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As falhas encontradas comumente nos sistemas hidráulicos prediais se devem ao fato de se dar pouca ou
nenhuma importância ao processo de construção, uso e operação destes sistemas. Em face do pouco tempo
desprendido na fase de projeto, adotam-se soluções padrão inadequadas que delegam à fase de execução a
viabilização do sistema previsto. A tomada de decisão fica a cargo de profissionais não habilitados a este fim.
Para se construir sistemas prediais com qualidade, deve-se, portanto, rever estes conceitos e até mesmo coibir
maus hábitos que advém do processo falho e, por vezes, inexistente, de projetar.
O edifício pode ser considerado como um sistema composto por diversos subsistemas interrelacionados, em que
o melhor desempenho se dá com a conjugação de todos, atendendo às funções a que o mesmo se destina. São
subsistemas a estrutura, envoltória externa, divisores de espaços externos e internos e serviços em geral. Os
sistemas hidráulicos prediais são parte do subsistema de serviços - suprimento e disposição de água e, posterior à
entrega do edifício, são os que apresentam maior incidência de atividades de manutenção. Assim, mais um
motivo para se adotar medidas em face da qualidade destes sistemas.
Para melhor analisar o desempenho de sistemas, devem ser feitas algumas análises, dentre as quais:
Quanto à qualidade, a mesma define-se como sendo a satisfação dos clientes com um dado produto/serviço.
Além disso, para que haja qualidade, um produto deve ser produzido com produtividade e rentabilidade, em um
ambiente de trabalho que possibilite o crescimento do trabalhador, respeitando-se legislação, meio ambiente e a
sociedade como um todo.
Deve-se para tal, identificar os intervenientes no processo de geração, uso e manutenção dos sistemas
hidráulicos prediais, bem como o fluxo de informações e serviços, assim:
Fatores intervenientes:
- Normalização técnica;
- Concessionárias de serviços públicos;
- Fornecedor de componentes;
- Responsável de operação/manutenção;
- Empreendedor, contratante, projetistas e executores;
- Cliente final.
padronização e de treinamento da mão-de-obra), desconsideração das informações (causada pela falta de registro
das mesmas em meio físico).
Existem também problemas de suprimento, de projeto e falhas na execução (controladas com um sistema de
transporte/armazenamento de materiais, uma melhor seleção dos projetistas para evitar problemas de cálculo e
uma formalização do controle e dos procedimentos necessários para execução).
Na execução, ressalta-se como grave fonte de problema nos SPH o fato das tubulações verticais serem instaladas
embutidas na alvenaria, gerando transtornos no processo de construção (necessidade de se quebrar alvenaria,
gerando entulho e, consequentemente, perda na produtividade) e no processo de manutenção - quebrar a
alvenaria caso sejam necessários reparos. Outro grave problema é o fato da isolação acústica ser afetada -
especialmente em apartamentos e ambientes de permanência prolongada.
As tubulações horizontais também são construídas embutindo-se na alvenaria, utilizando-se lajes rebaixadas ou,
mais comumente hoje em dia, passagem por forro falso no pavimento inferior - a melhor solução em termos de
manutenção, dada a facilidade de acesso das tubulações.
Para se reduzir a quebra de alvenaria, pode-se optar por blocos hidráulicos ou em canaleta, mas esta prática não
elimina o problema da quebra de alvenaria na eventual necessidade de se realizar manutenção. A melhor solução
encontrada para disposição das tubulações verticais, é a utilização de dutos denominados 'shafts' fechados com
elementos leves removíveis, tornando-o visitável. Facilita-se a execução - podendo ser realizada posteriormente
à construção da edificação - e manutenção, na eventual necessidade de se fazê-la.
A utilização de 'shafts' visitáveis prevê também instalações hidráulicas prediais na forma de kits, reduzindo-se
assim o desperdício e falhas na montagem, uma vez que sistematiza todo o processo construtivo, tornando-o
padronizado e resistente a falhas de projeto. Com a formação de equipes de trabalho, torna-se eficiente a
montagem de todo um sistema hidráulico de um edifício como um todo.
Acessibilidade e flexibilidade;
Minimização dos danos decorrentes ao uso, à condensação, à luz, aos ataques biológicos entre
outros;
Assegurar resistência à explosão, incêndios e outras condições excepcionais que possam advir a
ocorrer.
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