EDUCAÇÃO/DIDÁTICA, CURRÍCULO E
AVALIAÇÃO
PROF. JOSÉ BARBOSA, MSc.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E CONCEPÇÕES DE ENSINO E
APRENDIZAGEM
2. DIMENSÕES DO PROCESSO EDUCATIVO
3. PLANEJAMENTO DE ENSINO
4. O ENSINO E SEUS ELEMENTOS: ALUNO, CONHECIMENTO, SITUAÇÕES
DIDÁTICAS E A RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO PROFESSOR
5. CURRÍCULO E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
6. PLANEJAMENTO CURRICULAR
7. CURRÍCULO E ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR E DO CONHECIMENTO
8. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
9. A ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
10. EDUCAÇÃO INFANTIL
11. CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO
12. TIPOS E FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO
2
13. AVALIAÇÃO NA LDB E NOS PCNS
1. TENDÊNCIAS
PEDAGÓGICAS NO BRASIL
E CONCEPÇÕES DE ENSINO
E APRENDIZAGEM
O QUE SÃO PEDAGOGIAS?
pessoal do professor. A
3. RENOVADA
30
O CICLO DIDÁTICO
O trabalho docente é processual e cíclico, i.e.,. se desenvolve numa sequência de etapas
interligadas que parte sempre de um ponto inicial (ANTES), se desenvolve
(DURANTE) e termina (DEPOIS) com a recorrência deste. São três as etapas do ciclo
didático:
1. PLANEJAMENTO – Etapa reflexiva em que, com base no diagnóstico da realidade
(análise da situação), se faz o prognóstico (estabelecimento de estratégias). Consiste na
previsão e programação dos trabalhos escolares (REFLEXÃO).
2. EXECUÇÃO/ORIENTAÇÃO – Etapa operativa em que se organizam e dirigem as
atividades, mediante motivação do aluno, apresentação da matéria, integração e fixação
do conteúdo e governo de classe. Consiste na execução do que se planejou (AÇÃO).
3. CONTROLE – Etapa reflexiva, tanto anterior quanto simultânea e posterior à
execução, em que se monitora e avalia o planejamento, o desempenho e os resultados
do ensino para certificação ou retificação da aprendizagem. Consiste na supervisão
constante do processo (REFLEXÃO) (MATTOS, 1973; GANDIN, 1994).
PLANEJAMENTO
PLANEJAR (do lat. planeare, “nivelar o terreno”).
Planejar “é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto”
(VASCONCELLOS,1995). Trata-se de uma ferramenta teórica que nos ajuda a realizar
aquilo que desejamos, de forma premeditada e não espontânea. Projetar o futuro é uma
atividade essencialmente humana (Marx), estando presente em todas as intervenções do
homem, inclusive na escola. É essencial para o sucesso de qualquer empreendimento.
PLANEJAMENTO EDUCATIVO
B. PLANEJAMENTO
3. PROGNÓSTICO – Com base no diagnóstico, faz-se a previsão das decisões a
serem implementadas
4. ELABORAÇÃO DO PLANO – Faz-se um registro por escrito das previsões.
C. PÓS-PLANEJAMENTO
5. IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO – Coloca-se o plano em prática.
6. AVALIAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DO PLANO – Avalia-se o plano com
vistas ao aperfeiçoamento.
VANTAGENS DO PLANEJAMENTO
EN
AÇ
SIN
No último caso, o professor faz a ponte entre
RM
O
o aluno e o conhecimento (saber/conteúdos),
FO
69
A TRÍPLICE AUTORIDADE DO PROFESSOR
AUTORIDADE PROFISSIONAL – se manifesta no
domínio da matéria e dos métodos, no tato em lidar com a
turma e com as diferenças individuais e na capacidade de
controlar e avaliar o trabalho dos alunos e o trabalho docente.
AUTORIDADE MORAL – é o conjunto de qualidades de
personalidade do professor: dedicação, sensibilidade, senso
de justiça, traços de caráter.
AUTORIDADE TÉCNICA – constitui o conjunto de
capacidades, habilidades e hábitos pedagógicos-didáticos para
dirigir com eficácia a transmissão-assimilação de
conhecimentos dos alunos. 70
FUNÇÃO DO PROFESSOR NA INTERAÇÃO
Na interação professor-aluno, o professor tem
basicamente duas funções, de acordo com Haidt
(2002):
FUNÇÃO INCENTIVADORA:
aproveitando a curiosidade natural do aluno
para despertar seu interesse e mobilizar
seus esquemas cognitivos.
FUNÇÃO ORIENTADORA: orientando
os esforços do aluno para aprender,
ajudando-o a construir seu conhecimento.
71
A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO NA RELAÇÃO PEDAGÓGICA
74
A BOA COMUNICAÇÃO DISCENTE
1. A boa comunicação busca dirigir a atenção e o interesse para a aula.
2. A boa comunicação se esforça para pensar e acompanhar o raciocínio,
evitando a passividade e o desligamento.
3. A boa comunicação abrange a tomada de notas.
4. A boa comunicação inclui uma atitude dócil e receptiva aos
ensinamentos.
5. A boa comunicação envolve interromper o professor para pedir
esclarecimentos sobre algo que não entendeu.
6. A boa comunicação envolve participação ativa na aula e não apenas
“assistir aula”.
7. A boa comunicação busca tornar-se estudante e pesquisador, e não
apenas aluno.
75
5. CURRÍCULO E PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO
CONCEITO DE CURRÍCULO ESCOLAR
Do lat. CURRICULUM, “corrida, carreira, percurso,
curso”.
A. DENTRO DE UMA PERSPECTIVA TRADICIONAL:
Currículo é o conjunto de matérias ou grade de disciplinas sequenciadas em
determinado curso ou programa de ensino, como um corpo de conhecimentos
organizados em termos lógicos. Um plano estruturado de estudos.
B. DENTRO DE UMA PERSPECTIVA CRÍTICA:
Currículo não é apenas uma lista de disciplinas, mas tudo quanto ocorre no
ambiente escolar e extraescolar e que constitui matéria de aprendizagem para o
educando. É toda experiência de aprendizagem escolar (PILETTI, 2004).
A escolaridade é, sem dúvida, um percurso para o aluno. Este pode ser feito de
maneira linear ou sinuosa, fragmentada ou sistêmica, ingênua ou crítica
(SACRISTÁN E PÉREZ-GÓMEZ, 1998) 77
DEFINIÇÃO DE CURRÍCULO
“Na organização da proposta curricular, deve-se assegurar o
entendimento de currículo como experiências escolares que se
desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações
sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes com os
conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para
construir as identidades dos educandos” (art. 13, § 2º, Resolução
CNE/CEB nº 04/2010).
80
EVOLUÇÃO DO CURRÍCULO
81
CURRÍCULO NA IDADE MÉDIA
AS SETE ARTES
LIBERAIS
O TRIVIUM (Língua)
Lógica – arte do pensamento
Gramática – arte da invenção
Retórica – arte da comunicação
O QUADRIVIUM (Matemática)
Aritmética – teoria dos números
Música – aplicação da teoria dos A língua e a matemática constituem
números. dois sistemas básicos de
Geometria – teoria do espaço representação da realidade
Astronomia – aplicação da teoria (MACHADO, 2011:105-106). 82
Optativas
DISCIPLINAS NA LDB 1971 Técnicas Comerciais
Obrigatórias: Artes Industriais
Comunicação e Expressão: Técnicas Agrícolas
Língua Portuguesa Técnicas Domésticas
Estudos Sociais: Geografia e Canto Orfeônico
História
Organização Social e Política
do Brasil (OSPB)
Ciências Físicas e Biológicas
Educação Moral e Cívica
(EMC)
Educação Artística
Educação Religiosa
Língua Estrangeira 83
QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO NO
SÉC. XXI
Segundo o relatório de Jacques DELORS, para a
Unesco (Educação: um tesouro a descobrir. São
Paulo: Cortez, 1998), a educação deve no século XXI
organizar-se em torno de quatro aprendizagens
fundamentais (currículo), que ao longo de toda a vida,
JACQUES DELORS serão para cada pessoa os pilares do conhecimento:
1. Aprender a CONHECER (DOMINAR O CONHECIMENTO COM
COMPREENSÃO)
2. Aprender a FAZER (DOMINAR HABILIDADES , COMPETÊNCIAS E
TÉCNICAS DO MERCADO)
3. Aprender a CONVIVER (TER DIÁLOGO, SOLIDARIEDADE,
ALTERIDADE, MULTICULTURALIDADE, NÃO-VIOLÊNCIA)
4. Aprender a SER (DESENVOLVER A PERSONALIDADE TOTAL COM
CRÍTICA, AUTONOMIA, CIDADANIA)
O CURRÍCULO FORMAL DA LDB EM DOIS BLOCOS
INTEGRADOS
Os currículos da educação infantil, do ensino do médio devem ter BASE
NACIONAL COMUM CURRICULAR, a ser complementada, em cada
sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma PARTE
DIVERSIFICADA, exigida pelas características regionais e locais da
sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. Não são blocos distintos,
mas orgânicos (art. 26, LDB96).
BNCC = Núcleo disciplinar comum a todo Brasil considerado obrigatório
para todas as escolas pois viabiliza uma formação sólida e indispensável à
vida social (Ex.: História do Brasil) (art. 26).
PD = Conteúdos ou disciplinas que buscam contemplar peculiaridades
locais (Ex.: História do Piauí) que complemente e enriqueçam à BNCC e a
ela se integrem. 85
FONTES OFICIAIS DE CURRÍCULO
PCNs: Referenciais separados por disciplinas elaboradas pelo governo federal e
não obrigatórias por lei. Visam subsidiar e orientar a elaboração ou revisão
curricular; a formação inicial e continuada dos professores; as discussões
pedagógicas internas às escolas; a produção de livros e outros materiais didáticos
e a avaliação do sistema de Educação. Os PCNs foram criados em 1997 e
funcionaram como referenciais para a renovação e reelaboração da proposta
curricular da escola até a definição das DCNs.
DCNs: Normas obrigatórias para a Educação Básica que têm como objetivo
orientar o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino, norteando
seus currículos e conteúdos mínimos (noções e conceitos essenciais estabelecido
pela BNCC). Assim, as diretrizes asseguram a formação básica, com base na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), definindo competências e diretrizes
para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. 86
CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
DOIS ÂMBITOS DE EXPERIÊNCIA E OITO EIXOS DE
TRABALHO:
1. FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
1.1 Identidade
1.2 Autonomia
2. CONHECIMENTO DO MUNDO
2.1 Música
2.2 Movimento
2.3 Artes visuais
2.4 Linguagem oral e escrita
2.5 Natureza e sociedade
2.6 Matemática 87
CURRÍCULO NO ENSINO FUNDAMENTAL
DEZ ÁREAS DO CONHECIMENTO
1. LÍNGUA PORTUGUESA
2. LÍNGUA MATERNA (para populações indígenas e migrantes)
3. MATEMÁTICA
4. CIÊNCIAS
5. GEOGRAFIA
6. HISTÓRIA (conteúdo obrigatório: negro e indígena)
7. LÍNGUA ESTRANGEIRA (inglês a partir do 6º ano)
8. ARTES (conteúdo obrigatório: música)
9. EDUCAÇÃO FÍSICA (facultativa*)
10. ENSINO RELIGIOSO (matrícula facultativa no fundamental)
- DCNs para o Ensino Fundamental (Brasil, 1998).
88
CURRÍCULO NO ENSINO MÉDIO
ÁREAS DISCIPLINAS
I. LINGUAGENS E SUAS 1. LÍNGUA PORTUGUESA/LÍNGUA MATERNA (PARA
TECNOLOGIAS POPULAÇÕES INDÍGENAS)
2. ARTES (CONTEÚDO OBRIGATÓRIO: MÚSICA*)
3. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (INGLÊS)
4. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (ESPANHOL:
FACULTATIVO)
5. EDUCAÇÃO FÍSICA (FACULTATIVA*)
II. MATEMÁTICA E SUAS 6. MATEMÁTICA
TECNOLOGIAS
III. CIÊNCIAS DA 7. BIOLOGIA
NATUREZA E SUAS 8. QUÍMICA
TECNOLOGIAS 9. FÍSICA
IV. CIÊNCIAS HUMANAS 10. HISTÓRIA (conteúdo obrigatório: negro e indígena)
E SOCIAIS APLICADAS 11. GEOGRAFIA
12. FILOSOFIA
13. SOCIOLOGIA (ART. 35-A, LDB 1996) 89
TIPOS DE CURRÍCULO (DCNS DO EF)
1. CURRÍCULO FORMAL/OFICIAL/PRESCRITO - Programação
formalizada pelos sistemas de ensino, expressa nas diretrizes, referenciais e
CURRÍCULO parâmetros curriculares nacionais; nas guias curriculares estaduais ou
EXPLÍCITO: municipais, nos planos e propostas pedagógicas.
TRANSMISSÃO
DO SABER
2. CURRICULO REAL/VIVIDO OU EM AÇÃO - Experiências que
efetivamente ocorrem na sala de aula e na escola a partir da prática
pedagógica do professor, quando adapta os conteúdos oficiais à realidade
dos alunos mediante o projeto político-pedagógico e os planos de ensino.
3. CURRÍCULO OCULTO – Conteúdos ensinados e aprendidos de forma
implícita, espontânea e às vezes inconsciente nas relações interpessoais,
CURRÍCULO rituais e espaço-temporais da escola, decorrentes de valores culturais,
IMPLÍCITO: ideológicos, atitudinais e comportamentais e que não figuram no currículo
INCULCAÇÃO
DE VALORES oficial. Pode-se aprender tanto submissão, preconceito e individualismo
quanto autonomia, tolerância e solidariedade, dentre outras coisas (SILVA,
2001). 90
NÃO CONFUNDIR
•ÁREA DE ESTUDOS – Conjunto de componentes
curriculares caracterizadas pela integração de conteúdos
afins: Linguagens, Ciências naturais, Ciências Humanas,
Ciências Sociais.
•COMPONENTE CURRICULAR (Disciplina ou matéria)
– Ramo do conhecimento organizado e ordenado
didaticamente: português, química, filosofia, sociologia.
•TEMA – Um conjunto de conteúdos articulados dentro de
uma disciplina convencional ou de natureza transversal:
ortografia, trabalho e consumo.
•CONTEÚDO – Tópico ou conjunto de tópicos abrangido
em determinada disciplina ou tema: alfabeto, conjuntos.
91
PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO
92
PROPOSTA PEDAGÓGICA NA LDB 1996
INCUMBÊNCIA DA ESCOLA
• Elaborar e executar sua proposta pedagógica (Art. 12, Inciso I)
• Informar os pais/responsáveis legais sobre a execução da proposta
pedagógica (Art. 12, Inciso VII)
INCUMBÊNCIA DOS PROFESSORES
• Participar na elaboração da proposta pedagógica da escola (Art. 13, Inciso
I).
• Elaborar e cumprir o plano de trabalho, conforme a proposta pedagógica
(Art. 13, Inciso II).
CONCEITO DE PROPOSTA PEDAGÓGICA
Também chamado de proposta pedagógica na LDB 1996 (art. 12)
ou ainda de projeto pedagógico, projeto educativo, o projeto
Trata-se de um político pedagógico é o plano global da instituição. É o plano de
importante trabalho da escola como um todo, um documento que detalha
instrumento para a
objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser
CONSTRUÇÃO
DA IDENTIDADE desenvolvido na escola, expressando as exigências legais do
da instituição e sistema educacional, bem como as necessidades, propósitos e
TRANSFORMAÇ expectativas da comunidade escolar (PROJETO)
ÃO DA Deve ser elaborado pela comunidade escolar de forma
REALIDADE. É a
participativa, colaborativa e representativa; precisa ser posto em
partitura da
orquestra (escola). prática, divulgado e avaliado periodicamente (POLÍTICO).
Sempre com foco no ensino-aprendizagem (PEDAGÓGICO).
AS DUAS DIMENSÕES DO PPP
O PPP tem duas dimensões (ANDRÉ, 2001;
VEIGA, 1998):
Marco Referencial (A
FINALIDADE)
Diagnóstico (A REALIDADE)
Programação (O PLANO DE
AÇÃO)
NÃO CONFUNDIR:
PPP: Plano global de trabalho da instituição.
REGIMENTO: suporte formal, legal e jurídico
contendo normas para o funcionamento interno da
escola.
PLANO DE ESTUDOS: Lista de disciplinas com
respectivas ementas, carga horária, competências e
habilidades.
REGIMENTO ESCOLAR
O regimento escolar deve disciplinar os seguintes assuntos:
A quem cabe elaborar e executar a proposta pedagógica e quem tem
autonomia para sua revisão;
Incumbência dos docentes;
Estudos de recuperação;
Reclassificação, considerando a normatização do sistema de ensino;
Dias letivos e carga horária anual equivalente;
Classificação;
Sistema de controle e de apuração de frequência;
Expedição de documentos escolares; e
Jornada de trabalho escolar.
FASES DA PROPOSTA PEDAGÓGICA
1. DIAGNÓSTICO
A escola que temos
2. ELABORAÇÃO/PROGRAMAÇÃO
A escola que queremos
Como chegar a ela
Recursos necessários
3. EXECUÇÃO
Organização
Ação
Monitoramento
4. AVALIAÇÃO
Verificação da consecução dos objetivos (VEIGA,
ESTRUTURA DA PROPOSTA PEDAGÓGICA
• INTRODUÇÃO
• DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
• MISSÃO
• HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL
• DIAGNÓSTICO
• OBJETIVOS
• PRINCÍPIOS NORTEADORES
• ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
• ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
• CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
• PROGRAMAS PEDAGÓGICOS ESPECÍFICOS
• BIBLIOGRAFIA
6. PLANEJAMENTO DO
CURRÍCULO
Planejamento curricular é a “previsão
sistemática e ordenada de toda a vida
escolar do aluno. Portanto, essa
modalidade de planejar constitui um
instrumento que orienta a ação
educativa na escola, pois a
preocupação é com a proposta geral
das experiências de aprendizagem
que a escola deve oferecer ao
estudante, através dos diversos
componentes curriculares."
(VASCONCELLOS, 1995, p. 56).
105
CONCEITO DE PLANEJAMENTO CURRICULAR
O planejamento curricular constitui a previsão global e
sistemática de dos diversos componentes curriculares que são
desenvolvidos ao longo do curso, com as definição dos
objetivos gerais e a previsão dos conteúdos programáticos de
cada componente.
Esse nível de planejamento é
relativo à escola. Por meio dele
são estabelecidas as linhas
mestras que nortearão todo os
trabalhos.
106
OBJETIVO DO PLANEJAMENTO CURRICULAR
108
QUEM PARTICIPA DO O plano de currículo deve ser
PLANEJAMENTO elaborado por cada escola, com a
participação de todos aqueles que
CURRICULAR participam do processo
pedagógico. Cada escola do
sistema público de ensino elabora
o seu plano de currículo,
seguindo as diretrizes básicas do
sistema a que pertence, e levando
em conta as características de sua
clientela e as reais condições de
trabalho que apresenta.
109
COMO FAZER
De acordo com Sacristán (2000),
O PLANEJAMENTO
CURRICULAR “[...] planejar o currículo para seu
desenvolvimento em práticas
pedagógicas concretas não só
exige ordenar seus componentes
para serem aprendidos pelos
alunos, mas também prever as
próprias condições do ensino no
contexto escolar ou fora dele. A
função mais imediata que os
professores devem realizar é a de
planejar ou prever a prática do
ensino”. 110
DOIS PRINCÍPIOS
Dois aspectos a serem lembrados durante o planejamento do
currículo, para que seja orgânico e coerente:
(1)Definir, de forma clara e precisa, a concepção filosófica
que vai nortear os fins e objetivos da ação educativa. Essa
definição é importante porque é a partir da proposição dos
objetivos que desejamos alcançar que definiremos os
critérios para seleção dos conteúdos.
(2)Fazer os conteúdos convergirem para uma reconstrução no
aluno da substancial unidade do conhecimento, mediante
a associação entre a ordenação horizonta conteúdo de uma
mesma série) com a ordenação vertical (conteúdo das
diversas séries). 111
7. CURRÍCULO E
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
ESCOLAR E DO
CONHECIMENTO
IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE TEMPO E
ESPAÇO
Tempo e espaço escolar são
Para David
estruturantes/organizadores da cultura escolar,
Hamilton (1999), a
pois todas as ações no interior da escola escola é uma
ocorrem num espaço (sala de aula, pátio, máquina de ensinar
quadra, laboratório, biblioteca, sala dos e de aprender. A
professores, diretoria etc.) e num tempo (ano gestão do tempo e
letivo, bimestre, dia letivo, semana, aula de 50 do espaço é decisiva
minutos, recreio, férias, turno parcial, turno para o
integral etc.). Portanto, pensar o tempo e o funcionamento dessa
espaço pode ajudar a subsidiar a gestão dessas máquina.
categorias sociais de pensamento.
113
IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE TEMPO E
ESPAÇO
Os tempos e espaços, porém, não são
neutros. As marcas temporais e
espaciais das escolas onde atuamos
refletem as concepções de educação
assumidos pelo professor e pela
escola e exercem efeito na formação
dos alunos. Apesar disso, arquitetura
espaço-temporal não só condiciona a
dinâmica social e cultural, mas é
também por ela condicionada.
114
FATORES INTERFERENTES NO TEMPO
Ao discutir a pluralidade e complexidade do
tempo escolar, Compère (1997) aponta alguns
fatores que interferem na análise do tempo: a
questão do gênero, a idade dos alunos, as
estações, as tradições e a iniciativas regionais,
a religião e a condição social. O tempo
apresenta ao mesmo tempo um caráter
quantitativo e qualitativo. Quantitativo porque
todos assistem à mesma aula cronometrada de
50 minutos, mas também qualitativo porque
cada um vive e percebe o tempo de modo
distinto.
115
QUALIDADES DO TEMPO ESCOLAR
118
ETAPAS, TURNOS E JORNADAS ESCOLARES
Alguns temporalidades escolares mudaram ao longo do tempo,
como é o caso das etapas, turnos e jornadas:
Duração do ensino fundamental: 8 anos para 9 anos
Entrada no ensino fundamental: 7 anos para 6 anos
Duração da educação infantil: 0-6 anos para 0-5 anos
Duração da educação obrigatória: 6-14 anos para 4-17 anos
Entrada na educação obrigatória: 6 anos para 4 anos.
Tempo parcial diurno = matutino ou vespertino
Tempo parcial noturno
Tempo integral = turno e contraturno ou turno único com
jornada escolar de no mínimo de sete horas. 119
CALENDÁRIO ESCOLAR
A organização do tempo é primordial na escola. Elemento
constitutivo da organização do currículo escola, o calendário
escolar é uma ferramenta pedagógica de extrema importância,
organizado normalmente no momento da elaboração do PPP. É
ele que mostra a quantidade de horas que os professores de
cada matéria terão para usar em sala de aula, as avaliações, os
cursos, os feriados, as férias, os períodos em que o ano se
divide, os dias letivos, as atividades extracurriculares (como
campeonatos interclasse, festa junina, entre outros) e as
atividades pedagógicas (como trabalho coletivo na escola,
conselho de classe e paradas pedagógicas).
120
CURRÍCULO E ORGANIZAÇÃO DO
CONHECIMENTO
O currículo é ordenado em diversos
níveis: áreas, disciplinas, temas,
conteúdos. Pode ser organizado de
forma multidisciplinar (a mais
comum) e interdisciplinar e
transdisciplinar. Pode ser
direcionado para o intelecto, para o
afeto, para o físico ou para a
vontade.
121
NÃO CONFUNDIR
•ÁREA DE ESTUDOS – Conjunto de componentes curriculares
caracterizadas pela integração de conteúdos afins: Linguagens,
Ciências naturais, Ciências Humanas, Ciências Sociais.
•COMPONENTE CURRICULAR (Disciplina ou matéria) –
Ramo do conhecimento organizado e ordenado didaticamente:
português, química, filosofia, sociologia.
•TEMA – Um conjunto de conteúdos articulados dentro de uma
disciplina convencional ou de natureza transversal: ortografia,
trabalho e consumo.
•CONTEÚDO – Tópico ou conjunto de tópicos abrangido em
determinada disciplina ou tema: alfabeto, conjuntos.
122
CONCEITO DE CONTEÚDOS DE ENSINO
Conteúdos de ensino são o conjunto de conhecimentos,
habilidade, hábitos, modos valorativos e atitudinais,
organizados pedagógica e didaticamente, tendo em vista a
assimilação ativa e a aplicação pelos alunos na sua prática
de vida. Constituem a base objetiva da instrução, o objeto
de mediação escolar no processo de ensino (LIBÂNEO,
2013: 142, 131).
É O QUE o professor vai ensinar; é O QUE os alunos vão aprender. Os
conteúdos são reunidos por temas em disciplinas (componentes
curriculares), as quais, por seu turno, são organizadas dentro do currículo
em áreas. 123
OS CONTEÚDOS E AS TENDÊNCIAS
Os conteúdos de ensino assumem diferentes formas de elaboração de
acordo com a abordagem do ensino (MARTINS, 2012:59):
TRADICIONAL RENOVADA TECNICISTA CRÍTICO-
SOCIAL
Conteúdos Conteúdos Conteúdos Conteúdos
científicos e vinculados ao compartimentados vinculados à
dogmáticos, interesses do aluno, e atomizados, prática social dos
descontextualizado menos valorizados sistêmicos, alunos.
s, enciclopédicos; do que os voltados para Conhecimento é
critério lógico de processos integração processo de
seleção e cognitivos; critério horizontal e produção e
organização. psicológico de vertical. sistematização
seleção e coletiva.
organização. 124
DE ONDE VÊM OS CONTEÚDOS
São três as fontes que o professor utilizará para selecionar os
conteúdos do plano de ensino:
137
DIFERENÇA ENTRE DCNS E PCNS
Os Parâmetros Curriculares Nacionais As Diretrizes Curriculares Nacionais
(PCNs) são diretrizes separadas por (DCNs) são normas obrigatórias para a
disciplinas elaboradas pelo governo Educação Básica que têm como
federal e não obrigatórias por lei. Visam objetivo orientar o planejamento
subsidiar e orientar a elaboração ou curricular das escolas e dos sistemas de
revisão curricular; a formação inicial e ensino, norteando seus currículos e
continuada dos professores; as discussões conteúdos mínimos (noções e conceitos
pedagógicas internas às escolas; a essenciais estabelecido pela BNCC)..
produção de livros e outros materiais Assim, as diretrizes asseguram a
didáticos e a avaliação do sistema de formação básica, com base na Lei de
Educação. Os PCNs foram criados em Diretrizes e Bases da Educação (LDB),
1997 e funcionaram como referenciais definindo competências e diretrizes
para a renovação e reelaboração das DCNs para a Educação Infantil, o Ensino
Fundamental e o Ensino Médio.
138
TIPOS DE DIRETRIZES CURRICULARES
Atualmente, existem diretrizes gerais para a
Educação Básica. Cada etapa e modalidade da
dela (Educação Infantil, Ensino Fundamental
e Ensino Médio) também apresentam
diretrizes curriculares próprias. A mais
recente é a do Ensino Médio.
As Diretrizes Curriculares Nacionais do
Ensino Fundamental foram instituídas pela
Resolução CNE/CEB nº 02/1998; e as
Diretrizes Nacionais do Ensino Fundamental
de Nove Anos, instituídas pela Resolução
CNE/CEB nº 07/2010. 139
AS DIRETRIZES CURRICULARES
NACIONAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL - 1998
DIRETRIZ I – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
DA PRÁTICA PEDAGÓGICA
I - As escolas deverão estabelecer, como norteadores
de suas ações pedagógicas:
a) os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da
solidariedade e do respeito ao bem comum;
b) os princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania,
do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática;
c) os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, e
da diversidade de manifestações artísticas e culturais.
141
DIRETRIZ II – RECONHECIMENTO DE
IDENTIDADES PESSOAIS E IDENTIDADE
ESCOLAR
142
DIRETRIZ III – RELAÇÃO NECESSÁRIA
ENTRE CONHECIMENTO, DIÁLOGO E
AFETO
III - As escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são
constituídas na interação entre os processos de conhecimento,
linguagem e afetivos, como consequência das relações entre as
distintas identidades dos vários participantes do contexto escolarizado,
através de ações intersubjetivas e intrasubjetivas;
as diversas experiências de vida dos alunos, professores e demais
participantes do ambiente escolar, expressas através de múltiplas
formas de diálogo, devem contribuir para a constituição de identidades
afirmativas, persistentes e capazes de protagonizar ações solidárias e
autônomas de constituição de conhecimentos e valores indispensáveis
à vida cidadã. 143
DIRETRIZ IV – DOIS BLOCOS
CURRICULARES INTEGRADOS
IV- Em todas as escolas, deverá ser garantida a igualdade de
acesso dos alunos a uma Base Nacional Comum, de maneira a
legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na
diversidade nacional; a Base Nacional Comum e sua Parte
Diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma
curricular, que visa estabelecer a relação entre a Educação
Fundamental com a Vida Cidadã, mediante:
144
BLOCO DA VIDA CIDADÃ
a) a VIDA CIDADÃ, através da articulação entre
vários dos seus aspectos como:
1. a saúde;
2. a sexualidade;
3. a vida familiar e social;
4. o meio ambiente;
5. o trabalho;
6. a ciência e a tecnologia;
7. a cultura;
8. as linguagens;
145
BLOCO DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO
b) as ÁREAS DE CONHECIMENTO de:
1. Língua Portuguesa;
2. Língua Materna (para populações indígenas e migrantes);
3. Matemática;
4. Ciências;
5. Geografia;
6. História;
7. Língua Estrangeira;
8. Educação Artística;
9. Educação Física;
10. Educação Religiosa (na forma do art. 33 da LDB).
146
DIRETRIZ V – ATUALIZAÇÃO NECESSÁRIA
V – As escolas deverão explicitar, em suas propostas
curriculares, processos de ensino voltados para as relações
com sua comunidade local, regional e planetária, visando à
interação entre a Educação Fundamental e a Vida Cidadã; os
alunos, ao aprender os conhecimentos e valores da Base
Nacional Comum e da Parte Diversificada, estarão também
constituindo suas identidades como cidadãos em processo,
capazes de ser protagonistas de ações responsáveis, solidárias
e autônomas em relação a si próprios, às suas famílias e às
comunidades.
147
DIRETRIZ VI – A PARTE DIVERSIFICADA
DO CURRÍCULO
148
DIRETRIZ VII – ESPÍRITO DE EQUIPE E
CONDIÇÕES BÁSICAS
149
9. EDUCAÇÃO INFANTIL
O SURGIMENTO
DA EDUCAÇÃO
INFANTIL
A educação infantil vem crescendo
de forma intensa tanto no Brasil
como no mundo devido a vários
fatores: (a) intensificação da
urbanização, (b) participação cada
vez maior da mulher no mercado
de trabalho, (c) nova organização
e estruturação familiar e (d)
conscientização da importância
das experiências na primeira
infância. 151
EDUCAÇÃO INFANTIL NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL E NO ECA
A conjunção desses fatores pressionou o governo para a criação
de instituições de atendimento às crianças de zero a cinco anos.
A partir da Constituição Federal de 1988, a educação infantil em
creches e pré-escolas passou a ser um dever do Estado e um
direito da criança (artigo 208, inciso IV). O Estatuto da Criança
e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) destaca também o direito da
criança a este atendimento (art. 54, IV), que é feito apenas pelo
critério de faixa etária.
152
EDUCAÇÃO INFANTIL NA LDB 1996
160
VOLUME 1 – INTRODUÇÃO
Descreve o surgimento da creche e da pré-escola, antes apenas uma
instituição assistencialista, sem nenhuma intenção educacional. Trata
depois da concepção de criança e sua especificidade como um ser
humano em desenvolvimento. Mostra a articulação entre educar,
brincar e cuidar. Apresenta o perfil profissional do professor de
educação infantil. Fala da organização por idade e em âmbitos de
experiência e eixos de trabalho, distribuídos em componentes
curriculares. Dá orientações didáticas para a organização do tempo,
do espaço e dos recursos materiais. Recomenda que a avaliação seja
formativa, feita sobretudo mediante as técnicas de observação e
registro. Mapeia os objetivos gerais da educação infantil. Mostra
como devem ser as condições externas e internas das instituições de
educação infantil. Termina destacando a importância da parceria entre
família-escola e do acolhimento de crianças com necessidades
especiais. 161
VOLUME 2 – FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
Organiza a primeira parte do currículo em dois eixos de trabalho:
a construção da Identidade e da Autonomia por parte das crianças.
Apresenta os conteúdos e as orientações didáticas para (a) a
creche: autoestima, escolha, faz-de-conta, interação, imagem,
cuidados e segurança; e para (a) pré-escola:
nome, imagem, independência e autonomia, respeito à diversidade, identidade
de gênero, interação, jogos e brincadeiras e cuidados pessoais. Dá orientações
ao professor sobre jogos e brincadeira, sobre como organizar um ambiente de
cuidados essenciais (proteção, alimentação, cuidado dentário, banho, troca de
fraldas, sono e repouso) e sobre a organização do tempo (atividade
permanentes, sequência de atividade e projetos). Trata por fim da avaliação,
que deve ser formativa, sobretudo mediante as técnicas de observação e
registro. 162
VOLUME 3 – CONHECIMENTO DE MUNDO
Organiza a segunda parte do currículo mediante o desenvolvimento de
diferentes linguagens pela criança. Divide em seis eixos de trabalho:
Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e
Sociedade e Matemática, cada um com suas orientações didáticas para o
professor sobre os eixos propriamente ditos e sobre a organização do
tempo e do espaço, a ludicidade e as formas de avaliação. Movimento trata de
expressividade e do equilíbrio e da coordenação. Música trata do fazer musical e da
apreciação musical. Artes Visuais trata do fazer artístico e da apreciação artística.
Linguagem Oral e Escrita, depois de discorrer sobre o desenvolvimento da linguagem
oral e da linguagem escrita na infância, trata do falar e do escutar, da alfabetização e das
práticas de leitura e escrita. Natureza e Sociedade trata da organização dos grupos e seu
modo de ser viver e trabalhar, dos lugares e suas paisagens, dos objetos e processos de
transformação, dos seres vivos e dos fenômenos da natureza. Matemática trata dos
números e sistemas de numeração, de grandezas e medidas e do espaço e da forma.
163
CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
DOIS ÂMBITOS DE EXPERIÊNCIA E As DCNs definem currículo
OITO EIXOS DE TRABALHO: como o “conjunto de práticas
1. FORMAÇÃO PESSOAL E que buscam articular as
SOCIAL experiências e os saberes das
1.1 Identidade crianças com os conhecimentos
1.2 Autonomia que fazem
2. CONHECIMENTO DO MUNDO parte do patrimônio cultural,
2.1 Música artístico, ambiental, científico
2.2 Movimento e tecnológico, de modo a
2.3 Artes visuais promover o desenvolvimento
2.4 Linguagem oral e escrita integral de crianças de 0 a 5
2.5 Natureza e sociedade anos de idade” (art. 3º).
2.6 Matemática 164
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE
CRECHES E PRÉ-ESCOLAS
O atendimento de crianças em creche
nasceu com objetivo assistencialista de
atender crianças de baixa renda cujos pais
precisavam trabalhar e não tinham com
quem deixar os filhos. Desde a década de
1990 esse conceito vem mudando para a
percepção de que precisamos enviar
nossas crianças para a educação infantil
para que desenvolvam seus aspectos
físicos, emocionais, afetivos, cognitivos,
linguísticos e sociais. 165
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Até um passado recente, o atendimento às crianças limitava-se à
guarda e cuidado. Amiúde com propósito assistencialista.
Creche era para crianças carentes e a pré-escola, para ricos.
Constituição de 1988 e LDB de 1996 mudam a cara da educação
infantil: juntam creche (0-3 anos) e pré-escola (4-5 anos) numa
etapa com intenção educativa.
A educação infantil ganha importância por ser uma idade
estratégica para o desenvolvimento: (a) do cérebro, (b) do caráter,
(c) do físico e (d) da escolaridade posterior. Deve-se, porém,
evitar a terminalidade escolarizante ou a antecipação de
conteúdos próprios do ensino fundamental.
POR QUE CURSAR A EDUCAÇÃO INFANTIL
É durante a primeira, segunda e terceira infâncias que ocorrem os anos
vitais, a “janela da aprendizagem”, para o cérebro humano.
Alunos que fizeram a educação infantil têm desempenho acadêmico
melhor do que aqueles que não a cursaram e maior probabilidade de
completar a educação superior.
A frequência à educação infantil aparece associada à diminuição das
taxas de criminalidade em muitos países, haja vista que os alicerces do
caráter de um ser humano são lançados nos seus sete primeiros anos de
vida.
Crianças oriundas de família de baixa renda, vulnerável e pobre de
estímulos construtivos necessitam prementemente de assistência escolar
desde os primeiros anos para poder superar suas desvantagens.
Apesar da importância social e
cognitiva da educação infantil,
Jack Shonkoff entende que
atividades como ler para a
criança, brincar com ela, ensinar
como se comportar de maneira
adequada, como se relacionar
com os demais, como lidar com
diferentes situações é um
programa bem melhor do que
livros didáticos e lições de casa.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Proposta pedagógica ou projeto político pedagógico é o plano
orientador das ações da instituição e define as metas que se
pretende para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças
que nela são educados e cuidados. É elaborado num processo
coletivo, com a participação da direção, dos professores e da
comunidade escolar.
PRINCÍPIOS DO PPP DA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Princípio Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da
solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e
às diferentes culturas, identidades e singularidades.