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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 37º VARA CRIMINAL DA

COMARCA DE BELO HORIZONTE-MG

CARLOS ABREU, brasileiro, solteiro, CPF _____, portador da cédula de identidade


nº:______________ - SSPMG, residente na rua _______________, assistido pelo Defensor
Público abaixo assinado, nos termos do art. 45, inciso VII, da Lei Complementar Estadual 65
de 16 de janeiro de 2003 e do art. 16, b), da Lei Federal 1060 de 05 de fevereiro de 1950, vem
à presença de Vossa Excelência, mui respeitosamente, requerer a

REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

com fulcro no artigo 5º, LXVI, da Constituição Federal (CF) e artigos 316 e 319 do Código
de Processo Penal (CPP), conforme fatos e fundamentos a seguir delineados

 
DOS FATOS

 
No dia ___ pela prática do crime no dia 05 de Janeiro de 2016 previsto no art. 121, caput, c/c
art. 18, I segunda parte, ambos do Código Penal fora decretada a prisão preventive de
CARLOS, não sendo esta entendida como a “ultima ratio”, portanto não sendo esta decretada
de maneira subsidiária. Assim, a prisão preventiva só pode ser decretada quando não houver
nenhuma outra medida cautelar diversa da prisão adequada a garantir a efetividade da
investigação ou do processo. Havendo, elas obrigatoriamente devem ser aplicadas. Tais
medidas cautelares estão previstas nos artigos 319 e 320 do CPP

DOS FUNDAMENTOS

Conforme se pode perceber pela narrativa acima, não se encontram presentes os permissivos
do artigo 319 do CPP, assim não se deu de forma lícita a prisão do requerente, sendo
imperativo o relaxamento da constrição cautelar, nos termos do art. 5º, inciso LXVI, da
Constituição da República. 

Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:

“I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz,


para informar e justificar atividades;

II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por


circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante
desses locais para evitar o risco de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;

IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou


necessária para a investigação ou instrução;

V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o


investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;

VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica


ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações
penais;

VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com


violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou
semiimputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;

VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos
do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência
injustificada à ordem judicial.

IX - monitoração eletrônica. § 4o A fiança será aplicada de acordo com as disposições


do Capítulo VI deste Título, podendo ser cumulada com outras medidas cautelares.”

DOS PEDIDOS

 
Isso posto, requer o imediato relaxamento da prisão ilegal, com a consequente expedição de
alvará de soltura, após ouvido o Representante do Ministério Público. O requerente
compromete-se a comparecer a todos os atos de persecução penal, colocando-se à
disposição para maiores esclarecimentos, pede e espera deferimento. 

Belo Horizonte, 07 de Jabeuri de 2016. 

Assinatura do defensor público

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