Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EQUIPE TÉCNICA:
2
SUMÁRIO
3
Lista de Figuras, Quadros e Tabelas
Figuras
Figura 1: Fases do uso econômico dos recursos naturais na Amazônia (Homma, in:
Erhinghaus, 2007). ................................................................................................................... 9
Figura 2: Evolução da produção de Castanha-do-Brasil de acordo com os principais
estados produtores (toneladas) ........................................................................................... 12
Figura 3: Produção de Castanha-do-Brasil nas principais regiões produtoras do Norte
do Brasil (Fonte: IBGE, elaboração: DESER)...................................................................... 14
Figura 4 – Exportações brasileiras de Castanha-do-Brasil sem casca de acordo com os
países de destino.................................................................................................................... 20
Figura 5: A cadeia produtiva da Castanha-do-Brasil (Souza, 2006). ............................. 24
Figura 6: Fluxograma de produção de castanha-do-Brasil desidratada e descascada
(SOUZA, 2006) ....................................................................................................................... 25
Figura 8: Evolução do preço da castanha (R$/ Hectolitro). Fonte: Conab (2006)........ 29
Figura 9: A inserção da castanha no Fair Trade................................................................ 31
Quadros
Quadro 1: Possíveis estratégias para ampliação do mercado dos produtos estudados
.................................................................................................................................................. 43
Tabelas
Tabela 1: Valor da produção (mil R$) na extração vegetal por tipo de produto
extrativo em 2005................................................................................................................... 10
Tabela 2: Produção brasileira de Castanha-do-Brasil segundo os principais estados
produtores .............................................................................................................................. 13
Tabela 3: Produção brasileira de Castanha-do-Brasil nos principais municípios
produtores dos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia...................................... 15
Tabela 4: Produção de Castanha-do-Brasil nos principais países produtores ............. 17
Tabela 5 - Exportações brasileiras de Castanha-do-Brasil (fresca ou seca, com casca)21
Tabela 6: Exportadores brasileiros de Castanha-do-Brasil (com e sem casca)
classificados de acordo a participação nos volumes exportados em 2007.................... 26
Tabela 7: Evolução do preço da Castanha-do-Brasil pago aos extrativistas no Acre
entre 2001 e 2007.................................................................................................................... 30
Tabela 8: Evolução da Renda Média Bruta do Castanheiro no Acre ............................. 35
4
Apresentação
5
1. Antecedentes
6
econômico. Seu valor protéico é grande para fins alimentícios, pois a
amêndoa desidratada possui em torno de 17% de proteína - cerca de
cinco vezes o valor protéico do leite bovino in natura, rica também em
gordura, possui em torno de 67% (Pennacchio, 2006, p. 1).
7
alegação de baratear os custos com o transporte da produção. Na seqüência, o
movimento de expansão da pecuária liderado por empresários de São Paulo propicia
o lançamento, em 1966, de créditos para subsidiar o setor na região.
No ano seguinte é descoberta a província mineral de Carajás, aguçando os
interesses nacionais e internacionais para a exploração de minérios, o que mudaria
futuramente o enfoque da economia do Pará, do extrativismo vegetal da castanha
para o mineral.
Em 1972, a rodovia Transamazônica é inaugurada, ligando a Paraíba ao estado
do Amazonas e trazendo consigo um contingente de migrantes ao sudeste paraense.
Nesta mesma época estava em curso a implantação do Projeto Integrado de
Colonização (PIC) Marabá. O sentido de luta dos migrantes e da política de
colonização era a ocupação da terra para fins agrícolas e não a exploração do
extrativismo de coleta da castanha (Homma, 2000)
O resultado inevitável destes acontecimentos foi a derrubada indiscriminada
das áreas de castanhais. Com o incidente da guerrilha do Araguaia, o governo
militar, como medida estratégica de segurança, determinou a abertura de estradas
operacionais, uma delas unindo Marabá a São Geraldo do Araguaia, atual PA-153,
posteriormente a PA-150 e outras. Naturalmente, essas estradas facilitaram a
migração e a destruição das castanheiras.
Nos anos 80, a ocupação dos castanhais pelos posseiros migrantes, associada à
extração madeireira, potencializaram a destruição da espécie. Findado o ciclo do
mogno, a castanheira, pela sua facilidade de localização, passou ser alvo de abate dos
madeireiros. Muitas vezes os colonos trocavam árvores de suas áreas por madeira
serrada para construção de casas.
Nesse processo de depredação, os manejos dados às pastagens e a agricultura
baseados na utilização do fogo constituíram também fatores preponderantes na
eliminação dos recursos florestais e por conseguinte dos castanhais.
Ainda na década de 80, houve a inauguração da hidrelétrica de Tucuruí, a
implantação do megaprojeto da Companhia Vale do Rio Doce para a exploração das
jazidas de minério de ferro e a descoberta de garimpos de ouro, como o de Serra
Pelada. Todos esses episódios, produziram grandes transformações de cunho sócio-
8
econômico e desastres ambientais imensuráveis, que levaram à desintegração da
economia extrativa da castanha no Estado do Pará e o atual quadro de decadência
que vem repercutindo na diminuição da produção nacional.
Uma amostra da destruição são os números do desmatamento. Somente na
mesorregião do sudeste paraense, no período de 1991-1992, desapareceram
244.149,60 hectares de floresta, e entre 1992-1994 foram desmatados 320.429,40
hectares. Respectivamente nos períodos citados foram destruídas: 13 mil e 33 mil
castanheiras (Homma et al. 2000). De acordo com o autor, as fases do uso econômico
dos recursos naturais na Amazônia foram: expansão, estabilização e declínio.
Atualmente estaria-se na fase de cultivos, conforme figura a seguir.
Figura 1: Fases do uso econômico dos recursos naturais na Amazônia (Homma, in:
Erhinghaus, 2007).
9
Tabela 1: Valor da produção (mil R$) na extração vegetal por tipo de produto
extrativo em 2005.
Brasil Norte Nordeste % total
Total 3.463.036,0 1.422.081,0 1.053.727,0 100,00
1 - Alimentícios 233.769,0 133.604,0 16.395,0 6,75
1.1 - Açaí (fruto) 83.220,0 78.027,0 5.193,0 2,40
1.2 - Castanha de cajú 5.631,0 15,0 5.606,0 0,16
1.3 - Castanha-do-Pará 46.866,0 46.230,0 - 1,35
1.4 - Erva-mate cancheada 76.712,0 - - 2,22
1.5 - Mangaba (fruto) 1.028,0 - 1.021,0 0,03
1.6 - Palmito 10.747,0 9.329,0 3,0 0,31
1.7 - Pinhão 4.940,0 - - 0,14
1.8 - Umbu (fruto) 4.625,0 2,0 4.572,0 0,13
2 - Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes 3.578,0 14,0 1.314,0 0,10
2.1 - Ipecacuanha ou poaia (raiz) 0,0 - 0,0 0,00
2.2 - Jaborandi (folha) 470,0 2,0 468,0 0,01
2.3 - Urucum (semente) 274,0 - 175,0 0,01
2.4 - Outros 2.833,0 12,0 670,0 0,08
3 - Borrachas 8.439,0 8.434,0 5,0 0,24
3.1 - Caucho - - - 0,00
3.2 - Hevea (látex coagulado) 8.368,0 8.363,0 5,0 0,24
3.3 - Hevea (látex líquido) 71,0 71,0 - 0,00
4 - Ceras 60.511,0 7,0 60.504,0 1,75
4.1 - Carnauba (cera) 13.689,0 7,0 13.683,0 0,40
4.2 - Carnauba (pó) 46.821,0 - 46.821,0 1,35
4.3 - Outras 0,0 0,0 - 0,00
5 - Fibras 91.473,0 14.247,0 77.219,0 2,64
5.1 - Buriti 879,0 98,0 780,0 0,03
5.2 - Carnauba 1.202,0 - 1.202,0 0,03
5.3 - Piaçava 89.345,0 14.142,0 75.204,0 2,58
5.4 - Outras 47,0 7,0 34,0 0,00
6 - Gomas não elásticas 136,0 136,0 - 0,00
6.1 - Balata - - - 0,00
6.2 - Maçaranduba 16,0 16,0 - 0,00
6.3 - Sorva 121,0 121,0 - 0,00
7.1 - Carvão vegetal 848.404,0 57.668,0 363.900,0 24,50
7.2 - Lenha 460.115,0 60.153,0 179.182,0 13,29
7.3 - Madeira em tora 1.645.368,0 1.144.226,0 249.861,0 47,51
8 - Oleaginosos 110.527,0 3.583,0 105.164,0 3,19
8.1 - Babaçu (amêndoa) 98.892,0 835,0 98.057,0 2,86
8.2 - Copaíba (óleo) 1.741,0 1.714,0 - 0,05
8.3 - Cumaru (amêndoa) 440,0 440,0 - 0,01
8.4 - Licuri (coquilho) 4.187,0 14,0 4.173,0 0,12
8.5 - Oiticica (semente) 277,0 - 277,0 0,01
8.6 - Pequi (amêndoa) 4.284,0 456,0 2.130,0 0,12
8.7 - Tucum (amêndoa) 495,0 26,0 470,0 0,01
8.8 - Outros 210,0 99,0 57,0 0,01
9.1 - Pinheiro brasileiro (nó-de-pinho) 522,0 - - 0,02
9.2 - Pinheiro brasileiro (árvores abatidas) - - - 0,00
1
0
9.3 - Pinheiro brasileiro (madeira em tora) - - - 0,00
10 - Tanantes 195,0 8,0 182,0 0,01
10.1 - Angico (casca) 179,0 1,0 178,0 0,01
10.2 - Barbatimão (casca) 4,0 - 4,0 0,00
10.3 - Outros 13,0 7,0 1,0 0,00
Participação regional 100,00 41,06 30,43
Fonte: IBGE/ Produção Extrativa Vegetal (2007).
1
1
2. A produção brasileira de Castanha-do-Brasil
20.000
18.000
16.000
Acre
14.000
Amazonas
12.000 Pará
10.000 Rondônia
8.000 Amapá
Mato Grosso
6.000
Roraima
4.000
2.000
0
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2005
1
2
Tabela 2: Produção brasileira de Castanha-do-Brasil segundo os principais
estados produtores
90/05
Estado 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2005 (%)
(%)
Acre 17.497 11.156 11.034 3.858 3.628 8.247 6.674 5.859 11.142 36,47 -36,32
Amazonas 13.059 193 15.465 6.670 7.368 7.823 8.985 9.150 8.985 29,41 -31,20
Pará 16.235 10.962 9.689 8.458 8.150 8.935 5.770 7.642 6.814 22,30 -58,03
Rondônia 1.472 1.043 794 461 2.063 6.508 4.385 2.830 2.710 8,87 84,10
Amapá 2.250 1.556 1.650 1.776 1.606 1.639 1.157 1.106 440 1,44 -80,44
Mato Grosso 674 392 250 245 241 245 351 385 373 1,22 -44,66
Roraima 7 - - - 54 34 66 88 91 0,30 1.200,00
Brasil 51.195 25.303 38.882 21.469 23.111 33.431 27.389 27.059 30.555 100,00 -40,32
Fonte: Produção Extrativa Vegetal/ IBGE.
1
3
Figura 3: Produção de Castanha-do-Brasil nas principais regiões produtoras do
Norte do Brasil (Fonte: IBGE, elaboração: DESER).
AMAZONAS
ACRE PARÁ
RONDÔNIA
Produção (ton.)
De 0 a 300
NORTE
De 301 a 800
De 801 a 1.500
Acima de 1.501
1
4
toneladas em 2005, seguido por Porto Velho (2,3 mil toneladas), Brasiléia (2,15 mil
toneladas), Xapuri (2 mil toneladas). Em 2005, também conforme a tabela, 38
municípios brasileiros apresentaram produção acima de 100 toneladas, totalizando
27,5 mil toneladas e respondendo por aproximadamente 90% da produção brasileira.
1
5
No Acre, conforme definição da SEPROF1, diferente da classificação do IBGE,
existem 03 regiões produtoras que englobam 12 municípios: 1) Alto Acre: Xapuri,
Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil 2) Baixo Acre: Rio Branco, Senador Guiomard,
Capixaba, Acrelândia, Porto Acre, Plácido de Castro e Bujari 3) Purus: Sena
Madureira.
No Amazonas, as principais microrregiões produtoras encontram-se no Médio
Amazonas, Alto Amazonas, rios Madeira, Purus e Negro, (IBAMA – CNPT, 1998).
Sendo algumas delas municípios como: Itacotiara, Coari, Codajás, Lábrea,
Manacapuru, Manicoré, Tefé e Humaitá (Almeida, 1963).
A produção no Estado do Pará tem origem ainda nos remanescentes, da
mesorregião do sudeste paraense entre os rios Tocantins e Xingu, onde está a
microrregião de Marabá, se estendo às margens do rio Tapajós. Porém os castanhais
mais extensos hoje, localizam-se nos rios Trombetas e Curuá (MMA, 1998). Segundo
o depoimento do pesquisador da EMBRAPA Amazônia Oriental, Alfredo Homma,
na atualidade, a microrregião do município de Oriximiná (rio Trombetas), é o grande
fornecedor de castanha deste Estado.
No Amapá, a microrregião do Laranjal do Jarí, detém o primeiro lugar em
potencial e produção de castanha. Já em Rondônia, os vales dos rios Guaporé,
Mamoré e Madeira são os grandes produtores do estado (MMA, 1998), destacando-se
as microrregiões de Porto Velho e Costa Marques.
1
6
3. A Produção Brasileira no Contexto da Produção Mundial
1
7
Figura 1 - Área de produção de castanha no Brasil e na Bolívia
1
8
Figura 2: Exportações brasileiras de Castanha-do-Brasil com casca de acordo com
os países de destino
1
9
Figura 4 – Exportações brasileiras de Castanha-do-Brasil sem casca de acordo com
os países de destino
2
0
informações, a grande importância que assume as exportações em relação à
produção total.
As exportações de castanha com casca às indústrias da Bolívia vem sendo
limitadas através da legislação que procura incentivar a industrialização dentro do
próprio país. No entanto, suspeita-se que os volumes exportados à Bolívia são ainda
maiores dos que aqui apresentados em virtude de que parte desse intercâmbio são
realizados ilegalmente, já que a proximidade com a Bolívia facilita esse processo.
Estima-se que apenas 5%, da produção líquida de Castanha-do-Brasil é
consumida internamente, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste do país, por
indústrias alimentícias ou pelas pessoas tradicionalmente na época de natal.
Regionalmente, nos Estados produtores o consumo é muito pequeno, geralmente se
dando na forma de castanha in natura, ou como “leite de castanha”, um preparado
que mistura água e castanha moída.
As castanhas secas com casca, são vendidas nos meses de outubro, novembro e
dezembro, período que coincide com festividades nos Estados Unidos e Europa. De
acordo com o Ministério do Meio Ambiente, menos de 2% dos 2 bilhões de dólares
do mercado mundial de castanhas comestíveis é de Castanha-do-Brasil (MMA, 1998),
indicando que a Castanha-do-Brasil compete com o mercado de castanha de uma
forma geral.
2
1
2005). Outro fator, a se ponderar, são os investimentos nos realizados na Bolívia nos
últimos anos em unidades de beneficiamento próximas às áreas produtoras do Brasil,
inclusive em localidades fronteiriças, como é o caso de Cobija e Riberalta. É
importante salientar, também, que a indústria boliviana buscou o domínio da
tecnologia para o setor, algo que tem agregado vantagens ao produto do país.
Além disso, os preços FOB de exportação da castanha da Bolívia, e também do
Peru, são geralmente mais baixos que os do Brasil. Para esses países há a facilidade
destes países em exportar pelo porto do Chile, com serviços portuários mais baratos
e permitindo atingir a costa oeste dos Estados Unidos, que é o maior comprador.
Uma vez que o mercado de exportação do Brasil é operado, em grande parte,
por empresas do Pará, e como estas têm necessidade de buscar a produção de outros
Estados via rio Purus, e sendo o mesmo navegável por um curto período, o produto
brasileiro acaba se tornando mais caro e menos competitivo (Homma et.al,2000).
O mercado exterior de castanha de uma maneira geral é estável e os países
consumidores apreciam bastante o produto. No entanto, a baixa oferta de castanha
que tem sido uma tendência registrada a cada ano pelo Brasil, por razões
relacionadas ao desflorestamento e queimadas na Amazônia, acrescida à
flexibilidade deste mercado em encontrar outras castanhas comestíveis com preços
mais atrativos, poderá num futuro próximo desestruturar o mercado do produto
amazônico irreversivelmente.
2
2
4. O processo de industrialização e as indústrias do setor
2
3
para a fabricação de seus produtos, associando-os à idéia de preservação da floresta
amazônica e da cultura local e diferenciando seus produtos em relação aos existentes
no mercado atualmente. O lançamento dessa linha de cosméticos contribuiu com a
elevação do nível de lucros e para alavancar os negócios da empresa.
Até chegar ao consumidor final, a Castanha normalmente passa por diversos
agentes. No início da cadeia encontram-se os coletores extrativistas que percorrem a
floresta à procura da Castanha, que é comercializada para intermediários (ou
cooperativas, como acontece em 3 casos no Acre, 1 no Amazonas e 1 no Amapá). Em
seguida, segue três possíveis caminhos: exportadores, atacado ou agroindústrias.
Logo em seguida, vai para um dos seguintes agentes: indústria química ou indústrias
de alimentos e daí para indústrias de cosméticos ou para o varejo, no caso do uso
alimentício. A figura a seguir, elaborada por Souza (2006), procura apresentar os
fluxos mais comuns na cadeia da castanha.
Figura 5: A cadeia produtiva da Castanha-do-Brasil (Souza, 2006).
2
4
destinadas ou para a produção de óleo, farinhas e biscoitos ou para o consumo in
natura (menores e maiores, respectivamente). A figura a seguir apresenta o
fluxograma mais comum na produção industrial.
Figura 6: Fluxograma de produção de castanha-do-Brasil desidratada e descascada
(SOUZA, 2006)
2
5
Tabela 6: Exportadores brasileiros de Castanha-do-Brasil (com e sem casca)
classificados de acordo a participação nos volumes exportados em 2007
Nº Castanha-do-Brasil com casca Castanha-do-Brasil sem casca
1 PRETE & PRETE IMP. E EXP. LTDA BENEDITO MUTRAN E CIA LTDA
2 I B SABBA S A EXPORTADORA FLORENZANO LTDA
CIEX COMERCIO INDUSTRIA E
3 EXPORTADORA MUTRAN LTDA
EXPORTACAO LTDA
CIEX COMERCIO INDUSTRIA E
4 BENEDITO MUTRAN E CIA LTDA
EXPORTACAO LTDA
JORGE MUTRAN EXPORTADORA DE JORGE MUTRAN EXPORTADORA DE
5
CASTANHA LTDA CASTANHA LTDA
CIEX COMERCIO INDUSTRIA E
6 CAIBA INDUSTRIA E COMERCIO SA
EXPORTACAO LTDA
COOPERATIVA CENTRAL DE
7 COMERCIALIZACAO EXTRATIVISTA DO I B SABBA S A
ESTADO DO ACRE LTDA
8 EXPORTADORA MUTRAN LTDA PRETE & PRETE IMP. E EXP. LTDA
JOSE HENRIQUE FERNANDES
9 CAIBA INDUSTRIA E COMERCIO SA
FARALDO
MUNDIAL EXPORTADORA COMERCIAL R. BERTULINO DA COSTA
10
LTDA - EPP IMPORTACAO E EXPORTACAO (ME)
CONSUS CENTRO - COMERCIO E JORGE MUTRAN EXPORTADORA DE
11
CONSULTORIA LTDA CASTANHA LTDA
SW TRAJANO IMPORTACAO E CIEX COMERCIO INDUSTRIA E
12
EXPORTACAO LTDA EXPORTACAO LTDA
SS TRADE IMPORTACAO,
13 EXPORTADORA FLORENZANO LTDA EXPORTACAO E REPRESENTACAO
COMERCIAL LTDA.
URUBATAN-PIATA PRODUTO DA MIRAGINA SA INDUSTRIA E
14
FLORESTA LTDA COMERCIO
CASSIMIRO JOSE CARREIRO FILHO IMP AGTAL A GUEDES TORREFACAO DE
15
E EXP AMENDOIM LTDA
COOPERATIVA AGRO-PECUARIA E
FACITRADE COMERCIO E
16 EXTRATIVISTA DE EPITACIOLANDIA
CONSULTORIA LTDA.
E BRASILEIA LTDA
F J F MORAES DA SILVA IMPORTACAO COOPERATIVA AGROEXTRATIVISTA
17
E EXPORTACAO DE XAPURI LTDA
18 HENRIQUE VIEIRA NOBRE - EPP CURUCA AVICOLA LTDA
19 J. K. C. DE ARAUJO IMP. E EXP. JOSE DE OLIVEIRA VALENTE
JORGE MUTRAN EXPORTADORA DE
20
CASTANHA LTDA
21 JOSE DE OLIVEIRA VALENTE
Fonte: Portal do Exportador (2007).
Cabe destacar que as empresas que exportam produtos especiais da Castanha-
do-Brasil, como é o caso da Brasamazon, que exporta princípios ativos encontrados
no óleo, não apareceram na lista de exportadores de Castanha-do-Brasil. É provável
que diversas empresas desses segmentos também não tenham sido identificadas em
virtude do produto que exportam ser identificado através de outras nomenclaturas.
2
6
Além de ser um dos mais importantes exportadores de Castanha-do-Brasil,
conforme se verifica através da tabela acima, as empresas do grupo Mutram também
são responsáveis pelo abastecimento de grande parte do mercado interno. Essas
empresas, que se localizam em Belém, no Pará, atuam no setor há muitos anos. Em
virtude de partilhas familiares, foram se formando um conjunto de empresas ligadas
ao mesmo grupo familiar que atuam na industrialização e exportação de Castanha-
do-Brasil, mas que nos últimos anos passou a diversificar um pouco mais as áreas de
atuação.
2
7
tem apresentado diversos conflitos, em que as comunidades acusam a empresa
como a única grande beneficária dessa relação de parceria.
A Brasamazon, empresa localizada em Belém, que também trabalha em regime
de parceria com as comunidades, se especializou na extração de óleos de diversas
espécies oleaginosas da Amazônia. O óleo da castanha tem sido destaque na sua
linha de produtos. Além da elaboração de cosméticos, a empresa exporta óleos já
beneficiados para indústrias de cosméticos do exterior.
Devido ao apelo social e ambiental que vem se desenvolvendo em relação à
Amazônia, um conjunto de empresas tem se utilizado desse apelo para promover
seus produtos, apesar de, muitas vezes, utilizarem uma pequena quantidade de
produto efetivamente extraído de espécies vegetais exploradas sustentavelmente,
como se costuma chamar. Esse é o caso das empresas que trabalham com óleos e
essências (Castanha-do-Brasil, andiroba, babaçú, etc.), mesmo que o óleo de
andiroba, por exemplo, que possui um valor de mercado bastante alto, entre em uma
pequena proporção na composição dos produtos finais. A Natura, a Body Shop, a
Brasamazon e a Chama da Amazônia são algumas empresas que tem utilizado do
apelo sócio-ambiental para promover seus produtos.
2
8
5. Os Preços nos Diversos Níveis da Cadeia
Apesar da queda drástica nos níveis de produção, que ocasionaram a
diminuição na oferta e elevação dos preços da castanha, particularmente no final da
última década, não se registrou, em contrapartida, um retraimento da demanda
devido à alta de preços, pois, simultaneamente, houve um aumento na renda nos
países importadores e incremento nas taxas de consumo de amêndoas, o que
contribuiu para um resultado financeiro maior nas exportações brasileiras (MMA,
1998).
Na atual década os preços da castanha continuaram aumentando acima da
inflação registrada no período. De acordo com a Conab, o preço médio do hectolitro
da castanha com casca nas regiões produtoras passou de R$ 35,50 em 2001 para R$
85,00 em 2005, conforme se verifica através do gráfico a seguir. Atualmente este
preço está em aproximadamente R$ XXXX/ hectolitro.
De acordo com Pennacchio (2006), alguns fatores contribuíram com a elevação dos
preços da Castanha-do-Brasil:
1) Programas estaduais de revitalização do extrativismo florestal sustentado,
incluindo melhoria de renda do produtor (coletador), com destaque para o
estado do Acre, que junto com o Estado do Amazonas responde por 50% da
produção nacional:
2) Melhoria da qualidade do produto via implantação de programas de boas
práticas de manejo junto aos extrativistas, em especial no estado do
Amazonas;
2
9
3) Implantação pela Conab do Programa de Compra Antecipada da Produção
de Extrativistas Familiares, dentro do PAA, junto a cooperativas localizadas
no Acre e no Amazonas (região Boca do Acre), o que elevou os preços
recebidos pelos produtores de R$ 0,80/ kg em média para R$ 1,70/ kg;
4) Forte redução da saída de matéria-prima do Acre por conta da tributação em
mais de 100% da castanha in natura e da implantação de usinas de
beneficiamento naquele Estado, medida que refletiu diretamente nos preços e
na qualidade do produto;
5) Reação dos preços no mercado externo, que passaram de US$ 1,20/lb peso
(FOB porto de origem, na média dos meses de fevereiro de 2005 e julho de
2005) para US$ 1,80/ lb peso em agosto de 2005, alcançando US$ 1,90/ lb peso
no mês de setembro (Pennacchio, 2006).
3
0
Esse aumento dos preços pagos aos extrativistas, segundo as cooperativas,
deve-se ao fortalecimento das organizações, do apoio governamental (como o PAA) e
o surgimento da COOPERACRE, que integra um número considerável de
associações de extrativistas. A conjunção destes fatores forçou a rede de
atravessadores a elevar o nível dos preços praticados e, conseguinte, dividiu de
modo mais equilibrado o lucro da cadeia com os produtores de castanha.
Algumas cooperativas começaram a comercializar castanha através do Fair
Trade, com certificação da Fair Trade Labelling Organization (FLO), conforme já se
afirmou anteriormente. Nesse caso, a castanha é exportada para a Europa através de
um preço pré-fixado, acrescentado de um valor adicional, chamado de prêmio. Em
2007, o preço FOB da Castanha-do-Brasil orgânica era de US$ 1,92/ libra peso e o
prêmio era de US$ 0,17/ libra peso, conforme se verifica através da tabela a seguir.
3
1
6. A Produção Familiar na Cadeia
3
2
É comum a formação de associações entre os seringueiros e, a partir destas, é
realizada o escoamento da produção e comercialização da castanha às cooperativas.
No entanto, a atuação dos “marreteiros”, como são chamados os atravessadores, é
grande, principalmente daqueles vindos da Bolívia, mas cuja importância vem se
reduzindo nesses dois últimos anos em virtude da alta tributação sobre a exportação
de castanha com casca.
O Estado do Pará recentemente tem sido abastecido internamente por
comunidades do rio Trombetas. Em geral, essas comunidades, segundo FASE,
extraem a castanha de áreas de florestas que são coletivas, não havendo uma
delimitação por família como acontece no Acre. Assim, o trabalho de extração, pode
acontecer com diversas famílias ou individualmente.
Na maioria dos casos, as comunidades, necessitam fazer uso de barcos a motor
ou canoas para chegar aos castanhais. A venda se dá entre intermediários da própria
comunidade ou nos regatões (entreposto do comércio atravessador) de municípios
como Oriximiná e Óbidos. Importantes comunidades do rio Trombetas, são formadas
por remanescentes de quilombolas. Em Oriximiná, encontra-se uma das mais
organizadas, que é representada pela Associação dos Remanescentes dos
Quilombolas do município de Oriximiná. A entidade tem procurado por meio de
parcerias com outras instituições, desenvolver ações de organização e verticalização
da produção e melhorar a qualidade de vida da comunidade.
O técnico da FASE, Carlos Augusto Ramos, comentou que as comunidades do
Pará, pela questão cultural, são em grande parte pouco ou nada organizadas. Por
isso, ainda é comum o escambo de produtos extrativos por mercadorias ou a
característica de subserviência às condições dos atravessadores, o que dificulta ações
no sentido de melhorar as relações mercadológicas ou de elevação no nível de vida
das comunidades.
No Amazonas, nas zonas de produção de castanha, em comunidades
ribeirinhas, também ocorrem situações de natureza cultural dos sistemas sociais que
impedem às famílias coletoras conseguirem maiores benefícios com o extrativismo.
São as delimitações dos territórios pelos atravessadores, ou seja, determinada
comunidade somente pode vender a produção para um intermediário específico, a
3
3
preços pré-estabelecidos, não havendo liberdade de se negociar a mercadoria com
outros canais. Dificilmente as regras são quebradas, pois o atravessador tem capital
para exercer o domínio e o seu trabalho é bem aceito.
Em Rondônia os coletores também são seringueiros. A maioria da castanha
produzida neste Estado tendo origem nas reservas extrativistas, federais ou
estaduais. Em se tratando de reservas extrativistas, as famílias não podem ter acesso
a um título de propriedade, somente o direito concedido pelo governo federal ou
estadual de residência e usufruto dos recursos naturais.
A grande dificuldade em Rondônia são as políticas locais que pouco
valorizam os recursos florestais, principalmente os não madeireiros. As iniciativas
governamentais privilegiam a pecuária de corte e o cultivo de soja. Vale ressaltar que
Rondônia é um dos Estados mais desmatados da Amazônia Legal.
No Amapá, como no caso do Pará e Amazonas, as comunidades extrativistas
são exploradas fortemente pelas redes de atravessadores. Por outro lado este Estado
tem incorporado algumas ações governamentais para beneficiar os produtores, como
a instalação de uma cooperativa de beneficiamento, no município do Laranjal do Jarí,
um dos mais produtivos do Estado.
Um estudo da Universidade Federal do Acre (UFAC), de 1997, demonstrou que
dentro da microrregião do Vale do Acre (Xapuri, Brasiélia, Assis Brasil e Acrelândia),
que o sistema extrativista é caracterizado pela predominância das atividades
extrativistas de castanha e borracha. Essas atividades econômicas são associadas a
uma agricultura e pecuária de subsistência suplementar. No universo da pesquisa,
verificou-se que 66% das famílias vendiam castanha associadas à extração de látex.
Calcula-se que 4.000 famílias praticam atualmente a coleta da castanha no Estado do
Acre, conforme informações da Secretaria de Extrativismo e Produção Familiar do
Acre (SEPROF).
A mesma pesquisa da UFAC concluiu que cada família produz em média 300
latas de castanha e, conforme monitoramento dos preços médios até o ano de 2004,
realizado pela SEPROF, a renda do castanheiro evoluiu da seguinte forma:
3
4
Tabela 8: Evolução da Renda Média Bruta do Castanheiro no Acre
3
5
longas distâncias de centros urbanos, pois a localidade mais próxima está em média
59 Km distante. (UFAC, 1997).
Os produtores de castanha no Estado do Acre são em grande parte seringueiros
de origem. Devido ao sentido da luta pela preservação das florestas, reconhecido
internacionalmente com episódio da morte do líder Chico Mendes e mais
recentemente, com o apoio local ao extrativismo, houve a formação de várias
associações e cooperativas ligadas aos extrativistas neste Estado.
3
6
antigas usinas de processamento manual era possível beneficiar apenas 5% da
produção do estado.
Pelo menos a CAEX, no começo do funcionamento da usina, irá utilizar 30% da
capacidade total, para depois aumentar gradativamente a produção. No processo
semi-automatizado as grandes inovações serão a substituição da prensa de ferro,
onde somente é possível quebrar uma castanha por vez, por um quebrador
automático, e a utilização do sistema de embalagem a vácuo. As demais etapas do
beneficiamento, permanecem semelhantes, cuja ordem é a seguinte:
a) Pré-beneficiamento: Secagem inicial e limpeza das castanhas em água
b) Seleção: Após a limpeza é realizada uma primeira seleção em esteira, são
retiradas as castanhas estragadas;
c) Descascagem: Nessa etapa, as castanhas vão para o quebrador automático
para serem descascadas;
d) Classificação: Posteriormente ao descascamento, as castanhas passam por
uma classificação, conforme os tamanhos e qualidade;
e) Desidratação: Já classificadas, as castanhas são encaminhadas para uma
estufa, para uma secagem final (2,5% de umidade);
f) Seleção final e embalagem: As castanhas passam por uma última
verificação, e daí são embaladas a vácuo em sacos alumizados de 20 kg.
3
7
Há, portanto, a perspectiva de que esteja em curso mudanças significativas no
mercado de castanha, já que metade da produção do estado do Acre terá a
possibilidade de ser beneficiada localmente e por segmentos representativos dos
produtores de castanha.
3
8
produtores, atendendo ao objetivo social da organização e de elevação no nível de
renda dos castanheiros. Ressalta-se que tal condição foi também alcançada porque,
desde 2004, o estado do Acre, especificamente as cooperativas, como a
COOPERACRE, estão sendo contempladas com um programa da CONAB, de
compra antecipada especial da Castanha-do-Brasil. São recursos disponibilizados
exclusivamente para as cooperativas, com a finalidade de apoiar as organizações na
compra da produção no início da safra. É como se fosse um capital de giro que
viabiliza a movimentação das cooperativas e garante a compra da castanha do
produtor. A condição para acessar o financiamento é a devolução em um prazo de
oito meses.
A CAEX está sediada em Xapuri. Tendo sido fundada em 1988, possui 400
associados. A diretoria da cooperativa é escolhida em assembléias que acontecem nas
nove comunidades de seringueiros do município. Em Xapuri está localizada a
Reserva Extrativista Chico Mendes (RESEX Chico Mendes), uma parte das
comunidades se localiza dentro da reserva. A CAEX comercializa castanha com
casca, castanha beneficiada e a borracha.
3
9
produtor um preço mais alto. Atualmente, o PAA tem permitido a cooperativa
operar com um preço um pouco mais elevado, remunerando melhor os extrativistas.
4
0
7. Limites e perspectivas ao extrativismo da Castanha-do-Brasil e
possíveis estratégias para ampliação do mercado dos produtos da
sociobiodiversidade
4
1
valores à produção e o aumento do poder dos produtores nos níveis de negociação e
comercialização da castanha. Tais iniciativas são:
• Implantação de duas usinas de beneficiamento semi-automatizadas, com
a participação da SUFRAMA, governo do Estado do Acre, CAEX,
COMPAEB e empresa Tauhamanu;
• Programa de compra antecipada da castanha-do-Brasil pela CONAB,
exclusivo para as cooperativas;
• Articulação da rede das cooperativas do estado do Acre;
• Projeto de certificação de castanhas das cooperativas COMPAEB e
futuramente da CAEX, em parceria com a usina Chico Mendes de
Modena na Itália, e instituto ECOAMAZON;
• Previsão de apoio pelo governo estadual na construção de armazéns
comunitários.
4
2
7.2 Estratégias específicas, de acordo com as especificidades dos produtos e das
cadeias produtivas
4
3
Este estudo exploratório deu ênfase ao declínio verificado na produção
brasileira de castanha, como um aspecto que pode vir a comprometer o atendimento
da demanda internacional pelo produto e resultar na perda da fração ocupada pela
castanha amazônica no mercado de amêndoas comestíveis.
Porém, anteriormente às estratégias com fins mercadológicos, é preciso
entender que a diminuição da oferta de castanha está inseparavelmente relacionada
ao desaparecimento gradativo das florestas e à eliminação da biodiversidade. Isso
ocorre em favorecimento dos empreendimentos pecuários de exportação e no avanço
da fronteira agrícola, traduzida na cultura da soja.
Revela-se, em meio a esta realidade amazônica, a incipiência de políticas
públicas e interesses direcionados à ocupação e uso do solo em bases sustentáveis,
uma vez que o estabelecimento do agronegócio representa, também, a fragilidade
dos sistemas de produção da agricultura familiar e extrativistas em prover e fixar as
famílias adequadamente. A incorporação de terras pela agropecuária de larga escala
e pela soja, se dá ao mesmo tempo em que acontece o esvaziamento das
propriedades familiares.
Ao longo da construção deste estudo, vários depoimentos coletados entre as
pessoas entrevistadas demonstraram que há a necessidade de repensar um novo
modelo para o extrativismo da castanha como atividade econômica de sustentação
social e ambiental. As pressões de ordem macroeconômica estão levando o
extrativismo à extinção sob o pretexto de julgá-lo inexpressivo economicamente,
porém sem a preocupação de dar uma resposta social e ambiental em troca.
Um dos entrevistados afirmou que o extrativismo poderá resistir somente
quando se associar a uma agricultura com aporte tecnológico. Muitos afirmaram a
necessidade de agregar valores à produção extrativa com a participação dos
produtores, como acontece no Estado do Acre. Porém, entre outras afirmações, foi
indicado que o componente cultural das populações tradicionais ocupadas no
extrativismo é uma variável que dificulta, ou até inviabiliza, a implantação de ações
no sentido acima citado. Na dinâmica destas populações, o conceito conhecido de
agricultura, a organização social, a auto-gestão de empreendimentos, são elementos
que não fazem parte do universo das comunidades extrativistas.
4
4
Um novo modelo para o extrativismo e de desenvolvimento da região
amazônica passa obrigatoriamente por uma análise profunda dos aspectos sócio-
culturais das populações. Excluí-los, simplesmente, impossibilitaria qualquer
inovação no sistema extrativista.
4
5
Referências Bibliográficas
4
6
PENNACCHIO, Humbero Lobo. Castanha-do-Brasil: proposta de preço mínimo
para a safra 2006/07. CONAB, Brasília, 2006.
4
7
Contatos
Instituições e
Contato Telefone E-mail Cidade/Estado
Organizações de Base
SEPROF (Secretaria de
Extrativismo e Gerliano M.
(68) 3223-7404 castanha.seprof@ac.gov.br Rio Branco – AC
Produção Familiar do Nunes
Estado do Acre)
COOPERACRE
(Cooperativa Central de
Alcimar Marcos
Comercialização (68) 3221-7164 Rio Branco-AC
da Costa
Extrativista do Estado
do Acre)
CAEX (Cooperativa
Agroextrativista de Luis Carvalho (68) 3542-3155 ccaex@bol.com.br Xapuri-AC
Xapuri)
COMPAEB
(Cooperativa Mista de
Produção Manoel
Agroextrativista dos Gonçalves de (68) 3546-3126 Brasiléia-AC
Municípios de Souza
Epitaciolândia e
Brasiléia)
PESACRE (Grupo de
Pesquisa em Sistemas Roger/Regiane (68) 226-5288 pesacre@pesacre.org.br Rio Branco-AC
Agroflorestais do Acre)
EMBRAPA Amazônia (91) 299-4582;
Alfredo Homma homma@cpatu.embrapa.br Belém-PA
Oriental 277-0088
POEMA (Programa
Sandro
Pobreza e Meio
Abreu/Reginaldo (91) 3183-1686 Belém-PA
Ambiente na
Von
Amazônia)
FASE Gurupá Carlos Augusto
(91) 342-0318 Belém-PA
Ramos
GTNA (Grupo de
Assessoria em Romier da Paixão (91)231-
Belém-PA
Agroecologia na Souza 8413;262-8014
Amazônia)
OSR (Organização dos
Seringue iros de Rosalvo Joaquim (69) 3224-1031 Porto Velho-RO
Rondônia)
4
8