classificá-los. Na prática, ninguém fica
explicando que tipo de compasso você deverá tocar numa
gravação, por exemplo.
Apenas colocam a parte na sua frente e esperam que você
leia o que está escrito.
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com subdivisão ternária, ou seja, que pode ser escrito como na Roseira” e “Here Comes The Sun”]) — ou de forma irregu-
um 15 por 8). lar (isso é comum em casos nos quais um compositor encaixa
uma letra na música, mudando a métrica do compasso).
Os compassos quebrados abrangem uma série de situações, Cuidado para não confundir número de tempos com subdivisão
inclusive: do compasso. O fato de um compasso ser binário não significa
• Compassos que equivalem a combinações entre dois ou mais que a subdivisão seja binária.
compassos diferentes (3 + 2 = 5, 2 + 3 = 5 etc.), assim como os
compassos alternados. Exemplos: música “Isengard Theme” Considerando os principais compassos, grosso modo, podemos
(da trilogia “Senhor dos Anéis”, em que há uma combinação ter:
de um compasso ternário + um compasso binário).
Compasso binário com subdivisão binária:
• Compassos que resultam da adição ou subtração de
figuras rítmicas de um compasso “redondo”, como o binário e 1 2 (tempo)
o quaternário. Exemplos: 7 por 16, 17 por 16, 5 por 8, 7 por
8, 9 por 8 (alguns casos) etc.
I I I I (subdivisão)
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MAIS COMPOSTOS!
Compasso ternário com subdivisão binária:
Que os compassos compostos e alternados compostos possuem
1 2 3 (tempo) subdivisão ternária e unidade de tempo pontuada (composta)
você já sabe, mas para entender melhor o conceito de unida-
I I I I I I (subdivisão)
de pontuada, observe a tabela a seguir (tabela comparativa
com a divisão ternária de valores):
Compasso ternário com subdivisão ternária:
1 2 3 (tempo)
I I I I I I I I I (subdivisão)
1 2 3 (tempo)
I I I I I I I I I I I I (subdivisão)
1 2 3 4 (tempo)
I I I I I I I I (subdivisão)
Obs.: Essa tabela é válida somente para os compassos
Compasso quaternário com subdivisão ternária: compostos e alternados compostos.
Ou seja:
A dica passada anteriormente em relação à extensão do
compasso (parte 2 do curso) também vale aqui, ou seja, num
6 por 8 cabem seis figuras 8 (seis colcheias).
A coisa não para por aí, pois existe a possibilidade de haver Obs.: Todo compasso composto (ou alternado composto) tem
outras subdivisões. Um exemplo disso seria uma subdivisão um múltiplo de 3 no número de cima de sua fórmula de com-
quinária (isso também está no vídeo de apoio, assim como no passo (3, 6, 9, 12 etc.). Isso não quer dizer que todo compas-
artigo “Quintuplet Rock”, escrito pelo baterista Andy so com um múltiplo de 3 no número de cima de sua fórmula
Newmark na edição de agosto de 1991 da Modern Drummer de compasso seja composto. Por exemplo, um samba em 3 por
norte-americana). 4 (subdivisão quaternária) não é composto. Outro exemplo é o
Além da subdivisão em 5, podem ocorrer outras, não múlti- 9 por 8 com subdivisão “binária”, como nas músicas “Laundry
plas de 2 e 3, como 7, por exemplo. Girl” e “I Hung My Head”, vistas anteriormente (parte 1 do
curso), ou que aparece no meio da música “Kashmir”, do Led
Pior! É possível tocarmos, ao mesmo tempo, diferentes tipos Zeppelin.
de subdivisão “contrastantes”. Por exemplo: duas figuras Lição: Escreva o exercício a seguir como compasso
por tempo + três figuras por tempo + cinco figuras por tempo composto (resposta no vídeo do curso):
(anos atrás, vi um baterista australiano, Grant Collins, fazer
algo pior que isso, pois cada membro tocava uma subdivisão
diferente. Aí pergunto para os teóricos: “Que tipo
de compasso esse cara estava tocando?”. Eu não sei!).
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COMPASSOS CORRESPONDENTES Agradecimentos:
Cláudio Machado, Emilio Mendonça, Marcelo Wolp, Priscila
São dois compassos distintos (para facilitar, pense num Racolto Mendes, Wanderson Bersani
“correspondente simples do composto” e vice-versa, ou seja,
um “correspondente composto do simples”). Bibliografia:
Ambos os compassos têm o mesmo número de tempos e a ∙ Advanced Concepts (Kim Plainfield – Manhattan Music)
mesma extensão, mas um tem unidade de tempo pontuada ∙ Bateria Brasileira (Christiano Rocha – edição do autor)
∙ Compêndio de Teoria Elementar da Música (Osvaldo Lacerda –
e o outro não (no compasso que não tem unidade de tempo
Ricordi)
pontuada será feito uso da tercina). ∙ Dicionário de Termos e Expressões da Música (Autran Dourado –
Editora 34)
Resumindo: temos duas maneiras de escrever um compasso ∙ Dicionário Grove de Música (editado por Stanley Sadie – Zahar)
com subdivisão ternária. Peguemos como exemplo uma divi- ∙ La Batteria Interpretata da Gil Cuppini (Gil Cuppini – Radio
são extraída do “Bolero”, de Maurice Ravel: Record)
∙ Manual de Rítmica (Abelardo Mato Alonso – Novas Metas)
∙ Método Completo de Divisão Musical (P. Bona – Ricordi)
∙ Método Prince (Adamo Prince – Lumiar)
∙ Noções Básicas de Teoria Musical (Francesco Pezzella – Ricordi)
∙ Polyrhythms (Peter Magadini – Hal Leonard)
∙ Regras de Grafia Musical (Osvaldo Lacerda – Irmãos Vitale)
∙ Ritmo – 4ª edição (Bohumil Med – Musimed)
∙ Snare Drum Method – Book 1 (Vic Firth – Carl Fischer)
∙ Teoria da música – 4ª edição (Bohumil Med – Musimed)
Obs.: Escrevi de forma dobrada em relação à partitura “origi- ∙ Teoria de La Musica (Danhauser – Ricordi)
nal”, na qual a escrita é assim: ∙ Treinamento Elementar para Músicos (Paul Hindemith – Ricordi)
2 x 3 = 6
4 x 2 = 8
6 ÷ 3 = 2
8 ÷ 2 = 4
4 x 3 = 12
4 x 2 = 8
12 ÷ 3 = 4
8÷2=4
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