I. CRIE ALTAS EXPECTATIVAS ESCOLARES 1. Ajude cada aluno a participar da aula, insistindo com ele para que responda corretamente às perguntas feitas, mesmo que a resposta seja a princípio copiada de outro colega. A ideia é não deixá-lo sem responder. Nunca aceite: “Eu não sei”. 2. Estabeleça e exija um padrão de correção/exatidão, desafiando os alunos a produzir e apresentar qualidade. Noutras palavras, jamais aceite uma resposta “mais-ou-menos”. A resposta tem que ser completa e correta. 3. Não encerre a sequência do aprendizado com a obtenção da resposta certa; aprofunde o conhecimento e teste a confiabilidade da resposta instigando o aluno com perguntas adicionais. 4. Incentive os alunos a expressarem o que sabem com linguagem adequada, correta, coesa, audível e de formulação própria. 5. Não crie preconceito nos alunos rotulando a disciplina ou o assunto que você está ensinando como “chato” ou “difícil”. Isso profetiza fracasso. Pelo contrário, exalte a importância curricular desse conteúdo. II. PLANEJE AULAS QUE GARANTAM UM BOM DESEMPENHO ESCOLAR 6. Sempre planeje o que vai ensinar: objetivos, tipo de atividade e formas de avaliação para sua aula. Revise a aula anterior e crie expectativas para aula posterior, fazendo a ponte entre a aprendizagem passada e a presente. 7. O objetivo (aonde você quer chegar) deve ser viável, mensurável, deve servir de bússola para as atividades e deve ser significativo para a aprendizagem do conteúdo. 8. Escreva no quadro de forma simples o objetivo de cada aula. Isto vai ajudar não só a definir uma lógica sequencial de aprendizado, mas também a obter a cooperação e o feedback do aluno. 9. Utilize com frequência os métodos mais simples, práticos e diretos. Ou seja, procure o caminho mais curto para alcançar seus objetivos. 10. Planeje em dobro: não só o que você vai fazer, mas também o que os alunos vão fazer. 11. Planeje não só o tempo, mas também o espaço. Reorganize o formato da sala conforme os objetivos propostos e a melhor interação. Cuidado para não desviar a atenção do foco com distrações no ambiente, seja de mobiliário, seja de ornamentos. III. ESTRUTURE E MINISTRE AS AULAS 12. Comece a aula com um gancho (história, desafio, gravura ou outra qualquer atividade oi item intrigante, contextualizador) que desperte a atenção e capture o interesse do aluno para a aula. 13. Subdivida a aula em etapas de aprendizado, dê nome a elas para que sejam memorizadas, siga-as e faça com que os alunos as sigam. 14. Estimule os alunos a registrar o próprio conhecimento, tomando notas com base nos esquemas do quadro: Quadro-Papel. 15. Movimente-se estrategicamente pela sala, circule entre os alunos para remover barreiras, reforçar o envolvimento e manter a disciplina; faça essa supervisão, sobretudo em áreas “problemáticas” da sala. 16. Segmente tópicos mais complexos numa série de conceitos menores e mais simples. Explique os itens usando os três passos: síncrese, análise e síntese. Aproveite para exemplificar e contextualizar. Use linguagem didática. Combine teoria e prática. 17. Faça o aluno realizar trabalho cognitivo (escrever, pensar, analisar, avaliar criticamente, falar) à proporção de sua possibilidade. Não deixe o aluno ficar passivo. Se for o caso inverta o papel e peça ao aluno que lhe explique algum ponto. Mude o ritmo. 18. Não tenha por garantido nem automático que a turma assimilou o que foi ensinado; verifique se houve aprendizagem real, mediante entrevista ou observação. Se houver lacunas, revise a matéria, mas sempre variando os métodos. 19. Faça os alunos repetirem exercícios correlatos até dominarem o assunto. Se for necessário, faça exercícios extras. A ideia é alcançarem perícia através da prática. 20. Mensure a eficácia de seu ensino através de uma única pergunta, como, por exemplo, o objetivo do assunto ministrado. 21. Faça os alunos participarem no julgamento da resposta dos colegas mediante sinais (por exemplo, levantar-se para a resposta certa; permanecer sentado para a resposta errada). IV. FAÇA OS ALUNOS PARTICIPAREM DAS AULAS 22. Deixe todos os alunos na expectativa de serem chamados a participar da checagem do conhecimento. Faça perguntas surpresas; não como punição, mas como incentivo. Isso deixará todos atentos. 23. Incentive os alunos a responder em coro. Isto serve de revisão e reforço, animação, engajamento e medida disciplinar (obediência ao professor). 24. Faça o jogo de bate-rebate como forma de revisão: lance perguntas rápidas para um grupo ou aluno. Se ele responder corretamente, o professor continua a fazer pergunta; se incorretamente, a pergunta é direcionada para outro grupo ou aluno. 25. Após lançar a pergunta, faça uma pausa dramática e estratégica antes de escolher um aluno para responder; isso estimula os retardatários, além de dar tempo para formularem a resposta. 26. Será interessante também fazer os alunos escreverem a resposta antes de proferirem a resposta oralmente. Isso os ajudará a apresentar respostas mais elaboradas. “Escrevo para saber o que penso” (Joan Didion). 27. Reforce os conteúdos com momentos curtos de celebração da aprendizagem: bater palmas, dizer hurras ou dar parabéns, investidura com medalha, coroa, melhor aluno do mês, da quinzena, da semana etc.