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05/12/2022

Prof. Doutora Carla Negrão

Luanda

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• CONCEITOS BÁSICOS
• O SISTEMA DE CUSTEIO PADRÃO: CUSTEIO REAL VS CUSTEIO TEÓRICO
• METODOLOGIA DA CONSTRUÇÃO DOS CUSTOS PADRÕES
• OS CUSTOS PADRÃO E A UTILIZAÇÃO DOS DESVIOS
• DESVIOS DE MP, E MATERIAIS DIRECTOS, MO E GGF
• CONTABILIZAÇÃO DOS DESVIOS

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EMPRESAS

FLUXOS

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CONTABILIDADE DE GESTÃO
Também chamada de Contabilidade analítica

No caso concreto da parte da contabilidade analítica que trata do custo de produção é chamada também de
contabilidade de custos

é recomendado que a Demonstração de Resultados por Funções seja apresentada em substituição da


Demonstração de Resultados por Natureza para as empresas industriais que tenham contabilidade analítica[

CUSTOS DIRECTOS E CUSTOS INDIRECTOS


Custos directos: são directamente atribuídos ao objecto de custo
- são aqueles que concorrem diretamente para o fabrico de um produto
Ex: matérias primas e a mão de obra directa

Custos indirectos: são sujeitos a distribuição através de indutores de custo (cost drivers), através dos tradicionais
sistemas de custeio ou através do método ABC
-concorrem de forma indirecta
Ex: ordenados e encargos do pessoal de chefia, depreciação do edifício, seguro de incêndio, etc

Os GGF incluem, por um lado, gastos directos:


(matérias subsidiárias aplicadas num
produto, depreciação de uma máquina
utilizada especificamente no fabrico de um
produto) e, por outro, gastos indirectos

Métodos de atribuição de custos

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CUSTOS VARIÁVEIS E CUSTOS FIXOS


Custos em relação ao volume de atividade (variáveis ou fixos)

Custos variáveis: variam na mesma proporção da actividade e


consequentemente os custos variáveis totais são lineares

Ex: MP, água, energia, MO variável, comissão de vendas, horas extra

o custo variável unitário é constante

Custos fixos: mantêm-se inalterados, independentemente, do nível


de produção no período

Ex: renda, vigilância, aluguer de máquinas, internet, limpeza

os custos fixos unitários diminuem a medida que o volume de


actividade aumenta, ou seja, quanto mais produzirmos ou vendermos
mais o custo fixo unitário diminui

CUSTOS VARIÁVEIS E CUSTOS FIXOS


EXAME TIPO DE ADMISSÃO À ORDEM | JUNHO 2019

Determinada empresa da indústria transformadora dispõe de uma dada estrutura de custos de produção que
manteve.

Com o aumento das quantidades fabricadas:

a) O custo fixo unitário aumenta


b) O custo variável unitário diminui
c) O custo total unitário diminui tendendo para o custo variável unitário
d) O custo total unitário aumenta

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CUSTOS VARIÁVEIS E CUSTOS FIXOS


EXAME TIPO DE ADMISSÃO À ORDEM | JUNHO 2019

Determinada empresa da indústria transformadora dispõe de uma dada estrutura de custos de produção que
manteve.

Com o aumento das quantidades fabricadas:

a) O custo fixo unitário aumenta


b) O custo variável unitário diminui
c) O custo total unitário diminui tendendo para o custo variável unitário
d) O custo total unitário aumenta

CUSTOS VARIÁVEIS E CUSTOS FIXOS


EXAME PT Fev 2013

Em relação ao comportamento dos gastos variáveis de conversão diga qual das frases está correcta:

a) Com a redução das quantidades produzidas o gasto variável unitário tende para zero

b) Com a redução das quantidades vendidas o gasto variável total tende para zero

c) Com a redução das quantidades produzidas os gastos totais variáveis mantêm-se constantes

d) Com a redução das quantidades produzidas o gasto variável unitário mantém-se constante

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CUSTOS VARIÁVEIS E CUSTOS FIXOS


EXAME PT Fev 2013

Em relação ao comportamento dos gastos variáveis de conversão diga qual das frases está correcta:

a) Com a redução das quantidades produzidas o gasto variável unitário tende para zero

b) Com a redução das quantidades vendidas o gasto variável total tende para zero

c) Com a redução das quantidades produzidas os gastos totais variáveis mantêm-se constantes

d) Com a redução das quantidades produzidas o gasto variável unitário mantém-se constante

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SISTEMA DE CUSTEIO
Sistema de Custeio Real

Sistema de Custeio Teórico

Sistema de Custeio Real: a produção é avaliada à medida que vão ocorrendo, ou seja, a posteriori, uma vez conhecidos
os custos reais
São consideradas as quantidades de bens e serviços efectivamente consumidas e valorizadas aos preços de
aquisição efectivos

Excepto: Nomeadamente. os encargos sociais são calculados através de uma taxa teórica e os GGF quando estes são
imputados através de taxas teóricas (ex: amortizações)

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SISTEMA DE CUSTEIO TEÓRICO


Os custos são fixados a priori para a valorização das prestações de bens e serviços (MP, actividade das
secções) e, consequentemente, para a valorização da produção e existências de PVF e de PA

Usado por empresas com uma produção muito diversificada, onde é pouco provável a determinação do valor da
produção a custos reais, pois seria muito onerosa para a empresa

Na prática, os custos teóricos podem ser a única possibilidade de conhecimento do custo industrial dos
produtos

Ex: Empresas com produção muito diversificada: de metalomecânica ( fabrico em simultâneo de limas, grosas,
torneiras, ferragens para a construção, artigos de escritório, etc, empresas de cerâmica e nas empresas de
artigos de plástico

A utilização deste sistema de custeio teórico deve-se á necessidade de se dispor de informação em tempo útil e
oportuno, uma vez que, os custos históricos surgem muito a posteriori e a avaliação da produção ter de ser
atempada

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SISTEMA DE CUSTEIO TEÓRICO


Objectivos:

• Servir como instrumento de controlo de gestão

• Identificar e isolar responsabilidades

• Simplificar, antecipar e, consequentemente, aumentar a rapidez da execução contabilística, não sendo


necessário aguardar pelo apuramento dos custos unitários reais, para se poder valorizar os consumos de
materiais ocorridos no período e as unidades de obra ou de imputação das secções auxiliares, dado que os
reembolsos são efectuados a custos teóricos

• Permitir o cálculo e posterior análise e interpretação dos desvios verificados entre os custos reais e
teóricos

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EXERCÍCIO 17 Maio 2014

Questão 34.:

A Melofabril, SA, executa encomendas de clientes mediante orçamento previamente aprovado por
estes. No cálculo do custo de produção de cada encomenda a empresa imputa os gastos gerais de
fabricação com base no custo directo ou primo mediante uma quota teórica de u.m.0,75 por cada
u.m.1 de custo primo. No caso da encomenda 2014/23 K foram requisitados ao armazém para a
mencionada encomenda 665 metros de perfil cujo custo unitário foi de u.m.16/metro e foram
utilizadas 220 horas de operários cujo custo médio unitário foi de u.m. 22.

Sabendo que foram devolvidos ao armazém 15 metros de perfil daquela encomenda e que os gastos
gerais de fabrico do mês somaram u.m. 12.430, o custo de produção da referida encomenda somou:

a) 26.580 u.m.
b) 26.760 u.m.
c) 26.860 u.m.
d) 26.670 u.m.

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CUSTOS
Custos padrões: São custos definidos a partir de normas técnicas de materiais, MO e GGF e não
através da gestão orçamental ou de previsões, o.s., são custos que a empresa obteria se trabalhasse
em condições normais ou ideais de exploração.

Os desvios serão devido a produtividade e/ou alteração de preços

Custos orçamentados: são custos obtidos pelos serviços técnicos da empresa, no âmbito da gestão
orçamental, com base em quantidades e preços de bens e serviços exigidos para a produção de cada
produto ou serviço e para cada actividade.

Os desvios serão devidos a variações de produtividade e a erros de previsão

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MP
D. Total = Qp x Pp – Qr x Pr

Qp x Pp - Qr x Pp + Qr x Pp – Qr x Pr

D. Preço = Qr (Pp – Pr)

D. Quantidade = (Qp – Qr) Pp

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DESVIOS DE MÃO DE OBRA


Desvio total = Hp .Tp- Hr.Tr subtraindo e somando pelo orçamento ajustado

Dt= Hp .Tp- H r .Tp +H r .Tp - Hr.Tr Hp = Horas padrão de MO consumidas


Hr = Horas reais de MO consumidas
=Hr (Tp-Tr)+Tp (Hp-Hr) Tp =Taxa padrão de MO consumidas
Tr = Taxa real de mão de MO consumidas
Desvio de taxa Desvio de eficiência
(Custo) (Tempo)

Exemplo: Ficha de custo padrão para cada torradeira: MO 8h a 2 u.m.

Mês – Produção de 200 torradeiras


MO 1650h a 1,95 u.m.

Calcule os desvios (total, eficiência e taxa)

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DESVIOS DE MÃO DE OBRA


Na ficha de custo padrão de uma série de 50 unidades do produto A, constam 70 horas de mão de obra ao custo
padrão de 4,8 u.m. cada

Durante o mês de Janeiro executaram-se 6 séries ou lotes que utilizaram 410 horas de MOD, pagas a 5 u.m. cada

O desvio da mão de obra é (em u.m.) : DD

- Desvio total = Hp .Tp- Hr.Tr = 420 X 4,8 - 410 X 5,0 = - 34

- Desvio de taxa = Hr (Tp-Tr) =410 (4,8 - 5,0) = - 82 DD: Cada hora custou mais 0,2 u.m. do que o padrão

- Desvio de eficiência = Tp (Hp-Hr) = 4,8(420-410) = 48


DF: gastaram-se menos 10 horas do que se poderia gastar

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DESVIOS DE MÃO DE OBRA

O custo padrão do produto P é constituído por:

- Mão de obra direta 4 horas a 6,4 u.m. = 25,6 u.m.

A produção de 1.000 unidades do produto P gastou 3.950 horas a 6,56 u.m. cada

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DESVIOS DE MÃO DE OBRA


O custo padrão do produto P é constituído por:

- Mão de obra direta 4 horas a 6,4 u.m. = 25,6 u.m.


A produção de 1.000 unidades do produto P gastou 3.950 horas a 6,56 u.m. cada

Dt= Hp .Tp- H r .Tp +H r .Tp - Hr.Tr = 4.000x6.4-3.950x6,56 = 25.600-25.912=312 u.m. DF

Desvio de taxa=Hr (Tp-Tr)= 3.950 (6,4-6,56)= - 632 u.m. DD

Desvio de eficiência = Tp (Hp-Hr)= 6,4(4.000-3.950)= 320 u.m. DF

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DESVIOS DE GGF
Desvios de GGF Variáveis

Devido a variações Desvio GGF v = GGF vp – GGF vr


GGF vp = Ur x Ap x T pv*
GGF vp ajustados à produção real
No orçamento Na eficiência ou rendimento

Desvio de Orçamento Desvio de Eficiência

Desvio GGF vo= GGF vo – GGF vr


Desvio GGF ve= (Ur x Ap- Ur x Ar) T pv
GGF variáveis orçamentados com base na actividade real da empresa
(horas MOD consumidos pela produção real: Hr x T pv) Ar –Actividade real (ex: horas reais/unidade de
produto)
AP – Actividade unitária padrão por produto
GGF v orçamentados (ex: horas /unidade de produto)
* T pv = 𝑵í𝒗𝒆𝒍 𝒅𝒆 𝒂𝒄𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒐𝒓ç𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒅𝒂 Bases de imputação: h (MOD, h máquina, quantidade de materiais
ou o número de unidades produzidas)

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DESVIOS DE GGF
Desvios de GGF Fixos

Devido a variações
Desvio Total GGF f= GGF fp – GGF fr
Sendo GGF fp = Ur x Ap x Tpf
No orçamento No volume

Desvio de Orçamento Desvio de Volume

Desvio GGF fvl= (Ur x Ap - Uo x Ap) T pf


Desvio GGF fo= GGF fo – GGF fr
Actividade padrão segundo a produção real
Actividade padrão orçamentada para a produção que se esperada atingir

Desvio de Capacidade Desvio de Eficiência

Desvio GGF fc= (Ur x Ar - Uo x Ap) T pf Desvio GGF fe= (Ur x Ap - Ur x Ar) T pf

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