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Releitura renascentista
Compondo uma extensa riqueza nacional, as escolas literárias
brasileiras ficaram marcadas por realizarem, em algum nível, uma
quebra com os padrões de produção escrita antecedentes. Essas
constantes mudanças de rumo tomadas ao longo do tempo se pautaram
em compreender urgências na substituição de conceitos ultrapassados.
Nota-se, a partir disso, um claro exemplo da aplicabilidade do passado
no entendimento do presente, princípio esse que deve se estender a
todos os aspectos que compõem o cotidiano sociocultural humano.
A priori, é necessário frisar que, assim como há muito já afirmava o
filósofo Edmund Burke, a falta de ampla compreensão acerca do
passado implica em tendência à recorrência de seus erros no presente.
A respeito disso, exemplifica-se hodiernamente uma constante
perpetuação de preconceitos enraizados no Brasil, fato que está
intimamente relacionado ao descaso em relação à manutenção do
patrimônio histórico nacional – apenas 20% do capital necessário é
destinado a essa área, de acordo com o canal de comunicação O Globo.
Dessa maneira, comprova-se que a negligência do passado corrobora as
incoerências do presente.
A posteriori, salienta-se o importante papel exercido pelo passado não
somente em compreender o presente, como também em desenvolver
aspirações futuras, sobretudo ideológicas. Com base nessa premissa,
pode-se apontar para o Renascimento, cuja ligação com a cultura antiga
viabilizou a efervescência da racionalidade e, consequentemente, a
construção do mundo moderno. Toma-se, então, como relevante a
conexão com o passado na fortificação das bases ideológicas para a
construção dos tempos que ainda estão por vir.
Conclui-se, portanto, que o passado se configura como o parâmetro mais
adequado a ser considerado na compreensão do presente e confecção
do futuro, de forma que, ao ser adquirido amplo entendimento acerca de
suas raízes históricas, todos os povos poderão, decerto, renascer sob
influência delas, originando um futuro sem a recorrência de
inconsistências.

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