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ANA MARIA RAMOS DE OLIVEIRA

RELATÓRIO

Entre os dias 10/08 à 16/08/2020 a FUNAD-PB ofereceu através da modalidade


remota (lives) com a participação de vários especialistas na área de educação inclusiva ,
mediada. Mediada por profissionais da NAAHIS – PB, essas palestras mostram-se
extremamente esclarecedoras e enriquecedoras para o debate da temática nos dias
atuais.

No primeiro dia de eventos, contamos com a presença da professora Drª Ângela


Vergolim, que discutiu o tema: “O processo de identificação e confirmação dos
estudantes com AH. A partir da sua análise, percebemos a importância de tirar o
superdotado da invisibilidade, buscando identificar-los precocemente, de modo que a
criança possa desenvolver seus potenciais, evitando assim, traumas, depressão e evasão,
presentes no cotidiano da mesma quando o processo ocorre de forma tardia.

A professora finalizou sua fala apresentando metodologias que auxiliam pais,


professores a detectarem a superdotação de forma precoce, seja no ambiente doméstico,
seja na sala de aula, facilitando assim o processo.

No segundo dia de palestras o professor Guilherme Stanfos tratou da temática


“Aspectos socioemocionais e e comportamentos dos indivíduos com AH/SD, abordando
a invisibilidade e necessidade de apoio familiar, escolar e políticas públicas.

Com o poema de Carlos Drummond de Andrade, ele convida-nos a entender a


importância da inclusão, os conceitos de normal e anormal.

O autor utiliza a teoria dos três anéis de Renzuhi (1986) para explicar os fatores
da superdotação.

Sugere que os pais, juntamente com a escola e a sociedade, motivem, estimulem


e apóiem os superdotados evitando assim a depressão.

O palestrante expõe sobre as leis que amparam a Educação Especial, mostrando-


nos programas que as vezes excluem os superdotados.

As características emocionais do superdotado foram explicadas à visão de


pesquisadores, as expectativas e as frustrações foram também trabalhadas.

Uma das colocações mais importantes foi a de que os superdotados não podem
ser vistos como meros objetos. Durante toda a explanação o professor nos convida a
cuidar, sobre a nossa essência humana.

No terceiro dia Emille Dias Burity trouxe o tema “Contribuições da


Neuropsicologia em relação as altas habilidades e superdotação”, elencou algumas
personalidades com notável desempenho em seis domínios diferenciados. A palestrante
apresenta a teoria dos três anéis de Razuhi (2004) para que entendamos que associada as
habilidades intelectuais está o compromisso com as atividades e a criticidade.

A palestrante conceitua a neuropsicologia e motiva-nos que pelo fato dos


superdotados não apresentarem “déficit” não despertam a atenção de estudiosos.

Mostra-nos o processo da avaliação neuropsicológica, desconsiderando apenas o


teste de QI, analisando as influências ambientais, o perfil cognitivo, e dá orientações
para intervenção com a apresentação dos aspectos do funcionamento cerebral
encerrando a live.

No quarto dia o evento aconteceu com a participação da professora Izabelly


Dutra Fernandes que tratou do tema “A tecnologia a favor do desenvolvimento dos
estudantes com altas habilidades e superdotação. A partir dos seus relatos, percebemos a
importância de estimular os educadores a utilizarem ferramentas digitais visando um
maior engajamento do super dotado.

Vale salientar, entretanto, que existe uma diferenciação entre as


metodologias, tecnologias. Enquanto o primeiro é qualquer estratégia que se usa em
favor de uma nova habilidade ou competência a segunda só ocorre através da
capacitação e planejamento dos profissionais para uso de tecnologias digitais.

A capacitação e planejamento faz-se necessária frente ao momento atual


em que estamos inseridos, denominado de Cibercultura, que perante as relações de
aprendizagem demonstra uma geração de alunos nativos digitais de um lado e de outro
profissionais em constante aprendizado tecnológico.

No que concerne as metodologias avaliativas, percebemos que, como as


crianças com altas habilidades e superdotação apresentam mais habilidades e
criatividade no processo de aprendizagem, torna-se inviável a utilização de uma inica
metodologia avaliativa. Como sugestão, os palestrantes indicaram os métodos da
taxonomia de Bloom, a Gamificação, o khoot para auxiliar os discentes na elaboração
das atividades avaliativas para esses alunos.

No quinto dia de evento, contamos com a contribuição da professora Elvira


Drummond que tratou sobre a temática “A trajetória materna: de mestre a aprendiz”.
Em suma, o objetivo principal do debate concentrava-se em demonstrar a importância
que há entre a troca de conhecimentos entre professor x alunoe o desejo incessante de
aprendizado de ambos. A mesma fez sua análise falando de dois pontos específicos: a
educação enquanto afinação de desejos mútuos, a música como método de
aprendizagem de alunos superdotados e a motivação como mola propulsora da
cãocação.

Por fim, faz-se necessário relatar a importância de formações continuadas


como era proporcionada pela FUNADE-PB profissionais competentes e
comprometidos. Os debates foram extremamente enriquecedores para o debate sobre a
temática da superdotação e altas habilidades e que muito contribuiu para nossa prática
docente na sala de aula.

No sexto dia foi trabalhado o tema Legislação e políticas Educacionais para


alunos com AH/SD tão bem explanado por Cristina Delou, ressaltou a importância das
leis para garantir a permanência e o êxito do superdotado na escola.

Como os profissionais anteriores, ele retrata a invisibilidade do superdotado, a


ausência do CID, o desconhecimento das leis e incentivar os profissionais de educação a
buscarem conhecer as leis, as políticas públicas da inclusão em especial para alunos
com AH/SD.

A palestrante apresentou um repertório de leis que amparam o aluno especial e


conclui sugerindo que os responsáveis pelas políticas públicas inclusivas e as escolas
façam “valer as leis.”

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