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DIREITO COMERCIAL - P2 Ex.

: Um administrador ou sócio pratica um ato em nome da sociedade para tirar proveito próprio, violando
a lei ou o contrato social. Ele deverá ser responsabilidade pessoalmente pelo dano causado a terceiro ou a
Rio de Janeiro, 21/05/2015. própria sociedade.

X) AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DAS SOCIEDADES E DESCONSIDERAÇÃO DA Toda vez que se puder imputar a responsabilização ao real infrator, não há de que se falar em
PERSONALIDADE JURÍDICA desconsideração da personalidade jurídica.

O começo da existência legal das pessoas jurídicas se dá pelo registro (art. 45, CC). A teoria da desconsideração da personalidade jurídica é incorporada pelo CDC (Lei 8.078/90), art. 28, pela
Lei do Meio Ambiente (Lei 9.605/98), art. 4º, pela Lei anti-trust (Lei 12.529), art. 34 e pelo Código Civil, art.
Os efeitos da personificação são: (a) patrimônio próprio, (b) nome próprio, (c) nacionalidade própria e (d) 50.
domicilio próprio.
XI) SOCIEDADES - DISPOSIÇÕES GERAIS
Patrimônio próprio significa que a sociedade, após ser constituída, tem o seu próprio patrimônio, fala-se na
autonomia patrimonial da sociedade. Se a sociedade acabou de ser constituída, o patrimônio vem dos 1. Conceito, classificação e tipos societários
sócios pelo capital social.
Sociedade é contrato + entidade. A sociedade, sendo ela simples ou empresária, decorre necessariamente
Uma firma costuma identificar responsabilidade ilimitada, com exceção da EIRELI e da Ltda. de um contrato e, uma vez esse contrato sendo arquivado no órgão competente, dá-se início a existência
legal de uma pessoa jurídica.
Domicílio/ Sede social é endereço que consta no contrato social. Principal estabelecimento é local onde a
atividade é normalmente explorada. Órgão competente: RCPJ, para sociedade simples e Junta Comercial, para sociedade empresária.

No caso de falência, a competência se baseia no principal estabelecimento. Ou seja, é importante para 1.1. Noções iniciais
definir a competência do juízo falimentar a questão de se definir qual é o principal estabelecimento (art.
75, IV, §2º, CC + art. 3º, Lei 11.101/05). “affectio societatis” é a vontade dos sócios de não apenas constituir a sociedade, mas de manter e realizar
esforços para que a sua finalidade tenha êxito. Manifesta-se o “affectio societatis” no momento em que se
A desconsideração da personalidade jurídica entra no momento em que a personificação da sociedade, ou celebra o contrato e na manutenção dessa relação.
seja, a sua finalidade é desvirtuada em proveito dos sócios ou administradores.
1.2. Conceito
A desconsideração da personalidade jurídica serve como salvaguarda de interesses de terceiros de boa-fé
contra fraudes e abusos praticados pelos sócios e administradores, desviando a finalidade da empresa. “Sociedade é uma entidade dotada de personalidade jurídica, com patrimônio próprio, atividade negocial e
fim lucrativo”. (Tavares Borba)
Primeira decisão em que se aplicou a teoria “disregard of legal entily” ou desconsideração da
personalidade jurídica ou teoria da penetração: caso Salomon x Salomon, Inglaterra, 1897. 1.3. Classificação

Não se trata de anulação da personalidade jurídica, mas tão somente de torná-la ineficaz (a) ​Sociedades ​regulares ​ou ​irregulares​, conforme o arquivamento do ato constitutivo no órgão
momentaneamente para determinado caso concreto. competente.

Aplica-se a desconsideração da personalidade jurídica toda vez que não for possível imputar a (b) ​Sociedades​ d
​ e​ ​pessoas​ ​ou​ ​de​ c​ apital​, conforme exista o “intuito personae” entre os sócios.
responsabilidade diretamente na pessoa do sócio ou administrador. Ou seja, aplica-se a desconsideração
da personalidade jurídica sempre que a personalidade jurídica for um obstáculo para responsabilização do ​(c) ​Sociedades de responsabilidade ilimitada, limitada ou mista​, conforme a natureza de
real infrator. responsabilidade de cada sócio para com as dívidas sociais.
OBS.: Responsabilidade que se fala aqui é dos sócios, porque a responsabilidade da sociedade é sempre Ou seja, uma sociedade é incorporada por outra. Geralmente, a incorporadora é a maior e a incorporada é
ilimitada. a menor.

Sociedades que têm responsabilidade limitada são SA, Ltda., EIRELI e, facultativamente, a sociedade Ex.: uma Ltda. foi incorporada por uma sociedade maior (incorporada). Aquela sociedade que foi
simples e a cooperativa. incorporada terá seu registro extinto, cancelado, no órgão de registro competente.

Na sociedade de responsabilidade ilimitada, tem-se sociedade em nome coletivo, a sociedade em comum/ Artigos: art. 1116, CC + art. 227, LSA.
irregular/ de fato, e facultativamente a sociedade simples e a cooperativa.
FUSÃO
Sociedades que têm responsabilidade mista são a sociedade em comandita simples, a sociedade em
comandita por ações e sociedade em conta de participação. É a operação pela qual duas ou mais sociedades se unem para constituir uma nova sociedade, que lhes
sucederá em todos os direitos e obrigações. Ou seja, tem-se a união de forças de duas ou mais sociedades
1.4. Tipos societários para criação de uma nova sociedade.

SOCIEDADES PERSONIFICADAS Consequência jurídica: os registros das sociedades fundidas serão cancelados e extintos, devendo a nova
SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS sociedade registrar-se no órgão competente.

Ex.: sociedade em comum e sociedade em conta de participação. Artigos: art. 1.119, CC + art. 228, LSA.

Rio de Janeiro, 26/05/2015. CISÃO

2. Transformações e reorganizações societárias É a operação pela qual a sociedade transfere parcelas do seu patrimônio/capital social para uma ou mais
sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes.
Mutações que ocorrem na sociedade alterando o seu quadro societário, estrutura e o tipo da sociedade.
Conseqüências jurídicas: 1º) se a transferência do capital social for total, importará na extinção da primeira
São operações societárias que importam na mutação da estrutura da sociedade. sociedade (a sociedade cindida), 2º) se a transferência do capital social for parcial, ocorrerá tão somente a
divisão/alteração do seu capital social.
TRANSFORMAÇÃO
Art. 229, LSA.
Alteração pela qual a sociedade passa de um tipo sociedade a outro, independentemente de dissolução e
liquidação. Ocorre, nesse caso, a mudança do tipo societário. 2.1. Disciplina geral

Ex.: transformação da EIRELI (art. 1.033, IV e parágrafo único). ❖ QUÓRUM

Artigos: art. 113, CC + art. 220 da LSA (lei 6.404/76). No caso da transformação, o quórum é por unanimidade. Ou seja, a transformação pressupõe o
consentimento unânime dos sócios (art. 1.114, CC + art. 221, LSA). As demais operações pressupõem um
INCORPORAÇÃO quórum mínimo de ¾ dos acionistas (art. 1.071, VI, CC + art. 1.076, I, CC). Ambos os quóruns podem ser
alterados por previsão expressa no Estatuto ou no Contrato Social.
Operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas/incorporadas por outra, que lhe sucede em
direitos e obrigações.
2.2. Proteção dos acionistas minoritários da S.A. 8ª conseqüência: ​Impossibilidade de registro no CNPJ, no INSS, FGTS, etc.

O acionista minoritário de S.A. tem o direito de se opor, manifestando seu descontentamento e/ou se OBS.: O registro é um ato meramente declaratório. O sujeito pode exercer atividade econômica de forma
retirar da sociedade, recebendo em troca o valor atualizado da sua participação na sociedade (art. 136 + irregular.
art. 137, LSA).
Artigos: art. 45, art. 967, art. 1.150, CC.
XII) SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS
Rio de Janeiro, 28/05/2015.
1. Noções iniciais
(b) Sociedade em conta de participação
São ficções jurídicas.
A sociedade em conta de participação é uma sociedade não personificada, ou seja, não tem o seu contrato/
2. Espécies seu ato constitutivo arquivado no órgão competente. Muito embora não esteja arquivada, os efeitos não
são os mesmos da sociedade em comum. É uma sociedade que existe entre os sócios e não perante
(a) Sociedade em comum terceiros.

Sociedade em comum é sociedade constituída oralmente ou por escrito que não foi devidamente Prova-se a existência da sociedade na relação entre os sócios por meio do contrato escrito e terceiros
registrada – ou o contrato social não foi devidamente arquivado, como determina a lei. perante a sociedade, por qualquer meio probatório.

As normas que se aplicam à sociedade em comum: art. 986 e ss, CC + normas da sociedade simples. OBS.: Mesmo que a sociedade em conta de participação arquive ato constitutivo em determinado órgão,
não terá proteção, pois a lei simplesmente não quer, ou seja, porque a lei a enquadra em sociedades não
A relação entre sócios entre si e de sócios com terceiros, prova-se somente por documento escrito. E a personificadas.
relação de terceiros com os sócios, prova-se por qualquer meio.
OBS.: se pensar bem é um acordo entre sócios que não chega a constituir uma sociedade genuína. É mais
❖ CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS um pacto associativo.

1ª conseqüência: Responsabilidade ilimitada e solidária dos sócios para com as dívidas contraídas. Todo o ❖ SÓCIOS
ativo junto com o passivo forma o patrimônio especial.
Há duas figuras de sócios: o sócio ostensivo e o sócio oculto/participante. O sócio ostensivo é aquele,
2ª conseqüência: ​Impossibilidade de requerer ou extrajudicial (art. 48 e 161, Lei de Falência). pessoa física ou jurídica, que exerce individualmente a atividade prevista no contrato social em seu próprio
nome e sob a sua própria responsabilidade. Ou seja, a responsabilidade do sócio ostensivo é pessoal e
3ª conseqüência: ​Ilegitimidade ativa para requerer falência de terceiros e legitimidade passiva de falência. ilimitada. É o sócio ostensivo que se obrigada perante terceiros, usando seu próprio nome. O sócio oculto é
Pode sofrer falência, mas não pode requerer falência de terceiros (art. 97 e 105, Lei 11.101).
aquele, pessoa física ou jurídica, que realiza um investimento. Ou seja, aquele que presta o financiamento,
o fundo de participação. Ele se obriga tão somente perante o sócio ostensivo e não perante terceiros. (art.
4ª conseqüência: ​Impossibilidade de proteção do nome de empresa (art. 33, Lei 8.934/94).
991, CC). Ex. de sócio ostensivo: Imobiliária, construtora, etc.

5ª conseqüência: ​Impossibilidade de registro da marca (art. 128, Lei da Propriedade Industrial).


OBS.: Só pode haver um sócio ostensivo, mas pode haver mais de um sócio oculto/participante.

6ª conseqüência: ​Impossibilidade de contratação com a administração pública. Ou seja, não pode fazer
A sociedade em conta de participação não tem nome de empresa. O sócio ostensivo atua em nome
parte de licitação (art. 28, III, lei 8.666/93).
próprio.
7ª conseqüência: ​Impossibilidade de enquadramento como ME e EPP (art. 3º, lei comp. 123).
❖ FALÊNCIA O contrato social possui cláusulas obrigatórias (art. 997, CC) e optativas. São cláusulas obrigatórias: a
qualificação dos sócios (nome, residência, etc.), especificação da sociedade a ser constituída, o prazo,
A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade em conta de participação – ou resolução detalhamento da formação do capital social (a cota que cada sócio contribui, se é em crédito, etc.) sobre a
do contrato, segundo a corrente que entende a – e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá administração social, direitos e obrigações dos sócios, e a responsabilidade dos sócios – se respondem
crédito quirografário em favor do sócio oculto, devendo este proceder a habilitação do mesmo junto à ilimitadamente ou não pelas obrigações sociais.
massa falida. (art. 994, §2º, CC + art. 7º,§1º, Lei 11.101/05).
O objeto social é cláusula obrigatória do contrato social (art. 997, II, CC) e pode ser qualquer atividade não
A falência do sócio oculto acarreta a sujeição do contrato social às normas que regulam os efeitos da empresária, por ex., atividade intelectual. São, geralmente, pequenos empreendimentos destituídos de
falência nos contratos bilaterais do falido. Isto é, um contrato não se resolve, não se extingue com a uma estrutura organizacional típica de empresa; ou seja, não opera, não transforma os fatores de
falência, salvo com previsão expressa em contrato. (art. 994,§3º, CC + art. 117, Lei 11.101/05). produção.

XIII) SOCIEDADES SIMPLES O objeto social delimita o âmbito do exercício da empresa, ou seja, o campo de atuação da sociedade. Isto
é, o objeto social caracteriza e define o tipo de sociedade.
1. Sociedades Simples
Rio de Janeiro, 02/06/2015.
Trata-se de uma sociedade personificada.
3. Sócio, quadro social e suas mutações
A sociedade simples é a sociedade de natureza não empresária destinada a pequenos empreendimentos,
como por ex., atividade rural e atividade intelectual, de natureza artística, científica ou literária. Sócio é pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira, titular de quotas representativas da proporção da
sua participação no capital social.
Nos casos de S.A., Ltda., etc., quando a lei for omissa, aplica-se no que couber, as regras da sociedade
simples. Capital social é o montante de recursos em moeda nacional que serve para a sociedade começar a operar.
Ex.: dinheiro, créditos, bens materiais ou imateriais, serviços, etc.
O objeto da sociedade que determina se será sociedade simples ou empresária. Se o objeto é de natureza
simples e não empresária será, por exemplo, uma sociedade Ltda. Simples. OBS.: no caso de sociedade Ldta. ou anônima, serviços não conta como recurso.

O órgão competente de arquivamento do contrato de sociedade simples é o Registro Civil de Pessoas A qualificação dos sócios é cláusula obrigatória de qualquer contrato social. (art. 997, I, CC)
Jurídicas (RCPJ). Isto é, quando o objeto do contrato social é de natureza simples, o arquivamento
realizar-se-á no Registro Civil de Pessoas Jurídicas; se de natureza empresária, realizar-se-á na Junta Existe sócio majoritário, minoritário, totalitário, empreendedor e investidor.
Comercial.
Sócio menor, desde que emancipado, pode ser sócio e administrador e o menor assistido ou emancipado
2. Contrato social, objeto social, capital social e nome empresarial pode ser sócio, mas não pode ser administrador. (art. 974, §3º, CC) Se o menor for relativamente incapaz,
será assistido. Se for absolutamente incapaz, será representado.
Contrato social é o documento necessário para se constituir a sociedade. Ou seja, o meio de constituir a
sociedade é o contrato social. Sociedade é contrato + ente. OBS.: Um advogado pode ser sócio de uma sociedade simples ou de uma padaria, por exemplo.

A forma do contrato social é sempre escrita, por instrumento público (escritura pública) ou particular ❖ DIREITOS ESSENCIAIS DE TODO E QUALQUER SÓCIO
(contrato). (art. 997, caput, CC).
1º direito: ​participação nos lucros.
Pressupõe o “affectio societatis”, ou seja, o animus de constituir e manter a sociedade. O “affectio
societatis” é o elemento de conexão subjetivo entre os sócios. 2º direito: ​direito de retirada (e não de saída).
3º direito: ​direito de fiscalizar a administração da sociedade. Essa fiscalização é indireta, se dá uma vez por 4º hipótese: ​interdição superveniente de sócio capaz. Nesse caso, o sócio será representado ou assistido.
ano, na ocasião de reunião ou assembléia de sócios na análise de contas sociais. (art. 1.007 e ss, CC) Caso contrário, terá que ser excluído da sociedade.

❖ OBRIGAÇÃO DE TODO E QUALQUER SÓCIO 5º hipótese: ​insolvência do sócio, falência ou execução particular.

É obrigação de todo e qualquer sócio integralizar as quotas subscritas, com assinatura do contrato social. 6º hipótese: ​exclusão do sócio remisso.
Na sociedade simples, pode-se fazer uma cláusula limitando as responsabilidades dos sócios no contrato
social (art. 997, VIII, CC + art. 1.023, CC). 7º hipótese: ​retirada do sócio. Sócio dissidente se retira da sociedade.

Subscrição é o montante de recurso que o sócio, no ato de assinatura do contrato, se compromete a OBS.: em todos esses casos, haverá balanço por determinação e o sócio receberá seu quinhão do
transferir para a sociedade. A integralização é o efetivo comprimento dessa obrigação. patrimônio líquido da sociedade.

❖ SÓCIO REMISSO 4. Administração social

O sócio remisso é aquele que não cumpre sua obrigação de integralizar as quotas na forma e prazo A administração social é o órgão pelo meio do qual a sociedade manifesta sua vontade. A administração
previstos no contrato social. Nesse caso, o sócio será notificado pela sociedade em um prazo não inferior a social representa e é a própria sociedade.
30 dias para cumprir a obrigação. Caso não cumpra, será constituído em mora e o contrato social serve
como título executivo extrajudicial para que a sociedade credora execute. Sendo assim, o sócio remisso OBS.: O administrador da sociedade é o antigo gerente. A figura gerente não existe mais, a não ser o
pode ser excluído da sociedade. gerente preposto.

❖ HIPÓTESES DE EXCLUSÃO DO SÓCIO DA SOCIEDADE (art. 1.030, CC) Definir o administrador é clausula obrigatória do contrato social (art. 997, VI, CC + art. 1.013, caput, CC).
Caso contrário, todos os sócios são administradores.
1º hipótese: ​sócio remisso.
Administrador é pessoa física indicada no contrato para administrar a sociedade. Ou seja, é a pessoa
2º hipótese: ​por falta grave no cumprimento de suas obrigações. encarregada de executar, cumprir o objeto social.

3º hipótese: ​incapacidade superveniente. O menor assistido ou representado não pode ser administrador, da mesma forma que o sócio capaz, mas
interditado, também não (interdição de capaz superveniente).
4º hipótese: ​falência ou execução de suas quotas por credor pessoal.
Os atos do administrador obrigam sempre a pessoa jurídica, desde que exercidos nos limites da lei e do
❖ HIPÓTESES DE MUTAÇÃO DO QUADRO SOCIETÁRIO contrato.

1º hipótese: ​cessão de quotas por atos entre vivos (negócio jurídico por meio do qual se transfere a A responsabilidade da sociedade é ilimitada para o cumprimento das obrigações sociais. A regra geral é de
titularidade das quotas). que o administrador não responde pelos atos praticados na administração da sociedade. No entanto,
passará a responder pessoalmente quando praticar ato contrário a lei ou ao contrato social ou quando
2º hipótese: ​falecimento do sócio. Faleceu, liquida as quotas do falecido (art. 1.028, CC). houver excesso de poder (art. 1.015, pu, CC).

3º hipótese: ​substituição do sócio falecido, em comum acordo com os herdeiros. Afinal de contas, o sócio ❖ HIPÓTESES EM QUE O EXCESSO POR PARTE DOS ADMINISTRADORES PODE SER OPOSTO A
falecido, se deixar herdeiros, estes irão abrir inventário. Os herdeiros passam a ser co-proprietários das TERCEIROS (art. 1.015, CC)
quotas do falecido.
1º hipótese: ​quando houver limitação expressa desses poderes no contrato social.
2º hipótese: ​quando terceiro conhecia essa limitação. Art. 1.033, I- o prazo da sociedade é uma cláusula obrigatória (997), ainda que seja de prazo
indeterminado, tem que colocar isso no contrato social. Se o prazo for determinado, chegado a ele, ela se
3º hipótese: ​quando a operação era evidentemente estranha ao objeto social. dissolve. Obs.: ainda que no contrato social haja 1 prazo de duração da sociedade, e findo este prazo
nenhum sócio se manifeste, a sociedade prorroga-se por prazo indeterminado.
OBS.: ou hipóteses em que a sociedade pode opor a terceiros a ausência de sua responsabilidade.
II- reunião de sócios, onde, todos, de forma unânime se manifestam pela dissolução da sociedade. (trata-se
❖ TEORIA DOS ATOS ULTRA VIRES de um verdadeiro distrato).

A teoria dos atos ultra vires dispunha que a sociedade não respondia pelo ato praticado pelo administrador III- deliberação dos sócios por maioria absoluta pela dissolução do capital social, na sociedade por prazo
quando esse ato praticado violava o contrato social da sociedade. indeterminado. (50% +1)

❖ TEORIA DA APARÊNCIA IV- falta de pluralidade de sócios não recomposta em prazo de 180 dias. Essa unipessoalidade temporária
decorrente, por exemplo, do falecimento de 1 dos sócios. Ex.: sapataria com 2 sócios com mais de 70 anos.
A teoria da aparência diz que todos os atos praticados pela administração obrigam a sociedade, desde que 1 morre e fica só o outro. Sócio remanescente pode: a) constituir EIRELI, transformar o registro da
compatíveis com seu objeto social e que o terceiro prejudicado tenha agido de boa-fé.
sociedade em EIRELI. Ex. sapataria fluminense limitada ME em EIRELI ; b) substituição do sócio falecido com
anuência dos herdeiros, porque as cotas do sócio falecido entram na herança; c) dissolução da sociedade.
5. Deliberações sociais
V- a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar. (havendo, por exemplo, alteração na
Deliberações sociais são decisões tomadas em reuniões ou assembléia de sócios quando a sociedade tiver
legislação que o objeto X seja proibido de ser comercializado, a sociedade perderá seu objeto). Ex.:
mais de dez sócios.
Amianto. Foi provado que era cancerígeno e foi abolido.

Para se alterar uma cláusula contratual obrigatória, o quórum é por unanimidade, ou seja, é o quórum “por
(b) Dissolução litigiosa (art. 1034, CC)
cabeça”.
Obs.: I- finda a função.
Haverá deliberação por maioria absoluta (mais da metade do capital social), quando se tratar de alteração
de cláusulas facultativas. Haverá deliberação por maioria simples (maioria das pessoas presentes na II - exaurimento do fim social: na SPE (Sociedade de Propósito específico). Ou um objeto impossível
reunião) para as demais deliberações de interesse social. OBS.: na maioria simples e absoluta, nada de ser realizado
impede que seja estabelecido um quórum mais rigoroso.
(c) Dissolução consensual/contratual (art. 1035, CC)
Rio de Janeiro, 09/06/2015.
Nesse artigo, há possibilidade de ser questionada judicialmente a cláusula do contrato.
6. Dissolução, liquidação e partilha
Ex.: cláusula de dissolução por falecimento de um dos sócios.
❖ DISSOLUÇÃO
❖ LIQUIDAÇÃO
É o acontecimento ou fato/ato jurídico que desencadeado representa o fim da atividade da empresa, ou
Ocorrendo a dissolução, passa-se para a etapa seguinte, onde se liquida a sociedade. Necessariamente,
seja, o fim da execução do objeto social. Temos três tipos de dissolução:
terá que ser nomeado um liquidante. A investidura e nomeação do liquidante, pessoa responsável por
(a) Dissolução ordinária/legal administrar a liquidação, é obrigatória. Pode ser pessoa sócia ou não sócia.

Levantar o ativo: avaliar o ativo e transformar em dinheiro com o propósito de pagar o passivo.
É a própria lei que diz que, desencadeando aquele ou este fato, ocorre a dissolução da sociedade (art.
1.033, CC).
Existem sociedades especializadas em liquidação (levantar o ativo para saldar o passivo). Nesse período da A primeira legislação brasileira em matéria de responsabilidade limitada se deu apenas em 1919, no Dec.
liquidação, a sociedade permanece ativa, mas a administração dela se restringe aos negócios essenciais e 3708/19. Essa é a primeira e até então única legislação dessa matéria que, na época, se chamava de
inadiáveis. Ou seja, é proibida a realização de novas operações. Sociedade por Cotas de Responsabilidade Ilimitada

A sociedade permanece ativa para a liquidação, ou seja, levantar o ativo para saldar o passivo. Sociedade limitada sociedade empresária de natureza contratual e intuitu personae cujos sócios não
respondem pelas obrigações sociais, obrigando tão somente pelo pagamento do valor de suas cotas e pela
OBS.: É obrigado utilizar a expressão “em liquidação” no nome de empresa; Ex.: Moinhos Fluminense S.A. efetiva integralização do capital social, pela falta de realização das entradas prometidas pelos demais
em liquidação. sócios e também pelo excesso de valor atribuído aos bens aportados para formação do capital social. A
responsabilidade é limitada ao capital social. Mas tem um porém: Se o capital não foi completamente
Então, liquidação é o processo por meio do qual se levanta o ativo para saldar o passivo. Quem administra integralizado, se um sócio deixou de efetivar o aporte dele, os demais sócios respondem de forma
esse processo é o liquidante. Uma vez saldado o passivo e havendo saldo remanescente, haverá, conjunta, solidária.
obrigatoriamente, a PARTILHA.
❖ CARACTERÍSTICAS DA LTDA
❖ PARTILHA
Trata-se de uma sociedade empresaria que prevê a limitação da responsabilidade dos sócios. A ideia da
Partilha é a divisão do saldo remanescente entre os sócios, na proporção do quinhão social de cada sócio. limitada é limitar o risco da exploração da atividade econômica.
Art. 1052, CC.
Os sócios da sociedade limitada são todos sócios investidores/ empreendedores. Assim, excluem-se os
XIV) SOCIEDADE LIMITADA (LTDA) sócios de serviços (art. 1.055, §2º, CC).

1. Introdução OBS.: a S.A. também não aceita sócio de serviço. Na S.A. admite-se o sócio especulador (de capital
especulativo. Só existe no mercado de valores mobiliários. ex.: ações, notas promissórias, partes
A sociedade limitada surge como um tipo societário genuinamente novo no final do século XIX. A Inglaterra beneficiárias, etc.).
e a França já estavam na fase final de suas revoluções industriais. Surge uma nova potência industrial
rivalizando com a Inglaterra e França: a Alemanha. Necessitava-se da criação de um novo tipo societário ❖ NATUREZA JURÍDICA
que limitasse a responsabilidade das sociedades. A legislação inglesa em matéria de limitação da
responsabilidade (1862) e a legislação francesa (1863) sobre limitação nada mais eram do que uma S.A. Parte da doutrina entende a limitada como sociedade de pessoas que, além de contribuírem com capital,
simplificada da sua estrutura. Não existia um tipo societário genuinamente novo que, era uma S.A. trabalham na gestão. Uma segunda corrente entende como uma corrente de sociedade de capital.
simplificada. 30 anos depois, na Alemanha, então, surge um tipo societário novo na sua estrutura, nas
normas, e não tinha nada a ver com a S.A., Era uma sociedade contratual de responsabilidade limitada. Ao - A terceira corrente entende a sociedade limitada como mista​, ou seja, de pessoas e/ou de capital,
passo que a S.A. é estatutária, ou seja, tem base na lei. O estatuto social da S.A. tem base na lei. Na LTDA é dependendo do quadro societário. Você pode ter sócios que são apenas investidores que não contribuem
no contrato. As partes entram em acordo, criam um papel que tem o nome de contrato social. Na S.A. é o em nada para a gestão da sociedade ou de pessoas, onde o elemento intuito personae é fortíssimo: além
estatuto social. de contribuírem para a formação do capital social, eles contribuem para a gestão da sociedade, onde o
perfil de cada sócio é importantíssimo para o desenvolvimento da sociedade. (sociedade de pessoas:
Então, cria-se um tipo societário genuinamente novo, que, no Brasil é a LTDA. Na Alemanha é a GmbH (G = elemento intuito personae). OBS.: O interesse convergente de todo e qualquer sócio é o lucro.
Sociedade H= Responsabilidade m = com b= limitada) . Ao mesmo tempo em que a Alemanha se unificava
como país, estava no auge da Revolução Industrial dela, e na segunda metade do séc. XIX, passando pela ❖ RELAÇÃO QUE EXISTE ENTRE SÓCIOS
maior confecção de leis de seu país (BGB, BGH, GmbHG).
Antidemocrática. Vai depender do quinhão de cada sócio; você vai ter interesses convergentes e
Então, em 50 anos, esse país fez do zero sua legislação civil e penal. divergentes. O principal interesse convergente de todo e qualquer sócio é o lucro.
❖ ESPÉCIES DE LTDA (1.029 e 1.077, CC): A cláusula não essencial depende do livre acordo dos sócios, por exemplo, pro labore dos administradores;
formas de melhor gestão da sociedade (melhor administração, divisão de tarefas da administração de
Sociedade limitada com ​vinculo societário estável (Aplicação subsidiária das normas da sociedade anônima) acordo com as atribuições de cada sócio);outra cláusula facultativa: previsão de dissolução da sociedade
X sociedade limitada com ​vinculo societário instável (aplicam-se subsidiariamente as normas da sociedade em caso de morte de algum sócio (você vai prever que a sociedade se dissolva em caso de falecimento de
simples). algum sócio) ; cláusula facultativa como em relação ao desligamento de algum sócio.; qualquer cláusula
que não seja obrigatória.
Quando o contrato for omisso, o que vai reger a relação jurídica será o regulamento de sociedade comum
(sociedade simples, que se aplica a todo e qualquer tipo societário) ou com previsão de clausula expressa A forma de constituição da sociedade é pelo contrato escrito e precisa ser arquivado no órgão competente
nesse sentido, a lei 6.404, a Lei das S.A’s (...) por instrumento público ou particular. (tanto faz. Ou um ou outro. No caso da Ldta., de praxe, é
instrumento particular. O prazo de arquivamento no órgão competente após a assinatura e vista do
2. Contrato social advogado é de 30 dias para que o efeito retroaja à data de assinatura do contrato social. Efeitos ex tunc.
Caso contrário, fora do prazo, efeitos ex nunc. (*)
Instrumento pelo meio do qual as pessoas físicas ou jurídicas, sócias, constituem a sociedade. (obs.:
obrigatoriamente plurilateral). Alteração contratual: não é o gerente. Alteração contratual é motivo de deliberação do colegiado em
reunião de sócios (quórum) ou assembléia.
Dados do sócio: Pessoa física: nacionalidade, nome, profissão, domicílio etc.
❖ QUÓRUM
Pessoa jurídica: mesmos requisitos mais representante (com o documento comprovando que, de fato, a
pessoa mencionada pode representar a sociedade). a) Por unanimidade: em caso de nomeação de administrador não sócio. (art. 1.061);

❖ REQUISITOS DE VALIDADE DO CONTRATO SOCIAL b) De 2/3: para a destituição de administrador – sócio. (art. 1.063, §1º);

1º requisito: ​Requisitos essenciais​: ​art. 104, CC. Requisitos essenciais para todo o negócio jurídico: agente c) Por maioria absoluta: em caso de expulsão de sócio minoritário (art. 1.004, §U c/c 1.085);
capaz, objeto lícito, possível, determinado/determinável, forma escrita ou não defesa em lei.
d) Demais: art. 1.071 c/c 1.076.
2º requisito: ​Requisitos típicos do contrato social​: ​contribuição dos sócios e a forma de participação nos
lucros e nas perdas. Sócio participa do lucro e das perdas. Na LTDA: é quanto que ele aportou do capital Rio de Janeiro, 11/06/2015.
social. Se ele contribuiu com 10 mil, vai perder 10 mil se o negócio fracassar. Se a Sociedade for Ilimitada, é
mais perigoso. Se esse 10 mil significa 10 % do capital social, ele participa com 10% dos lucros e das perdas. 3. Sócio
E, como a responsabilidade é ilimitada, é 10% do prejuízo que tiver, da obrigação social que ficar em
aberto. Sócio é pessoa física ou jurídica titular de uma fração representativa da sua participação no capital social.

❖ PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA ❖ SÓCIO MAJORITÁRIO X SÓCIO MINORITÁRIO

1º pressuposto: ​pluralidade de sócios (ao menos dois), sendo pessoa física ou jurídica, com exceção da Sócio majoritário é aquele que detém a maioria do capital social. Em contrapartida, sócio minoritário é
EIRELI, que só pode ser pessoa física por enquanto. aquele que detém a menor parte do capital social.

2º pressuposto: ​affectio societatis. Ulpiano: animus societatis contraendi , séc. II depois de Cristo. É o O sócio tem o dever de lealdade: noção geral de colaboração – ativa e passiva – para o sucesso do
elemento subjetivo de união entre sócios. empreendimento, ou seja, da empresa. Se o sócio violar o dever de lealdade, poderá ser expulso da
sociedade além de responder por eventuais perdas e danos à sociedade.
3º pressuposto: ​cláusulas obrigatórias (art. 997) ou essenciais e/ou facultativas / não essenciais:
❖ SÓCIO EMPREENDEDOR X SÓCIO INVESTIDOR de outrem, assédio sexual. Se o sócio violar o dever de lealdade, poderá ser expulso da sociedade, além de
responder por eventuais perdas e danos à sociedade.
O sócio empreendedor, além de entrar com os recursos, também contribui ativamente na gestão da
sociedade. O sócio investidor contribui com recursos, investe, mas não contribui diretamente para a gestão ❖ HIPÓTESES DE EXCLUSÃO DO SÓCIO
da sociedade.
1º hipótese: ​descumprimento dos deveres do sócio. Ex.: dever de lealdade, integralização das cotas, etc.
❖ OBRIGAÇÕES DO SÓCIO
2º hipótese: ​liquidação da quota por requerimento do credor pessoal do sócio. O credor não é da
A obrigação de todo e qualquer sócio integralizar o capital subscrito. Caso seja dinheiro deverá fazer a sociedade, mas sim é um credor particular do sócio, que não tendo outros bens para executar/cobrar vai
transferência bancária, caso seja um bem deverá transferi-lo efetivamente no registro competente para a cobrar do bem do sócio, que é a quota social. Essa quota será liquidada para satisfazer o crédito particular
sociedade. Caso não cumpra a obrigação de sócio na forma e prazo previsto no contrato social a obrigação do sócio.
de integralizar a sua quota. A consequência disso é responder pela mora e pelos danos causados à
sociedade. 3º hipótese: ​falência do sócio. Esse sócio é empresário, pessoa física ou jurídica. Se ele for empresário
pessoa física ele será empresário individual, caso ele seja empresário pessoa jurídica ele será uma
Consequências: Perdas e danos, indenização e possibilidade de exclusão do sócio ou redução da sua quota sociedade empresária.
ao montante já integralizado. Então, se o sócio prometeu 50 e só pagou 10 reduz a sua participação ao que
já foi pago, que aqui no caso são os 10 e com os 40 restantes temos duas possibilidades: indaga se os ❖ DIREITOS DO SÓCIO
demais sócios têm o interesse de adquirir as quotas que ainda estão em aberto, caso os sócios não tenham
dinheiro pode-se chamar um estranho a sociedade para adquirir aquelas quotas, porém se isso não for 1º direito: ​Participação nos lucros. Sócio participa do lucro e da perda. Na Ltda. o sócio participa da perda
desejável iremos para a segunda possibilidade que é reduzir o capital social na proporção do que ficou em no quantum que ele aportou na sociedade. Trata-se de um direito essencial, ou seja, que não pode ser
aberto. Se o contrato social prever multa pelo atraso, deve-se pagar a multa (art. 1.004, pu, CC). excluído pelo contrato social.

A responsabilidade da sociedade perante as dívidas sociais é ilimitada. A responsabilidade dos sócios 2º direito: ​Direito de fiscalização, ou seja, de fiscalizar a gestão, a administração da sociedade. Sócio que
perante as dívidas sociais, no caso da sociedade limitada, é limitada à proporção/valor da quota por ele não é administrador não pode “meter o pé” na porta da gerência e exigir todo e qualquer documento.
subscrita integralizada, e subsidiariamente pela integralização do capital social. Sócio que não é administrador participa da fiscalização conforme a lei, ou seja, uma vez por ano para a
prestação de contas da administração.
O que isso quer dizer? Se todo mundo pagou e não deve mais nada cessa a responsabilidade de cada sócio
ao quantum que ele aportou na sociedade. Exemplo: O sócio entra com um caminhão de dinheiro, então a 3º direito: ​Direito de retirada. A pessoa pode se retirar ou ser retirado pelo sócio majoritário. No caso da
responsabilidade ele é esse caminhão de dinheiro. O jurista fala em risco e responsabilidade. Se uma retirada, dar-se-á a liquidação da quota do sócio retirante.
pessoa entra com 50 reais e o outro promete um caminhão de dinheiro, sendo que a primeira pessoa já
transferiu o valor para o capital social e aquele que prometeu o caminhão de dinheiro não integraliza 4º direito: ​Direito de preferência, ou seja, o direito de subscrever as quotas sociais já existentes (hipóteses
significa que, muito embora o primeiro tenha pago os 50 reais terá que responder pelo caminhão de em que o sócio morre ou o sócio deixa de integralizar ou o sócio que se retira) ou novas.
dinheiro que o segundo prometeu e não cumpriu. Isso é subsidiário. (art. 1.052, CC).
5º direito: ​participação nas deliberações sociais.
OBS.:A solidariedade não se presume, decorre de lei.
OBS.: O terror de qualquer sócio na deliberação é a unanimidade, pois é por pessoa, por cabeça. Exemplo:
Ltda. tem 20 sócios e só 1 é majoritário, por unanimidade o majoritário nunca levará e qualquer outro
Outro dever do sócio é o dever de lealdade, que compreende a noção geral de colaboração ativa e passiva
quórum levará. A lógica da Ltda. é cada sócio com uma quota vota e todos sócios cotistas da Ltda. votam. O
para o sucesso do empreendimento, ou seja, da empresa. Exemplo: Manifestações públicas contrárias à
peso será maior o menor através da proporção do que cada um aportou de dinheiro. Qual a vantagem da
posição oficial da administração da sociedade, utilização de recursos da sociedade em proveito próprio ou
S/A? Participação nos lucros e juros sobre o capital aplicado.
Rio de Janeiro, 16/06/2015. ❖ AUMENTO OU REDUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL

4. Quotas O aumento do capital social só poderá ocorrer quando o capital social estiver totalmente integralizado. O
aumento do capital social se dá normalmente quando há necessidade de um aporte financeiro maior na
A quota é título representativo da participação de cada sócio (em dinheiro, crédito ou bens) para a atividade econômica. O direito que assiste a qualquer sócio em caso de aumento do capital social é o
formação do capital social. Isto é, a contribuição de cada sócio. Cabe ao sócio uma ou mais quotas (art. direito de preferência na aquisição das novas quotas (art. 1081, CC).
1.055, CC).
A redução, ao contrário, se dá a qualquer momento. O sócio que não integraliza, o sócio em mora, leva o
OBS.: O Contrato social prevê geralmente que uma quota é igual a um real. Por exemplo, se o Enzo nome de sócio remisso. As quotas que não foram integralizadas poderão: a) serem absorvidas pelos já
contribuiu com 10 mil reais, ele terá 10 mil quotas. Nada impede que seja feio 100 reais = 1 quota. sócios; b) um terceiro estranho pode ser convidado a ser sócio, e aí então absorver essas quotas,
integralizando-as; c) redução do capital social, proporcional ao quantum de quotas que não foram ainda
No art. 997, IV, CC está “e o modo de realizá-la”; se será em dinheiro, crédito ou bens e se será ainda à integralizadas.
vista ou a prazo. Prestação de serviço não é permitido para contribuição do capital social de sociedade
limitada – nem de S.A. Algumas hipóteses de redução do capital social depois de integralizado são: a) sócio remisso; b) quando
houver perdas irreparáveis no período; c) quando o capital se mostrar excessivo com relação ao objeto
❖ NATUREZA JURÍDICA DUPLA DA QUOTA social. Artigos: 1.082 e 1.083, CC.

1º natureza jurídica: ​Direito patrimonial. É o direito de participação nos lucros, dividendos, e de Uma figura que existe na S.A., mas não existe na Ldta é a figura de aquisição de quotas pela própria
reembolso, restituição do valor da quota no caso de retirada ou no caso de liquidação e eventual partilha sociedade. Não é possível a aquisição de quotas pela própria sociedade limitada. Não há uma norma
da sociedade, devendo o sócio receber proporcionalmente ao valor de sua quota. expressa do Código Civil sobre isto. Há uma lacuna legal quanto a esta matéria. Quando há uma lacuna
legal, o intérprete deve sanar a lacuna por meio da interpretação sistemática, extensiva, teleológica, etc.
2º natureza jurídica: ​Direito pessoal. Trata-se de um direito inerente ao status de ser sócio; é o direito de (art. 1.031, §1º + art. 1.057 + art. 1058).
votar e de ser votado, direito de participar da administração da sociedade, de fiscalizar as atividades da
sociedade. ❖ CESSÃO, CAUÇÃO E PENHORABILIDADE DE QUOTAS

A quota representa uma fração do capital social. O capital social é da sociedade. O dinheiro que você, como A cessão total ou parcial de quotas é possível (art. 1.057, CC), mas vai depender de como essa cessão se dá.
sócio, levou para a sociedade, é da sociedade. A quota é indivisível com relação à sociedade. Mas ela pode O sócio A quer ceder suas quotas; para quem ele quer ceder? Para pessoas sócias ou não sócias? Se a
ser, sim, divisível para o seu titular. Ou seja, é possível haver o condomínio, a co-propriedade de quotas; cessão for entre sócios, ela é possível, independentemente da anuência dos demais sócios. Se a cessão se
mas o direito inerente à condição de ser titular da quota só pode ser exercido pelo representante dos dá a terceiro estranho a sociedade, ou seja, pessoa não sócia, ela será possível desde que não haja
condôminos ou pelo inventariante. O caso mais comum é de falecimento de um sócio. Um sócio falece, os oposição de sócios que representem ¼ do capital social e que não haja cláusula proibitiva (de cessão a
herdeiros deverão abrir um processo específico que leva o nome de inventário. Entre os bens do de cujus, terceiro não sócio) no contrato social.
têm-se as quotas. O direito inerente a condição de ser sócio só pode ser representado por uma única
pessoa. No caso do inventário, é o inventariante. A caução de quotas também é possível, salvo cláusula expressa em contrário e se não houver oposição de
sócios que representem ¼ do capital social.
O papel que representa um sócio na S.A. é a ação. Na Ldta não existe a representação física da quota.
Então, o princípio da cartularidade não se aplica a quota, porque a quota tão pouco pode ser considerada Existe um silêncio legislativo que começou com decreto 3.708, passando pelo Código Comercial e até o
um título de credito. Não existe um papel, um documento, um certificado representativo da quota. Como Código Civil este tema ainda está em aberto. A doutrina se divide em duas correntes: uma a favor da
você prova a sua condição de sócio e da sua participação na sociedade com quotas? Prova-se sua penhora e outra contra a penhora. A penhora de uma quota vai se dar por credor particular do sócio. Uma
participação na sociedade limitada pelo contrato social. corrente dirá que fere o affectio societatis na sociedade e a outra diz que não, que não há proibição
alguma, que não fere o affectio societatis porque o terceiro não se investe na condição de um novo sócio,
A obrigação de todo e qualquer sócio é integralizar a quota subscrita (art. 1.004 + art. 1.055, caput e §2º). mas apenas usufrui do valor econômico da quota. Se o crédito é satisfeito, a penhora se desfaz. Então, O
sócio titular da quota não é afastado da condição de sócio. Mas a vantagem econômica é desviada para proveito próprio ou de terceiros (art. 1.017, CC). Em caso de violação do contrato social, o administrador
saciar o crédito do credor do sócio (art. 665, VI, CPC + art. 685-A, §4º, CPC). responde por perdas e danos, ou seja, pelas indenizações causadas pela má administração à sociedade ou a
terceiros.
5. Administração
OBS.: Se o contrato social prevê que todos os sócios respondem pela administração, se for um ato
A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas, sócias ou não sócias, designadas no ordinário de administração, todos respondem solidariamente. Se for um ato fraudulento, com culpa grave
contrato social ou em documento separado (art. 1.060, CC). O administrador só pode ser pessoa física, pois ou até mesmo doloso, aquele sócio administrador responde pessoalmente. Quem tem direito de ação é a
a administração é um ato personalíssimo. sociedade, não os sócios. Porém, os sócios poderão ter também direito de ação quando do ato praticado
pelo administrador resultar dano a pessoa do sócio.
OBS.: a figura antiga era o gerente. Não se fala mais em gerente, ma em administrador da sociedade. Hoje,
há o gerente preposto, que é o empregado, com carteira assinada, que exerce a função de gerência da 6. Deliberações
administração da sociedade.
As deliberações em sociedade limitada serão tomadas em reunião ou assembléia de sócio. Haverá
É uma cláusula obrigatória (art. 997, CC) e se o contrato for omisso, a administração compete a todos os assembléia toda vez que existir mais de dez sócios, ou seja, de onze para cima.
sócios. Se o sócio entrou a posteriori na sociedade, ele não terá direito à administração até que haja
alteração na cláusula do contrato social que estenda a ele os poderes de administração (art. 1.060, pu). Como se dá essas reuniões? Por uma convocação que se dá por diário oficial ou veículo de grande
circulação.
Quanto ao uso do nome de empresa, só pode fazer uso da firma ou denominação (nome de empresa)
aquele que tem poderes especiais previstos no contrato (a partir do art. 1.064, CC). A instalação da assembléia se dá em primeira convocação com quórum de ¾, e em segunda convocação,
com qualquer quórum. As decisões que dependem da deliberação dos sócios por força de lei estão nos
❖ ELEIÇÃO DOS ADMINISTRADORES artigos 1.071, CC. Por exemplo, por força de lei, a primeira delas é a aprovação das contas da administração
(art. 1071, I).
A eleição dos administradores se dá por quórum específico – quando não previsto no contrato social, vai
depender do instrumento de nomeação e da pessoa do administrador. Essa assembléia ou reunião de sócios se dá obrigatoriamente uma vez por ano até o quarto mês, após o
encerramento do exercício social (art. 1074, CC). Quem tem competência para convocar são os próprios
1º hipótese: ​quórum de ¾ do capital social para nomeação de administrador sócio nomeado no contrato administradores; na falta deles, os sócios (art. 1.073, CC).
social.
OBS.: Quando o professor disse “na falta deles”, pode ser até proposital. O sócio majoritário, sendo ele o
2º hipótese: ​quórum por maioria absoluta em caso de nomeação de administrador sócio em ato apartado único administrador, pode de propósito não querer convocar a assembléia. Nesse caso, o legislador prevê
(separado), ou seja, fora do contrato social. que passado 60 dias após o prazo de quatro meses, o sócio pode convocar assembléia, mesmo sendo sócio
minoritário.
3º hipótese: ​nomeação de administrador não sócio. Neste caso, é irrelevante o instrumento de nomeação,
o que vale para ele é saber se o capital foi ou não integralizado. A regra é o seguinte: Quórum de 2/3 se o OBS.: não confundir quórum de instalação com quórum de deliberação. Se o quórum de deliberação não
capital já foi 100% integralizado ou se não foi 100% integralizado, o quórum é por unanimidade (art. 1.076, foi atendido para uma determinada matéria, ocorre a nulidade daquela determinada matéria na pauta do
CC + art. 1.061, CC). dia. Se for o quórum de instalação que não foi respeitado, a assembléia com toda a sua pauta serão
anuladas.
❖ RESPONSABILIDADE DO ADMINISTRADOR
7. Dissolução, liquidação e partilha
O administrador tem o dever de lealdade e dever de diligência (art. 1.011, CC). Na condução da
administração, o administrador proativo e probo, deve empregar principalmente os critérios da Todo artigo de sociedade simples se aplica necessariamente a todo e qualquer tipo societário, no que
administração da sociedade. Essa probidade impede que administrador use o patrimônio social em couber. No caso da sociedade limitada, pode dispor de uma cláusula que diz: “na omissão desse contrato,
aplicar-se-ão as normas da sociedade anônima.” OBS.: Fabio Ulhoa chama esta de sociedade com vínculo (b) Cooperativa de crédito
estável e instável as que tem aplicação subsidiária as normas de sociedade simples. (c) Cooperativa agropecuária
(d) Cooperativa educacional
❖ DISSOLUÇÃO: (e) Cooperativa habitacional
❖ LIQUIDAÇÃO (f) Cooperativa de saúde (ex.: Unimed)
❖ PARTILHA (g) Cooperativa de produção
(h) Cooperativa de prestação de serviços (ex.: táxi)
As causas de dissolução estão nos arts. 1.33, 1.044 e 1087. A figura da pessoa que deve ser nomeada é o (i) Cooperativas mistas (conjugação de mais de um tipo de cooperativa)
liquidante, pessoa sócia ou não sócia, responsável pela liquidação da sociedade, que é levantamento do
ativo para saldar o passivo. 2. Outros tipos societários menores

OBS: No caso dissolução, liquidação e partilha, aplicam-se as regras da sociedade simples – item 6 de XIII) OBS.: Discute-se muito se esses tipos societários deveriam ou não ser mantidos no novo Código Comercial,
sociedade simples. devido ao seu pouco uso.

❖ SOCIEDADE EM NOME COLETIVO (art. 1.039 e ss, CC)


Rio de Janeiro, 18/06/2015.

Nesta sociedade, somente pessoa física pode ser sócio e somente ela pode participar da administração da
XV e XVI) COOPERATIVA E OUTROS TIPOS SOCIETÁRIOS MENORES
sociedade. Ou seja, não existe a figura do gerente preposto.
1. Cooperativa ​(art. 1.093 e ss, CC e lei 5.764/71)
O nome de empresa se faz pelo uso do nome de firma.
Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com
A responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais é subsidiária, solidária e ilimitada. Subsidiária, pois
bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica de proveito comum sem objetivo de lucro
primeiro se esgota o patrimônio da sociedade, não sendo o credito satisfeito, executa-se o patrimônio do
(art. 3º, Lei 5.764/71).
sócio. No entanto, pode-se firmar uma clausula limitando a responsabilidade dos sócios tendo validade
apenas entre sócios, não perante terceiros.
A natureza jurídica de cooperativa, no CC, é como sociedade simples. Independentemente do seu objeto, a
cooperativa será sempre de sociedade simples (art. 982, pu, CC).
A quota da sociedade é possível ser penhorada, mas apenas se a sociedade for de prazo indeterminado.
Sociedade com prazo determinado, não é possível a penhora de quotas.
Tem como característica marcante o elemento intuito personae. Se a cooperativa é uma sociedade simples,
a consequência disso em caso de insolvência, é que ela não está sujeita a lei de falência. A falência será civil
❖ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES (art. 1.045 e ss, CC)
regulada pelo CC, e não pela lei de falência, porque a cooperativa não tem natureza empresária. Ou seja, a
lei de falência não se aplica a cooperativa, por forca do art. 1º da lei 11.101/05.
Há duas características distintas de sócios:

A cooperativa tem uma assembléia de sócios, que Lea o nome de cooperativados. Na estrutura (a) Sócio comanditado
administrativa, ela tem um conselho de administração ou diretorias. São dois órgãos encarregados da
administração da cooperativa. O conselho fiscal, por fim, e o órgão fiscalizador. Só pode ser pessoa física e responde solidária, pessoal e ilimitadamente pelas obrigações sociais. Tem
prerrogativa de poder participar da administração da sociedade e de ter o seu nome incluído no nome da
As características da cooperativa estão no 1.094, CC.
sociedade, na firma.

❖ ESPÉCIES DE COOPERATIVA
A comandita simples tem como nome de empresa a firma coletiva, composta pelos nomes dos sócios
comanditados. OBS.: nem todos os sócios são obrigados a colocar o nome na sociedade.
(a) Cooperativa de consumo
(b) Sócio comanditário A lei que protege os bens industriais é a lei da propriedade industrial, lei 9.279/96. Tratados importantes:
CUP (CONVENÇÃO da União de Paris para proteção da propriedade industrial, 1.883) e TRIPs.
Pode ser tanto pessoa física como jurídica e sua responsabilidade é limitada ao valor das respectivas
quotas. O sócio comanditário não pode participar nem na administração da sociedade e nem ter o nome Requisitos obrigatórios para concessão de patente: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial (art.
incluído na firma coletiva, ou seja, no nome da sociedade. 8º, LPI). Considera-se novidade a invenção não compreendida no estado da técnica. O que não é possível
de ser patenteado no Brasil, ou seja, aquilo que a lei não considera nem patente de invenção nem modelo
São direitos comuns aos sócios comanditado e comanditário a participação nos lucros, direito de voto e de utilidade estão no art. 10, LPI. OBS.: O registro se faz no INPI.
fiscalização.
O art. 122, LPI trata dos sinais que são suscetíveis de registro. No Brasil, a marca pode ser nominativa ou
❖ SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES (art. 1.090 e ss, CC + art. 280, LSA) figurativa (ex.: maçã da Apple) ou ambas (ex.: boticário).

O capital da sociedade em comandita por ações é dividido por ações. Além disso, somente o sócio acionista São marcas de tipo: marca para produto, marca para serviço, marca de certificação, marca coletiva (art.
pode ser administrador. 123, LPI).

A sociedade em comandita por ações pode utilizar firma ou denominação. ❖ PRINCÍPIOS

Como diretor, o sócio responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. O princípio da territorialidade limita o âmbito de proteção da marca ao país que concedeu a sua proteção.

XVII e XVIII) NOÇÕES DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL E DIREITO DA CONCORRÊNCIA A exceção ao princípio da territorialidade é a marca notoriamente conhecida (art. 126, LPI + art. 6 bis da
CUP).
1. Noções de propriedade industrial
O princípio da especialidade limita o âmbito de proteção material da marca ao produto ou serviço para o
OBS.: Propriedade intelectual é gênero de que são espécies direito de autor & conexos e a propriedade qual a proteção foi requerida.
industrial. Então, a propriedade industrial é parte da propriedade intelectual.
A exceção ao princípio da especialidade é a marca de autorenome (art. 125, LPI). A marca é conhecida de
“Propriedade intelectual é a soma dos direitos relativos às obras literárias, artísticas e científicas, às autorenome pelo INPI.
interpretações dos artistas intérpretes e às execuções dos artistas executantes, aos fonogramas e as
emissões de rádio difusão, às invenções em todos os domínios da atividade humana, às descobertas Repressão a concorrência desleal: concorrência (art. 2º, LPI + art. 195, LPI).
científicas, aos desenhos e modelos industriais, as marcas industriais, comerciais e de serviço, bem como às
firmas e denominações, à proteção contra concorrência desleal e todos os outros direitos inerentes à 2. Direito de concorrência
atividade intelectual nos domínios industrial, artístico, científico e literário.” (Convenção para o
estabelecimento da OMP – Organização Mundial para Propriedade Industrial, 1967) Paralelamente a matéria de propriedade industrial, temos o direito da concorrência, que se desdobra em
concorrência desleal ou antitruste.
São bens imateriais presentes da propriedade industrial:
Concorrência desleal: art. 9º + art. 195, LPI.
(a) Patentes
(b) Modelos de utilidade A lei 12.529/11 regula o antitruste; é o direito a livre concorrência.
(c) Marcas
(d) IGs (Indicações geográficas) O CADE (autarquia federal, vinculada ao MJ) fiscaliza e normatiza.
(e) Design
(f) Nome de empresa, etc. Artigos importantes da Lei 12.529: art. 36, §3º e art. 88.

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