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AÇÃO CAUTELAR DE
EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS
COM PEDIDO LIMINAR INAUDITA ALTERA PARTE
Contra:
Com fulcro nos fundamentos de fato e de direito que passa a expor: com fulcro
nos fundamentos de fato e de direito que passa a expor:
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PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE JAPARATUBA E PIRAMBU
Registra-se, ainda, a Lei Federal n. 7.853/89, que em seu art. 3º, de forma clara e
taxativa, estabelece ao Ministério Público a legitimidade para a instauração de inquérito civil e
propositura de ação civil pública na área da pessoa com deficiência.
Assim, revela-se evidente que ao Ministério Público cabe, por dever de ofício,
intentar as todas as medidas que se revelarem pertinentes na defesa do patrimônio público.
II – DOS FATOS.
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Em razão de a aludida requisição não ter sido atendida, com a remessa dos
pareceres técnicos, pela e. Corte de Contas, em 16 de novembro de 2016, foi reiterado o pedido.
É o relato do necessário.
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III. DO DIREITO.
Art. 8º. Para o exercício de suas atribuições, o Ministério Público da União poderá, nos
procedimentos de sua competência:
(...)
II - requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades da Administração
Pública direta ou indireta; (...)
§ 3º. A falta injustificada e o retardamento indevido do cumprimento das requisições do
Ministério Público implicarão a responsabilidade de quem lhe der causa.
Ainda, dispõe o art. 80, da Lei nº 8.625, de 1993, que as normas da Lei Orgânica
do Ministério Público da União aplicam-se subsidiariamente aos Ministérios Públicos dos Estados.
Não fosse isso, assim preceitua o artigo 26 da Lei nº 8.625, de 1993:
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A referida lei, inclusive, tipificou como crime, em seu artigo 10, “[…] a recusa, o
retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil,
quando requisitados pelo Ministério Público”, revelando-se indiscutível o dever de resposta, eis
que a irrecusabilidade ao cumprimento das requisições expedidas pelo Ministério Público é uma
ofensa ao sistema jurídica.
O Egrégio Superior Tribunal de Justiça, por sua vez, já decidiu, recentemente, que
nem mesmo a instauração de procedimento é necessária, para que o Ministério Público expeça
requisição, podendo fazê-lo autonomamente, sem prévio procedimento administrativo. Por sua
importância, transcreve-se a seguinte ementa:
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O culto JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO (Ação Civil Pública. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2004, p. 29) assevera sobre a requisição de provas pelo Ministério Público,
destaca:
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Pode-se dizer mesmo que o poder conferido pela Constituição corresponde a uma
verdadeira prerrogativa. Esta comporta o poder jurídico de exigibilidade de obtenção de
elementos instrutórios, seja qual for a pessoa que deles disponha. Sendo assim, não é lícito
a qualquer pessoa, pública ou provada, recusar-se a atender às requisições oriundas de
órgãos do Ministério Público. (ob. cit., p. 294).
Não temos dúvida em afirmar, portanto, que, na busca de proteção a interesses coletivos e
difusos indisponíveis, precisa o Ministério Público de todos os elementos que possam dar
suporte à ação civil que vai ajuizar, de modo que não podem as pessoas, públicas ou
privadas, deixar de cumprir seu dever de colaboração no sentido de também proporcionar a
defesa daqueles interesses. Cabe-lhes, em decorrência, prestar todas as informações ou
fornecer todos os elementos necessários, quando forem destinatários de requisição oriunda
do Ministério Público. (ob. cit.,p. 295).
Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu
poder.
Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação.
Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz
permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à
verdade.
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IV – DO PREQUESTIONAMENTO.
V – DA URGÊNCIA DO PROVIMENTO.
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Por outro lado, permitir a continuidade do agir, ou, melhor, do não agir, do
Requerido, mostra-se inconveniente, sendo necessário o provimento jurisdicional, para minimizar
os danos causados ao Município de Pirambu.
VI – DOS PEDIDOS.
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Dá-se à causa para efeitos meramente fiscais, o valor de R$ 1.100,00 (mil e cem
reais).
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