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Introdução
April Greiman é uma designer de nacionalidade Americana, que nasceu em 1948 no Estado de
Nova York, onde viveu durante toda a sua infância, no seio de uma família tipicamente
americana. Desde muito nova foi incentivada a desenvolver a sua curiosidade, característica
que potenciou o seu caráter criativo na vida adulta. Teve como principais modelos familiares
o seu pai, a sua mãe e uma tia-avó muito próxima (Barndt, D.; AIGA).
Percurso Profissional
No âmbito da sua vida profissional, começou por candidatar-se à Rhode Island School of
Design, mas rapidamente foi aconselhada a mudar-se para uma escola especializada em
design gráfico, por ser aparentemente esta, a sua área de destaque e por não ter as
habilidades técnicas necessárias na área do desenho. Foi então que se formou em design
gráfico , entre 1966 e 1970, no Kansas City Art Institute, onde aprendeu os princípios
fundamentais do Modernismo. Enquanto estudava, conheceu alguns professores europeus,
formados na Basel School of Design na Suiça, que acabaram por transmitir a Greiman os
conceitos do design contemporâneo europeu, forte influência no seu estilo (Ocegueda, B.).
Assim, posteriormente, em 1970, ingressou numa Pós Graduação na tão conceituada Basel
School of Design, onde teve o privilégio de ser aluna de personalidades influentes na área do
design como Armin Hofmann e Wolfgang Weingart. Ainda neste percurso, estudou o
International Style e “foi apresentada” ao estilo que veio a ser, mais tarde, denominado de
New Wave. Devido a todas estas influências, os seus projetos, ainda experimentais,
resultavam em estéticas bastante originais e distintas do que era comum em que explorava
técnicas de espaçamento, hierarquias/ pesos tipográficos e começava a ganhar um interesse
pela criatividade da disposição de elementos no espaço, começando a romper a tradição do
design modernista (Ocegueda, B.; OPUS; Fussell, G.).
Em 1971, começa a dar aulas de design no Philadelphia College of Art (Filippova, A.).
Em 1976 decide instalar-se em Los Angeles, não só pela proximidade do deserto e da natureza
que tanto gostava, como por ser um local onde sentia que podia quebrar barreiras e
tradições do design até então. Dado isto, instaura aqui o seu estúdio de design, conhecido
como Made in Space (Henry, A.). Precisamente nesta altura, o design sofria o início de uma
grande reforma: a transformação tecnológica. Até à década de 80 o design gráfico tinha como
base um trabalho muito rudimentar, desde layouts, grelhas, tipografias, tudo era desenhado à
mão. Desde modo, a revolução digital dos anos 80/90 veio mudar drasticamente a forma
como se produzia o design, graças ao rápido avanço tecnológico de software e hardware que
culminou no aparecimento dos primeiros computadores que processavam imagens vetoriais
(Meggs, P.). É importante destacar que estas mudanças foram fundamentais para o
desenvolvimento do design contemporâneo, prevalecendo até ao presente, claro que, nos
dias de hoje, mais desenvolvidas.
Enquanto a maioria dos designers na altura rejeitou esta digitalização, de forma cética,
receando o futuro desta área profissional, April fez a diferença, acreditando nas valências da
tecnologia de forma a dinamizar os processos de design. A sua paixão pelo meio tecnológico
vinha desde a sua infância, impulsionada pelo seu pai, um dos primeiros programadores na
data (AIGA).
Ainda em Los Angeles, conheceu o fotógrafo Jayme Odgers, uma das pessoas mais marcantes
na sua carreira de designer devido às várias colaborações e parcerias criativas que fizeram
em projetos que misturavam montagens e tipografia (Meggs, P.). Destaco alguns destes
projetos: póster para o California Institute of the Arts (1978) ; o cartaz Douglas W Schmidt
(1980); os anúncios do China Club Restaurant and Lounge (1980); o póster Pacific Wave (1987) e
o póster Please Please Me, Any One Will Do (1977) (AIGA; Cooper Hewitt).
Em 1984, aquando do lançamento do primeiro Macintosh, April Greiman foi uma das poucas
designers, deste período, que não duvidou do potencial de interface gráfica deste dispositivo.
Deste modo, decide adquirir um e começou desde logo a estudar todas as formas de poder
utilizá-lo nos seus projetos gráficos como foi o caso do Desenho para os Jogos Olímpicos de
1984 em Los Angeles (AIGA; Filippova, A.). Para a maioria dos designers este computador
ganhava uma conotação negativa por ser algo caro e desumano, devido a uma aversão
tecnológica (Henry, A.).
Além da área gráfica, Greiman tem outras áreas de intervenção, como colaborações com
arquitetos no estudo de cores, simbolismos, acabamentos e exploração de materiais - design
de ambientes e apoio arquitetónico. Gosta de “tocar em várias áreas” porque acredita que só
assim é possível fazer-se a diferença ser completo híbrido, ganhando muitas referências de
várias áreas, April Greiman intitula-se de specialized generalist (Smith, J.). Este conceito foi
explicado no seu primeiro livro Hybrid Imagery, publicado em 1990 (Filippova, A.).
Em 1995, foi lançado um selo pelo Correios dos Estados Unidos que celebrava a XIX Emenda
da Constituição Americana - Direito ao Voto das Mulheres - encomenda feita a April Greiman
(AIGA).
Outros projetos relevantes no seu percurso foram a fotografia digital Drive-by Shooting para o
Museum of California Art, em 2006. E em 2007, a execução de um mural em duas fachadas de
edifícios: Hand Holding a Bowl of Rice.
Presente
Atualmente, April Greiman é professora no Southern California Institute of Architechture e na
Woodbury School of Architecture. Para além disso, organiza e providencia workshops e
iniciativas dinâmicas para jovens designers.
Também é proprietária do SPA Miracle Manor e do Desert Hot Springs na Califórnia que, como
seria de esperar, são palco de um design inovador e bastante influenciado pela natureza,
como April tanto aprecia (Henry, A.).
É casada com o arquiteto Michael Rotondi (TAN).
Prémios
Devido ao seu trabalho, indiscutivelmente pioneiro e extraordinário, foi premiada diversas
vezes, como são exemplos: o Gold Medal - AIGA (1998); o Chrysler Award for Innovation (1998);
o STA Honorary Member Award (2018), entre outros.
Frases Inspiradoras
“In the tradition of graphic design in the twentieth century, you had to be either a great
typographer, a great designer/illustrator, or a great poster designer. Now we are confronted
with motion graphics, the World Wide Web, and interactive applications. The world has
changed and the field is changing to meet it.”
“I’ll always be designing. It’s not what I do, it’s who I am!”
(Smith, J.)
http://idsgn.org/posts/design-discussions-april-greiman-on-trans-media/
(Ocegueda, B.)
https://go.distance.ncsu.edu/gd203/?p=24529
(TAN)
https://www.archpaper.com/2015/01/michael-rotondi/
(Fussell G.)
https://design.tutsplus.com/articles/the-influence-of-women-on-graphic-design-over-the-las
t-100-years--cms-30617
RIT Graphic Design Archive. Movements. N.p, n.d. Web. 28 June 2014.
<http://library.rit.edu/gda/movements>.
(Henry, A.)
https://cultureofdesign.wordpress.com/2014/05/12/april-greiman/
(OPUS)
https://opusdesign.us/wordcount/celebrating-women-in-design-april-greiman/
(Cooper Hewitt)
https://collection.cooperhewitt.org/people/18041839/collaborators/18042307/
(Eslogan)
https://en.esloganmagazine.com/april-greiman/
(Filippova, A.)
https://stories.readymag.com/greiman/design-quarterly-133/
Graphic Design Talk. April Greiman. Does it Make Sense? N.p., n.d. Web. 28 June 2014.
<http://alechagraphicdesigntalk.wordpress.com/history_of_graphic_desigh/april-greiman-do
es-it-make-sense/>.
https://www.famousgraphicdesigners.org/april-greiman
https://en.esloganmagazine.com/april-greiman/
Does it make sense? Design Quarterly nº133
https://en.esloganmagazine.com/april-greiman/