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Planejamento e Controle Da Produção.

Aula:03/09-CALCULO DE CUSTO NA
PRODUÇÃO
ÍNDICE:
 Conceitos de custos;
 Despesas e Gastos;
 Termos utilizados em custos;
 O que são custos de produção;
 Importância de conhecer os custos de produção;
 Diferenciação entre: Custos , despesas e Gastos;
 Apuração dos custos;
 A formação dos custos;
 Comportamento dos custos;
 Formação inicial dos custos;
 Estágios da ocorrência e apuração dos custos;
 Rateio;
 Características dos custos em alguns sistemas de produção;
 Comportamentos dos custos, despesas e gastos;
 Custo de produção em uma empresa comercial;
 Custo de produção em uma indústria (Manufatura), Custo Padrão.

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CONCEITOS BÁSICOS DE
CUSTOS
"QUANTIA PELA QUAL SE ADQUIRIU ALGO"
Aurélio B. de Holanda Ferreira

"GASTO RELATIVO A BEM OU SERVIÇO UTILIZADO


NA PRODUÇÃO DE OUTROS BENS E SERVIÇOS"
Eliseu Martins

PARCELA DO GASTO QUE É APLICADA NA PRODUÇÃO OU


EM QUALQUER OUTRA FUNÇÃO DE CUSTO

CUSTO DE PRODUÇÃO É O GASTO INCORRIDO NO


PROCESSO DE OBTENÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
DESTINADOS À VENDA
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CUSTOS/DESPESAS E GASTOS: Como se diferem?
 Despesas:

 As despesas são todos os custos incorridos para manter uma empresa em


funcionamento, mas administrativos – ou seja, não ligados a produção.

 Ex: Investimentos, aplicações

 Gastos:

 Os gastos referem-se a tudo aquilo que não estava previsto no


orçamento, mas que ainda assim é importante para o negócio.

 Ex : gastos decorrentes da manutenção corretiva de máquina, a


substituição de equipamento quebrados ou a reposição repentina de itens
de estoque.
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Definições de termos utilizados em custos

 Desembolso
 Pagamento resultante da aquisição de bens e serviços.

 Quitação de compromisso assumido.

 Preço
 Valor estabelecido e aceito pelo vendedor para transferir a propriedade de um bem
ou para prestar um serviço.

 Perda
 Valor despendido de forma anormal e involuntária.

 Doação
 Valor despendido de forma normal e voluntária, sem intenção de obtenção de
receita. 5
O QUE SÃO CUSTOS DE PRODUÇÃO?

 Custos de produção referem-se a todos os custos relativos à qualquer


atividade produtiva que vise ofertar um serviço ou manufaturar um.

 Esses custos podem ser tanto fixos quantos variáveis, a depender


do nível de demanda- ou seja, à quantidade de produtos fabricados
ou serviços prestados.

 Entre as despesas consideradas , incluem-se o custo da matéria


prima, o salário dos funcionários, o uso e manutenção de maquinário,
os custos logísticos, alguns impostos entre outros.

 Os custos de produção servem de base para que a empresa determine


o preço final da sua solução, a considerar ainda indicadores como
lucratividade, margem de distribuição e ponto de equilíbrio.
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Por que é importante conhecer os custos da produção:

 Entender o que é custos de produção é importante para ter uma visão


holística sobre a operação produtiva e, basicamente, o custo por unidade
de serviço ou produto.

 Essa é uma compreensão simples, já que, ao fazer uma simples relação


entre custo total de produção e o número de unidades , é possível obter
o custo unitário do valor produto, serve então como base para precificar
os produtos, bem com para entender a eficiência produtiva e o
planejamento de compras .

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Por que é importante conhecer os custos da produção:

 No mais, quando se trata de custos de produção, basicamente trata-


se de um fator determinante para a saúde financeira da organização.

 Afinal, um alto custo produtivo, mitiga o potencial lucrativo e reduz a


margem de lucro.

 Não se trata de oferecer apenas um produto mais barato; Pelo


contrário, com um alto custo de produção, a empresa precisará cortar
na carne ou com menor lucro ou ofertar um produto caro ao seu
consumidores.

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Por que é importante conhecer os custos da produção:

 Da mesma forma, se os custos de um serviço forem muito altos, a


empresa seria obrigada a descontinuar o serviço ou encontrar uma
maneira de barateá-lo, o que afeta na qualidade geral.

 Além disso, entender os custos totais de produção possibilitará que os


gerentes e líderes de negocio possam melhorar seu planejamento
financeiro.

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CUSTOS/DESPESAS E GASTOS: Como se diferem?

 Custos, despesas e gastos são termos que às vezes são usados de


forma intercambiável, mas há diferenças significativas entre eles.

 CUSTOS:

 Os custos de produção incluem todas as despesas necessárias para


fabricar um produto ou prestar um serviço, desde o custo da matéria
prima até o custo da mão de obra.

 São divididos em Custos Fixos e Variáveis.

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CUSTOS/DESPESAS E GASTOS: Como se diferem?

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CUSTOS FIXO: NÃO ALTERA CONFORME PRODUÇÃO
NÃO DEPENDE DA PRODUÇAO OU VENDAS.

ATENTE PARA A EQUAÇÃO!

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CUSTOS FIXOS

Custo
$

CF

Volume de Atividade
13
CUSTOS FIXOS

Custo
$
CF

Volume de Atividade
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CUSTOS VARIÁVEL:

 DEPENDE TOTALMENTE DA PRODUÇÃO OU VENDAS.


 SÓ EXISTE SE PRODUZIR OU VENDER.
 QUANTO MAIS PRODUZIR OU VENDER MAIS CUSTO VARIÁVEL VAI EXISTIR.

 EXEMPLO:
 Matéria prima
 Comissão
 Energia

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CUSTOS VARIÁVEIS

Custo
$

Volume de Atividade
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QUANTO À APURAÇÃO

CUSTOS DIRETOS (CD) CUSTOS INDIRETOS (CI)


Apropriáveis imediatamente a Ocorrem genericamente, sem
um só tipo de produto, ou possibilidade de apropriação
serviço, ou função de custos. direta a cada função de
(Ex.: matéria-prima direta; mão-de- acumulação de custos
obra direta etc.)
diferente.
(Ex.: aluguel; supervisão; energia
elétrica; combustíveis; depreciações;
PRODUTO “A” OU FUNÇÃO “A” água; material de limpeza etc.)
PRODUTO “B” OU FUNÇÃO “B”
PRODUTO “C” OU FUNÇÃO “C”
PRODUTO “A” OU FUNÇÃO “A”
PRODUTO “B” OU FUNÇÃO “B”
PRODUTO “C” OU FUNÇÃO “C”

 Fórmula: CT = CD+CI

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QUANTO À FORMÇÃO
Quanto à formação

CUSTOS FIXOS (CF) CUSTOS VARIÁVEIS (CV)

Custos de estrutura, que não Custos diretamente relacionados com


guardam qualquer relação com o o volume de atividade.
volume de atividade. Variação do volume de atividade, o
Variação no volume de atividade não custo varia no mesmo sentido
altera o custo.
Exemplos:
Exemplos: • Matéria-prima
• Aluguel mensal • Mão-de-obra direta
• Supervisão • Combustíveis de máquinas
• Depreciação em linha reta • Energia elétrica (força)
• Energia elétrica para iluminação • Mercadorias
• Salários de vendedores • Comissão de vendedores
(despesa) (despesa)
• Impostos periódicos etc. • Impostos proporcionais etc.

 Fórmula: CT = CF+CV
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COMPORTAMENTO DOS CUSTOS:

COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO À VARIAÇÃO


ESPÉCIE DE CUSTO
DO VOLUME DA PRODUÇÃO

Fixo total Não varia

Fixo unitário Varia inversamente

Variável total constante Varia proporcionalmente

Variável unitário constante Não varia

Total global Varia proporcionalmente

Total por unidade Varia inversamente

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FORMAÇÃO PARCIAL DO PREÇO.

CUSTO ESTOQUE RESULTADO

P
DESPESA RESULTADO
R

Ç PERDA +
RESULTADO
DOAÇÃO
O

PERMANENTE
PATRIMÔNIO
NÃO DEPRECIÁVEL

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ESTÁGIO DA OCORRÊNCIA EM QUE SE APURAM OS CUSTOS.

MÃO-DE-OBRA
MATÉRIA-PRIMA DIRETA DIRETA
CUSTOS INDIRETOS
(=) ESTOQUE INICIAL
CUSTO DE RATEADOS
(+) COMPRAS CUSTO DIRETO
TRANSFORMAÇÃO
(-) ESTOQUE FINAL

CUSTO BÁSICO CUSTO INDIRETO

CUSTO FABRIL
(CFA)

ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS EM (+) (-) ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS EM


ELABORAÇÃO (EIPE) ELABORAÇÃO (EFPE)

CUSTO
DOS PRODUTOS
FABRICADOS
(CPF)

(+) (-)
ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS
ACABADOS (EIPA) ACABADOS (EFPA)

CUSTO
DOS PRODUTOS
VENDIDOS
(CPV)
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PARA APURAÇÃO DE RESULTADOS GLOBAIS, SIGA O FLUXO
PESSOAL MATERIAL GERAIS

(=) ESTOQUE INICIAL


FOLHA DE PAGAMENTO (+) AQUISIÇÕES SERVIÇOS DIVERSOS
(+) ENCARGOS SOCIAIS (=) MATERIAL DISPONÍVEL (+) INSUMOS DIVERSOS
(=) MÃO-DE-OBRA DISPONÍVEL (-) ESTOQUE FINAL (=) GERAIS DISPONÍVEIS
(=) MATERIAL APLICADO

(-) CUSTOS NÃO APROPRIADOS (INDIRETOS)

(=) CUSTOS APROPRIADOS (DIRETOS)

(+)

CUSTOS RATEADOS

(=)

CUSTOS DO PERÍODO APLICADOS

(+) ESTOQUE INICIAL EM ELABORAÇÃO


(=) ELABORAÇÃO NO PERÍODO
(-) ESTOQUE FINAL EM ELABORAÇÃO

(=)

PRODUÇÃO ACABADA

(+) ESTOQUE INICIAL ACABADO


(=) PRODUÇÃO DISPONÍVEL
(-) ESTOQUE FINAL ACABADO

(=)

PRODUÇÃO VENDIDA
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Esquema Básico
De Rateio CUSTOS

INDIRETOS DIRETOS

Alocáveis
R COMUNS Diretamente aos
Departamentos

DEPARTAMENTO
Serviço A

R
DEPARTAMENTO
Serviço B ESTOQUE
R
DEPARTAMENTO
Produção C Demonstração de Resultados

RECEITA
R PRODUTO X CPV PRODUTOS VENDIDOS
DEPARTAMENTO LUCRO BRUTO
Produção D DESPESAS
LUCRO OPERACIONAL
PRODUTO Y
R
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BASES DE RATEIO MAIS COMUNS

 tempo de máquina;

 tempo de mão-de-obra;

 custo de mão-de-obra;

 volume de matéria-prima

 custo de matéria-prima.

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CARACTERISTICAS DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO

Sistemas Produção por Produção por


Produção Contínua
Ordem Encomenda
Características
Unidades iguais ou muito
Produto Acabado Ordens diferenciadas Específico
semelhantes
Desenvolvimento Especificação do Especificação do Especificação do
do Produto Fabricante Fabricante Cliente
Volume de Planejado pelo Planejado pelo
Definido pelo Cliente
Produção Fabricante Fabricante
Local de Na fábrica ou no
Na fábrica Na fábrica
Produção Cliente
Prazo para
Geralmente Mensal Variável Geralmente Longo
Produção

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CUSTOS/DESPESAS E GASTOS: Comportamento

Sistemas Produção por Produção por


Produção Contínua
Ordem Encomenda
Características
Padrões de
Mais fáceis Mais difíceis Muito difícil
Serviços
Racionalização
do Tempo (Grau Alto Médio Baixo
de Eficiência)
Gráfico da

Produção
Permanente (para vários Temporário (para fim Temporário (para fim
Estoque de MAT
Produtos) específico) específico)
Importante Importante
Estoque de PAC Indesejável
(Necessário) (Necessário)
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Planejamento e Controle Da Produção.

CUSTO DA PRODUÇÃO EMPRESA COMERCIAL


Exemplo de calculo de produção (Cenário)

 Uma pequena empresa que fabrica chaveiros personalizados.


 Custos fixos: R$ 800,0 aluguel da sala onde mantém seu estoque;
 R$ 100,0 para manutenção de máquinas e ferramentas;
 ( seus custos permanecem os mesmos independente do
nível de produção , portanto os custos por item são reduzidos se fabricar
mais chaveiros).

 Custo total de produção: R$ 900,00 ( Despesas fixas), porém com


adicional de R$ 15 em despesas variáveis para cada chaveiro produzido
relativo a material, embalagem, entre outros.

 Portanto, R$ 10 de suprimentos

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Exemplo de calculo de produção

 O chaveiro é vendido a R$ 100 , assim, depois de subtrair o custo de


fabricação de R$ 10, cada chaveiro rende R$ 90,0 para a empresa.

 Para atingir o ponto de equilíbrio a empresa deve produzir 10 chaveiros por


mês, o que resulta em um faturamento de R$ 1000,00 no total e receita
bruta de R$ 900, capaz de cobrir os custos de produção.

 Para que o negocio sair do ponto de equilíbrio e se torne rentável, a


empresa deve vender mais de 10 chaveiros por mês ao preço original de
R$100,0.

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COMO CALCULAR OS CUSTOS DE PRODUÇÃO

 A principal fórmula utilizada é a de custo total, que considera todo o


dinheiro investido para produzir o que está em estoque.

 Custo de produção total= Matéria prima + Mão de obra + Custos fixos


+custos variáveis+ custos extras.

 Cenário 02:
 A empresa cresceu e conta agora com um funcionário, focando o negocio
na fabricação de vários itens e acessórios variados(além de chaveiros)

 Custo matéria prima atual é: R$ 500,0

 Custo com mão de obra: R$ 60,0 X 20 dias= R$ 1200,0


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COMO CALCULAR OS CUSTOS DE PRODUÇÃO

 Custo com mão de obra: R$ 60,0 X 20 dias= R$ 1200,0

 Os custos variáveis mantiveram-se baixos, R$ 150,0

 Os custos fixos, como aluguel da sala, aumentaram R$ 1400.

 Os gastos extras , inesperados giram em torno de R$ 180,0 /Mês.

 Assim o custo de produção :

 Matéria prima: R$ 500,0


 Mão de obra: R$ 1200,0
 Custos variáveis : R$ 150,0
 Custos Fixos: R$ 1400,0
 Custos Extras: R$ 180,0
 Custo Total = 3.430,00 31
COMO CALCULAR UNITÁRIO DE PRODUÇÃO

 Tendo conhecimento do custo total

 De posse da quantidade que neste caso é 210 unidades

 Custo unitário de produção = Custo Total de Produção ÷ Quantidade de


produtos fabricados.

 3.430 ÷ 210 = R$ 16,33

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Planejamento e Controle Da Produção.

CUSTO PADRÃO DA PRODUÇÃO EMPRESA


INDUSTRIAL
Termos importantes na Industria: CENTRO DE CUSTO.

 Centro de custo é uma maneira de separar uma empresa em vários


setores, cada um deles com uma parcela de responsabilidades
operacionais, financeiras e econômicas.

 Todos os centros de custos juntos representam a empresa inteira,


mas cada um possui independência quando comparado com o outro.

 Um centro de custo também pode ser entendido como uma unidade


dentro de uma empresa que pode representar, por exemplo, um
projeto ou departamento da empresa.

 Os centros de custos que podem ser considerados maneiras eficientes


de agrupar receitas e despesas, propiciando um melhor conhecimento
e análise das partes do negócio.
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CENTRO DE CUSTO

 Ele serve para deixar os diversos setores de uma empresa com mais
autonomia, fragmentando-a em diversos pequenos setores, e estes
serão, responsáveis tanto pela geração de receitas quanto pela
aplicação dos recursos em despesas. Por isso a denominação de
centro de custo.

CÓDIGO

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O centro de custo na organização das empresas.

 Há setores que não são capazes de gerar, diretamente, receitas, Esse


é o caso por exemplo, do setor de recursos humanos; Ele ajudará
apenas de maneira indireta na geração de receitas e terá uma
incidência de custos já prevista pelos gestores de uma empresa.

 No entanto, como todos são importantes em seu desempenho, não se


pode extinguir este setor pelo fato dele não trazer receitas diretas,
pois ele é necessário. Dessa maneira, uma parcela dos recursos que
será aplicada pela empresa será de responsabilidade do setor de
recursos humanos.

 Treinamentos, cursos, palestras, workshops e outros eventos serão


incumbências para os gestores deste departamento e que estarão
todos sob o guarda- chuva que é o centro de custo de recursos
humanos.
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O centro de custo na organização das empresas.
 Isso pode e deve ser utilizado por todos os setores de uma empresa,
não importando o tamanho dela.

 Neste caso, o setor financeiro, o setor de publicidade de propaganda,


a linha de produção, dentre outros, terão parcelas de custo
respectivas ás responsabilidades que eles possuem .

 Sendo assim, como exemplo, o centro de custo de recursos humanos


absorverá como gasto metade do valor de um aluguel, a outra
metade vai para o setor financeiro, tendo casos em que estes
percentuais põem não ficar em 50%, os gestores devem identificar os
percentuais respectivos para cada setor.

 Setores com mais funcionários deverá ter uma parcela maior de


recursos repassados para investimento, pois a quantidade de custo
com salário será maior, isso orienta de melhor forma a administração
de recurso pelo setor financeiro. 37
ORGANOGRAMA:
 O que é: além de estabelecer a estrutura dos cargos, o organograma
de uma empresa- é a documentação utilizada para mapear quais são
os times necessários para que a companhia possa funcionar de forma
plena.

 É utilizado ainda para compreender quem são os profissionais que


devem compor cada equipe, suas competências e as suas funções
necessárias para que a empresa possa desenvolver (crescer).

38
ORGANOGRAMA
 Cada um desses itens possuem um significado.

 Hierarquia: Funciona de cima para baixo, da esquerda para direita


ou de dentro para fora. Diz respeito à divisão de cargos mais altos e
mais baixos de uma equipe.

 Divisão horizontal: Cargos que ficam na mesma linha e tem o


mesmo nível hierárquico.

 Linha de comunicação: São as linha que interligam os cargos e as


funções estabelecidas no organograma de uma empresa. Indicam as
hierarquias diretas entre departamentos e cargos.

 Unidades de trabalho: São as caixinhas que descrevem cada cargo


e função representada na estrutura organizacional. Pode apresentar o
nome do funcionário ou da equipe.
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ORGANOGRAMA (EXEMPLO).

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Formação dos custos industriais

 Os parâmetros que influi na formação do custo industrial são

 Mão de Obra : Direta


 Indireta

 Material: Direto
 Indireto

 Outras despesas: Direta


 Indireta

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Formação dos custos industriais

 MÃO DE OBRA DIRETA.


 É a mão de obra utilizada diretamente na fabricação do produto, a
mão de obra operária, aquela que por uma ação manual ou mecânica,
modifica a forma ou estrutura da matéria.

 Pode ser classificada como a mão de obra que executa as operações


constantes no processo de trabalho, aquela que é cronometrada em um
estudo de tempo.

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Formação dos custos industriais

 MÃO DE OBRA INDIRETA.

 É a mão de obra relativa aos órgãos auxiliares da produção, é a mão


de obra que comanda as ações em uma indústria, dela depende
realmente, um fluxo aceitável de fabricação. Dentre elas podemos citar
a Engenharia, Manutenção, Controle de Qualidade, Administração,
Planejamento, Supervisão. E a mão de obra que indiretamente age
sobre a produção.

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Formação dos custos industriais

 MATERIAL DIRETO.
 É a matéria prima, o material diretamente utilizado na fabricação do
produto, constante no projeto ou formação do mesmo. É um
componente do bem que se fabrica.(Matéria prima).

 MATERIAL INDIRETO.
 É o material utilizado, que não faz parte do produto. É o material de
auxilio à produção. Podemos citar como exemplo os materiais de
limpeza, de escritório, de manutenção das máquinas, equipamentos e
instalações.

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Formação dos custos industriais

 OUTRAS DESPESAS.

 Também podem ser classificadas como: Diretas e Indiretas.

 DESPESAS DIRETAS.

 Sejam os gastos gerais de fabricação, que apesar de não fazerem


parte especificamente de um determinado produto, são componentes
diretos de custos, como exemplo, uma ferramenta utilizada unicamente
na fabricação de determinado item ou produto.

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Formação dos custos industriais

 OUTRAS DESPESAS.
 Também podem ser classificadas como: Diretas e Indiretas.

 DESPESAS INDIRETAS.
 Relativo às necessidades indiretas, tais como:

 Despesa com eletricidade, água, vapor, telefone, aluguéis;

 Despesas comerciais com Administração, Vendas, Fiscais e Financeiras,

 Previdência Social, Provisões e Riscos, Lucros e Perdas.

 Despesas diversas com amortizações, seguros, impostos, depreciação.

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 Temos assim, de forma generalizada a formação e os parâmetros do
custos industrial, que podem ser resumidos em:

 Custo Direto ou Primário


Formação dos custos industriais
 Custos Indireto ou fixo.

 CUSTO DIRETO OU PRIMÁRIO.


 O custo Direto ou Primário é aquele que pode ser avaliado diretamente
em relação a cada produto e são proporcionais aos volumes de produção;
maior é a produção, maior é o gasto em matéria prima e mão de obra.

 É o custo utilizado como base para o custo padrão, serve como medida
no controle da eficiência da fabrica, nas comparações de viabilidade
econômica das modificações em processos de produção, determinam as
dificuldades de cada produto, para uma distribuição coerente e
proporcional dos custos indiretos.
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Formação dos custos industriais
 CUSTO INDIRETO OU FIXO.
 É aquele que não pode ser avaliado diretamente ao custo do produto e
que, por razões, são incorporados ao valor, por meio de critérios especiais
para a distribuição desses gastos.

 São rateados para cada produto, através dos padrões de trabalho.

é denominado fixo, pois não pode ser alterado, quando se aumenta ou


diminui a produção.
O mesmo pode ser subdividido em custos variáveis e invariáveis.
 Variáveis : São as despesas que variam de acordo com o grau de
ocupação e reduzem-se a zero no momento da paralização completa da
atividade.
 Invariáveis: São as despesas que persistem, mesmo no caso de completa
paralização do trabalho.
 EX: Amortização, depreciação, seguros, impostos, conservação.
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CARACTERISTICAS DO CUSTO PADRÃO

 Predeterminado;

 Mensuração quantitativa e
monetária;

 Meta a ser atingida;

 Tipicamente gerencial.
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CUSTO PADRÃO

 É a determinação antecipada dos componentes do produto ou serviço.

 Sofre muita resistência por parte dos contadores por apresentar


grandes variações entre os padrões estabelecidos e a realidade.

 Provoca aumento de lançamentos contábeis pelo registro dos desvios.

 Útil nos orçamentos e determinação do preço de venda.

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CUSTO PADRÃO

 Utiliza-se de dados históricos, da engenharia de produção, dos estudos


de tempos e movimentos para estabelecer os padrões.

 Os padrões de materiais devem considerar a especificação, a


quantidade, o preço, a taxa de aproveitamento, as perdas naturais.

 Os padrões de mão-de-obra devem considerar o tempo de execução de


cada etapa, o tempo médio improdutivo, a taxa horária da equipe, as
alterações salariais.

 Os padrões dos custos indiretos são os mais difíceis pela sua variedade
e por grande participação dos custos fixos.
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PRINCÍPIOS CUSTO PADRÃO

 É o custo certo;

 Só deve haver um;

 Deve ser atualizado;

 Variações não devem ser


repassadas.
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UTILIDADE DO CUSTO PADRÃO

 Elaboração de orçamentos;

 Avaliação de desempenhos;

 Busca de melhorias contínuas (Kaizen);

 Gestão de Custos.

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VARIAÇÃO REAL X CUSTO PADRÃO

 De quantidade: PP (QR - QP);

 De preço: QP(PR - PP);

 Mista: (QR - QP) x (PR - PP).

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VARIAÇÃO REAL X CUSTO PADRÃO

Preço Variação de
Preço Variação
Preço Real Mista
Preço Padrão

Variação
de
Quantidade

Quantidade
Quantidade Quantidade
Padrão Real

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O CÁLCULO DO CUSTO PADRÃO
 Tomaremos como base, um exemplo de aplicação, que elucidará de forma
definitiva o sistema de cálculo do custo padrão.

 O CUSTO PADRÃO EM UMA INDÚSTRIA METALÚRGICA-


MONTADORA.

 Considerando a Fábrica como único Centro de Custo.

 Nesta fábrica produzem-se as peças e montam-se os produtos, sendo cada


produto um conjunto de peças.

 Definimos que o produto fabricado por esta indústria, é :

 Produto A- Formado pelas peças 01,02,03.

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O CÁLCULO DO CUSTO PADRÃO
 Os tempo padrão de produção e montagem do produtos é o seguinte:

 Produto T.P. (h/produto)


A 0,48
B 0,32
C 0,16

 A produção feita no mês controlado foi:


Produto Quant. Produzida
A 2.000
B 2.000
C 2.235

 O tempo trabalhado (disponível ) pela mão de obra direta somou: 3287


horas no mês.
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O CÁLCULO DO CUSTO PADRÃO
 O tempo produzido é calculado pela quantidade de produtos fabricados
multiplicada pelo seu Tempo Padrão respectivo, como segue:

 Produto Quant. Produtos T.P Horas Produzidas/Mês


A 2.000 0,48 960
(X)
B 2.000 0,32 640
C 2.235 0,16 358

Total 1.958

Portanto, o total de horas produzidas no mês é de 1.958 horas.

58
O CÁLCULO DO CUSTO PADRÃO

 CALCULO DA EFICIÊNCIA DA FÁBRICA

EFICIÊNCIA = Horas Produzidas 1.958 horas = 59,6 %


Horas Disponíveis 3.287 horas

De posse desses dados podemos preencher a Folha de custo.

59
O CÁLCULO DO CUSTO PADRÃO
Cálculos:
FOLHA AUXILIAR DE CUSTO
 M. O Direta= Gastos ÷ Horas
HORAS PRODUZIDAS (hpr) 1.958 horas Produzidas
HORAS DISPONIVEIS (hd) 3.287 horas
HORAS TRABALHADAS (ht) - 1.971.980,00 ÷ 1.958 = R$ 1.007,14
HORAS PARADAS (hpa) hd-ht -  M.O Indireta= Gastos ÷ Horas
EFICIÊNCIA hpr/hd 59,60% produzidas
PRODUTIVIDADE hpr/hd-hpa - 800.000,00 ÷ 1.958 = R$ 408,58
ITENS DE RATEIO
 MAT. Indiretos = Gastos ÷ Horas
DESCRIÇÃO GASTOS-R$ R$/hpr produzidas
M.O DIRETA 1.971.980,00 1.007,14 2.240.000,00 ÷ 1958 = R$ 1.144,02
M.O INDIRETA 800.000,00 408,58
 Outras despesas = Gastos ÷
MAT. INDIRETOS 2.240.000,00 1.144,02
Horas produzidas
OUTRAS DESPESAS 1.200.000,00 612,87 1.200.000,00 ÷ 1.958 = R$ 612,87
Observações: R$
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O CÁLCULO DO CUSTO PADRÃO MODELO (A)
PLANILHA DE CUSTO INDUSTRIAL
Produto: A. Mês: 08/2022

Custo-R$ hora Custo/Produt Custo Rateio = T.C do produto X Custo


ITENS DE RATEIO T.P. h/produto Custo do Produto =0,48 x 1.007,14 =
produzida o R$
M.O DIRETA 0,48 1.007,14 483,43 R$ 483,43
M.O. INDIRETA 0,48 408,58 196,12

MAT. INDIRETA 0,48 1.144,02 549,13

OUTRAS DESPESAS 0,48 612,87 294,18

SOMA 1.522,86 Custo da Matéria Prima= consumo por


MATÉRIAS PRIMAS UNID. Consumo Custo/Unidade Custo/Produto unidade x Custo por unidade .
unid/prod R$ R$
Custo Matéria Prima=0,12 X 10.000 =
PEÇA 01 Kg 0,12 10.000 1.200,00 R$ 1.200,00
PEÇA 02 Kg 0,06 10.000 600,00
PEÇA 03 Kg 0,04 10.000 400,00
Custo Total= Soma Rateio + Soma
matéria prima.
SOMA 2.200
2000,00

TOTAL 3722,86 Custo Total = 1.522,96 + 2.200,00


OUTROS CUSTOS = R$ 3722,36
TOTAL GERAL 3722,86
EXEMPLO DE FORMAÇÃO DE PREÇO MODELO (A)

Tendo a certeza de que todos os custos estão rateados podemos partir para
a formação do preço do produto (A).

Existem valores que devem ser agregados para a formação do preço, porém,
os mesmos não dependem do CUSTO, mais sim do PREÇO.

EX: O lucro, a participação nas vendas, o ICMS o COFINS.

Todos esses valores devem constar no preço do produto e dependem do


FATURAMENTO, portanto devem ser considerados a partir do PREÇO.

COMO AGREGAR ESSES VALORES:


PREÇO=1,00 ou 100% do valor
Desse parâmetro (1,00) subtraímos as porcentagens relativas aos valores
que dependem do preço. >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
EXEMPLO DE FORMAÇÃO DE PREÇO MODELO (A)
 LUCRO = 10% >>>>>>> 0,10

 PARTICIPAÇÃO VENDAS = 5%>>>>>>>> 0,05

 ICMS = 18% >>>>>>> 0,18

 COFINS = 2% >>>>>>> 0,02

TOTAIS = 35% >>>>>> 0,35

Subtraímos de 1,00 (10%) o valor que deve ser agregado ao preço;

PREÇO >>>>> 1,0 = 100%


Subtração
VALOR AGREGADO >>>>> 0,35 = 35%

PREÇO VALOR AGREGADO >>0,65 = 65%


PREÇO MODELO (A) COM VALOR AGREGADO

Para obtermos o preço de cada produto, basta fazer a divisão do CUSTO pelo
PREÇO = valor agregado

 PRODUTO CUSTO PREÇO PREÇO


Rateio Valor agregado Produto

A 1.522,86 0,65 R$2.342,86

Temos então, a importância do custo padrão para a indústria, controlando a


eficiência e principalmente a lucratividade a cada mês.
COMO REDUZIR OS CUSTOS DE PRODUÇÃO?

 Qualquer empresa quer reduzir os custos de produção, custos menores


significam lucros maiores.
65
COMO REDUZIR OS CUSTOS DE PRODUÇÃO?

 Algumas técnicas:

 1) Revisar os processos atuais e busque agilizá-los

 2) Analise o inventário, tente reduzir o estoque.

 3) Pesquise novas tecnologias que possa ajudar a reduzir custos de


produção

 Certifique-se de treinar bem os colaboradores, se estão bem treinados e


eficientes em seu trabalho, o baixo desempenho pode aumentar
rapidamente os custos.

 Mantenha uma comunicação regular com a equipe de trabalho para


garantir que todos estejam no mesmo foco, trabalhando em melhorias.
66
ATIVIDADE:
1) O que é Centro de Custo?

2) O que é Organograma?

3) O que é Mão de obra direta e indireta?

67
ATIVIDADE:
4) O que é material direto e indireto?

5) Quais os 4 princípios do Custo Padrão ?

68
ATIVIDADE:
6) Conforme os Dados disponíveis Calcule o custo do Produto (B)

O produto B e formado pelas peças (2 e 3)

 Produto Quant. Produtos T.P Horas Produzidas/Mês


A 2.000 0,48 960
B 2.000 0,32 640
C 2.235 0,16 358

Total 1.958

Portanto, o total de horas produzidas no mês é de 1.958 horas.

69
ATIVIDADE:
6) Conforme os Dados disponíveis Calcule o custo do Produto (B)
PLANILHA DE CUSTO INDUSTRIAL
FOLHA AUXILIAR DE CUSTO Produto: B. Mês: 09/2022

HORAS PRODUZIDAS (hpr) 1.958 horas Custo-R$ hora Custo/Produt


ITENS DE RATEIO T.P. h/produto
produzida o R$
HORAS DISPONIVEIS (hd) 3.287 horas
M.O DIRETA 1.007,14
HORAS TRABALHADAS (ht) - M.O. INDIRETA 408,58
HORAS PARADAS (hpa) hd-ht - MAT. INDIRETA 1.144,02
EFICIÊNCIA hpr/hd 59,60% OUTRAS DESPESAS 612,87

PRODUTIVIDADE hpr/hd-hpa - SOMA


ITENS DE RATEIO MATÉRIAS PRIMAS UNID. Consumo Custo/Unidade Custo/Produto
unid/prod R$ R$
DESCRIÇÃO GASTOS-R$ R$/hpr PEÇA 02 Kg 0,06 10.000
M.O DIRETA 1.971.980,00 1.007,14 PEÇA 03 Kg 0,04 10.000
M.O INDIRETA 800.000,00 408,58
MAT. INDIRETOS 2.240.000,00 1.144,02
OUTRAS DESPESAS 1.200.000,00 612,87 SOMA
Observações: R$ TOTAL
OUTROS CUSTOS 70
TOTAL GERAL
ATIVIDADE:
6) Conforme os Dados disponíveis Calcule o custo do Produto (B)
PREÇO VALOR AGREGADO >>0,65 = 65%

Para obtermos o preço de cada produto, basta fazer a divisão do CUSTO pelo
PREÇO = valor agregado

 PRODUTO CUSTO PREÇO PREÇO


Valor agregado Produto

B 0,65 R$

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