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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE

GILSON LUIZ DE CARVALHO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

TELÊMACO BORBA
2011
GILSON LUIZ DE CARVALHO

Educação Física Adaptada: uma proposta de inclusão para alunos com


Deficiência Física do Colégio Estadual Wolff klabin

Produção Didática pedagógica – Unidade


Didática, apresentada ao Programa de
Desenvolvimento Educacional PDE, 2010, na
área de Educação Física para a obtenção do
título de Professor PDE.

Orientadora: Ms. Heleise Faria dos


Reis de Oliveira

TELÊMACO BORBA
2011
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: GILSON LUIZ DE CARVALHO

Área PDE: EDUCAÇÃO FÍSICA

NRE: TELÊMACO BORBA

Professor Orientador IES: HELEISE FARIA DOS REIS DE OLIVEIRA

IES vinculada: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA (U.E.P.G.)

Escola de Implementação: COLÉGIO ESTADUAL WOLFF KLABIN

Público objeto da intervenção: PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E


ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL WOLFF KLABIN.

TEMA DE ESTUDO

Educação Física Adaptada: Uma proposta de inclusão de alunos com Deficiência


Física

TÍTULO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

Educação Física Adaptada para alunos com Deficiência Física.

PRODUÇÃO DIDÁTICA - PEDAGÓGICA

UNIDADE DIDÁTICA

TÍTULO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA

Educação Física Adaptada: Uma proposta de inclusão de alunos com Deficiência


Física no Colégio Estadual Wolff Klabin
APRESENTAÇÃO

O presente trabalho – unidade didática - é produto de estudos, pesquisas,


um pouco de experiência profissional e preocupações de caráter social e
educacional voltado para os professores de Educação Física que trabalham na
rede estadual de ensino e que estão preocupados com a inclusão dos alunos
com deficiência física em suas aulas.
A partir do resultado do levantamento dos dados coletados que revelaram
a necessidade de aprofundamento teórico e prático, este material, pretende, num
primeiro momento, trazer aos professores embasamento teórico para entender a
deficiência física (tipos, causas, características, potencialidades e necessidades
das pessoas com esse tipo de deficiência). E, posteriormente, alguns exemplos
de atividades adaptadas. Dessa forma, pretende-se contribuir com a construção
de uma práxis pedagógica comprometida com a inclusão do aluno portador de
deficiência física.
Outra intenção deste trabalho é que ocorra uma aproximação entre todos
os segmentos do contexto escolar possibilitando um novo olhar sobre o universo
da Educação Física Adaptada. Espera-se, também que o conhecimento e a
consciência de todos sejam ampliados sobre as infinitas possibilidades do ser
humano que possam romper com toda a forma de preconceitos, tabus e mitos
presentes em nosso dia a dia, dentro e fora da escola.
Vale ressaltar que inclusão não se faz por decreto, e sim pela vontade de
todos os envolvidos em criar condições objetivas para sua consolidação.
Por isso, é muito importante que o professor de Educação Física tenha os
conhecimentos básicos relativos ao seu aluno, como: tipo de deficiência, quais as
causas, a idade em que apareceu a deficiência, se foi repentina ou gradativa, se
é transitória ou permanente, as funções e estruturas que estão prejudicadas.
Implica, também, que esse educador conheça os diferentes aspectos do
desenvolvimento humano: biológico (físicos, sensoriais, neurológicos), cognitivo;
motor; interação social e afetivo-emocional (CIDADE E FREITAS, 1997).
Esta Unidade didática tem por finalidade apoiar a escola e contribuir com o
profissional de Educação Física, no sentido de encontrar soluções para minimizar
limitações funcionais, motoras e sensoriais do aluno com deficiência física, no
que se refere a recursos pedagógicos adaptados a situações educacionais. O
objetivo deste trabalho não se encerra na apresentação desses recursos, mas
serve como ponto de partida para otimizar a eficiência cooperativa entre
educando e professor no processo de ensino-aprendizagem, ao valorizar a
diversidade como agente de transformação de consciência social, viabilizando o
exercício da cidadania na construção de uma sociedade inclusiva.

I PARTE - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1 BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL

Em 1854 ocorreu o chamado Problema médico, onde Dom Pedro Terceiro


funda o Imperial Instituto dos meninos cegos no Rio de Janeiro, não havia
preocupação com a aprendizagem. A lei Escola para todos foi assinada em 1948,
garantindo o direito de todas as pessoas à Educação. Após seis anos, em 1954
surge o ensino especial como opção à escola regular, é fundada a primeira
associação de pais e amigos dos excepcionais ( APAE), (NOVA ESCOLA, edição
especial, nº. 24 pág.10, 2009).
A LDB em 1961 tenta inovar promulgando a Lei que garante o direito da
criança com deficiência à educação, de preferência na escola regular. Mas, em
1971 há um retrocesso jurídico que determina “tratamento especial” para a
criança com deficiência, reforçando as escolas especiais. Dois anos depois é
criado o centro nacional da educação especial (CENESP), onde a idéia é integrar
os que acompanham o ritmo da escola regular, e os demais continuam na
Educação Especial.
Em 1988, a constituição estabelece a igualdade no acesso à escola, e o
estado deve dar atendimento especializado, de preferência na rede regular.
Aprovada a Lei n° 7.843 que criminaliza o preconceito, só regulamentada dez
anos depois (1999). Em 1990, o estatuto da criança e do adolescente dá aos pais
ou responsáveis a obrigação de matricular os filhos na rede regular. Neste
mesmo ano a declaração mundial de educação para todos, reforça a Declaração
Mundial dos Direitos Humanos e estabelece que todos devamos ter acesso à
Educação.
A Declaração de Salamanca define políticas, princípios e práticas da
Educação Especial e influi nas políticas públicas da Educação (1994), e a Política
Nacional da Educação Especial condiciona o acesso ao ensino regular àqueles
que possuem condições de acompanhar “os alunos ditos normais”. Em 1996, a
nova lei atribui às redes o dever de assegurar currículo, métodos, recursos e
organização para atender às necessidades dos alunos.
Em 1999 é criada a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência e define a Educação Especial como ensino
complementar, em 2001a Resolução CNE/CEB 2 divulga a criminalização da
recusa em matricular crianças com deficiência. Cresce os números delas no
ensino regular e o Brasil promulga a Convenção da Guatemala, que define a
discriminação com base na deficiência, o que impede o exercício dos direitos
humanos.
Em 2002 a Resolução CNE/CP 1 define que a universidade deve formar
professores para atender alunos com necessidades especiais e a Lei nº.
10.436/02 reconhece a língua brasileira de sinais como meio legal de
comunicação e expressão, também a Portaria 2.678 aprova normas para o uso, o
ensino, a produção e difusão do braile em todas as modalidades de Educação.
Em 2003, o MEC cria o Programa Educação Inclusiva: Direito à
Diversidade, que forma professores para atuar na disseminação da Educação
Inclusiva. Em 2004, o Ministério Público Federal reafirma o direito à escolarização
de alunos com e sem deficiência no ensino regular. Já em 2006, a Convenção é
aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), estabelecendo que as
pessoas com deficiência, tenham acesso ao ensino inclusivo.
Em 2008, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva, define: todos devem estudar na escola comum. Pela primeira
vez, o número de crianças com deficiências matriculadas na escola regular
ultrapassa o das que estão na escola especial. E o Brasil, ratifica a Convenção
dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU, fazendo da norma parte da
legislação nacional.
2 O NOVO PAPEL DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Com a nova política nacional para a Educação Especial todas as crianças e


jovens com necessidades especiais devem estudar, preferencialmente, na escola
regular. Desaparecem portanto, as escolas e classes segregadas, o atendimento
especializado continua existindo apenas no turno oposto. É o que define o
Decreto 6.571, de setembro de 2008. O referido documento define, ainda, o
prazo para que todos os municípios se ajustem às novas regras que vai até o fim
de 2010. Apesar disso, esse processo não acaba com as instituições
especializadas no ensino dos que têm deficiência. Em lugar de substituir, elas
passam a auxiliar a escola regular, firmando parcerias para oferecer atendimento
especializado no contra turno (NOVA ESCOLA, edição especial, nº. 24 pág.12,
2009).
Estamos passando por um momento de construção, a inclusão na escola
está sendo aprendido no dia a dia, por meio das experiências de cada pessoa,
envolvida no processo ensino aprendizagem. Dessa forma, aliando a teoria a
pratica, pois estamos aprendendo com todo esse processo ao fazê-lo.
Segundo a política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva – regulamentada em 2008 pelo Ministério da Educação – o
Atendimento Educacional Especializado feito no turno oposto ao da sala de aula
regular na própria escola em que o aluno frequenta, ou em outra próxima, deve
oferecer recursos pedagógicos de acessibilidade que eliminem barreiras e
permitam a plena participação dos alunos com deficiência, de acordo com as
suas necessidades específicas em escolas inclusivas, por meio das salas de
recursos multifuncionais. Além de contar com jogos pedagógicos, essas salas
precisam ser munidas de mobiliários e equipamentos acessíveis.
Segundo a Resolução nº. 4/2009 do Conselho Nacional de Educação –
que determina como dever a ser cumprido o Decreto n 6.571/2009 – os alunos
com deficiência (intelectual, auditiva, visual, múltipla e/ou surdo cegueira),
transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades e/ ou superdotação
devem ser matriculados nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento
Educacional Especializado ao mesmo tempo (NOVA ESCOLA, edição especial,
nº. 24 pág.12, 2009).
A Constituição Federal de 1988, sobre a educação especial preconiza
que: em seu Art.205: “a educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania
e sua qualificação para o trabalho”. No Art.206 afirma que, o ensino será
ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
Art.208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de:
II - Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino.
III - Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos
de idade.
Art.213. Os recursos públicos serão destinados às escolas, podendo ser
dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei,
que:
I - Comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes
financeiros em educação.
Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração
social sob a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência – CORDE (lei n° 7853/89). Em 1990, cria-se o ECA – Estatuto da
Criança e do Adolescente Lei nº. 8069/90. A Lei nº. 8112/90 dispõe sobre o
Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civil da União, das autarquias e das
fundações públicas federais. A Lei nº. 8742/9 dispõe sobre a organização da
Assistência Social e dá outras providências. A Lei nº. 10.098/94 estabelece
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências
(PORTAL do MEC, 2011).

3 PRINCIPAIS LEIS QUE REGULAMENTAM A EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Declaração de Salamanca reconvocando as várias declarações das


Nações Unidas, culminaram no documento das Nações Unidas, cujas "Regras
Padrões sobre Equalização de Oportunidades para Pessoas com Deficiências",
demanda que os Estados assegurem a educação de pessoas com deficiências e
esta seja parte integrante do sistema educacional.
Notando com satisfação um incremento no envolvimento de governos,
grupos de advocacia, comunidades e pais, e em particular de organizações de
pessoas com deficiências, na busca pela melhoria do acesso à educação para a
maioria daqueles cujas necessidades especiais ainda se encontram desprovidas;
e reconhecendo como evidência para tal envolvimento, a participação ativa do
alto nível de representantes e de vários governos, agências especializadas, e
organizações intergovernamentais naquela Conferência Mundial.
Sendo assim, a Lei nº. 13126/01 cria o Programa de Remoção de
Barreiras Arquitetônicas ao Portador de Deficiência. Já a Lei nº. 13450/02 dispõe
que os deficientes visuais acompanhados por cães guias, especialmente
treinados para este fim, têm direito ao acesso e permanência em qualquer local
aberto ao público, conforme especifica.
Desta forma, a Lei nº. 13456/02 sobre a criação do Conselho Estadual da
Pessoa Portadora de Deficiência, vinculada à Secretária de Estado da Justiça e
Cidadania – SEJU fica responsável pela execução da política estadual de
integração à pessoa portadora de deficiência.

4 A EDUCAÇÃO ESPECIAL NOS CURSOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Duarte (2003) preconiza que somente a partir da última década, os cursos


de Educação Física colocaram em seus programas curriculares, conteúdos
relativos às pessoas com necessidades especiais e que o material didático que
trata das formas de trabalho com essa população, escrito em nossa língua, é
escasso.
Vive-se uma nova fase da educação. Mais do que nunca, o aluno com
necessidades educativas especiais tem finalmente “garantido” seu direito
constitucional ao acesso à educação, saúde e moradia. Isto devido a várias Leis
e Decreto-Lei em favor das pessoas com deficiências, por exemplo, a Lei
9394/96, LDBN, a Lei 7853/89, Política de integração da pessoa com
necessidades especiais, a Lei 10098/00, que estabelece normas gerais à
acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, e outras
leis, decretos, portarias que foram regulamentadas pelos governos federais,
estaduais ou municipais nos últimos 20 anos a favor da pessoa com deficiência.
Buscando uma educação voltada para todos deve-se levar em conta que o
processo de ensino deva estar voltado para o aluno, e o professor possa
abranger em seu planejamento (Plano de trabalho docente), o atendimento ao
aluno dito “normal”, tal como o aluno com necessidade educativa especial.
Por isso, a Educação Física tem um papel importante no desenvolvimento
global dos alunos, principalmente daqueles com deficiência, tanto no
desenvolvimento motor quanto no desenvolvimento intelectual, social e afetivo.
Quando se trata da Educação Física Adaptada, pensa-se em uma área do
conhecimento que discuta os problemas biopsicossociais da população
considerada de baixo rendimento motor: pessoas com deficiência física,
deficiências sensoriais (visual e auditiva), deficiência mental e deficiências
múltiplas. Entretanto, deve procurar tratar o aluno sem desigualdades, elevando
sua auto-estima e a autoconfiança por meio da possibilidade de execução das
atividades.
As atividades práticas proporcionadas pela Educação Física adaptada
devem oferecer atendimento especializado aos alunos com necessidades
especiais, respeitando as diferenças individuais, visando proporcionar o
desenvolvimento global dessas pessoas, tornando possível não só o
reconhecimento de suas potencialidades, como também, sua integração na
sociedade. (DUARTE; LIMA, 2003).
Desta forma, essas práticas devem ser valorizadas e enfatizadas como
uma das condições para o desenvolvimento motor, intelectual, social e afetivo das
pessoas, sendo consideradas de uma maneira geral, como adaptadas às
capacidades de cada um, respeitando as suas diferenças e limitações.
Proporcionando melhora no desenvolvimento global e também, para a qualidade
de vida.
Para Cidade e Freitas (2002):

Propiciar desenvolvimento global envolve ajuda para que o indivíduo


consiga atingir a adaptação e o equilíbrio que requer sua deficiência;
identificar as necessidades e capacidades de cada educando quando as
suas possibilidades de ação e adaptações para o movimento; facilitar sua
independência e autonomia, bem como facilitar o processo de inclusão e
aceitação em seu grupo social (p.37).

As atividades físicas, esportivas ou de lazer propostas aos alunos com


deficiências físicas, como as pessoas de seqüelas de poliomielite, lesados
medulares, lesados cerebrais, amputados, dentre outros, possui valores
terapêuticos e evidenciados benefícios tanto na esfera física, quanto psíquica.
Quanto ao físico, podem-se ressaltar ganhos de agilidade no manejo da
cadeira de rodas, de equilíbrio dinâmico ou estático, de força muscular, de
coordenação, coordenação motora, dissociação de cinturas, de resistência física;
enfim, o favorecimento de sua readaptação ou adaptação física global (LIANZA,
1985; ROSADAS, 1989 E SOUZA, 1994).
A escolha de uma atividade esportiva ou recreativa pode depender em
grande parte, das oportunidades oferecidas aos alunos com deficiência física, tais
como: da sua condição sócio-econômica, das suas limitações e potencialidades,
de suas preferências esportivas, facilidade nos meios de locomoção e transporte,
de materiais e locais adequados, do estímulo e respaldo familiar, de profissionais
preparados para atendê-los, dentre outros fatores.
Ao inserir o aluno com deficiência física em atividades esportivas ou em
programas de exercícios deve-se observar o princípio da adaptação, ou seja,
deve-se proporcionar a prática de atividades introdutórias à modalidade. O
deficiente lentamente vai realizando exercícios leves, simples e básicos que lhe
proporcionarão a base da prática esportiva. Outro ponto importante que deve ser
observado é em relação aos equipamentos e aparelhos a serem utilizados na
execução do programa de exercícios ou na prática da modalidade esportiva.
Como exemplo de instrumento para a prática esportiva será abordada a
cadeira de rodas. Para alunos usuários de cadeira de rodas, deve haver
inicialmente uma adaptação a esse novo instrumento ou equipamento, através de
atividades específicas a serem praticadas na cadeira. O treinamento deve
englobar exercícios para aprimorar a propulsão da cadeira nas diversas situações
como: para frente, para trás, em curvas, com obstáculos, em terrenos
acidentados, movimentação lenta, média, acelerada. O importante do
treinamento, é que o aluno torne-se íntimo da funcionalidade e estrutura da
cadeira e do seu controle sobre ela antes de iniciar a prática da modalidade
especificamente. Esse procedimento evitará acidentes, quedas e possíveis lesões
e fraturas.
O professor de educação física, antes de prescrever qualquer exercício,
esporte ou atividade física deve realizar uma avaliação física de seu aluno,
visando detectar possíveis problemas orgânicos, motores, antropométricos e
fisiológicos como falta de flexibilidade, incapacidade de sustentar atividade
aeróbica, capacidade respiratória, limites cardíacos, a falta de força e resistência
para erguer o corpo, transferi-lo de forma independente, ou erguer o corpo para
prevenir úlceras de decúbito (escaras), força e resistência para impulsionar a
cadeira de rodas ou se locomover com auxílio de muletas, próteses e porcentual
de gordura (GORGATTI E COSTA, 2005).

5 DEFICIÊNCIA FÍSICA

De acordo com (BRASIL, 2006, p.28) Deficiência Física é toda e qualquer


deficiência que leve a pessoa a ter algum tipo de limitação para se locomover.
Considera-se como deficiente físico os indivíduos que possuam limitações do
aparelho locomotor, paralisias, amputação, má formação congênita ou qualquer
deficiência que interfira em sua locomoção, coordenação motora e ou fala,
advindo de lesões neurológicas, neuromusculares e ou ortopédicas, além
daqueles que apresentam comprometimentos diversos, decorrentes das
patologias acometidas.
Para Carmo (1991) uma pessoa é considerada com deficiência Física
quando possui alterações musculares, ósseas, articulares e/ou neurológicas em
grau tal que limite sua capacidade de locomoção, articulação e postura, tendo
como conseqüência a diminuição do vigor, da vitalidade e da agilidade.
Desta forma, em conseqüência da causa e do grau de abrangência deste
comprometimento, pode ser afetado o desenvolvimento motor, limitando o andar,
a coordenação de braços, pernas e da fala. Os comprometimentos são
resultantes de problemas ortopédicos, neurológicos, musculares ou de má-
formação congênita (nasce com ela), ou adquirida (causas por acidentes,
medicamentos e/ou infecções).
Sendo assim, de acordo com o Decreto 5.296/2004:

“deficiência física é toda alteração completa ou parcial de um ou mais


segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função
física, apresentando-se sob forma de paraplegia, paraparesia,
monoplegia, monoparesia, tetraplegia tetraparesia, triplegia, hemiplegia,
hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia
cerebral, nanismo, membros com deformidades estéticas e as que
produzem dificuldades para o desempenho de funções”.

As causas mais comuns capaz de levar a deficiência física são: a


hipertensão arterial da mãe durante a gestação, parto prematuro ou prolongado,
posição do cordão umbilical ocasionando falta de oxigenação no cérebro do
bebê, usar drogas, automedicar-se, deficiências de vitaminas na alimentação,
doenças infecto-contagiosas como sífilis, rubéola, meningite, exposição da
gestante a radiações e acidentes.
Os tipos mais comuns de deficiência física são: Paralisia Cerebral,
Traumatismos Crânio-Encefálico, Mielomeningocele, Miopatias (distrofia muscular
progressiva, atrofia espinhal, mi astenia grave), acidente vascular cerebral,
amputação, artrite reumatóide, encefalopatias congênitas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), "a incapacidade é
qualquer restrição ou impedimento para a realização de uma atividade,
ocasionados por uma deficiência (intelectual, auditiva, de linguagem,
neuromotoras ou visuais) dentro do âmbito considerado normal para o ser
humano".
E de acordo ainda, com a OMS,

"Qualquer violação do principio fundamental e qualquer descriminação ou


diferença negativa de tratamento das pessoas com deficiências que
contrariem as normas uniformes das Nações Unidas sobre a igualdade
de oportunidades para as pessoas com deficiências vulnera os direitos
humanos dessas pessoas."

5.1 Paralisia Cerebral


A paralisia cerebral, conforme o número de extremidades afetadas vem
sendo utilizada a seguinte denominação:
 Plegia: ausência total de movimento
 Paresia: ausência parcial de movimento
 Monoplegia: Afetado um membro (perna ou braço).
 Hemiplegia/Hemiparesia: um lado do corpo é acometido, podendo ser o lado
esquerdo ou o direito.
 Diplegia/Diparesia: os membros superiores apresentam melhor função do
que os membros inferiores, ou seja, o comprometimento maior encontra-se
nas pernas.
 Tetraplegia/Tetraparesia ou hemiplegia dupla: os quatro membros estão
igualmente comprometidos. Na hemiplegia dupla os braços são mais afetados
do que as pernas e a fala e deglutição.

Paralisia cerebral (PC): é uma lesão no sistema nervoso central que


ocorre antes, durante ou após o nascimento – a maioria dos autores considera
até 03 anos de vida. Caracteriza-se por uma alteração da postura e dos
movimentos, atraso no desenvolvimento normal da criança, que sustenta a
cabeça na época esperada (três meses), não suga, não senta (seis meses), não
anda até aproximadamente um ano e meio. Também pode ou não acarretar
dificuldade visual, mental e de linguagem, assim como, crises convulsivas. Essa
lesão cerebral pode resultar em comprometimentos neuromotores variados que
geralmente, estão associados à gravidade da seqüela e à idade da criança.
A incidência de crianças com paralisia cerebral nos países em
desenvolvimento como o Brasil, essa condição pode estar relacionada a
problemas gestacionais, más condições de nutrição materna e infantil e
atendimento médico e hospitalar inadequado, dada a demanda das condições
clínicas apresentadas principalmente por crianças nascidas antes da correta
maturação neurológica.
A paralisia cerebral possui diferentes formas, dependendo da área do
sistema nervoso afetada. Sua deficiência apresenta alterações neuromusculares,
como variações de tono muscular, persistência de reflexos primitivos, rigidez,
espasticidade, entre outros. Essas alterações se manifestam com padrões
específicos de postura e de movimentos que podem comprometer o desempenho
funcional dessas crianças.
Entretanto, a paralisia pode interferir de forma importante na interação da
criança em contextos relevantes, influenciando assim na aquisição e no
desempenho de movimentos básicos (rolar, sentar, engatinhar, andar), mas
também, de atividades de rotina diária, como tomar banho, alimentar-se, vestir-
se, locomover-se em ambientes variados.
Para as diferentes manifestações neuro-motoras da doença, adotamos a
classificação de W. Philips, que baseia-se nas:
- Espásticas: A lesão se localiza no córtex cerebral, afeta o sistema piramidal,
implicando sobre todos os centros motores. Caracteriza-se pela perda do controle
dos movimentos voluntários e a rigidez de movimentos, torpes e não
coordenados.
- Atetósicas: Caracterizam-se por uma sucessão de movimentos involuntários,
lentos, contínuos e exuberantes, localizados, sobretudo, nos dedos das mãos e
pés, se bem que também, podem estender-se pelos músculos dos braços, das
pernas, do rosto e da língua. Os movimentos atetósicos, provocados por lesões
no trato extrapiramidal, são incontroláveis, involuntários, irregulares e lentos, que
se acentuam pelas emoções e por esforços físicos e desaparecem ou se
atenuam durante o sono.
A atetose supõe o comprometimento de um ou de dois lados do corpo, e
com maior freqüência e intensidade, nas extremidades superiores que nas
inferiores, sobretudo nas partes distais. Denomina-se hemiatetose a atetose
localizada na metade do corpo; atetose dupla ou bilateral é a que se apresenta
em ambos os lados do corpo.
- Atáxicas: Caracterizam-se por grandes dificuldades no equilíbrio, controle do
tronco e transtornos da coordenação geral e óculo-manual. Produzida por uma
lesão no cerebelo, recebe a denominação de ataxia a descoordenação que
apresentam nos movimentos voluntários, movimentos que se executam sem
coordenação e mal sincronizados, de forma desmesurada e desarmônica como
consequência do comprometimento dos sistemas sensitivo e cerebelos.
- Mistas: Este tipo de patologia, cujo nome se deve ao fato de apresentar
combinadas características de diferentes transtornos mencionados anteriormente,
o comprometimento motriz é o mais frequente.

5.2 Traumatismo Crânio-Encefálico

FONTE:http://ptbr.infomedica.wikia.com/wiki/TRAUMATISMO_CRANIOENCEF%C

3%81L CO_(TCE)

*Traumatismos Crânio-Encefálico (TCE): lesão do sistema nervoso central


que acorre após o terceiro ano de vida. As causas mais freqüentes são acidentes
automobilísticos, quedas e atropelamentos. É decorrente de um trauma no crânio
e no encéfalo, resultantes na maioria das vezes, por acidente de trânsito ou
quedas, segundo Sousa et. al. (1998). Também é qualquer agressão ao cérebro,
que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do crânio, meninges
ou encéfalo. Conforme Smith e Winkler (1994), podem ser originadas por uma
força física externa, resultando em um estado alterado de consciência e
comprometimento das habilidades cognitivas e funcionamento físico.
Denominada, também como patologia não degenerativa e não congênita.
Consequentemente os distúrbios podem ser permanentes ou
temporários, com comprometimento funcional parcial ou total (OLIVEIRA et. al.,
2007). As principais causas dessa deficiência, seguindo nessa ordem são;
acidentes automobilísticos, quedas, assaltos e agressões, esportes e recreações
e, projétil por arma de fogo (JONES, 2006). A incidência é maior para os homens
que as mulheres, proporção de 2:1, sendo a fixa etária mais comprometida
estando entre 15 a 24 anos (OLIVEIRA et. AL, 2007).
Segundo Oliveira et. al., (2007), a fisiopatologia e classificação podem ser
classificadas em dois mecanismos de lesão em sua fisiopatologia, sendo; lesões
primárias, que ocorrem devido à biomecânica que determina o trauma e as lesões
secundárias que ocorrem segundo alterações estruturais encefálicas decorrentes
de alterações sistêmicas do traumatismo.
1. Lesão Primária: decorre de uma ação de fora agressora, ligada ao mecanismo
do trauma. Podem ocorrer dois fenômenos biomecânicos:
A. Impacto – é uma quantidade de energia aplicada sobre uma determinada área,
associada à intensidade e local do impacto.
B. Inércia – mudanças abruptas de movimento, causadas por aceleração ou
desaceleração por absorver energia cinética.
As causas da lesão primária podem ser pós fraturas, contusões e
lacerações da substância cinzenta e, lesa axonal difusa, sendo esta última,
segundo Jones (2006), uma das lesões mais graves.
Lesão Secundária: são lesões causadas no momento do trauma ou após certo
período de tempo. As principais lesões secundárias são:
A. Hematomas intracranianos, que se classificam com extra durais (concentração
de sangue entre o crânio e a dura-máter por laceração de vaso sanguíneo,
localizando-se com maior freqüência na região temporal); subdurais (
concentração de sangue entre a dura má ter e o cérebro, ocorrendo mais
frequentemente, em regiões temporais e frontais) e; intraparenquimatosos
(concentração sanguínea alojada dentro do parênquima cerebral, sua localização
é dada principalmente no lobo temporal e frontal – (JONES, 2006 e, OLIVEIRA et.
al., 2007).
B. Hipertensão intracraniana é uma das complicações mais freqüentes do TCE,
onde a pressão intracraniana elava-se acima de 15mmhg. Essa pressão pode
decorrer devido a um aumento da massa cerebral por edema cerebral ou
exsudado inflamatório, aumento do volume e a pressão do liquido
cefalorraquidiano (LCR), por um aumento do volume de sangue intracraniano,
devido à hiperemia ou congestão da micro circulação e, por lesão cerebral
isquêmica (OLIVEIRA et. at.,2007).
Pode ser dividido em três tipos o traumatismo craniano-encefálico, segundo
Oliveira et. al. (2007):
1. Traumatismo craniano fechado – ocorre quando não há ferimentos no crânio
ou existe apenas uma fratura linear, causando destruição do parênquima
cerebral.
2. Fraturas com afundamento do crânio – ocorre integridade do pericrânio, porém,
um fragmento do osso fraturado causa a compressão ou lesão do cérebro.
3. Fratura exposta do crânio – indica laceração dos tecidos peri cranianos e
existência de comunicação direta entre o couro cabeludo e a parênquima
cerebral.
No quadro clínico a pessoa com TCE pode apresentar alterações da
consciência, transtorno da função neuromuscular, transtorno sensorial,
transtorno de linguagem, alterações da personalidade, transtornos visuais,
epilepsia, incontinência, complicações por imobilização prolongada, paralisia de
nervos cranianos, alterações na função autonômica e posturas anormais
(decorticação ou descerebrarão) (GOLDMAN e BENNETT, 2001).

5.3 Lesão Medular


FONTE: http://www.deficienteciente.com.br/2010/06/estudo-da-qualidade-de-vida-em-pessoas.html

*Lesão Medular: caracteriza-se por uma paralisia de membros inferiores


(paraplegia), ou de membros superiores, tronco e membros inferiores
(tetraplegia), com alteração da sensibilidade e falta de controle do esfíncter. A
lesão medular pode ocorrer em diversas alturas e formas, também por diversas
causas, conforme a altura na medula e gravidade da lesão haverá mais ou menos
comprometimentos dos movimentos, sensibilidade, controles de esfíncteres,
funcionamento dos órgãos, circulação sanguínea e controle de temperatura, pois
além da lesão na medula pode ocorrer também, lesão no sistema nervoso
autônomo ou alterações no mesmo, devido à lesão causada na medula.
A lesão ocorre devido à morte dos neurônios da medula e a quebra de
comunicação entre o cérebro e suas conexões com os neurônios da medula,
interrompendo assim, a comunicação entre o cérebro e todas as partes do corpo
que ficam abaixo da lesão.
As lesões geralmente são de origem Traumáticas ou Não-Traumáticas,
conforme o seu fato gerador, dois exemplos para melhor compreensão: caso uma
pessoa sofra um acidente, tenha uma fratura de coluna e uma consequente lesão
medular, esta será de origem traumática; caso uma pessoa tenha um
desenvolvimento tumoral na medula ou em regiões próximas, com uma
consequente lesão medular, esta será de origem Não-Traumática.
As lesões Traumáticas podem ser originadas em acidentes
automobilísticos, quedas de alturas, mergulhos em locais rasos, por ferimentos
com armas brancas, por ferimentos com armas de fogo (projétil), etc. Quando
ocorre um trauma na coluna vertebral, uma ou mais vértebras podem se deslocar,
provocando uma compressão sobre a medula, ou alguns fragmentos de ossos
podem invadir o canal medular.
A primeira lesão provocada num primeiro momento onde alguns
neurônios, oligodentritos e antrocitos são mortos e alguns axônios são mortos e
alguns axônios são rompidos. Num segundo momento tem início a lesão
secundária, onde na tentativa de conter o processo de lesão as células de defesa
começam a destruir outras células por falta de nutrientes e oxigênio, pois vários
vasos são rompidos não chegando assim, o oxigênio e os nutrientes necessários
para a sobrevivência deles.
As lesões de origem não-traumáticas podem ser geradas por vários
fatores, como tumores que comprimem a medula ou regiões próximas, acidentes
vasculares e hérnias de disco, todos gerando o corte ou diminuição do fluxo
sanguíneo, acarretando assim, a diminuição de nutrientes e oxigênio até as
células da medula com uma provavelmente morte celular.
A lesão na medula quanto mais alta for ou quanto mais próxima à cabeça,
maior será a perda de movimentos e sensibilidade e quanto mais baixa a lesão,
mais movimentos e sensibilidade a pessoa terá. As lesões podem ser completas,
quando lesam totalmente determinada altura da medula, não havendo nenhum
movimento ou sensibilidade abaixo do nível da lesão ou incompletas, quando
lesam parcialmente a medula podendo haver movimentos ou sensibilidade abaixo
do nível da lesão.

O esquema abaixo representa uma forma de lesão na medula:

Foi formada uma cavidade interna, preenchida por uma substância


líquida e por diferentes células mortas e estruturas lesionadas, que mais tarde
serão processadas pelo organismo. Suas bordas são circundadas por cistos,
formando uma espécie de cicatriz. Alguns axônios permanecem intactos, com a
camada de mielina totalmente preservada, continuando a conduzir todas as
informações, pois as camadas de mielina foram destruídas. Os demais foram
lesionados, provocando a interrupção das transmissões de comandos e
sensações.
http://webleones.home.sapo.pt/lesao.html

FRATURA DE COLUNA COM POSSÍVEL FRATURA DE COLUNA SEM LESÃO


LESÃO MEDULAR MEDULAR

http://webleones.home.sapo.pt/lesao.html

Caso a medula seja afetada, a lesão é denominada neurológica e, neste


caso, as funções dos sistemas motor (movimentos), sensorial (sensibilidade) e
autônomo são atingidas. Entre os eventos controlados pelo sistema autônomo
encontram-se os batimentos cardíacos, a pressão arterial, a regulação da
temperatura, a circulação, a digestão, as funções intestinais, urinárias e sexuais.
O grau de paralisia será dessa forma, determinado em função do local da lesão
da coluna e do número de fibras que são subsequentemente destruídas.
Quanto mais alta for a lesão na medula, ou seja, quanto mais próxima à
cabeça, maior será a perda de movimentos e sensibilidade, e quanto mais baixa
a lesão, mais movimentos e sensibilidade a pessoa terá. As lesões podem ser
completas, quando lesam totalmente determinada altura da medula, não havendo
nenhum movimento ou sensibilidade abaixo do nível da lesão, ou, incompletas,
quando lesam parcialmente a medula, podendo haver movimentos e/ou
sensibilidade abaixo do nível da lesão.
Se a lesão acometer a medula cervical, ela provocará uma tetraplegia
(comprometimento dos quatro membros - braços e pernas), caso contrário, se a
lesão ocorrer na medula torácica, lombar ou sacral, ela provocará uma paraplegia
(comprometimento de dois membros - pernas). Caso ocorra uma lesão na cauda
equina, esta será de sistema nervoso periférico, sendo uma lesão de cauda
equina e não uma lesão medular, o que também, provocará uma paraplegia.
Uma lesão de cone medular e/ou de cauda equina, provocará uma
paraplegia flácida, ou seja, não haverá reflexos ou movimentos involuntários
(extensão ou flexão de membros - contrações de músculos do tronco) abaixo do
nível de lesão. Em lesões acima da cauda equina e do cone medular, haverá a
presença de reflexos e movimentos involuntários, também, conhecidos como
espasticidade, em todas as regiões do corpo localizadas abaixo do nível da lesão.
Em suma, caso ocorram lesões correspondentes aproximadamente as alturas
das vértebras T12/L1 e subsequentes, não haverá a presença de reflexos.
Imediatamente após uma lesão, inicia-se uma fase chamada de choque-medular,
não ocorrendo nenhum tipo de reflexo, movimentos involuntários ou
espasticidade, mesmo sendo uma lesão acima do cone medular. Esta fase tem
uma duração média de alguns dias, mais pode se estender até à alguns meses.
Ao término desta fase, caso não haja lesões comprometendo a cauda equina
e/ou o cone medular, gradativamente os reflexos surgirão.

5.4 Mielomeningocele

http://patologiasemovimentos.blogspot.com/2009/09/mielomeningocele.html
*Mielomeningocele: lesão do sistema nervoso central, ocorrida ainda no
útero da mãe, que se caracteriza por uma paraplegia flácida, alteração da
sensibilidade, não controle de esfíncter e em muitos casos apresenta hidrocefalia,
sendo necessário então o uso de válvula de derivação. Também, conhecida como
Spina Bífida, é uma malformação congênita da coluna vertebral da criança,
dificultando a função primordial de proteção da medula espinhal, que é o tronco
de ligação entre o cérebro e os nervos periféricos do corpo humano. Quando a
medula espinhal nasce exposta, como na Mielomeningocele, muitos nervos
podem estar traumatizados ou sem função, sendo que os funcionamentos dos
órgãos inervados pelos mesmos (bexiga, intestinos e músculos) podem estar
afetados.
Esta doença deixa uma parte da coluna vertebral exposta, sendo recoberta
por uma pele rosada e muito fina, necessitando a criança passar por uma cirurgia
logo após o seu nascimento. Devido a fragilidade da coluna vertebral, alguns
nervos podem ficar comprometidos fazendo com que a criança portadora da
doença, não tenha o controle da bexiga e de outros órgãos. Se não for
devidamente tratada pode não desenvolver-se normalmente e ter dificuldades em
andar. A doença pode ser descoberta ainda durante a gravidez e na maioria dos
casos, ela é causada pela deficiência de ácido fólico.
No tratamento da Mielomeningocele o passo inicial é uma cirurgia para
preservação da função neurológica remanescente e prevenção de infecções
como a meningite, já que o defeito representa uma porta aberta à invasão de
microorganismos. A maioria das crianças consegue se locomover sem
necessidades de auxílio, mas há casos que precisam de muletas e ou cadeira de
rodas para determinadas atividades. O tratamento deve ser intensivo e pleno,
com acompanhamento correto para poderem mais tarde usufruir de uma vida
mais ativa e produtiva.
Nos fatores genéticos esta patologia é mais frequente em indivíduos de
raça branca, com menor ocorrência nas raças negra e amarela. Outro fator
importante é que casais que já possuem uma criança com mielomeningocele
possuem um risco maior de gerarem outra criança, com deficiência dessa mesma
patologia.
Para prevenir essas possíveis deficiências físicas é necessário: vacinar-se
contra rubéola antes da gestação; realizar exames laboratoriais (sífilis,
toxoplasmose, tipagem sanguínea, tireóide, diabetes); evitar exposições a
radiações durante a gestação; evitar o consumo de álcool, drogas ilícitas, cigarro,
bem como, utilizar medicamentos sem prescrição médica; realizar
acompanhamento pré-natal; vacinar a criança periodicamente, conforme
estabelecido na carteira de vacinação.

5.5 Distrofias Musculares

5.5.1 Distrofia Muscular Progressiva

http://auxiliardevidaescolar.blogspot.com/2011/01/distrofia-muscular-progressiva-
de.html

Distrofia Muscular Progressiva: É uma doença neuromuscular


progressiva, ainda incurável, que afeta os tecidos musculares do corpo de forma
grave e contínua.
Considerada uma doença hereditária, caracteriza-se pela destruição e
degeneração das fibras musculares que vão sendo substituídas por tecido fibroso
e adiposo (gordura), porém, a criança apresenta capacidades intelectuais e
mentais preservadas.
Há formas diferentes de distrofia de acordo com os músculos atingidos.
Podem ser de origem neurogênica (por um mau funcionamento do sistema
nervoso) ou miogênica (degeneração das próprias fibras musculares). Em alguns
casos evolui para uma paralisia total, impedindo a criança de andar e correr,
condicionando-a a uma cadeira de rodas, acarretando dificuldade de:
 Participação nas atividades da vida diária;
 Déficit físico acentuado;
 Debilidade do sistema muscular respiratório.
Segundo o neurologista Felipe Wainer, da Beneficência Portuguesa, "a
doença afeta principalmente os músculos proximais, ou seja, dos membros
superiores, do tórax. A distrofia é mais benigna quando atinge os músculos distais
dos membros inferiores. A forma mais grave é a que se inicia precocemente, nos
três primeiros anos de vida. A evolução nesses casos é muito rápida. Com cerca
de dez anos a pessoa pode deixar de andar”.
A distrofia muscular é uma doença de origem genética, cuja característica
principal é o enfraquecimento muscular e posteriormente a atrofia progressiva dos
músculos, prejudicando os movimentos e levando o portador a uma cadeira de
rodas, pois é uma doença motora se diferenciando das demais porque qualquer
esforço muscular que cause o mínimo de fadiga contribui para a deterioração do
tecido muscular. Isto porque o defeito genético ocorre pela ausência ou formação
inadequada de proteínas essenciais para o funcionamento fisiológico da célula
muscular.

Manifestação fisiológica
Dos 3 aos 5 anos de idade:

Primeiros sinais de fraqueza muscular surgem assim que começam a caminhar.

Dos 8 aos 12 anos de idade:

A fraqueza progressiva evolui para incapacidade de andar.

Aos 19 anos:

Em relação à expectativa de vida, os portadores dessa doença costumavam viver


em média até 19 anos de idade, quando vinham a falecer de complicações
cardiorrespiratórias.
Com os avanços dos últimos anos na área da ventilação mecânica
domiciliar e mais recentemente na de ventilação mecânica não-invasiva, entende-
se por ventilação não-invasiva todo suporte ventilatório fornecido ao paciente sem
a presença de cânula na via aérea, ou seja, sem intubação traqueal ou
traqueostomia. Houve uma significativa melhora na qualidade de vida desses
jovens, diminuição das mortes por causas respiratórias, alongando-se em muitos
anos a expectativa de vida dos portadores de distrofia muscular de Duchenne.

5.5.2 Distrofia Muscular de Duchenne

http://fisioneuro-beatriz.blogspot.com/

Incidência: 1/3.500 nascimentos


Uma das mais comuns formas da doença, a DMD é também a mais
severa. Acontece por um defeito no gene localizado no braço curto do no
cromossomo X. A mulher tem dois cromossomos X: se um deles estiver afetado
pelo defeito, o outro compensa a alteração e a doença não se manifesta, fazendo
da mulher em questão uma portadora assintomática. Ela poderá, contudo,
perpetuar a doença através de suas filhas.
O homem tem um cromossomo Y, herdado do pai, e um cromossomo X,
que recebe da mãe. Se receber o cromossomo X materno defeituoso, ele não
terá o X normal para contrabalançar e garantir o bom funcionamento do músculo.
É quando a doença se manifesta. Por isso, a distrofia muscular atinge
principalmente meninos (99% dos casos), numa incidência de 1 para 3.500
nascimentos.
A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é a mais comum, ocorrendo um
caso a cada 3.300 nascimentos vivos do sexo masculino, causada pela falta de
uma proteína, a distrofina, que protege a célula muscular. A proteína distrofina
muscular que tem vários domínios homólogos a outras proteínas do citoesqueleto
por ser uma proteína estrutural com pelo menos dois papéis principais. Primeiro,
é essencial para a manutenção da integridade da membrana muscular, ligando a
actina do citoesqueleto à matriz extracelular.
Segundo, ela parece ser necessária para a montagem da junção sináptica,
pois os membros do complexo transmembranar participam do aglomerado do
receptor de acetilcolina durante o desenvolvimento. Portanto, é uma proteína
indispensável para o bom funcionamento do músculo esquelético em geral, uma
vez que a sua falta possibilita um influxo de cálcio e outras moléculas
provenientes do líquido extracelular para o interior das fibras musculares,
culminando com a necrose dessas fibras.
A ausência desta proteína torna a célula muscular frágil, e ela se rompe
com facilidade e com o tempo, ocorre uma fraqueza muscular, que piora
progressivamente e vai comprometendo as atividades da vida diária e a
locomoção, tornando-se necessário o uso de adaptações como: colete no tronco
e tutor nas pernas, e, posteriormente, cadeira de rodas. Quando a fraqueza
atinge os músculos da respiração, há necessidade de aparelhos que auxiliem
esta função.
O tratamento é feito com fisioterapia, para melhorar a qualidade de vida do
paciente e ainda não existe cura ou tratamento que retarde sua progressão. A
terapia gênica, uma possível cura para a Distrofia Muscular de Duchenne (DMD),
está sendo pesquisada e consiste em introduzir no DNA, um gene sintético, que
compensará o gene deletado.

http://cabaergasrega.blogspot.com/2010/05/distrofias-musculare-de-
duchenne.html

Todavia, existem complicações que podem estar associadas, tais como:


deformidade em articulações e na coluna (escoliose). Muitas vezes, o músculo do
coração também, pode estar fragilizado, e é necessário um acompanhamento
especializado.

5.5.3 Amputação
Segundo Carvalho (2003) a define como sendo a retirada cirúrgica, total ou
parcial, de um membro, afirmando ainda que as amputações possam ter
indicações eletivas, como nos casos das doenças e más-formações ou
indicações de urgência, como em traumas importantes e infecções graves.
Amputação é a perda de um membro, ou parte dele, caracterizado pela
perda ou comprometimento do osso, do feche neurovascular, do tecido muscular,
das funções do membro, das sensações distais, refletindo sobre a imagem
corporal e desempenho funcional (Spencer, 2000).
Segund Downie, 1983 podemos definir amputação como sendo a retirada,
normalmente cirúrgica, total ou parcial de um membro. Para os utentes menos
esclarecidos, o termo “amputação” está relacionado com o terror, derrota e
mutilação, trazendo de forma implícita, uma analogia com a incapacidade e a
dependência.
No entanto a amputação, de uma forma geral, provocada quer por problemas
vasculares, traumatismo, diabetes, tumor. A amputação é a perda de uma parte
do “EU”, em que a imagem corporal fica comprometida e profundamente alterada.
Esta alteração produz uma desvantagem física permanente, provocando muitas
vezes alterações das necessidades fisiológicas, psicológicas e sociais.

http://www.amputação.com/
É a retirada de um membro, na continuidade de um
ou mais ossos. Quando essa remoção é realizada sobre
uma articulação, isto é, sem corte ósseo, se diz que se
realizou uma desarticulação. Em ambos os casos, a parte
que resta do membro é chamada de coto de amputação,
e o ponto em que o osso foi seccionado é o nível da
amputação. O importante é que o cirurgião que efetuar a
amputação deverá conduzir a operação de modo que a
pessoa possa se recuperar de forma que o membro mutilado seja o mais
funcional possível. Para obter boa função pós- operatória o coto deve ser mais
longo possível; deve ter uma boa mobilidade; deve ter uma boa circulação
sanguínea; deve ser recoberto por um bom coxim músculo-adiposo; deve ser
recoberto por pele sadia; não pode ser doloroso; deve ter boa adaptabilidade às
próteses; deve ter aspecto o mais estético possível, para que o paciente se sinta
mais adaptado possível no meio social. Um bom coto é aquele que preenche a
maioria destes requisitos.
Quando ele fica incorreto por algum motivo, é tem se o coto mau,
caractizando a síndrome do mau coto. O nível denominado como ótimo de
amputação, é aquele no qual se obtém o melhor coto. Podendo ser citado, PR.
Exemplo: A união dos dois terços proximais com o terço distal da perna; terço
médio da coxa entre outro.

Implicações Pedagógicas
Organização do espaço físico (acessibilidade física), critérios alternativos
de fala e escrita que proporcione a participação do aluno na aprendizagem,
respeitando as condições de saúde decorrentes do quadro progressivo da
doença.

Nesses cinco tipos de deficiências citadas anteriormente, em várias


situações o meio de locomoção é a cadeira de rodas. Como ajudar um
cadeirante?
. Se você achar que um cadeirante está enfrentando dificuldades, ofereça ajuda.
Caso seja aceita, pergunte como fazê-lo. As pessoas têm suas técnicas pessoais
para subir ou descer rampas e, às vezes uma tentativa de ajuda inadequada pode
até mesmo atrapalhar. Outras vezes, a ajuda é essencial. Não se ofenda se a
ajuda for recusada.
. Empurrar um cadeirante não é como empurrar um carrinho de supermercado;
movimente-o com cuidado.
. Quando estiver empurrando uma pessoa sentada numa cadeira de rodas e
parar para conversar com alguém, lembre-se de virar a cadeira de frente, para
que a pessoa possa participar da conversa.
. A cadeira de rodas (assim como bengalas e muletas) é parte do espaço corporal
da pessoa, quase uma extensão do seu corpo. Agarrar ou apoiar-se nesses
equipamentos não é como estar-se em uma cadeira comum.
. Nunca movimente uma cadeira de rodas sem antes pedir permissão para a
pessoa que a utiliza.
. Para subir degraus, incline a cadeira para trás, levante as rodinhas da frente e
apóie-as sobre o degrau, é mais seguro fazê-lo de marcha ré, sempre apoiando a
cadeira, para que a descida seja sem solavancos. Para subir ou descer mais de
um degrau em seqüência, é aconselhável pedir ajuda de outra pessoa.
. Se você estiver acompanhando uma pessoa com deficiência que anda devagar,
com auxílio ou não de aparelhos e bengalas, procure acompanhar o passo dela.
. Mantenha as muletas e bengalas sempre próximas à pessoa com deficiência.
. Caso a pessoa esteja usando órteses, como talas de mão ou de pé, óculos ou
outros, cuidar para que estes não se percam.
. Se você presenciar um tombo de uma pessoa com deficiência, ofereça ajuda
imediatamente. Mas nunca a ajude sem antes perguntar se deve e como deve
fazê-lo.
. Pessoas com deficiência física podem ter dificuldades para andar e fazer
movimentos involuntários com as pernas e braços, ou mesmo apresentar
expressões estranhas no rosto. Não se intimide com isso.
. Se a pessoa tiver dificuldades na fala e você não compreender imediatamente o
que ela está dizendo, peça que repita. Pessoas com dificuldades não se
incomodam em repetir quantas vezes sejam necessárias, para que se façam
entender.
. Não se acanhe em usar palavras como andar e correr. As pessoas com
deficiência física empregam naturalmente essas mesmas palavras.
. Nunca esquecer as faixas de segurança, quando necessário, ou qualquer
equipamento de segurança que esteja indicado (coletes). A pessoa com
deficiência física deve ser levada sempre de frente e a cadeira de rodas é sempre
individual.
. Fale diretamente para o cadeirante, não para quem o acompanha.
. O cadeirante, além de saber falar, sabe agir.
5.6 Nanismo

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/nanismo/nanismo-8.php
É uma doença comumente genética que provoca um crescimento
esquelético anormal, geralmente resultando em um indivíduo de baixa estatura,
inferior à da média populacional. É um problema que faz o corpo crescer menos
que o normal. Na maioria das vezes, essas pessoas têm menos de 1,50m de
altura, e o seu corpo é desproporcional.
Os braços e pernas são curtos e a cabeça parece ser grande demais, em
relação às outras partes, geralmente a doença pode causar uma curva nas
costas, pés tortos, mãos defeituosas, entre outros. Há dois tipos de anões:
aqueles que possuem o nanismo pituitário e a acondroplasia.

5.6.1 Acondroplasia: o tipo mais comum de nanismo

Acondroplasia pode ser hereditária ou fruto de uma mutação genética, o


que significa que pessoas de estatura normal, mesmo sem ascendentes anões
podem gerar filhos anões com acondroplasia.
As características mais comuns são a baixa estatura, pernas e braços
pequenos e desproporcionais ao tamanho da cabeça e ao comprimento do
tronco. O encurtamento ocorre principalmente na parte superior dos braços e nas
coxas. Adultos com acondroplasia possuem uma curva acentuada no final da
coluna vertebral, que apresenta uma saliência. Quase sempre eles têm pernas
curvas e pode apresentar limites na movimentação dos cotovelos, pois eles não
se dobram completamente. As mãos são pequenas e os pés são curtos e largos.
Várias crianças acondroplásicas podem flexionar a articulação de seus
dedos, pulsos, cintura e joelhos a um ângulo muito grande devido a ligamentos
frouxos de certas articulações. Esses sinais são normalmente observados no
nascimento e a doença pode ser diagnosticada nessa fase, na grande maioria
dos casos. Quanto à alteração intelectual, esta não ocorre.
A altura dos pais e da criança com acondroplasia não estão ligadas com a
altura que ela irá alcançar na vida adulta. Psicólogos, pediatras,
endocrinologistas, geneticistas, ortopedistas e neurologistas podem oferecer
apoio. Diversas pesquisas estão sendo feitas sobre a síndrome e outros
problemas de crescimento.

5.6.2 Nanismo Pituitário

É um crescimento muito lento, com estatura geralmente pequena por


disfunção da hipófise anterior. A altura está abaixo do percentil 3, a velocidade de
crescimento é de 4cm/ano e a idade óssea é pelo menos 2 anos menor que a
idade cronológica.

5.6.2.1 Etiologia

A etiologia potencial do nanismo pituitário é variada; na maioria das


crianças com baixa estatura não é possível identificar um distúrbio pituitário
específico, embora distúrbios endócrinos constituam uma minoria de todas as
causas de retardo de crescimento, sendo importante tentar identificá-los porque
eles são tratáveis.
As crianças com hipopituitarismo mais comumente têm um tumor
pituitário (craniofaringeoma) ou nenhuma etiologia demonstrável (hipopituitarismo
idiopático). A deficiência de GH, sozinha ou em associação com outras
anormalidades, é hereditária em 10% dos casos.

II PARTE – SUGESTÕES DE ATIVIDADES


Atividades adaptadas

Atividade 01
VOLENÇOL

Conteúdo: Voleibol – cooperação e trabalho coletivo.


Recursos Materiais: Lençóis e bola de voleibol ou outra bola disponível.

- Organização: Amarre um elástico, cordinha ou rede a aproximadamente 1,80


cm de altura, de forma a dividir o espaço em dois lados iguais. Aproveite a
ocasião para esclarecer sobre a altura oficial da rede de voleibol que na categoria
feminina possui 2,24m de altura e no masculino 2,43m. Separe a turma em 4
grupos, sendo que dois grupos ficarão em quadra e outros dois ficarão na
reserva, para entrar em seguida. A escolha dos dois grupos iniciantes poderá ser
feita pela sorte ou utilizando alguma dinâmica, da forma como você professor,
achar melhor. Os grupos da reserva podem observar o comportamento dos
colegas e dialogar sobre as melhores maneiras de se organizarem neste jogo.

- Desenvolvimento: Cada um dos grupos deverá segurar o lençol estendido,


com a participação de todos os integrantes do grupo. A bola será lançada pelo
grupo iniciante, através da organização coletiva, no intuito de arremessar a bola
para o outro lado da quadra, como se fosse um saque. O grupo do outro lado
deverá receber a bola com o lençol, sem deixá-la cair no chão, como acontece no
voleibol. Se conseguirem receber a bola com o lençol, devem lançá-la de volta
sempre por cima da rede ou corda, visando fazer com que a bola toque o chão do
lado oposto. Qualquer um dos dois grupos que não conseguir receber a bola e
deixar com que a mesma toque seu lado da quadra, trocará de lugar com o grupo
da reserva, e assim sucessivamente, os grupos irão trocando de lugar. Aqueles
que forem conseguindo cooperar com os colegas e trabalhar em equipe para
atingir o objetivo do jogo vão permanecendo em quadra.

- Socialização: Ao final da brincadeira, convide os estudantes para avaliar


coletivamente o jogo realizado, direcionando as perguntas.
- Em algum momento vocês sentiram dificuldades nessa prática? Por quê?
- Houve a presença dos princípios éticos, como por exemplo: companheirismo,
solidariedade e respeito?
- Qual grupo permaneceu mais tempo em quadra? Por quê?
- Outras.

Atividade 02
VOLEIBOL de BALÕES

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.


Recursos Materiais: quadra ou pátio (manter a área livre), balões, rede de
voleibol ou elástico ou cordão, aparelho de som.

Formação: dois grupos

Organização: solicitar ao grupo que se posicionem, cada um em uma área de


jogo, separados pela rede. Cada participante de posse de um balão deverá
enchê-lo.

Desenvolvimento: com o início da música, todos os participantes deverão passar


o balão para o campo adversário, devolvendo os balões que passarem para o seu
campo. A cada interrupção da música, o monitor efetuará a contagem. No
momento da interrupção o grupo que estiver com menos balões em seu campo,
marca ponto.
Nota: O professor deverá ir construindo as regras junto com os alunos, no
momento em que forem ocorrendo às infrações.
Atividade 03

JOGO DE BOLICHE COM GARRAFA PET

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.


Recursos Materiais: 10 garrafas PET (de refrigerante), jornal, fita crepe, 10
folhas de papel usado de um lado só, canetas, canetinhas e todo material útil,
para fazer um belo desenho.

Como fazer: pegue as 10 folhas de papel e faça um circulo bem no meio da


folha, o circulo deve ter mais ou menos, o tamanho da sua mão fechada. Dentro
da cada círculo escreva um número de 1 a 10. Pinte as folhas como quiser,
porém se fizer todas parecidas, o boliche fica mais interessante!
Depois, enrole as folhas de papel no sentido do comprimento formando um
canudo que deverá caber na boca da garrafa. Coloque cada canudo dentro de
uma garrafa. Enrole as folhas de papel dentro dos tubos de plástico com os
números virados para fora. Sacuda as garrafas e as folhas deverão abrir. Caso
não abram, ajeite os números com dois palitos de churrasco.
Dobre a folhas de jornal 4 vezes e corte nas dobras, cada folha renderá 16
pedaços de jornal. Com cada pedaço do jornal faça bolas do tamanho de uma
tampa da garrafa, e encha as garrafas posicionando a folha desenhada nas
paredes de dentro da garrafa. Pegue folhas de jornal inteiras, amasse até formar
uma bola e passe bastante fita crepe envolvendo a bola, para deixá-la firme e
pesada.

Desenvolvimento: coloque as garrafas como se fossem os pinos do boliche


(uma fileira com quatro garrafas, uma com três garrafas, uma com duas garrafas
e a última com apenas uma garrafa, bem na frente).
A uma distância de pelo menos cinco metros, role a bola no chão, em direção às
garrafas, para tentar derrubá-las. A pontuação do jogo é calculada de acordo com
os números correspondentes às garrafas que forem derrubadas.
Quem somar mais pontos em cinco rodadas, vence. A cada rodada, as garrafas
devem ser recolocadas no lugar, mas em posições diferentes, de forma que o
jogador não enxergue o número do verso da garrafa.

Atividade 04

VOLEIBOL SENTADO

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.


Recursos Materiais: bola de voleibol, rede de vôlei, postes, quadra adequado.

O voleibol sentado é uma modalidade paraolímpica e segue algumas


regras específicas. Neste esporte, compete quem tem deficiência física adquirida
ou inata, e é atribuída uma pontuação aos atletas, de acordo com as suas
características.

Objetivo:
 Aprimorar a coordenação motora, ampliar a orientação espacial e
desenvolver trabalho em equipe.

http://www.cpb.org.br/esportes/modalidades
Espaço mais adequado:
Quadra com dimensão de 10 metros (comprimento) por 6 metros (largura); rede
no centro da quadra na altura de 1,15 metros do solo, para o masculino, e de
1,05 metros do solo, para o feminino.

Descrição do Jogo:
Formação inicial: duas equipes com seis jogadores. Todos precisam sentar no
chão e cada equipe deve se organizar respeitando o espaço da quadra.

Desenvolvimento: assim como no jogo tradicional, as equipes realizarão, após o


saque, a troca de bola com as mãos, tendo o objetivo de acertar o chão da
equipe adversária. Os jogadores precisam ficar sempre sentados. Nessa
modalidade esportiva adaptada, o deslocamento dos jogadores deve ocorrer de
modo que os alunos se impulsionem com as pernas e arrastem o quadril.
Somente no momento de se deslocar é que o jogador poderá perder o contato
com o solo, mas rapidamente deve ser retomado. Ao receber a bola, a equipe
deverá devolvê-la ao campo do adversário, em no máximo três toques, utilizando
as técnicas básicas de voleibol para garantir que sejam feitos de acordo com o
regulamento do jogo. Quando a equipe que saca erra, seu adversário marca um
ponto e adquire o direito de sacar, respeitando-se antes um rodízio de posições
dos jogadores. Essa característica torna o voleibol um jogo dinâmico, no qual
todos devem atuar em todas as posições. No vôlei sentado é permitido que os
jogadores bloqueiem o saque do adversário. A equipe marca um ponto sempre
que conseguir colocar a bola no chão do lado adversário, ou quando o adversário
errar, lançando a bola para fora ou na rede.

Finalização: vence o jogo, a equipe que vencer três sets. Cada set termina
quando um time atinge a contagem de 25 pontos, com uma vantagem de pelo
menos 2 pontos em relação ao adversário. Nas partidas oficiais, disputa-se o
melhor de cinco sets e o quinto set, ou tie-break, termina em 15 pontos, também
com 2 pontos de diferença do adversário.
Atividade 05

ROUBA-BANDEIRA

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.

Objetivo:
 Desenvolver velocidade de deslocamento; e Estimular a cooperação.

Recursos Materiais:
 Uma bandeira para cada time ou um objeto que o represente (pode ser uma
garrafa pet ou uma lata) com o nome da equipe.

 Coletes de identificação de time.

 Cadeiras comuns

Espaço mais adequado:


 Pátio da quadra

Descrição do jogo:
Formação inicial: os alunos são divididos em duas equipes. É necessário criar
condições motoras diferentes para alguns alunos participarem; um aluno deverá
estar com um braço para trás, outro sentado, e dois sentados em cadeiras
comuns. Eles deverão locomover-se sempre sentados nelas; e dois alunos
poderão somente andar, sem correr.

Desenvolvimento: cada equipe terá 5 minutos para definir quais alunos ficarão
com movimentação reduzida e elaborar estratégias de ação. O desenvolvimento
do jogo será o mesmo, porém alguns alunos necessitarão deslocar-se e jogar
buscando novas formas; o aluno com deficiência física irá se deslocar conforme
suas possibilidades. Para a bandeirinha chegar ao outro lado da quadra, ela
poderá mudar de jogador da equipe, não é preciso que o mesmo aluno que a
pegou traga-a ao seu campo, por isso, é fundamental elaborar uma estratégia.

Finalização: o jogo acaba quando um dos times conseguirem trazer para o seu
campo, a bandeira do outro.

Sugestões: é importante ressaltar que as adaptações foram feitas para equiparar


as oportunidades do aluno com deficiência física que utiliza cadeira de rodas para
se locomover, mas de acordo com a realidade do grupo pode se pensar em
novas formas de adaptações e locomoção. A bandeirinha ou o objeto que a
represente pode ser lançado de um jogador para o outro. A pessoa que se
locomove sentada, impulsionando as pernas e arrastando o quadril, só pode ser
pega por outro jogador que também, se locomova sentado. Após o jogo, é preciso
discutir as impressões dos alunos e trazer reflexões sobre a inclusão. Outra
sugestão é colocar alguns cones espalhados pela quadra, com a função de
obstáculos que não poderão ser tocados. Caso não haja colete de identificação,
poderão ser criadas formas diferentes de identificação, tais como faixas de papel-
crepom (faixa de 10 centímetros de largura que deve passar transversalmente do
ombro direito para o lado esquerdo do quadril) ou colete de jornal (pode-se pegar
uma folha dupla, cortar um pedaço no centro da folha, para poder passar pela
cabeça e prender com fita adesiva na lateral, já no corpo do aluno).

Atividade 06

FUTEBOL ADAPTADO

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.


Regras do Futebol Adaptado
Recursos Materiais: bola de borracha ou de futsal; coletes e quadra.

Desenvolvimento:

1. A saída do jogo é feita pelos alunos cadeirantes (deficientes físicos), no


centro do campo;
2. Os alunos cadeirantes, após o inicio do jogo, posicionam-se na área de gol
adversário e jogam com as mãos;

3. As dimensões do campo são reduzidas à metade;

4. O número de jogadores por equipe é de 9 (nove) alunos;

5. Quando a bola toca nos jogadores cadeirantes ela é "isolada", ou seja,


eles decidem chutar a gol ou realizar um passe para um companheiro;

6. Tempo de jogo: 5 (cinco) minutos.

Atividade 07

BASQUETEBOL ADAPTADO

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.


Recursos Materiais: bola de basquetebol ou de borracha; quadra·.

Desenvolvimento:

1. A saída é feita pelos alunos cadeirantes no centro da quadra;

2. As dimensões da quadra foram reduzidas e somente existem linhas de


fundo e lateral;

3. A linha central é imaginária;

4. O número de jogadores por equipe é de 5 (cinco) alunos;

5. Não existe cobrança do lance livre;

6. Cada cesta equivale a 1(um) ponto;

7. A cesta poderá ser realizada por qualquer aluno;

8. A tabela é adaptada;
Tempo de jogo: 5 (cinco) minutos

Atividade 08

BEISEBOL

Atividade auxilia: na integração e no equilíbrio


Recursos Materiais: cinco bambolês, uma bolinha de tênis e bastões para
rebater.

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.

Desenvolvimento:

1. O grupo será dividido em duas equipes;

2. Uma equipe começará rebatendo, e a outra espalhar-se-à pela quadra, que


possuirá cinco bases (bambolês);

3. O membro de uma das equipes arremessará a bolinha para o rebatedor,


que ao rebater deverá passar pelas bases (terá de tocar um dos pés
dentro de cada base); o rebatedor fará ponto ao chegar à 5ª base sem que
seja queimado (ou na base ou no próprio corpo);

4. Apenas a defesa segura a bola no alto;


5. As equipes inverter-se-ão.

Atividade 09

CRÍQUETE

Atividade auxilia: no desenvolvimento da coordenação motora, principalmente


nos MMSS (membros superiores), e no aprimoramento do trabalho em equipe.
Recursos Materiais: bola de tênis, tacos (ou cabos de vassoura), bambolês,
coletes, latinhas e espaço adequado.

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras; atividades de inclusão.

Desenvolvimento:

 Os alunos deverão ser divididos em dois grupos;

 Um grupo é da equipe de rebatedor, o outro é da equipe do atacante;

 O atacante lança a bola com a mão para derrubar a casinha;


 O rebatedor deverá rebater a bola com o taco, defendendo a casinha;
 A equipe do atacante deverá recuperar a bola e derrubar a casinha, antes da
equipe do rebatedor atravessar o campo, dessa forma, marcando ponto;

 Cada equipe terá três bolas para lançar;

 A primeira equipe que marcar 10 pontos será a vencedora;

Regra: 1) a equipe do rebatedor não poderá passar da linha demarcada antes do


rebatedor bater na bola; 2) caso a bola respingue para depois da linha, a equipe
do atacante poderá pegar a bola e tentar derrubar a casinha.
Algumas variações para quem tem deficiência:

 Para jogadores menores e para os que apresentam fraqueza muscular, tacos


mais leves;

 Para jogadores em cadeiras de rodas, tacos mais curtos;

 Jogadores com muletas poderão usá-las como taco, desde que consigam
manter o equilíbrio;

 Jogadores com comprometimento de membros ou amputações poderão


controlar o taco com o lado não comprometido (tacos mais leves);

 Jogador com pouca preensão ou pouca força do ombro ou do braço poderá


prender o taco ao membro com uma tira de velcro;

 Atacar mais baixo para facilitar o rebatedor com deficiência visual;

 Pode-se diminuir ou aumentar o campo;

 Utilizar diversas bolas: grandes/pequenas, pesadas/leves, bolas feitas de meias etc.

Atividade 10

MINIFUTEVÔLEI

Atividade auxilia: na interação e na cooperação

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras; inclusão.

Recursos Materiais: bolas de vôlei, de futsal e de borracha, rede de vôlei.

Desenvolvimento:

 Os alunos serão divididos em duas equipes;


 Os alunos que têm os membros superiores amputados participarão
ativamente utilizando um dos pés para tocar a bola;

 Durante a prática, serão revezados três tipos de bola para que os alunos
desenvolvam habilidades em situações diversas; as regras serão construídas
com o grupo; é importante solicitar a ajuda dos que possuem deficiência.

Atividade 11

LOCOMOÇÃO

Atividade auxilia: no desenvolvimento neuromotor, a melhora da coordenação


para movimentos mais complexos; na ativação da circulação, abrangendo
aqueles que têm comprometimentos nos membros inferiores; na promoção de
uma organização do sistema nervoso através dos exercícios físicos.

Conteúdo: atividades rítmicas e expressivas; inclusão; ginástica.

Recursos Materiais: bolas de borracha, colchonetes ou colchões, som e


bexigas.

Desenvolvimento:

 O professor oferecerá música suave em um volume moderado e conduzirá os


alunos, deitados em colchonetes, ao relaxamento, pedindo aos participantes a
completa liberação de tensões; o relaxamento começará pelos pés, seguirá
para os joelhos, abdômen, tronco, braços, antebraços, mãos, pescoço e
cabeça.

 Cada aluno tentará passar o corpo sobre uma bexiga sem estourá-la;

 Deverão arrastar-se em dupla, conduzindo a bexiga sem deixá-la tocar no


chão;
 Em dupla, deslocar-se-ão sobre seis apoios, um à frente do outro;

 Conduzirão a bola em contato com a testa;

 Manterão a bexiga presa nos ombros;

 Individualmente, os alunos levarão a bexiga presa em seus joelhos, enquanto


engatinham, sem deixá-la estourar.

Propor movimentos de locomoção no chão para os alunos que tenham


dificuldades de realizá-los na posição vertical. Devem ser realizadas adaptações
para deficientes mentais dependentes ou treináveis, pessoas com síndrome de
Down, deficientes físicos com comprometimento dos membros inferiores e
deficientes auditivos.

Atividade 12

VOLEIBOL CEGO

Atividade auxilia: no desenvolvimento das habilidades do aluno.

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.

Recursos Materiais: músicas, aparelho de som e bolas.

Desenvolvimento:

 O grupo será dividido em dois times com o mesmo número de jogadores;

 É um jogo de vôlei adaptado: a rede será tapada por um pano ou lona preta,
de modo que nenhum dos times veja o outro lado, terá música como
acompanhamento e poderá ser jogado por todas as pessoas que possuem
deficiência visual;

 Os alunos deverão passar a bola três vezes entre o time, e na quarta vez terá
de passar a bola para o outro lado;
 Se a bola cair no chão da quadra adversária, o time ganhará um ponto;

 No decorrer do jogo, pode-se dificultar aumentando o número de bolas.

Atividade 13

CÂMBIO

Atividade auxilia: no desenvolvimento cognitivo, na cooperação entre os alunos


e na socialização.

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.

Recursos Materiais: bola de voleibol; quadra esportiva ou espaço adequado.

Desenvolvimento:

 A atividade é semelhante ao jogo de voleibol, porém sem utilizar os


fundamentos tradicionais (toque, manchete, saque etc.); o jogo tem inicio com
o lançamento da bola com uma das mãos para o lado oposto da quadra.
Após, deverá ser recebida com ambas as mãos e, para que possa ser lançada
novamente, a equipe deverá realizar pelo menos dois passes, para no
terceiro, passar para a quadra adversária.

Atividade 14

CHUTEBOL

Atividade auxilia: no desenvolvimento motor (movimentos combinados) e na


cooperação.

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.

Recursos Materiais: uma bola e borracha ou de futsal e cones.


Desenvolvimento:

 Trata-se do jogo de futebol sem as regras tradicionais, com ênfase na


locomoção e no fundamento do chute; os alunos serão organizados em duas
equipes, posicionadas em lados opostos da quadra;

 Em cada linha de pênalti, haverá um cone, que servirá como alvo (gol); o
objetivo é acertar o cone do adversário; os alunos poderão percorrer a quadra
até o centro, trocando passes, para então chutar em direção ao cone;

 O ponto só será marcado quando o cone for derrubado.

Atividade 15

DINÂMICA DO PRESENTE

Atividade auxilia: no desenvolvimento de habilidades motoras e na cooperação.

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.

Recursos Materiais: uma bola de borracha ou de handebol e arcos.

Desenvolvimento:

 A atividade acontecerá a partir do jogo de handebol sem as regras


tradicionais, com ênfase na locomoção e no arremesso da bola;

 Vários arcos serão distribuídos entre os alunos, que se posicionarão à


vontade pela quadra;

 Os alunos serão organizados em equipes em função do número de arcos que


foram distribuídos (para cada arco uma equipe);

 Os alunos devem locomover-se atrás do arco e trocar passes entre si, para
depois arremessar ao arco.
Atividade 16

GUERRA DOS VEGETAIS

Atividade auxilia: no desenvolvimento do trabalho em grupos heterogêneos, na


inclusão e no processo adaptativo.

Conteúdo: jogos e brincadeiras; atividades de inclusão.

Recursos Materiais: dois cestos de lixo, algumas bolas de papel, borrachas,


coletes (duas cores) e vendas.

Desenvolvimento:

 A quadra deverá ser dividida em dois campos;

 Em cada campo, deverá haver um cesto e por toda a quadra estarão


espalhadas bolas de papel e de borracha, que representarão os vegetais;

 A turma será dividida em dois grandes grupos;

 Cada grupo será representado por coletes de uma determinada cor; cada
grupo deverá trabalhar em duplas, um aluno de olhos vendados e outro
como guia, que não poderá tocá-lo, apenas comunicar-se através da fala,
indicando as direções;

 O objetivo é pegar os vegetais e depositar no cesto da equipe

 Vence o grupo que conseguir pegar o maior número de vegetais sem


infringir as regras;

 Para dificultar a atividade, o cesto sempre mudará de lugar.


Atividade 17

FUTEBOL COOPERATIVO

Atividade auxilia: na cooperação e na integração.

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.

Recursos Materiais: fita crepe, três bolas de borracha ou de futebol, seis cones.

Desenvolvimento:

 A quadra deverá ser dividida com fita crepe em três campos;

 Em cada campo, deverão ser montados dois gols com cones;

 A turma será dividida em dois grandes grupos;

 Cada grupo será dividido em três grupos, que defenderão o gol de uma área
de um dos campos; o objetivo é fazer o gol trocando passes como no futebol,
mas nenhum grupo poderá passar para a outra área do adversário;

 O jogo começa com apenas uma bola;

 Com o tempo, deverão ser acrescentadas mais bolas para dificultar a defesa.

ATIVIDADE 18

BASQUETEBALDE

Conteúdo: Esporte; Jogos e brincadeiras.

Recursos Materiais: baldes, bola de borracha, bola de basquete.

Desenvolvimento:
 Duas equipes com 06 ou mais integrantes, cada equipe tem um representante
segurando um balde, que pode correr pela linha lateral. (designadas como D e
E), sem entrar na quadra.
 Os integrantes devem passar a bola entre si, tentando jogar a bola dentro do
balde. O jogador de posse da bola pode passá-la ou tentar acertar o balde,
porém não pode andar segurando a bola.
 A equipe adversária deverá interceptar a bola (sem contato, pessoal), e tentar
acertar seu balde. Cada vez que um jogador acertar o balde, converte ponto e
deverá jogar um dado.
 Se cair número ímpar, o ponto vale 1,3,5 pontos a favor... se tirar números
pares, o ponto vale 2,4,6 pontos contra a sua equipe.

Atividade 19

Queimada maluca

Objetivo: queimar, não ser queimado e salvar seus colegas. As crianças terão
oportunidades de jogar tentando manter o jogo vivo. Para isso, poderão ou não
manter os colegas jogando.

Recursos Materiais: bolas de vôlei ou de borracha leve.

Conteúdos: jogos e brincadeiras

Desenvolvimento:

 Todas as crianças deverão ficar em um espaço suficientemente grande para


que todos possam correr e se deslocar sem grandes riscos de choque.
 Elas receberão um pedaço de giz e anotarão no chão ou na parede, seu nome
as letras Q (queimei), a letra M (morri) e a letra S (salvei).
 O professor joga a bola de meia para o alto e está dado o início. Pode-se
colocar uma música para acompanhar o jogo. A criança que pegar a bolas,
poderá no máximo dar 3 passos para arremessar a bola nos colegas. Caso
ela queime alguém, este deverá marcar o que houve e depois ficará sentado
no lugar.
 A criança que atirou também deverá marcar que conseguiu queimar o colega.
Para salvar, bastará que a criança deixe de JOGAR NO OUTRO e passe para
quem estiver sentado (JOGAR PARA O OUTRO). Esta então, poderá levantar
e continuar jogando. Todos os acontecimentos deverão ser anotados para
futura análise e discussão em grupo.

Dicas:

 Este jogo é muito bom para que o professor possa avaliar o comportamento
real de seu aluno. É possível detectar crianças mais cooperativas (salvam
mais), mais competitivas (salvam menos), crianças que fazem parcerias, e
desta forma, oferecer a oportunidade de fazê-los VER.
 É necessário que o professor proporcione o momento de debate, com
tranqüilidade, para ouvir os comentários e fazer as possíveis colocações. O
professor poderá fazer o jogo sem a marcação e depois colocá-la para que
eles também, possam avaliar. É importante colocar que existem diferentes
crianças jogando e elas têm a liberdade de serem verdadeiras. Não podemos
impor as atitudes e sim mostrar os diversos caminhos que elas podem seguir.

Atividade 20

VAI E VEM

Conteúdo: esportes; jogos e brincadeiras.


Objetivo do Jogo:
Adequar o movimento proposto pelo brinquedo à cadência rítmica melódica da
música apresentada.
Neste jogo os participantes vivenciam o ajuste do ritmo individual ao coletivo,
criando coreografias que vão se complementando.
Respeito e Paciência com o tempo e execução do movimento do outro.
Adaptabilidade do ritmo individual ao coletivo.
Alegria na realização do Jogo-dança e na construção do brinquedo que estimula
e auxilia na superação de limites.

Recursos Materiais:
Espaço amplo (vazio), em que os grupos possam brincar com o Vai e Vem e
também, formar um grande círculo para dançar. Garrafas PET, Argolas coloridas,
Corda de nylon, Fita durex colorida.

Desenvolvimento:
Dinâmica para formação de duplas:
 Cartões com palavras em pares
 Os cartões são espalhados pelo chão, bem separados um do outro e com a.
palavra escrita virada para baixo.
 Ao som da música apresentada o grupo caminha por entre os cartões,
observando a melodia e o movimento rítmico sugerido pela mesma. Ao sinal
combinado, cada um pega o cartão que está mais próximo de si, continua
caminhando e mostrando a palavra para o grupo, para que os pares se
formem juntando-se as duplas que tiverem cartões com palavras iguais.
 Construção e decoração do brinquedo – Vai e Vem
Cortar as garrafas aproximadamente 17cm a partir do gargalo. Unir as
duas partes do gargalo encaixando-as uma por dentro da outra, passar as duas
cordas de nylon pelos gargalos e amarrar em cada extremidade das cordas de
nylon, uma argola plástica e decorar com a fita durex colorida.
 Experimentando o Brinquedo
Cada dupla brinca, descobrindo diferentes possibilidades de movimentar o
brinquedo.
 Jogando em grupo
Após algum tempo de exploração do brinquedo, ao sinal combinado, os grupos
vão se juntando até que se forme 3, 4 ou 5 grupos.
 Criando coreografia
O professor determina um tempo para que cada grupo crie uma coreografia para
ser apresentada.
 Coreografia Coletiva
Cada grupo, após sua apresentação, escolhe um dos movimentos de sua
coreografia para compor a coreografia coletiva – todo o grupo dança.
Roda de reflexão e avaliação do processo.

Dicas:

 Estimular o grupo a utilizar diversos materiais na construção do brinquedo.


 Este jogo pode ser construído por crianças a partir de 6 anos, desde que as
garrafas já estejam cortadas.
 O tempo de exploração do brinquedo e da realização do Jogo-dança
dependerá da motivação do grupo.
 A música pode estar permeando a atividade desde o início, para que mesma
vá sendo aos poucos internalizada.
É importante destacar que as regras para as atividades propostas foram
elaboradas e colocadas em prática considerando as necessidades e
possibilidades do grupo de trabalho em que se atuou. Ressalta-se que em
outras realidades, poderá haver a necessidade de implementar outras e/ou
novas adaptações.

Adaptação do Espaço:
 Ocasionalmente, pode ser útil destinar uma área espaçosa e confortável em
que os alunos possam se sentir seguros para correr e pular.

 Objetos podem ser colocados ao redor dos alunos, para encorajar o alcance.

 Miniaturas podem ser usadas, como pequenos cubos, a fim de que os

 alunos possam aprender como as paredes se juntam ao teto e como os


quartos estão dispostos lado a lado.

 A iluminação deve ser adequada às necessidades dos alunos com deficiência


visual.

 É importante para o uso de cores fortes contrastantes entre os materiais

para jogos, por exemplo, material amarelo com fundo preto.

 O ambiente deve ser seguro, isto é, pinte as bordas dos degraus e tire os
obstáculos que possam impedir a movimentação dos alunos.

Alunos com graves deficiências:

 Têm atividades freqüentes de “assistir” em vez de “fazer” – encoraje estes


alunos a serem ativos em vez de passivos.

 Podem ter menos oportunidades de jogar pelas limitações dos movimentos e


limitações para usar as mãos – assegure-se que são dadas a estes alunos,
oportunidades de jogarem, adaptando as atividades e usando tecnologia.

 Podem ser dependentes de adultos que os assistam nas situações de jogos,


nesses casos dê a oportunidade para esses alunos fim de que possam:
 Iniciar e escolher os jogos

 Jogar espontaneamente

 Interagir, tanto com outras crianças, quanto com adultos;

 Demonstrar comportamentos negativos causados por tédio ou frustração para


chamar atenção dos adultos – incentive atividades interessantes e
desafiadoras.

Critérios de adaptação aos esportes e exercícios

Os critérios e adaptações sugeridas a seguir, não formam uma espécie de


receituário e muito menos devem ser encarados como obrigatórios para todos os
jogos e práticas desportivas. Apenas, são soluções e caminhos que podem ser
trilhados, dependendo da atividade a ser desenvolvida e do tipo de deficiência.

1. Espaço
Aconselha-se delimitar os espaços destinados para a prática esportiva, com o
propósito de compensar as dificuldades de deslocamento que normalmente se
apresentam. Procure por terrenos lisos e planos, sem ondulações, cascalhos ou
irregularidades. Se possível evitar terrenos arenosos e de terra que dificultam
consideravelmente a mobilidade e o cansaço físico.

2. Material
Aconselha-se utilizar materiais macios para indivíduos com dificuldades de
percepção. Também, é indicada a utilização de materiais alternativos e
adaptados, como por exemplo, calhas para alunos com Paralisia Cerebral ou
cadeira de rodas para indivíduos com graves problemas de equilíbrio. Claro que
todos os acessórios deverão ser utilizados em situações em que exista a
necessidade. Proteja os materiais para evitar que os mesmos machuquem os
participantes. Antes de iniciar a prática esportiva com cadeiras de rodas, proteger
a mesma com espumas nas extremidades, evitando que o contato com outras
pessoas, possa lesar ou machucar.

3. Regras
Alterar os regulamentos das modalidades e da forma de jogo, incluindo novas
regras que atendam as necessidades do grupo participante. Alterar o sistema de
pontuação ou o objetivo do jogo proporcionando êxito por parte dos participantes,
mantendo assim, o interesse e a motivação constante. Adaptar as regras do jogo,
da brincadeira ou da atividade, permitindo o máximo de igualdade entre os
participantes.

4. Habilidades
Antes do início de qualquer atividade os participantes deverão ser
consultados sobre as possíveis dificuldades motoras, ou técnicas que dificultem
movimentos e gestos desportivos. O deficiente deve ser estimulado a tentar e a
descobrir suas potencialidades e possibilidades, porém, as tarefas devem ser
adaptadas para que o mesmo consiga o êxito e motive-se cada vez mais, e
conseqüentemente, possa aprimorar seus movimentos e superar os obstáculos
constantemente. Utilizar atividades em duplas, trios ou grupos para que um possa
auxiliar o outro e assim desenvolver ainda mais, a prática de convívio social e
trabalho em equipe.

5. Aluno ajudante ou colaborador


Utilizar sempre que possível um aluno ajudante ou colaborador que terá a
incumbência de auxiliar o professor e os demais colegas, a realizar as atividades
e exercícios. Este aluno colaborador deverá ser substituído sistematicamente
pelos próprios colegas da turma, possibilitando assim, a oportunidade de todos
ajudarem o professor e perceberem sua importância perante a turma.
1 SUGESTÕES DE FILMES

Cinema em Vídeo
Relação de vídeos que tratam, entre outros assuntos, sobre pessoas portadoras
de deficiências e Educação Inclusiva:

Feliz Ano Velho. Roberto Gervitz. Brasil: Elite, 1987. 120 min. Nacional.
Adaptação do livro "Feliz Ano Velho", romance autobiográfico do escritor Marcelo
Rubens Paiva. Narra a trajetória de Mário, um jovem universitário que fica
tetraplégico em um acidente e começa a relembrar fatos de sua vida.

Filhos do Silêncio. Randa Haines. Estados Unidos: CIC, 1986. 118 min. Drama.
Professor especialista em linguagem dos sinais conhece e ajuda a introspectiva
Sarah (Marlee Matlin), uma surda-muda problemática, com dificuldades de se
relacionar com as pessoas.

Forrest Gump - O Contador de Histórias. Robert Zemeckis. Estados Unidos:


CIC, 1994. 142 min. Comédia.
Divertida e inteligente história sobre um jovem de Q.I. baixo (Tom Hanks) que
acaba participando indiretamente dos mais importantes acontecimentos históricos
dos Estados Unidos nas últimas décadas.

Gaby - Uma História Verdadeira. Luis Mandoki. Estados Unidos: 1987. 100 min.
Drama.
Baseado na história de Gabriela Brimmer, garota que nasceu com distúrbio
neurológico que a impede de falar, andar ou se mexer. Com a ajuda da mãe e da
governanta, ela consegue superar suas limitações e escrever um livro.

O Homem Elefante. David Lynch. Inglaterra/Estados Unidos: VTI, 1980. 125


min. Drama.
Um inglês deformado devido a uma doença congênita, atração de um circo de
aberrações, tenta reconquistar sua dignidade com a ajuda de um médico.
Baseado em uma história verídica.
Mentes que Brilham. Jodie Foster. Estados Unidos: 1991. 99 min.
Drama/Suspense.
As dificuldades de uma criança de sete anos, com inteligência muito acima da
média e extremamente tímida. A mãe superprotetora e os interesses da diretora
de uma escola para crianças superdotadas impedem que o garoto supere suas
dificuldades de relacionamento..

Meu Filho, Meu Mundo. Gleen Jordan. Estados Unidos: Film Ways TV
Productions, 1979. 96 min. Drama.
Drama feito para televisão a partir da obra de Barry N. Kaufman. É retratada a
luta de um casal que tem um filho autista. São abordados temas como a
deficiência mental e questões ligadas à psicologia, infância e adolescência.
Disponível na videoteca do CRE.

Meu Pé Esquerdo. Jim Sheridan. Irlanda/Inglaterra: LK-Tel, 1989. 100 min.


Drama.
Baseado numa história real. Narra a trajetória de um garoto com paralisia
cerebral, nascido numa pobre família irlandesa. Ao crescer, Christy tem a chance
de mostrar ao mundo seu talento como escritor, poeta e pintor, utilizando, para
isso, seu pé esquerdo como única ferramenta.

Para Lembrar um Grande Amor. Jeff Bleckner. Estados Unidos: Wayne Threm,
James Thompson, 1985. 95 min. Drama.
Narra a história da poetisa Barbara Wyatt Hollis que, no auge de sua carreira,
enfrenta uma doença que afeta sua memória, suprimindo gradualmente sua
saúde física e mental. Disponível na videoteca do CRE.

Perfume de Mulher. Martin Brest. Estados Unidos: CIC, 1992. 157 min. Drama.
Estudante trabalha como acompanhante de um militar cego e angustiado em um
final de semana. O comportamento excêntrico e auto-destrutivo do militar,
agravado pela bebida, resulta em uma relação repleta de dramas e revelações.
O Piano. Jane Campion. Áustria/França/Nova Zelândia: Paris, 1993. 120 min.
Europeu.
No final do Século 19, a viúva Ada McGrath (Holly Hunter) viaja com a filha para a
Nova Zelândia, onde se tornará a esposa de um fazendeiro, num casamento
arranjado. Na bagagem, ela leva um piano. A música ajuda a personagem a
superar a realidade bruta e selvagem.

Rain Man. Barry Levinson. Estados Unidos: Warner, 1988. 140 min. Drama.
Charlie é um jovem egoísta que começa a cuidar do irmão autista Raymond para
ficar com a herança do pai. Os dois irmãos terão de conviver com as diferenças
em uma intensa jornada de conhecimento mútuo.

O Silêncio. Mohsen Makhmalbaf. Irã/França: PlayArte, 1998. 76 min. Europeu.


Khorshid é um garoto cego cujo ouvido apurado permite que ele trabalhe como
afinador em uma loja de instrumentos musicais. Certa vez, ouve melodias
tocadas por um músico ambulante. Os novos sons viram uma obsessão ao jovem
garoto.

Uma Lição de Amor. Jessie Nelson. Estados Unidos: PlayArte, 2001. 133 min.
Drama.
Mostra a luta de Sam Dawson (Sean Penn), um homem com problemas mentais,
para ficar com a filha, quando a assistente social constata que a garota superou o
pai intelectualmente e decide levá-la a um orfanato.

2 SUGESTÕES DE SITES ELETRÔNICOS

www.acessibilidade.net
www.aacd.org.
www.adfp.org.br
www.clik.com.br
www.defnet.org.br
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
www.futura.org.br
www.mec.gov.br/seesp
www.nied.unicamp.br
www.paralisiacerebral.net/
www.saci.org.br
www.tecnologiaassistiva.com.br
www.unesco.org
www.lesaomedular.com.br
www.deficienteeficiente.com.br
www.centrorefeducacional.com.br

www.reabcognitiva.com.br

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A Educação Especial no Contexto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.


Brasília: MEC/SEF, 1997.

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Brasília: MEC/SEE III Seminário Nacional de Formação de Gestores e
Educadores, 2006,146p. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ensaios%20pedagogicos.pdf. Acesso
em: 15 Mar. 2011.

BOBATH, Karel. Uma base neurofisiológica para tratamento da paralisia


cerebral. São Paulo: Mano Le LTDA.

CARVALHO JA. Amputações de membros inferiores: em busca de plena


reabilitação. 2ª ed CIDADE, R. E; FREITAS, P. S. Noções sobre educação
física e esporte para pessoas portadoras de deficiência. Uberlândia, 1997.

CIDADE, R. E; FREITAS, P. S. Educação física e inclusão: considerações


para a prática pedagógica na escola. Integração, v. 14 – Edição especial -
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Conhecendo e compreendendo a pessoa com deficiência – 3ª Edição Amigo


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DUARTE, E; LIMA, S. T. Atividade física para pessoas com necessidades
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MANOLE, 2005.

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Fonte://Www.fraterbrasil.org.br/lesao%20medular. Htm. Acesso em: 29 junho.


2011

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Distrofia_muscular_progressiva. Acesso em: 30


de junho. 2011.
Anexos

Questionário

1.Nome
Completo:___________________________________________________.

2. Idade
< de 30 ( ) de 31 a 40 ( ) de 41 a 50 ( ) > de 50 ( )

3. Gênero
Masculino ( ) Feminino ( )

4. Tipo de Professor
( ) Ensino Médio ( ) Ed.Especial (sala de Apoio) ( ) Ensino Fund. ( )Outros

5. Grau Acadêmico
( ) Bacharel ( )Licenciatura ( ) Pós-Graduado ( ) Mestre ( )Doutor

6. Anos de docência
( ) <3 ( )4 a 6 ( )7 a 25 ( )25 a 35 ( )> 35

8. Indique a sua Faculdade/Universidade de formação Acadêmica:

9. Na sua formação inicial teve alguma(s) disciplina(s) que o preparasse para a


intervenção com alunos com necessidades educacionais especiais?

10. Após o seu curso de formação acadêmica frequentou ações de formação


continuada, relacionadas a intervenção de alunos com necessidades
educacionais especiais?

11. A informação recebida nas ações de formação acadêmica foi relevante para
trabalhar posteriormente com alunos que possuem necessidades educacionais
especiais?

12. O contacto com alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE’s)


em aulas do ensino regular, contribui para que os outros alunos assumam
condutas mais adequadas?
13. O aluno com NEE’s não pode enfrentar os desafios que se colocam na turma
em igualdade de condições com o aluno dito "normal". Justifique?

14. É difícil manter a ordem numa turma de ensino regular, na qual estão
incluídos alunos com NEE’s?

15. A eficácia pedagógica dos professores, nas turmas com alunos NEE’s fica
reduzida, visto que têm de atender alunos com diferentes níveis de capacidade?

16. As adaptações das atividades de Educação Física dos alunos com NEE’s no
ensino regular obrigam a alteração das atividades normais da aula?

17. A presença de um aluno com NEE’s numa turma de ensino regular


proporciona novas situações de aprendizagem para outros alunos?

18. Sem uma formação especializada, dificilmente o professor do ensino regular


poderá dar uma resposta adequada aos alunos com NEE’s?

19. Quais as condições que considera mais relevantes para que seja possível a
realização de um efetivo processo de inclusão?

( ) Avaliação/acompanhamento dos alunos


( ) Metodologias de ensino
( ) Formação especifica para trabalhar com alunos com NEE's
( ) Materiais e recursos
( ) Colaboração entre professores
( ) Técnicos especializados (professores, psicólogos, terapeutas)
( ) Colaboração Direção e Pedagogos

20. Quais são as dificuldades que sente mais frequentemente no exercício da sua
atividade docente, para a inclusão dos alunos com NEE's no ensino regular.

21. Em sua opinião quais os conteúdos/disciplinas que deveriam constar nos


planos de estudos das escolas de formação de professores, para que estes
pudessem atender de forma eficaz todos os alunos?

22. Deseja fazer comentários/observações que considere importantes sobre a


temática focada e que não estejam contemplados (as) neste questionário?

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