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Insuficiência Cardíaca
Descompensada
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Resumo de Insuficiência Cardíaca Descompensada 1
1. Introdução
A insuficiência cardíaca (IC) descompensada é um conjunto de sinais ou sintomas
de agravamento de uma IC antiga ou nova. Cerca de 70% dos pacientes são internados
por piora da IC crônica, 15% a 20% por um quadro inicial de IC, enquanto outros são
admitidos por IC avançada ou em fase terminal refratária ao tratamento. A IC
agudamente descompensada é uma condição ameaçadora à vida que, portanto,
necessita de diagnóstico e tratamento imediatos e assertivos.
2. Etiologias
A definição da etiologia é fundamental para o manejo adequado dos pacientes,
observando a etiologia da IC e o acarretou na descompensação. As principais causas
para IC descompensada são as seguintes:
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3. Manifestações Clínicas
Na maioria dos pacientes com IC crônica, a sintomatologia piora de maneira
gradual ao longo de dias ou semanas. Em se tratando de uma IC nova, na minoria dos
casos, a descompensação é a primeira apresentação da IC.
Cerca de 50% dos pacientes com IC no hospital tem fração de ejeção (FE)
preservada (FE do ventrículo esquerdo > 50%), e o restante tem FE reduzida (≤40%) ou
intermediária (41 a 50%).
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4. Choque cardiogênico:
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5. IC de alto débito:
6. IC direita:
Deve-se excluir embolia pulmonar como causa aguda nesses casos. A IC direita ocorre
comumente em pacientes com disfunção ventricular direita e doença pulmonar crônica,
insuficiência tricúspide isolada grave, doença pulmonar obstrutiva crônica ou outras
doenças crônicas.
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4. Diagnóstico
• Avaliação inicial da instabilidade cardiopulmonar:
A identificação da SCA em pacientes com suspeita deve ser feita com ECG e teste de
troponina (vale ressaltar que o aumento da troponina isoladamente não é suficiente
para diagnosticar SCA, uma vez que pacientes com descompensação da IC comumente
apresentam esse resultado de exame sem SCA). Além disso, em casos apropriados,
deve-se encaminhar esses pacientes para cateterismo cardíaco com angiografia
coronariana e avaliação hemodinâmica.
Abordagem diagnóstica
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A maioria dos pacientes com dispneia secundária à IC tem valores de BNP séricos acima
de 400 pg/mL. Resultados de BNP < 100 pg/mL tornam improvável o diagnóstico de IC
descompensada. No entanto, é valido ressaltar que comumente não é necessária a
realização destes ou outros exames laboratoriais e, a espera desses resultados não
devem retardar o tratamento.
1) Alta probabilidade:
Pacientes com história prévia de IC: paciente com histórico prévio de IC e evidência de
retenção de líquidos tem alta probabilidade diagnóstica;
Pacientes sem história prévia de IC: paciente sem histórico prévio de IC com ortopneia
de início recente, pressão jugular elevada e achados típicos de edema pulmonar, sem
febre, tem alta probabilidade de diagnóstica de descompensação da IC.
2) Probabilidade intermediária:
Pacientes com dispneia sem histórico de IC, com doença cardíaca conhecida, fatores de
risco (doença coronariana, valvopatia, HAS ou DM) ou, ainda, aqueles que apresentam
anormalidades ao ECG, sem evidências de edema pulmonar, são classificados como
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3) Baixa probabilidade:
Classifica-se como baixa probabilidade aqueles pacientes com dispneia sem evidências
de doença cardíaca e apresentam outra explicação para sua sintomatologia, como
doença pulmonar.
5. Categorias Clínicas
As categorias clínicas do paciente com insuficiência cardíaca descompensada
incluem os seguintes perfis de acordo com a perfusão e nível de congestão:
• Frio e úmido: inclui a maioria dos pacientes com choque cardiogênico e síndrome
de baixo debito cardíaco. Tem maior risco de morte e necessidade transplante
cardíaco.
6. Diagnósticos Diferenciais
É importante excluir outras doenças em casos de pacientes com súbita dispneia
associada, ou não, a desconforto torácico ou histórico de cardiopatia. Nesse contexto,
outros possíveis diagnósticos diferenciais são: embolia pulmonar, infecções
pulmonares, exacerbação de asma/DPOC e edema pulmonar não cardiogênico. Além
disso, a maioria dos diagnósticos diferenciais de IC descompensada também pode ser
fator precipitante do próprio quadro clínico.
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7. Tratamento
A abordagem do paciente com IC descompensada deve levar em consideração o
grau e tipo da descompensação do paciente, bem como sua PA inicial. Para isso, é
possível utilizar a classificação abaixo (imagem) como forma de direcionar o manejo
inicial para o quadro clínico apresentado.
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Além disso, por pelo menos 24 a 48 horas, deve-se manter a monitorização por
telemetria.
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• Gestão da arritmia
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hidropiridínicos. Vale ressaltar que, a digoxina pode ser útil nesse cenário, bem como a
amiodarona.
• Hipertensão renovascular
8. Prognóstico
Uma estratégia para determinar o prognóstico desses pacientes é a creatinina >
1,5 mg/dL e PAS < 115 mmHg, de modo que, os pacientes com ambos os achados
apresentam mortalidade > 60%.
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9. Alta Hospitalar
Critérios para alta hospitalar incluem fatores desencadeantes da
descompensação, obtenção de volume do paciente próximo ao ideal e terapia
farmacológica, e transição para acompanhamento ambulatorial pós-alta. Assim, o
planejamento da alta deve incluir detalhes de medicamentos (focando especialmente
na adesão e ajuste de dose dos IECA/BRA e betabloqueador), restrição de sódio,
acompanhamento precoce (dentro de uma semana após a alta), observação,
monitorização do peso corporal, eletrólitos, ureia e creatinina séricas, além de
encaminhamento para um acompanhamento formal da IC.
Referências Bibliográficas
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