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GESTÃO DE

CUSTOS
Prof. Francisco Aristides Neves Garcia

texto e exercícios

2017.2

GESTÃO DE CUSTOS - 1 -
1. GESTÃO DE CUSTOS

No mundo moderno globalizado e altamente concorrente, em que a tecnologia


passa a ter cada vez mais influência que a Mão de obra, na formação do custeio de
produção, é fundamental que as organizações, de qualquer tipo, passem a entender que
os custos, como sistema gerencial, têm relevância na tomada de decisão e são aplicados
a qualquer entidade com ou sem finalidade lucrativa seja ela da iniciativa pública ou
privada.

Essa ampla integração globalizada dos negócios e a inovação tecnológica


passaram a requerer mais atenção, maiores cuidados e informações mais ágeis e
relevantes, sobre os custos, desempenho operacional, processamento produtivo, serviços
realizados e clientes conquistados. Sob tal enfoque as empresas começaram a
aperfeiçoar seus sistemas de custeio visando, preferencialmente, alcançar os seguintes
objetivos:
a. Projetar produtos e serviços que atendam às necessidades dos clientes, mas
que sejam capazes de gerar lucros satisfatórios;
b. Identificar o que é preciso aprimorar, de forma continua ou específica, para ter
melhoria na qualidade, redução de preço e rapidez de suprimento;
c. Contribuir para o aperfeiçoamento técnico da produção e respectiva
produtividade;
d. Orientar a administração no plano produtivo, composição da linha e produtos e
nas decisões sobre investimentos a serem realizados;
e. Permitir a escolha de fornecedores e respectivas condições de compra;
f. Estruturar as atividades de acordo com o público alvo e mercado a ser atingido.

GESTÃO DE CUSTOS - 1 -
É indispensável no mundo empresarial moderno, em qualquer tipo de empresa ou
negócio, inclusive nas prestadoras de serviços, que sejam adotadas práticas gerenciais
que permitam, de modo constante e confiável:
1. Identificar e apurar o custo dos produtos e serviços, a serem vendidos.
2. Estabelecer o valor dos estoques dos produtos, para o registro da contabilidade
financeira contemplando, igualmente, as imposições fiscais;
3. Gerar informações relevantes, fidedignas e tempestivas que auxiliem na
redução do grau de incerteza, na tomada de decisão;
4. Possibilitar o gerenciamento dos preços de venda, para ter produtos com
preços competitivos capazes de gerar o máximo lucro possível;
5. Identificar a melhor linha de produtos (mix) a ser produzida e comercializada;
6. Criar condições operacionais que permitam o controle ao longo de todo o
processo produtivo de acordo com o planejamento orçamentário visando avaliar o
desempenho, quantitativo e qualitativo dos negócios, dos gestores e dos executores dos
planos.

De acordo com J.M.Clark (1923), que cunhou a expressão “diferentes custos para
diferentes propósitos”, a contabilidade de custos deve evidenciar as seguintes finalidades
fundamentais:

1. Avaliação do estoque – informação sobre o valor contábil dos estoques, em


todos os níveis da produção, tais como Matéria prima, produtos em elaboração e produtos
acabados, necessários para o levantamento do resultado do exercício e elaboração do
balanço patrimonial.

2. Determinação de preços – informação sobre o comportamento da


concorrência e da demanda e custo de produção para que os preços a serem fixados
gerem o maior lucro possível e sejam, igualmente, competitivos.

3. Controle de desempenho – informações que permitam o efetivo controle


gerencial do desempenho operacional tanto no que se refere ao planejamento
orçamentário, quanto à própria elaboração desse mesmo planejamento e sua respectiva
execução,

4. Tomada de decisão – informações que permitam agilidade na tomada de


decisão com o menor grau de incerteza possível é neste aspecto que o custeio variável,
direto ou marginal tem a principal finalidade de sua existência.

1.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS: FERRAMENTA DECISORIAL

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Uma das principais características da contabilidade é a de ser um sistema de
informação e avaliação que oferece aos usuários demonstrações e análises de natureza
econômica, financeira e desempenho produtivo.
A contabilidade de custos é um instrumento gerencial gerador de informações
permanentes e confiáveis, que vão além das imposições legais de ordem societária e
tributária feitas à contabilidade financeira.
Para melhor compreensão e entendimento cabe, de forma clara e objetiva,
apresentar o conceitual teórico dessas duas áreas da atuação contábil.

Contabilidade gerencial - estuda as informações necessárias aos gestores


internos das entidades, responsáveis pela tomada de decisão e controle operacional das
mesmas;

Contabilidade financeira - estuda os fenômenos administrativos e operacionais


para fornecer informações, principalmente aos usuários externos, tais como acionistas,
fornecedores, credores e outros, através das demonstrações contábeis.

Aprofundando a análise das principais características de cada modalidade pode-se


estabelecer este quadro comparativo entre a contabilidade gerencial e contabilidade
financeira;

CONTABILIDADE GERENCIAL VERSUS CONTABILIDADE FINANCEIRA

CONTABILIDADE DE CONTABILIDADE
ENFOQUE
CUSTOS FINANCEIRA

Administradores internos, Administradores internos e


PRINCIPAIS usuários externos (acionistas
nos vários níveis da
USUÁRIOS / credores / governo /
estrutura organizacional.
fornecedores)

Não tem qualquer restrição


LIBERDADE DE Princípios fundamentais de
de atuação, além do
ATUAÇÃO contabilidade e lei societária.
enfoque custo X
benefício.
Orientação focada no
ENFOQUE Orientação focada no
presente e no futuro a
TEMPORAL passado. Avaliação histórica
valores históricos e
projetados.
Detalhados, mas que só são Resumidos, mas voltados
RELATÓRIOS
voltados para parte da para a empresa, como um
empresa. todo.

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OBJETIVO DOS Controle e avaliação de Análise patrimonial,
RELATÓRIOS custos para melhorar o econômica e financeira.
desempenho.

PRAZOS Flexíveis, mas tempestivos. Estabelecidos pela Lei

BASES DE Bases múltiplas (corrente, Moeda corrente


MEDIÇÃO índices, dólar etc.)

1.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS: ASPECTOS ESPECÍFICOS

A contabilidade de custos, objetiva fundamentalmente a atender a duas funções


específicas - controle e decisão,
Neste campo tem relevância à contribuição da contabilidade de custos como fonte
geradora de informações, utilizadas na gestão empresarial, sob dois enfoques acessórios:

Auxílio ao controle – formalizado pela emissão de dados e relatórios direcionados ao


controle da produção permitindo o estabelecimento de padrões produtivos e de custos,
orçamentos e outros tipos de planejamento e projeções.

Instrumento auxiliar na tomada de decisão – mediante a geração de informações


precisas e relevantes, de forma continua e confiável, que permitam avaliar o impacto, de curto e
longo prazo, nos resultados operacionais, para um gerenciamento eficaz das medidas de
produção, execução, terceirização, eliminação de produtos etc. seja realizado com o menor grau
de incerteza possível.
Nesta função o custo gerencial se constitui num mecanismo voltado para a melhoria
continuada dos processos produtivos com atuação estratégica para a obtenção de vantagem
competitiva. Para alcançar esse objetivo o modelo contempla fatos tradicionais históricos, com
ênfase contábil e fiscal e o planejamento de longo prazo, visando:

 Possibilitar a elaboração de cenários e simulações;

 Estabelecer parâmetros de custo, qualidade e desempenho das informações


financeiras, operacionais e estratégicas;

 Evidenciar a realidade operacional e a busca por melhoria dos processos;

 Simplificar os relatórios gerenciais tornando-os diretos e objetivos;

 Descomplicar e unificar a linguagem entre as áreas técnicas e administrativas;

 Dar suporte técnico às tomadas de decisão;

 Planejaro futuro

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Por outro lado o custo apresenta alguns aspectos negativos, destacando-se dentre eles.

 Enfoque meramente histórico para atender às imposições societárias e


fiscais;

 Demora entre o encerramento dos dados reportados e sua respectiva


divulgação;

 Distanciamento temporal significativo entre a realização de mudanças no


processo produtivo e o correspondente conhecimento das mesmas, pelos gestores, provocando
demora na identificação do custeio de alguns produtos chegando, até, ao desconhecimento da
existência de áreas com ociosidade ou gargalos produtivos;

 Redução de custos direcionada, preferencialmente, para a Mão de obra vez


que os demais insumos utilizados na produção, por serem fixos por unidade, não permitem
avaliações mais detalhadas capazes de indicar alternativas para que ela ocorra;

 Falta de maiores cuidados com os itens indiretos de custos, cuja


participação vem crescendo substancialmente, impulsionados pela utilização de alta tecnologia,
alocada aos produtos por rateio, em bases mais ou menos aleatórias, levando a concentrar
esforços sobre a análise dessa mesma base e não sobre os itens indiretos que efetivamente a
constituem;

 Substituição da Mão de obra direta pela contratação de serviços


terceirizados deslocando a atuação produtiva para a de compra de fatores de produção
aumentando, com isso, o risco produtivo.

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EXERCÍCIOS

1. Assinalar Falso (F) ou Verdadeiro (V):


A Contabilidade de Custos é mais ampla do que a Contabilidade Gerencial.
O conhecimento do custo é vital para se saber, dado o preço, se um produto é
lucrativo ou não, e quanto.
A Controladoria e a Tecnologia de Informação vêm criando sistemas de informação
que permitem um melhor e mais ágil gerenciamento de custo.
O papel da Contabilidade de Custos, no que tange a decisões, é fazer alimentação
do sistema sob valores relevantes apenas no curto prazo.
O papel da Contabilidade de Custos, no que tange a decisões, é fazer alimentação
do sistema sob re valores relevantes apenas tanto no curto quanto no longo prazo.
Lucro Bruto é o confronto das receitas com o custo e aquisição das mercadorias
ou produtos vendidos.
Somente indústrias manufatureiras devem se utilizar da Contabilidade de Custos.
Em empresas prestadoras de serviços, a Contabilidade de Custos pode ser
utilizada para dar suporte ao processo de gestão: planejamento, execução e
controle das atividades.
A contabilidade de Custos tem um escopo mais amplo que a Contabilidade
Gerencial.

2. Assinalar a alternativa correta:


i. As funções gerenciais mais relevantes da Contabilidade de Custos são:
a) Auxílio ao controle e apuração do Imposto de Renda.
b) Ajuda à tomada de decisão e levantamento de Balanço.
c) Auxílio ao controle e ao processo de tomada de decisão.
d) Valoração de estoques físicos e tomada de decisões.
e) Auxílio ao controle e valoração dos estoques físicos.

ii. Quanto à função Gerencial de controle, pode-se afirmar que a Contabilidade de


Custos é importante para:
a) Apenas auxiliar na avaliação dos estoques físicos.
b) Fornecer dados para fixar padrões de comparação.
c) Apenas auxiliar na avaliação dos lucros globais.
d) Auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais.
e) Auxiliar Ana preparação de demonstrações contábeis.

iii. 3. Um exemplo de informação gerada pelos Sistemas de Custos é:


[ ] Lucro do período. [ ] Índice de liquidez.
[ ] Custo por unidade. [ ] Lucro por ação. [ ] Dividendos a pagar.

iv. Não é informação gerada por um Sistema de Custos


a) Valor dos estoques.
b) Custo das perdas.
c) Custo por departamento.
d) Duplicatas a receber.
e) Custo por etapa do processo.

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v. Como exemplo de decisão gerencial que pode ser subsidiada pelo Sistema de
Custos temos:
1. Distribuição de ações aos sócios.
2. Constituição de reserva legal.
3. Pagamento de multas ambientais.
4. Administração de preços de venda.
5. Manutenção da conta “Caixa e Bancos”.

vi. Como exemplos de elementos fabris de custos de empresa de manufatura, podem-


se citar:
a) Depreciação de equipamentos e compra de ações.
b) Refugos, sobras e salários da alta administração.
c) Mão de obra, matérias-prima, sobras e refugos.
d) Energia, material de escritório e salário da contabilidade.
e) Material de escritório, telefone e material de embalagem.

vii. Uma entidade objeto de custeio é:


a) Uma pessoa física ou jurídica organizacional.
b) O montante de custos de um produto ou serviço.
c) Uma variável aleatória importante para os gestores.
d) Qualquer coisa cujo custo seja importante conhecer.
e) O custo e o benefício de determinada decisão tomada.

viii. Não é objeto de custeio:


a) Decisão
b) Produto.
c) Atividade.
d) Processo.
e) Departamento.

ix. São exemplos de decisões normalmente tomadas com base em informações de


custos:
a) Concessão de descontos sobre preços.
b) Estabilidade e declínio do produto no mercado.
c) Crescimento e maturidade do produto no mercado.
d) Elaboração de Balanço e Demonstração do Resultado.
e) Retaliação de novos concorrentes entrantes no mercado.

x. Informações de custos tendem a ser mais úteis em situações de:


[ ] Cartel. [ ] Oligopólio.
[ ] Monopólio. [ ] Capitalismo.
[ ] Concorrência.

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1.3 CONTABILIDADE DE CUSTOS: CONCEITOS E TERMINOLOGIA

Conceito de custos

Custo - é o somatório dos bens e serviços consumidos ou utilizados na


produção de novos bens ou serviços, traduzidos em unidades
monetárias.

Terminologia utilizada pela contabilidade de custos

Qualquer sacrifício econômico-financeiro em que a


organização incorre para criar condições para obter um
GASTO produto ou serviço. Tal sacrifício é representado pela
entrega ou promessa de entrega de ativos. O conceito
se aplica indistintamente a investimento, custo,
despesa e perda.

Gasto ativado em função da vida útil que objetiva a


INVESTIMENTO
realização de benefícios futuros.

Gasto realizado para a obtenção de produtos ou


CUSTO serviços a oferecer, para suprir as necessidades do
mercado consumidor. O custo implica no consumo de
um bem ou serviço utilizado na produção de outros
bens ou serviços.

Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente com


DESPESA
o objetivo de gerar uma receita imediata.

Pagamento efetivo dos gastos de qualquer natureza. O


DESEMBOLSO
desembolso ocorre quando o pagamento do gasto é
realizado.

Consumo de bem ou serviço de forma anormal,


involuntária, ou extraordinária. As perdas podem ser
classificadas como:
PERDA Perda técnica – quando o consumo do bem ou serviço
é previsto, estimado ou esperado.
Perda eventual – quando o consumo do bem ou
serviço não é previsto nem esperado, logo não é
estimado.

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Ingresso de recursos para o patrimônio sob a forma de
RECEITA
bens ou direitos advindos da venda de bens ou
serviços.
Acumulação e distribuição de gastos para bem atender
CUSTEIO
à produção de um bem ou realização de serviço

Caso prático – a Industria Marques Ltda, apresentou a seguinte relação de gastos:

Contas G I C D
01. Comissões sobre vendas 25.000
02. Conservação / manutenção fábrica 175.000
03. Depreciação da fábrica 150.000
04. Despesas com telefones – vendas 12.500
05. Energia elétrica / fábrica 212.500
06. Estoque produtos acabados 250.000
07. Estoque produtos em elaboração 85.000
08. Estoque dos materiais diretos 120.000
09. Folha de pagamento / fábrica 300.000
10. Juros pagos a fornecedores 125.000
11. Material de consumo da fábrica 37.500
12. Material escritório / administração 12.500
13. Matéria prima consumida 875.000
14. Ordenados / administração 225.000
15. Retirada dos sócios 50.000
16. Seguros do parque fabril 25.000
17. Transporte entrega de produtos 112.500
Total dos gatos 2.792.500

Apresentar o valor dos Investimentos, Custos e Despesas da companhia Marques.

GESTÃO DE CUSTOS - 9 -
EXERCÍCIOS

1. Classifique os eventos a seguir em Investimento (I), Custo (C), Despesa (D) ou


Perda (P):
Compra de Matéria prima
Consumo de energia elétrica no prédio da administração
Consumo de energia elétrica na fábrica.
Utilização de Mão de obra.
Gastos com o pessoal do faturamento (salário)
Aquisição de máquinas para serem utilizadas na linha de produção.
Depreciação das máquinas
Combustível para o funcionamento das máquinas
Remuneração do pessoal da contabilidade geral (salário)
Pagamento dos honorários da administração
Utilização da Matéria prima (transformação)
Aquisição de embalagens.
Deterioração do estoque de Matéria prima por enchente.
Remuneração do tempo do pessoal em greve.
Geração de sucata no processo produtivo.
Estrago acidental e imprevisível de lote de material.
Comissões proporcionais às vendas.

2. Assinalar Falso (F) ou Verdadeiro (V) à luz da terminologia contábil:


Ao comprar Matéria prima, há uma despesa.
Gasto é o sacrifício financeiro com que uma entidade arca para a obtenção de bens e
serviços.
Custo é incorrido em função da vida útil ou de benefícios atribuídos a futuros períodos
aos bens e aos serviços produzidos.
O custo é incorrido no momento da utilização, consumo ou transformação dos fatores
de produção.
Perdas são bens e serviços consumidos de forma anormal e involuntária.
Cada componente do processo de produção é uma despesa que, no momento da
venda, transforma-se em perda.
Só existem custos em empresas industriais de manufatura; nas demais, só há perdas.
Gastos com folha de salários da Mão de obra, durante um período de greve
prolongada, são custos de produção do período contábil em questão.
Não se confunde perda com despesa, uma vez que a primeira envolve os conceitos de
imprevisibilidade e involuntariedade.
Perdas são itens debitados diretamente ao resultado do período contábil em que
ocorrem.

3. Classifique os eventos descritos a seguir, relativos a um banco comercial, em


Investimento (I), Custo (C), Despesa (D) ou Perda (P), seguindo a terminologia contábil.
Compra de impressos e material de escritório.
Gastos com salários do pessoal operacional das agências.
Gastos com transporte de numerário (carro forte).
Utilização de impressos para acolher depósitos.
Reconhecimento de crédito como não recebível
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Consumo de material de escritório na administração.
Remuneração do pessoal da Contabilidade Geral.
Remuneração de gerentes.
Depreciação de prédio de agências.
Depreciação do prédio da sede administrativa do banco.
Desfalque de valores por fraude.
Desfalque de valores por assalto.
Manutenção do sistema de processamento de dados.

4. Classifique os eventos descritos a seguir, relativos a uma indústria de manufatura,


em Investimento (I), Custo (C), Despesa (D) ou Perda (P), seguindo a terminologia
contábil.
Compra de Matéria prima.
Consumo de energia elétrica.
Gastos com Mão de obra.
Consumo de combustível.
Gastos com o pessoal do faturamento (salário).
Aquisição de máquinas.
Depreciação e máquinas.
Consumo de Matéria prima.
Aquisição de embalagens.
Remuneração de tempo do pessoal em greve.
Consumo de embalagens

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2. SISTEMAS DE CUSTOS

2.1 ASPECTOS GERAIS

A implantação de um sistema de custos requer algumas medidas preliminares, tais


como:

 Consciência que um sistema de custos não resolverá todos os problemas da


empresa, embora possa ajudar a resolvê-los;

 Qualquer sistema precisa de aprimoramento permanente para manter sua


eficácia;

 O sucesso ou fracasso de um sistema depende diretamente do pessoal que o


alimenta e o faz funcionar;

 Investimento no treinamento e desenvolvimento do pessoal para permitir o


adequado uso do ferramental;

 Necessidade de agir com prudência para minimizar as resistências internas,


certas e inevitáveis, a um mínimo aceitável;

 Conscientização de que um sistema de custos implica no aprimoramento do


controle quantitativo (físico) e qualitativo (monetário), para todos os seus componentes.

 Entendimento que a utilização de um sistema de custos “importado”, de outra


empresa ou, até mesmo, de outra filial envolve sempre um risco potencial;

 Compreender que a regra básica, na implantação de sistema de custos, reside


no binômio Custo x Benefício. Sua implementação deve ser sempre precedida do
questionamento:

O custo para implantar e manter o sistema é


maior que o benefício que ele irá ensejar?

O sistema só deve ser implantado se o estudo realizado levar a uma resposta negativa.

2.2 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS APLICÁVEIS

Como visto anteriormente, a contabilidade de custos constitui-se num dos ramos da


contabilidade geral usualmente denominada de contabilidade financeira. Em decorrência
dessa característica a contabilidade de custos adota, na sua execução, todos os

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princípios contábeis Entretanto, por não ter limitações rígidas, impostas pelos aludidos
princípios, alguns deles têm maior grau de aplicabilidade prática que outros, a saber:

CORRENTE ACADÊMICA (USP) CORRENTE OFICIAL (CFC)


Princípios propriamente ditos: Princípio:
Realização da receita e confrontação das Da Competência.
despesas.
Custo histórico como base de valor. Do Registro pelo valor original.
Convenções
Conservadorismo Prudência
Consistência Oportunidade
Materialidade

2.3 CUSTEIO

2.3.1 O QUE É?

Acumulação e distribuição de
CUSTEIO gastos para atender a um
objetivo específico

CUSTEIO

GASTOS EM

Investimentos Custos Despesas Perdas

PARA ATENDER OBJETO DE CUSTO ESPECÍFICO

      
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BENS SERVIÇOS -
2.3.2 Objetos do custo específico - exemplos

Objeto de custo Descrição do objeto


Produto Um computador de uso pessoal
Serviço Ligações telefônicas realizadas pelas operadoras de
telefonia
Projeto Montagem de um parque industrial
Cliente Usuário dos serviços cadastrais
Categoria de marcas Todas as bicicletas produzidas pela fábrica “XYZ”
Atividade Teste para avaliar a qualidade das armações dos óculos
Programa Aprimoramento da caligrafia na 2ª série

2.3.3 Critérios de custeio

CUSTEIO POR Apropriação dos custos variáveis e fixos, aos


ABSORÇÃO produtos.
CUSTEIO VARIÁVEL Apropriação somente dos custos variáveis, aos
produtos.
CUSTO PADRÃO Meta de custos, que pode utilizar, indistintamente, o
custeio por absorção ou variável.

2.3.3 Casos especiais de custos

Situação Tratamento

Encargos Financeiros Qualquer que seja a sua origem não deverão ser
tratados como custos. Seu reconhecimento deve
ser feito sempre como despesa.
Gastos na produção que não O tratamento destes gastos é determinado pelas
são considerados como custo: respectivas características dos mesmos.
(a) Fabricação para uso (a) Ativo imobilizado
próprio (b) Ativo imobilizado ou despesa
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(b) Manutenções e reformas

2.4 CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS

2.4.1 Em relação à alocação aos produtos:

Custos diretos – quando podem ser plenamente identificados com o produto ou


serviço

Exemplo: Matéria prima consumida (MATc);


Mão de obra direta (MOD)
Embalagem obrigatória
Custos indiretos – quando ocorrem no processo produtivo, mas não identificados
com o produto ou serviço sendo alocados aos mesmos, através de um rateio;

Exemplo: Mão de obra indireta (MOI); e


Depreciação fabril.

2.4.2 Em relação ao volume da produção

Custos variáveis: são aqueles que estão relacionados com o volume de


produção sofrendo alterações, diretamente proporcionais, às variações ocorridas, para
mais ou menos, na quantidade produzida,. Os custos variáveis são fixos, por unidade
produzida. Não correspondem, necessariamente, ao custo direto, uma vez que
contemplam outros elementos, além da Matéria prima e Mão de obra direta, desde que
sofram a influência direta da quantidade produzida.
Exemplo: Matéria prima consumida;
Mão de obra direta;
Energia elétrica (força) consumida no processo produtivo etc.

Custos fixos – são aqueles que não estão relacionados com o volume da
produção não sofrendo qualquer alteração com as variações, para mais ou menos, da
quantidade produzida. Os custos fixos são variáveis por unidade produzida.
Exemplo: Aluguéis;
Manutenção e depreciação;
Energia elétrica alheia ao processo produtivo etc.

2.4.3 Em relação às características da produção

CUSTO PRIMÁRIO Soma de MAT + MOD


CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO Soma de MOD + CIF
CUSTO DE FABRICAÇÃO Soma de MAT + MOD + CIF
CPV Custo dos produtos vendidos no período

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2.4.4 Formação do custo de produção
Genericamente, o custo de produção é formado por todos os gastos necessários
para transformar a Matéria prima em produtos acabados, sejam eles consumidos de
forma plenamente identificada com o bem produzido (custos diretos) ou de forma não
identificada, logo, por rateio, (custos indiretos), como pode ser observado no quadro a
seguir.

MATÉRIA PRIMA DIRETA


CUSTOS
MÃO-DE-OBRA DIRETA
DIRETOS
EMBALAGEM (obrigatória)
CUSTO DA
(+) PRODUÇÃO
MÃO-DE-OBRA INDIRETA
GASTOS
MATERIAL INDIRETO GERAIS DE
FABRICAÇÃO
OUTROS INDIRETOS

2.4.4 Fórmulas dos custos de produção

Custo primário – somatório da matéria prima consumida e Mão de obra direta

CPr Custo primário


CPr = MATc + MOD MATc Matéria prima consumida
MOD Mão de obra direta

Custo de transformação – é o esforço de produção da empresa representado


pelo somatório dos custos de produção exceto Matéria prima consumida e gastos com
insumos adquiridos prontos (materiais diversos)

CT Custo de transformação
CT = MOD + CIF (menos insumos) MOD Mão de obra direta
CIF Custos indiretos de fabricação

Custo de produção - o conjunto de materiais e esforço de produção da empresa


para obtenção de seus produtos, num determinado período produtivo.

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O custo da produção ou fabricação representa tudo o que foi consumido num
determinado período produtivo independentemente dos produtos terem sido acabados ou
não.

CP Custo da produção ou
CF Custo de fabricação
CP/CF = MATc + MOD + CIF MATc Matéria prima consumida
MOD Mão de obra direta
CIF Custos indiretos de fabricação

Custo dos produtos acabados ou custo dos produtos fabricados – é o custo


dos produtos concluídos num determinado período produtivo. O custo dos produtos
acabados representa os custos atribuídos aos produtos efetivamente acabados
(fabricados) num determinado período.
Atente-se que o Custo da Produção (CP) representa os custos incorridos no
período enquanto que o custo dos produtos acabados diz respeito, tão somente, aos
custos atribuídos aos produtos acabados nesse mesmo período sendo, portanto, afetado
pelos produtos que não foram concluídos, no período produtivo anterior e aqueles que
ainda se encontram em produção ao termino do período produtivo atual.

CPA Custo dos produtos acabados ou


CPF Custo dos produtos fabricados
CPA /CPF = CP + EIPE - EFPE CP Custo da produção
EIPE Estoque inicial produto em
elaboração
EFPE Estoque final produto em
elaboração

Custo dos produtos vendidos (CPV) – é o custo dos produtos vendidos num
determinado período, tenham sido ou não produzidos nesse mesmo período. Se nenhum
produto for comercializado o custo dos produtos vendidos é nulo. Todos os produtos
acabados serão mantidos em estoque de produtos acabados até que sejam efetivamente
vendidos.

CPV Custo dos produtos vendidos

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CPA Custo dos produtos acabados ou
CPV = CPA/CPF + EIPA - EFPA CPF Custo dos produtos fabricados
EIPA Estoque inicial produto acabados
EFPA Estoque final produto acabados

2.5 DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

É a ferramenta que demonstra o custo do período em todas as suas etapas:

DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DO PRODUTO VENDIDO (CPV)


EIMP Estoque Inicial de Matéria prima
(+) CMP Compra de Matéria prima
(=) MPD Matéria prima disponível
(-) EFMP Estoque final de matéria prima
(=) MPC Matéria prima consumida
(+) MOD Mão de obra direta
(=) CD Custo direto
(+) CIF Custos indiretos de fabricação
(=) CP Custo de produção (Mat+Mod+Cif)
(+) EIPE Estoque inicial de produtos em elaboração
(-) EFPE Estoque final de produtos em elaboração
(=) CPA ou CPF Custo dos produtos acabados ou fabricados
(+) EIPA Estoque inicial de produtos acabados
(-) EFPA Estoque final de produtos acabados
(=) CPV Custo dos produtos vendidos

2.6 ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

1º PASSO Separar custos e despesas;


2º PASSO Segregar custos diretos dos custos indiretos;
3º PASSO Alocar os custos diretos aos produtos;
4º PASSO Alocar os custos indiretos aos produtos, através de uma base comum
de rateio

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5º PASSO Determinar o custo total por produto e, se possível, o custo unitário;
6º PASSO Contabilizar todas as etapas do processo.

Caso prático - gastos da industria Capão, num determinado período produtivo:

Comissões de vendedores 80.000 Materiais utilizados na 15.000


fábrica
Salários de fábrica 120.000 Energia consumida na 85.000
fábrica
Matéria prima consumida 350.000 Manutenção de fábrica 70.000
Salários da Administração 90.000 Despesas de entrega 45.000
Depreciações na Fábrica 60.000 Correios e telefonia 5.000
Seguros na Fábrica 10.000 Material de escritório 5.000
Despesas Financeiras 50.000
Honorários da Diretoria 40.000 TOTAL 1.025.000

Dados da linha de produção – consumo dos produtos


Itens Produto A Produto B Produto C Total
Matéria Prima 75.000,00 135.000,00 140.000,00 350.000,00
MOD 22.000,00 47.000,00 21.000,00 90.000,00
MOI - - - 30.000,00
Energia Elétrica Direta 18.000,00 20.000,00 7.000,00 45.000,00
Energia Elétrica Indireta - - - 40.000,00

1º PASSO: separação dos custos das despesas


Custos Valores Despesas Valores
Salários de fábrica 120.000,00 Comissões de 80.000,00
vendedores
Matéria prima consumida 350.000,00 Salários da Administração 90.000,00
Depreciações na Fábrica 60.000,00 Despesas Financeiras 50.000,00
Seguros na Fábrica 10.000,00 Honorários da Diretoria 40.000,00
Materiais diversos 15.000,00 Despesas de entrega 45.000,00
Energia elétrica 85.000,00 Correios, telefone e telex 5.000,00
Manutenção de fábrica 70.000,00 Mat. consumido escritório 5.000,00
TOTAL 710.000,00 TOTAL 315.000,00

2º PASSO: segregação dos custos dos custos indiretos

Custos diretos Valores Custos indiretos Valores


GESTÃO DE CUSTOS - 19
-
Matéria Prima 350.000,00 MOI 30.000,00
MOD 90.000,00 Depreciações na Fábrica 60.000,00
Energia Elétrica 45.000,00 Seguros na Fábrica 10.000,00
Materiais diversos 15.000,00
Energia elétrica 40.000,00
Manutenção de fábrica 70.000,00
TOTAL 485.000,00 TOTAL 225.000,00

3º PASSO: alocação dos custos diretos aos produtos

Itens Produto A Produto B Produto C Total


Matéria Prima 75.000,00 135.000,00 140.000,00 350.000,00
MOD 22.000,00 47.000,00 21.000,00 90.000,00
Energia Elétrica Direta 18.000,00 20.000,00 7.000,00 45.000,00
Soma 115.000,00 202.000,00 168.000,00 485.000,00

4º PASSO: alocação dos custos indiretos aos produtos

1ª Alternativa - Base do rateio: Mão de obra direta


Produtos MOD Participação % Rateio CI Custos Totais
Produto A 22.000,00 24,44 55.000,00 170.000,00
Produto B 47.000,00 52,22 117.500,00 319.500,00
Produto C 21.000,00 23,33 52.500,00 220.500,00
Soma 90.000,00 100,00 225.000,00 710.000,00

2ª Alternativa - Base do rateio: custos diretos

Produtos Custo Direto Participação % Rateio CI C. Totais


Produto A 115.000,00 23,71 53.351,00 168.351,00
Produto B 202.000,00 41,65 93.711,00 295.711,00
Produto C 168.000,00 34,64 77.938,00 245.938,00
Soma 485.000,00 100,00 225.000,00 710.000,00

5º PASSO: determinação do custo total por produto e, se possível, por


unidade.

(Base de rateio escolhida – custos diretos)

Produtos Custo Direto Custos Indiretos Custos Totais


GESTÃO DE CUSTOS - 20
-
Produto A 115.000,00 53.351,00 168.351,00
Produto B 202.000,00 93.711,00 295.711,00
Produto C 168.000,00 77.938,00 245.938,00
Soma 485.000,00 225.000,00 710.000,00

6º PASSO: contabilização das etapas do processo

Matéria Prima Salários de Fábrica Depreciação de Fábrica


350.000,00 c) 350.000 120.000,00 a) 120.000 60.000,00 f) 60.000

Seguro de Fábrica Materiais Diversos Energia Elétrica


10.000,00 f) 10.000 15.000,00 f) 15.000 85.000,00 b) 85.000

Manutenção MOD MOI


70.000,00 f) 70.000 a) 90.000 d) 90.000 a) 30.000 f) 30.000

Energia Elétrica Direta Energia Elétrica Estoque Prod.


Indireta Elaboração
b) 45.000 e) 45.000 b) 40.000 f) 40.000 c) 350.000
d) 90.000
e) 45.000
f) 225.000
SD 710.000

EPE Produto A EPE Produto B EPE Produto C


c) 75.000 c) 135.000 c) 140.000
d) 22.000 d) 47.000 d) 21.000
e) 18.000 e) 20.000 e) 7.000
f) 53.351 f) 93.711 f) 77.938
SD 168.351 SD 295.711 SD 245.938

EXERCÍCIOS

GESTÃO DE CUSTOS - 21
-
1. Assinale a classificação mais adequada do custo dos seguintes casos:
Gastos incorridos Fixo Variável
Desgaste dos pneus dos ônibus de uma empresa de turismo.
Salários e encargos do pessoal da segurança de uma
petroquímica.
Asfalto consumido na empresa que pavimenta as vias públicas.
Depreciação do prédio de uma fábrica de brinquedos
Pólvora utilizada em uma fábrica de fogos de artifícios.
Peças para manutenção dos veículos numa locadora de veículos
Peças de manutenção dos veículos numa locadora de máquinas
Cacau, açúcar e leite utilizado em uma fábrica de sorvete.
Cacau, açúcar e leite utilizado em uma fábrica de embalagens.
Madeira utilizada em uma fábrica de caixotes.
Aluguel do prédio de uma clínica dentária.
Salário do pintor numa empresa de pintura de paredes
Salário do pintor num escritório de projetos de construção
Espuma sintética, numa fábrica de colchões.

2. Considere os gastos abaixo, efetuados pela empresa industrial Alfa em


determinado período:
Comissões sobre vendas 600
Mão de obra direta 7.200
Encargos de Depreciação – Máquinas da 1.600
Produção
Matéria prima consumida 12.400
Salários dos supervisores 3.200
Publicidade 2.400
Energia elétrica consumida na fábrica 2.900
Apresentar:
a) Os custos de transformação.
b) Os custos primários.

3. Com base nos dados da Empresa Industrial JOTA:


Encargos de depreciação de Móveis e 80
Utensílios
Mão de obra Indireta 160
Matéria prima consumida 540
Outros gastos gerais de fabricação 120
Comissões sobre vendas 300
Encargos de Depreciação de Máquinas da 140
Produção
Aluguel do escritório de vendas 60
Salários dos vendedores 20
ICMS sobre vendas 600
Mão de obra direta 220
Material de embalagem utilizado na produção 40

Apresentar: O total dos(as):

a) custos diretos.
b) custos indiretos.
c) despesas fixas.
GESTÃO DE CUSTOS - 22
-
d) despesas variáveis.

4. Considere os seguintes dados da empresa industrial Sunny, relativos a


determinado período:
Estoque inicial de Matéria prima 300
Estoque final de Matéria prima 420
Despesas administrativas de toda a empresa 120
Estoque inicial de produtos em processo 240
Estoque final de produtos em processo 300
Mão de obra direta utilizada na produção de bens 600
Custos indiretos de fabricação 480
Compras de Matéria prima 720
Estoque inicial de produtos acabados 360
Venda de 90% do total disponível de produtos acabados por 2.400
Frete pago para entregar os produtos acabados vendidos 150
Juros apropriados sobre empréstimos bancários obtidos 70
Apresentar:
a) O Custo dos Produtos Vendidos (CPV).
b) O lucro Bruto.
c) O Lucro (ou prejuízo) antes do IR (LAIR).

5. A empresa Mood’s produz um único produto (xampu de camomila) que é vendido,


em média, por R$ 9,50 cada unidade.
Em determinado período, em que não houve estoques iniciais, produziu integralmente 14.000
unidades, e incorre nos seguintes custos e despesas (em $):
Supervisão geral da fábrica 17.000
Depreciação dos equipamentos de fábrica 10.000
Aluguel do galpão industrial 2.400
Administração geral da empresa 8.000
Material direto 2,00 p/u
Mão de obra direta 1,50 p/u
Energia elétrica consumida na produção 0,40 p/u
Comissão sobre vendas 0,75 p/u
Frete para entregar produtos vendidos 0,15 p/u

Considerando-se que no final do período havia 1.000 unidades do produto acabado em


estoque, e que não houve perdas,
Apresentar:
a) O estoque final de produtos acabados.
b) O lucro ou prejuízo do período.
c) O estoque final de produtos acabados.

6. A empresa Capa Doria foi constituída em 2-1-X1 com o capital inicial de R$


100.000,00 totalmente subscrito e integralizado em moeda corrente nacional. O objetivo
da empresa é produzir artigos para festas em geral.
O preço médio de venda do produto acabado é estimado pelo pessoal de marketing em $
9,50 p/u.
Durante o mês de janeiro ocorreram os seguintes custos e despesas, pagos dentro do
mês (em $).
Aluguel da fábrica 3.000
Supervisão da fábrica 9.000
Matéria prima ($ 3,00 p/u) 36.000
Mão de obra direta 24.000
GESTÃO DE CUSTOS - 23
-
Despesas administrativas 8.000
No final do mês, 12.000 pacotes de confete haviam sido integralmente produzidos e
estavam armazenados para serem vendidos no mês seguinte (não houve vendas em
janeiro).
Apresentar:
a) A demonstração de Resultados relativa ao mês de janeiro.
b) O balanço patrimonial do dia 31/01/X1.
c) A demonstração de Resultados relativa ao mês de janeiro.
d) O balanço patrimonial do dia 31/01/X1.

7. A empresa do GB, produtora de cadernos em Itobi, em determinado período


apresentou os seguintes dados (em $):
Estoque inicial de Matéria prima 5.000
Compra de Matéria prima 12.000
Despesas administrativas 2.000
Despesas comerciais 2.500
Estoque inicial de produtos em processo 4.000
Mão de obra direta 10.000
Estoque final de produtos em processo 5.000
Custos indiretos de produção 8.000
Estoque final de Matéria prima 7.000
Estoque inicial de produtos acabados 6.000
Venda de 80% do total disponível de produtos acabados por 40.000
Apresentar:
a) O Custo Total de Produção (CPP).
b) O Custo da Produção Acabada (CPA).
c) O Estoque Final de Produtos Acabados.
d) O Custo dos Produtos Vendidos (CPV).
e) O Lucro Bruto.
f) O Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
g) O Custo Total de Produção (CPP).

8. Os seguintes dados são relativos a um período de produção da Cia. Industrial


Reditum:
Compra de materiais diretos 100.000
Arrendamento mercantil de máquinas industriais 80.000
Mão de obra direta 120.000
Estoque inicial de produtos acabados 20.000
Energia elétrica da fábrica 30.000
Despesas pós-fabricação 150.000
Vendas líquidas 726.000
Estoque final de materiais diretos 15.000
Estoque inicial de produtos em elaboração 40.000
Mão de obra indireta 30.000
Depreciação das máquinas industriais 55.000
Estoque final e produtos acabados 28.000
Estoque inicial de materiais diretos 23.000
Provisão para férias e 13º salário para MOD e MOI 16.000
Estoque final de produtos em elaboração 62.000
Demais custos indiretos de fabricação 19.000

Apresentar: o custo de:


a) produção do período.
GESTÃO DE CUSTOS - 24
-
b) produção acabada do período.
c) dos produtos vendidos.
d) o resultado bruto industrial.
e) o lucro operacional líquido.

9. Considere os seguintes dados:


Estoques Inicial Final
Materiais 188,00 327,00
Produtos em elaboração 520,00 327,00
Produtos acabados 237,00 5,00

Outras informações: R$
 Requisição de materiais para a fabricação 330,00
 Produção acabada do período 800,00
 Lucro bruto nas vendas 1.468,00
Pede-se:
 O valor líquido das compras;
 O valor debitado no período à conta “Produtos em fabricação”;
 Considerando que os gastos com MOD totalizaram R$ 69,00, determine os gastos
gerais de fabricação no período;
 O valor das vendas líquidas.

10. Indústria TV Color Ltda.


Calcule o custo unitário de produção do mês, utilizando o método do custeio por
absorção.
A Indústria TV Color Ltda. fabrica televisores. Seguem as informações sobre os gastos e volume de
produção do mês de junho:
Volume produzido de televisores – unidades 11.000
Gastos no mês $
Custo total com Matérias primas 2.420.000
Custo total com Mão de obra direta 1.149.500
Depreciação das máquinas e equipamentos da fábrica 200.000
Mão de obra indireta 400.000
Aluguel do prédio do escritório 50.000
Energia elétrica do escritório 14.000
Vigilância das lojas comerciais 20.000
Vigilância da fábrica 70.000
Salários e encargos do pessoal administrativo 900.000
Manutenção das máquinas da fábrica 30.000
Energia elétrica da fábrica 20.500
Salários e comissões dos vendedores 140.000
Tributos sobre as vendas 300.000

11. CENTRO CLÍNICO SOL LTDA.


O Centro Clínico Sol Ltda. (CECLISO) atua na área de exames médicos
computadorizados. Possui convênios com hospitais, empresas, universidades de
medicina e planos de assistência atendendo a clientela com os mais modernos e
sofisticados equipamentos existentes no mundo.
Seu quadro de pessoal é formado por médicos, enfermeiros e técnicos de primeira
linha, a maioria deles com cursos no exterior, na área de saúde ou de tecnologia
avançada.
Os principais serviços oferecidos são: (a) tomografia computadorizada, (b)
ecocardiografia, (c) ultra-sonografia, (d) radiologia e (e) ressonância magnética.
GESTÃO DE CUSTOS - 25
-
a. Tabela 1 Informações sobre as receitas e os custos diretos do mês de dezembro
para cada especialidade de exames clínicos (valores em $ 1.000).
SERVIÇOS RECEITAS CUSTOS DIRETOS
PRESTADOS RECEBIDAS MÃO DE OBRA DEPRECIAÇÃO OUTROS TOTAL
TOMOGRAFIA 3.000 1.200 300 200 1.700
ECOCARDIOGRAFIA 2.400 1.000 250 190 1.440
ULTRA-SONOGRAFIA 1.700 500 200 100 800
RADIOLOGIA 800 200 100 50 350
RESSONÂNCIA 1.100 300 350 100 750
OUTROS EXAMES 1.200 400 290 300 990
TOTAL NO MÊS 10.200 3.600 1.490 940 6.030

Mão de obra; equipe médica, enfermeiros e técnicos especializados em cada tipo de


exame.
Depreciação: equipamentos de uso específicos para cada tipo de exame.

b. Tabela 2 Informações sobre os custos indiretos (valores em $ 1.000).


Salários e encargos sociais dos supervisores, técnicos, (a) 980
enfermeiros, atendentes e recepcionistas que prestam serviços às
diversas áreas
Depreciação dos equipamentos de uso geral (b) 500
Aluguel, condomínio, segurança e limpeza das salas (c) 180
Energia elétrica, água, comunicação (c) 120
Amortização de programas de computação (c) 100
Outros custos indiretos (c) 220
Total dos custos indiretos 2.100

c. Critérios de apropriação - a apropriação dos custos indiretos (rateio) para as


respectivas especialidades, dos serviços de exames clínicos oferecidos:
(a) Apropriados proporcionalmente aos custos diretos com a Mão de obra.
(b) Apropriados proporcionalmente aos custos diretos de depreciação.
(c) Apropriados proporcionalmente às receitas de cada especialidade.

Com base nas informações disponibilizadas acima


Pede-se:
(a) Apropriar (ratear) os gastos indiretos do mês de dezembro para cada área
especializada de exames clínicos.
(b) Demonstrar o lucro bruto (receitas menos custos das vendas totais) de cada área
especializada de exames clínicos.
(c) Os percentuais, de lucro bruto do mês,
(d) Comentar a lucratividade das especialidades.

Quadro 1. Cálculo dos percentuais das bases de rateio.


RATEIO MOD (A) DEPRECIAÇÃO RECEITAS(C)
(B)
GESTÃO DE CUSTOS - 26
-
ÁREAS DOS R$ % R$ % R$ %
SERVIÇOS
TOMOGRAFIA
ECOCARDIOGRÁFICA
ULTRA-SONOGRAFIA
RADIOLOGIA
RESSONÂNCIA
OUTROS EXAMES
TOTAL NO MÊS

Quadro 2 Apropriação (rateio) dos custos indiretos (valores em $1.000).


CUSTOS INDIRETOS MOI (A) DEPRECIAÇÃO (B) OUTROS (C) TOTAIS
ÁREAS DE SERVIÇOS R$ % R$ % R$ % R$
TOMOGRAFIA
ECOCARDIOGRAFIA
ULTRA-SONOGRAFIA
RADIOLOGIA
RESSONÂNCIA
OUTROS EXAMES
TOTAL NO MÊS

Quadro 3 Demonstração do lucro bruto de cada especialidade de exames


clínicos (valores em $ 1.000).
EXAMES RECEITA Custos Custos Total dos Lucro Lucro
diretos indiretos custos bruto ($) bruto (%)
TOMOGRAFIA
ECOCARDIOGRAFIA
ULTRA-SONOGRAFIA
RADIOLOGIA
RESSONÂNCIA
OUTROS EXAMES
TOTAL NO MÊS
Comentários
1. Os serviços do CECLISO apresentaram, no período analisado, uma margem de
lucro bruto de 20,3%
2. A margem de lucro bruto dos diversos centros de serviços da CECLISO indica o
seguinte desempenho:
2.1 Melhor desempenho - Radiologia com 39,1 %;
2.2 Pior desempenho - Outros exames com margem bruta negativa de (5,8
%)

19. Caso prático – CIA. RUBI


A Empresa Rubi produz dois produtos, A e B, cujo volume de produção e de vendas é de cerca de
12.000 unidades do Produto A e 4.000 unidades do Produto B, por período, e os Custos Indiretos de
Produção (CIP) totalizam $ 500.000.
Produtos A B
MAT 20 25
MOD 10 6

GESTÃO DE CUSTOS - 27
-
Base de Rateio por tempo (h) ou Custo ($) MOD:
Produtos MOD % $
A
B
Total

20. Considere os gastos abaixo, efetuados pela Empresa Industrial Alfa em determinado período.
Comissões sobre vendas 600
Mão de obra Direta 7.200
Encargos de depreciação – máquinas da produção 1.600
Matéria prima consumida 12.400
Salários dos supervisores da produção 3.200
Publicidade 2.400
Energia elétrica 2.900
Pede-se: Calcular e demonstrar:
 O custo primário.
 o custo de transformação:

21. Considere que a Indústria Objetivos Profissionais apresente os seguintes valores


para a sua produção em um determinado período:
Estoques Estoques finais (em $)
iniciais
Matérias-Primas 100 200
Produtos em Elaboração 150 50
Produtos Acabados 500 700
Compras de Matérias primas no período: $ 700;
Mão de obra direta aplicada à produção do período: $ 300;
Gastos Gerais de Fabricação (Custos Indiretos) aplicados à produção do período: $ 400

As contas estoques, integrantes do ativo, teriam os seguintes saldos:


Matéria prima Estoques de Produtos em
Elaboração

Estoques de Produtos Acabados CPV

Mão obra Direta Custos Indiretos de


Fabricação

22. Foram os seguintes os gastos feitos por uma empresa, num determinado período:
Matéria prima consumida 100.000
Mão de obra Direta 60.000
Energia Elétrica – Fábrica 20.000
GESTÃO DE CUSTOS - 28
-
Salário da Administração 30.000
Depreciação de Máquinas da 10.000
Fábrica
Despesas de Entrega 40.000
O custo da produção acabada do período foi de:

23. A Cia. Pasil, fabricante do produto Q, levantou os seguintes dados ao final do mês de
Outubro:
 Ei de Produtos em Elaboração e de Produtos Acabados Nihil
 Custo de Produção do Período relativo ao produto Q
MAT 80.000
MOD 50.400
CIF 69.600 200.000
 Da produção do período, 75% foi acabada 150.000
 Foram vendidos 90% dos Produtos Acabados 135.000

Produtos em Elaboração Q Produtos Acabados Q

CPV

24.
Analise as informações a seguir apresentadas pela indústria Papelão Ltda.
Folha de pagamento
Operários 80.000
Administração 30.000
Supervisão 10.000
Energia Elétrica – Fábrica 20.000
Depreciação de Máquinas da Fábrica 10.000
Gastos com entrega dos produtos 40.000
vendidos
Compras de Matéria prima 70.000
Encargos sociais 50%
Estoques INICIAL FINAL
Matéria prima 90.000 80.000
Produtos em elaboração 20.000 15.000
Produtos acabados 18.000 12.000
Apresentar, considerando exclusivamente as informações acima

a) O total das despesas e o total dos custos


b) Custo dos produtos vendidos

25.
A Manufatura Palmas produz cata-ventos. Para o ano recém terminado, Palmas produziu
10.000 cata-ventos com os seguintes custos totais:
Materiais Diretos $ 20.000
MOD $ 35.000
CIF $ 10.000
GESTÃO DE CUSTOS - 29
-
Custo das Vendas $ 6.250
Despesas Administrativas $ 14.400
Durante o ano Palmas vendeu 9.800 unidades a $ 12,00 cada. O estoque inicial de
produtos acabados era de 630 unidades, com um custo total de $ 4.095. Não havia
estoque inicial ou final de produtos em processo.
Pede-se:
a) Indicar o custo unitário de cada componente do custo de produzir;
b) Calcular o custo de produção;
c) Calcular o CPV; e
d) Verificar se a empresa obteve margem de lucro de 50% da vendas, estabelecida como
meta.

26.
Uma empresa produziu, no mesmo período, 100 unidades de um produto A, 200 de um
produto B e 300 unidades de um produto C. Considerando $ 176,25 de CIF e que os
custos de MAT foram, respectivamente, $ 1,50; $0,90 e $0,60 e que os custos unitários da
MOD, $0,60; $0,30 e $ 0,25, apurar indireto de fabricação unitário de cada produto,
proporcional ao custo direto total de cada um deles.

27. A Minerva Ltda. produziu, num mesmo período, 5.250 unidades do produto A,
7.840 unidades do produto B e 9.800 unidades do produto C.
Com custos indiretos de $ 4.200,00; custo direto unitário de Matéria prima $ 6,60, $ 3,96 e
$ 2,64, e custo unitário de Mão de obra direta, $ 1,40, $ 1,04 e $ 3,36, respectivamente,
Apresentar:
O custo indireto unitário de cada produto, proporcional ao respectivo custo direto
total.

28. CASO UNITREL


Com base nos dados da companhia acima, responda as perguntas que se seguem.
a) Matéria Prima Direta:
Compras 10.000
Estoque inicial 1.000
Estoque final 2.000

b) Mão de Obra
Disponível (total) 10.000
Apropriada 8.000

c) Outros custos indiretos.......................................................... 5.000

d) Produtos em processo
Estoque inicial 5.000
Estoque final 3.000

e) Produtos Acabados
Estoque inicial 5.000
Estoque final 3.000

Pede-se:
a) O valor da matéria prima consumida;
b) O custo direto de fabricação;
c) O custo de transformação
d) O custo fabril;
GESTÃO DE CUSTOS - 30
-
e) O custo dos produtos fabricados (Elaborados/Acabados); e
f) O custo dos produtos vendidos.

Estoque Matéria Prima Estoque Produtos em


Processo
1.000 9.000 5.000 26.000
10.000 9.000
8.000
7.000
2.000 3.000

MOD Estoque de produtos Prontos


8.000 8.000 5.000 28.000
26.000
3.000

CIF CPV
2.000 7.000 28.000
5.000
28.000

29. CASO BELA ARTE


A Indústria de Móveis de Madeira Bela Arte Ltda. Teve os seguintes eventos em X3 e
você deverá, ao final, encontrar o custo dos produtos vendidos:
a) Saldos em 31/12/X2:
Matérias primas 100,00
Materiais secundários 30,00
Materiais de embalagem 10,00
Produtos acabados 500,00
Produtos em elaboração 80,00

b) Ocorrência em X3:
Compras efetuadas
Matérias primas 1.000,00
Materiais Secundários 100,00
Materiais de embalagem 50,00

c) Mão de obra aplicada na produção do período:


Salários e encargos do pessoal da fábrica 400,00
Salários e encargos do pessoal 100,00
administrativo e de supervisão (distribuídos
proporcionalmente)

d) Custos indiretos de fabricação aplicados no período


Valor dos gastos englobados 350,00

e) Estoques finais em 31/12/X3:


Matérias primas 300,00
Materiais secundários 50,00
Materiais de embalagem 30,00
Produtos acabados 300,00

GESTÃO DE CUSTOS - 31
-
Produtos em elaboração 140,00

Pede-se:
O valor da matéria prima consumida;
O custo direto de fabricação;
O custo de transformação;
O custo fabril;
O custo dos produtos fabricados (Elaborados/Acabados); e
O custo dos produtos vendidos.

Estoque de Material Estoque Produto Elaboração


Secundário

Estoque de Material de CIF


Embalagem

Estoque Matéria prima Estoque produtos Acabados

MOD CPV

30. Na terminologia de custos, são custos de conversão ou transformação:


a) Mão de obra direta e indireta.
b) Mão de obra direta e materiais diretos.
c) custos primários e custos de fabricação fixos.
d) Matéria prima, Mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.
e) Mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.

31. Considere os seguintes gastos relativos a determinado exercício social da Cia.


Beta.
Natureza do gasto R$
Material de consumo administração geral 2.000
Despesa com entrega dos produtos vendidos 22.500
Comissões dos vendedores 40.000
Salários do pessoal da fabrica 70.000
Manutenção da fábrica 25.000
GESTÃO DE CUSTOS - 32
-
Seguro do prédio da administração 3.000
Matéria prima consumida 180.000
Salários da administração 45.000
Materiais diversos utilizados na fabrica 8.000
Seguros da fabrica 5.000
Depreciação da fabrica 25.000
Despesas financeiras 25.000
Honorários da diretoria 20.000
Energia elétrica da fabrica, medida globalmente 42.000

Calcule e demonstre os custos de produção e as despesas administrativas.


Natureza do gasto R$ Custos Despesas
administrativas

32. Para responder as duas questões seguintes, utilize as informações a seguir,


correspondentes ao primeiro exercício social da Cia. Alfa, fabricante de bicicletas
ergométricas.
Custos e despesas operacionais R$
Matéria prima e outros materiais diretos 20.000
MOD 22.000
Custos indiretos variáveis 6.000
Custos indiretos fixos 12.000
Despesas fixas de vendas 5.000
Despesas variáveis de vendas, por unidade 20
Informações adicionais:
A Cia. Alfa fabricou, no exercício, 300 unidades, das quais vendeu, nesse mesmo
período, 250 unidades, ao preço unitário de R$ 300.
O custo de produção de cada unidade, pelo custeio por absorção, e, em reais, de
a) 220
b) 200
c) 160
d) 140
e) 113

a) Considerada unicamente as informações fornecidas, o lucro bruto, e, em reais, de:


a) 75.000

GESTÃO DE CUSTOS - 33
-
b) 35.000
c) 30.000
d) 25.000
e) 15.000

33. Julgue as afirmações a seguir.


I. Na sua aquisição a Matéria prima é um gasto que imediatamente se transforma em
investimento; no momento de sua utilização, transforma-se em custo integrante do bem
fabricado; quando o produto é vendido, transforma-se em despesa.
II. Muitos gastos são automaticamente transformados em despesas, outros passam,
primeiro, pela fase de custos; ainda passam pelas de investimento, custo,
investimento,novamente, e, por fim, despesa.
III. Cada componente que foi custo no processo de produção torna-se, na baixa, despesa;
no resultado, existem receitas e despesas – ás vezes ganhos e perdas, mas não custos.
Pode-se afirmar que
a) apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
b) apenas a afirmação I é verdadeira.
c) apenas a afirmação II é verdadeira.
d) apenas a afirmação iiI é verdadeira.
e) todas as afirmações são verdadeiras.

34. Dados extraídos da Contabilidade da Cia. Iota:


Gastos R$
Matéria prima comprada no mês 400
Devolução da matéria comprada no mês 50
MOD do mês 800
CIF`s incorridos no mês 300
Estoque final de produtos em elaboração 200
Estoque final de Matéria prima 100
Estoque inicial de produtos acabados 150
Estoque inicial de produtos em elaboração 200
Não havia outros estoques iniciais ou finais
TOTAL

Os valores dos custos de produção do mês, do custo de produção do mês, do custo de


produção acabada no mês e o custo da produção vendida no mês são, em reais,
respectivamente,
a) 1.500, 1.350 e 1.350
b) 1.450, 1.350 e 1.600
c) 1.400, 1.300 e 1.450
d) 1.350, 1.350 e 1.500
e) 1.350, 1.500 e 1.500

35. Identifique a alternativa que expressa o conceito de Gasto, segundo a terminologia


normalmente utilizada na Contabilidade de Custos.
a) Bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.
b) Sacrifício econômico-financeiro para a obtenção de um produto ou serviços.
c) Saída e recursos com a finalidade de aumentar o ativo.
d) Bem ou serviço consumido, direta ou indiretamente, para a obtenção de receita.
e) Pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço.
GESTÃO DE CUSTOS - 34
-
36. A Cia. Industrial Planalto apropriou, no mês de setembro, os seguintes gastos:
Despesas administrativas R$ 30.000
Despesas com vendas R$ 20.000
Mão de obra direta R$ 20.000
Aluguel de fábrica R$ 10.000
Matéria prima consumida R$ 25.000
Embalagens dos produtos fabricados R$ 5.000
Outros custos da produção R$ 10.000
No período foram fabricadas 800 unidades do produto ALFA e vendidas 560 unidades por
R$ 430 cada uma. Com esses dados, o custo dos produtos vendidos no mês foi igual a:
a) R$ 45.500
b) R$ 49.000
c) R$ 84.000
d) R$ 42.000
e) R$ 80.500

37. Analise os dados abaixo e responda às questões de números 100 a 102.


No exercício de 2011, uma indústria realizou os seguintes gastos no seu processo de
produção (valores em R$):
Aquisição de matéria –prima 28.000
Mão de obra direta 11.200
Energia elétrica 7.800
Mão de obra indireta 14.000
Aquisição de material de consumo industrial 2.500
Outros custos indiretos 8.400
Outras informações complementares:
Depreciação das máquinas da fábrica..............5.600

INVENTÁRIO 31/12/2010 31/12/2011


Matéria prima 4.200 5.040
Produtos em elaboração 7.000 8.960
Produtos acabados 9.800 5.600
Material consumo industrial 500 800

100. Com os dados mostrados pode-se concluir que o montante do custo primário
correspondeu a:
a) R$ 38.360
b) R$ 53.200
c) R$ 28.000
d) R$ 39.200
e) R$ 52.360

101. No período, o custo de produção foi igual a:


a) R$ 77.200
b) R$ 68.560
c) R$ 76.360
d) R$ 7 1.900
e) R$ 74.160
102. No exercício, o custo dos produtos fabricados correspondeu ao seguinte montante
a) R$ 75.240
b) R$ 66.600

GESTÃO DE CUSTOS - 35
-
c) R$ 72.200
d) R$ 80.560
e) R$ 74.400

38. As empresas industriais no seu processo de produção de bens e aquelas


prestadoras de serviços, quando necessitarem apurar o custo de transformação, deverão
levar em consideração os valores dos seguintes elementos essenciais de custos:
a) MD + MOD
b) MOD + MOI
c) MD + MOD +CIF
d) MOD + CIF
e) MD + MOI +CIF

39. (UEL/COPS/SANEPAR/2008) A Reformix Ltda., empresa reformadora de móveis


antigos utiliza durante seu processo produtivo uma lixa para madeira que é utilizada nas
diversas etapas do processo de reforma. Em se tratando de uma lixa comum, participa na
fabricação dos mais diversos tipos de produtos restaurados.
Para fins da contabilidade de custos, esse desembolso é classificado como
a) custo direto.
b) custo indireto.
c) despesa direta.
d) despesa indireta.
e) gasto geral.

40. (VUNESP Jundiaí/SP/Analista Contábil/2010) “O custeio consiste de todos os


custos de produção e tão somente os de produção do período alocados a cada unidade
de produto processado neste período”. Esta afirmação refere-se ao método de custeio
denominado
19. por Absorção.
20. Direto.
21. Direto Padrão.
22. Pleno.
23. Variável.

3. DEPARTAMENTALIZAÇÃO

3.1 Conceitos

GESTÃO DE CUSTOS - 36
-
Departamentalização - método de distribuição dos custos fixos aos produtos com
base nos custos identificados por departamento e critérios múltiplos de rateio.

Departamento - unidade administrativa representada por recursos humanos e


materiais que desenvolvem atividades homogêneas.

Centro de custos - unidade de apropriação de custos, que pode ou não ser um


departamento.

Custo fixo identificado - é o custo que, com absoluta certeza, pertence a um


departamento.
Exemplo: O custo de depreciação de máquinas.

3.2. Critérios de rateio

O sistema de departamentalização utiliza critério de rateios múltiplos sendo que no


rateio primário (1ª fase) e no rateio secundário (2ª fase). são utilizados dois métodos:

 Hierarquia de departamentos - Critério no qual uma vez definida a ordem dos


departamentos de serviços a serem transferidos para os demais, não existe retorno de
custos;

 Rateio recíproco - Critério que utiliza álgebra linear (equações simultâneas)


quando existem somente dois departamentos de serviços ou álgebra matricial, quando
existem diversos departamentos de serviços transferindo recursos mutuamente.

3.3 Esquema: contabilização da departamentalização passo a passo.

Passos
Atividades
1º Separar custos e despesas;
2º Segregar custos diretos dos custos indiretos;
3º Alocar os custos diretos aos produtos;
4º Rateio primário - alocar os custos indiretos aos departamentos,
através de múltiplos rateios
5º Transferir custos dos departamentos de serviços para o de produção
adotando um sistema hierárquico e critérios múltiplos de rateio
6º Transferir os custos dos departamentos de produção para os produtos
com a utilização de um critério comum de rateio (normalmente horas
MOD)
7º Determinação do custo total por produto e, se possível, do custo
unitário
8º Contabilização de todas as etapas do processo

GESTÃO DE CUSTOS - 37
-
3.4 Caso prático
A indústria P. C. Metalúrgica fabrica 4 produtos e possui 3 departamentos de
serviços e 3 departamentos de produção. No mês de dezembro de x9, apresentou os
seguintes relatórios:

(a) Custos diretos por produto e unidades produzidas


Produtos MATc MOD Total Produção/unidades
A 105.000,00 180.000,00 285.000,00 3.000
B 100.000,00 200.000,00 300.000,00 4.000
C 105.000,00 210.000,00 315.000,00 3.500
D 100.000,00 200.000,00 300.000,00 2.500
Soma 410.000,00 790.000,00 1.200.000,00 13.000

(b) Custos Indiretos de fabricação


Itens Valor Base de rateio
Aluguel de fábrica 2.500,00 Área ocupada
Força e luz 12.500,00 Área ocupada
Depreciação 30.000,00 Valor das máquinas
Seguros 6.000,00 Valor das máquinas
Diretoria 20.000,00 Número de empregados
Mão de obra indireta 160.000,00 Horas MOI
Materiais indiretos 6.500,00 Volume produzido
Manutenção 24.000,00 Horas de MOI
Soma 261.500,00

(c) Distribuição dos critérios de rateio


Base Departamentos de Serviços Departamentos de Produção Totais
Adm. Qualidad Transport Moagem Secagem
e e Lavagem

Área 40 m2 20 m2 40 m2 160 m2 140 m2


100 m2 500 m2
Máquina 20.000 10.000, 50.000, 100.000, 70.000, 50.000, 300.000

GESTÃO DE CUSTOS - 38
-
, ,
MOI 60 hs 20 hs 60 hs 250 hs 210 hs 200 hs 800 hs
Homens 8 4 8 2 20 100
40 0
Produçã 6.000 4.000 3.000 13.000
o

(d) Distribuição dos departamentos de serviços aos departamentos de


produção
Itens Base de rateio
1º Administração Geral Área ocupada
2º Controle de Qualidade Horas MOI
3º Transporte Volume produzido

(e) Distribuição aos departamentos de produção pelo critério de hora de


MOD
Moagem Lavagem Secagem Total
Produtos
A 600 h 200 h 200 h 1.000 h
B 800 h 600 h 400 h 1.800 h
C 1.000 h 800 h 500 h 2.300 h
D 500 h 400 h 0 900 h
Soma 2.900 h 2.000 h 1.100 h 6.000 h
Apresentar
i) O quadro de rateios em cascata ( primário, secundário e aos produtos);
ii) O Quadro de custos totais por produto, separando os custos diretos e indiretos;
iii) A contabilização de todas as etapas

Desenvolvimento da solução

i) Rateios em cascata

Departamentos de Serviços Departamentos de produção


Itens Adm. Qual Transporte Moagem Lavagem Secagem Total

GESTÃO DE CUSTOS - 39
-
Aluguel 200 100 200 800 700
500 2.500
Força luz 2.500
1.000 500 1.000 4.000 3.500 12.500
Deprecia 2.000 1.000 5.000 10.000 7.000 5.000 30.000
Seguros 400 200 1.000 2.000 1.400 1.000 6.000
Diretoria 1.600 800 1.600 8.000 4.000 4.000
20.000
MOI 12.000 4.000 50.000 42.000 40.000 160.000
12.000
Mat. Ind. 0 0 0 3.000 2.000 1.500 6.500
Manutenção 1.800 600 1.800 7.500 6.300 6.000 24.000
Totais 19.000 7.200 22.600 85.300 66.900 60.500 261.500
Distribuição

Distribuição dos totais para os departamentos de produção


Administra (19.000) 826 1.652 6.609 5.783 0
4.130
SOMA 0 8.026 24.252 91.909 72.683 64.630 261.500
Qualidade 0 (8.026) 669 2.787 2.341 2.229 0
SOMA 0 0 24.921 94.696 75.024 66.859 261.500
Transporte 0 0 (24.921) 11.502 7.668 5.751 0
.

SOMA 0 0 0 106.19 82.692 72.610


8 261.500

Alocação dos departamentos aos produtos ( base horas MOD)


106.198 / 2.900 hs. = 36,620 21.972 8.269 13.202 43.443
A
B 82.692 / 2.000 hs. = 41,346 29.296 24.808 26.403 80.507
C 72.610 / 1.100 hs. = 66,000 36.620 33.077 33.005 102.702
D 18.310 16.538 0 34.848
Totai 106.198 82.692 72.610 261.500
s

ii) Custos unitários e totais

Prod MAT MOD CIF SOMA MAT MOD CD CIF TOTAL


A 35 60 14,48 109,48 105.000 180.000 285.000 43.443 328.443

GESTÃO DE CUSTOS - 40
-
B 25 50 20,13 95,13 100.000 200.000 300.000 80.507 380.507
C 30 60 29,34 119,34 105.000 210.000 315.000 102.70 417.702
2
D 40 80 13,94 133,94 100.000 200.000 300.000 34.848 334.848

Totais 130 250 77,89 457,89 410.000 790.000 1.200.000 261.500 1.461.500

iii) Contabilização

CIF Aluguel CIF Força e Luz CIF Depreciação


2.500 12.500 12.500 30. 000
2.500 (a) (b) 30.000 (c)

Seguros Superintendência MOI


6.000 20.000 160.000
6.000,00 (d) 20.000 (e) 160.000 (f)

Materiais Indiretos Manutenção

6.500 24.000
6.500 24.000
(g) (h)

DS qualidade DS Transporte
DS Adm.
a) 200 i) 19.000 8.026 24.921
a) 100 (j) a) (k)
200
b) 1.000 b) 500 b) 1.000
c) 2.000 c) 1.000 c) 5.000
d) 400 d) 200 d) 1.000
e) 1.600 e) 800 e) 1.600
f) 12.000 f) 4.000 f) 12.000
h) 1.800 h) 600 h) 1.800
i) 826 i) 1.652
j) 669

EPP Produto A EPP Produto B


Estoque Produto
Processo
410.000
105.000 100.000
790.000 180.000 200.000
l) 106.198 l) 21.972 l) 29.296
m) 82.692 m) 8.269 m) 24.808
GESTÃO DE CUSTOS - 41
-
n) 72.610 n) 13.202 n) 26.403
1.461.500 328.443 380.507

Deptº Moagem Deptº Lavagem


Deptº Secagem
106.198 82.692 a) 72.610
a) 800,00 (l) a) 700 (m) 500 (n)
b) 4.0000
b) 3.500 b) 2.500
c) 10.000 c) 7.000
c) 5.000
d) 2.000 d) 1.400 d) 1.000
e) 8.000 e) 4.000
e) 4.000
f) 50.000 f) 42.000 f) 40.000
g) 3.000 g) 2.000 g) 1.500
h) 7.500 h) 6.300 h) 6.000
i) 6.609 i) 5.783 i) 4.130
j) 2.787 j) 2.341 j) 2.229
k) 11.502 k) 7.668 k) 5.751

EPE Produto A EPE Produto B


EPE -Estoque Produtos
Elaboração (consolidado)
410.000
105.000 100.000
790.000 180.000 200.000
l) 106.198 l) 21.972 l) 29.296
m) 82.692 m) 8.269 m) 24.808
n) 72.610 n) 13.202 n) 26.403
1.461.500 328.443 380.507

EPE Produto C EPE Produto D


105.000
100.000
210.000 200.000
l) 36.620 l) 18.310
m) 33.077 m) 16.538
n) 33.005 334.848
417.702

GESTÃO DE CUSTOS - 42
-
EXERCÍCIOS

1. A Metalúrgica Carbono & Inox produz dobradiças e fechaduras. O ambiente de


produção é formado por seis departamentos: estamparia, furação, montagem,
almoxarifado, manutenção e administração da produção.
A produção de dobradiças e totalmente realizada apenas nos departamentos de
Estamparia e de Furação; as fechaduras passam pelos três departamentos de
produção.
Em determinado período, foram produzidas 12.000 dobradiças e 4.000 fechaduras, e os custos
diretos foram os seguintes:
Custos diretos Dobradiças Fechaduras Total
Material 8.352 5.568 13.920
Mão de obra 6.048 4.032 10.080
Total 14.400 9.600 24.000
Os Custos Indiretos de Produção (CIP) do período encontram-se apresentados no
quadro (Mapa de apropriação de Custos), no final.
 O custo de aluguel é atribuído inicialmente apenas à Administração Geral da
Produção.
 Os custos da Administração Geral da Produção são distribuídos aos demais
departamentos à base do número de funcionários:
Departamentos Nº de funcionários
Estamparia 35
Montagem 15
Furação 30
Almoxarifado 10
Manutenção 10
Total 100

 A manutenção presta serviços somente aos departamentos de produção, e o rateio é feito


à base do tempo de uso das máquinas:
Departamento de Quantidade de horas-
Produção máquina
Estamparia 4.800
Montagem 3.000
Furação 4.200
Total 12.000

 O Almoxarifado distribui seus custos à base do nº de requisições:


Departamento de Número de requisições
Produção
Estamparia 600
Montagem 300
Furação 300
Total 1.200
 A distribuição dos custos dos departamentos de produção aos produtos é feita
na mesma proporção que o custo do material direto.
 Os volumes de produção, em unidades, foram:
GESTÃO DE CUSTOS - 43
-
Dobradiças 12.000
Fechaduras 4.000
Total 16.000

Pedes-se:
a) Completar o mapa da apropriação de custos;
b) Calcular
 O custo total de cada departamento de produção;
 O custo total de cada produto; e
 O custo unitário de cada produto.

Custos Estamparia Furação Montagem Almoxa Manuten Adm. Geral Total


Indiretos       rifado ação de Produção  
Mat. Indireto 159,00 57,00 46,00 90,00 112,00 336,00 800,00
Ener Elétrica 2.400,00 432,00 1.340,00 240,00 240,00 148,00 4.800,00
Mão de obra           -
Indireta 532,00 672,00 390,00 140,00 170,00 896,00 2.800,00
Aluguel -         3.200,00 3.200,00
Total 3.091,00 1.161,00 1.776,00 470,00 522,00 4.580,00 11.600,00
Rateio da Adm.
Geral

Soma
Rateio da
Manutenção
Soma
Rateio do
Almoxarifado
Soma
Fechaduras
Dobradiças
Total

CUSTO TOTAL E CADA PRODUTO (EM $)

  MATERIAL MOD CIF TOTAL


FECHADURAS
DOBRADIÇAS
TOTAL

CUSTO UNITÁRIO DE CADA PRODUTO (EM $)

FECHADURAS  
DOBRADIÇAS  

2. Caso prático – Manufatureira Brega-Chique (MBC)


A Cia. MBC fabrica dois tipos de tecidos: o pano Corococó e o pano Xadrezinho, você
como contador de custos reuniu os seguintes dados:
(a) Custos Indiretos de fabricação
Itens Valor Base de rateio
Aluguel de fábrica 1.600,00 Área ocupada
Força e luz 2.400,00 kWh Consumidos

GESTÃO DE CUSTOS - 44
-
Seguros 960,00 Horas de MOD
Materiais indiretos 1.320,00 Horas de MOD
Soma 6.280,00

(b e c) Distribuição dos critérios de rateio


Base Departamentos de Departamentos de Produção Totais
Serviços
Adm. Manut Fabricação
Pintura
2
Área 100 m 300 m2 1.200 m2 400 m2
2.000 m2
kWh 150 350 900 600 2.000 kWh
MOD - - 480 h 320 h 800 h
 Os departamentos operacionais recebem cada um 40% das despesas do departamento de
Administração e os 20% restante vão para o departamento de manutenção;
 As despesas do departamento de manutenção são todas elas distribuídas para os
departamentos operacionais. Cabe ao departamento de pintura ¼ dessas despesas.
(d) Metros fabricados de cada tecido
Tecido Volume de Produção
Corococó 8.000 metros
Xadrezinho 16.000 metros
Total 24.000 metros
Apresentar
A distribuição das despesas indiretas de fabricação aos produtos.
i) Rateios em cascata
Departamentos de Serviços Departamentos de produção
Itens Adm. Manutenção Fabricação Pintura Total
Aluguel

Força luz

Seguros
Mat. Ind.
Totais

Distribuição dos totais para os departamentos de produção


Administra

SOMA
Manutenção
SOMA

GESTÃO DE CUSTOS - 45
-
Alocação dos departamentos aos produtos ( base horas volume fabricado)

Corococó
Xadrezinho
Totais

4. APLICAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO - (CIF)


Consiste no estabelecimento prévio dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF´s)
que incorrerão no período, adotando-se como base de cálculo um elemento comum a
todos os produtos da linha produzida, no período produtivo, quase sempre horas/MOD ou
horas/máquina.

4.1 Utilização prática


 Longo ciclo produtivo;
 Participação em concorrências ou tomada de preços;

4.2 Desenvolvimento da metodologia

a) Escolha do critério de apropriação a ser utilizado

b) Elaborar as seguintes previsões


 Volume de produção;
 CIF´s variáveis totais;
 CIF´s fixos totais do período;

4.3. Tratamento contábil dos CIF´s aplicados

 Os CIF´s aplicados são contabilizados a Débito de Estoque de Produtos em


Processo ou de algum departamento

 Apurados os custos reais são eles confrontados, com os custos previstos para
poder estabelecer as variações ocorridas, a serem contabilizadas, quando de sua
apuração.

4.4 Análise das variações -

No confronto real x previsto, podem ocorrer dois tipos de variação:

GESTÃO DE CUSTOS - 46
-
a) Variação de volume - CIF aplicado menos CIF aplicado ajustado ao volume
real.
b) Variação de custo - CIF aplicado ajustado ao volume real menos CIF Real.

Atenção: as variações encontradas devem ser alocadas proporcionalmente ao


consumo de CIF´s reais em todas as fases do processo produtivo.

4.5. Caso prático

CIF `s Previstos - em junho de x0

Previsão de Horas máquina (HM) 10.000 / (HM)


CIF´s Variáveis previstos (R$) 200,00 / HM
CIF´s Fixos previstos 3.000.000,00
Critério de CIF aplicado Hora Máquina (HM)
Taxa de aplicação de CIF = [(200, x 10.000) + 3.000.000] / 10.000 = 500,00 / HM

CIF `s Reais - apurados em julho de x0:

Horas máquinas incorridas 9.600 HM


CIF´s Totais Incorridos 4.920.000,00
Vendas 80 % da produção

Desenvolvimento da solução

(a) Análise das variações

Variação do volume (VV) CIF aplicado menos CIF aplicado ajustado ao volume
real.
Volume estimado  500,00/HM x 10.000 HM =
5.000.000,00
(-) Volume real  500,00/HM x 9.600 HM = 4.800.000,00
Variação de volume (falta do valor real) 200.000,00

Variação do custo (VC) CIF aplicado ajustado ao volume real menos CIF real.
Custo CIF aplicado * volume real  500,00/HM x 9.600 HM
4.800.000,00
(-) Custo real (apurado nos levantamentos) 4.920.000,00
Variação de volume () (120.000,00)

Variação total (VT)


VV + VC  200.000,00 + (120.000,00) = (f)
80.000,00

GESTÃO DE CUSTOS - 47
-
(b) Contabilização

Estoque de produtos em elaboração


5.000.000
a CIF Aplicados
5.000.000

CIF Real
4.920.000
a Contas Pagar
4.920.000

Produtos acabados
5.000.000
a Produtos em Elaboração
5.000.000

CPV
4.000.000
a Produtos acabados
4.000.000

CIF Aplicados
80.000
a CPV
64.000
a Produtos Acabados
16.000

Estoque Produto CIF Aplicados CIF Real


Processo
a) 5.000.000 e) 5.000.000 b) 4.920,000
5.000.000 (c 4.920.000 (a 4.920.000 (e
f)
80.000

Estoque Produto Contas a pagar CPV


Acabado
c) 4.000.000 b) 64.000
5.000.000 (d 4.920.000 d) (f
4.000.000
16.000
(f
3.936.000
984.000

GESTÃO DE CUSTOS - 48
-
Atenção: cabe atentar que o CPV apurado corresponde a 80% (volume de vendas do
período) dos custos reais e não dos custos aplicados. 4.920.000 x 80% =
3.936.000,00

5 MATERIAIS DIRETOS

Os materiais diretos utilizados na transformação em novos produtos, pelas


indústrias, são conhecidos, genericamente, pela designação de Matéria prima.
As decisões sobre a utilização de Matéria prima são de ordem técnica, umas e de
ordem administrativa operacional, outras. Uma vez estabelecidos os padrões técnicos do
material a ser utilizado, na fabricação de novos produtos, na área operacional surgem três
aspectos fundamentais, para o bom desempenho da linha produtiva, sujeitos a uma
tomada de decisão tempestiva e adequada, envolvendo justamente os materiais, nos
seguintes aspectos:

 Avaliação do material - montante e valor dos materiais adquiridos;

 Controle de material - funções de compra, fluxo e inspeção do consumo


adequado;

 Programação de material - estoques mínimos, lotes econômicos, etc.

5.1 Materiais diretos comprados: formação do seu custo

O valor dos materiais adquiridos é formado por todos os gastos incorridos para a
colocação do ativo em condições de serem utilizados na linha de produção. Compõem o
valor dos materiais, normalmente os seguintes elementos:.
 Custo líquido da aquisição dos materiais;
 Fretes e seguros dos materiais adquiridos, até ao armazém (almoxarifado) do
comprador, quando eles forem de sua responsabilidade;
 Impostos não recuperáveis, incidentes sobre os materiais,
 Imposto de importação e despesas alfandegárias, nos materiais importados.

5.2 Materiais em estoque: critérios de avaliação

As empresas podem adotar no controle de seus estoques, geralmente, o método


temporário e o método permanente. Considerando as características gerais das indústrias
e, mais precisamente, a complexidade da determinação adequada do custo dos estoques
GESTÃO DE CUSTOS - 49
-
de Matéria prima, neste item, a metodologia abordada para determinar tal custo e o valor
do estoque será a do método permanente utilizando os seguintes critérios na sua
aplicação prática:
 Preço médio ponderado móvel ou custo médio;
 Preço médio ponderado: fixo;
 PEPS - primeiro que entra, primeiro que sai (FIFO);

5.3 Caso prático: avaliação dos materiais em estoque

A Cia. Gama apresentou as seguintes informações sobre sua movimentação de


Matéria prima, no mês de março/2.000, conforme planilha a seguir:
Data Histórico Volume (kg) Preço (R$/Kg) Valor Total *
*
02.03 Saldo anterior 2.000 2,50 5.000,00
05.03 Compra 5.000 2,50 12.500,00
Frete da compra acima 500,00
07.03 Compra 3.000 2,40 7.200,00
12.03 Requisição 8.000
15.03 Compra 4.000 2,55 10.200,00
20.03 Compra 3.000 2,60 7.800,00
25.03 Requisição de material 7.000

Atenção: (*) o preço e o valor total são líquido, já deduzidos dos impostos
recuperáveis.

Desenvolvimento da solução

(a) Preço médio ponderado móvel (custo médio móvel)

Data Entrada Saída Saldo


QTD. Pu PTo QTD. Pu Pto QTD. Pu PTo
02 2.000 2,50 5.000,00

GESTÃO DE CUSTOS - 50
-
05 2,50 12.500,00 18.000
2, ,00
5.000 0,10 500,00 7.000
57
07 3.000 2,40 7.200,00 10.000 2,52 25.200,00

12 8.000 20.160,00 2.000 2,52 5.040,00

15 4.000 2,55 10.200,00 6.000 2,54 15.240,00

20 3.000 2,60 7.800,00 9.000 2,56 23.040,00

25 7.000 17.920,00 2.000 2,56 5.120,00

C 15.000 38.200,00

SI 2.000 5.000,00

Total 17.000 43.200,00 15.000 38.080,00 2.000 5.120,00

(-) (=)
Onde:
QTD  quantidade; Pu  preço unitário; PTo  preço
total;
C  compras; SI  saldo inicial.
Observações sobre o preenchimento
(i) todo o controle do saldo e das saídas é feita na coluna saldo;

(ii) Coluna saldo (nas compras)


QTD. = quantidade anterior mais quantidade comprada

PTo = valor anterior mais valor da compra

Pu = PTo / QTD.

Coluna saldo

QTD. = quantidade anterior menos quantidade consumida

PTo = quantidade vezes preço médio anterior

Pu = PTo / QTD. ou preço médio anterior

(iii) Coluna Saída (Matéria prima consumida)

QTD. = quantidade vendida

PTo = apurado na coluna saldo (saldo anterior menos saldo após a


venda)

Pu = não é utilizado

(b) Preço médio ponderado fixo (custo médio fixo)


GESTÃO DE CUSTOS - 51
-
Data Entrada Saída Saldo
QTD. Pu PTo QTD. Pu PTo QTD. Pu PTo
02 2.000 2,50 5.000,00

05 2,50 12.500,00 18.000


5.000 0,10 500,00 7.000 ,00

07 3.000 2,40 7.200,00 10.000 25.200,00

15 4.000 2,55 10.200,00 14.000 35.400,00

20 3.000 2,60 7.800,00 17.000 2,54 43.200,00

8.000

7.000 38.120,00 2.000 2,54 5.080,00

C 15.000 38.200,00

SI 2.000 5.000,00

Total 17.000 43.200,00 15.000 38.120,00 2.000 5.080,00

Observações sobre o preenchimento

(i.) As compras do mês são lançadas em primeiro lugar, antes das saídas
mesmo que estas tenham ocorrido em data anterior à da compra;

(ii.) Lançadas as compras é apurado o preço médio do período PTo / QTD.

(iii.) Apurada a média das compras são lançadas todas as vendas do mês

(iv.) O estoque é apurado multiplicando a quantidade após as vendas pelo preço


médio

(v.) O custo é apurado pela diferença entre o saldo acumulado de todas as


compras e o saldo acumulado final, apurado após o registro de todas as
vendas.

(c) PEPS (FIFO) - primeiro a entrar é o primeiro a sair

Data Entrada Saída Saldo


QTD. Pu PTo QTD. Pu PTo QTD. Pu PTo
02 2.000 2,50 5.000,00

05 5.000 2,60 13.000,00 5.000 2,60 13.000,00

07 3.000 2,40 7.200,00 3,000 2,40 7.200,00

GESTÃO DE CUSTOS - 52
-
12 2.000 2,50 5.000,00 0 0

5.000 2,60 13.000,00 0 0

1.000 2,40 2.400,00 2.000 2,40 4.800,00

15 4.000 2,55 10.200,00 4.000 2,55 10.200,00

20 3.000 2,60 7.800,00 3.000 2,60 7.800,00

25 2.000 2,40 4.800,00 0 0

4.000 2,55 10.200,00 0 0

1.000 2,60 2.600,00 2.000 2,60 5.200,00

C 15.000 38.200,00

SI 2.000 5.000,00

Total 17.000 43.200,00 15.000 38.000,00 2.000 5.200,00

5.4 Materiais diretos: tratamento dos impostos na aquisição

(a) De materiais diretos adquiridos de empresas industriais

 IPI - Imposto sobre produtos industrializados – sua base de cálculo é o


custo dos produtos. O valor do imposto apurado sobre essa base é agregado ao valor do
custo para formar o valor da Nota Fiscal. O IPI é um imposto recuperável pelas indústrias,
logo não integra o custo.

 ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços.- sua base de


cálculo é a mesma do IPI. O valor do imposto está embutido no valor da Nota fiscal.
Imposto recuperável, portanto, também não integra o custo dos materiais

(b) De materiais diretos adquiridos de empresas comerciais


 ICMS – Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços – sua base
de cálculo é o valor da própria nota fiscal, no qual está embutido. Como é recuperável não
integra o custo.

(c) Tratamento contábil


Imposto recuperável - quando o imposto é recuperável não integra o custo do
produto sendo contabilizado como imposto a recuperar e será utilizado para compensar o
imposto a recolher, incidente sobre as vendas, determinando o valor do imposto a pagar.
Exemplos mais usuais:

GESTÃO DE CUSTOS - 53
-
IPI - nas operações entre empresas industriais
ICMS - nas empresas comerciais, exceto quando forem os consumidores do
produto.
Imposto não recuperável – quando o imposto não é recuperável ele passa a
integrar o valor do produto sendo contabilizado como custo do mesmo.
Exemplos
IPI - nas compras feitas por empresas comerciais em empresas industriais.
ISS Imposto sobre Serviços - incidente sobre os serviços prestados por
pessoas estranhas à empresa, seu valor está embutido no valor do serviço ou a ele se
agrega quando for destacado, na respectiva nota fiscal.
II Imposto de Importação - incidente sobre os produtos importados, quando
da liberação aduaneira, seu valor se agrega ao custo do produto, para todos os usuários
e efeitos.

5.5 Caso prático - tratamento contábil dos impostos

Uma indústria adquiriu de outra indústria, a prazo, 20.000 kg de material a R$1,00


o quilo. O material foi integralmente utilizado na fabricação de outros produtos sendo
acrescidos no processo produtivo R$ 22.500,00 de MOD e R$ 16.500,00 de CIF´s
diversos.
Materiais e produto final: sujeitos a IPI de 10% e ICMS de 15%. O produto final foi
vendido para uma empresa comercial, a prazo, por R$ 110.000,00, conforme nota fiscal
de venda.

Desenvolvimento da solução

Demonstração dos cálculos


Da compra dos materiais
Custo do produto = QTD x Preço  20.000 x 1,00 =
20.000,00
IPI = Custo produto * alíquota IPI  20.000,00 * 10% = 2.000,00
ICMS = Custo produto * alíquota ICMS  20.000,00 * 15% = 3.000,00
Valor da nota fiscal = Custo + IPI  20.000,00 + 2.000,00 =
22.000,00
Da venda do produto final, para o consumidor final
Valor de venda = R$ 110.000,00

GESTÃO DE CUSTOS - 54
-
IPI = Custo produto * alíquota IPI
Custo do produto: Valor NF / (1 + alíquota decimal do IPI)
Custo do produto = 110.000,00 / 1,10  100.000,00
IPI = 100.000,00 * alíquota IPI  100.000,00 * 10% =
10.000,00
ICMS = Custo produto * alíquota ICMS  100.000,00 * 15% =
15.000,00

Contabilização
Estoque de Materiais IPI a Recuperar ICMS a recuperar
a) 17.000 17.000 (b a) 2.000 2.000 (k a) 3.000 3.000 (l

Fornecedores a pagar CIF


MOD
22.000 (a c) 22.500 22.500 (e d) 16.500 16.500 (f

Contas a pagar Estoque Produto Estoque Produto


Processo Acabado
22.500 (c b) 17.000 56.000 (g g) 56.000 56.000 (h
16.500 (d e) 22.500
39.000 f) 16.500
50.000,00 56.000

CPV ICMS sobre Vendas Venda (Receita


operacional)
h) 56.000 j) 15.000 100.000 (i

IPI a Recolher ICMS a Recolher Duplicatas a Receber


m) 10.000 10.000 (i n) 15.000 15.000 (j i) 110.000

Alternativa para o registro contábil do IPI na venda


Duplicatas a Receber Venda (Receita Bruta) IPI sobre Vendas
a) 110.000 110.000 (a b) 10.000

IPI a Recolher
10.000 (b

GESTÃO DE CUSTOS - 55
-
Valor do IPI e ICMS a pagar ( em qualquer alternativa adotada para o
IPI)

IPI a Pagar ICMS a Pagar


k) 2.000 10.000 (m l) 3.000 15.000 (n
8.000,00 12.000,00

5.6 Casos especiais

a) Perdas
 Normais - Fazem parte do custo de produção;
 Anormais - São lançadas como perdas do período.

b) Subprodutos
1. Possuem mercado regular, mas preço irrisório;
2. O resultado de sua venda reduz o custo de produção.

c) Sucatas
 Possuem mercado esporádico e preço irrisório;
 O resultado de sua venda é tratado como Receita Eventual.

EXERCÍCIOS

1. A Indústria Brasília adquiriu em abril Matérias primas para utilizar na


industrialização de seus produtos, com as seguintes características:
a. Dados da nota fiscal de aquisição:
• valor da Matéria prima: $ 2.000,00
• valor do IPI: $ 200,00
• valor do ICMS destacado na NF $ 340,00
b. A empresa pagou $ 240,00 pelo frete das Matérias primas até o seu
estabelecimento;
c. Utilizou 40% das matérias-primas, na fabricação de seus produtos.
Sabendo-se que, dos tributos referidos, apenas o ICMS é recuperável, apresentar
o valor das Matérias primas a ser apropriado aos custos da produção:

2. Apresente o custo unitário da Matéria prima, que foi adquirida pela Indústria de
Auto Peças Gavião Ltda., localizada em Belo Horizonte (MG), em dezembro de
2000, nas seguintes condições:
1. Compra de 1.900 quilos da Matéria prima Y, de um fornecedor localizado no
interior do Rio Grande do Norte.
2. Preço cobrado pelo fornecedor, na nota fiscal, $ 130,00 por quilo.
3. Frete de $ 7.000,00, pago pelo comprador, realizado por uma transportadora
Alagoana;
4. Prêmio de $ 1.700,00, do seguro contra riscos diversos, no transporte da
Matéria prima, pago pelo comprador.
GESTÃO DE CUSTOS - 56
-
5. Sobre o valor total da Matéria prima, houve incidência de $ 31.200,00
referentes ao ICMS e $ 25.000,00 referentes ao IPI.

3. No mesmo mês a mesma Indústria Gavião Ltda. adquiriu, também, 9.000 caixas de
papelão para embalar as peças fabricadas, por ocasião da respectiva venda.
Pela compra, pagou ao fornecedor o total de $ 30.000,00, incluindo $ 4.900,00 de
ICMS e $ 3.000,00 de IPI.
Gastou $ 1.300,00 com o transporte desse material, desde o depósito do
fornecedor até ao armazém de seu parque fabril.
Exclusivamente com base nas informações recebidas, nos conceitos estudados e
na boa prática contábil,
Apresente
O custo de aquisição de cada caixa de papelão:

4. Numa determinada empresa industrial, o fluxo de Matéria prima durante o ano foi o
seguinte:
I. Saldo inicial:
item 1 – 5.000 u a R$ 1,00 cada uma
item 2 – 8.000 u a R$ 0,75 cada uma
item 3 – 4.000 u a R$ 2,75 cada uma
II. Compras:
item 1 – 12.000 u a R$ 1,00 cada uma
item 3 - 6.000 u a R$ 2,75 cada uma
III. Entregas à produção:
item 1 - 3.500 unidades
item 2 – 2.000 unidades
item 3 – 3.000 unidades
IV. Matérias primas defeituosas, devolvidas aos fornecedores:
item 1 – 200 unidades
V. Matérias primas excedentes, devolvidas ao almoxarifado pela fábrica:
item 2 – 50 unidades
Efetuadas essas operações, pede-se:
Apresentar: o saldo final da conta matérias-primas.

5. A Doce Rio Fumega utiliza, para sua produção de doces finos por encomenda,
considerável quantidade de clara e gema de ovos. Em seu primeiro mês de
atividades, registrou-se a seguinte movimentação desse item:
Dia 4: Compra de 90 dúzias pelo valor total de $ 99.
Dia 11: consumo de 20 dúzias.
Dia 14: Compra de 42 dúzias a $ 1,32 a dúzia.
Dia 17: consumo de 18 dúzias.
Dia 24: compra de 60 dúzias por R$ 76,80.
Dia 29: Consumo de 54 dúzias.
Analisando as várias alternativas para apurar o custo do material consumido, o
gerente da empresa verificou que, caso utilizasse o método PEPS e registro
permanente de inventário, teria apurado um lucro bruto de $ 3.963,24 na venda de
seus produtos, naquele mês.
Considerando que os demais custos incorridos totalizaram $ 3.963,24, pede-se
preencher as fichas de controle de estoque e calcular o lucro bruto do mês, utilizando
os critérios:
a) PEPS.
b) Custo médio ponderado móvel.
c) Custo médio ponderado fixo.
GESTÃO DE CUSTOS - 57
-
PEPS
Dia Entradas Saídas Saldos
Qde. Preço/un Total Qde. Preço/un Total Qde. Preço/un Total

TOTAL

CUSTO TOTAL RESULTADO


MATÉRIA PRIMA RECEITA
Outros custos (-) CUSTOS
TOTAL LUCRO BRUTO

CUSTO MÉDIO PONDERADO


MÓVEL
Dia Entradas Saídas Saldos
Qde. Preço/un Total Qde. Preço/un Total Qde. Preço/un Total

TOTAL

CUSTO TOTAL RESULTADO


MATÉRIA PRIMA RECEITA
Outros custos (-) CUSTOS
TOTAL LUCRO BRUTO

CUSTO MÉDIO PONDERADO


FIXO

GESTÃO DE CUSTOS - 58
-
CUSTO TOTAL RESULTADO
MATÉRIA PRIMA RECEITA
Outros custos (-) CUSTOS
TOTAL LUCRO BRUTO

6. Considere as seguintes operações de movimentação no estoque de


determinada Empresa, que possuía um estoque inicial de 95 unidades avaliadas em $
4.275:
a) Compra de 110 unidades por $ 50 , cada ;
b) Venda de 120 unidades por $ 150 , cada ;
c) Compra de 80 unidades por $ 55 , cada ;
d) Venda de 140 unidades por $ 140 , cada ;
e) Devolução de 30 unidades vendidas em (d) ;
f) Compra de 180 unidades por $ 60 , cada ;
g) Abatimento referente a compra em (f) : $ 2.700 ;
h) Venda de 165 unidades por $ 150 , cada .
i) Abatimento sobre a venda realizada em (h) : $ 750.

Com as informações apresentadas, apurar o valor do ESTOQUE FINAL, o valor do CMV


e o LUCRO BRUTO, utilizando o método do Custo Médio Ponderado Móvel para
avaliação de estoques:

  FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE    


   
HISTÓRICO ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
  CUSTO CUSTO CUSTO
QT CUSTO TOTAL QT CUSTO TOTAL QT CUSTO TOTAL
UNIT UNIT MÉDIO

EI
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
(F)
(G)
(H)
 (I)

TOTAIS

D. R. E.
1. RECEITA BRUTA
2. DEDUÇÕES
-

GESTÃO DE CUSTOS - 59
-
-
3. RECEITA LÍQUIDA
4. CMV
5. LUCRO BRUTO

6. MÃO DE OBRA DIRETA

Mão de obra direta - tempo gasto pelos operários no processo produtivo, cujo
trabalho é identificado diretamente com os produtos fabricados.
Mão de obra direta – de um modo objetivo é o tempo do operário medido que
é gasto diretamente na produção de um bem ou serviço, multiplicado pela taxa horária do
mesmo operário.
Ociosidade – é a diferença entre o tempo em que o operário fica à disposição
da empresa e aquele efetivamente por ele trabalhado, como por exemplo, domingos,
feriados, etc.

Mão de obra indireta - tempo gasto pelos operários no processo produtivo, cujo
trabalho não é identificado diretamente com os produtos fabricados.

6.1 Composição do custo da Mão de obra direta

O custo da mão de obra direta é o conjunto do valor do salário pago ao operário


mais os encargos sociais incidentes sobre ele
O salário, por sua vez, é determinado pelo valor contratado, entre as partes, mais
os direitos trabalhistas dados ao trabalhador,

GESTÃO DE CUSTOS - 60
-
Composição salarial: carga de trabalho e benefícios

Semana de 6 dias Carga horária semanal máxima do trabalhador: 44 horas


Salário hora contratual; Repouso semanal remunerado (RSR) e feriados;
13º salário; Férias anuais com adicional constitucional de 1/3 das
férias

Encargos sociais financeiros de responsabilidade do empregador

 Previdência Social (INSS) 20,0 %


 Seguro Acidentes no Trabalho (SAT) (maior risco) 3,0 %
 Terceiros (sistema “S”)
 Salário Educação 2,5 %
 SESI ou SESC 1,5 %
 SENAI ou SENAC 1,0 %
 INCRA 0,2 %
 SEBRAE 0,6 % 5,8%
 Fundo de Garantia por tempo de serviço (FGTS) 8,0 %
Total dos encargos financeiros %

6.2. Caso prático de apuração do custo MOD / h

A Indústria Original contratou um funcionário para trabalhar na sua linha de


produção com a remuneração de R$ 5,00 / hora.
Qual o impacto no custo da MOD anual considerando as duas alternativas que o
empregado tem relativas ao seu período de férias: (a) 30 dias; (b) 20 dias.

Desenvolvimento dos cálculos


Carga horária diária
Carga (máxima) semanal / quantidade de dias na semana
44 horas / 6 dias = 7,33333 horas por dia.
60 minutos * 0,33333 = 19,9998 ≡ 20 minutos,
portanto, a carga horária diária é de 7 horas e 20 minutos .

Carga horária anual: para 30 dias de férias

GESTÃO DE CUSTOS - 61
-
Dias disponíveis no ano

Número de dias, num ano. 365 dias


(-) Feriados oficiais, num ano. (12) dias
(-) Férias: 30 dias de repouso (30) dias
(-) Repouso semanal (descontando 4 semanas das férias) (48) dias
(=) Número de dias do empregado à disposição do 275 dias
empregador

Horas disponíveis num ano

QTD dias * carga horária diária  275 dias * 7,333333 = 2.016,7 horas
anuais.

Remuneração anual do empregado

Dias H / dia Horas R$ / h. Valor


Salário anual 275 7,333 2.016,70 5,00 10.083,50
Repousos semanais 48 7,333 352,00 5,00 1.760,00
13º salário 30 7,333 220,00 5,00 1.100,00
Feriados 12 7,333 88,00 5,00 440,00
Férias 30 dias 30 7,333 220,00 5,00 1.100,00
Adicional Constitucional 1/3 10 7,333 73,33 5,00 366,67
Remuneração do empregado 14.850,17
Encargos sociais 36,8% 5.464,86
Custo total anual do empregado 20.315,03

Valor efetivo da hora do empregado: Custo MOD / hora


Custo anual / quantidade de horas disponíveis  20.315,03 / 2.016,7 =
10,07

Carga horária anual: para 20 dias de férias


Dias disponíveis no ano

Número de dias, num ano. 365 dias


(-) Feriados oficiais, num ano. (12) dias
(-) Férias: 20 dias de repouso (20) dias

GESTÃO DE CUSTOS - 62
-
(-) Repouso semanal (descontando 3 semanas das férias) (49) dias
(=) Número de dias do empregado à disposição do 284 dias
empregador

Horas disponíveis num ano

QTD dias * carga horária diária  284 dias * 7,333333 = 2.082,7 horas
anuais.

Remuneração anual do empregado

Dias H / dia Horas R$ / h. Valor


Salário anual 284 7,333 2.082,70 5,00 10.413,50
Repousos semanais 49 7,333 359,33 5,00 1.796,67
13º salário 30 7,333 220,00 5,00 1.100,00
Feriados 12 7,333 88,00 5,00 440,00
Férias 20 dias 20 7,333 146,67 5,00 733,33
Adicional Constitucional 1/3 6,666 7,333 48,89 5,00 244,44
Remuneração do empregado (1) 14.727,94
Abono pecuniário de férias 10 7,333 73,33 5,00 366,67
Abono Constitucional 1/3 3,333 7,333 24,44 5,00 122,22
Remuneração do empregado 15.216,83
Encargos sociais incidentes s/(1) 36,8% 5.419,88
Custo total anual do empregado 20.636,71

Valor efetivo da hora do empregado: Custo MOD / hora


Custo anual / quantidade de horas disponíveis  20.636,71 / 2.082,7 =
9,91

6.3. Casos especiais de remuneração de Mão de obra

a) Ociosidade:
 Necessária – é custo direto dos produtos integrando a MOD;
 Cíclica (Normal) – é custo indireto dos produtos, alocado por rateio;
 Anormal (Esporádica) – é custo indireto dos produtos, alocado por rateio.

b) Horas extras
 Normal (Contratual) – é custo direto dos produtos integrando a MOD
 Cíclica – é custo indireto dos produtos, alocado por rateio;

GESTÃO DE CUSTOS - 63
-
 Anormal (esporádica) – é custo direto dos produtos integrando a MOD

c) Gastos decorrentes
 Vestuário; alimentação, transporte, assistência médica, educação – são
custos indiretos do produto, alocados por rateio

EXERCÍCIOS

1. Calcule o custo total, por hora, do salário do operário contratado por R$


3,00/hora, considerando os seguintes dados:
 Mês 220 horas;
 Dias de duração do ano: 365;
 Domingos: 52 dias;
 Feriados e dias santificados: 8 dias;
 Ausência ao trabalho justificadas (remuneradas): 5 dias;
 Férias: 30 dias;
 FGTS: 8%;
 Contribuição para o IAPAS: 20%;
 Seguro de Acidente de trabalho: 2%;
 Sistema S + INCRA: 5,8%.

a) cálculo do custo anual


b) quantidade de horas disponíveis no ano
c) custo da Mão de obrapor hora (item 1/item2=$MOD/h) 6,0218

2. Observe os dados abaixo, coletados de uma Indústria Móveis e responda ao


que se pede:
 Contribuições para terceiros:
 SENAI 1,0%
 SESI 1,5%
 SALÁRIO EDUCAÇÃO2,5%
 INCRA 0,2%
 SEBRAE 0,6% 5,8%

GESTÃO DE CUSTOS - 64
-
 SEGURO COM ACIDENTE DO TRABALHO 1 % (risco leve)
 INSS 20,0%
 FGTS 8,0%
 FERIADOS 12 dias
 CUSTO/HORA DO OPERÁRIO R$ 5,00
 FÉRIAS 30 dias

PEDE-SE:
I. Calcular e demonstrar o custo anual da mão-de-obra;
II. Calcular e demonstrar as horas disponíveis no ano;
III. Calcular e demonstrar o custo da mão-de-obra/hora;
IV. Calcular o acréscimo do custo homem/hora, em função dos encargos sociais; e
V. Apropriar o custo de Mão de obra direta (MOD) ao produto A que consumiu 60 h
e ao produto B que consumiu 35 h.

3. Calcule o custo total, por hora, do salário do operário contratado por R$ 3,0/hora,
considerando os seguintes dados:
 Mês de 220 horas;
 Dias de duração do ano: 365;
 Domingos: 52 dias;
 Feriados e dias santificados: 8 dias;
 Ausências ao trabalho justificadas: 5 dias;
 Férias: 30 dias
 FGTS: 8%
 INSS: 20%;
 SAT: 2%;
 SISTEMA S + INCRA: 5,8%

4. Durante um determinado mês, uma indústria Produtora de Sonhos, realizou as


transações indicadas em seguida:
a. Compra a prazo de 10 unidades de determinada matéria-prima pelo valor de $ 100
cada, acrescido de 10% de IPI. O ICMS foi de 18%.
b. Requisição, pela produção, de 8 unidades da matéria-prima.
c. apropriação da Mão de obra direta de $ 300 e de Mão de obra indireta de $ 200,
incorridos no mês. O pagamento será efetuado no mês seguinte.
d. Apropriação do aluguel da fábrica no valor de $ 250.
e. Registro da depreciação fabril no valor de $ 400.
f. Ao fim do mês, os gastos gerais de fabricação (custos indiretos) foram apropriados
ao estoque de produtos em elaboração.
g. Ao fim do mês, a Mão de obra direta foi apropriada ao estoque de produtos em
elaboração.
h. Seis unidades foram acabadas e transferidas para os estoques de produtos
acabados pelo custo de $ 225 cada, totalizando $ 1.350.
i. Foram vendidas, à vista, 2 unidades a $ 400 cada, com o IPI de 10% e o ICMS de
18%.

APURAÇÃO CONTÁBIL

Matéria prima Estoques de Produtos em


Elaboração

GESTÃO DE CUSTOS - 65
-
Mão-obra-obra Direta Mão de obra Indireta

Aluguel da Fábrica Encargos de Depr. - Fábrica

Estoques de Produtos CPV


Acabados

5. Contabilize a folha de pagamento da Cia. PVSN, a partir dos seguintes dados:


FOLHA DE PAGAMENTO (Em $)
PESSOAL SALÁRIOS CONTRIBUIÇÕES IR – SALÁRIOS
BRUTOS PREVIDENCIÁRIAS FONTE LÍQUIDOS
EMPREGADOR EMPREGADOR
MOD 120.000 42.000 12.000 18.000 90.000
MOI 80.000 28.000 8.000 12.000 60.000
Produção 200.000 70.000 20.000 30.000 150.000
Vendas e 100.000 35.000 10.000 15.000 75.000
Administração
TOTAL 300.000 105.000 30.000 45.000 225.000

GESTÃO DE CUSTOS - 66
-
7. TIPOS DE PRODUÇÃO

7.1. Produção por ordem de serviço

É o tipo de produção no qual todos os custos são agrupados numa conta específica
representando a ordem de produção ou encomenda.

7.1.1 Contabilização

 Agrupar todos os custos em uma única conta específica;


 A conta só deixa de receber custos quando a ordem é encerrada;
 Caso ocorram perdas parciais dois procedimentos podem ser adotados:
Manutenção dentro da ordem;
Transferência para custos indiretos e rateio.
 Caso ocorram perdas totais devem ser baixadas a perdas do período.

7.1.2 Caso prático

A Indústria Bossa adota o sistema de ordem de produção, no seu trabalho. Em 30 de junho


de x0, apresentou a seguinte movimentação de ordens de pagamento (OP)

Inventários OP / 201 OP / 202 OP / 203 OP / 204 OP / 205 Total

Matéria prima 100.000

GESTÃO DE CUSTOS - 67
-
Produtos em Processo 10.000 13.000 12.000 35.000

Produtos Acabados 25.000 20.000 45.000


Em Jul x0, a empresa realizou as seguintes operações:
a) Aquisição de Matéria prima a prazo por 50.000,00;
b) Requisição de matéria prima para as OP´s, conforme segue:

OP 203 OP/ 204 OP/ 205 OP/ 206 OP/ 207 OP/ 208 OP/ 209
10.000,00 12.000,00 13.000,00 15.000,00 10.000,00 8.000,00 7.000,00

c) Apontamento de MOD às OP´s como segue:

OP 203 OP/ 204 OP/ 205 OP/ 206 OP/ 207 OP/ 208 OP/ 209
12.000,00 15.000,00 18.000,00 20.000,00 10.000,00 9.000,00 6.000,00

d) Os CIF´s são aplicados às OP´s com base em 150% do valor da MOD;


e) As OP´s 201; 202, 203, 204 e 205 são acabadas e transferidas para produtos
acabados.

Contabilização
Estoque Mat. Prima Estoque Produto Estoque Produto
Processo Acabado
SI) 75.000 (b) SI) 182.500 (e) SI) 45.000
100.000 35.000
a) 50.000 b) 75.000 e)
182.500
c) 90.000
d) 135.000

75.000 152.500 227.500

Fornecedores Contas a pagar CIF Aplicados


50.000 90.000 135.000
(a) (c) (d)

MOD
c) 90.000 90.000 (c)

EPP OP 203 EPP - OP 204 EPP – OP 205


SI) 50.000 (e) SI) 62.500 (e) SI) 70.000 (e)
10.000 13.000 12.000
GESTÃO DE CUSTOS - 68
-
b) 10.000 b) 12.000 b) 13.000
c) 12.000 c) 15.000 c) 18.000
d) 18.000 d) 22.500 d) 27.000

50.000 62.500 62.500 70.000 70.000


50.000

EPP - OP 206 EPP – OP 207 EPP – OP 208


b) 15.000 b) 10.000 b) 8.000
c) 20.000 c) 10.000 c) 9.000
d) 30.000 d) 15.000 d) 13.500

65.000 35.000 30.500

EPP - OP 209 EPA – OP 201 EPA – OP 202


b) 7.000 25.000 20.000
c) 6.000
d) 9.000

22.000
EPA - OP 203 EPA OP 204 EPA OP 205
e) 50.000 e) 62.500 e) 70.000

Saldos finais

Estoque Matéria. Prima 75.000,00


Estoque Produtos em Processo 152.500,00
Estoque Produtos Acabados 227.500,00

GESTÃO DE CUSTOS - 69
-
EXERCÍCIOS

1. A Indústria de Máquinas ABC recebeu, em 06/12/X0, uma encomenda de duas


máquinas de corte da Metalúrgica Alfa, para entrega no prazo de três meses. A
encomenda é registrada na Ordem de Produção nº 101 e, no decorrer de dezembro, são
requisitados Materiais Diretos no valor de $ 120.000 e houve um apontamento da Mão de
obra Direta no valor de $ 80.000. o final de dezembro, são rateados os CIF e a OP nº 101
recebe o equivalente a $ 50.000.

2. A empresa Tarefeoir Ltda. fabrica seu principal produto por encomenda


antecipadas. Nesse tipo de atividade, os custos são acumulados numa conta específica
para cada ordem de produção (ou encomenda). A apuração só ocorre quando do
encerramento de cada ordem.

Em 31.01.01 estavam em andamento às seguintes ordens de produção:


Ordem de Matéria- MOD CIF Total
Prod. prima
001 30.000 12.00 20.00 62.000
0 0
002 100.000 40.00 50.00 190.00
0 0 0

Em fevereiro de 2001 os gastos com Matéria prima e Mão de obra foram de:
Ordem de Matéria MOD
Prod. prima
001 45.000 28.800
002 135.000 50.400
003 297.000 64.800
Total 477.000 144.00
0

GESTÃO DE CUSTOS - 70
-
Os custos indiretos de fabricação em fevereiro de 2001 totalizaram $ 225.000 e foram
apropriados proporcionalmente ao custo com a mão-de-obra.

Sabendo-se que as ordens 001 e 002 foram concluídas em fevereiro e foram faturadas
aos clientes por $ 350.000 e $ 580.000, respectivamente, e que os produtos são isentos
de tributação, pede-se:
Apurar e demonstrar o Resultado Operacional Bruto.

3. Considere as seguintes informações:


1. Ordens de produção existentes em 01.03.X0:
Ordem de Prod. MAT MOD CIF
94.140 20.000,0 15.000 4.500
0
94.145 9.000,00 14.000 4.200
94.146 2.000,00 1.000 300

2. Os gastos de março de 19X0 foram:


Ordem de Prod. MAT MOD
94.140 6.000 3.000
94.145 5.000 7.000
94.146 3.000 2.000
94.147 10.000 2.000
94.148 8.000 6.000

3. Os gastos gerais de produção, no mês, foram de $ 6.000 e foram


apropriados proporcionalmente aos gastos com Mão de obra direta;
4. As ordens de produção 94.145, 94.146 e 94.148 foram completadas e
entregues durante o mês.
Pede-se: o CPV.

4. Uma indústria de CD´s , que produz e embala seus produtos para a indústria
fonográfica, utiliza um sistema de custos por Ordem de Produção. Suas operações, no
mês de maio, estão resumidas a seguir :
a) Compra de materiais no período ( todos a prazo ) : $ 15.500,00
b) Materiais requisitados para a produção e mão de obra utilizada na produção :
Nº das OP´s Materiais Mão de Obra
100 $ 2.650,00 $ 1.770,00
101 $ 1.240,00 $ 650,00
102 $ 980,00 $ 420,00
103 $ 3.240,00 $ 1.900,00
104 $ 1.000,00 $ 500,00
105 $ 2.100,00 $ 1.760,00
Uso geral $ 450,00 $ 650,00
c) Custos Indiretos de Fabricação incorridos no período : $ 2.050,00
d) Depreciação das máquinas fabris : $ 1.750,00
e) Os Custos Indiretos de Fabricação são aplicados à taxa de 70% da MOD
f) Ordens de Produção concluídas : nºs 100, 101, 102 e 104
g) Ordens de Produção comercializadas : nos 100, 101 e 102

GESTÃO DE CUSTOS - 71
-
Com as informações apresentadas, sabendo que não existiam quaisquer estoques
iniciais, determinar os estoques finais dos materiais diretos, dos produtos em fabricação e
dos produtos acabados , bem como o Custo dos Produtos Vendidos ( CPV ), do período.
Para resolução, utilizar a tabela a seguir:

Ordem de Material
Mão de Obra CIF Total
Produção Direto
101 1.240,00 650,00 455,00 2.345,00
102 980,00 420,00 294,00 1.694,00
103 3.240,00 1.900,00 1.330,00 6.470,00
104 1.000,00 500,00 350,00 1.850,00
105 2.100,00 1.760,00 1.232,00 5.092,00
100 2.650,00 1.770,00 1.239,00 5.659,00
TOTAIS 11.210,00 7.000,00 4.900,00 23.110,00

5. COLORE – INDÚSTRIA DE TV LTDA.


A Colore que fabrica televisores, de 32”, LCD, marca “COLORE”, apresentou as seguintes anotações
de seus gastos e volume de atividade, num determinado período produtivo:
VOLUME DE ATIVIDADE = Televisores 30.250
Gastos no mês $
Custo total com matérias-primas 6.655.000,00
Custo total com Mão de obra direta 3.161.125,00
Depreciação das máquinas fabris 550.000,00
Mão de obra indireta 1.100.000,00
Aluguel do prédio do escritório 137.500,00
Energia elétrica do escritório 38.500,00
Vigilância das lojas comerciais 55.000,00
Vigilância da fábrica 192.500,00
Salários e encargos pessoal administrativo 2.475.000,00
Manutenção das máquinas da fábrica 82.500,00
Energia elétrica da fábrica 56.375,00
Salários dos vendedores 685.000,00
Tributos sobre as vendas 2.998.100,00
Total dos gastos no período 18.186.600,00
Apresente
1. Custo unitário de cada televisor, ao final do período produtivo, pelo método:
a. Custeio por absorção;
b. Custeio direto.
2, Comentário crítico comparativo ente os dois métodos de custeio,
3.. O estoque físico e financeiro sabendo que 80% dos televisores produzidos
foram comercializados:
4. O resultado do período, sabendo que os tributos sobre vendas englobam IPI
(alíquota 8%) e ICMS (alíquota 12%)

Quadro 1. Separação dos gastos


Custos. Custos Despesas Gastos
variáveis Fixos fixas Totais
Custo total com matérias-primas
Custo total Mão de obra direta
Depreciação máquinas fabris
Mão de obra indireta
GESTÃO DE CUSTOS - 72
-
Vigilância da fábrica
Manutenção máquinas fabris
Energia elétrica da fábrica
Aluguel prédio escritório
Energia elétrica escritório
Vigilância lojas comerciais
Salários encargos administração
Salários dos vendedores
Tributos sobre vendas
Totais

Quadro 2. Apuração do custo de produção


Itens do custo ABSORÇÃO DIRETO
Custos variáveis
(+) Custos Fixos
(apropriados)
(=) custo da produção

Quadro 3. Demonstração do custo unitário dos televisores, pelo método de:


Elementos ABSORÇÃO DIRETO
Quantidade televisores
Custo unitário

Quadro 4. Cálculo do estoque, físico e monetário, pelo método de:


Estoque de televisores ABSORÇÃO DIRETO
Físico

Quadro 5. Cálculo do volume das vendas brutas

Quadro 5. Demonstração do resultado


DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABSORÇÃO DIRETO
Vendas brutas
(-) IPI
(=) RECEITA OPERACIONAL BRUTA

GESTÃO DE CUSTOS - 73
-
(-) DEDUÇÕES (ICMS sobre base de cálculo)
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) CPV
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS FIXAS
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO

6. A Industrial ABC Ltda. trabalha na produção por encomenda. Em 30/09/2011, estavam


abertas as seguintes ordens de produção com seus custos já apropriados:
OP MP MOD CIF
021 12.000 4.800 8.000
022 40.000 16.000 20.000
No mês de outubro foi iniciada a OP 023 e continuada a produção das anteriores,
contabilizados os seguintes custos:
OP MP MOD
021 18.000 12.000
022 50.000 20.000
023 120.000 30.000

O montante dos custos indiretos nesse mês foi igual a R$ 270.000 e foram apropriadas as
ordens de produção de maneira proporcional ao custo direto.
Sabendo-se que as ordens de produção números 021 e 023 foram encerradas e faturadas
aos clientes por R$ 95.000 e R$ 350.000, respectivamente, o valor do lucro bruto que
essas ordens geraram foi igual a:
a) R$ 60.200
b) R$ 57.302
c) R$ 45.800
d) R$ 42.020
e) R$ 136.200

7.2 Produção contínua ou por processo

É o tipo de produção no qual os produtos são fabricados em série para atender a


um volume de vendas estimado.

7.2.1 Equivalente de produção

 É um artifício utilizado para se calcular o custo por unidade quando existem


produtos em elaboração nos finais de cada período;

 Significa o número de unidades que seriam totalmente iniciadas e acabadas


caso o custo fosse aplicado somente a elas e não para terminar completamente umas e
parcialmente outras;

7.2.2 Caso prático

GESTÃO DE CUSTOS - 74
-
A Cia Sacada apresentou os seguintes dados em maio x1:

Itens Deptº A Deptº B Deptº C


Unidades acabadas 30.000 25.000 21.000
Unidades existentes no final do 5.000 5.000 4.000
processo
Estágios de fabricação 60% 50% 40%
Custos de fabricação:
Material direto 20.000,00 3.000,00 10.000,00
MOD 28.000,00 4.750,00 10.000,00
CIF 18.000,00 1.000,00 7.900,00

Sabendo-se que todos os produtos produzidos no Deptº A passam pelo Deptº B e


depois pelo Deptº C, pretende-se determinar:

(a) Produção equivalente para os três departamentos;

(b) Custos unitários para os três departamentos;

c) Valor dos inventários finais: EPA e EPP.

(a) Apuração da produção equivalente para dois departamentos

ITENS DEPTº A DEPTº B DEPTº C

(-) Inventário Inicial 0,00 0,00 0,00


(+) Unidades Completadas, no período. 30.000 25.000 21.000
(+) Inventário Final vezes Estágio de
acabamento
 Deptº A ( 5.000 U x 0,60) 3.000
 Deptº B (5.000 U x 0,50) 2.500
 Deptº C ( 4.000 U x 0,40) 1.600
(=) Produção equivalente 33.000 27.500 22.600

(b) Apuração dos custos unitários para os dois departamentos

CUSTOS DEPTº A DEPTº B DEPTº C

MAT 20.000,00 3.000,00 10.000,00


MOD 28.000,00 4.750,00 10.000,00

GESTÃO DE CUSTOS - 75
-
CIF 18.000,00 1.000,00 7.900,00
TOTAL 66.000,00 8.750,00 27.900,00
Custo Unitário Deptº A (66.000/ 33.000 U) 2,00
Transferido. p/Deptº B (30.000 U * 2,00) 60.000,00
Total do Deptº B 68.750,00
Custo Unitário Deptº B (68.750/27.500U) 2,50
Transferido p/ Deptº C (25.000 U * 2,50) 62.500,00
Total do Deptº C 90.400,00
Custo Unitário Deptº C (90.400 / 22.600U) 4,00

(c)Apuração dos inventários finais

ITENS
Produtos acabados no Deptº C (21.000 U x 84.000,00
4,00)
Produtos em processo
 Deptº A (3.000 U x 2,00) 6.000,00
 Deptº B (2.500 U x 2,50) 6.250,00
 Deptº C (1.600 U x 4,00) 6.400,00 18.650,00

Total 102.650,00

EXERCÍCIOS

19. Suponhamos que 1.000 unidades de Q foram iniciadas no período e que, ao final
deste, 600 estão totalmente acabadas e 400 estão produzidas pela metade. Custo de
Produção do Período é igual a $ 200.000. Pede-se:
a) Determinar o custo da produção acabada
b) Determinar o custo dos produtos em elaboração

GESTÃO DE CUSTOS - 76
-
20. A Cia. Kappa utiliza o sistema de custeamento por processo. Num determinado mês, em que
não havia estoque inicial de Produtos em Elaboração, foi iniciada a produção de 1.000 unidades do
produto X, das quais 800 foram acabadas no período. O quadro abaixo reproduz o total dos custos
de produção incorridos no período e o grau de acabamento das 20 unidades restantes em elaboração,
por tipo de custo:
Tipo de Total dos Grau de acabamento
Custo custos dos produtos em
incorridos elaboração
MAT 500.000 100%
MOD 300.000 80%
CIF 900.00 50%

Dispondo somente das informações acima, pede-se:


a) O saldo da conta produtos em elaboração;
b) O valor a ser transferido no mês para a conta de Produtos acabados:
c) Admitindo-se que esta tivesse iniciado o mês com um estoque de 400
unidades acabadas a um custo unitário de $ 1.700 e que 900 unidades
tivessem sido vendidas no mês, o valor do CPV, se utilizado o critério do
Custo Ponderado Móvel para a avaliação de seus estoques;
d) E se fosse utilizado o critério PEPS.

21. O Balanço de 28.02.X0 apresentou os seguintes dados (em $):


MAT 800.000
Produtos em 300.000
elaboração
Produtos prontos 1.500.000

A empresa produz um único produto e os saldos de balanço representam 500 peças, que
estavam no estágio de elaboração equivalente a 50% do produto pronto, e 1.250 peças
prontas.
No mês de março de 19X0 foram registrados os seguintes custos de produção (em $):
MAT 3.600.000
MOD 7.200.000
CIF 1.200.000

No período foi concluída a produção de 6.000 peças, sendo parte do estoque inicial, e foi
iniciada a produção de 7.500 peças que estavam, em 31.03.X0, no estágio de elaboração
equivalente a 30% do produto pronto.
A metade do estoque de produtos prontos foi vendida, em março de X0, ao preço unitário
de $ 2.500,00.
Os estoques, em 31/03/X0, de Produtos em Elaboração, utilizando-se o critério PEPS,
eram de (em $):
Custo de Produção do Período (CPP)

MAT 3.600.000
MOD 7.200.000
CIF 1.200.000
TOTAL 12.000.000

22. Uma empresa industrial, fabricante de produtos para o mercado de construção e


manutenção residencial, apresentou os seguintes números em seu balancete de
31.12.2005:

GESTÃO DE CUSTOS - 77
-
Contas $
Lixas 1.000
Custos de manuseio de materiais 35.000
Lubrificantes e líquidos refrigeradores 2.500
Mão de obra indireta 20.000
Mão de obra direta 150.000
Materiais diretos – 01.01.2005 20.000
Gastos de funcionamento do escritório (aluguel, luz, 9.000
etc.)
Gastos de materiais de escritório em geral 4.000
Salários administrativos 25.000
Gastos de atendimento ao cliente 50.000
Gastos de distribuição dos produtos 35.000
Salários de marketing 50.000
Promoções de marketing 30.000
Receitas das Vendas no período 680.000
Materiais diretos comprados no período 23.000
Seguro contra incêndio para os equipamentos fabris 1.500
Manutenção dos equipamentos de fábrica 2.000
Depreciação – equipamentos da fábrica 18.000
Custos de aluguel da fábrica 27.000
Produtos em fabricação – 31.12.2005 7.000
Produtos em fabricação – 01.01.2005 5.000
Produtos Acabados – 31.12.2005 75.000
Produtos Acabados – 01.01.2005 50.000
Materiais diretos – 31.12.2005 25.000
Com as informações apresentadas responda ou prepare o que se pede :
1. Uma tabela ou demonstração para a apuração do custo de produção, considerando a
seqüência de cálculos necessários para determinar o Custo dos Produtos Vendidos.
2. Supondo que os custos apresentados são relativos à produção de 900.000 unidades,
determinar
2.1 – o custo unitário dos materiais diretos
2.2 – o custo primário unitário
2.3 – o custo indireto unitário
2.4 – o custo do aluguel da fábrica, por unidade produzida

23. Os gastos da empresa Cruz & Garcia Indústria Eletrônica em determinado período foram:
Contas $
Comissão de vendedores $ 2.000
Salários $ 6.300
Matéria-prima consumida $ 8.750
Salários da administração $ 4.250
Depreciação na fábrica $ 1.625
Seguros da fábrica $ 3.250
Despesas Financeiras $ 1.250
Honorários da Diretoria $ 750
Materiais diversos – fábrica $ 925
Energia elétrica – fábrica $ 2.125
Manutenção – fábrica $ 1.750
Despesas de entrega $ 2.500
Comunicações $ 125
Material de consumo – escritório $ 325
Total de gastos $ 35.925
GESTÃO DE CUSTOS - 78
-
Com os dados apresentados e sabendo que os salários diretos da fábrica representam
4/7 dos salários totais, que 1/3 do restante dos salários refere-se ao setor de vendas e
que o saldo remanescente é considerado como mão-de-obra indireta, pede-se :

(a) Apurar o Lucro Líquido do Exercício, sabendo que a Receita Líquida de Vendas
foi de $ 50.417, que o custo da produção acabada corresponde a 70% do custo
da produção do período, que foram comercializados 60% dos produtos
terminados e que a alíquota da tributação direta é de 24%.

D. R. E.
1. RECEITA LÍQUIDA
2. CPV
3. LUCRO BRUTO
4. DESP. OPERACIONAIS
- Comerciais
- Administrativas
- Financeiras
5. L.A.I.R.
6. TRIBUTAÇÃO
7. L.L.E.

24. Uma empresa industrial apresentava em seu Balanço de 28.02.X 0 os seguintes


dados :
 Matérias Primas $ 2.000,00
 Produtos em Elaboração $ 750,00
 Produtos Acabados $ 3.750,00
A empresa produz um único produto e os saldos de balanço representavam 100 peças,
que estavam no estágio de elaboração, equivalente a 50% do produto pronto e mais 250
peças acabadas.

No mês de março de X0 foram registrados os seguintes custos de produção:


 Matérias Primas $ 9.000,00
 Mão de Obra Direta $ 18.000,00
 Custos Indiretos de Fabricação $ 3.000,00

No período foi concluída a produção de 1.200 peças, sendo 100 do estoque inicial, e foi
iniciada a produção de 1.500 peças que estavam, em 31.03.X0, no estágio de elaboração
equivalente a 40% do produto pronto.

A metade do estoque de produtos acabados foi vendida, no próprio mês de março, ao


preço unitário de $ 50,00.

Considerando que os custos devem seguir uma seqüência cronológica, calcular os


estoques de produtos em elaboração e de produtos acabados da empresa em 31.03.X0.

25. No segundo trimestre de 2002, A Indústria Esse de Produtos Fabris concluiu a


produção de 600 unidades do item X2, tendo logrado vender 400 dessas unidades, ao
preço unitário de R$ 120,00.
No mesmo período foram coletadas as seguintes informações abaixo:
GESTÃO DE CUSTOS - 79
-
 Custo variável unitário R$ 20,00.
 Total de Custos Fixos R$ 18.000,00.
 Despesas variáveis de vendas de R$ 2,00 por unidade.
 Inexistência de Estoque Inicial de Produtos no período.
Com base nas informações acima, feitas as devidas apurações, determine:
a) o Custo dos Produtos Vendidos;
b) o Estoque Final de Produtos; e
c) o Lucro Líquido do Período, calculados, respectivamente, por meio do Custeio por
Absorção e do Custeio Variável.

26. A Cia. Alfa apresentou os seguintes custos e despesas relativos ao mês em que iniciou suas
atividades:
Matérias primas R$ 36.000
MOD 24.000
Depreciação dos equipamentos de fabricação - taxa linear de 10% a.a 4.000
Aluguel do imóvel da fábrica 12.000
Energia elétrica consumida pelas máquinas 4.800
MOI 8.000
Materiais Indiretos 7.200
Despesas Administrativas 6.000
Despesas com Vendas 3.800
Dos elementos do custo, são considerados variáveis os relativos a matérias-primas,
MOD, energia elétrica e materiais indiretos. Em relação às despesas, as
administrativas são consideradas fixas e as de vendas, variáveis.
A empresa iniciou a produção de 260 unidades no período, dos quais 40 permaneciam
em processo final de acabamento de 50%. Das unidades acabadas, 190 foram
vendidas ao preço unitário de R$ 500,00.

Pede-se: a partir somente desses dados, responda o que se pede:


a) o valor do estoque final de produtos em elaboração utilizando-se o custeio
variável;
b) o valor do estoque final de produtos em elaboração utilizando-se o custeio por
absorção;
c) o valor do estoque final de produtos em elaborados utilizando-se o custeio
variável;
d) o lucro bruto no custeio por absorção;
e) no custeio variável, a margem de contribuição unitária;
f) o lucro líquido utilizando-se o custeio por absorção;
g) o lucro líquido utilizando o custeio variável.

27. Considere o enunciado abaixo para responder as duas questões seguintes:


No segundo mês de produção de uma empresa foram iniciadas 20.000 unidades de
produção das quais 18.000 foram terminadas, ficando 2.000 unidades semi-acabadiças.
Nesse mesmo mês, foram terminadas 1.500 unidades que eram semi-acabadiças no final
do mês anterior. Nas unidades semi-acabadiças do mês anterior, 2/3 de todos os custos
já haviam sido aplicados. Nas unidades semi-acabadiças do mês, 50% de todos os custos
já foram aplicados. O custo total de produção (diretos e indiretos) do período e de R$
487.500,00.
O custo total aplicado à produção semi acabada no mês anterior foi de R$ 15.000. A
empresa produz um só produto.

79. Utilizando-se a técnica de equivalente de produção, o custo unitário médio do mês


e, em reais,
GESTÃO DE CUSTOS - 80
-
a) 50
b) 45
c) 30
d) 25
e) 15

80. Utilizando-se a técnica de equivalente de produção, o custo total da produção


acabada no mês e, em reais,
a) 502.500
b) 487.500
c) 477.500
d) 450.500
e) 435.000

7.3 Produção conjunta

Ocorre quando a mesma Matéria prima gera diversos produtos no decorrer do


mesmo processo produtivo, como: produção de álcool; abatedouro de gado; refino de
petróleo etc.

7.3.1 Distinção entre co-produtos, subprodutos e sucatas.

Têm em comum o fato de serem obtidos da mesma Matéria prima durante o


mesmo processo produtivo possuindo, entretanto, características técnicas bem diferentes,
a saber:

Co-produtos - têm mercados específicos, preços similares, estoques próprios e


sua receita é tratada como receita operacional;
Subprodutos - têm mercado regular mas preço irrisório, não têm estoques
próprios e sua receita líquida é tratada como redução dos custos de produção;

Sucatas - têm mercado esporádico e preço irrisório, não têm estoque próprio e sua
receita líquida é tratada como receita eventual.

7.3.2 Apropriação dos custos comuns da produção aos co-produtos

Nos co-produtos os custos diretos devem ser rateados pelos produtos, por serem
gerados simultaneamente, não havendo, em razão disso, como distinguir os custos
diretos de cada um deles.
Considerando os aspectos técnicos da produção os custos diretos incorridos
devem ser apropriados aos diversos co-produtos através de métodos de apropriação
próprios:

GESTÃO DE CUSTOS - 81
-
(a) Método do valor de mercado – utiliza como base de rateio a receita
potencial de cada um dos co-produtos. Este método é o mais utilizado na prática

(b) Método dos volumes produzidos - utiliza como base de rateio o volume
produzido por cada um dos co-produtos.

(c) Método da igualdade do lucro bruto - utiliza como base de rateio o lucro
bruto por unidade, considerando que esse lucro bruto será o mesmo para cada um dos
co-produtos.

(d) Método das ponderações – utiliza, de forma aperfeiçoada, o método do


volume produzido, atribuindo peso a cada co-produto decorrente de parâmetros
mercadológicos tais como:
(1) Grau de dificuldade,
(2) Importância estratégica,
(3) Facilidade de venda.

7.3.3 Caso prático

A Cia. Moendas Remoendo, em junho /2000 triturou 125 toneladas de cana-de-


açúcar adquirida por R$ 0,20 o quilo, líquidos de impostos. O processamento da Matéria
prima (cana-de-açúcar) apresenta as seguintes características:

 Transformação em álcool: perda de 20%, da Matéria prima.

 Co-produtos obtidos:
 Álcool “A” - usado para a produção de cachaça;
 Álcool “B” - usado para fins farmacêuticos;
 Álcool “C” - usado para combustível.

 Outros custos incorridos


 Mão de obra R$ 20.000,00
 CIF´s diversos R$ 15.000,00

 Informações adicionais
(1) (2)
Co-produtos Volumes produzidos Preço de venda Peso

Álcool A 25.000 Litros 0,80 2


Álcool B 30.000 Litros 1,00 3
Álcool C 45.000 Litros 0,60 1
(3)
Total 100.000 Litros

Observações:
(1)
preço de venda – é preço líquido de impostos por litro do produto (R$ / L)

GESTÃO DE CUSTOS - 82
-
(2)
peso – é o grau atribuído em relação à importância dos produtos para o
mercado
(3)
total – Matéria prima adquirida ajustada pelo percentual de perda no
processamento
125.000 kg * (100% - 20%)  125.000 kg * 80% = 100.000 litros

a) Método do valor de mercado

(a1) Apuração dos custos comuns a todos os produtos

Itens Desenvolvimentos dos cálculos Custos


MAT 125.000 T x 0,20 (preço da tonelada) 25.000,00
MOD Valor informado 20.000,00
CIF Valor informado 15.000,00
Total 60.000,00

(a2) Apuração da receita prevista pela venda de toda a produção


PVu Volume Receita % Part. Rateio dos Custos
Co-
(a) (b) (c) = (a * b) (d) (e)
produtos
Álcool A 0,80 25.000 20.000,00 25,97 15.582,00
Álcool B 1,00 30.000 30.000,00 38,96 23.376,00
Álcool C 0,60 45.000 27.000,00 35,07 21.042,00
Total 100.000 77.000,00 100,00 60.000,00
(d) % participação:apurado pela fórmula: Receita de cada produto / Receita
total
(e) Rateio dos custos:  custos (planilha a1) * % de participação

(a3) Apuração do lucro bruto por produto e total


Itens Álcool A Álcool B Álcool C Total
Receita líquida 20.000,00 30.000,00 27.000,00 77.000,00
(-) CPV (15.582,00) (23.376,00) (21.042,00) (60.000,00)
(=) Lucro bruto 4.418,00 6.624,00 5.958,00 17.000,00

b) Método dos volumes produzidos

(b1) Rateio dos custos conjuntos


GESTÃO DE CUSTOS - 83
-
Co-produtos (a) Volume (b) % Participação Rateio (a1 * b)

Álcool A 25.000 25,00 15.000,00


Álcool B 30.000 30,00 18.000,00
Álcool C 45.000 45,00 27.000,00
Total 100.000 100,00 60.000,00

(b2) Apuração do lucro bruto por produto e total


Itens Álcool A Álcool B Álcool C Total
Receita líquida 20.000,00 30.000,00 27.000,00 77.000,00
(-) CPV (15.000,00) (18.000,00) (27.000,00) (60.000,00)
(=) Lucro bruto 5.000,00 12.000,00 0,00 17.000,00

c) Método da igualdade do lucro bruto unitário


Lucro unitário = lucro bruto total / volume total da produção
Lucro unitário = 17.000,00 / 100.000 litros = R$ 0,17 por litro

(c1) Rateio dos custos conjuntos


Lucro
(b) (c) Lucro Bruto (d) Receita (e) Rateio
Co- (a) Volume Bruto Total (a * b) Total (d – c)
produtos Unitário
Álcool A 25.000 0,17 4.250,00 20.000,00 15.750,00
Álcool B 30.000 0,17 5.100,00 30.000,00 24.900,00
Álcool C 45.000 0,17 7.650,00 27.000,00 19.350,00
Total 100.000 0,17 17.000,00 77.000,00 60.000,00

(c2) Lucro bruto por produto e total


Itens Álcool A Álcool B Álcool C Total
Receita líquida 20.000,00 30.000,00 27.000,00 77.000,00
(-) CPV (15.750,00) (24.900,00) (19.350,00) (60.000,00)
(=) Lucro bruto 4.250,00 5.100,00 7.650,00 17.000,00

d) Método das ponderações

GESTÃO DE CUSTOS - 84
-
(d1) Rateio dos custos comuns aos produtos
Co- (a) (b) (c) Volume (d) % (e) Rateio
produtos Volume Pesos ponderado Part. (% * custos)
(a*b)
Álcool A 25.000 2 50.000 27,03 16.218,00
Álcool B 30.000 3 90.000 48,65 29.190,00
Álcool C 45.000 1 45.000 24,32 14.592,00
Total 100.000 185.000 100,00 60.000,00
Apuração do %  volume ponderado de cada produto / volume total ponderado

(d2) Lucro bruto por produto e total


Itens Álcool A Álcool B Álcool C Total
Receita líquida 20.000,00 30.000,00 27.000,00 77.000,00
(-) CPV (16.218,00) (29.190,00) (14.592,00) (60.000,00)
(=) Lucro bruto 3.782,00 810,00 12.408,00 17.000,00

EXERCÍCIOS

1. A Cia. Omicron utiliza o método do valor de mercado para apropriação dos custos
conjuntos aos três co-produtos A, B e C, produzidos a partir da mesma matéria-prima.
São os seguintes os custos de produção:
Matéria prima 10.000.000
Mão de obra e encargos 6.000.000
Outros custos industriais 2.000.000

São os seguintes os valores de venda, por quilograma, e as quantidades produzidas:


Co- Valor de Quantidade Valor total
produtos venda Produzida de
Por quilo kg Venda R$
A 480 10.000 4.800.000
B 160 60.000 9.600.000
C 240 40.000 9.600,000
Total 24.000.000

Considerados os dados fornecidos, pode-se afirmar que os custos conjuntos, por quilo, a
serem apropriados aos co-produtos A, B e C são, respectivamente, de
a) 163,64; 163,64; 163,64.
b) 218,18; 218,18; 218,18.
c) 360,00; 120,00; 180,00.
d) 480,00; 160,00; 240,00.
e) 981,90; 54,57; 122,74.

GESTÃO DE CUSTOS - 85
-
8 MÉTODOS DE CUSTEIO

Métodos de custeio constituem a forma pela qual os custos são apropriados e


contabilizados Existem vários métodos de custeio, neste trabalho irão ser abordados os
seguintes.

Custeio por absorção ou custeio pleno - consiste na alocação de todos os


custos de produção, variáveis ou fixos, aos produtos quer sejam apropriados de forma
direta quer de forma indireta (rateio).

Custeio direto ou variável - consiste na alocação dos custos variáveis aos


produtos sendo os custos fixos separados e considerados como despesas do período.

Custeio padrão - consiste no método de controle de custos que pode utilizar,


indistintamente, os sistemas de absorção e variável na sua aplicabilidade.

8.1 Custeio por absorção ou custeio pleno

GESTÃO DE CUSTOS - 86
-
O custeio por absorção contempla todos os custos de transformação em cada uma
das fases do processo produtivo, valendo-se de critérios de rateio para proceder à
transferência dos custos dos outros centros para os centros produtivos e destes para
cada um dos produtos.
Entende-se que um custo é absorvido quando atribuído a um produto ou unidade
de produção. Sua utilização não permite um controle adequado dos custos de produção
vez que pelos critérios de rateio adotados o respectivo custo unitário é afetado pela
quantidade produzida. Assim torna difícil sua aplicabilidade prática em projeções
orçamentárias além de não identificar atividades que não agregam valor ao produto.
O custeio por absorção só aloca aos produtos os custos de produção. As despesas
são separadas e consideradas diretamente na apuração do resultado. Os custos com
materiais diretos, produtos em elaboração e produtos acabados são considerados nos
respectivos estoques.
O custeio por absorção como processo de atribuição de custos diretos e indiretos
aos produtos, deve atender aos seguintes critérios para sua elaboração.

1ª etapa - separar os custos de produção das despesas (custos do período)


2ª etapa - atribuir os custos diretos aos produtos com que são identificados
3ª etapa – distribuir os custos indiretos aos centros de custos (Departamentos)
4ª etapa – alocar os custos indiretos aos produtos, transferindo-os dos centros de
custos através de sistema de rateio previamente estabelecido.

Desenvolvimento do sistema
1. Separar custos e despesas;
2. Apropriar os custos diretos e indiretos à produção realizada no período
3. Apurar a produção acabada, no período produtivo;
4. Apurar o custo dos produtos vendidos;
5. Apurar o resultado do período.

8.2 Custeio direto ou custeio variável

O custeio direto só contempla os custos varáveis de transformação, nas várias


fases da produção. Ele só considera como custo de produção do período os custos
variáveis incorridos, nesse mesmo período.
O desenvolvimento deste método é o mais simples e objetivo possível. Partindo do
princípio de que os custos fixos existem, mesmo que nada seja produzido, ele considera
tais custos como despesas que serão consideradas diretamente na apuração do
resultado.
A utilização do método apresenta com característica própria, inerente
exclusivamente a ele, o fato de todos os estoques, de produtos em elaboração e

GESTÃO DE CUSTOS - 87
-
produtos acabados, bem como os custos dos produtos vendidos só contemplarem os
custos variáveis de produção.
Custos variáveis – são aqueles que em valor monetário absoluto são
proporcionais ao volume da produção oscilando em razão direta dos aumentos ou
reduções das quantidades produzidas;
Custos fixos – são aqueles que em valor monetário absoluto são considerados
estáveis, portanto, não oscilam em razão direta do aumento ou redução das
quantidades produzidas. Eles se mantêm constantes dentro de certos limites de
produção

8.3 Defesa dos critérios

CUSTEIO POR ABSORÇÃO


CUSTEIO DIRETO
 Atende à legislação fiscal  Uso gerencial e para projeções
 Adota o princípio da competência  Custo fixo considerado como
 Apresenta estoques mais despesa
adequados  Facilidade de elaboração

8.4 Comparação entre os critérios por absorção e direto ou variável

Desempenho
CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO DIRETO
 Fixar preço de venda em bases  Isola os custos fixo dos do
mais reais, pois contempla todos os custo de produção do período;
custos;  Não está sujeito a problemas
de rateio;
 Mais realista para avaliar os
estoques;  Evita manipulações;
Vantagens
 Apropria o custo fixo à produção;  Fornece ponto de equilíbrio;

 Atende ao princípio da  Fornece margem de


competência para alocar custos; contribuição.

 Mostra índices de liquidez mais  Oferece um melhor controle


reais para os custos fixos

 Não tem informação gerencial  Não é aceito na elaboração do


 Não oferece condições para balanço patrimonial
Desvantagens comparar os custos em bases  Fere os princípios contábeis

GESTÃO DE CUSTOS - 88
-
unitárias quando houver alteração  O valor do estoque não
da produção; mantém relação com o custo
 Não permite a identificação da total
relação custo- volume- lucro  Não permite o controle dos
 Dificulta o controle orçamentário custos de produção
e o estabelecimento de padrões;  Uso mais adequado a curto
prazo.

8.5 Caso prático

Ao fim de um determinado período produtivo a companhia Fabril apresentou a


seguinte ficha de anotações da produção desse período

(a) Informações básicas - em unidades

Período Produção Vendas Estoque Final

1º Semestre 30.000 20.000 10.000


2º Semestre 40.000 20.000 30.000
3º Semestre 50.000 60.000 20.000
4º Semestre 30.000 50.000 0

(b) Informações complementares

Preço de venda unitário R$ 200,00 Despesas unitárias de venda R$ 10,00


Custos variáveis unitários R$ 50,00 Os estoques são avaliados pelo método
PEPS
Despesa fixa semestral R$ Custos fixos totais por semestre R$
500.000,00 2.400.000,00

(c) Apresentar:
1) O resultado e o valor monetário dos estoques semestrais, pelos métodos:
a) Custeio por absorção
b) Custeio direto

GESTÃO DE CUSTOS - 89
-
2) O mapa comparativo dos resultados obtidos pelos dois métodos, em cada
semestre.

a) Custeio por absorção

(a1) Apuração do resultado semestral e total -

Itens 1º Sem. 2º Sem. 3º Sem. 4º Sem. Total

Vendas 4.000.000 4.000.000 12.000.000 10.000.000 30.000.000

(-) CPV (2.600.000) (2.400.000) (6.240.000) (5.860.000) (17.100.000)

Custos Variáveis (1.000.000) (1.000.000) (3.000.000) (2.500.000) (7.500.000)

Custos Fixos (1.600.000 (1.400.000) (3.240.000) (3.360.000) (9.600.000)


)

(=) Lucro Bruto 1.400.000 1.600.000 5.760.000 4.140.000 12.900.000

(-) Despesa Variável (200.000) (200.000) (600.000) (500.000) (1.500.000)

(-) Despesa.Fixa (500.000) (500.000) (500.000) (500.000) (2.000.000)

(=) Resultado 700.000 900.000 5.060.000 3.140.000 9.400.000

Volume monetário das vendas

1º e 2º Semestres = 20.000 * 200,00 = 4.000.000,00


3º Semestre = 60.000 * 200,00 = 12.000.000,00
4º Semestre = 50.000 * 200,00 = 10.000.000,00

Custo dos produtos vendidos


Custos variáveis
1º e 2º Semestres = 20.000 * 50,00 = 1.000.000,00
3º Semestre = 60.000 * 50,00 = 3.000.000,00
4º Semestre = 50.000 * 50,00 = 2.500.000,00
Custos Fixos (CF)

CF unidade = CF total / QTD produção  CF unidade * QTD vendida = CPV fixo

1º Semestre = 2.400.000 / 30.000 = 80,00 unidade  80,00 * 20.000 =


1.600.000,00

2º Semestre = 2.400.000 / 40.000 = 60,00/ unidade

10.000 unidades * 80,00 (lote anterior) = 800.000,00

10.000 unidades * 60,00 (lote atual) = 600.000,00


1.400.000,00

GESTÃO DE CUSTOS - 90
-
3º Semestre = 2.400.000 / 50.000 = 48,00 unidade

30.000 unidades * 60,00 (lote anterior) = 1.800.000,00

30.000 unidades * 48,00 (lote atual) = 1.440.000,00


3.240.000,00

4º Semestre = 2.400.000 / 30.000 = 80,00/ unidade

20.000 unidades * 48,00 (lote anterior) = 960.000,00

30.000 unidades * 80,00 (lote atual) = 2.400.000,00


3.360.000,00

Despesa variável (despesas de vendas)

Quantidade vendida * Despesa variável/ unitária


1º e 2º Semestres = 20.000 * 10,00 = 200.000,00
3º Semestre = 60.000 * 10,00 = 600.000,00
4º Semestre = 50.000 * 10,00 = 500.000,00

(a2) Apuração dos estoques -

Físico - Estoque inicial + quantidade produzida – quantidade vendida

Monetário ou financeiro – conforme demonstração a seguir

(a) Custos variáveis (b) Custos fixos (c) Estoque


Semestr
e Estoque físico * CVu Estoque físico * CFu (a + b)

1º 10.000 * 50,00 = 10.000 * 80,00 =


1.300,000,00
500.000 800.000
2º 30.000 * 50,00 = 30.000 * 60,00 =
3.300.000,00
1.500.000 1.800.000
3º 20.000 * 50,00 = 20.000 * 48,00 =
1.960.000,00
1.000.000 960.000
4º 0 0 0

GESTÃO DE CUSTOS - 91
-
b) Custeio variável (direto)

b1) Apuração do resultado semestral e total

Itens 1º Sem. 2º Sem. 3º Sem. 4º Sem. Total

Vendas 4.000.000 4.000.000 12.000.000 10.000.000 30.000.000

(-) CPV (1.000.000) (1.000.000) (3.000.000) (2.500.000) (7.500.000)

Custos (1.000.000) (1.000.000) (3.000.000) (2.500.000) (7.500.000)


Variáveis

(=) Lucro Bruto 3.000.000 3.000.000 9.000.000 7.500.000 22.500.000

(-) Despesa (200.000) (200.000) (600.000) (500.000) (1.500.000)


Variável

(=) MCt 2.800.000 2.800.000 7.400.000 7.000.000 21.000.000

(-) Custo Fixo (2.400.000) (2.400.000) (2.400.000) (2.400.000) (9.600.000)

(-) Despesa Fixa (500.000) (500.000) (500.000) (500.000) (2.000.000)

(=) Resultado (100.000) (100.000) 5.500.000 4.100.000 9.400.000

MCt = Margem de Contribuição total

b2) Apuração do estoque monetário (financeiro)

(a) Custos variáveis (b) Custos fixos (c) Estoque


Semestr
e Estoque físico * CVARu (a + b)

1º 10.000 * 50,00 = No custeio variável os


500,000,00
500.000 custos
2º 30.000 * 50,00 = fixos são considerados
1.500.000,00
1.500.000 como
3º 20.000 * 50,00 = despesa do exercício , não
1.000.000,00
1.000.000
4º 0 são incluídos no estoque. 0

GESTÃO DE CUSTOS - 92
-
9. CUSTO-PADRÃO

O custo-padrão, como visto, é um método de controle de custos que pode se


apresentar sob dois enfoques distintos:
Custo-padrão ideal - é o custo ideal de fabricação estabelecido para um
determinado item.
Custo-padrão corrente - é o valor que a empresa fixa como meta para um
determinado produto ou serviço, reconhecendo as deficiências sabidamente existentes de
materiais, Mão de obra, equipamentos, fornecimentos, etc.

9.1 Diferença entre padrão ideal e padrão corrente

Enquanto que no custo padrão ideal só se processa a exclusão das deficiências


apuradas, que “tecnicamente” não podem ser eliminadas, no custo padrão corrente a
exclusão, para ser realizada, leva em consideração todos os fatores de produção que a
empresa realmente tem à sua disposição ou possa vir a ter à sua disposição mediante
aquisição no mercado.

9.2 Características do custo-padrão

 Refaz toda a estrutura de custos e processos produtivos da empresa;

 Determina metas a serem atingidas tanto em volumes como em valores;

 Estabelece critérios rígidos de acompanhamento, permitindo a identificação


específica de onde ocorreram as diferenças principais;

 Não substitui ou exclui a apuração do custo real.

9.3 Contabilização do custo-padrão

 O custo-padrão pode ou não ser utilizado na contabilização;

 Se for utilizado como critério de contabilização, pode-se adotar uma das


alternativas e se contabiliza:

1. tudo pelo padrão, estabelecendo-se, posteriormente, as diferenças, caso


existam;

2. pelo padrão somente os estoques de produtos em elaboração e produtos


acabados;

GESTÃO DE CUSTOS - 93
-
3. todas as etapas pelo custo real e, somente a transferência aos produtos,
pelo padrão.

9.4 Variações custo-padrão x custo real

No processo produtivo é comum que os custos incorridos (custos reais) sejam


diferentes dos custos utilizados no padrão, neste caso devem ser adotadas as seguintes
providências:

 Identificadas as variações, devem ser registradas em contas próprias;

 As variações devem ser eliminadas proporcionalmente às etapas em que


ocorreram como se todo o processo houvesse sido realizado pelo custo real.

Tipologia das variações no custo-padrão

Elementos Variação de Fórmulas

Quantidade VQ = (QP – QR) * PP


Material direto Preço VP = (PP – PR) * QP
Mista VM = (QP – QR) * (PP – PR)

Eficiência VE = (EP – ER) * TP


Mão de obra Taxa VT = (TP – TR) * EP
direta
Mista VM = (EP – ER) * (TP – TR)

CIF (variável Volume CIF padrão (- ) CIF padrão ajustado pelo


ou fixo) volume real
Custo CIF padrão ajustado ao volume real (-) CIF real

GESTÃO DE CUSTOS - 94
-
Volume CIF padrão (-) CIF padrão ajustado ao volume
real
CIF (Variável Eficiência CIF padrão ajustado ao volume real (-) CIF
ou fixo) padrão ajustado ao nível de eficiência
Custo CIF padrão ajustado ao nível de eficiência (-) CIF
real

Onde:
VQ = variação de quantidade VE = variação de eficiência
QP = quantidade padrão EP = eficiência padrão
QR = quantidade real ER = eficiência real
PP = preço padrão TP = taxa padrão
VP = variação de preço VT = variação de taxa
PR = preço real TR = taxa real
VM = variação mista

9.5 Caso prático

A companhia Dora Celulose e Papel S/A, que trabalha com custo-padrão,


apresentou os seguintes resultados, apurados num determinado período produtivo e as
respectivas projeções orçamentárias realizadas para os mesmos cabendo, agora, fazer a
devida análise avaliativa.

ITENS CUSTO-PADRÃO CUSTO REAL

Matéria prima A 0,50 kg * 30,00/kg = 15,00 055 kg * 31,00/kg = 17,05


Matéria prima B 0,30 kg * 10,00/kg = 3,00 0,28 kg * 10,50/kg = 2,94
MOD 0,5 h * 8,00/h = 4,00 0.6 h * 8,10/h = 4,86
CIF Variáveis 0,20/ unidade 0,22/ unidade
CIF Fixos 2.800.000,00 2.871.000,00
Unidades 200.000 U 198.000 U
Produzidas
GESTÃO DE CUSTOS - 95
-
Horas trabalhadas 100.000 Hs 118.800 Hs

Determinar:
a) Matéria prima A e B: variações de quantidade, preço e mista;
b) MOD: variações da eficiência, da taxa e mista;
c) CIF Variáveis: variações de Volume (Capacidade) e de Custo (Dispêndio);
d) CIF fixos: variações de Volume (Capacidade) e Custo (Dispêndio) ;
e) Custos fixos: variações de Volume, Eficiência e Custo;
f) Taxa de ociosidade: da empresa.

a) Apuração das variações da Matéria prima

Matéria Prima “A”


VQ (QP – QR) * PP (0,50 – 0,55) * 30,00 = (1,50)
D
VP (PP – PR) * QP (30,00 – 31,00) * 0,50 = (0,50) D
VM (QP – QR) * (PP – PR) (0,05 * 1,00) = (0,05) D

VT = (2,05) D

Matéria Prima “B”


VQ (QP – QR) * PP (0,30 – 0,28) * 10,00 = 0,20
F
VP (PP – PR) * QP (10,00 – 10,50) * 0,30 = (0,15) D
VM (QP – QR) * (PP – PR) (0,02 * 0,50) = 0,01 F

VT = 0,06 F

b) Apuração das variações da Mão de obra


VE (EP – ER) X TP (0,50 – 0,60) X 8,00 = (0,80) D
VT (TP – TR) X EP (8,00 – 8,10) X 0,50 = (0,05) D
VM (EP – ER) X (TP – TR) (0,10 X 0,10) = (0,01) D
VT = (0,86) D

c) Apuração das variações dos CIF variáveis

GESTÃO DE CUSTOS - 96
-
VV = CIF Padrão – CIF Padrão ajustado ao volume real
VC = CIF Padrão ajustado ao volume real – CIF Real
VV (0,20 x 200.000) – (0,20 x 198.000) 40.000 – 39.600 = 400,00
F
VC (0,20 x 198.000) – (0,22 x 198.000) 39.600 – 43.560 = (3.960,00) D
VT = (3.560,00) D

d) Apuração das variações dos CIF fixos


VV = CIF Padrão – CIF Padrão ajustado ao volume real
VC = CIF Padrão ajustado ao volume real – CIF Real
2.800.000 ¸ 200.000 = 14,00
VV (14,00 x 200.000) – (14,00 x 2.800.000 – = 28.000,00
198.000) 2.772.000 F

VC 2.772.000 – = D
2.871.000 (99.000,00)
VT = D
(71.000,00)

e) Apuração das variações dos custos fixos


VV = CIF Padrão – CIF Padrão ajustado ao volume real
VE = CIF Padrão ajustado ao volume real – CIF padrão ajustado ao nível de
eficiência
VC = CIF Padrão ajustado ao nível de eficiência – CIF Real
2.800.000 ¸ 100.000 hs = 28,00
VV (14,00 x 200.000) – (14,00 x 2.800.000 – 28.000,00
198.000) 2.772.000 F

VE (14,00 x 198.000) – ( 28,00 x 2.772.000 – 554.400,00 D


118.800) 3.326.400
VC 3.326.400 – 455.400,00 F
2.871.000
VT 71.000,00 D

f) Apuração da taxa de ociosidade


[(2.772.000 – 2.871.000) / 2.772.000] * 100 = (3,571%)
GESTÃO DE CUSTOS - 97
-
10. CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADE (ABC)

10.1 Conceito

É uma metodologia desenvolvida para facilitar a análise estratégica de custos


relacionados com as atividades que mais contribuem para o consumo de recursos de uma
empresa.
O sistema “ABC” é uma resposta às dúvidas surgidas e questionamentos
formulados pelos gestores e estudiosos da matéria sobre o custeio por absorção, utilizado
pela contabilidade financeira, procurando respostas para as mudanças de paradigmas,
que estão ocorrendo no mundo dos negócios, cada vez mais competitivo e abrangente
passando, dessa forma, a exercer forte pressão por decisões mais abrangentes e efetivas
dos gerentes

10.2 Resumo histórico

 Existem registros históricos do uso de uma ferramenta semelhante ao ABC


na segunda metade do século XIX;

 Tem semelhanças com o trabalho de Taylor e Fayol durante o


desenvolvimento da administração científica, através da análise de tempos e movimentos
(atividades) das organizações;

 Tem origens e semelhanças com o método alemão conhecido como RKW;

 Passa a ser utilizado nos Estados Unidos, Europa e Japão, a partir da década
de 60;

 No Brasil, os estudos e pesquisas sobre o ABC iniciam-se na USP em 1989;

GESTÃO DE CUSTOS - 98
-
10.3 Principais mudanças nos paradigmas do ambiente de negócios

A globalização dos ambientes de negócios aliada ao desenvolvimento da


tecnologia de alta geração determinou o surgimento de novos paradigmas a serem
observados, também, no que diz respeito ao custeamento dos produtos;
As modificações foram muitas e profundas destacando-se, principalmente as
seguintes:

a) Os gerentes deverão estar cada vez mais preparados – os avanços


técnicos e estratégicos determinaram que os gerentes não podem mais ficar voltados
exclusivamente para a especialização dos seus postos de trabalho. O novo gerente
deverá atentar para os seguintes aspectos operacionais:

a1) Conhecer todo o processo, mas dando ênfase, especificamente, aos


seguintes aspectos:
 Cadeia formada por fornecedores e clientes, internos e externos;
 Necessidades gerenciais no plano operacional;
 Expectativas do planejamento estratégico;

a2) Entender que o preço é determinante do custo – esta mudança de


paradigma muda todo o enfoque da gestão focado, mais que nunca, na administração dos custos. Tal
visão pode-se ser consubstanciada no seguinte quadro resumo,

Situação existente Aspecto gerencial Resultado O foco do problema é


do
Reserva de mercado Custo + Lucro Preços Cliente
crescentes
Livre concorrência Preço – Custo Lucro Acionista
decrescente
Globalização Preço - Lucro Custo Gerente
decrescente

a3) Compreender que o combate deve ser às causa e não aos efeitos dos
problemas – com as mudanças ocorridas, no mundo moderno, os custos passaram a ter
maior impacto na administração de problemas de gestão operacional. A política de
corrigir o problema com o aumento de produtividade e redução dos preços de aquisição
dos fatores produtivos, não atendem mais à solução do desvio. As exigências dos clientes
vão desde a qualidade dos produtos, passando pela diversificação e preço, o que
determina a busca de posição competitiva no mercado.

GESTÃO DE CUSTOS - 99
-
b) Esforço continuado e competitivo para ganhar mercado – esta premissa
passa tanto pela qualidade dos produtos e atendimento quanto pela redução de preços,
para tornar o produto competitivo aos olhos dos consumidores. Tal postura determina a
busca incessante pela redução dos custos direcionados para as seguintes áreas
emblemáticas:

b1) Atividades que agregam valor – são aqueles que levam ao cliente a
percepção de que a sua realização agrega valor aos produtos e serviços e serviços
fornecidos;

b2) Utilização de direcionadores de custos –chamados, também, de geradores


de custos ou determinantes de custos são os fatores que podem afetar os custos totais,
Dessa forma o gerenciamento desses fatores é de fundamental importância. Estes
direcionadores tanto podem ser de ordem financeira, Mão de obra direta, materiais
diretos, quanto de ordem física, partes dos produtos, quantidade de serviços atendidos. A
administração dos direcionadores implica no estabelecimento de políticas estratégicas
visando atender o mercado e dotar produtos e serviços com algo que os possa diferenciar
dos demais., como menor custo, maior qualidade, melhor atendimento, atendimento das
expectativas dos clientes.

c) Mudança na formação e composição dos custos de produção – o


desenvolvimento tecnológico vem deslocando a ênfase dos custos indiretos, na formação
dos custos, em dentrimento dos custos de Mão de obra direta. Portanto o gestor deve
ficar atento, cada vez mais à influência dos custos indiretos de fabricação na formação do
custo.

A Mão de obra vem perdendo participação na formação do custo dos


produtos com a crescente importância e influência da tecnologia de ponta na formação do
custo,

d) A perda de importância dos departamentos, na formação dos custos –


além do uso crescente da tecnologia e de seu respectivo desenvolvimento o surgimento
de núcleos produtivos e outros modelos de organização de produtiva de bens e serviços,
visando o pleno atendimento das exigências dos consumidores, desloca a importância do
departamento no controle dos custos para as atividades.
O crescimento do foco nas atividades deve-se à preocupação de otimizar os
processos de produção em que essas atividades passam a ser vistas como os
verdadeiros consumidores de recursos em substituição aos produtos e serviços gerados
pelo processo.
Sob este ângulo o sistema de custeio ABC tem como primeira etapa o custeio
das atividades e posteriormente o custeio dos produtos. Atendo à máxima de que

GESTÃO DE CUSTOS - 100


-
“As atividades consomem recursos e os produtos consomem
atividades”

10.4 Natureza das atividades

As atividades não devem ser confundidas com os centros de custos e nem com
eles têm equivalência, pelos seguintes fundamentos:

 As atividades correspondem aos trabalhos realizados pelos operários (Mão de


obra direta) e pelas máquinas;

 Os centros de custo representam os grupamentos de funções associados a


lugares físicos nos quais é possível aglutinar várias atividades;

 Os recursos são consumidos pelas atividades nos diferentes centros de custo.

 Os bens e serviços, alvo dos custos necessitam de atividades que os fazem


passar pelas diversas fases da produção e centros de custos;

 As atividades são a resposta para a pergunta “Porque os custos foram


realizados?”

 Os centros de custo são a resposta para a pergunta “Onde os custos foram


realizados?”

10.5 Características do ABC

 É uma ferramenta fundamental para suporte de processos de gestão de


produção,

 Estabelece que os recursos de uma empresa são consumidos pelas suas


atividades e não pelos produtos que fabrica;
 Em vista disso, rastreiam-se as atividades relevantes, eliminando-se, por
conseguinte, as atividades que não agreguem valor ao produto;
 A análise de atividades busca o uso eficiente e eficaz dos recursos da
empresa, otimizando o valor dos produtos e serviços para o cliente e o lucro dos
investidores.

10.6 Como usar o ABC

 Identificar as atividades relevantes;

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 Atividade representa um processo que combina, adequadamente, pessoas,
tecnologias, materiais e métodos, para converte-los em produtos ou serviços, ou ainda,
em ações de suporte a esse processo;
 Hierarquizar as atividades: (1) Consumo de recursos pelas atividades; (2)
Alocação dos custos das atividades aos produtos;
 Elaborar uma matriz de atividades: Relacionar as atividades e seus tempos;
 Construir a estrutura e relacionar as atividades de todas as etapas do
processo;
 Eliminar as atividades que não agregam valor;
 Escolher os direcionadores de recursos.

10.7 Quando usar o ABC

 Diversidade nos volumes de produção e vendas;


 Diversidade nos tamanhos, cores e outras especificações dos produtos;
 Diversidade na complexidade dos produtos e seu mix de vendas;
 Diversidade nos materiais utilizados e número de componentes dos produtos;
 Diversidade nos tempos e formas de implantação e substituição de produtos.

10.8 Aplicações do ABC

 Análise estratégica de custos;


 Gestão do processo da qualidade total;
 Reengenharia de produtos e processos;
 Elaboração de orçamentos com base em atividade;
 Complementação do sistema de informações para a gestão econômica;
 Determinação de preços, taxas e tarifas;
 Decisões sobre terceirização;
 Logística;
 Uso combinado com os custos-padrão.

10.9 Caso prático

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A industria Novidade, num determinado período produtivo, fez as seguintes
anotações:

Matérias primas 44,00 Supervisor fabril 10,00


Mão de obra direta 14,18 Embalagem para embarque 21,70
Energia elétrica fábrica 35,40 Serviços de manutenção 1,22
fabril
Materiais diversos fábrica 9,60 Serviços de engenharia 25,00
Estoque / movimento material 40,18 Estoque / movimento 40,18
material

A companhia que pretende praticar a margem de contribuição de 36%, quer um


estudo sobre os reflexos no resultado avaliado pelo custeio tradicional e o ABC.

Critério Tradicional ABC


itens Custos Itens Custos
Matérias primas 44,00 Matérias primas 44,00
Mão de obra direta 14,18 Mão de obra direta 14,18
Custos indiretos de Energia elétrica fábrica 35,40
fabricação
Energia elétrica fábrica 35,40 Materiais diversos fábrica 9,60
Materiais diversos fábrica 9,60 Estoque movimento 40,18
material
Manutenção fabril 1,22 Supervisor fabril 10,00
Supervisor fabril 10,00 Embalagens para embarque 21,70
Custo (padrão) total 114,40 Serviços engenharia 25,00
Margem de lucro (36%) 64,35 Manutenção fabril 1,22
Preço de venda 178,75 Custo (padrão) Total 201,28
Margem de lucro (35 %) 113,22
Preço de venda 314,50

Caso o preço cobrado pelo produto seja R$ 173,80, o método ABC mostra que o
mesmo, ao contrário do que parecia, apresenta uma perda de R$ 22,53 (173,80 - 201,28)

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