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BRASIL, UMA SOCIEDADE MISCIGENADA

Mário Cabral

Quando tratamos da formação cultural, econômica e étnica do povo


brasileiro, tratamos de uma diversidade quase que imensurável, pois, historicamente
a sociedade brasileira é formada por vários outros povos étnicos, que contribuíram
não só com a questão genotípica, mas também com os costumes, a cultura e seus
modos próprios de pensar e de viver. Dessa forma, e partindo dessa mistura tão
peculiar, o Brasil é um país extremamente diverso em todas as suas nuances.
Segundo Couto, Amaral e Lima (2017) a formação da sociedade brasileira
se deu após 100 anos de contato dos portugueses com as culturas africanas e
índias, povos esses que etnicamente não eram puros. Sendo assim das relações
entre índios, brancos e negros, surgiu o povo diverso que é hoje, o povo brasileiro.
Cabe aqui também explicitar o fator econômico, que em grande parte contou com a
contribuição dos portugueses, com sua monocultura escravocrata. Nesse contexto
escravista, inicialmente utilizava-se os índios, porém, os mesmos não se adaptavam
à escravidão, causando fugas e revoltas, foi aí então que se começa a trazer negros
da África como escravos para o Brasil.
Esse é apenas um raso fragmento histórico da construção de nossa
sociedade, tendo em vista que existem diversas nuances a serem discutidas, mas,
faz-me mister salientar que esse é um assunto que deve ser debatido e explanado
com muita ênfase nas Instituições educacionais. A Reforma Curricular Nacional
ainda em uso no Brasil e as Leis de Diretrizes e Bases para a Educação, orientam
que um dos objetivos a serem alcançados pelo educando ao término da educação
básica é que o mesmo seja um cidadão crítico, reflexivo e transformador, no sentido
positivo, na sociedade ao qual está inserido. Sendo assim, Fontenele (2017) nos diz
que as tarefas da escola vão além das aspirações de preparar para o mercado de
trabalho. Mais que isto, a escola precisa educar no sentido de formar jovens para o
exercício da cidadania. Ou seja, o contexto histórico da formação de nosso povo
deve estar problematizado em todas as áreas do conhecimento educacional, para
que o educando possa, a partir dessa apropriação, refletir sobre a sua importância
na formação e construção de nosso país.
REFERÊNCIAS

COUTO, Claudomira Oliveira; AMARAL, Késia Silva da Costa; LIMA, Tayane


Carneiro. UMA ANÁLISE ANTROPOLÓGICA DE “CASA GRANDE E SENZALA: A
FORMAÇÃO DA IDENTIDADE DO HOMEM BRASILEIRO”. Disponível em:
http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/25794_12481.pdf. Acesso em: 09/04/18.

FONTENELE, Zilfran Varela. A HISTÓRIA E CULTURA AFRO BRASILEIRA E


INDÍGENA NA ESCOLA. Disponível em:
http://www.snh2017.anpuh.org/resources/anais/54/1488600908_ARQUIVO_AHISTO
RIAECULTURAAFROBRASILEIRAEINDIGENANAESCOLA.pdf. Acesso em
09/04/18.

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