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Principais causas
As causas são as mais diversas. Incluem fatores hereditários, quando há uma tendênica
familiar para trombose (Trombofilia Hereditária). Tais como as mutações genéticas ou as
deficiências de fatores anticoagulantes (mutação do gene do Fator V (Fator V Leiden),
mutação do gene da protrombina, polimorfismo do PAI 1, deficiência da antitrombina,
deficiência da proteína C e S).
Quando a trombose venosa ocorre em decorrência de fatores não hereditários, podemos
chamar de Trombofilias Adquiridas. As principais são as que ocorrem por dificuldade de
movimentação, como nas viagens prologadas, uso de aparelhos gessados, pós cirurgias
de grande porte, pós fraturas, traumas medulares, derrames cerebrais, na presença de
câncer e durante quimioterapia, infecções graves, uso de de hormônios (anticoncepcionais
e reposição hormonal), doenças conhecidas como auto-imunes (Lupus, Artrite
Reumatóide, Síndrome do Anticorpo Anti-fosfolípide). Varizes e obesidade, idade superior
a 40 anos, bem como passado de trombose ou história familiar de trombose aumentam o
risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar. Agora vemos as tromboses por
infecção pelo Sars-CoV-2, uma infecção viral, que ao provocar uma inflamação vascular
generalizada, apresenta um aumento de quadros trombóticos em todos os órgãos. Com
aumento das sequelas e da mortalidade decorrentes da Covid-19.
Quando a trombose ocorre nos vasos do pulmão (Embolia Pulmonar) o coágulo pode ser
formado no próprio vaso do pulmão ou vir de outro lugar, mais comumente as pernas. A
pessoa pode apresentar falta de ar, dificuldade para respirar (dispnénia), dor no peito e
nas costas, aceleração do coração (taquicardia), pressão baixa, lábios e mãos escuros
(cianose), sudorese, corpo frio, sensação de morte.
Nas tromboses das veias do pescoço (cervicais) é comum o inchaço na face e pescoço,
dor de cabeça, aparecimento de veias dilatadas no pescoço e no peito, o rosto pode ficar
vermelho ou azulado (pletora). Pode haver dificuldade para respirar em casos extremos.
Diagnóstico de Trombose
O melhor exame para diagnóstico da TVP de membros é o ultrassom Doppler venoso, que
identifica o local e a extensão da trombose.
Flebografia, estudo das veias com contraste, é um exame que apesar da alta sensibilidade
é utilizado apenas em casos especiais, por ser invasivo.
Arteriografia pulmonar é um exame que pode ser usado no diagnóstico e até no tratamento
da embolia pulmonar, mas por ser invasivo é utilizado só em algumas situações.
Tratamento de Trombose
Evitar morte.
As heparinas são mais utilizadas na fase aguda, principalmente nos pacientes que estão
hospitalizados ou que precisam de hospitalização, a mais utilizada é a Enoxaparina. Os
anticoagulantes orais anti-vitamina K (cumarínicos) são utilizados após a fase aguda. Os
anticoagulantes orais diretos (rivaroxabana, dabigatrana, apixabana, edoxabana), uma
classe recente de medicamentos usados no tratamento e profilaxia da trombose, podem
ser utlizados para tratamento domiciliar. São os mais utilizados na atualidade para o
tratamento da trombose venosa e embolia pulmonar.
O uso de filtro de veia cava inferior é utilizado nos casos em que a anticoagulação não é
possível (contra-indicada) ou nos casos de embolia pulmonar mesmo na vigência de
anticoagulação. Outros tratamentos podem ser utilizados em casos bem selecionados,
fibrinólise e cirurgias.
Uso de meia elástica de compressão graduada é importante para redução dos sintomas,
tais como o inchaço.
Prognóstico
O tratamento precoce é importante para prevenção das complicações agudas tais como
morte, embolia pulmonar e grave compressão muscular que compromete a circulação dos
membros (flegmasias). As complicações tardias levam a má qualidade de vida, a pessoa
deixa de fazer atividades rotineiras e termina em isolamento social. As mais frequentes
são varizes de grosso calibre, pigmentação da pele, dor crônica, inchaço, úlcera venosa
(síndrome pós-trombótica). Outra complicação tardia é a dificuldade para respirar,
progressiva e altamente limitante (hipertensão arterial pulmonar).