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No quadro Criança Morta, de Cândido Portinari, é representado o vigor do artista em retratar

problemas presentes nas vidas dos brasileiros, especialmente na dos retirantes nordestinos.
Evidenciando as atribulações que os emigrantes do nordeste do Brasil enfrentaram ao abandonar suas
terras, assoladas pela seca, em busca de melhores condições de vida em regiões mais desenvolvidas
economicamente. Nesse sentido, observa-se que a desigualdade de renda é um fator extremamente
presente na vida da população brasileira. Entretanto, por meio da garantia dos direitos sociais, em
especial do acesso à educação de qualidade, declarados pela constituição, o obstáculo apresentado
anteriormente pode ser amenizado.
Para combater as discrepâncias de renda no Brasil, o acesso à educação de qualidade é de extrema
importância, levando em consideração a igualdade de oportunidades para todos mediante as diferenças
existentes, evitando tratar desiguais como iguais. Analogamente, segundo Florestan Fernandes,
sociólogo e político brasileiro, as escolas deveriam ser instrumentos de elevação cultural e
desenvolvimento social, especialmente, das classes mais pobres da população. Mas, para isso, a escola
deveria deixar de reproduzir os mecanismos de dominação de classe da sociedade.
Além disso, a educação também é um meio indispensável para afixar os estudantes no contexto em
que o país está inserido, nesse caso, para demonstrar a existência da desigualdade de renda e seus
efeitos em meio à sociedade brasileira. Semelhantemente, segundo Paulo Freire, a educação deve
passar pela necessidade de aprender e reconhecer a identidade cultural, e o conteúdo deve estar
inserido conforme esta identidade cultural, como forma de desenvolver cidadãos conscientes
socialmente, os quais possam promover mudanças positivas na sociedade.

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