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PAZ, UM BENEFICIO DA JUSTIFICAÇÃO!

Romanos 5.1-11

Quando adolescente gostava de ouvir uma canção evangélica que


dizia: “Onde encontrar a paz? Nesse mundo? Onde encontrar a paz? Na
ONU? Onde encontrar a paz? No dinheiro? Onde encontrar a paz? No
mundo? Se a paz do mundo, não lhe satisfaz, se a paz do mundo nunca foi
capaz, de enxugar as lágrimas do homem que caminha aqui...”

Uma das grandes buscas do ser humano, é ter paz em todas as


áreas da sua vida, seja relacional, social, espiritual e interna. E essa busca,
ainda que não seja tão perceptível, é um dos grandes objetivos do homem.
Pessoas que vivem nas grandes cidades buscam paz viajando, saindo da
cidade para lugares mais tranqüilos, porém logo precisam retornar a sua
vida e seus problemas, percebendo que vivem numa paz temporária. Outros
tentam buscar nos relacionamentos, pois entendem que estar com alguém
resolve o problema, mas também é passageiro, pois em algum momento
essa pessoa terá que ficar sozinha e verá que a paz que buscou é temporária
também.

Muitos crentes não vivem em paz, pois carregam o peso da culpa


do pecado, de modo que nunca se acha em paz consigo mesmo. Na história
da igreja vemos homens como Lutero, se penalizar por causa dessa culpa,
de forma que isso o atormentava dia e noite, parecendo não ter fim. Assim
muitos vivem, mesmo tendo uma caminhada de fé no evangelho de Cristo.
Ainda não se acham perdoadas, se penalizam e por isso não vivem em paz!

Qualquer que seja a busca do ser humano nas vias naturais e


humanas, apenas resolverá o problema temporariamente e não para sempre.

Esse texto de Paulo, à igreja de Roma nos traz conforto, alento e


alivio em saber que podemos ficar em paz, pois Cristo nos justificou e essa
justificação nos traz vários benefícios, e um deles é a paz!

Paulo escreve essa carta para uma igreja que estava situada no
meio de uma grande imoralidade das autoridades romanas e de seu povo
pagão. Uma sociedade aquém dos padrões morais de Deus e de Sua
palavra. Por isso á necessidade de uma carta confortadora e que levasse o
leitor a ter paz, mesmo que vivendo em meio às tribulações e angustias da
vida.
Esse capítulo inicia com um relato magnifico, de que fomos
justificados, e por isso temos paz com Deus! Que maravilha de notícia!

A preocupação de Paulo é mostrar ao crente que mesmo vivendo


numa sociedade perversa e pecadora, e ainda que em algum momento da
vida o crente tenha sido afetado por algum pecado, Jesus Cristo o justificou
(Vs.1) e por isso, esse crente pode estar em Paz. Outro assunto que o
apóstolo traz aos irmãos romanos é que em Cristo temos acesso à graça de
Deus (vs.2), e por isso o crente está firme e pode se gloriar na esperança da
glória de Deus.

O erro ou pecado tem suas consequências danosas na vida


daquele que peca, a bíblia diz que o salário do pecado é a morte (Rm
6.16.23) e aquele que vive no erro, não tem paz. A não correção de uma
vida de pecado traz ao pecador à ira de Deus e assim ele não viverá em paz,
pois está em guerra contra o criador.

Paulo sabia das dificuldades e tribulações que estes irmãos


estavam enfrentando e como estava sendo difícil professar a fé num
contexto em que viviam. Alguns escritores/teólogos consideram este
capítulo um parêntese devocional, visto basear-se na experiência pessoal de
Paulo quanto ao modo de ser tratado por Deus.

O conselho que Paulo dá a esses irmãos, é que se mantenham


firmes no Senhor, pois ainda que as tribulações sejam grandes e difíceis,
elas trariam perseverança, que produziria experiência e a experiência em
esperança que não os confundiriam (vs. 11). Paulo mostra a eles que Deus
em seu infinito amor os resgatou para sí, enviando seu filho para justificá-
los. Muitos poderiam se perguntar como seria possível isso, se eles eram
tão pecadores, e logo eles que viviam num contexto social totalmente
perverso. Esse foi o mesmo sentimento de Isaias que também se achava
impuro e por viver no meio de um povo também impuro, e assim não vivia
em paz (Is. 6.5).

Para muitos crentes, a causa é a culpa pelo pecado de modo que,


nunca se acham em paz consigo mesmos, pois não procuram viver uma
vida de santidade ao Senhor, não se separando do mundo de pecado e
flertando com o pecado. Assim cada vez mais temos cristãos depressivos,
tristes, inconformados, desiludidos, enfraquecidos, sem esperanças, etc,
simplesmente por viverem no erro. Esse tipo de vida trará conturbações e
sofrimentos, que só serão resolvidos quando se libertarem do erro e assim
viverão em paz.

Romanos 5 é um texto que nos faz enxergar que por mais fracos
e pecadores que sejamos, Deus nos enviou Jesus Cristo para justificar-nos e
nos trazer Paz, mesmo que sobrevenha sobre nós tribulações terríveis.

A justificação é a eliminação da culpa do pecado, uma vez que


Cristo nos perdoou, não temos mais que carregar esse fardo à vida inteira e
viver atribulado e em guerra conosco. Uma vez que fomos justificados,
fomos feitos seus e fomos reconciliados com Deus. Essa paz advinda da
justificação não é a isenção de tribulação, de problemas na vida, de vida
feliz sempre, mas sim de um refrigério mesmo em meio a tudo isso.

Ao entendermos a justificação de Cristo por nós, poderemos


viver em paz, poderemos desfrutar essa paz, e poderemos transmitir paz.
Cada vez mais a paz se torna um bem escasso e sempre desejado. E para o
crente, basta às escrituras, basta o que Cristo fez na cruz, basta saber que
nada pode tirar sua paz, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as coisas do presente, nem as coisas do porvir, nem os
poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura
poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus.” (Rm.8.37-
39), esse amor dá a paz ao crente.

Ficamos com as palavras daquele que nos justificou e nos trouxe


paz em meio à guerra, “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la
dou como a dá o mundo.” (Jo.14.27ª)

IUSTIFICATI ESTIS IN CHRISTO

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