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Curso: Gestão
1. Tipos de gastos
Os GGF têm vindo a assumir uma importância crescente nos custos de produção:
1) Desenvolvimento tecnológico
2) Aumento do preço da energia
A heterogeneidade das rubricas que integram os GGF torna difícil a sua repartição pelos
produtos ou serviços prestados. Isto suscita o problema dos coeficientes de imputação
dos GGF.
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Cap. III – Métodos de imputação de gastos gerais
Bases de imputação
Quantidades Valores
- Número de unidades produzidas - Custo das matérias directas
- Quantidade de matérias consumidas - Custo da mão-de-obra directa
- Horas de trabalho (Hh) - Custo primo
- Horas – máquina (Hm) - Preço de venda
Custos de Produção - A
GGF X
Gastos
do X Custos de Produção - B
mês (imputação)
X
Geralmente, os GGF não podem ser repartidos pelos produtos através de uma única
unidade de imputação, dado que a sua evolução dificilmente obedece a uma estrita
proporcionalidade.
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Cap. III – Métodos de imputação de gastos gerais
1) Não é preciso aguardar pelo final do período para determinar a quota de GGF a
imputar aos produtos entretanto acabados.
2) No caso de empresas com actividade sazonal, as quotas teóricas possibilitam que
a quota de GGF seja estável ao longo do ano.
Exemplo: 1
Depreciações 450.000
Seguros da fabrica 100.000
M.O.Indirecta 570.000
Mat. Subsidiárias 1.200.000
Energia 1.900.000
Conservação e reparação 780.000
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Cap. III – Métodos de imputação de gastos gerais
Resolução
(1)
Com esta imputação dos GGF, ou seja, serem distribuídos pelos produtos através de
uma única base ou unidade de imputação, está-se implicitamente a admitir uma relação
de proporcionalidade entre os GGF e a base de imputação. No entanto, sendo os GGF
constituídos por naturezas de custos heterogéneas e de comportamento diverso,
raramente se verifica tal relação em todos eles.
(2)
Depreciações, Seguros e Energia: (2.450.000/20.000 Hm) = 122,50/Hm;
A = 857.500; B = 980.000; C = 612.500.
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Cap. III – Métodos de imputação de gastos gerais
1. Objectivos
Os custos suportados numa empresa podem ser analisados na óptica das funções
principais que originaram esses custos: compras, produção, venda, administração e
financeira. Estas funções estão directamente relacionadas com serviços, departamentos
ou secções em que assenta a organização interna, cujo número e natureza variam de
empresa para empresa.
1
Como estamos a tratar do apuramento de custos, iremos considerar apenas Centros de Custos, no
entanto existem outros tipos de centros de responsabilidades, como por exemplo: centros de proveitos,
centros de lucros e centros de investimentos. (Matéria a ser tratada da cadeira de Análise de Custos e
Gestão Orçamental).
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Cap. III – Métodos de imputação de gastos gerais
2. Classificação
Uma classificação dos centros de custos pode ser a seguinte (numa empresa industrial):
- Aprovisionamento;
- Produção;
- Administração;
- Distribuição.
Chamamos desde já a atenção para o facto de que existem certos tipos de custos, que
pela sua natureza, não se consideram custos de funcionamento, apesar de ocorrerem
num determinado centro de custo. Estamos a referir-nos aos custos que são identificados
com o objecto final de custo – o produto. Exemplos:
Relativamente aos custos dos centros não industriais, como sabemos, não se consideram
no cálculo do custo de produção, no entanto, tem toda a razoabilidade apurar os custos
dessas funções. Para mais, quando se pretende chegar ao custo complexivo por produto
teremos sempre que efectivar o seu cálculo.
No entanto, tal como acontece nos custos industriais, existem alguns custos das funções
administrativa e distribuição que não se consideram custos de funcionamento:
Este método implica uma divisão da empresa ou da unidade a ser analisada por um certo
número de secções homogéneas. Uma secção é homogénea na medida em que o nível
de divisão atingido é suficiente para definir uma unidade de actividade, também
designada “unidade de obra” (U.O.), que permita medir e valorizar as prestações
fornecidas pela secção considerada aos produtos ou às outras secções.
As secções homogéneas, são então centros de custos que devem obedecer às seguintes
características:
Apuramento mais correcto do custo dos produtos: deve-se criar uma secção sempre
que se possa agrupar nela uma quantidade substancial de gastos relativos a
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Cap. III – Métodos de imputação de gastos gerais
operações idênticas, que se podem repartir por uma mesma unidade de obra e que
respeitem a um único centro de responsabilidade;
Nem sempre é possível definir secções com unidades de obra, isto é, uma unidade que
seja simultaneamente unidade de custeio e unidade de imputação. Vejamos alguns
exemplos:
As secções de produção principais, que são aquelas que contribuem directamente para a
fabricação do produto, admitem geralmente uma unidade de obra aceitável, sendo mais
frequentes a hora de funcionamento da secção, as horas-máquinas de laboração ou ainda
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Cap. III – Métodos de imputação de gastos gerais
as horas de mão-de-obra directa. Diz-se que é aceitável, pois todos os custos deveriam
ser proporcionais à actividade da secção medida nessa unidade de obra, e se isso
acontece com razoável exactidão, no que respeitas aos custos variáveis, já o mesmo não
acontece com os custos fixos, cuja unidade de custeio, deve ser o tempo – o dia. No
entanto, esta situação não terá grandes consequências se a unidade de obra for uma
unidade temporal (Hm, Hh, Hf).
Na repartição dos custos de determinado período pelas diversas secções, há que ter em
consideração, por um lado, os custos directos ou específicos e os custos comuns a
diversos centros. No caso dos custos específicos não existe qualquer problema, o
mesmo já não acontece relativamente aos custos comuns, para os quais é necessário se
proceder à sua periodificação e à sua repartição pelos centros, sendo necessário definir
bases de repartição, as quais têm de atender à natureza dos custos comuns.
A repartição dos custos (específicos ou comuns) pelas secções que os determinaram diz-
se que é uma repartição primária dos custos. Numa segunda fase, é necessário repartir
os custos das secções auxiliares pelas secções principais – repartição secundária dos
custos, também designada por reembolsos. Neste caso, os custos das secções auxiliares
são repartidos pelas secções utilizadoras, com base nos respectivos consumos; para tal, é
necessário definir, sempre que possível, unidades de obra para fazer a distribuição de
custos.
Os custos de um certo mês de uma secção auxiliar são a soma dos seus custos directos
com eventuais reembolsos que existam devido a prestações de outras secções auxiliares.
Por vezes acontece que há secções auxiliares que têm prestações recíprocas, e quando
essas prestações são valorizadas a custos reais do mês temos que recorrer a um sistema
de equações para determinar o seu custo total, antes de se proceder ao reembolso às
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Cap. III – Métodos de imputação de gastos gerais
secções principais. Esse sistema de equações terá tantas equações e incógnitas quantas
foram as secções auxiliares com prestações recíprocas.
Uma vez determinado o custo total do mês para cada secção principal e o custo da
respectiva unidade de obra, procede-se à imputação aos produtos, com vista a apurar o
respectivo custo industrial. Aquela imputação faz-se proporcionalmente ao número de
unidades de obra prestadas pela secção para o fabrico de cada produto. Desta forma, a
organização existente a nível fabril terá de prever o registo sistemático da actividade de
cada secção, medida em unidades de obra, pelos diversos utilizadores – neste caso os
produtos.
Os mapas que são normalmente utilizados para o apuramento dos custos são:
Este texto pretende ser apenas um resumo dos aspectos fulcrais do método das secções
homogéneas. Aconselhamos, para um estudo mais aprofundado, a seguinte bibliografia:
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