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Especialização
Avançada em
Terapias Cognitivo-Comportamentais
Terapia Cognitivo-Comportamental em
Condições Crónicas de Saúde
Inês Trindade
almeidatrindade@fpce.uc.pt
TABELA DE CONTEÚDOS
PARTE I.
CONTEXTO DA INTERVENÇÃO EM CONDIÇÕES CRÓNICAS DE SAÚDE
PARTE II.
TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO –
FUNDAMENTOS E FORMULAÇÃO DE CASO NO CONTEXTO DAS CONDIÇÕES CRÓNICAS DE SAÚDE
PARTE III.
TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO –
INTERVENÇÃO EM CONDIÇÕES CRÓNICAS DE SAÚDE
PARTE I.
CONTEXTO DA INTERVENÇÃO NAS CONDIÇÕES CRÓNICAS
DE SAÚDE
MEDICINA COMPORTAMENTAL
“A Medicina Comportamental pode ser definida como uma área
multidisciplinar relacionada com o desenvolvimento e integração de
conhecimento biomédico e comportamental relevante para a saúde e doença,
e com a aplicação desse conhecimento na prevenção, promoção da saúde,
diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidado.
A Medicina Comportamental tem uma larga abrangência, que vai desde os
mecanismos bio-comportamentais (i.e., a interação entre processos biomédicos
com processos psicológicos, societais, culturais, e ambientais), até ao
diagnóstico e intervenção clínica, e saúde pública”
(Dekker, Stauder, & Penedo, 2017, p.4)
PSICOLOGIA DA SAÚDE E PSICOLOGIA DA DOENÇA
Medicina Medicina Medicina
preventiva curativa paliativa
Nomeadamente:
• qualidade de vida
• saúde mental
• qualidade das relações sociais
• imagem corporal
• funcionalidade (e.g., Clarke & Currie, 2009; Gerteis et al.,
2014; Goodheard & Lansing, 1997; Mechanic,
• produtividade 1986; Taylor & Aspinwall, 1996; Turner &
Kelly, 2000)
CONSEQUÊNCIAS DO DIAGNÓSTICO
Mudança nas
capacidades mentais e
físicas
Sintomas
Tratamento
(Mudança da
aparência física)
COMORBILIDADE PSIQUIÁTRICA
▪ Embora muitos indivíduos se ajustem bem à sua doença, algumas investigações têm estimado que
entre 15 a 39% dos doentes crónicos apresenta uma comorbilidade psiquiátrica (Guthrie, 1996).
▪ Em relação a condições específicas, foi estimado que, em comparação com adultos sem doença
oncológica, adultos com cancro apresentam duas a três vezes mais probabilidade de ter uma
perturbação afetiva, perturbação de abuso de substâncias ou uma perturbação de ansiedade
(Honda & Goodwin, 2004).
▪ A prevalência de depressão em doentes com diabetes pode ser três vezes maior do que aquela
apresentada pela população normal (Harris, 2003).
▪ CULPA: a condição é vista como uma punição por algo de errado que o doente fez; self-blame;
sentimentos de se ser um fardo para os outros e de vergonha
▪ TRISTEZA E DEPRESSÃO: a condição é vista como uma perda. As perdas reais (de um membro,
cabelo, independência, etc) apenas causam humor depressivo se forem vistas pelo indivíduo
como signiticativas
Silberfarb & Greer, 1982
PSICOIMUNOLOGIA
▪ Existe um corpo extenso de literatura a apontar o papel central do stress, psicopatologia e
fatores emocionais na causa e curso de uma variedade de condições crónicas de saúde (e.g.,
cancro, doença cardíaca, doenças inflamatórias, doenças infecciosas; Friedman et al., 1995; Gatchel &
Blanchard, 1993; Kabat-Zin, 1990; Glaser & Kiecolt-Glaser, 1994; Irnive, 2005; Prolo et al., 2002).
Processos de Diminuição da
Mudanças no
stress e resistência
sistema
fatores imunitária à
imunológico
emocionais doença
STRESS, PSICOPATOLOGIA E DOENÇA FÍSICA
▪ Podem causar a doença
Ex: plaquetas nos vasos, acidez estomacal, algumas formas de síndrome do cólon irritável
Stress, ansiedade e depressão podem provocar atividade excessiva do sistema nervoso simpático, podendo assim
serem potenciais contribuidores para a etiologia da doença cardíaca (e.g., Hickieet al., 2003).
▪ Podem influenciar a evolução da doença, associando-se a um pior prognóstico
Em doentes oncológicos, o diagnóstico de depressão major encontra-se associado a maior mortalidade (e.g., Sullivan et
al., 2016).
Mecanismos biológicos
▪ Drogas depressogénicas usadas no tratamento da doença
▪ Efeitos imunológicos ou endócrinos
Mecanismos psicológicos
▪ Autoestima ou autoeficácia perturbada
▪ Alteração da imagem corporal e/ou sentido de identidade
Mecanismos sociais
▪ Perda de papéis ou atividades sociais
▪ Isolamento, estigma, alienação
CICLO INFLAMAÇÃO/DEPRESSÃO
• Um terço dos doentes diagnosticados com depressão major apresentam níveis elevados de
biomarcadores inflamatórios periferais, mesmo na ausência de doença física.
• Doenças inflamatórias estão associadas a maiores taxas de depressão major.
• A inflamação afeta a cognição e estimula sintomas de doença (sickness behaviour), que incluem sensação de
fraqueza, letargia, perda de interesse em actividades importantes, ou perda de apetite.
• Estes comportamentos têm a função evolutiva e anti-inflamatória (adaptativa) de lutar contra infeções e
promover a cicatrização.
• A inflamação pode atuar como um fator precipitante para o aparecimento de sintomas depressivos, assim como
um fator de manutenção destes sintomas.
• Maiores níveis de inflamação, por sua vez, têm sido apontados como preditores do desenvolvimento de
depressão.
CICLO INFLAMAÇÃO/DEPRESSÃO
Sickness
behaviour
▪ É considerado que a forma como o doente lida com a sua doença influencia o impacto da
mesma em variados aspetos do seu funcionamento psicossocial e físico, inclusive na evolução da
doença (e.g., Keefer et al., 2009; Song et al., 2014; Woodlery & Salovey, 2004; Zeidner et al., 2006).
▪ Pessoas com a mesma condição crónica de saúde podem variar de forma significativa no que
diz respeito às suas respostas psicológicas à doença (Bombardier, D’Amico, & Jordan 1990; Lacroix, Martin,
Avendano, & Goldstein 1991).
IMPACTO PSICOLÓGICO DA DOENÇA FÍSICA
Mediadores não fisiológicos:
▪ Fase da doença
▪ Estado psiquiátrico pré-mórbido
▪ Personalidade
▪ Nível de suporte social disponível
▪ Religiosidade
▪ Participação em psicoterapia
▪ Estilos de coping/regulação emocional
(Atkinson, et al., 1991; Bombardier, D’Amico, & Jordan 1990; Erdal & Zautra 1995; Ebright, & Lyon 2002; Felton, Revenson, & Hinrichsen, 1984; Holland et al.,
1999; Hill, Beutler, & Daldrup 1989; Meijer, et al., 2002; Plach, Heidrich, & Waite 2003; Scharloo et al., 1998; Wider, Ahlstrom, & Ek, 2004)
Contexto socio-cultural
AVALIAÇÃO DO
IMPACTO DAS
ESTRATÉGIAS DE
COPING NA DOENÇA
REPRESENTAÇÕES
ESTRATÉGIAS DE
COGNITIVAS DA
COPING / REGULAÇÃO
DOENÇA
OUTCOMES DA DOENÇA
(estado da doença,
funcionamento físico,
ESTÍMULO funcionamento social)
SITUACIONAL (e.g.,
memórias; informação sobre
a doença, leiga ou obtida
através do profissional; OUTCOMES
experiência de sintomas) EMOCIONAIS
(Distress, bem-estar
REPRESENTAÇÕES psicológico)
ESTRATÉGIAS DE
EMOCIONAIS DA
COPING / REGULAÇÃO
DOENÇA
AVALIAÇÃO DO
IMPACTO DAS
ESTRATÉGIAS DE
COPING NA DOENÇA
MODELO DO SENSO COMUM
Representação cognitiva da doença
Identidade: inclui rótulos abstratos, como o nome da doença e está relacionada com a ideia que o
doente tem acerca da natureza da sua condição, isto é, os sintomas associados e as relações entre
eles;
Causa: inclui as ideias (medicamente comprovadas ou não) que o doente tem acerca das causas
prováveis da sua doença e que podem ser internas (e.g., fatores genéticos) ou externas (e.g., stress,
aspetos alimentares);
Duração: indica a percecção do doente quanto à duração provável dos seus problemas de saúde e
pode ser categorizada como aguda (ou de curta duração), crónica, ou cíclica/episódica;
Consequências: refletem as crenças do indivíduo acerca da gravidade da doença e o impacto
provável no seu funcionamento físico, psicológico, económico, e social;
Cura/controlo: indica até que ponto os pacientes acreditam que a sua condição é passível de cura ou
controlo.
Leventhal et al. (1997)
CRESCIMENTO PÓS-TRAUMÁTICO
▪ Experiências de mudanças psicológicas positivas experienciadas como resultado
dos esforços empreendidos para lidar com cirscunstâncias de vida altamente
ameaçadoras.
▪ Assume que é inevitável que o ser humano sinta dor e dificuldades durante a vida e
que o sofrimento humano resulta mais da forma como a pessoa lida com as essas
dificuldades do que com as dificuldades em si.
▪ Tem assim como objetivo a mudança da forma como o doente lida com as suas
experiências internas difíceis/aversivas, promover ações congruentes com os seus
valores (direções de vida), e, dessa forma, aumentar a sua flexibilidade psicológica.
TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO
ACCEPTANCE AND COMMITMENT THERAPY (ACT; HAYES, STROSAHL, & WILSO N, 1999)
É baseada em parte numa teoria acerca da linguagem e cognição humana (relational frame
theory; Hayes, Barnes-Holmes, Roche, 2001), que tem as seguintes implicações:
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=XvnEn1Y-gcQ
TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO
ACCEPTANCE AND COMMITMENT THERAPY (ACT; HAYES, STROSAHL, & WILSO N, 1999)
▪ Considera-se que a ACT tenha mais utilidade do que outros modelos psicoterapêuticos
no contexto de condições crónicas de saúde (Angiola & Bowen, 2013; Graham et al., 2015; Hadlandsmyth,
White,Nesin, & Greco, 2013; Low et al., 2012; Whittingham, 2014).
Uma pessoa com diabetes pode tentar controlar sentimentos de culpa ou vergonha ao evitar testar os
niveis de glicose regularmente, enquanto que uma pessoa com HIV pode tentar controlar pensamentos
relacionados com alteração de identidade através da não comparência a consultas médicas.
Estes dois comportamentos são diferentes na sua apresentação, mas funcionalmente equivalentes.
Ambos são mantidos porque promovem evitamento experencial.
COMPETÊNCIAS PRINCIPAIS DO TERAPEUTA ACT
▪ Fala com o doente de um ponto de vista compassivo e genuíno, respeitando a sua inerente
capacidade para a mudança.
▪ Está disponível para a auto-revelação quando for de interesse para o doente.
▪ Adequa métodos e exercícios à experiência do doente, assim como à sua cultura e nível
educacional.
▪ Utiliza exercícios experenciais, paradoxos e metáforas, desenfatizando interpretações
literais dos mesmos.
▪ Provoca ênfase na experiência do doente, e não nas suas opiniões.
▪ Não argumenta, ralha, coerce ou tenta convencer o doente.
▪ Reconhece processos de flexibilidade no momento em que eles acontecem e reforça-os dentro
da relação terapêutica.
(Luoma, Hayes, & Walser, 2007)
FLEXIBILIDADE PSICOLÓGICA
Capacidade de estar no momento presente com atenção plena e abertura à
experiência e de tomar ações guiadas por valores pessoais.
Evitamento Confusão
experencial acerca de valores
Inflexibilidade
Psicológica
Inação,
Fusão
impulsividade
cognitiva
Eu concetualizado
EVITAMENTO EXPERENCIAL
▪ Processo definido pela tentativa de evitamento ou controlo do conteúdo,
intensidade ou frequência de experiências internas aversivas.
Exemplos de evitamento experiencial no contexto de doença:
Tentativa de supressão de pensamentos ou emoções relacionados com o diagnóstico
Reduzida adesão a prescrições médicas por provocarem efeitos secundários não desejados ou que
o doente considera muito aversivos
Ideação/tentativa de suicídio
FUSÃO COGNITIVA
▪ Definida pelo “emaranhamento” com o conteúdo verbal dos pensamentos (i.e.,
pela consideração dos pensamentos como interpretações verdadeiras da
realidade).
Exemplos:
Um fumador com cancro pode ficar fusionado com a ideia de que os hábitos tabágicos lhe
causou o cancro e ruminar o resto da vida acerca das suas escolhas pouco saudáveis, levando a
mais sofrimento e distress.
Um doente com diabetes pode-se fusionar com o pensamento de que a insulina o engorda e
que isto deve ser evitado, levando-o a falhar injeções (evitamento experencial).
Um doente com colite ulcerosa e com risco acrescido de desenvolver cancro, pode ficar
fusionado com o pensamento “se for diagnosticado com cancro não vou aguentar” e deixar de
comparecer a colonoscopias de rotina (evitamento experencial).
DOMINÂNCIA DO PASSADO/FUTURO
Exemplos:
▪Foco de atenção em eventos traumáticos (e.g., diagnóstico, cirurgia, quimioterapia)
▪Preocupação excessiva com potenciais efeitos secundários do tratamento ou evolução da doença
EU CONCETUALIZADO
▪ Refere-se à ideia que o doente tem dele mesmo e às histórias que a sua
mente criou acerca do eu.
▪ Não são influenciados por fatores externos (e.g., o que é esperado pela
sociedade).
Relações amorosas
Parentalidade
Relações familiares
Amizade / Relações sociais
Emprego
Educação/Formação
Recreação/Lazer
Espiritualidade
Cidadania
Saúde
FALTA DE CLAREZA DE VALORES
Em ambos os exemplos, possíveis valores relacionados com saúde (e.g., “quero cuidar de
mim”, “ser o mais saudável possível”) estão a ser negligenciados.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-i4IwA5MZ1c
CASO EXEMPLO
▪ João – 32 anos, designer gráfico
▪ Diagnóstico de síndrome do cólon irritável crónico, humor deprimido, queixas frequentes de dor
e desconforto abdominal
▪ Pouca motivação, sentimentos de derrota por já ter tentado muitos tratamentos (aconselhados
pelo médico e outros que encontrou na internet) para controlar a doença que não resultaram
▪ Deixou de estar com os amigos, mudou de emprego para estar mais tempo sozinho
(freelancer), terminou a relação com a namorada, deixou de fazer exercício – atividades que
afirma dantes serem importantes para ele
FORMULAÇÃO DE CASO: ANÁLISE FUNCIONAL
▪ Luta com: sintomas, crenças / pensamentos, emoções, sensações físicas
Inflexibilidade Flexibilidade
Psicológica Psicológica
Eu concetualizado Eu observador
Flexibilidade
Psicológica
Eu observador
Processos relacionados com
Mindfulness
ACEITAÇÃO
MENTE COMO MÁQUINA DE RESOLVER PROBLEMAS
▪ A resolução de problemas através do controlo é eficaz no mundo físico, mas
não no mundo interno – perspetiva evolutiva do funcionamento da mente.
▪ A mente humana tenta antecipar e prevenir a todo o custo o desconforto e,
quando já está presente, de o suprimir/evitar.
▪ Consequências frequentes do evitamento:
▪ É pelo contrário um processo ativo que implica coragem e motivação para uma
viver vida valorizada.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=tPiEd3UmoQ0
“Note como quando não monitoriza a sua glicose, fica protegido dos sentimentos de falhanço (caso a
glicose não estivesse com níveis adequados… mas a longo prazo, quais são os custos disso?
DESFUSÃO COGNITIVA
▪ Processo através do qual a pessoa consegue observar a sua experiência interna de forma distanciada,
interpretando-a como transitória e subjetiva.
▪ Através da promoção da desfusão cognitiva é possível diminuir a influência das cognições negativas no
comportamento.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=lz-1Jrma98Y
“Que tipos de pensamentos a sua mente lhe dá quando considera usar a sua cadeira de rodas? Em vez de lutar
com esses ou acreditar neles, o que aconteceria se deixasse esses pensamentos passar enquanto se foca em fazer
algo importante para si… estaria mais disponível para usar a sua cadeira de rodas”
CONTACTO COM O MOMENTO PRESENTE
▪ Capacidade de observar a experiência interna sem julgamento, tendo atenção
plena ao momento presente. É principalmente desenvolvida através de
exercícios de mindfulness.
“O que acontece quando está a lutar com o medo de a sua doença muscular estar a progredir?
Perde foco acerca de onde está, com quem está, e do que está a fazer?”
EU OBSERVADOR
▪ Este processo relaciona-se com a capacidade de reconhecer a distinção entre
experiências internas e quem as está a experenciar.
▪ É a capacidade de experenciar que somos o contexto (ou o local) onde o que nos
acontece e a nossa história coordenam as experiências psicológicas e os
comportamentos que temos.
▪ É assim, a capacidade de o indivíduo não se fusionar com as suas experiências e as
histórias que a mente criou acerca da sua identidade.
▪ Para uma pessoa com uma condição crónica isto pode passar pela distinção entre se
sentir doente e “ser” doente, entre ter sintomas e “ser definido” por esses sintomas ou
pela respetiva doença.
EU OBSERVADOR
▪ O desenvolvimento do eu observador passa pela capacidade de deixar de rotular o eu
com descrições e avaliações verbais.
▪ O eu passa a ser visto como o observador de todas as experiências que o indivíduo tem
(pensamentos, emoções, sensações e as próprias crenças acerca do eu).
“Diz que ‘tenho de ser a pessoa forte’ e que ter esclerose múltipla torna isso difícil. O que
aconteceria se deixasse esse rótulo? O que faria de forma diferente?”
CLAREZA DE VALORES
▪ A identificação de valores de vida é essecial para a clarificação daquilo que
constituirão ações comprometidas e daquilo que é importante que o doente esteja
disponível para aceitar.
▪ A utilização da metáfora “Festa de aniversário dos 100 anos” pode ser útil para
a clarificação de valores.
“Tem mencionado que gosta muito de passar tempo com os seus netos… será que aderir
ao seu regime de tratamento a ajudará a fazer mais isso?”
AÇÃO COMPROMETIDA
▪ É definida pela realização de comportamentos relacionados congruentes com valores.
▪ Em terapia, será importante começar pela clarificação de valores e de objetivos específicos antes
de definir ações comprometidas.
▪ É importante também ter em conta que para todas as ações comprometidas existirão obstáculos
(i.e., experiências internas difíceis), que, para serem ultrapassadas, deverão estimular respostas de
aceitação, desfusão e de contacto com o momento presente.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=NdaCEO4WtDU
“Sei que a sua condição pede muito de si, mas qual é o passo mais pequeno que pode
tomar para garantir que está a fazer progresso com os seus valores?”
PASSOS DA TERAPIA
1. Avaliação
2. Formulação de caso
3. Desesperança criativa
7. Trabalho continuado com vista à vivência de uma vida valorizada, com menos tentativas de
controlo (“lutas”) através da promoção de disponibilidade, desfusão, e mindfulness.
Exercício
AVALIAÇÃO prático
(Ficha):
construção
de caso
▪ Por que razão o doente procura ajuda?
▪ Qual é a “luta”?
2. Formulação de caso
3. Desesperança criativa
7. Trabalho continuado com vista à vivência de uma vida valorizada, com menos tentativas de
controlo (“lutas”) através da promoção de disponibilidade, desfusão, e mindfulness.
ROLE PLAY:
ANÁLISE FUNCIONAL E DESESPERANÇA CRIATIVA
Role Play
DESESPERANÇA CRIATIVA
▪Tem como objetivo promover disponibilidade para responder às experiências
internas difíceis de forma diferente
2. Formulação de caso
3. Desesperança criativa
7. Trabalho continuado com vista à vivência de uma vida valorizada, com menos tentativas de
controlo (“lutas”) através da promoção de disponibilidade, desfusão, e mindfulness.
ROLE PLAY:
EXERCÍCIOS PARA A PROMOÇÃO DA DESFUSÃO E
ACEITAÇÃO
ROLE PLAY:
Exercício
EXERCÍCIOS PARA A PROMOÇÃO DA DESFUSÃO E prático
ACEITAÇÃO
EXERCÍCIO EXPERENCIAL:
PHYSICALIZING
PASSOS DA TERAPIA
1. Avaliação
2. Formulação de caso
3. Desesperança criativa
7. Trabalho continuado com vista à vivência de uma vida valorizada, com menos tentativas de
controlo (“lutas”) através da promoção de disponibilidade, desfusão, e mindfulness.
EXERCÍCIO:
ÁREAS VALORIZADAS E AÇÃO COMPROMETIDA
RECURSOS BIBLIOGRÁFICOS
Boyer, B. A., Paharia, M. I. (2008). Comprehensive Handbook of Clinical Health Psychology. NY: John
Wiley and Sons, Inc.
Ciarrochi, J., & Bailey, A. (2008). A CBT-practitioner's guide to ACT: How to bridge the gap between
cognitive behavioral therapy and acceptance and commitment therapy. New Harbinger Publications.
McCracken, L. (Ed.). (2011). Mindfulness and acceptance in behavioral medicine: Current theory and
practice. New Harbinger Publications.
https://contextualscience.org/resources
https://www.actmindfully.com.au/