Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROPÓSITO
Apresentar as principais normativas das Normas Brasileiras de Contabilidade referentes aos
trabalhos de asseguração realizados por uma auditoria independente. Esse conhecimento
colaborará para a construção do conhecimento em auditorias externas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Iniciaremos nossos estudos contextualizando os procedimentos utilizados na auditoria externa
das organizações com a Estrutura Conceitual de Trabalhos de Asseguração, proposta pelo
Conselho Federal de Contabilidade, por meio das Normas Brasileiras de Contabilidade.
Para que seja operacionalizada a auditoria externa, devem ser seguidas as normas que
regulamentam o planejamento de auditoria das demonstrações contábeis, escopo do segundo
módulo deste tema, que abordará as atividades preliminares, as atividades de planejamento, a
estratégia global e o plano de auditoria.
Por fim, no quarto módulo, trataremos dos procedimentos de elaboração de relatórios. Você
terá uma visão geral dos principais pontos que devem ser abordados na elaboração do
relatório de auditoria. De forma similar ao módulo anterior, você terá, no fim, uma relação de
normas que complementam a elaboração de relatórios de auditoria.
MÓDULO 1
AUDITORIA EXTERNA
A auditoria externa é uma modalidade de auditoria conduzida por profissionais que não fazem
parte da organização auditada.
Nessa modalidade, o auditor deve conduzir seu trabalho de análise das demonstrações
contábeis de forma independente e alinhado às Normas Brasileiras de Contabilidade e às
normativas internacionais, quando for o caso.
INTEGRIDADE
OBJETIVIDADE
SIGILO PROFISSIONAL
COMPORTAMENTO PROFISSIONAL
Quanto às políticas e aos procedimentos que devem ser definidos e seguidos para controle de
trabalho de asseguração, temos a norma NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas
(Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes, que estrutura as políticas e os
procedimentos quanto aos seguintes pontos:
Recursos humanos;
Execução do trabalho;
Monitoramento;
Objeto
Para que os trabalhos de asseguração sejam realizados, é necessário que o objeto seja
apropriado para o alcance de seu objetivo. Essa condição depende da forma desse objeto.
Nessa linha de entendimento, temos, por exemplo, características físicas, como a quantidade
de veículos utilizados em um determinado serviço, como fonte de informação do objeto de
auditoria.
Critérios
RELEVÂNCIA
INTEGRALIDADE
CONFIABILIDADE
NEUTRALIDADE
COMPREENSIBILIDADE
RELEVÂNCIA
INTEGRALIDADE
Um critério é dito íntegro quando abrange uma quantidade de informações que não permita
uma avaliação errônea por falta de pontos relevantes.
CONFIABILIDADE
Um critério neutro não segue tendências específicas, mas aproxima-se da imparcialidade, tanto
quanto possível.
COMPREENSIBILIDADE
Informações vagas e pontos de vista pessoais não podem ser utilizados como critérios nos
processos de auditoria.
Evidências
A mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com critérios definidos, contribui para a coleta
de evidências, que são informações relevantes para que o auditor possa tirar suas conclusões.
Para que as evidências sejam analisadas e coletadas adequadamente, o auditor deve ter
ceticismo profissional, que é a condição de estar alerta em relação às informações, de forma
imparcial e independente.
Relatório de asseguração
Com base nas evidências coletadas, geradas a partir de critérios aplicados na mensuração e
avaliação do objeto, o auditor elabora seu relatório de asseguração, que consiste nas
conclusões que geram opiniões e são manifestadas de forma escrita.
Emitir declaração que possa, erroneamente, ser interpretada como conclusão de uma auditoria.
objeto apropriado;
Deve-se destacar que a citada norma ressalta diversos aspectos relevantes quanto aos
seguintes pontos:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
A criação e o desenvolvimento desse planejamento devem ser efetivados com base na norma
NBC TA 300 (R1), que trata do planejamento da auditoria de demonstrações contábeis.
A norma NBC TA 200 torna explícita a responsabilidade do auditor na condução dos trabalhos
de auditoria de demonstrações contábeis, de forma alinhada às Normas Brasileiras de
Contabilidade e às normas internacionais.
Nas situações em que o auditor entender que não é possível alcançar segurança razoável ou
em que sua opinião com ressalva não atender às demandas legais das partes interessadas, ele
deve renunciar, se houver previsão legal ou normativa aplicável.
ATIVIDADES PRELIMINARES DO
TRABALHO DE AUDITORIA
Os trabalhos de auditoria devem ser iniciados a partir da realização de atividades que podem
contribuir para a avaliação de eventos ou situações que podem impactá-los. Dentre essas
atividades, podemos destacar:
Execução de procedimentos de controle de qualidade.
Essas questões devem ser definidas pela empresa de auditoria e contemplam políticas,
procedimentos e sistemas utilizados no processo de auditoria.
ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO
Devem ser definidas atividades de planejamento para que sejam estabelecidas as formas de
operacionalização dos seguintes instrumentos:
plano de auditoria.
Esses dois instrumentos não são estáticos, isto é, devem ser atualizados em função de
mudanças de variáveis que podem ocorrer ao longo do trabalho de auditoria. Agora vamos
analisar cada um desses instrumentos.
A estratégia global de auditoria deve definir o escopo, o período e a direção da auditoria. Essas
variáveis serão direcionadoras do plano de auditoria, que terá uma abordagem mais detalhada
de todos os pontos abordados na estratégia global.
Definição dos objetivos do relatório para subsidiar a definição do período de auditoria e das
comunicações
Definição dos recursos necessários para realização do trabalho, que pode ter áreas de
auditorias específicas, demandando especialistas
6
PLANO DE AUDITORIA
NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do
Entendimento da Entidade e de seu Ambiente
NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do
Entendimento da Entidade e de seu Ambiente
A NBC TA 330 trata da natureza, da época e da extensão dos procedimentos adicionais de
auditoria planejados no nível de afirmação. Além dessa norma, de acordo com as
características do trabalho de auditoria, o auditor deve avaliar a necessidade de utilização de
outros procedimentos normatizados.
O auditor deve levar em consideração que o planejamento de uma auditoria faz parte de um
processo contínuo de acompanhamento que apresenta pontos de intersecção (auditoria atual
com a auditoria anterior).
De certa forma, alguns procedimentos de auditoria anterior devem ser finalizados antes que se
inicie uma nova auditoria. Todavia, o auditor deve ter sensibilidade para averiguar qual a
melhor abordagem a ser adotada, sem deixar de analisar os seguintes pontos:
DOCUMENTAÇÃO
No trabalho de auditoria, o auditor deve elaborar toda a documentação de acordo com a norma
NBC TA 230 (R1) – Documentação de Auditoria.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
A documentação de auditoria deve seguir a norma NBC TA 230 (R1) – Documentação de
auditoria, emitida pelo CFC.
Responsabilização de trabalhos
A documentação da auditoria deve atender aos seguintes requisitos:
ELABORAÇÃO TEMPESTIVA DA
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
Quais os benefícios da elaboração tempestiva da documentação de auditoria?
Colabora para a melhoria da qualidade da auditoria. Outro benefício advindo dessa elaboração
é a revisão das evidências e conclusões antes da elaboração final do relatório.
conclusões da auditoria.
Para que a documentação de auditoria seja elaborada com apresentação das informações
relativas às evidências e aos procedimentos de auditoria, o auditor deve ater-se aos seguintes
aspectos:
COMPLEXIDADE DA DOCUMENTAÇÃO
Na elaboração da documentação, a forma, o conteúdo e a extensão dependem dos seguintes
pontos: tamanho da organização; natureza dos procedimentos; riscos de distorção relevante; e
relevância das evidências.
TIPOS DOCUMENTAIS
A documentação da auditoria pode ser elaborada em papel ou em formato digital e pode
contemplar os seguintes tipos documentais, dentre outros: carta de contratação; ofícios e
memorandos; atos, portarias e resoluções; listas de verificação; e-mails; plano de auditoria;
resumos; informes; e análises.
data de execução;
tratamento de inconsistências;
CONFORMIDADE DA AUDITORIA
A conformidade da auditoria com as normas de regulamentação também deve fazer parte da
documentação.
Embora a documentação seja uma atividade de relevância em uma auditoria, nem todos os
assuntos e julgamentos realizados no transcurso do trabalho devem ser registrados, sob o
risco de se tornarem inviáveis o planejamento e a execução dos trabalhos, em função de maior
tempo dispendido em atividades de registro documental.
MONTAGEM DO ARQUIVO FINAL DE
AUDITORIA
A montagem do arquivo final de auditoria deve ser realizada com base nas diretrizes e nos
procedimentos definidos pela organização, conforme determinado na norma NBC PA 01 –
Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes.
O arquivo final da documentação do relatório de auditoria deve ser realizado logo após a data
do relatório do auditor. Essa geração não implica a operacionalização de novos procedimentos
nem novas conclusões.
Uma vez finalizado esse arquivo, o auditor não pode apagar as informações antes do término
do período legal de guarda de documentos, que não é inferior a cinco anos, contados a partir
da data do relatório.
ATENÇÃO
NORMAS DE DOCUMENTAÇÃO
A norma NBC TA 230 (R1) – Documentação de Auditoria apresenta as bases do processo de
documentação de auditoria, todavia não esgota o assunto, sendo complementada, de acordo o
apêndice da mesma norma, pelos itens das seguintes normas:
1
NBC TA 210 (R1) – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria, itens 10 a 12;
NBC TA 260 (R2) – Comunicação com os Responsáveis pela Governança, item 23;
NBC TA 315 (R1) – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do
Entendimento da Entidade e do seu Ambiente, item 32.
NBC TA 330 (R1) – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados, itens 28 a 30;
NBC TA 450 (R1) – Avaliação das Distorções Identificadas Durante a Auditoria, item 15;
10
11
12
13
14
15
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 4
Descrever normas de elaboração de relatórios de auditoria, de acordo com as
Normas Brasileiras de Contabilidade
RELATÓRIOS DE AUDITORIA
No vídeo a seguir, vamos ver a importância e uma explicação dos relatórios de auditoria.
Também se recomenda que seja lida na elaboração do relatório de auditoria – Objetivos Gerais
do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de
Auditoria.
FORMAÇÃO DE OPINIÃO
A partir do relatório financeiro da organização, o auditor deve formar sua opinião quanto às
demonstrações contábeis decorrentes. Para essa atividade, deve considerar se foram
atendidos os seguintes pontos:
NORMAS DE DOCUMENTAÇÃO
A norma NBC TA 230 (R1) – Documentação de Auditoria apresenta as bases do processo de
documentação de auditoria, todavia não esgota o assunto, sendo complementada, de acordo o
apêndice da mesma norma, pelos itens das seguintes normas:
5
Divulgação adequada das diretrizes contábeis;
10
FORMA DA OPINIÃO
A opinião do auditor independente pode ser feita na forma não modificada ou na forma
modificada.
A forma não modificada é utilizada quando existe uma aderência, em relação aos pontos
considerados relevantes, das demonstrações contábeis com a estrutura do relatório financeiro.
SITUAÇÃO 1
SITUAÇÃO 2
Não há evidências relevantes que indiquem demonstrações contábeis como um todo sem
distorções relevantes.
Em caso de necessidade de mudança de opinião, o auditor deve debater essa questão com os
responsáveis pela gestão e governança da organização.
RELATÓRIO DE AUDITORIA
O relatório do auditor independente deve contemplar as informações referentes aos tópicos
apresentados na figura a seguir:
Figura: Relatório de auditoria.
TÍTULO
DESTINATÁRIO
OPINIÃO
CONTINUIDADE OPERACIONAL
PRINCIPAIS ASSUNTOS
Devem ser elencados os principais assuntos abordados na auditoria, de acordo com a norma
NBC TA 701 – Comunicação dos Principais Assuntos de Auditoria no Relatório do
Auditor Independente
OUTRAS INFORMAÇÕES
RESPONSABILIDADES DO AUDITOR
O auditor deve elencar as responsabilidades que são de sua alçada, abordando os seguintes
quesitos:
2
3
8
9
10
11
12
ATENÇÃO
No caso de essas informações não fazerem parte das demonstrações contábeis, o auditor
deve solicitar alterações para que essas informações sejam apresentadas, de forma clara,
dissociadas das demonstrações contábeis. Em caso de recusa para efetuar essa alteração,
deve inserir informação em seu relatório explicando que as informações suplementares não
fazem parte do escopo de auditoria.
NBC TA 200
NBC TA 330
NBC TA 450
NBC TA 570
Continuidade Operacional.
NBC TA 600
NBC TA 701
NBC TA 706
NBC TA 720
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, tivemos oportunidade de conhecer diversas normas que dão suporte ao
desenvolvimento de trabalhos de asseguração realizados por meio de uma auditoria externa.
Essas normas foram editadas pelo CFC e regulamentam a ação de auditoria no Brasil.
PODCAST
Agora, o especialista vai fazer um resumo do que vimos ao longo dos módulos, detalhando as
seguintes questões: auditoria externa; planejamento de auditoria das demonstrações
contábeis; documentação de auditoria e relatórios de auditoria.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, I. P. S. Introdução à auditoria operacional. Rio de Janeiro: FGV, 2001.
EXPLORE+
Acesse os sites:
do Tribunal de Contas da União para maior compreensão das normas que regem a
auditoria na administração pública.
CONTEUDISTA
Pedro Hikaru Oishi
CURRÍCULO LATTES