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Análise de Custos

Prof. Dr. Amaury J A Aranha


Custo fixo

É aquele valor gasto que independe do nível de atividade da


empresa.

Custo variável

É aquele que está diretamente relacionado com o nível de


atividades da empresa.
FÓRMULAS CUSTOS TEORIA DA FIRMA

CUSTO VARIÁVEL = ISF + CMV + DV


ISF = IMPOSTOS VARIÁVEIS SOBRE FATURAMENTO

CMV = CUSTO PAGO PELA MERCADORIA A SER REVENDIDA

DV = Despesas Variáveis
FÓRMULAS CUSTOS TEORIA DA FIRMA

MARGEM CONTRIBUIÇÃO = PV - CV
PV = PREÇO DE VENDA POR UNIDADE

CV = CUSTO VARIÁVEL
FÓRMULAS CUSTOS TEORIA DA FIRMA

PONTO DE EQUILÍBRIO (Q) = CF / MC

Q = QUANTIDADE

CF = CUSTO FIXO

MC = MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
FÓRMULAS CUSTOS TEORIA DA FIRMA

IMC = MC / PV

IMC = INDICE DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

MC = MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

PV = PREÇO DE VENDAS UNITÁRIOS


EXERCÍCIO
Produto A

Preço de Venda Unitário: R$ 11,00


Impostos Sobre Faturamento: 10%
Custo da Mercadoria Vendida: R$ 7,58
Custo Fixo: R$ 8.782
FÓRMULAS CUSTOS TEORIA DA FIRMA

Gráfico do Ponto de Equilíbrio Operacional Preço de Vendas R$ 11,00.  

   
Custo Fixo Custo Var. Custo Receita
Quantidade Produzida Operac. Operac. Total Total LAJIR
1.000 8.782 8680 17.462 11000 (6.462)
2.000 8.782 17.360 26.142 22.000 (4.142)
2.879 8.782 24.991 33.773 31.671 (2.102)
3.000 8.782 26.040 34.822 33.000 (1.822)
3.785 8.782 32.855 41.637 41.637 (0)
5.000 8.782 43.400 52.182 55.000 2.818
6.000 8.782 52.080 60.862 66.000 5.138
7.000 8.782 60.760 69.542 77.000 7.458
8.000 8.782 69.440 78.222 88.000 9.778
9.000 8.782 78.120 86.902 99.000 12.098
10.000 8.782 86.800 95.582 110.000 14.418
Ponto de equilíbrio
Q ou $ para
lucro nulo

No Ponto de
Equilíbrio,
Receitas
=
Custos
Custo Fixo Custo Variável Custo Total Custo
Produção Médio Médio Médio Marginal
         
6 25 8,33 33,33 8,33
16 9,38 6,25 15,63 5
29 5,17 5,17 10,34 3,85
44 3,41 4,55 7,95 3,33
55 2,73 4,55 7,27 4,55
60 2,50 5,00 7,50 10
62 2,42 5,65 8,06 25
35

30

25

20
Custo Fixo Médio
Custo Variável Médio
Custo Total Médio
Custo Marginal
15

10

0
1 2 3 4 5 6 7
35

30

25

20
Cuso Variável Médio
Custo Total Médio
15 Custo Marginal

10

0
1
Fonte: Martins 2006
Algumas das terminologias mais usuais:

gastos: sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção


de um produto ou serviço qualquer;
investimento: gasto ativado em função de sua vida útil ou de
benefícios atribuíveis a futuros períodos;
custos: gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de
outros bens ou serviços;
despesas: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para
a obtenção de receitas;
desembolso: pagamento do bem ou serviço;
perda: bem ou serviço consumido de forma anormal.
Classificações : Unidade
• Diretos: diretamente incluídos no cálculo dos produtos;
materiais diretos e mão de obra direta; perfeitamente
mensuráveis de maneira objetiva.
• Indiretos: necessitam de aproximações, rateio.
• Primários: apenas incluem a matéria prima e a mão-de-obra
direta.
• De transformação: igualmente denominados custos de
conversão ou custos de agregação. Consistem no esforço
agregado pela empresa na obtenção do produto. Exemplos:
mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação.
Classificações : Controle
• Controláveis : quando podem ser controlados
por uma pessoa, dentro de uma escala
hierárquica pré-definida. O responsável poderá
ser cobrada de eventuais desvios não
previstos.
• Não controláveis : quando fogem ao controle
do responsável pelo departamento. Por
exemplo, rateio do aluguel. Em uma escala
hierárquica superior todos os custos são
controláveis.
17
Classificações : Decisões Especiais
• Incrementais : também denominados diferenciais ou marginais,
incorridos adicionalmente em função de uma decisão tomada.
• De oportunidade : benefício relegado em decorrência da escolha
de uma outra alternativa.
• Evitáveis : custos que serão eliminados se a empresa deixar de
executar alguma atividade.
• Inevitáveis : independente da decisão a ser tomada, os custos
continuariam existindo.
• Empatados : também denominados sunk costs ou custos
afundados. Por já terem sido incorridos e sacramentados no
passado, não devem influir em decisões para o futuro por serem
irrelevantes.

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Classificações : Base Monetária
• Históricos : custos em valores originais da época em que
ocorreu a compra, de acordo com a Nota Fiscal.
• Históricos corrigidos : custos acrescidos de correção
monetária, trazidos para o valor monetário atual.
• Correntes : também denominados custos de reposição.
Custo necessário para repor um item no total.
• Estimados : custos previstos para o futuro.
• Custo padrão : custo estimado com maior eficiência,
valor ideal a ser alcançado.

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Sistemas : Grau de absorção
• Por absorção : quando os custos indiretos são
transferidos aos produtos ou serviços.
• Direto : quando no cálculo do custo dos
produtos ou serviços produzidos não
considerados custos indiretos. Apenas os
custos diretos são incorporados. Custos
indiretos são lançados diretamente na
Demonstração de Resultado.

20
Sistemas : momento de apuração

• Pós calculados : custos reais apurados no final


do período.
• Pré-calculados : custo alocado ao produto
através de taxas predeterminadas de CIF,
elaboradas a partir de média dos CIFs
passados, em possíveis mudanças futuras e no
volume de produção.
• Padrão : custo cientificamente
predeterminado.

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Classificações : Volume
Valor Valor
$ $

• Fixos
Quantidade Quantidade
• Variáveis Produzida
Custos Fixos
Produzida
Custos Variáveis
Exemplo : Aluguel Exemplo : Mat Diretos
• Semi-fixos
Valor Valor
• Semi-variáveis $ $

Quantidade Quantidade
Produzida Produzida
Custos Semivariáveis Custos Semifixos
Exemplo : Copiadora Exemplo : Conta de Água

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Definição genérica de custos
Balanço Patrimonial Demonstrativo de Resultado
do Exercício
Produtos ou
Custos Serviços Despesas
Elaborados
Consumo associado
à elaboração do Consumo
produto ou serviço associado
ao período

Investimentos

Gastos
Fluxo dos Custos
Balanço Patrimonial

Custos Demonstrativo de
Diretos Resultado do Exercício
Indiretos

(+) Receitas
Estoques (-) Custos do DRE
Materiais Diretos CMV
Produtos em Elaboração CPV
Produtos Acabados CSP

(-) Despesas

(=) Resultado
Classificação dos Gastos
Despesas
MD MOD CIF
Materiais Diretos Mão-de-Obra Direta Custos Indiretos
Gastos não
Matéria-Prima Mensurada e identifi- Custos que não são
associados
Embalagem cada de forma direta MD nem MOD
à produção

Custo de transformação
Custo primário ou direto

Custo total, contábil ou fabril

Gastos totais ou custo integral


Sistemas : Mecânica de Acumulação

• Ordem específica : são transferidos para


determinadas solicitações de fabricação.
Empresas que produzem bens ou serviços sob
encomenda; apresentam demanda
intermitente ou fabricação de lotes com
características próprias.
• Processo : empresa caracterizada por
apresentar produção contínua, com produtos
apresentados em unidades idênticas, produção
em massa e demanda constante.
26
Definição custos por processo
• Os custos são inicialmente classificados por tipo de
gasto (natureza contábil) e depois compilados por
processos específicos. Posteriormente, todos os
custos são distribuídos às unidades produzidas,
através dos processos específicos.
• Deve procurar refletir todo o processo físico da
produção, criando centros de custos. Os números são
posteriormente transferidos de um centro para o
seguinte, do mesmo modo como a produção
transfere o produto fisicamente para outra fase.

27
Definição Custo por Ordem
No sistema de custos por ordem de produção (ou
encomenda) os custos são acumulados em folhas (ou
registros eletrônicos) denominados Ordens de
Produção ou Ordens de Fabricação. A soma das
Ordens de Produção em Aberto representa o Estoque
de Produtos em Processo. Quando os produtos ou
serviços são completados, as Ordens são encerradas
e os custos são transferidos para o estoque de
produtos acabados ou CPV, a depender da situação
(Crepaldi, p. 122).

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Produção por Ordem
Característica Analisada Produção por Processo
Específica

Desenvolvimento do
Especificação do cliente Especificação do fabricante
produto
Produção Limitada pelo cliente Planejada pelo fabricante

Dimensão da produção Número de peças contratadas Número de peças do período

Mercado Poucos compradores Muitos compradores


Procura do cliente ou oferta do
Vendas Procura do cliente
fabricante
Produto Sob medida Seriado

Necessidade do produto Específica do cliente Global do mercado

Local de produção Na fábrica ou no campo Na fábrica


Permanente, geral para vários
Estoque de matéria prima Temporário e específico
produtos
Estoque de produtos Indesejável Necessário

Prazos de produção Geralmente, médios ou longos Geralmente, curtos


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Característica Produção por Ordem Produção por
Analisada Específica Processo

Acumulação dos MAT, MOD e CIF por Por departamento e, em


custos ordem de produção seguida, aos produtos

Custo específico por Custo médio por


Apuração dos
ordem de produção ou unidade produzida no
custos unitários
lote de produtos período
Indica-se o
Requisição de Indica-se o número de
departamento e/ou
materiais ordem de produção
código do produto
Início e término da
Período de apuração produção ou abertura e Início e término do
dos custos finais fechamento da ordem período contábil
de produção
Compara custo médio
Subsídio para preços em diferentes períodos
Custo unitário
em atividades futuras para conhecer as
causas das variações
Forma de
Predeterminada ou real Padrão ou real
custeamento

Racionalização no
Menor Maior
tempo

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Elementos de custos
Componentes principais:

Custos Material Direto (MD)


Mão-de-Obra Direta (MOD)
Custos Indiretos de Fabricação (CIF)

Diretos Estoque

Indiretos
Prod A (+) Receitas

Rateio (-) CPV


Prod B

(-) Despesas
Prod C
(=) Resultado

31
Elementos de custos
• Mat - matéria prima, no conceito de insumo básico para praoduzir
um prodo (não deixa de ser um MD, mais o conceito é mais usado em
produção por ordem)
• Material Direto (MD): todo material que pode ser alocado
diretamente à unidade do produto que está sendo fabricado e que sai
da fábrica incorporado ao produto. Exemplo : embalagem.
• Mão de Obra Direta (MOD) : todo o salário pago ao operário que
trabalha diretamente no produto, cujo tempo pode ser identificado
com a unidade que está sendo produzida.
• Despesas Indiretas de Fabricação (DIF) : todas as despesas
relacionadas com a fabricação e que não podem ser economicamente
separadas entre as unidades que estão sendo produzidas.

32
Custo Padrão

33
Definição de Custo Padrão
O custo padrão consiste em técnica de fixar
previamente preços para cada produto que a
empresa fabrica. Duas das principais razões de
se utilizar o custo padrão consiste no uso
gerencial das informações ou como forma de
agilizar os processos de encerramentos mensais.
Ressalta-se que esta forma de custeio não é
aceita para avaliação de estoques na data de
balanço, exceto quando a diferença for
irrelevante.
34
Estimado versus Padrão
• Custo estimado : estabelecido com base em
custos de períodos anteriores, ajustados em
função de expectativas de ocorrências futuras
• Custo padrão : estabelecido com mais critério,
representando o custo que um determinado
produto deveria custar, em condições normais
de eficiência da mão-de-obra e dos
equipamentos.

35
Padrões : físicos e monetários
• Físicos : como materiais diretos, mão-de-obra
direta, consumo de energia, etc. são de
responsabilidade de áreas operacionais, como
produção, PCP, desenvolvimento de produto, etc.
• Monetários : custos em unidades monetárias dos
recursos necessários, são de responsabilidade de
áreas administrativas, como controladoria,
compras, departamento de pessoal.

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Definição de padrões

Á reas
Q uantidades
técnicas
M ateriais
D iretos
C om pras e M ateriais
C ontroladoria D iretos

C ontroladoria
Á reas
H oras
técnicas
M ão-D e-O bra
D ireta
D epartam ento MTateriais
axas
de P essoal HDorárias
iretos

Ficha de
V olum es de
C usto
P lanejam ento
C ustos
P rodução P adrão
Indiretos de
F abricação
Taxas
M ateriais
de
C ontroladoria
D iretos
C IF

37
• Exemplo
• A Doceria BomBocado estimou que o custo-padrão de uma
torta seria igual a $ 21,24. O custo seria formado por 1,8 kg
de farinha de trigo a $ 0,90 por quilo = $ 1,62; 400 g de
açúcar a $ 1,45 por kg = $ 0,58 e 2,8 horas de MOD a $ 6,80 a
hora = $ 19,04. Em agosto de 19X7, para produzir uma
unidade de torta foram necessários 2 kg de farinha, 300 g de
açúcar e 3 horas de mão-de-obra direta. Pede-se:
• (a) Sabendo que os preços dos insumos foram
respectivamente iguais a $ 0,88/kg, $ 1,52/kg e $ 7,20/h,
analise as variações, determinando quais delas foram
favoráveis e quais foram desfavoráveis.
• (b) Calcule as variações de preço, quantidade e variação
conjunta da mão-de-obra direta.
Exercícios
• O custo-padrão do caderno Especial Durável indica que para cada unidade
produzida deveriam ser necessários 200 g de papel sulfite para o miolo, 40 g
de papel de alta gramatura para as capas, 60 g de espiral plástica, 0,30 hora
de mão-de-obra direta e $ 0,82 de CIFs apropriados. Os preços unitários dos
materiais diretos são iguais a: papel de alta gramatura: $ 18,30/kg; papel
sulfite: $ 8,60/kg; espiral: $ 14,00/kg; MOD: $ 5,50 por hora.
• No mês de maio de 19X1, foram produzidas 500 unidades e consumidos 22 kg
de papel de alta gramatura, com valor total igual a $ 424,60; 108 kg de papel
sulfite, com valor total igual a $ 831,60, 140 horas de MOD, que apresentaram
um valor total igual a $ 798,00, e 32 kg de espirais a um valor total igual a $
467,20. Foram incorridos CIFs no valor de $ 450,00.
• Pede-se:
• (a) determine e analise as variações favoráveis e desfavoráveis dos insumos
utilizados;
• (b) para o papel de alta gramatura, determine e analise especificamente as
variações de preços, de quantidades e variação conjunta.
39
Sistema de Custeio
por Absorção
Definição Custeio por Absorção
O esquema básico deste sistema de custeio é a
separação entre custos diretos e indiretos, pois os diretos
podem ser diretamente atribuídos aos produtos por
serem identificáveis com cada um deles. Já os custos
indiretos devem ser rateados por algum tipo de critério
estabelecido pela empresa, podendo, por exemplo, ser
eles:
• mão-de-obra direta, material direto, custos diretos,
quantidade produzida, horas/máquina empregadas,
entre outros. As despesas não são consideradas parte
do custo neste sistema, são apenas parte do resultado
operacional da empresa.
Custo Direto de Fabricação (tabela 1)

Dados Chocolate A Chocolate B Total

MOD (horas) 120 100 220

Açúcar (em kg) 1.500 500 2.000

Chocolate Puro (em kg) 4.500 7.000 11.500

Leite (em L) 3.500 1.500 5.000

Unidades produzidas
e vendidas 4.000 2.000 6.000
(tabela 2)

Custos de Material Direto valor

Custo por hora MOD R$ 30,00

Açúcar por kg R$ 0,65

Chocolate puro por kg R$ 8,00

Leite por Litro R$ 3,50


(tab1 x tab2 = tabela 3 Custo Direto)

Custos Diretos Chocolate A Chocolate B Total

MOD R$ 3.600,00 R$ 3.000,00 R$ 6.600,00

Açucar R$ 975,00 R$ 325,00 R$ 1.300,00

Chocolate Puro R$ 36.000,00 R$ 56.000,00 R$ 92.000,00

Leite R$ 12.250,00 R$ 5.250,00 R$ 17.500,00

Total R$ 52.825,00 R$ 64.575,00 R$ 117.400,00


CIF = Custos Indiretos de Fabricação

Total

Salário Engenheiros Produção R$ 20.000,00

Depreciação R$ 23.000,00

Materiais Indiretos R$ 10.000,00

Totais R$ 53.000,00
Fator de Rateio

Critério de rateio C.Direto Chocolate A Chocolate B


R$ 117.400,00 R$ 52.825,00 R$ 64.575,00
100% 45% 55%
Custo Unitário de Fabricação
Custos Chocolate A Chocolate B Total
MOD (horas) R$ 3.600,00 R$ 3.000,00 R$ 6.600,00
Açucar R$ 975,00 R$ 325,00 R$ 1.300,00
Chocolate Puro R$ 36.000,00 R$ 56.000,00 R$ 92.000,00
Leite R$ 12.250,00 R$ 5.250,00 R$ 17.500,00
Total Custos Diretos R$ 52.825,00 R$ 64.575,00 R$ 117.400,00
Salarário Engenheiros Prod. R$ 8.999,15 R$ 11.000,85 R$ 20.000,00
Depreciação R$ 10.349,02 R$ 12.650,98 R$ 23.000,00
Materiais Indiretos R$ 4.499,57 R$ 5.500,43 R$ 10.000,00
Total Custos Indiretos R$ 23.847,74 R$ 29.152,26 R$ 53.000,00
Total Custos (Diretos + Indiretos) R$ 76.672,74 R$ 93.727,26 R$ 170.400,00
Total de Unidades Produzidas 4.000 2.000  
Custo Unitário R$ 19,17 R$ 46,86 
Exercício Custo Absorção

Energia Elétrica unidade Produção


  Qtde.Matéria Prima Horas MOD KW Mensal

Panela A 1.5 0,1 0,15 900


Panela B 2 0,25 0,05 800
Panela C 2,4 0,35 0,1 600
Gastos Indiretos Valor R$
Custo Unitário de MP R$ 4,00
Depreciação 3000
Valor hora mão-de-obra R$ 20,00
Manutenção Fabril 2000
Valor KW de energia R$ 50,00 Materiais Indiretos 3500
Salário Engenheiro Produção 5000
Sistema de Custeio
CUSTEIO PLENO (RKW –
REICHSKURATORIUM FÜR
WIRTSCHAFTLICHTKEI)
Custo Direto

Custos Diretos Chocolate A Chocolate B Total

MOD R$ 3.600,00 R$ 3.000,00 R$ 6.600,00

Açucar R$ 975,00 R$ 325,00 R$ 1.300,00

Chocolate Puro R$ 36.000,00 R$ 56.000,00 R$ 92.000,00

Leite R$ 12.250,00 R$ 5.250,00 R$ 17.500,00

Total R$ 52.825,00 R$ 64.575,00 R$ 117.400,00


CIF – Custos Indiretos de Fabricação

CIF Total

Salário Engenheiros Produção R$ 20.000,00

Depreciação R$ 23.000,00

Materiais Indiretos R$ 10.000,00

Totais R$ 53.000,00
Despesas Operacionais Fixas

Despesas do Mês Total

Administrativas R$ 10.000,00

Vendas R$ 9.000,00

Financeiras R$ 5.000,00

Total R$ 24.000,00
Fator de Rateio

Critério de rateio C.Direto Chocolate A Chocolate B


R$ 117.400,00 R$ 52.825,00 R$ 64.575,00
100% 45% 55%
RKW Custo Unitário
RKW Chocolate A Chocolate B Total
MOD (horas) 3600 3000 6600
Açúcar 975 325 1300
Chocolate Puro 36000 56000 92000
Leite 12250 5250 17500
Total dos Custos Diretos 52825 64575 117400
Salário dos supervisores de produção 8999,15 11000,85 20000
Depreciação 10349,02 12650,98 23000
Materiais indiretos 4499,57 5500,43 10000
Total dos Custos Indiretos 23847,74 29152,26 53000
Total de Custos (diretos + indiretos) 76672,74 93727,26 170400
Administrativas 4999,57 5500,43 10500
Vendas 4049,62 4950,38 9000
Financeiras 2249,79 2750,21 5000
Total de Despesas 10798,98 13201,02 24000
Custos + Despesas 87471,72 106928,28 194400
Total de Unidades Produzidas 4000 2000 
Custo Unitário 21,87 53,46 
Sistema de Custeio
Custo por Atividade : Custo ABC
Custo Direto

Custos Diretos Chocolate A Chocolate B Total

MOD R$ 3.600,00 R$ 3.000,00 R$ 6.600,00

Açucar R$ 975,00 R$ 325,00 R$ 1.300,00

Chocolate Puro R$ 36.000,00 R$ 56.000,00 R$ 92.000,00

Leite R$ 12.250,00 R$ 5.250,00 R$ 17.500,00

Total R$ 52.825,00 R$ 64.575,00 R$ 117.400,00


Fases Processo Produção CIF – Custos
Indiretos de Fabricação

Custos Indiretos Cozimento Resfriamento Corte Total

Salário Engenheiros Produção R$ 10.000,00 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 20.000,00

Depreciação R$ 15.000,00 R$ 5.000,00 R$ 3.000,00 R$ 23.000,00

Materiais Indiretos R$ 3.000,00 R$ 2.000,00 R$ 5.000,00 R$ 10.000,00

Totais R$ 28.000,00 R$ 12.000,00 R$ 13.000,00 R$ 53.000,00


Custo Atividade – (atividade e
direcionadores)
Departamentos Atividades Valor dos Custos Direcionadores de Custos Chocolate A Chocolate B

Cozimento picar o chocolate 18.000,00 Volume de chocolate puro 4500 kg 7000 kg

  cozinhar o chocolate 10.000,00 tempo de cozimento 22 h 70 h

Resfriamento resfriar o chocolate 4.000,00 tempo de resfriamento 500 h 700 h

  moldar o chocolate 8.000,00 quantidade produzida 4.000 unidades 2.000 unidades

Corte desenformar o chocolate 6.500,00 quantidade produzida 4.000 unidades 2.000 unidades

  cortar o chocolate 6.500,00 tempo de corte 2.000 h 1.000 h


Resultado custo por atividade
Custo por Atividade Chocolate A Chocolate B Total
MOD (horas) 3600 3000 6600
Açúcar 975 325 1300
Chocolate Puro 36000 56000 92000
Leite 12250 5250 17500
Total dos Custos Diretos 52825 64575 117400
Cozimento - picar o Chocolate 7043,48 10956,52 18000
Cozimento - cozinhar o Chocolate 2391,3 7608,7 10000
Resfriamento - resfriar o chocolate 1666,67 2333,33 4000
Resfriameno - moldar o chocolate 5333,33 2666,67 8000
Corte - desenformar o chocolate 4333,33 2166,67 6500
Corte - cortar o chocolate 4333,33 2166,67 6500
Total Custos Indiretos por atividades 25101,44 27898,56 53000
Total de Custos (diretos + indiretos) 77926,44 92473,56 170400
Total de Unidades Produzidas 4000 2000 
Custo Unitário 19,48161 46,23678 
Sistema de Custeio
Método Custo Variável
CUSTEIO VARIÁVEL
O custeio variável tem enfoque gerencial e não é aceito para fins fiscais,
assim como o custeio pleno. Neste sistema, somente são apropriados aos
produtos os custos variáveis, os custos fixos são considerados “despesas do
período”, ou seja, ocorrerão independentemente de a empresa produzir ou
não. Este sistema surgiu pelo entendimento de que a análise da
lucratividade com base no custeio por absorção e empregando rateios
arbitrários culmina em grande distorção nas informações obtidas, e pode
levar a conclusões e decisões equivocadas.
No custeio variável, é utilizado o termo “margem de contribuição”, que é
calculado pela diferença entre o preço de venda (receitas de venda) e os
custos e despesas variáveis dos produtos vendidos.
Novamente, utilizando os dados dos exemplos anteriores e considerando
que os custos indiretos e as despesas foram separados em fixos e variáveis,
e os preços de venda dos produtos são: chocolate ao leite, R$ 45,00, e
chocolate cacau, R$ 70,00, então temos a seguinte situação demonstrada na
tabela abaixo:
Método do Custo Variável
Método do Custo Variável
Comparação CMV entre os métodos de
custeio

Método Chocolate A Chocolate B

Absorção (rateio) 19,17 46,86

RKW 21,87 53,46

Custo Variável 15,71 34,79

Atividade 19,48 46,24


MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos.
9ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 2006.
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ,
Rubens. Gestão de custos e
formação de preços. 5ª edição. São
Paulo: Editora Atlas, 2008.
Dicas de sites
1) Associação Brasileira de Custos – site com artigos diversos (apenas resumos) dos
congressos organizados por esta instituição – a leitura completa dos artigos está
disponível apenas para associados.
http://www.abcustos.org.br/

2) Instituto Argentino de Professores Universitários de Custos – site com artigos


diversos dos congressos organizados por esta instituição. Para quem tiver facilidade
de leitura em espanhol.
http://www.iapuco.org.ar/

3) Instituto Internacional de Custos – site com artigos diversos dos congressos


organizados por esta instituição e de sua revista acadêmica.
http://www.intercostos.org/por/index.php

4) Métodos de Avaliação de Estoque – mostra exemplos numéricos de métodos de


avaliação de estoque.
http://www.criativacontabil.com.br/artigo.asp?codigo=651
• Currículo : Prof. Dr. Amaury José Alves Aranha

• Professor Universitário de Graduação e Pós Graduação em Economia, Finanças, e Ciência


e Tecnologia. Tenho me dedicado nos últimos anos a duas linhas de pesquisas: Primeira -
Na área de Educação e Tecnologia - envolvendo estudos para o desenvolvimento de
aprendizado baseado em TV Digital o T-Learning e Ensino Mediatizado e Produtor
Independente de conteúdo para ensino a distância. Segunda - Na área de Finanças
Economia - Tenho me dedicado a elaboração e acompanhamento de implantação de
plano de negócios, consultoria nas áreas de finanças, mercado financeiro e custos com
projetos em instituições de ensino em cursos presenciais e a distância. Doutor em
Desenvolvimento Humano e Tecnologias pela Unesp - Universidade Estadual Paulista.
Minha graduação é em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas
(1985), onde também fiz o mestrado em Educação (2004) . Em 2006 conclui um curso de
Especialização em EAD - Formação de Professores para Educação a Distância pelo Senac-
Santa Catarina. Possuo larga experiências, como Economista tendo atuado por 19 anos
como Analista Econômico e Financeiro de crédito e riscos no Sistema Financeiro Brasileiro
e na Direção de Empresas de base tecnológica da Companhia do Polo de Alta Tecnologia
de Campinas. No seguimento acadêmico, ministro aulas no ensino superior e em pós-
graduação em disciplinas como: Mercado Financeiro, Elaboração e Analise de Projetos de
Investimentos, Engenharia Econômica, Ambiente Econômico Global, Planejamento
Estratégico, Contabilidade, Análise dos Demonstrativos Econômico, Custos e Formação de
Preços de Venda, Administração Financeira, Matemática Financeira.

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