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Sumário:
1 Apresentação ...................................................................19
1.1 Curso Gestão Empresarial ..............................................19
1.1.1 Seja bem-vindo ao curso! ..........................................19
1.1.2 O mágico efeito de uma bola de futebol .......................19
1.1.3 Programa Bem Receber Copa .....................................19
1.1.4 Frentes de qualificação ..............................................20
1.1.5 Soluções educacionais ...............................................20
1.1.6 Trilhas de aprendizagem............................................20
1.1.7 Ações de mobilização e comunicação ...........................21
1.1.8 Plataforma de empregabilidade ..................................22
1.1.9 Oportunidades para o Setor de Turismo .......................23
1.1.10 Cidades da copa .....................................................23
1.1.11 A ABETA ...............................................................23
1.1.12 Função da ABETA ...................................................23
1.1.13 Comissões Regionais ..............................................24
1.1.14 ABETA ..................................................................24
1.1.15 Cursos de Ecoturismo e Turismo de Aventura .............24
1.1.16 Colaboração da Fundação Getúlio Vargas ...................24
1.1.17 Objetivos ..............................................................24
1.1.18 Críticas, sugestões ou elogios ..................................25
1.1.19 Copa do Mundo: Um marco de grandes realizações .....25
1.1.20 Objetivos do curso..................................................25
1.1.21 A importância da boa administração..........................26
1.1.22 Qualificação empresarial..........................................26
1.1.23 Um Bom Curso! .....................................................26
2 Módulo 1 - Estratégia ........................................................27
2.1 O que é estratégia ........................................................27
2.1.1 Por que montar uma empresa?...................................27
2.1.2 Aventura e Risco ......................................................27
2.1.3 Uma aventura empresarial .........................................27
2.1.4 Objetivos de aprendizagem ........................................28
2.1.5 Escolhendo os recursos para a batalha ........................28
2
2.1.6 Planejamento Estratégico ..........................................28
2.1.7 Conceituando estratégia ............................................28
2.1.8 Conhecendo mais sobre planejamento .........................29
2.1.9 Perguntas básicas sobre conceituação do planejamento
estratégico .......................................................................29
2.1.10 Elaboração do diagnóstico estratégico .......................29
2.1.11 Qual é o nosso negócio ? .........................................29
2.1.12 Quem são os seus clientes ? ....................................30
2.1.13 Querer e precisar ...................................................30
2.1.14 Quem são os seus concorrentes? ..............................30
2.1.15 Entendendo o tempo presente..................................31
2.2 Missão estratégica ........................................................31
2.2.1 Visão ......................................................................31
2.2.2 Exemplo de visão .....................................................31
2.2.3 Conceito de missão ...................................................32
2.2.4 Missão ....................................................................32
2.2.5 Valores ...................................................................33
2.2.6 Exemplo da ABETA ...................................................33
2.2.7 Recapitulando ..........................................................34
2.2.8 Estratégia empresarial ..............................................34
2.2.9 Forças e fraquezas....................................................35
2.2.10 Estratégia empresarial ............................................36
2.2.11 Concluindo a estratégia empresarial ..........................36
2.2.12 Estratégia empresarial – Itens importantes ................36
2.2.13 Plano estratégico ....................................................36
2.2.14 Implementação do plano .........................................37
2.2.15 Conclusão do plano estratégico ................................37
2.2.16 Transformando estratégias em ações ........................37
2.2.17 Elaborando o plano de ação .....................................37
2.2.18 Você conhece o ciclo PDCA? .....................................38
2.2.19 Formalidade estratégica ..........................................38
2.2.20 Tipos básicos de empresa ........................................38
2.2.21 Lei complementar nº 128/ 2008 ...............................39
3
2.2.22 Ultrapassando limites ..............................................40
2.2.23 A importância de um contador .................................40
2.2.24 A atividade do contador na sua empresa ...................40
2.2.25 A responsabilidade do contador ................................40
2.2.26 Benefícios da formalização da empresa .....................40
2.3 Síntese ........................................................................42
2.4 Colocando à prova ........................................................42
2.5 Conclusão ....................................................................42
2.6 O que vem pela frente ...................................................43
3 Módulo 2 – Organizacional..................................................45
3.1 Assuntos estratégicos ....................................................45
3.2 Objetivos de aprendizagem ............................................45
3.3 Sustentabilidade: indo além do meio ambiente .................45
3.3.1 Gestão sustentável dos negócios ................................45
3.3.2 Sustentabilidade e um novo modelo de negócios...........46
3.3.3 Ecoturismo: contribuição para a sustentabilidade ..........46
3.3.4 Conceitos para uma nova cultura empresarial ...............46
3.3.5 Relações com parceiros de negócio .............................47
3.3.6 Pensamento linear e sistêmico ...................................47
3.3.7 Pensamento sistêmico ...............................................47
3.3.8 Gestão participativa ..................................................47
3.3.9 Gestão sustentável em rede .......................................47
3.3.10 Marketing responsável ............................................48
3.3.11 Ações de marketing responsável...............................48
3.3.12 Informações do marketing responsável .....................48
3.3.13 Cadeia produtiva ....................................................48
3.3.14 Cadeia produtiva sustentável ...................................49
3.3.15 Articulando com parceiros do negócio e sensibilização .49
3.3.16 Buscando soluções .................................................50
3.3.17 A questão ambiental de hoje ....................................50
3.3.18 Reduzindo a degradação dos recursos naturais ...........50
3.3.19 Evite poluição sonora ..............................................51
3.3.20 Busque soluções com seus parceiros de negócio .........51
4
3.3.21 Preservando a biodiversidade ...................................51
3.3.22 Preservando seu patrimônio cultural e ambiental ........52
3.3.23 Sustentabilidade sociocultural ..................................52
3.3.24 Dicas para se inserir na sustentabilidade sociocultural .52
3.3.25 Outras dicas ..........................................................53
3.3.26 Sustentabilidade econômica .....................................53
3.4 Seja ético ....................................................................53
3.5 Recapitulando ..............................................................53
3.5.1 Sustentabilidade política institucional ..........................54
3.5.2 Combate à corrupção ................................................54
3.5.3 Respeito aos turistas e colaboradores ..........................55
3.5.4 Legislação do meio ambiente e direitos humanos ..........55
3.5.5 Aspectos a serem considerados na gestão sustentável? .55
3.5.6 Como tornar seu produto mais sustentável? .................56
3.5.7 Gestão do lixo ..........................................................56
3.5.8 Descarte de resíduos ................................................56
3.5.9 Soluções sustentáveis ...............................................57
3.5.10 Reflorestamento .....................................................57
3.5.11 Agricultura orgânica ...............................................57
3.5.12 Reveja processos ...................................................58
3.5.13 Qualidade da água..................................................58
3.5.14 Emissão de CO2 .....................................................58
3.5.15 Criação de produtos sustentáveis .............................59
3.6 As empresas e a execução de funções .............................59
3.7 Estratégias funcionais ....................................................59
3.7.1 Ação estratégica .......................................................60
3.7.2 Gerenciando com eficiência e eficácia ..........................60
3.7.3 Gestão integrada ......................................................60
3.7.4 Gestão ou sistema de gerenciamento ..........................60
3.7.5 Conceitos da boa administração..................................61
3.7.6 Benchmarking ..........................................................62
3.7.7 Entrevistas na sua empresa .......................................62
3.7.8 Conclusão ...............................................................63
5
3.8 Organização de pessoas e procedimentos .........................63
3.8.1 Ferramentas para a administração ..............................63
3.8.2 Construção do organograma ......................................63
3.8.3 Quadro de colaboradores ...........................................65
3.8.4 Novas necessidades ..................................................66
3.8.5 Dinâmica da empresa e fluxograma ............................67
3.8.6 Dinâmica da empresa e fluxograma ............................67
3.8.7 Processo de venda: exemplo de fluxograma .................67
3.8.8 Gargalos .................................................................68
3.9 Gestão de pessoas ........................................................69
3.9.1 Você já parou para pensar? .......................................69
3.9.2 Experiência turística..................................................69
3.9.3 O colaborador ..........................................................70
3.9.4 As pessoas e a organização........................................70
3.9.5 Diferentes interesses ................................................71
3.9.6 Dificuldades da gestão de pessoas ..............................71
3.9.7 Identificando as dificuldades ......................................71
3.9.8 Importância dos colaboradores ...................................72
3.9.9 Importância dos colaboradores ...................................72
3.9.10 Sete processos da gestão de pessoas ........................72
3.9.11 Cinco regras da gestão de pessoas ...........................75
3.10 Colocando à prova ......................................................75
3.11 Resumindo ................................................................76
3.12 O que virá a seguir... ..................................................76
4 Módulo 3..........................................................................77
4.1 Administrativo ..............................................................77
4.1.1 A importância das pessoas .........................................77
4.1.2 Objetivos de Aprendizagem .......................................77
4.2 Buscando as pessoas certas ...........................................77
4.2.1 A escolha de profissionais ..........................................77
4.2.2 Descrição de cargos ..................................................78
4.2.3 Descrição funcional ...................................................78
4.2.4 Requisitos para a descrição de cargos .........................78
6
4.2.5 Exemplos de descrição de cargos ................................79
4.2.6 Porque definir o perfil pessoal? ...................................80
4.2.7 Recrutamento e seleção de pessoas ............................80
4.2.8 Prós e contras do recrutamento interno .......................81
4.2.9 Prós e contras do recrutamento externo ......................81
4.2.10 Recrutamento e seleção ..........................................81
4.2.11 Processo seletivo ....................................................82
4.2.12 Benefícios do processo de recrutamento e seleção ......82
4.2.13 Um bom processo de seleção ...................................82
4.2.14 Os erros no processo de seleção ...............................83
4.2.15 Os erros no processo de seleção ...............................83
4.2.16 Adaptação do novo colaborador ................................83
4.3 Integrando pessoas.......................................................84
4.3.1 Pense nisso .............................................................84
4.4 Avaliação de desempenho ..............................................84
4.4.1 Acompanhando o desempenho de cada profissional .......84
4.4.2 Benefícios da avaliação de desempenho .......................85
4.4.3 Funcionário satisfeito ................................................85
4.4.4 Métodos avaliativos ..................................................85
4.4.5 Métodos de avaliação de desempenho .........................86
4.4.6 Papel do avaliador e do avaliado .................................87
4.4.7 Perda da credibilidade da avaliação .............................87
4.4.8 A responsabilidade da avaliação é de todos ..................88
4.5 Desenvolvendo as Pessoas .............................................88
4.5.1 Treinamento é investimento .......................................88
4.5.2 Identificando uma necessidade de treinamento .............88
4.5.3 Programa e resultados de treinamento ........................89
4.5.4 Resultados percebidos com o treinamento ...................89
4.6 Motivando e mantendo as pessoas ..................................90
4.6.1 Necessidades primordiais para a motivação ..................90
4.6.2 Motivadores .............................................................90
4.6.3 Remuneração plena ..................................................91
4.6.4 Conceitos da remuneração plena ................................91
7
4.6.5 Possibilidades ..........................................................91
4.6.6 Ambiente de trabalho ................................................92
4.7 Exercícios de fixação .....................................................92
4.8 Colocando à prova ........................................................94
4.9 Síntese ........................................................................94
4.10 Diário de viagem ........................................................95
4.11 Próxima expedição ......................................................95
5 Módulo 4 – Financeiro ........................................................96
5.1 Gestão financeira ..........................................................96
5.1.1 Quem se aventura? ..................................................96
5.1.2 Objetivos gerais .......................................................96
5.2 Conceitos da gestão financeira........................................96
5.2.1 Iniciando na gestão financeira ....................................97
5.2.2 Impostos .................................................................97
5.2.3 Encargos sobre a folha de pagamento .........................98
5.2.4 FGTS e INSS ............................................................98
5.2.5 Demais despesas......................................................99
5.2.6 Seguros ................................................................ 100
5.2.7 Seguros disponíveis ................................................ 100
5.3 Viabilidade financeira .................................................. 101
5.3.1 Exemplo de risco .................................................... 102
5.3.2 Análise do fluxo de caixa estimado ............................ 102
5.3.3 Fluxo de caixa ........................................................ 102
5.3.4 Gráfico exemplificando o fluxo de caixa ..................... 102
5.3.5 Montagem do fluxo de caixa..................................... 103
5.3.6 Exemplo de montagem do fluxo de caixa ................... 103
5.3.7 Fluxo de caixa estimado .......................................... 103
5.3.8 Previsão das despesas............................................. 103
5.3.9 Estudo de viabilidade .............................................. 104
5.3.10 Geração de fluxo de caixa...................................... 105
5.3.11 Quadro da geração de caixa ................................... 107
5.3.12 Quadro de geração de caixa ................................... 107
5.3.13 Analisando a planilha ............................................ 107
8
5.3.14 Descapitalização................................................... 108
5.3.15 Na calculadora HP12C: .......................................... 108
5.3.16 Na planilha eletrônica ........................................... 108
5.4 Análise ...................................................................... 109
5.4.1 Projetando o fluxo da sua empresa ........................... 109
5.4.2 Plano de negócio .................................................... 109
5.4.3 Dicas para o seu plano de negócio ............................ 110
5.4.4 PROGER ................................................................ 110
5.4.5 Financiamentos ...................................................... 110
5.4.6 Atenção aos financiamentos ..................................... 111
5.4.7 Financiamento e planejamento ................................. 111
5.4.8 BNDES .................................................................. 111
5.4.9 Introdução a análise de custos ................................. 112
5.4.10 Analisando os custos............................................. 112
5.4.11 Exemplo de análise de custos................................. 112
5.4.12 Custos e despesas ................................................ 112
5.4.13 Custos frequentes ................................................ 113
5.4.14 Custos rateados ................................................... 115
5.4.15 Riscos do negócio ................................................. 116
5.4.16 Saiba mais .......................................................... 116
5.4.17 Estudo de caso .................................................... 116
5.4.18 Mas o que é depreciação? ...................................... 116
5.4.19 Riscos do negócio ................................................. 117
5.4.20 Planilha de custo .................................................. 117
5.5 Como calcular o preço? ................................................ 117
5.5.1 Custo e valor ......................................................... 118
5.5.2 Valor .................................................................... 118
5.5.3 Quanto vale uma aventura? ..................................... 118
5.5.4 Definindo o preço de uma viagem ou aventura ........... 118
5.6 Introdução aos controles financeiros .............................. 119
5.6.1 Controles financeiros .............................................. 119
5.6.2 Conciliação bancária ............................................... 119
5.6.3 Como fazer a conciliação? ........................................ 119
9
5.6.4 Fórmulas da Planilha de Conciliação bancária ............. 120
5.6.5 Como montar as fórmulas? ...................................... 120
5.6.6 Saldo conciliado ..................................................... 121
5.6.7 Planilha de fluxo de caixa ........................................ 121
5.6.8 Recapitulando conceitos .......................................... 121
5.6.9 Plano de negócio .................................................... 122
5.6.10 Resultado do período ............................................ 122
5.6.11 A previsão falhou e agora? .................................... 122
5.6.12 Planejamento ...................................................... 123
5.6.13 Revisão do planejamento ...................................... 123
5.6.14 Tipos de fluxos de caixa ........................................ 123
5.6.15 Projetando fluxos de caixa futuros .......................... 124
5.7 Exercícios de fixação ................................................... 125
5.8 Conclusão .................................................................. 126
5.9 Síntese ...................................................................... 126
5.10 Próxima expedição .................................................... 126
6 Módulo 5 – Comercial ...................................................... 127
6.1 Enfrentando o mercado ............................................... 127
6.1.1 Quem se aventura? ................................................ 127
6.2 Objetivos gerais ......................................................... 127
6.3 Marketing para entender e atender ............................... 127
6.3.1 Definindo “marketing” ............................................. 128
6.3.2 Entendendo seus clientes ........................................ 128
6.4 Pensando o mercado ................................................... 128
6.4.1 Componentes da existência do mercado .................... 128
6.4.2 Premissas básicas para o mercado e mercado turístico 129
6.4.3 Mercado Turístico ................................................... 129
6.4.4 Oferta e demanda .................................................. 129
6.4.5 Potencial e efetivo .................................................. 130
6.4.6 Pesquisa - Perfil do turista de aventura e do ecoturista do
Brasil 130
6.4.7 Particularidades da demanda ................................... 130
6.5 Estratégias de posicionamento de mercado .................... 130
10
6.5.1 Diversidade de atividades ........................................ 131
6.5.2 Multiplicidade do mercado turístico ........................... 131
6.5.3 Diversidade da demanda ......................................... 132
6.5.4 Motivadores da demanda turística ............................. 132
6.5.5 Nuances do mercado de ecoturismo e turismo de aventura
133
6.5.6 Exemplo de mercado .............................................. 133
6.5.7 Definindo o público-alvo .......................................... 134
6.5.8 Definindo estratégias de posicionamento ................... 134
6.5.9 Pensando as estratégias de posicionamento ............... 134
6.5.10 Fatores influenciadores do mercado ........................ 135
6.5.11 Análise de mercado .............................................. 136
6.5.12 Outros fatores de influência ................................... 136
6.5.13 Modismos e tendências de consumo ........................ 136
6.5.14 Definindo mercados prioritários .............................. 137
6.6 Segmentação de mercado ............................................ 137
6.6.1 Como estabelecer os segmentos turísticos ................. 137
6.6.2 Benefícios da atuação segmentada............................ 137
6.6.3 Importância do Direcionamento do Produto ................ 138
6.6.4 Variáveis na segmentação da demanda ..................... 138
6.6.5 Conclusão da segmentação da demanda .................... 140
6.6.6 Produto de ecoturismo e turismo de aventura ............. 140
6.6.7 Variação da demanda.............................................. 140
6.7 Pesquisa de mercado: possibilidades e oportunidades ...... 140
6.7.1 Levantamento de dados .......................................... 140
6.7.2 Ferramentas disponíveis .......................................... 141
6.7.3 Aspectos de identificação ......................................... 141
6.7.4 Informação estratégica............................................ 142
6.7.5 Saiba Mais ............................................................. 142
6.7.6 Interpretação dos dados .......................................... 142
6.7.7 O perfil do novo turista ........................................... 142
6.7.8 Canais de distribuição ............................................. 143
6.7.9 Conceito de Canais de distribuição ............................ 143
11
6.7.10 Vantagens e desvantagens do processo de
comercialização .............................................................. 144
6.7.11 Relações entre clientes, intermediários e fornecedores
144
6.7.12 Operadoras de turismo.......................................... 145
6.7.13 Agencias de viagem .............................................. 145
6.7.14 Relação Intermediários ......................................... 145
6.7.15 Intermediação como estratégia complementar ......... 146
6.7.16 Distribuição direta e indireta .................................. 146
6.7.17 Comercialização indireta........................................ 147
6.7.18 Caminhos da comercialização ................................. 147
6.8 Redes de Distribuição de turismo .................................. 148
6.8.1 Características dos canais de distribuição ................... 148
6.8.2 Preço de distribuição ............................................... 149
6.8.3 Formação do Preço de distribuição ............................ 149
6.8.4 Incidências na Formação do Preço ............................ 149
6.8.5 Consolidação do preço final ...................................... 150
6.8.6 Preço .................................................................... 150
6.8.7 Conclusão do preço de distribuição ........................... 150
6.9 Estratégias de promoção e divulgação ........................... 151
6.9.1 Desenvolvimento das estratégias para promoção ........ 151
6.9.2 Definindo estratégias de promoção ........................... 151
6.9.3 Saiba mais ............................................................ 152
6.9.4 Selecionando ferramentas de promoção..................... 152
6.10 Atendendo o cliente e gerenciando a venda .................. 152
6.10.1 Conceitos ............................................................ 153
6.10.2 Prestação de serviços............................................ 153
6.10.3 Avaliando esforços de marketing ............................ 153
6.10.4 Informações para avaliar o esforço de marketing ...... 154
6.10.5 Regras para melhor atender ao cliente .................... 155
6.11 Colocando à prova .................................................... 156
6.12 Exercícios de Fixação ................................................ 156
6.13 Diário de viagem ...................................................... 159
12
6.14 Síntese ................................................................... 159
6.15 Próxima expedição .................................................... 159
7 Módulo 6 – Jurídico ......................................................... 160
7.1 Conhecendo os conceitos de mercado, promoção e vendas
160
7.1.1 Objetivos gerais ..................................................... 160
7.1.2 Respeitar as leis: um diferencial competitivo .............. 160
7.1.3 Relações com o Direito ............................................ 160
7.2 Ordenamento jurídico .................................................. 161
7.2.1 Órgãos do Governo Federal ligados à atividade turística
161
7.2.2 Plano Nacional de Turismo ....................................... 162
7.2.3 O Direito como ferramenta ...................................... 163
7.2.4 Diferença entre lei e norma...................................... 163
7.2.5 Normas e Normalização ........................................... 164
7.2.6 Norma ABNT .......................................................... 164
7.2.7 Leis ...................................................................... 164
7.2.8 Norma .................................................................. 164
7.2.9 Hierarquia das Leis ................................................. 165
7.2.10 Constituição Federal e demais leis .......................... 165
7.2.11 Decreto e lei complementar ................................... 167
7.2.12 Hierarquia pela esfera de atuação ........................... 167
7.2.13 Normas Técnicas .................................................. 167
7.2.14 Normas de Turismo de Aventura ............................ 168
7.2.15 A utilidade das normas .......................................... 168
7.2.16 Respeitar a Norma Técnica .................................... 168
7.2.17 Padrão de qualidade estabelecido na Norma Técnica . 169
7.2.18 Qualidade............................................................ 169
7.2.19 Saiba mais .......................................................... 169
7.2.20 Conclusão ........................................................... 170
7.3 Conceito da Lei Geral do Turismo .................................. 170
7.3.1 Instituição da Lei Geral do Turismo ........................... 170
7.3.2 Livre iniciativa........................................................ 171
13
7.3.3 Prestadores de Serviços .......................................... 171
7.3.4 Agências de Turismo ............................................... 171
7.3.5 Meios de Hospedagem ............................................ 171
7.3.6 Formulários de cadastro .......................................... 172
7.3.7 Transportadoras Turísticas ....................................... 172
7.3.8 Organizadores de Eventos ....................................... 172
7.3.9 Parques Temáticos ................................................. 172
7.3.10 Acampamentos Turísticos ...................................... 173
7.3.11 CADASTUR .......................................................... 173
7.3.12 Saiba mais .......................................................... 173
7.3.13 Direitos e deveres dos prestadores de serviços ......... 173
7.3.14 Infrações e penalidades pelo descumprimento da Lei
Geral do Turismo ............................................................ 174
7.3.15 Penalidades ......................................................... 174
7.4 Responsabilidades civis em Ecoturismo e Turismo de
Aventura.......................................................................... 175
7.4.1 O que são responsabilidades civis?............................ 175
7.4.2 Responsabilidade Civil ............................................. 175
7.4.3 Exemplificando ....................................................... 176
7.4.4 Tipos de responsabilidade civil.................................. 177
7.4.5 Responsabilidade contratual e extracontratual (ou
Aquiliana) ...................................................................... 177
7.4.6 Responsabilidade civil subjetiva e objetiva ................. 177
7.4.7 Dano e prejuízo ...................................................... 178
7.4.8 Elementos que integram a responsabilidade civil ......... 178
7.4.9 Elementos da responsabilidade civil .......................... 178
7.4.10 Diferença entre culpa e dolo .................................. 179
7.4.11 Dano moral ......................................................... 179
7.4.12 Exemplificando danos morais ................................. 180
7.4.13 Outros exemplos .................................................. 180
7.4.14 O elo que une a culpa ........................................... 180
7.4.15 Prevenção de risco ............................................... 180
7.4.16 Excludentes de responsabilidade ............................ 181
7.4.17 Os fenômenos climáticos e sua influência................. 181
14
7.4.18 Do montante da indenização .................................. 181
7.4.19 Qual o prejuízo que a empresa pode suportar? ......... 182
7.4.20 Lucros cessantes .................................................. 182
7.5 Responsabilidades Contratuais ...................................... 182
7.5.1 Elementos de validação dos contratos ....................... 183
7.5.2 Capacidade para contratar ....................................... 183
7.5.3 Código Civil brasileiro.............................................. 184
7.5.4 Sujeição à forma .................................................... 184
7.5.5 Noções gerais de contratos ...................................... 184
7.5.6 Contratos de transporte .......................................... 185
7.5.7 Contratos com agências de turismo........................... 185
7.6 Direito do Consumidor ................................................. 185
7.6.1 Consumidor e Fornecedor ........................................ 186
7.6.2 Nasce o Código de Defesa do Consumidor .................. 186
7.6.3 1º Direito .............................................................. 186
7.6.4 2º Direito .............................................................. 187
7.6.5 3º Direito .............................................................. 187
7.6.6 4º Direito .............................................................. 188
7.6.7 5º Direito .............................................................. 188
7.6.8 6º Direito .............................................................. 188
7.6.9 Importância dos princípios no Direito do Consumidor ... 189
7.6.10 Saiba mais .......................................................... 189
7.6.11 Outros direitos básicos do consumidor..................... 190
7.6.12 Gama de direitos do consumidor ............................ 191
7.6.13 Princípios das relações de consumo......................... 191
7.6.14 Princípio da informação ......................................... 191
7.6.15 Princípio da onerosidade excessiva ......................... 192
7.6.16 Princípio da boa fé objetiva .................................... 192
7.6.17 Responsabilidade civil e objetiva............................. 192
7.6.18 Sistema misto ...................................................... 193
7.6.19 Noção de responsabilidade .................................... 193
7.6.20 Caso fortuito ou força maior .................................. 193
7.6.21 Exemplo de dano ................................................. 193
15
7.6.22 A diferença entre vícios e danos ............................. 194
7.7 Publicidade ................................................................ 194
7.7.1 Iniciando nos princípios de publicidade ...................... 195
7.7.2 Princípio da veracidade............................................ 195
7.7.3 Princípio da transparência ........................................ 195
7.7.4 Princípio da boa fé .................................................. 195
7.7.5 Princípio da identificação da publicidade .................... 196
7.7.6 Contratos com consumidores ................................... 196
7.7.7 Equilíbrio na relação contratual................................. 196
7.7.8 Cláusulas abusivas expostas .................................... 197
7.7.9 Celebrando contratos escritos .................................. 197
7.7.10 Normas técnicas................................................... 197
7.7.11 Normas técnicas e qualidade .................................. 198
7.7.12 Saiba mais .......................................................... 198
7.8 Direito do Trabalho ..................................................... 199
7.8.1 Conceitos iniciais .................................................... 199
7.8.2 Leis e Normas Trabalhistas ...................................... 199
7.9 Exercício de Fixação .................................................... 200
7.9.1 Autônomo ou Celetista?........................................... 200
7.9.2 Equipamentos de segurança..................................... 200
7.9.3 Contratando novos colaboradores ............................. 201
7.9.4 Trabalhador com carteira assinada ............................ 201
7.9.5 Quais direitos são garantidos aos trabalhadores? ........ 201
7.9.6 Tempo de trabalho ................................................. 202
7.9.7 Adicional noturno ................................................... 202
7.9.8 Hora extra ............................................................. 202
7.9.9 Hora do almoço ...................................................... 202
7.9.10 Férias ................................................................. 203
7.9.11 13º salário .......................................................... 203
7.9.12 O trabalhador temporário ...................................... 203
7.9.13 Obrigações da empresa de trabalho temporário ........ 203
7.9.14 O trabalhador autônomo ....................................... 204
7.9.15 Exemplo de trabalhador autônomo ......................... 204
16
7.9.16 Resumindo: trabalhador celetista ........................... 205
7.9.17 Resumindo: trabalhador temporário ........................ 205
7.9.18 Resumindo: trabalhador autônomo ......................... 205
7.9.19 O que não exigir de cada trabalhador? .................... 205
7.9.20 Como conhecer os direitos de quem está contratando?
206
7.10 CLT, Leis e CCT ........................................................ 206
7.10.1 CLT .................................................................... 206
7.10.2 Leis .................................................................... 206
7.10.3 CCT .................................................................... 207
7.10.4 Resumindo .......................................................... 208
7.10.5 Sisnama.............................................................. 208
7.10.6 Estrutura do Sisnama ........................................... 208
7.10.7 Órgão Superior .................................................... 209
7.10.8 Órgão Central ...................................................... 209
7.10.9 Órgão Consultivo .................................................. 209
7.10.10Órgãos Executores ............................................... 209
7.10.11Instituto Chico Mendes .......................................... 210
7.10.12Órgãos Setoriais................................................... 210
7.10.13Órgãos Seccionais ................................................ 210
7.10.14Órgãos Locais ...................................................... 211
7.10.15Constituição Federal de 1988 ................................. 211
7.10.16Lei 9.605/ 1998 ................................................... 212
7.10.17Lei de Crimes Ambientais ...................................... 212
7.10.18Saiba mais .......................................................... 213
7.11 Direito Ambiental ...................................................... 213
7.11.1 Unidades de conservação ...................................... 214
7.11.2 Área de Preservação Permanente ........................... 214
7.11.3 Responsabilidades Civil, Penal e Administrativa ........ 214
7.11.4 Saiba mais .......................................................... 215
7.11.5 Responsabilidade Civil – Objetiva ........................... 215
7.11.6 Reparação Civil .................................................... 216
7.11.7 Reparação de danos ambientais ............................. 216
17
7.11.8 Objetivos da responsabilização civil ........................ 216
7.11.9 Responsabilidade Criminal ..................................... 216
7.11.10Saiba mais .......................................................... 217
7.11.11Responsabilidade administrativa ............................. 217
7.11.12Art. 72, da Lei de Crimes Ambientais ...................... 217
7.11.13Saiba mais .......................................................... 218
7.11.14Ferramentas de proteção para os profissionais do
Ecoturismo e Turismo de Aventura .................................... 218
7.11.15Citando um exemplo ............................................. 218
7.11.16Até aqui você aprendeu ......................................... 219
7.11.17Fim da expedição ................................................. 219
8 Glossário ....................................................................... 220
18
1 Apresentação
1.1 Curso Gestão Empresarial
1.1.1 Seja bem-vindo ao curso!
19
1.1.4 Frentes de qualificação
Para os segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura, a iniciativa de qualificação é
o Projeto Bem Receber Copa - Ecoturismo e Aventura, que contempla 215 frentes de
qualificação, sendo oferecidos:
20
1.1.7 Ações de mobilização e comunicação
Além dos cursos, compõem o projeto outras ações de mobilização e comunicação para
profissionais da cadeia de distribuição do turismo (agentes e operadoras de viagem do
mercado convencional), vejamos quais são elas:
21
1.1.8 Plataforma de empregabilidade
22
1.1.9 Oportunidades para o Setor de Turismo
Dentre as oportunidades para o setor de turismo, o Bem Receber Copa Ecoturismo e
Aventura propõe:
Ampliar a oferta de qualificação para profissionais da linha
de frente do Ecoturismo e Turismo de Aventura;
Contribuir para a melhor gestão das empresas e negócios,
fortalecer a cultura da sustentabilidade e da vida ao livre;
Estimular a visitação nas Unidades de Conservação;
Aproximar a cadeia de distribuição da oferta de Ecoturismo
e Turismo de Aventura e gerar oportunidades de emprego e
renda nos destinos envolvidos.
1.1.11 A ABETA
23
1.1.13 Comissões Regionais
Para organizar e fortalecer a cadeia produtiva do Turismo de Aventura e Ecoturismo a
ABETA conta com 24 Comissões regionais atuantes nas seguintes localidades:
1.1.14 ABETA
1.1.17 Objetivos
24
1.1.18 Críticas, sugestões ou elogios
Profissionais, empresários e gestores do Ecoturismo e do Turismo de Aventura, foram
desenvolvidos cursos especialmente para vocês, portanto, mãos à obra, a
oportunidade é agora. Para críticas, sugestões e elogios envie um e-mail para:
cursos@abeta.com.br e cursospresenciais@abeta.com.br.
25
1.1.21 A importância da boa administração
26
2 Módulo 1 - Estratégia
2.1 O que é estratégia
2.1.1 Por que montar uma empresa?
Você é um apaixonado pela aventura? Adora a sensação de contato com a natureza,
da exploração de locais selvagens, do desafio? Experimentou de tudo um pouco, até
que se especializou? Canionismo? Rafting? Montanhismo? Não importa... O fato é que
você descobriu que, além de curtir a aventura, você
poderia ganhar dinheiro ao mesmo tempo. E de um
apaixonado pelo turismo de aventura, você se
transformou em um condutor de grupos. Com o dinheiro
ganho com um grupo, você aproveitava a vida. Quando o
dinheiro acabava, tinha que conseguir um novo grupo
para financiar suas aventuras. E assim você foi levando,
de grupo em grupo, de aventura em aventura. Mas cada
vez era mais difícil formar um grupo. A concorrência
aumentou. Pior ainda: tinha gente se profissionalizando e montando empresas
especializadas em turismo de aventura. Você pensa em montar a sua empresa,
contratar condutores, ganhar dinheiro, e continuar curtindo aventura? Mas, se
enfurnar num escritório, dia após dia, não é exatamente o que você quer fazer da
vida, não é mesmo? Como é que fica?
27
2.1.4 Objetivos de aprendizagem
28
2.1.8 Conhecendo mais sobre planejamento
Parece filosofia, e de certa forma é mesmo, mas é desta forma que poderemos
analisar o presente, visualizar o futuro que desejamos e escolher os caminhos que nos
levarão até onde queremos chegar.
29
DICA
Uma boa forma de definir seu negócio é imaginar quem ira consumir o serviço que
oferece e, depois, imaginar que outros serviços o cliente compraria se o seu não
estivesse disponível. Definir o negócio é explicitar e entender seu âmbito de atuação.
30
2.1.15 Entendendo o tempo presente
Visão
Missão
Valores
2.2.1 Visão
A Visão relaciona-se com os objetivos gerais e de longo prazo, descrevendo as
aspirações da empresa para o futuro, sem especificar os meios para alcançá-las.
31
Lembre-se: a Visão é mais consistente quando toda a empresa a compreende e
consegue incorporá-la em seus diferentes níveis funcionais, buscando alcançá-la no
longo prazo.
2.2.4 Missão
Uma boa forma de definir a missão de sua empresa é responder as seguintes
perguntas:
32
ATENÇÃO
Para concretizar a missão e a visão da empresa, é necessário definir claramente os
objetivos a serem alcançados. Os objetivos são os resultados que a empresa busca
atingir, no curto, médio e longo prazo.
2.2.5 Valores
Missão:
Transformar o Ecoturismo e Turismo de Aventura em atividades econômica,
social e ambientalmente viáveis, que proporcionem:
Imagem positiva e geração de divisas para o Brasil.
Acesso e uso sustentável da natureza.
Retorno financeiro para os empreendedores.
Inclusão e geração de renda para as comunidades dos destinos turísticos.
Satisfação para os clientes.
Visão:
Acreditamos que o Brasil se transformará em um destino de Ecoturismo e
Turismo de Aventura de classe mundial, sustentado por uma rede de empresas
com excelência de serviços e compromisso socioambiental, capaz de
proporcionar experiências prazerosas e seguras aos clientes.
Valores:
Transparência
Profissionalismo
Cooperação
Conhecimento
Segurança
Otimismo
33
Sustentabilidade
2.2.7 Recapitulando
Até aqui você já definiu:
Então você concluiu seu planejamento estratégico. O próximo passo agora é aplicar
seus meios e recursos para atingir seus objetivos. Para isso precisamos de uma
Estratégia empresarial.
CONCEITO
“A arte de aplicar os meios disponíveis e explorar as condições favoráveis, para
alcançar objetivos.”
34
2.2.9 Forças e fraquezas
Na análise do ambiente interno, procure identificar suas forças e fraquezas que
possam facilitar ou dificultar sua empresa no alcance dos seus objetivos.
35
2.2.10 Estratégia empresarial
E não se esqueça:
Faça um inventário dos recursos e capacidades que você
julga necessários para atingir os objetivos que você
escolheu para sua empresa.
Em seguida confronte-os com uma lista dos recursos e
capacidades já disponíveis.
Identifique as ações necessárias para conseguir os recursos
e as capacidades não disponíveis
Faça também um inventário dos seus pontos fortes e
fracos.
E por último, mas não menos importante, procure a melhor forma de aplicar
estes recursos, minimizando os pontos fracos e valorizando seus pontos fortes.
Pronto, você agora tem, a sua estratégia empresarial.
36
2.2.14 Implementação do plano
Lembre-se, cada pequeno passo deve ter começo, meio e fim. Apenas depois de
verificar que esse pequeno passo foi dado com sucesso, é que se pode avançar para o
seguinte. E cada pequeno passo deve ser da responsabilidade de alguém - sua ou de
alguém trabalhando com você. Se não for assim, não há como se identificar o erro, ou
de aprender com ele.
REFLEXÃO
A palavra estratégia vem do grego antigo strategos e tem sua etimologia nas práticas
militares, significando literalmente “líder do exército” ou seja, em linguagem
moderna, o general, sendo também entendida como a “arte do general”
Aos familiarizados com trilhas, cordas e nós (mais do que com tabelas e planilhas), a
rotina de acompanhamento e controle, pode não animar muito. Mas ela é necessária
para verificar os resultados e traçar eventuais mudanças de rumo. É só
37
acompanhando os resultados que se consegue saber se os objetivos foram de fato
atingidos.
DICA
Planeje, estabeleça metas, e determine os métodos para atingi-las.
Ensine, treine e execute o trabalho.
Verifique o resultado deste trabalho.
Trabalhe no processo em função do resultado.
38
2.2.21 Lei complementar nº 128/ 2008
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições
especiais para que o trabalhador conhecido como informal,
possa se tornar um Empreendedor Individual legalizado. Entre
as vantagens oferecidas por essa lei, está o registro no
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilitará
a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a
emissão de notas fiscais. Além disso, o Empreendedor
Individual será enquadrado no Simples Nacional e passa a ter
acesso a benefícios como auxílio-maternidade, auxílio-doença,
aposentadoria, entre outros.
39
2.2.22 Ultrapassando limites
40
SAIBA MAIS
Saiba mais em: Http://www.portaldoempreendedor.gov.br/modulos/inicio/index.htm
41
2.3 Síntese
Questão 1:
Marque a alternativa correta
1- Uma empresa de Turismo de Aventura deve:
Questão 2:
2. Marque a alternativa correta:
A integridade do cliente e o conhecimento das normas de segurança são
respectivamente:
2.5 Conclusão
Agora que você conhece os conceitos de estratégia
empresarial, você já pode elaborar o seu próprio plano
estratégico e assim se preparar de forma apropriada para
desenvolver sua própria “aventura” empresarial, analisando
o ambiente de negócios, definindo sua visão, missão e
valores e ter assim ,mais clareza onde você quer que sua
empresa esteja no futuro. E se você ainda não tem uma
empresa, ou tem, mas ainda não está formalizada, agora já
pode regularizar sua situação e profissionalizar a sua atuação empresarial .
42
2.6 O que vem pela frente
43
44
3 Módulo 2 – Organizacional
3.1 Assuntos estratégicos
Você já parou para pensar que as questões relativas a
sustentabilidade em ecoturismo e turismo de aventura são
estratégicas, visto que um meio ambiente sadio e preservado
é fundamental para o desenvolvimento destes negócios, que
usam o meio ambiente como palco e cenário para seus
produtos?
45
3.3.2 Sustentabilidade e um novo modelo de negócios
A gestão sustentável sugere a necessidade de um novo modelo
empresarial, para resolver problemas socioambientais e
econômicos que afetam você e sua empresa. As demandas do
mundo contemporâneo pedem um mundo mais limpo e natural,
socialmente mais justo e preservado para uso das próximas
gerações.
É possível ganhar dinheiro com sustentabilidade empresarial,
agindo de forma responsável com os recursos naturais,
contribuindo para a melhora da qualidade de vida de todos e
visando a lucratividade em longo prazo. Para fazer isso acontecer,
precisamos aprender uma nova cultura empresarial onde empreender e lucrar
isoladamente, tomar decisões de forma linear, ter relações comerciais onde só um
lado ganha, não faz mais parte.
46
Nas páginas a seguir, iremos tratar mais a fundo cada um desses conceitos.
ATENÇÃO
No pensamento sistêmico, admite-se que as perguntas não possuem apenas uma
resposta. Aliás, geralmente, possuem várias respostas e que muitas vezes são até
contraditórias. É um conceito necessário para abordar as relações de causa e efeitos.
47
certificação e à profissionalização como os de projetos de capacitação profissional,
pequenos produtores de agricultura orgânica, cooperativas e associações
comunitárias, grupo de artesãos e etc.
A gestão sustentável em rede tem como objetivo a construção de relacionamentos
duradouros e ajuda mútua em busca da sustentabilidade dos negócios, fortalecimento
das oportunidades de geração de renda e profissionalização aos menos privilegiados,
cuidado com recursos naturais, valorização da cultura brasileira e artesanatos, bem
como conscientização dos turistas sobre os benefícios deste padrão de produção e
consumo, e indiretamente, a continuidade destes projetos, e comprometimento social,
cultural, ambiental e econômico de todos.
DICA
Os indicadores de resultados, palestras voluntárias e engajamento da empresa para o
desenvolvimento local e do meio ambiente ajudam a credibilizar e fortalecer a
imagem empresarial, promovendo a indicação boca a boca e o interesse da mídia em
divulgar as ações, desde que sejam coerentes verdadeiros e visíveis.
48
identidade (missão, visão e valores), a postura empresarial, e criando planos de ação
que alinhem a sustentabilidade e envolvam todos para que facilite o alcance dos os
objetivos.
CONCEITO
Cadeia produtiva são todos os processos do desenvolvimento dos seus produtos e
serviços. É um exercício de investigação de tudo que envolve o seu produto desde os
insumos de escritórios até como os resíduos são descartados e devolvidos à natureza.
CONCEITO
Cadeia produtiva são todos os processos do desenvolvimento dos seus produtos e
serviços. É um exercício de investigação de tudo que envolve o seu produto desde os
insumos de escritórios até como os resíduos são descartados e devolvidos à natureza.
DICA
Não dá para resolver o problema da floresta amazônica se o rio que você opera está
sendo contaminado. Dando preferência a soluções locais, você estará melhorando a
economia, diminuindo a emissão de CO2, preservando a cultura regional e
possibilitando conhecer melhor seus parceiros e seus processos internos.
49
3.3.16 Buscando soluções
50
3.3.19 Evite poluição sonora
51
3.3.22 Preservando seu patrimônio cultural e ambiental
52
3.3.25 Outras dicas
E lembre-se:
Seja ético: cumpra com a legislação; consuma produtos locais e
de pequenos empreendedores contribuindo para que se
mantenha no mercado; acompanhe a administração pública e
exija transparências nos orçamentos públicos; não apoie a
corrupção e fomentando redes de negócios éticos solidário;
3.5 Recapitulando
Vimos até aqui vários conceitos importantes envolvidos na gestão sustentável dos
negócios. Vamos relembrá-los?
53
A gestão participativa é um processo dinâmico, democrático e que valoriza as
pessoas que fazem parte da empresa, gerando compromisso, cumplicidade e
interesse de todos.
A gestão sustentável em rede, por outro lado, visa à construção de produtos
turísticos baseados no comércio ético e solidário, valorização da cultura e
sustentabilidade financeira em longo prazo de toda cadeia produtiva.
Marketing responsável significa vender produtos destacando as ações
sustentáveis e seus benefícios, para que amplie o número de empresas e
consumidores responsáveis que garantam o sucesso deste tipo de negócio e
ações.
A cadeia produtiva envolve todos os processos do desenvolvimento dos seus
produtos e serviços. Envolve também a origem do produto e a forma como os
resíduos serão descartados e devolvidos à natureza.
Para reduzir a degradação dos recursos naturais é importante rever processos,
desenvolver atividades de recuperação de áreas degradadas e aprendemos
também a preservar a biodiversidade através de ações simples, como conhecer
sua região e desenvolver junto com seus parceiros de negócio projetos de
recuperação de espécies em extinção e desenvolver parcerias que incentivem a
recuperação das áreas.
ATENÇÃO
Faça parcerias com quem está comprometido com a ética e transparência e buscando
melhores soluções para melhora socioambiental e econômica, articulando com
Parceiros de Negócios ações que fortaleça a sociedade para combater a corrupção e o
contrabando de animais silvestre, mercadorias e pessoas.
54
3.5.3 Respeito aos turistas e colaboradores
Existem outros aspectos que devem ser considerados quando o assunto é ética e
gestão sustentável dos negócios. São aspectos que envolvem o respeito aos
compromissos, aos contratos, aos turistas e aos nossos colaboradores.
Construa com seus parceiros, compromissos com a
sustentabilidade, seguindo normas da ABNT, da Vigilância
Sanitária e o Código de Defesa do Consumidor.
Cumpra contratos e assuma compromissos,
desenvolvendo produtos e serviços confiáveis com qualidade
e segurança.
Forneça informações corretas e transparentes,
eliminando danos à sua saúde e promovendo hábitos
saudáveis de alimentação.
Cumpra os compromissos legais com seus
colaboradores, reconhecendo seu progresso.
Desenvolva uma relação humana e aberta com seus colaboradores e turistas.
ATENÇÃO
Em resumo, faça o que tem que ser feito. Faça a coisa certa!
E o seu produto?
que você deve fazer para tornar seu produto mais
sustentável?
55
3.5.6 Como tornar seu produto mais sustentável?
56
3.5.9 Soluções sustentáveis
3.5.10 Reflorestamento
57
3.5.12 Reveja processos
58
3.5.15 Criação de produtos sustentáveis
59
3.7.1 Ação estratégica
ATENÇÃO
Como você já deve ter notado, todos esses processos das estratégias funcionais
acontecem de uma forma contínua, com uma grande dependência de um ocorrer para
que o outro funcione da melhor forma.
60
SAIBA MAIS
O professor Peter Drucker dizia que: « “A tarefa fundamental da administração é fazer
com que as pessoas trabalhem em conjunto, por meio de objetivos e valores comuns,
da estrutura correta, e do treinamento e desenvolvimento necessários para agir e
para responder às mudanças” ».
61
3.7.6 Benchmarking
Você já ouviu falar em benchmarking?
Conhecer como trabalham outras empresas, em especial as bem sucedidas, é uma
das ferramentas de melhorias organizacionais ao alcance do gestor.
CONCEITO
Conhecido como « benchmarking »: é a técnica que pretende identificar as melhores
empresas em determinada atividade, no nosso caso, ecoturismo e turismo de
aventura, e estudá-las. A técnica consiste em conhecer e analisar as empresas líderes
e seus métodos de trabalho, gerar idéias e adaptar ao nosso negócio suas melhores
práticas e soluções.
ATENÇÃO
Mas cuidado, pois benchmarking não é cópia! È aprendizado, inspiração e
aprimoramento com as boas práticas de outras organizações. Não copie, se inspire.
62
3.7.8 Conclusão
63
64
3.8.3 Quadro de colaboradores
Você decide aumentar seu quadro de colaboradores, contratando subordinados para
cada área. O aumento do quadro de pessoal fica assim refletido no organograma:
65
3.8.4 Novas necessidades
Mas a empresa não pára de crescer. Com o crescimento da demanda, você decide que
precisa de um consultor em Sistema de Gestão da Segurança, para assegurar que a
empresa esteja sempre adequada a Norma Técnica ABNT NBR 15 331 Sistema de
Gestão de Segurança. Como consultores, esses profissionais se diferem nos gestores
de linha, e são considerados como pessoal de apoio. Com estas novas contratações, o
organograma ganha nova modelagem.
66
3.8.5 Dinâmica da empresa e fluxograma
Mas como representar a dinâmica da empresa , ou seja, seu
funcionamento?
67
3.8.8 Gargalos
Mas atenção, a estrutura organizacional não deve ser vista
meramente como uma série de processos e hierarquias que
ficam muito bonitas no papel. Mas devem refletir a realidade
da organização evidenciando as unidades organizacionais
componentes da estrutura e as relações de autoridade
existentes entre essas unidades, e ainda os possíveis
“gargalos”nos processos organizacionais.
Além de evitar possíveis desconhecimentos dos cargos e
funções, esses instrumentos ajudam a tornar a organização
mais ágil, funcionando de forma harmônica sem que os processos tenham que passar
sempre pela aprovação dos superiores. Essa independência é importante inclusive
68
para possibilitar o crescimento da empresa além das forças, das habilidades e do
tempo do gestor.
ATENÇÃO
Cada colaborador deve, portanto, transmitir cordialidade, conhecimento, segurança e
tranqüilidade, ingredientes que junto com a própria aventura, proporcionam uma
experiência única.
69
3.9.3 O colaborador
ATENÇÃO
Mas lembre que imprevistos fazem parte da aventura, boas soluções fazem parte do
profissionalismo. Você deve se preocupar em oferecer à sua equipe de colaboradores
um aprendizado e desenvolvimento pessoal e profissional constante, uma
remuneração correta, e a criação de um agradável ambiente de trabalho.
70
ATENÇÃO
Gestão de Pessoas é propiciar as condições para que cada colaborador, ao buscar o
atendimento aos seus objetivos pessoais, participe de forma potencializada e eficaz no
alcance dos objetivos da empresa.
EXEMPLO
Uma operadora de Foz do Iguaçu tem como objetivo ser líder de mercado na região
em operações de Turismo de Aventura, já seus colaboradores estão interessados em
aumentos de salários e uma tranqüilidade financeira para poder curtir outras
atividades de aventura que tanto gostam.
Por esta razão , a gestão dos recursos humanos em uma empresa de turismo implica
dificuldades até mesmo mais complexas do que aquelas presentes em outros setores
econômicos.
71
Estas duas primeiras questões constituem o alicerce para outras três perguntas
muito importantes:
Como escolho meus colaboradores?
Conheço os profissionais que trabalham na minha empresa?
Dou o devido valor ao pessoal que trabalha na empresa?
Ao tentar responder a essas perguntas, você estará dando os primeiros passos no
sentido de aprimorar a Gestão de Pessoas na sua empresa.
ATENÇÃO
Uma empresa não sobrevive, não cresce nem se desenvolve apenas com excelentes
técnicos que saibam conduzir tecnicamente suas atividades. É importante que, mais
que qualificados, esses colaboradores sejam comprometidos com a empresa.
72
73
74
3.9.11 Cinco regras da gestão de pessoas
Gestores de empresas são na verdade, gestores de pessoas. Veja então cinco regras
atuais de gestão de pessoas:
Questão 2:
3- Marque abaixo quem são os Parceiros do Negócio:
Questão 3:
3. Complete a lacuna:
A só é sustentável quando conseguimos fechar todo o ciclo do processo
nos aspectos: ambiental, social, cultural e econômico.
Questão 4:
Assinale a alternativa correta:
4. Marque abaixo qual é grande questão ambiental atualmente:
75
A) Diminuição da emissão de CO2.
B) Preservação da biodiversidade.
Questão 5:
Assinale a alternativa correta:
5- Além dos salários pagos, quais aspectos são importantes para a motivação da sua
equipe de profissionais:
C) Reconhecimento e responsabilidades.
Questão 6:
6. Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso:
( ) Toda organização tem objetivos próprios, que convivem com os objetivos
das pessoas que compõem a organização. Gestão de Pessoas é propiciar as condições
para que cada colaborador, ao buscar o atendimento aos seus objetivos pessoais,
participe de forma potencializada e eficaz no alcance dos objetivos da empresa.
( ) As pessoas que compõe uma organização têm desejos apenas de ganhos
financeiros.
3.11 Resumindo
76
4 Módulo 3
4.1 Administrativo
4.1.1 A importância das pessoas
Você sabe escolher a pessoa certa para sua empresa, com as
ferramentas certas, na hora e lugar certo ? Este é sem dúvida um
grande desafio gerencial.
A atividade de ecoturismo e do turismo de aventura se insere no
contexto de prestação de serviços, onde os recursos humanos (as
pessoas) são partes essenciais do produto, quando não quase o
próprio produto, caso dos guias e condutores. Deste modo, uma
boa gestão de pessoas, sua seleção, treinamento e motivação, são fatores
fundamentais para o êxito do empreendimento. Com o mercado cada vez mais
competitivo é muito importante que escolhamos as pessoas certas para ocupar os
cargos certos.
77
trabalho, é importante que você saiba exatamente qual o perfil dos profissionais que
são desejados para os cargos. Dessa forma, fica bem mais fácil atender às
necessidades da empresa e aos interesses dos profissionais a serem recrutados.
ATENÇÃO
Devemos respeitar todos os cargos, pois em um sistema que é constituído de
processos integrados, o profissional que guarda as cordas em um lugar com pouca
umidade é tão importante quanto aquele que guia o grupo ou comercializa as
atividades. Todos os profissionais são importantes.
78
4.2.5 Exemplos de descrição de cargos
Vejamos agora, alguns exemplos de descrição de cargos:
79
4.2.6 Porque definir o perfil pessoal?
É importante que a descrição de cargos seja muito bem feita e
que o perfil pessoal desejado esteja bem definido. Só assim
podemos potencializar as habilidades e as competências de
cada pessoa em cada cargo.
Você sabia que as pessoas inseridas em suas corretas
ocupações produzem mais? A pessoa certa no lugar certo
produz mais por competência e motivação!
80
4.2.8 Prós e contras do recrutamento interno
Vamos ver agora os prós e contras de cada uma das formas de recrutamento:
Recrutamento Interno:
Recrutamento externo:
81
CONCEITO
O processo de seleção consiste em escolher o candidato que melhor se enquadra ou
adapta às características do cargo, determinadas anteriormente pela descrição de
cargos.
DICA
Os processos de recrutamento e seleção podem criar
expectativas negativas na sua equipe. Por exemplo, medo de demissões ou de
desvalorização dos profissionais que já se encontram na empresa. Para evitar,
comunique claramente os motivos do recrutamento e dos critérios de seleção para
toda sua equipe. Isso traz um clima de transparência à empresa e promove a
tranqüilidade de todos.
82
4.2.14 Os erros no processo de seleção
83
4.3 Integrando pessoas
Uma das responsabilidades das lideranças da empresa com os novos colaboradores é
facilitar o entendimento da cultura organizacional e incentivar a absorção daquelas
características que contribuam para a iniciativa pessoal, o trabalho em equipe, a
confiança mútua e o comprometimento de todos com a empresa. Na medida em que o
novo colaborador encontra-se adaptado e satisfeito na empresa, suas iniciativas em
relação aos outros colaboradores e mesmo em relação a clientes se tornam mais
produtivas.
ATENÇÃO
Importante salientar que não existem culturas melhores ou piores. Na realidade, as
lideranças da empresa vão construindo a cultural organizacional na medida em que se
comportam no dia-a-dia. É natural que esses comportamentos sejam vistos como
desejáveis por todos os colaboradores e, desta forma, tendem a ser repetidos por
todos os membros da organização. Desta forma é importante que os líderes da
organização verifiquem em seus próprios comportamentos.
ATENÇÃO
A avaliação de desempenho consiste no acompanhamento dos resultados operacionais
de cada colaborador no cargo em que ocupa, e na avaliação de seu potencial de
desenvolvimento. Também se constitui um meio através do qual podem ser
identificados problemas de liderança, de integração entre funcionários e áreas, de má
alocação de funcionários, e ainda de necessidades de treinamentos gerais e
específicos.
84
4.4.2 Benefícios da avaliação de desempenho
A avaliação de desempenho é de grande utilidade para a organização, dentre suas
funções podemos citar:
ATENÇÃO
Quando sua empresa perde um profissional talentoso, seu concorrente ganha
duplamente: com a contratação desse profissional e com a sua menor
competitividade.
85
4.4.5 Métodos de avaliação de desempenho
Nesse sentido, são apresentados a seguir alguns métodos comumente empregados
para avaliação de desempenho:
86
SAIBA MAIS
A avaliação de desempenho é um processo dinâmico e transparente. O funcionário
deve ser avaliado continuamente, sendo recomendável que todos saibam os critérios
usados nessas avaliações.
87
4.4.8 A responsabilidade da avaliação é de todos
SAIBA MAIS
Consulte nos anexos, um modelo de avaliação.
88
problema de procedimento mal planejado; outras vezes, de falta de equipamentos
adequados. Mas, quando os processos mostram-se adequados e os equipamentos
encontram-se disponíveis, a falta de qualificação pode se constituir o problema a ser
tratado.
ATENÇÃO
O treinamento pode objetivar a disseminação de novas informações, o
desenvolvimento de novas habilidades e competências, e ainda a
motivaçãoMotivação: de novas atitudes e comportamentos.
DICA
Empresas que investem em capacitação de pessoal, podem ter uma vantagem
competitiva sustentável, pois assim desenvolvem seu capital mais valioso, as pessoas.
89
4.6 Motivando e mantendo as pessoas
DICA
Equipes motivadas combinam com empresas de sucesso.
4.6.2 Motivadores
Devemos entender que nossa equipe se sentirá mais motivada, se receber algo além
de saláriosSalário: e premiações. Algumas empresas têm adotado o conceito da
90
valorização flexível, personalizando processos e levando em conta diferenças
individuais.
4.6.5 Possibilidades
91
Como por exemplo:
Realização profissional;
Desenvolvimento pessoal;
Prazer pelo que estão realizando;
Reconhecimento
Responsabilidade.
DICA
O trabalho dever ser sério e responsável, mas o ambiente pode ser divertido e bem
humorado. Ecoturismo e turismo de aventura são atividades de entretenimento, faça
com que o trabalho também seja uma grande fonte de prazer e realização.
Questão 2:
2- As necessidades de se fazer uma descrição de cargos são, EXCETO:
D) Mais uma ferramenta para tornar a empresa mais lenta em suas decisões.
Questão 3:
3- Aconselha-se o uso de recrutamento interno nas seguintes situações, EXCETO:
92
B) A disponibilidade de tempo e recursos é pequena.
Questão 4:
4 - O emprego do recrutamento externo é aconselhável nas seguintes situações,
EXCETO:
Questão 5:
5 - Por que as empresas devem investir tanto em seus recursos humanos?
Questão 6:
Assinale a alternativa correta:
6 - A rotatividade de funcionários afeta a competitividade da empresa porque:
93
Questão 7:
7 - Indique o momento mais oportuno e adequado para a direção de uma empresa
investir no treinamento de seus colaboradores:
Questão 8:
8 - Todas as questões a seguir são importantes para o alcance dos objetivos do
treinamento, EXCETO:
Questão 9:
9 - Além dos salários pagos, quais aspectos são importantes para a motivação da sua
equipe de profissionais:
A) Realização profissional.
B) Desenvolvimento pessoal.
C) Prazer pelo que estão realizando.
D) Reconhecimento e responsabilidades.
E) Todas as alternativas acima
4.9 Síntese
Neste módulo administrativo você aprendeu:
Que os cargos fazem parte integrante da estrutura organizacional e que
conceitualmente é a composição de todas as atribuições e responsabilidades de
cada colaborador, que englobados formam o organograma da organização;
Que o processo de recrutamento e seleção deve ser precedido de uma coerente
descrição de cargos e que são muito importantes para o bem estar da
organização;
94
Que o desempenho de cada colaborador é importante para o alcance do
objetivo geral da empresa. Se esta afirmativa não for verdadeira para um
colaborador que você está contratando agora para a sua empresa, pare um
pouco e pense. Certamente, não vale a pena contratá-lo. Como cada
colaborador é importante, sua inserção e aceitação pelos demais colaboradores
é fundamental;
Que a avaliação de desempenho, assim como seus critérios, devem ser
desenvolvidos e pactuados por toda a organização. A responsabilidade pela
avaliação é de todos, pois além do plano de avaliação individual, a avaliação de
desempenho objetiva a identificação de fraquezas que possam prejudicar o
alcance dos resultados pretendidos por toda a organização;
Que investindo no capital humano a empresa está investindo em seu próprio
crescimento. O investimento da empresa na seleção e no desenvolvimento
profissional é reconhecido, pelas pessoas, como um benefício e é percebido
como valor, o que contribui para o aumento do comprometimento com a
empresa e é elemento de motivação pessoal.
95
5 Módulo 4 – Financeiro
5.1 Gestão financeira
5.1.1 Quem se aventura?
Toda empresa deve gerar caixa suficiente para custear suas
operações e ser lucrativa. Mas antes de se chegar ao lucro, é
preciso obter o capital necessário ao custeio das operações,
definir como ele será aplicado e acompanhar a movimentação
financeira da empresa. Isso é função da Gestão financeira.
Negligenciar a gestão financeira significa assumir um enorme
risco, pois a inadequada gestão das finanças, por menor que
seja seu negócio, traz impactos diretos no que diz respeito à longevidade da sua
empresa. Muitas empresas comprometem o futuro, ignorando aspectos básicos da
gestão financeira. Além disso, o gestor precisa de informações com os indicadores da
vida financeira do seu empreendimento. É com base nestas informações que o
administrador conhece o desempenho da empresa. Como saber se o negócio está indo
bem? Se está tendo lucro ou prejuízo?
96
conhecer a intimidade da empresa, irá cuidar dos impostos, da folha de pagamento e
de outros aspectos ligados às questões financeiras e tributárias.
ATENÇÃO
Saber quais impostos sua empresa deve pagar e quais são as
alíquotas relacionadas a cada um é um trabalho que será feito com a ajuda do seu
contador e dependerá da cidade onde sua empresa funciona e do serviço que você
presta.
5.2.2 Impostos
Vamos conhecer quais são os principais impostos que incidem sobre uma nota fiscal
de serviço?
97
DICA
Fique de olho que o ISS é deduzido do valor total da nota. Existem cidades que
cobram até 50% mais barato que outras e isso pode fazer muita diferença em seus
recebimentos. Então, estude essa possibilidade quando for estabelecer a sua sede.
98
5.2.5 Demais despesas
Além destes impostos e encargos, você deve se preparar para
outras despesas relacionadas com seus funcionários como vale
transporte, alimentação e claro, um terço de férias e o décimo
terceiro salário. Lembre-se, todo investimento em funcionários
retornará para você, afinal de contas eles são a cara da sua
empresa. Cuide com carinho, respeito e honestidade de seus
colaboradores.
ATENÇÃO
Se alguma guia de encargo ou imposto tiver a sua data de vencimento caindo em um
sábado, domingo ou feriado, você deverá efetuar o pagamento antecipadamente. Por
exemplo, se seu FGTS vence no domingo, dia 7, você deverá fazer o pagamento na
99
sexta–feira, dia 5 e não na segunda-feira dia 8, como se costuma fazer com os outros
tipos de títulos de cobrança (Cartão de Crédito, Condomínio, Plano de Saúde etc.).
5.2.6 Seguros
DICA
Antes de falarmos de seguros, devemos lembrar da Norma Técnica ABNT NBR 15.331
Sistema de Gestão da Segurança – Requisitos para turismo de aventura , que dá
subsídios à empresa para trabalhar dentro dos melhores padrões de segurança e com
isso, evitar acidentes com seus funcionários e clientes.
100
DICA
Consulte sempre um corretor de seguros. Ele é o profissional indicado para lhe
orientar na escolha dos seguros adequados às suas necessidades.
101
5.3.1 Exemplo de risco
CONCEITO
O fluxo de caixa é o demonstrativo financeiro que compara receitas e despesas e gera
saldos, que podem ser anuais, mensais ou até diários. Um saldo positivo significa
lucro no período, enquanto um saldo negativo significa prejuízo.
102
5.3.5 Montagem do fluxo de caixa
103
Despesas orçadas: são aquelas que você já conhece previamente o valor
(salários, encargos, aluguéis, etc.).
Despesas previstas: são aquelas que variam de acordo com o grau de utilização
(luz, água, telefone, etc.).
ATENÇÃO
Para simplificar o estudo, os fluxos financeiros serão considerados por trimestres e
não por meses como deveria ser feito; as contas também estarão agrupadas apenas
em receitas e despesas fixas ou variáveis, além das deduções da receita.
104
5.3.10 Geração de fluxo de caixa
Você obtém assim o Fluxo de Caixa para os três primeiros anos de atividade da
empresa. Perceba que, por se tratar de um primeiro exemplo, foi utilizado uma
ferramenta bastante simplificada.
105
106
ATENÇÃO
Você pode usar valores fixos para salários, aluguéis, luz, telefone e várias outras
despesas que certamente terão seus valores corrigidos no decorrer do tempo. Isso
porque é considerado, para efeito de estudo, que as receitas sofrerão, no mínimo, o
mesmo reajuste que o dessas despesas. Desta forma, na pior das hipóteses, sua
empresa manterá, daqui a três anos, o mesmo equilíbrio receita/despesa que hoje
apresenta.
ATENÇÃO
Esse quadro revela que só se ganha dinheiro quando se ultrapassa o rendimento que
o capital investido teria, sem incidência de risco e sem o trabalho do empreendedor.
107
5.3.14 Descapitalização
Não entendeu como os cálculos foram feitos?
Então veja a explicação a seguir.
Existem várias formas de se calcular a descapitalização de saldos de caixa líquidos. As
alternativas mais simples utilizam algum programa gratuito similar ao Microsoft Excel
ou fazem uso da calculadora modelo 12C da HP.
Observações:
1. Quando entra um FV ou valor futuro com sinal positivo, o seu PV terá sempre valor
negativo e vice versa. Você pode alterar o sinal de um valor utilizando a tecla CHS da
sua calculadora financeira.
2. Você tem que usar sempre a mesma base. Se tiver taxa mensal, seu período é o
mês; se tiver taxa anual, seu período será um ano, e assim por diante.
Onde: N= Número de Períodos (Tempo), I = Taxa de juros, PV = Valor Presente (O
valor que você possui no tempo 0 Hoje) e FV = Valor Futuro (Valor que você possuirá
com o passar do tempo).
108
A fórmula matemática que representa a descapitalização é a seguinte:
Valor Futuro/ (1+i)n onde:
I = taxa no caso 18% ou 0,18
N= Número de períodos
Dica:
Sempre comece uma fórmula no MS Excel digitando o sinal de igual (=).
5.4 Análise
Mas como analisar estes resultados?
Se você quer apenas ter uma empresa, o estudo revela que ela
possibilita ganhos progressivos, na medida em que você atue
no marketing e no aperfeiçoamento das operações para
assegurar os resultados projetados. Em outras palavras, você
provavelmente vai conseguir viver dos resultados que essa
empresa irá retornar para você.
109
5.4.3 Dicas para o seu plano de negócio
Apresentamos algumas dicas para o seu plano de negócio:
Seja sempre pessimista em suas projeções financeiras.
Procure pessoas que têm negócios semelhantes ao seu e converse sobre os
problemas que tiveram.
Não se permita subestimar problemas e guarde sempre uma reserva para o
capital de giro.
Calcule seu risco - sua taxa de descapitalização – de acordo com o risco real
que sua empresa representa. Lembre-se: quanto menor o risco mais viável é a
organização.
SAIBA MAIS
Pense também que a sua estratégia pode determinar o tamanho do risco da sua
empresa, por exemplo, se você se recusar a adquirir seguros de responsabilidade civil
ou de acidentes que cubram seus guias, clientes. Agindo desta maneira, sua empresa
estará jogando seus riscos às alturas . Portanto, utilizar equipamentos novos, realizar
manutenções periódicas, ter guias experimentados e segurar de todas as formas
possíveis a sua atividade nada mais é do que investir na perpetuação de seu negócio.
5.4.4 PROGER
Se você desenvolveu um projeto para a sua empresa, ótimo. Nesse projeto, você
demonstra que vai gerar empregos, pagar impostos, movimentar a economia em
volta de você. O governo se interessa por tudo isso.
Quem sabe não existe alguma linha de crédito especial para dar apoio ao projeto
nesse começo de trabalho?
CONCEITO
PROGER: Programa de Geração de Emprego e Renda – Programa de financiamento do
governo que permite empréstimos com juros baixos, prazos de até 60 meses e
carência da até um ano. Financiam construções, reformas e compra de maquinários.
5.4.5 Financiamentos
Mas fique atento!
Pois essas linhas só financiam ativos imobilizados, obras civis
e redes de computador.
Nesse sentido, você tem que saber como investir o seu
dinheiro pessoal: vai pagar esses ativos imobilizados ou vai
financiá-los? Essa decisão é importante para que você busque
sempre boas opções de financiamento. Estude com seu
110
gerente de banco quais opções de repasse que financiem o que realmente precisa ser
financiado incluindo, sempre que possível, uma porcentagem para seu capital de giro.
Desta forma, você não precisará ficar apagando incêndios nas finanças da empresa.
5.4.8 BNDES
Existem algumas linhas do BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e
Social que permitem o financiamento de despesas incorridas até seis meses antes do
projeto, principalmente quando se trata de despesas pré-operacionais. Como você
deve ter percebido, existem várias modalidades de financiamento e é fundamental
que você procure ajuda com as instituições financeiras governamentais para não
perder nenhuma dessas oportunidades.
ATENÇÃO
Sempre que for construir o planejamento da sua empresa tente ser mais pessimista
que otimista. Imagine custos mais altos para manutenção, marketing, telefone, luz,
etc.. Lembre-se que sempre surgem despesas extras pelo caminho. Assim sendo,
nunca crie um fluxo de caixa com capital de giro muito apertado. Principalmente se
você puder dispor de capital financiado a custos baixos. Tome sempre cuidado ao
administrar a vida financeira da sua empresa. Seja sempre pessimista em suas
projeções financeiras. Procure pessoas que têm negócios semelhantes ao seu, e
converse sobre os problemas que tiveram. Não se permita subestimar problemas, e
guarde sempre uma reserva para emergências e como capital de giro.
111
5.4.9 Introdução a análise de custos
DICA
Em ecoturismo e turismo de aventura não é diferente, vários custos estão presentes
no preço de um serviço.
ATENÇÃO
Custos e despesas não são a mesma coisa.
112
5.4.13 Custos frequentes
Vamos analisar aqui, os custos mais frequentes nos serviços de ecoturismo e turismo
de aventura.
113
114
ATENÇÃO
Note que nas comissões, o pagamento é sobre o valor final de venda, pois a ética do
setor prega que, independentemente de quem o cliente compra, o valor do serviço
será sempre o mesmo. Cabe ressaltar a importância de se considerar corretamente o
valor da comissão. Além de ético, este procedimento permite o aumento da
rentabilidade quando se vende o mesmo produto diretamente ao consumidor final (ou
seja, sem qualquer comissão), algo cada vez mais comum nestes tempos de internet
e redes sociais.
115
5.4.15 Riscos do negócio
DICA
É importante que você trabalhe no sentido de agregar valor aos seus serviços, usando
principalmente à criatividade para gerar e valorizar os seus diferenciais frente à
concorrência. Veja no exercício como calcular o Mark Up.
116
trabalho) precisa gerar, recursos financeiros suficientes para
poder cobrir os custos de operação, gerar lucro e ser
substituído por um novo, e assim perpetuar o negócio.
Para calcular este custo, vamos considerar:
117
Mas, como se calcula o preço de um serviço em ecoturismo e turismo
de aventura?
Quanto cobrar do cliente?
5.5.2 Valor
O que chamamos de “valor” é o conjunto dos benefícios
percebidos pelo consumidor e pelos quais ele está disposto a
pagar. Agregar valor desejado e percebido pelo consumidor
deve sempre ser um norte para você. É importante ressaltar
que, quanto maior o valor agregado e percebido pelo seu
cliente mais rentável poderá ser o preço de venda do seu
produto ou serviço. Podemos ainda dizer que valor é a
diferença entre o custo e o preço.
118
necessários para executá-lo, definindo-se a margem de ganho que se pretende com a
venda desse serviço e, por fim, agregando-se os custos dos impostos. Faça o exercício
no final desse módulo para entender na prática.
ATENÇÃO
Se sua empresa tem como prática a conciliação bancária, só permitirá a entrada de
cheques sem fundo em suas contas se quiser. Lembre-se que é muito mais
profissional entrar em contato previamente com um fornecedor para renegociar um
prazo maior no cheque. Nunca se esqueça que a devolução de cheques sem fundos e
entradas no cheque especial sempre custam caro.
119
Para controle das contas pessoais, pode-se fazer isso diretamente no próprio talonário
de cheques. Entretanto, vale destacar que sua empresa talvez necessite de um
controle mais formal e de baixo custo, que seja capaz de auxiliá-lo sem que você
tenha a necessidade de manusear o talão de cheques da empresa a todo instante.
DICA
É aconselhável que você utilize um software gratuito similar ao Excel® da Microsoft®
para criar essa ferramenta.
Como você pode ver a estrutura e as fórmulas do Excel, assim como as de seus
programas similares, são bastante simples.
Saldo Real:
Na célula H3 você tem a seguinte fórmula para o saldo real: =H2-F3+E3 onde H2
corresponde ao valor do saldo inicial do exemplo: R$ 1200,00; F3 subtrai do valor
inicial a despesa correspondente àquela operação; e E3 é a soma ao valor inicial, da
receita correspondente àquela operação.
Essa fórmula aplicada em toda a coluna H é muito simples, já que representa apenas
a soma dos créditos ao saldo bancário e a diminuição dos débitos.
120
SAIBA MAIS
Nas linhas subseqüentes, a fórmula continua a mesma, a não ser pelo fato de se
referir sempre ao resultado da linha superior.
Saldo Conciliado:
Nesta coluna, temos a seguinte fórmula:
=SE(G7="S";I6-F7+E7; SE(G7="N";I6;)). Repare que, no exemplo, ela sempre
estará relacionada com a coluna G porque essa será a coluna que mudará a fórmula,
caso o valor da linha tenha sido conciliado “s” ou ainda não tenha sido “n”. S e N
aparecem nas fórmulas entre aspas para mostrar que eles não representam uma
função para cálculo, e sim o próprio símbolo alfa numérico. O ponto e vírgula, quando
é utilizado antes de uma fórmula significa que, se a coluna G3 for igual a “s” leia-se
I2-F3+E3; mas se a coluna G3 for igual a “n” leia-se I2.
Observe que tudo que ainda não foi conciliado não entra em um Fluxo de Caixa.
Dessa forma, você tem na coluna Total o fluxo de caixa do período compreendido
entre 15 de agosto e 3 de setembro. Logo, você pode concluir que os saldos
conciliados, quando colocados em formato de fluxo de caixa, representam o fluxo de
caixa realizado da empresa.
121
A conciliação bancária auxilia na condução das contas bancárias da empresa,
enquanto o controle financeiro realizado contribui na construção do fluxo Previsto e
Realizado, assunto do próximo tópico.
DICA
Utilize uma planilha diferente para cada conta corrente da empresa. Construa o fluxo
de caixa diário utilizando a somatória das despesas e receitas diárias conciliadas de
todas as contas correntes da sua organização.
Construa uma planilha a partir daquela que você tinha em seu planejamento
financeiro. Dessa vez, é importante que você abra uma coluna a qual deverá ser
preenchida com as informações realizadas por sua empresa. Interessante que, com
pequenas modificações, a fria planilha do Planejamento Financeiro se torna uma
ferramenta amigável. Utilizando o Fluxo Diário, a conciliação bancária ou até mesmo
seu extrato bancário e anotações do talão de cheque, é possível construir um sistema
eficiente e capaz de dizer se sua empresa está cumprindo, no campo de vista
financeiro, tudo aquilo que foi planejado.
122
A manutenção que, aparentemente teria que ser mensal, na prática, pode ser
feita com segurança de dois em dois meses;
telefone apresentou um custo cerca de 50% mais baixo do que o previsto;
A energia elétrica, no entanto, foi cerca de 30% mais cara do que a previsão
feita.
No exemplo que vimos, a previsão falhou em vários pontos. Como proceder diante
disso?
5.6.12 Planejamento
Caso a sua provisão tenha alguma falha. Cabe a você
prosseguir com o planejamento, tentando aproximar as
despesas e receitas realizadas aos valores anteriormente
previstos.
O planejamento está muito distante de ser uma ferramenta
de adivinhação. Entretanto, abandoná-lo significa perder de
vista o caminho trilhado por sua empresa, e jogar fora todo o
aprendizado, adquirido passando a administrar o seu negócio
sem qualquer referência: se você não planejou nada, como
saber se os resultados obtidos foram satisfatórios ou não?
123
Esses dois fluxos devem sempre estar relacionados na medida em que os objetivos,
tanto de curto quanto de longo prazo, dependem da eficiência financeira da empresa e
de sua capacidade para gerar riqueza no decorrer do tempo.
Nesse sentido, você deve controlar as Deduções da Receita: o fluxo de caixa real da
sua empresa de acordo com o cenário previsto. E utilizar as projeções de fluxo de
caixa como base para o dia a dia operacional de sua organização.
124
5.7 Exercícios de fixação
Questão 1:
Marque a alternativa correta:
1. Quais são as vantagens de uma empresa formal?
Questão 2:
2. Qual a importância de se conhecer os custos inerentes a sua atividade?
Questão 3:
3. Qual a importância dos controles financeiros para uma empresa?
Questão 4:
Assinale (F) para Falso ou (V) para Verdadeiro:
Questão 5:
7. Relacione as colunas:
I. Não mudam em função do número de clientes.
II. Mudam o valor total de um serviço em função do número de clientes.
III. Gastos utilizados direta ou indiretamente para obtenção de receitas.
IV. As taxas e tributos cobrados pelos municípios, estados e união.
125
V. É decorrente do desgaste de veículos, equipamentos, imóveis entre outros.
VI. Gastos financeiros necessários para a produção de um bem ou serviço.
5.8 Conclusão
Agora você já pode aplicar os conceitos de gestão financeira e
contábil na sua empresa com mais confiança, pois aprendeu que
os controles gerenciais fornecem um cenário atual e previsto do
seu negócio para que você possa tomar as decisões do dia a
dia. Nesse sentido, adquiriu subsídios para avaliar corretamente
a viabilidade do empreendimento e a analisar os custos que
incidem sobre os seus serviços e assim definir seus preços de
forma apropriada. Destacou-se a importância de se utilizar ferramentas
informatizadas para a montagem dos seus fluxos de caixa e a aplicação disciplinada
dos conceitos abordados como meio de obter informações financeiras estratégicas
para garantir o sucesso da sua empresa. Por fim, como premissa básica, considere o
seu contador como um grande aliado na otimização da gestão do seu
empreendimento.
5.9 Síntese
Nesse módulo você aprendeu que para o sucesso da sua empresa você precisa
separar as contas da empresa das suas contas pessoais e contar
com um bom contador.
Conheceu os principais impostos e encargos trabalhistas que
incidem sobre sua empresa e a importância de pagá-los em dia,
assim como os principais seguros que podem ajudar na segurança
financeira do seu negócio. Aprendeu a avaliar a viabilidade
econômica do seu empreendimento e como analisar os principais
custos operacionais de uma empresa de serviços. Também viu como calcular preços
em ecoturismo e turismo de aventura e por fim, aprendeu que periodicamente sua
empresa deve fazer contas e avaliar seu desempenho através das ferramentas de
controles financeiros.
126
6 Módulo 5 – Comercial
6.1 Enfrentando o mercado
6.1.1 Quem se aventura?
Você abriu sua empresa. Agora é chegada a hora de enfrentar o
mercado. Seu ponto de partida é a definição dos clientes
preferenciais que você fez quando elaborou sua Estratégia
Empresarial, lembra-se? Alguns empreendedores acham que o
objetivo de toda empresa é o faturamento. Isto é um grande
engano. Antes de faturar, você precisa ter a preferência do
consumidor. Este sim deve ser o objetivo da empresa! E aqui se
encontra a razão da definição dos clientes preferenciais na Estratégia Empresarial.
Sabendo quem são esses clientes, você pode conhecê-los e, conhecendo-os, pode
conquistá-los. Mas por que não atingir o mercado como um todo? Ou seja, ir atrás de
todos os possíveis clientes ao mesmo tempo? Afinal, caiu na rede é peixe...É isso que
veremos neste módulo. Pronto para começar?
127
verdadeiras aventuras em caminhadas longas e difíceis. Como percebe, cada pessoa
tem suas necessidades e aspirações... Então, você percebeu a existência dos vários
segmentos de mercado?
CONCEITO
Mercado, em linhas gerais, é o ambiente onde os vendedores e os compradores se
encontram e se relacionam em prol da comercialização de produtos e/ ou serviços,
considerando a compatibilização entre a disponibilidade da oferta e a procura da
demanda.
128
ATENÇÃO
Note que o processo de troca está associado ao valor de uso e ao valor de troca de
um determinado produto ou serviço, pois os mesmos deverão suscitar a necessidade
e/ ou desejo na demanda, bem como deverão ser passíveis de comercialização.
ATENÇÃO
Isso significa dizer que as particularidades ambientais, culturais e sociais de cada
região confirmam produtos turísticos específicos, cujo grau de atratividade e
organização repercutirá no desejo de consumo de pessoas de outras regiões.
Vislumbra-se, desse modo, a formação do mercado turístico.
CONCEITO
Oferta é o conjunto de bens, produtos e serviços disponíveis no mercado para
comercialização e Demanda é a somatória dos reais e potenciais consumidores desses
bens, produtos e serviços ofertados no mercado.
Essa ideia remete à concepção de mercado adotada por Kotler e Keller. Para os
autores, o mercado é o conjunto de todos os compradores efetivos e potenciais de
uma oferta. Desse modo, seguindo as orientações dos autores, classifica-se o
mercado em potencial e efetivo.
129
6.4.5 Potencial e efetivo
Leia o conteúdo dos quadros a seguir e veja as diferenças entre os dois tipos de
mercado:
130
individual ou coletiva, interessada e motivada pelo consumo e uso destes produtos e
serviços”.
131
6.5.3 Diversidade da demanda
As diversas atividades ofertadas numa viagem de Ecoturismo
e Turismo de Aventura possuem diferentes patamares de
dificuldade e desafio a serem vivenciados pelos turistas, o
que repercute, evidentemente, na atração de diferentes
perfis de demanda. Assim, observamos que a diversidade
dessa demanda pode ser identificada a partir do
conhecimento do grau de experimentação que o turista
deseja ter nas atividades de Ecoturismo e Turismo de
Aventura, o qual pode variar entre um simples contato com a
natureza e a vivência de emoções fortes e exclusivas.
132
DICA
Destaca-se que a compreensão dessas características da demanda servirá para
orientá-lo no ajustamento dos seus produtos e serviços turísticos às expectativas do
seu consumidor. Assim, reconhece-se a importância em se compreender a oferta e a
demanda turística para composição de estratégias de posicionamento de mercado, as
quais abordaremos a seguir.
133
Além disso, não se pode perder de vista que o mercado é determinado pela sua
amplitude, uma vez que ele não se limita à disponibilização da oferta de um destino
específico para os turistas, pelo contrário, o mercado oferece diversos produtos e
serviços turísticos que competem entre si por uma dada demanda.
134
6.5.10 Fatores influenciadores do mercado
Ao pensarmos nas estratégias de posicionamento de um produto turístico, devemos
apreciar todos os fatores que influenciam o mercado, que vão além da relação oferta
e demanda. Cinco forças devem ser consideradas na análise de desempenho das
empresas nos mercados, vejamos quais são elas:
135
6.5.11 Análise de mercado
Percebe-se, desse modo, que a análise do mercado requer uma
visão abrangente dos movimentos que estão acontecendo numa
conjuntura maior, ultrapassando a região onde seu produto de
Ecoturismo e Turismo de Aventura é ofertado e as condições dos
equipamentos turísticos e serviços complementares do seu produto,
alcançando todas as localidades concorrentes.
136
os modismos exigem reações rápidas às mudanças de comportamentos dos
consumidores e as tendências, por se caracterizarem como forças menos voláteis,
demandam análises para compreensão das alterações futuras do consumo.
137
Favorece a adequação dos produtos às mudanças do mercado e do
comportamento de consumo dos turistas.
Direciona as ações no mercado, reduzindo os desperdícios e otimizando os
investimentos.
Aperfeiçoa a comunicação do produto, uma vez que a mensagem é unificada de
acordo com as características do público que se quer atrair.
138
139
6.6.5 Conclusão da segmentação da demanda
Vale ressaltar que a utilização da segmentação da demanda na
escolha do mercado deve pressupor a interação das análises de
segmento apresentadas anteriormente, ou seja, não se deve
enfocar um único fator de segmentação, mas sim a conjunção
de todos eles. Significa dizer que você necessita identificar o
público-alvo com maior potencial de consumo para seu produto
de Ecoturismo e Turismo de Aventura considerando as análises
de segmento de forma conjunta.
ATENÇÃO
Cabe esclarecer que a pesquisa de mercado dever ter como foco não somente a
inserção no mercado deve-se pensar no monitoramento das mudanças ocorridas
nesse ambiente. Nesse sentido, lembre-se das forças que influenciam o desempenho
do mercado e fique atento, por meio do monitoramento e mensuração, às tendências,
às crises e às ameaças ao seu produto.
140
Órgãos oficiais de turismo (Ex: Ministério do Turismo, EMBRATUR, Secretarias
Estaduais e municipais de Turismo).
Nas entidades representativas do setor (ABETA, BRAZTOA, ABAV, ATTA).
Nas universidades, especialmente os bancos de dissertações e teses.
Grandes Operadoras de Turismo.
Imprensa especializada, revistas e jornais.
141
6.7.4 Informação estratégica
Vejamos um exemplo:
A título de ilustração da dimensão do mercado de Ecoturismo e Turismo de Aventura,
podemos referenciar os dados do Relatório do Diagnóstico do Turismo de Aventura no
Brasil (2009), os quais apontam que:
Existem cerca de 1650 empresas que oferecem atividades de Ecoturismo e
Turismo de Aventura no país;
São mais de 200 destinos;
Envolvendo 28 mil profissionais na alta temporada;
Atendem 4,3 milhões de turistas por ano;
Gerando um faturamento estimado em R$ 491 milhões de reais.
142
pelo autor Poon, confirma essa concepção. Para o autor, o novo turista é visto como
mais experiente, mais independente, mais flexível, possuidor de novos valores e
estilos de vida e, como consequência, atribui maior relevância aos resultados de suas
férias, especialmente, à singularidade da experiência.
ATENÇÃO
Sob esse raciocínio, podemos dizer que o ecoturismo e o turismo de aventura são
segmentos de alta atratividade por ofertarem o contato com a natureza e a prática de
atividades de aventura que suscitam emoções singulares.
Não basta definir a melhor forma de ofertar o produto e serviço da sua empresa, é
necessário pensar em estratégias para torná-los acessíveis. De forma mais específica,
estamos nos referindo à necessidade de estabelecimento de uma rede de distribuição.
Envolve desse modo, o desenvolvimento de canais de distribuição eficientes o
bastante para assegurar que os clientes acessem os produtos no momento que eles
desejam.
143
6.7.10 Vantagens e desvantagens do processo de
comercialização
De forma mais específica, a utilização de intermediários para distribuir os produtos em
mercados-alvo distintos garante maior eficiência ao processo, devido à competência,
aos contatos, à experiência, à especialização, à logística de operação, enfim, à
expertise desenvolvida pelo canal escolhido. Tais intermediários, vistos como
parceiros agregam inúmeras vantagens e desvantagens para o processo de
comercialização, vejamos algumas delas:
ATENÇÃO
A divulgação de informações equivocadas sobre os produtos e serviços para os
clientes pode ser um problema. Por isso, chamamos atenção para importância de
identificação de canais de distribuição adequados ao sistema de comercialização de
seu produto e serviço.
144
6.7.12 Operadoras de turismo
145
Podemos observar que os caminhos de acesso a mercado podem variar de acordo
com a utilização dos canais de distribuição. Vale destacar que não existe um padrão
para o processo de comercialização, uma vez que esse processo depende do nível de
organização dos destinos, produtos e serviços turísticos.
ATENÇÃO
Por sua vez, o processo de venda não precisa optar por um único tipo de canal de
distribuição. É preciso conjugar o uso de intermediários conforme a realidade do seu
mercado, pensando, no entanto, na identificação de quantos intermediários são
necessários, no tipo de intermediário que irá se escolher e nas responsabilidades e
direitos de cada um, de forma a evitar conflitos no processo de comercialização.
146
6.7.17 Comercialização indireta
147
6.8 Redes de Distribuição de turismo
Dessa forma, apresentaremos a seguir, orientações para você
combinar estratégias de distribuição, considerando formação de
preço de intermediação e condições de negociação com os
parceiros.
ATENÇÃO
A seleção dos membros do canal de distribuição deve, nesse sentido, considerar a
estratégia de distribuição a ser adotada. Recomendamos que você avalie para cada
intermediário a ser utilizado a sua capacidade de atrair e manter relacionamentos com
os clientes, a sua política de preço, o seu aparelhamento para atendimento e
fidelização dos clientes e a sua localização estratégica em relação ao público-alvo.
ATENÇÃO
Lembre-se que as inovações tecnológicas também alcançaram o sistema de
comercialização e distribuição do turismo. A internet, a grande responsável por essas
transformações, possibilita cada vez mais o acesso direto do turista aos serviços e
produtos turísticos de seu interesse. É possível fazer reservas em hotéis no Brasil e no
exterior, adquirir passagens aéreas ou de outro tipo de transporte, locar veículos,
contratar serviços de receptivo no destino, enfim, contratar todo tipo de produto ou
serviço que lhe interessar.
Nesse sentido, a rede de distribuição deve considerar que o turista tem acesso à
informação e a essas facilidades, de modo que é primordial evidenciar as vantagens
148
do canal indireto de negociação, seja pela facilidade de pagamento, seja pelo preço,
seja pela organização da viagem, seja pela confiança no intermediário.
ATENÇÃO
Os percentuais de comissão devem ser negociados em cada caso, levando-se em
consideração a abrangência, a capacidade de distribuição e venda de cada parceiro
nos mercados definidos como estratégicos. São análises que devem ser feitas
individualmente por cada empreendedor.
149
6.8.5 Consolidação do preço final
Realizadas as ponderações sobre as despesas da distribuição e,
consequentemente, tendo identificado o preço de venda do
produto ou serviço, destaca-se, portanto, que a consolidação do
preço final deve ser realizada tendo como base as análises de
mercado (concorrentes e valor percebido dos clientes).
6.8.6 Preço
Vale lembrar que além das taxas de comissão, os acordos devem prever a forma de
pagamento do comissionamento, o controle e acompanhamento das vendas, a
logística de distribuição do produto, as responsabilidades de ambas as partes frente à
promoção, entre outras condições específicas da realidade de mercado na qual sua
empresa está inserida.
ATENÇÃO
No que se refere à prática dos preços de venda, destacamos que a equidade de
valores dos produtos turísticos adquiridos nos mercados emissores e nos mercados
receptivos deve ser respeitada, de modo que não haja concorrência de preços entre
os intermediários e fornecedores.
150
6.9 Estratégias de promoção e divulgação
Tendo em vista que já aprendemos a distribuir os produtos e serviços turísticos,
reconhecemos a necessidade de apontar os caminhos para potencializar a
aproximação entre a demanda e a oferta, de modo a estreitar relacionamentos e a
criar a imagem do produto ou serviço no mercado. A promoção turística: é um
excelente caminho para realização dessa empreitada.
CONCEITO
Nessa perspectiva, a promoção consiste em desenvolver e difundir uma comunicação
persuasiva sobre a oferta, a partir da utilização de uma ampla variedade de
instrumentos, desenhados para estimular uma resposta mais rápida e intensa do
mercado.
151
empreendedores, o que não justifica a ausência de ações da sua empresa nesse
sentido.
É preciso também ter em mente que é neste momento de definição das estratégias de
promoção que muitas parcerias são estabelecidas entre os intermediários e as
empresas fornecedoras dos produtos e serviços turísticos no destino. Lembre-se que
um bom relacionamento com os integrantes da rede de distribuição garante a
permanência do seu produto e serviço turístico nas “prateleiras” do mercado.
Não é sem razão que, logo no primeiro tópico desse módulo, marketing foi definido
como entender para atender.
Lembre-se:
Entender significa, na definição de marketing, compreender as necessidades e
aspirações do consumidor. E atender significa, na definição de marketing, satisfazer
as necessidades e aspirações do consumidor.
152
6.10.1 Conceitos
Vamos ver agora, algumas questões importantes:
Qual o principal objetivo das empresas?
As empresas existem para atender aos seus clientes. É através do atendimento ao
cliente que se gera a venda, que produz o lucro e que permite a sobrevivência e o
crescimento das empresas.
Se você tem alguma dúvida a respeito, tente responder:
153
DICA
Escute seu cliente. Mostre-se interessado no que ele tem a dizer. Muitas vezes ele lhe
trará uma demanda específica. Outras vezes, terá muitas dúvidas. Ouça tudo com
cuidado. Seu serviço foi construído para provocar reações positivas nos seus
consumidores potenciais. Por isso é tão importante você estar sempre atento às
manifestações de clientes e consumidores.
Some os pontos e divida por 35. A satisfação do seu cliente será maior à medida em
que o resultado se aproxima de 1,00. Para efeito de avaliação, siga a seguinte escala:
Não se contente com nada abaixo de 0,76. Somente o cliente totalmente satisfeito se
revela um cliente fiel.
154
6.10.5 Regras para melhor atender ao cliente
Entendida a demanda do cliente, verifique o que você tem a lhe oferecer que atenda,
se não no todo, pelo menos em parte, o que o cliente lhe solicitou. Vamos ver agora,
algumas regras para melhor atender ao cliente:
155
DICA
Para ter certeza a respeito disso, não deixe de solicitar aos seus clientes uma
avaliação a respeito dos seus serviços. Veja no anexo um questionário de avaliação de
satisfação simples, mas útil, que poderá ser o seu ponto de partida.
Muitas vezes, é preferível perder a venda, mas manter o cliente. Mesmo porque
de nada adianta forçar uma venda “indesejada”: certamente ela lhe trará
queixas e problemas no futuro próximo.
Identifique clientes que, por alguma razão, não mais procuraram a sua
empresa. Converse com eles. É importante que você produza na mente dos
seus clientes uma percepção tão favorável, tão positiva que, numa próxima
vez, eles nem vão imaginar fazer turismo com outra empresa que não seja a
sua.
156
A) Vender mais.
B) Lucrar mais.
C) Conquistar clientes.
D) Conquistar e manter clientes.
E) Nenhuma das alternativas.
Questão 2:
Marque a alternativa correta:
2. Para atender a esse objetivo, o que sua empresa mais precisa é:
Questão 3:
Marque a alternativa correta:
3. Entender o cliente é:
A) Conhecer seus dados demográficos tais como sexo, idade, local de moradia e
renda.
B) Conhecer suas necessidades e expectativas associadas ao ecoturismo e
turismo de aventura.
C) Conhecer suas percepções sobre ecoturismo e turismo de aventura.
D) Conhecer seus hábitos de consumo.
E) Nenhuma das alternativas.
Questão 4:
Assinale a alternativa correta:
4. Segmento de mercado é:
Questão 5:
5. Assinale a afirmativa correta:
157
Questão 6:
6. Indique, a seguir, qual a melhor estratégia para competir:
Questão 7:
7. O principal objetivo do marketing em uma empresa de ecoturismo e turismo de
aventura é:
Questão 8:
8. Segmentar o mercado é:
Questão 9:
9. Explique o que significa, na definição de marketing, "entender":
Questão 10:
10. Explique o que significa, nesta definição de marketing, "atender":
A) Vender.
B) Produzir lucros.
C) Satisfazer necessidades e desejos dos consumidores.
D) Responder às perguntas e dificuldades dos clientes.
E) Nenhuma das alternativas acima.
158
6.13 Diário de viagem
Agora que você conheceu os conceitos básicos do mercado, já
pode melhorar o desempenho comercial da sua empresa,
entendendo as necessidades e desejos dos seus consumidores e
assim se preparar para atendê-los!
Você aprendeu neste módulo:
6.14 Síntese
Neste módulo vimos:
Os conceitos básicos de mercado e as especificidades
do mercado turístico.
As características de segmentação e as estratégias de
posicionamento neste mercado.
Mostramos a importância das pesquisas na formatação
de produtos e o valor das redes de distribuição comercial.
E mostramos as melhores estratégias de promoção e
as ferramentas de divulgação e vendas.
No próximo módulo, vamos explorar o mundo das leis e das normas para que seu
negócio rode sempre legal.
159
7 Módulo 6 – Jurídico
7.1 Conhecendo os conceitos de mercado, promoção
e vendas
7.1.1 Objetivos gerais
Por que uma empresa de turismo que respeita as leis é também uma empresa mais
atraente do ponto de vista do consumidor? Você já parou para pensar sobre isto?
Quem se aventura?
160
7.2 Ordenamento jurídico
Para começar, vamos conhecer os órgãos do governo federal que estão relacionados
com a atividade turística no Brasil.
161
7.2.2 Plano Nacional de Turismo
162
Para que todos os órgãos funcionem de forma harmoniosa em um país tão grande
quanto o Brasil não é fácil. Por isto é que existe um plano de desenvolvimento
chamado oficialmente de: plano nacional de turismo.
CONCEITO
O Plano Nacional de Turismo funciona como elo entre os governos federal, estadual e
municipal, as entidades não governamentais, a iniciativa privada e a sociedade no seu
todo. Busca integrar objetivos, arrecadar recursos e unir esforços para possibilitar o
desenvolvimento da atividade turística como prioridade nacional.
163
7.2.5 Normas e Normalização
7.2.7 Leis
Assim, tem-se que a Lei se aplica obrigatoriamente à empresa, ao
consumidor, ao empresário, a todas as pessoas. O que estamos
começando a entender é que além da Lei, existem outras
referências e dentre estas referências, assumem importante papel
as Normas Técnicas Brasileiras.
Assim, a competência para a elaboração das Leis é
fundamentalmente do Poder Legislativo, que existe nas esferas
municipal, estadual e federal.
7.2.8 Norma
Portanto, norma em sentido amplo é uma regra de conduta, que pode ser jurídica,
moral, técnica etc. Norma na esfera da normalização é o documento estabelecido por
consenso e aprovado por um organismo reconhecido (ABNT, ISO), que fornece regras
e diretrizes, de uso comum e repetido, voltadas para atividades ou seus resultados.
ATENÇÃO
A Norma Jurídica é uma regra de conduta imposta, reconhecida pelo ordenamento
jurídico. Portanto, Norma Jurídica e Lei são expressões equivalentes. Daí a
importância de ressaltar esta diferença, pois para o segmento do Turismo de
Aventura, a palavra norma está mais ligada à idéia de Norma Técnica (da ABNT) do
que de Norma Jurídica (Lei). Da mesma forma, o processo de elaboração da Norma
164
Técnica chama-se normalização, ao passo que o processo de elaboração da Norma
Jurídica chama-se regulamentação.
165
166
7.2.11 Decreto e lei complementar
Pela hierarquia das Leis, um decreto Legislativo não pode
contrariar uma lei complementar. Veja um exemplo da aplicação
dessa hierarquia:
Exemplo:
Suponhamos que uma Lei Complementar preveja que determinado
tributo deva incidir em percentual de 1% da venda de determinado
pacote turístico e um Decreto prescreva para a mesma operação um percentual de
2%. Mediante avaliação prévia, você percebe a ilegalidade do Decreto, uma vez que
ele contrariou o determinado na Lei Complementar. Conhecedor do seu direito, você
buscará defendê-lo através de uma ação a ser proposta no Poder Judiciário.
Outra questão importante é que uma Lei nova, que trate de um mesmo assunto de
uma Lei já existente, a revoga naquilo que em que sejam contraditórias. O que não foi
contrariado na Lei já existente continua em regra, tendo aplicação. O importante aqui
é entender o conceito, pois o detalhamento cabe mais a um operador do Direito.
167
7.2.14 Normas de Turismo de Aventura
Veja abaixo o conjunto de normas de Turismo de Aventura:
168
ATENÇÃO
A utilidade das normas é reconhecida e reforçada pelo Código de Defesa do
Consumidor que as considera um instrumento de proteção do consumidor. Entretanto,
a obediência à Norma Técnica não é em regra obrigatória, uma vez que elas são
desenvolvidas e utilizadas voluntariamente. Por Normas Técnicas temos a rigor, a
figura da voluntariedade. Por Regulamentos Técnicos, temos que são obrigatórios.
Mas ressalte-se que elas podem se tornar obrigatórias quando explicitadas em um
instrumento do Poder Público (Lei, Decreto, Portaria etc.) ou ainda quando citadas em
contratos, obrigando as partes contratantes.
7.2.18 Qualidade
O padrão mínimo de qualidade estabelecido na Norma Técnica,
mesmo que não seja obrigatória, sempre servirá como um
referencial para os casos em que seja necessário avaliar a
conformidade do comportamento do fornecedor. Assim sendo, o
cumprimento da Norma Técnica, ainda que considerada voluntária,
protege não somente o consumidor, mas também o fornecedor ou o
prestador de serviços, que passa a ter a segurança de estar agindo
conforme as regras mínimas estabelecidas para seu setor produtivo suprindo as
expectativas mínimas de seus clientes.
169
DICA
Por fim, para melhor compreensão do empresário de Ecoturismo e Turismo de
Aventura acerca dos aspectos legais inerentes às suas atividades, é importante que
procure conhecer e se informar um pouco mais, como qualquer empresário, sobre as
leis que tenham relações com suas atividades.
7.2.20 Conclusão
A lei conceitua o turismo como sendo uma atividade realizada por pessoas físicas
durante viagens e estadas, com duração inferior a um ano com finalidade de lazer,
negócios ou outras, gerando movimentação econômica, trabalho, emprego, renda e
receitas públicas. Também reconhece a atividade turística como um instrumento para
o desenvolvimento econômico e social, e que deve promover e preservar a
diversidade cultural e a biodiversidade em lugares diferentes do seu entorno habitual.
170
pessoa humana, seguindo preocupação com saúde e bem estar na prática das
atividades.
Para se alcançar esses objetivos, a Política Nacional do Turismo propõe capacitar cada
vez mais os profissionais envolvidos nessa área, propiciando qualidade na prestação
de serviços e maior controle de como são realizados os mesmos.
171
licença de funcionamento, comprovantes de cumprimentos dos dispositivos de
segurança em imóveis comerciais e etc.).
172
7.3.10 Acampamentos Turísticos
São acampamentos turísticos as áreas especialmente
preparadas para a montagem de barracas e o estacionamento
de reboques habitáveis, ou equipamento similar, dispondo,
ainda, de instalações, equipamentos e serviços específicos para
facilitar a permanência dos usuários ao ar livre.
Os equipamentos mínimos necessários ao enquadramento do
prestador de serviço como atividade de acampamento turístico
serão ainda delimitados pelo poder executivo em
regulamentação posterior.
7.3.11 CADASTUR
A lei informa que poderão ser cadastradas sociedades desde que atendidas condições
próprias e que prestem serviços de alimentação, casas e centros culturais em geral,
empresas/empresários especializados em promoção de eventos e feiras, locadoras de
veículos e empresas de turismo que promovam modalidades do segmento turístico. O
cadastro das sedes não exime as filiais de procederem da mesma forma, ressalvada a
hipótese de ter a filial caráter temporário, a exemplo, estandes em feiras e eventos. O
cadastro tem validade de dois anos.
ATENÇÃO
A nova Lei Geral de Turismo traz consigo a obrigatoriedade do cadastro de
prestadores de serviços junto ao Ministério do Turismo. Esse cadastro deve ser feito
junto ao Cadastur.
ATENÇÃO
Pela lei, somente poderão prestar serviços de turismo a terceiros ou intermediá-los,
aqueles prestadores que se cadastrarem no Cadastur do Ministério do Turismo.
173
7.3.14 Infrações e penalidades pelo descumprimento da
Lei Geral do Turismo
7.3.15 Penalidades
As penalidades serão aplicadas levando em consideração a natureza da infração, a
gravidade da infração (que é muito influenciada pelos prejuízos decorrentes para os
174
usuários e o turismo nacional) e atenuantes/ agravantes referentes aos antecedentes
do infrator. Utilizando os mesmos critérios serão aplicadas as multas. (art. 38).
A partir do momento que tiver sido cumprida a penalidade e que todos os motivos de
sua aplicação forem encerrados, os prestadores de serviços turísticos poderão pedir
sua reabilitação, nos moldes do artigo 40.
SAIBA MAIS
Conheça mais sobre a Lei Geral do Turismo em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11771.htm
175
seguir, bem como fornece instrumentos para que possamos insurgir em face daqueles
que desobedecem à norma de conduta.
7.4.3 Exemplificando
Mesmo sem atentar, diariamente estamos sujeitos a uma gama incontável de relações
jurídicas em relação a outros, como por exemplo, pegar o ônibus para o trabalho,
comprar um jornal ou atravessar a rua. Para todas estas relações jurídicas existem
normas de conduta feitas para todos nós, visando que a natural convivência no
âmbito da sociedade seja pacífica. Entretanto, por vários motivos, pode haver
desequilíbrio nestas relações intersubjetivas, causando prejuízo para um dos
envolvidos.
Vejamos um exemplo:
Existe uma norma que estabelece o sinal vermelho como proibição para que os
automóveis naquela determinada via pública parem. Caso um motorista desavisado
ultrapasse o sinal vermelho estará sujeito a sanções previstas no Código de Trânsito.
Mas, se o automóvel guiado por este motorista atropela um pedestre, é certo que,
além de desrespeitar a norma, causou danos a este indivíduo. Como o Estado objetiva
a paz, nada mais justo que a recomposição dos danos sofridos pelo transeunte
atropelado como por exemplo, os gastos com hospital, remédios, ressarcimento dos
dias que esteve inapto para trabalhar etc.
176
7.4.4 Tipos de responsabilidade civil
ATENÇÃO
Em termos gerais, a diferença entre a responsabilidade contratual e extracontratual é
muito simples: a primeira decorre de não cumprimento de obrigações assumidas em
contrato, ao passo que a última, advém de ato contrário à Lei, que venha a causar
danos.
177
Já o novo Código Civil reconhece a responsabilidade objetiva, também conhecida
como responsabilidade sem culpa. Agora, para determinadas relações (como as
relações de consumo ou de transporte de pessoas) não é necessário provar a culpa do
infrator para dar ensejo à obrigação de reparar, sendo suficiente a prova do dano. A
responsabilidade da empresa é objetiva, ou seja, independe de culpa.
SAIBA MAIS
No Direito Civil, a obrigação de ressarcir advém do descumprimento de um contrato
ou da prática de ato ilícito, causador de dano. No Direito Penal, somente há de ser
tida como criminosa uma ação quando a mesma consta como um tipo penal (conduta
descrita pelo Código Penal como crime).
178
Vejamos a seguir dois exemplos:
Exemplo 1:
Na descida de um rio na prática de rafting não são distribuídos
materiais de segurança pelo responsável e o condutor do
passeio não tinha treinamento nenhum, vindo a provocar um
acidente por imperícia. O acidente levou um praticante a se
chocar contra uma pedra e causando contusão em sua cabeça.
Muito embora não tenha intencionalmente causado o dano ao
indivíduo, o responsável pela descida foi negligente, por não
considerar os perigos e riscos da descida de um rio com pedras, sem fornecer o
equipamento de segurança, especialmente capacete. Ou ainda, o nível do rio estava
muito alto em função das fortes chuvas, mas mesmo assim o responsável resolveu
realizar o passeio que provocou o acidente com o praticante, assim também agiu com
imprudência.
179
7.4.12 Exemplificando danos morais
SAIBA MAIS
Pessoas jurídicas também são passíveis de sofrer danos na esfera moral. Embora
possa nos parecer estranho, haja vista que a pessoa jurídica não tem alma ou moral
que possa ser atacada por ato ou omissão de alguém. Mas veja uma situação muito
comum em que uma empresa insere o nome de outra nos serviços de proteção ao
credito (SPC, SERASA etc.) e a dívida já se encontra quitada. Tal prática resultou em
um dano moral, em vista do abalo de crédito causado e da desconfiança das pessoas
em relação às empresas que têm cadastros em órgãos de restrição.
180
pedido de ressarcimento não seja distribuído no Poder Judiciário. Você deve se cercar
de instrumentos jurídicos para minimizar estes riscos.
Por exemplo: um contrato onde estejam muito bem claras e delimitadas as
obrigações, direitos e deveres do turista.
ATENÇÃO
Não se esqueça que se trata de relação de consumo. Isso implica que os turistas, na
condição de consumidor dos serviços prestados pelos envolvidos na atividade, têm no
Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), um instrumento muito eficaz para
buscar seus direitos.
181
na responsabilidade civil, a melhor alternativa seria que o prejuízo fosse refeito.
Porém, em determinadas situações é impossível a recomposição do estado anterior à
verificação do dano. Por isso, a solução é estabelecer um valor a título de indenização
para satisfazer o dano reclamado.
182
estabelecer as responsabilidades entre os parceiros da atividade, você está
diminuindo gradualmente o risco, uma vez que retiraria os prestadores de serviços da
informalidade e, ao mesmo tempo, distribuiria, à medida da atuação de cada parceiro,
os riscos inerentes ao negócio.
Três são os elementos de validação dos contratos, que podem assumir em regra, a
forma escrita e não escrita:
Objeto lícito;
Capacidade das partes;
Forma, quando a lei exigir;
O objeto do contrato deve ser reconhecidamente lícito. Isso significa que atividades
que a Lei reputa como ilegais viciam os contratos. De nada adiantaria a confluência
dos outros dois elementos se o contrato versasse sobre uma prática não reconhecida
como lícita no Direito Brasileiro.
183
7.5.3 Código Civil brasileiro
O Código Civil brasileiro enumera, em seus primeiros artigos, os indivíduos incapazes
e os relativamente incapazes para exercer os atos da vida civil, entre eles, contratar.
Vejamos o que dispõe o Código Civil, reproduzindo os seus primeiros quatro artigos:
184
de se manter cláusulas onde a transportadora assuma o ônus de desvios na prestação
correta de sua atividade.
ATENÇÃO
Se por um lado não se possa garantir que a sua empresa fique ilesa de eventual
reparação a turistas que se sintam prejudicados, a elaboração zelosa e responsável de
um contrato garante o exercício direito de regresso. Por último, a responsabilidade da
transportadora é sempre objetiva, noção esta que você já tem, quando estudamos os
tipos de responsabilidade.
ATENÇÃO
Vale lembrar que a relação mantida entre o turista e a empresa de ecoturismo e
turismo de aventura é considerada de consumo, logo ao consumidor cabe a escolha
contra quem demandar, na eventualidade de se sentir prejudicado. Vamos então
conhecer os direitos do consumidor.
185
Harmonização das relações de consumo.
Educação e informação dos envolvidos na relação de consumo.
Incentivo à criação para os fornecedores de meios eficazes a promover a
segurança de produtos e serviços.
Coibição de abusos no mercado de consumo.
Racionalização e melhoria dos serviços públicos.
Estudos sobre a modificação do mercado de consumo.
REFLEXÃO
Em 11 de setembro de 1990 passa a vigorar no Brasil uma legislação específica para
sistematizar as relações de consumo, Código de Defesa do Consumidor – Lei
8.078/90. O artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor
trata dos direitos básicos dos consumidores.
7.6.3 1º Direito
186
A proteção à vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no
fornecimento dos produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos.
Se os serviços oferecidos podem ser considerados perigosos, saiba que é direito
fundamental do consumidor que você, busque todos os meios para proteger a vida, a
saúde e a segurança dos consumidores envolvidos. Isto é um direito deles, então não
adianta depois, dizer que o cliente se machucou, mas que isto é normal, pois a
atividade é de aventura.
7.6.4 2º Direito
A educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos
e serviços, assegurados à liberdade de escolha e à igualdade nas
contratações. Os fornecedores devem possibilitar a maior
quantidade de informação aos seus clientes para que inclusive,
possam opinar pela não contratação dos serviços.
Por exemplo, o cliente entendeu tão bem as explicações
sobre as atividades, que teve condições de optar por não
fazê-las em razão de suas limitações físicas ou psicológicas.
E não se engane, pois isto é melhor para ambas as partes, além de ser um
direito do seu cliente.
7.6.5 3º Direito
De receber informações adequadas e claras sobre os diferentes produtos ou serviços,
especificando quantidade, composição, qualidade e preço, bem como os riscos que os
produtos ou serviços apresentam. Então, não é correto dizer que sua atividade é tão
boa que não oferece riscos. Os riscos sempre existem.
E é isto que o consumidor busca e espera; alguém que assuma e controle os riscos,
para que sua atividade seja segura e ainda, procura quem tenha condições de
minimizar tais riscos.
ATENÇÃO
Como você pode comprovar que prestou todas as informações, que ajustou isso ou
aquilo com o cliente? Com um contrato escrito, que pode inclusive fazer remissão a
Norma ABNT NBR 15286 Informações mínimas Preliminares. Seja claro, transparente,
efetivo no que se refere a especificar quantidade, qualidade, riscos, preço, forma de
pagamento, situações peculiares da sua atividade.
187
7.6.6 4º Direito
A proteção contra a publicidade enganosa ou abusiva, métodos
comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas ou
cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e
serviços. Ou seja, seja criativo em seus anúncios, mas não seja
irresponsável.
Tudo que prometer terá que cumprir e não adianta colocar
no contrato que a responsabilidade é toda do cliente, pois
isto será tido como uma cláusula abusiva, pois a Lei diz
que a responsabilidade é, em regra, dos fornecedores. Existem casos onde você
pode até não ser responsabilizado, como naqueles nos quais fique configurada
a culpa exclusiva do consumidor, mas você não deve utilizar a exceção
tentando fazer com que vire regra.
DICA
Seja efetivamente objetivo, claro, preciso, não esconda os riscos envolvidos, não
deixe de dizer sobre as adversidades e das dificuldades. E jamais prometa o que não
for possível oferecer. O processo de fidelização do consumidor está ligado a uma
prestação de serviços transparente e de qualidade.
Existem exemplos clássicos que podem clarear nossas afirmações. Você anuncia sua
pousada dizendo que nela o cliente se sentirá nas nuvens. Ou na ilha da fantasia. Que
ao terminar as atividades de arvorismo o cliente se sentirá um super-herói.
Será? Veja bem, está apostando nos sentimentos do turista. Em seus anúncios você
deve sempre se basear na realidade. É ela que comprovará depois, que você fez ou
não fez o que havia prometido. Então nada de ser subjetivo e divagante.
7.6.7 5º Direito
Cláusulas contratuais que violem a Lei serão anuladas, quando não forem modificadas
de forma a atender os direitos do consumidor. E se por alguma razão o contrato ficar
demasiadamente caro para o cliente, ele poderá rever tais ajustes de forma a não sair
prejudicado na contratação dos serviços ou aquisição dos produtos.
7.6.8 6º Direito
À prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou
difusos. É direito do seu cliente que você assuma o compromisso e que pense
preventivamente sobre todos os aspectos da operação, buscando evitar que danos
ocorram.
que quer dizer que você deverá reparar os danos que eventualmente seu
cliente venha a sofrer. Isto é muito importante para que um contrato mal feito
não lhe dê a sensação de que o consumidor assumiu algum risco que na
verdade é seu, por força de Lei.
ATENÇÃO
Lembre-se:
Quando estiver adotando medidas de prevenção a riscos nas suas atividades, não está
fazendo nada além de cumprir a Lei e ainda, se não o fizer, está desrespeitando a Lei
de proteção do consumidor. Ou seja, esta é a pior maneira de oferecer serviços de
ecoturismo e turismo de aventura. A existência da Norma ABNT – NBR 15.331 –
Sistema de Gestão da Segurança, favorece que você possa cumprir a Lei do
consumidor prevenindo riscos, não de forma intuitiva e particular, mas de forma
padronizada, sistêmica e consolidada nacionalmente.
188
7.6.9 Importância dos princípios no Direito do
Consumidor
1º MANDAMENTO:
Peça referências e confira se a empresa que oferece o serviço está formalizada e se
tem alvará de funcionamento.
Empresa séria e profissional tem que ser formal e ter registro de funcionamento.
2º MANDAMENTO:
Verifique se a empresa oferece seguro que cubra atividades de aventura e natureza.
O seguro é uma segurança adicional para os clientes caso qualquer coisa fora do
planejado ocorrer e assegura que vai haver algum tipo de assistência.
3º MANDAMENTO:
Verifique se a empresa conhece e aplica as normas técnicas brasileiras para a
atividade que oferece. Pergunte à empresa se ela tem um Sistema de Gestão da
Segurança implementado, conforme a norma.
Além do SGS, existem diversas outras normas para as atividades que ajudam
empresas e condutores a seguir boas práticas de segurança nas atividades de
aventura. Hoje não tem mais segredo, está tudo nas normas.
4º MANDAMENTO:
Os equipamentos devem estar em boas condições de uso.
189
Alguns equipamentos têm um selo de certificação (nacional ou internacional). No
entanto, o selo não é característico em todos os equipamentos, por isso fique atento
ao estado do material (aparência, limpeza e condições de armazenamento).
5º MANDAMENTO:
Lembre-se: sempre que tirar os pés do chão esteja de capacete e sempre que entrar
na água esteja de colete.
6º MANDAMENTO:
Aja de acordo com as regras ambientais em sua aventura: não faça fogo, não
contamine o rio e ande sempre por trilhas demarcadas. Produza pouco lixo e traga-o
de volta.
Turismo de Aventura é feito na natureza, temos que ser responsáveis com o uso dos
espaços que visitamos.
7º MANDAMENTO:
Confira o estado do estojo de primeiros socorros que a empresa está levando e tenha
na sua mochila seus remédios específicos.
8º MANDAMENTO:
Seja responsável, conheça e respeite seus limites.
Cada pessoa deve saber como fazer atividades que sejam divertidas, emocionantes e
que estejam dentro do seu limite.
9º MANDAMENTO:
Hidrate-se, alimente-se e mantenha-se aquecido. A melhor pessoa para cuidar de
você é você mesmo!
10º MANDAMENTO:
Conheça o Programa Aventura Segura e descubra o nosso País de um jeito novo!
190
ocorrência daquele dano. Isto ocorrerá a critério do juiz quando as alegações do
consumidor trouxerem indícios de verdade.
Princípio da segurança
A segurança, a vida e a saúde do consumidor não podem ser expostas a danos pela
utilização ou fruição de produtos ou serviços disponibilizados no mercado de consumo
e para tanto são importantes os demais princípios relacionados.
ATENÇÃO
No ecoturismo e em especial no turismo de aventura, o risco é parte do produto,
assim o grande desafio é minimizar estes riscos e comunicar de forma clara aos
consumidores os riscos envolvidos com as atividades, para que eles estejam cientes
dos riscos das atividades. Nesse sentido é de grande valia as Normas Técnica
Brasileiras de ecoturismo e turismo de aventura, em especial a aplicação da Norma
ABTN NBR 15.331 Sistemas de Gestão da Segurança.
191
7.6.15 Princípio da onerosidade excessiva
Em relação aos contratos de consumo, principalmente aqueles
de duração longa, o consumidor tem direito a revisão das
cláusulas contratuais que se tornaram excessivamente onerosas
em relação às condições observadas no momento da
contratação. Deve existir uma regra de conduta pautada na
transparência e na honestidade na formação e cumprimento
dos contratos. A boa-fé do consumidor, seu cliente, é tida como
verdade até prova em contrário.
192
7.6.18 Sistema misto
A responsabilidade civil subjetiva continua existindo. O próprio Código Civil de 2002
adota o sistema misto, onde em algumas situações prevalece o sistema objetivo e em
outras o sistema subjetivo ainda vigora. Mas em termos práticos, o consumidor deve
apenas provar a ocorrência de um dano, ao passo que o fornecedor deve provar que
tal dano não teve ligação com nenhuma conduta ilícita por ele praticada, ou mesmo
praticada pelos demais fornecedores envolvidos.
SAIBA MAIS
Mas o fato de responder mesmo que sem culpa, não quer dizer que o empresário de
Turismo de Aventura será responsável se o cliente se jogar de um penhasco, por
exemplo, mesmo depois de ter sido advertido dos perigos envolvidos e dos condutores
terem tentado o impedir de pular. Desta forma, se o consumidor for o efetivo
responsável pelo dano que tenha sofrido, agindo em desacordo com o determinado
pela empresa, passa a assumir os riscos da conduta, isentando o fornecedor das
responsabilidades inerentes às atividades desempenhadas.
ATENÇÃO
As agências de turismo, os receptivos, os meios de hospedagem, as transportadoras
turísticas, os guias e condutores e todos envolvidos na cadeia de fornecimento,
independentemente da existência de culpa respondem solidariamente na chamada
responsabilidade objetiva.
193
mesmo que não haja um vício. Lembre-se de que não precisa haver culpa, basta o
dano.
Exemplificando:
Temos uma empresa que adquiriu uma corda para
determinada atividade, ela pode ter diversos vícios: pode
ser menor, pode se desgastar mais rápido que o desejável,
pode ser pesada demais ou leve demais para as
especificações desejadas. Estes são vícios. Agora se a corda
arrebenta com um turista e este se machuca, podemos
estar diante de um defeito, isto é a exteriorização danosa
de um vício, dano, ou como dita o Código de Defesa do
Consumidor, de um fato.
7.7 Publicidade
A publicidade é uma ferramenta de promoção do consumo e o Código de Defesa do
Consumidor atribuiu atenção especial à questão.
CONCEITO
O Código de Defesa do Consumidor não conceituou a publicidade, mas no Código
Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária, que em seu art. 8º diz que: “toda
atividade destinada a estimular o consumo de bens ou serviços, bem como promover
instituições, conceitos ou idéias”.
Esta nova concepção da oferta cria um vínculo severo entre o objeto da oferta com o
que efetivamente venha a ser cumprido, deixando para trás o entendimento de mero
convite à oferta, que não possibilitava aos consumidores verem seus direitos de obter
exatamente para produtos e serviços, o que lhes fora ofertado.
194
7.7.1 Iniciando nos princípios de publicidade
Pela leitura do Código de Defesa do Consumidor, extraem-se princípios aplicáveis
pontualmente à publicidade. Vejamos quais são eles:
Princípio da Informação:
Pode ser visto na confecção de uma bula de remédio, a qual deve conter todas as
informações acerca dos componentes, ressaltando com ênfase um ou outro elemento
ou substância potencialmente perigosa e contra-indicações para evitar que a
integridade física do consumidor seja colocada em risco. Aplique este conceito da bula
de remédio quando for passar informações aos seus clientes aventureiros, seja
completo em suas informações. Para o Turismo de Aventura, existe a norma
específica, ABNT NBR 15286 informações mínimas preliminares a clientes.
195
lealdade, transparência e justiça. Aplicar as normas técnicas também estaria ligado a
este princípio.
ATENÇÃO
Lembre-se que em comunicações publicitárias devem ser calcadas em práticas
responsáveis sem esquecer que: A oferta vincula o ofertante a cumprir exatamente os
termos que ofertou. Não venda gato, por lebre! Ao anunciar, deverá o fornecedor
honrar o compromisso firmado. Aquele anúncio despretensioso que sua empresa fez,
é um compromisso assumido com os clientes, e deverá ser cumprido, sob pena de
incorrer nas sanções ditadas pelo Código do Consumidor.
196
7.7.8 Cláusulas abusivas expostas
Entre as cláusulas abusivas expostas podemos citar:
Cláusulas que permitam variação unilateral do preço.
Cláusulas que concedam ao fornecedor a opção para concluir ou não o contrato.
Cláusulas que subtraiam ao consumidor a opção de reembolso.
Cláusulas que autorizem ao fornecedor alteração unilateral do conteúdo após a
celebração ou ainda qualquer disposição contratual que possibilite vantagem
exagerada ao fornecedor ou ameace efetivamente o equilíbrio contratual.
Pode-se exemplificar com uma cláusula que responsabilize o cliente por situações que
não são de seu domínio ou controle, ou cláusulas que digam que algumas
responsabilidades legais não serão mais do fornecedor. Então, não adianta escrever
no contrato que a responsabilidade pela operação será do consumidor, que ele sabe e
assume riscos, pois os riscos da atividade econômica são sempre dos fornecedores,
ressaltados os excepcionais casos excludentes.
Tais documentos devem ser feitos de acordo com os preceitos do Código de Defesa do
Consumidor. De nada adianta escrever no contrato ou no termo de conhecimento de
risco, que a responsabilidade é do cliente, quando por força da lei a responsabilidade
é sua.
Estes tipo de cláusula não tem valor legal.
ATENÇÃO
Lembre-se sempre, que celebrar contratos escritos com seus clientes é além de uma
garantia para ambas as partes, um direito do cliente e uma obrigação da empresa.
197
casos as Normas Técnicas seriam observadas pelo judiciário como referência de
melhores práticas.
Mas a questão não é tão simples. A utilidade das normas é reconhecida e reforçada
pelo Código de Defesa do Consumidor. Vejamos o que diz o artigo 39 do Código de
Defesa do Consumidor:
ATENÇÃO
O padrão mínimo de qualidade estabelecido na norma, mesmo que não seja
obrigatória, sempre servirá como um referencial para os casos em que
administradores ou juízes necessitem avaliar a conformidade do comportamento do
fornecedor.
O cumprimento das Normas Técnicas, ainda que considerada voluntária, protege não
somente o consumidor, mas também o fornecedor que passa a ter a segurança de
estar agindo conforme as regras mínimas estabelecidas para seu setor produtivo e,
em geral, suprindo as expectativas mínimas de seus consumidores. Dentro das
Normas Técnicas Brasileiras de ecoturismo e turismo de aventura, as Normas ABNT –
NBR 15.331-Sistemas de Gestão da Segurança e ABNT NBR 15. 286, de Informações
Mínimas Preliminares para Clientes, reforça e qualifica a operação turística de forma
criteriosa, padronizada e segura, podendo o empresário concluir que ao trabalhar
adequado à Norma, respeita além do preceito voluntário, o Código de Defesa do
Consumidor.
198
7.8 Direito do Trabalho
Nos últimos tempos seu negócio prosperou crescente utilização de mão-de-obra para
atender tantos clientes. Os negócios apresentam bons resultados e para atender as
demandas da alta temporada, você precisa contratar um guia por dois meses. Será
necessário contratar guias ou condutores turísticos com a carteira assinada, ou
existem outros contratos de trabalho previstos na lei em que não é necessário assinar
a carteira do trabalhador.
199
7.9 Exercício de Fixação
Questão 1:
Conforme a situação citada no item anterior, diante da necessidade de contratar mais
guias turísticos para atender a temporada, qual o procedimento errado de acordo
com a lei?
Observação: Leve em conta ainda que o contrato com o novo cliente não irá durar
mais do que 2 (dois) meses.
1-O guia turístico contratado para trabalhar em sua empresa durante 02 (dois)
meses terá sua carteira assinada ou será feito um contrato de prestação de
serviços com um trabalhador autônomo.
2- É necessário verificar se o guia turístico contratado por sua empresa tem
registro na Embratur -Empresa Brasileira de Turismo.
3- É preciso fornecer para o guia turístico contratado todos os equipamentos de
segurança necessários para a realização da excursão que será feita na Mata
Atlântica.
4- Você decide contratar o guia turístico com carteira assinada para trabalhar
indeterminadamente, mas assina a carteira de trabalho deste guia turístico só
após 03 (três) meses do início de trabalho do mesmo, para que ele fique em
período de experiência.
5- Por maior segurança, você decide fazer um seguro de vida para o guia turístico
contratado, ainda que este guia turístico seja autônomo.
Se o guia turístico for contratado com carteira assinada pela sua empresa, é
necessário que a carteira seja assinada no prazo máximo de 48 horas conforme
a lei.
Mas se o guia turístico for contratado como autônomo, é essencial que seja
feito um contrato com sua empresa registrando que ele é autônomo. Pois assim
como no relacionamento com seus clientes é prudente ter um contrato de
prestação de serviços com o trabalhador autônomo.
A empresa deve ter o registro daquele que trabalha em seu estabelecimento. E antes
de qualquer coisa, verificar se o pretenso prestador de serviço pode prestar serviços
como autônomo possuindo carteira ou qualquer documento que declare habilitação
para tanto, tendo sido expedido por órgãos de competência.
«"É necessário verificar se o guia turístico contratado por sua empresa tem registro na
EMBRATUR - Empresa Brasileira de Turismo.”»
É importante que o empresário do ramo de Turismo de Aventura saiba que a lei prevê
que o guia turístico deve estar devidamente registrado na EMBRATUR. Resguardando
a empresa de qualquer acusação de contratar guias que não estejam devidamente
capacitados para o trabalho.
200
Se o guia turístico irá realizar uma excursão e é empregado da sua empresa, atuando
em um exercício de risco terá direito aos equipamentos de segurança de acordo com
os locais que irá realizar suas atividades. Agora, se for contratar guias turísticos
autônomos é importante que se contrate guias que tenham os equipamentos de
segurança necessários. De uma forma ou de outra, devem portar e fazer uso de
Equipamentos de Proteção Individual, os chamados EPI's.
« “Você decide contratar o guia turístico com carteira assinada para trabalhar
indeterminadamente, mas assina a carteira de trabalho deste guia turístico só após 03
(três) meses do início de trabalho do mesmo, para que ele fique em período de
experiência".»
A lei é clara ao determinar que a carteira de trabalho deve ser assinada no prazo
máximo de quarenta e oito horas de quando o empregado começou a trabalhar para
sua empresa. Caso contrário a empresa poderá ser multada. O período de experiência
continua válido, porém este deve ocorrer com a carteira de trabalho assinada, com
ressalva, no campo próprio, de que o contrato está em período de experiência.
«"Por maior segurança, você decide fazer um seguro de vida para o guia turístico
contratado, ainda que este guia turístico seja autônomo."»
Além de estar previsto na lei que o guia turístico empregado da sua empresa tenha
um seguro de vida é muito importante exigir que o guia turístico autônomo contratado
comprove que possui um seguro de vida. Caso contrário, para se livrar de futuras
amolações é interessante, mas não obrigatório, que você faça um seguro para o
autônomo contratado.
ATENÇÃO
As vantagens diretas são, que este trabalhador deve trabalhar exclusivamente para
aquele que o emprega durante a carga horária de trabalho fixada, tendo hora para
sair, hora para chegar, hora para o almoço. Só falta ao trabalho se a lei permitir,
como por exemplo: se estiver doente, licença para casamento, licença no caso de
nascimento do filho, entre outros.
201
Hora extra
Hora de almoço
Férias
13º salário
202
7.9.10 Férias
A cada 12 meses o trabalhador tem direito a férias que
devem ser autorizadas o mais breve possível e no máximo 01
ano após cada ano de trabalho. Exemplo: um trabalhador é
contratado para trabalhar de janeiro/2006 a dezembro/2006,
ele terá direito a férias que deverá ser gozada até o final de
2007 sob pena de multa.
ATENÇÃO
Todos estes direitos estão previstos na CLT.
EXEMPLO
Sua empresa tem um funcionário contratado com carteira assinada e este tira uma
licença de 02 (dois) meses. Em vez de contratar outro guia para substituição e assinar
sua carteira recolhendo todos os encargos fiscais pertinentes, você pode procurar uma
empresa de trabalho temporário e contratar um trabalhador.
ATENÇÃO
Se a empresa contratada não pagar os salários e honrar os direitos do trabalhador
temporário, este poderá requerer seus direitos trabalhistas junto à sua empresa, para
quem ele prestou seu trabalho. Isto caracteriza a chamada responsabilidade
subsidiária, que diferentemente da responsabilidade solidária, responde pelas
obrigações do trabalhador somente se a empresa contratada não o fizer, sendo seu
dever acompanhar e exigir da empresa, mensalmente, os comprovantes de
203
recolhimentos dos reflexos trabalhistas do funcionário colocado em serviço temporário
na sua empresa.
CONCEITO
Trabalhador autônomo é aquele que exerce sua atividade por conta própria. Este
trabalhador, via de regra, não sofre sujeição, subordinação ou obediência daquele que
o contrata. Cumpre suas tarefas com autonomia, devendo obviamente cumprir os
compromissos para os quais foi contratado. O fato de ser autônomo não implica em
insubordinação, cumpre esclarecer.
ATENÇÃO
São comuns ações trabalhistas em que trabalhadores autônomos tentam provar que
não realizavam as prestações de serviços com autonomia e sofrendo subordinação,
reivindicando os direitos previstos para os trabalhadores com a carteira assinada.
204
7.9.16 Resumindo: trabalhador celetista
Autônomo: Não se pode exigir que assine livro de ponto, que preste serviço só
a sua empresa, que cumpra horários. Trabalhador SEM CARTEIRA ASSINADA
por sua empresa
Temporário: Este obedece todas as ordens do trabalho como se fosse seu
empregado, só não pode trabalhar na sua empresa mais de 3 (três) meses.
205
Trabalhador SEM CARTEIRA ASSINADA por sua empresa, mas terá carteira
assinada pela empresa de “Trabalho Temporário”.
Celetista: Não se pode exigir que este ultrapasse a jornada de trabalho de 08
horas diárias, 44 horas semanais ou 220 mensais. O máximo que se pode exigir
é 2 horas extras por dia que devem pagas no próximo pagamento de salário ou
compensadas se previsto compensação na Convenção Coletiva de Trabalho
(que estudaremos mais adiante). Não pode deixar de recolher ainda FGTS,
INSS, pagar as férias, 13º salário. Este trabalhador TERÁ A CARTEIRA
ASSINADA obrigatoriamente por sua empresa.
7.10.1 CLT
Consolidação das Leis do Trabalho - Conforme já informado, a
“CLT” é um livro que prevê todos os direitos de um trabalhador,
e quando se diz trabalhador, isto inclui todos, guia turístico,
camareira, motorista etc. É neste livro que estão registrados os
direitos dos trabalhadores como tempo de trabalho, adicional
noturno, hora extra, hora de almoço, férias, 13º salário entre
outros.
7.10.2 Leis
Depois de saber os direitos de um trabalhador previsto na CLT, o
empresário precisa saber se para aquele profissional existe uma
lei genérica ou específica prevendo mais direitos a ele
destinados. Existindo tais leis específicas, provavelmente estarão
contidas condições, deveres e direitos daquele trabalhador.
206
Existe uma lei própria para o “GUIA TURÍSTICO”. Ela nos informa que o Guia Turístico
deve estar inscrito na EMBRATUR. Não é necessariamente um direito,mas é um
requisito que a empresa deve exigir do guia turístico. Quanto ao horário de trabalho
de um guia turístico é inicialmente de no máximo 08 (oito) horas diárias, porém, se a
convenção coletiva da cidade ou Estado onde o trabalhador esteja prevê uma carga
horária menor, esta carga menor prevista na convenção coletiva é a carga horária do
guia.
ATENÇÃO
Imaginamos que um cliente sofre um acidente e o guia turístico não era registrado na
EMBRATUR e por isso não sabia os procedimentos dos primeiros socorros, neste caso
a responsabilização da sua empresa poderá advir quase que inevitável, diante do
procedimento da empresa em contratar uma guia fora das determinações da lei.
7.10.3 CCT
A Constituição Federal declarou livre a criação de sindicatos, aos quais cabe a defesa
dos direitos da categoria. Então, surgiram sindicatos para quase todas as categorias.
A partir do momento que é formado o sindicato de uma região, cidade ou estado, os
direitos previstos na convenção coletiva firmada passam a registrar os direitos desses
trabalhadores podendo ser requeridos na justiça, caso tais direitos não estejam sendo
cumpridos pelo empregador. Pode-se dizer que, na prática, quase toda categoria de
trabalhador: faxineira, administrador, guia turístico, têm uma convenção coletiva que
prevê mais direitos além daqueles previstos na CLT.
EXEMPLO
Para o Guia Turístico que atua no Estado de Minas Gerais, está previsto em sua
“Convenção Coletiva” o direito a um seguro de vida, tornando então para as empresas
de Turismo que contratam Guias Turísticos em Minas Gerais, a obrigação de pagar aos
Guias contratados um seguro de vida. Por esses motivos, todo empresário precisa
saber que o trabalhador tem todos os direitos previstos na CLT, nas demais leis, além
dos direitos previstos na “Convenção Coletiva de Trabalho” da região, havendo cópias
disponíveis nos sindicatos dos trabalhadores ou são vendidos em lojas ou bancas
próximas da Justiça do Trabalho de cada cidade.
207
7.10.4 Resumindo
7.10.5 Sisnama
208
7.10.7 Órgão Superior
209
Tem a finalidade de:
I - exercer o poder de polícia ambiental;
II - executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, referentes às atribuições
federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à
autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, monitoramento e controle
ambiental, observadas as diretrizes emanadas do Ministério do Meio Ambiente; e
III - executar as ações supletivas de competência da União, de conformidade com a
legislação ambiental vigente.
210
7.10.14 Órgãos Locais
ATENÇÃO
O SISNAMA é estruturado segundo os níveis políticos – federal, estadual e municipal –
havendo um órgão consultivo e deliberativo e um executivo em cada nível. Na esfera
federal o CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo e o Instituto Chico Mendes e o
IBAMA são os órgãos executivos da Política Nacional do Meio Ambiente. Nos estados
atuam os Conselhos Estaduais do Meio Ambiente e fundações com competência
executiva. Já nos municípios, a atuação é dos Conselhos Municipais de Defesa
Ambiental – CODEMAs e das Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
«“Art. 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações”. »
211
Ainda assim, não contávamos com uma legislação específica que determinasse formas
de punição e responsabilização severa daqueles que não seguissem as “regras do
jogo”, apesar das incontáveis legislações publicadas criando regras de conduta,
formas de licenciamento ambiental, etc.
Hoje temos no Brasil um sistema de hierarquia de leis que prevê, para o tema Meio
Ambiente, a possibilidade de tanto a União quanto os Estados e Municípios criarem
regras de conduta para o trato e utilização dos recursos naturais. Ou seja, para um
mesmo caso, podemos ter três leis tratando sobre o assunto. A lei federal pode
determinar que para o corte de algumas árvores sejam apresentados dois estudos, a
lei estadual exigir além destes dois estudos outros dois, e a lei municipal, além dos
quatro estudos exigidos (dois pela lei federal e dois pela lei estadual), pode exigir um
quinto estudo.
ATENÇÃO
Nunca a legislação municipal pode ser menos rigorosa que a lei estadual a qual, da
mesma maneira nunca pode ser menos rigorosa que a lei federal, gerando uma
hierarquia de leis. Sendo assim, os envolvidos com o ecoturismo e o turismo de
aventura deverão conhecer a lei federal, que vale para todos no Brasil, como também
deverá conhecer a lei do Estado e do Município onde o turismo será realizado.
212
7.10.18 Saiba mais
Da legislação federal hoje existente é fundamental o
conhecimento, para o Turismo de Aventura, das seguintes leis:
213
7.11.1 Unidades de conservação
ATENÇÃO
Ucs são unidades de conservação como já vimos.
ATENÇÃO
Qualquer recurso natural, independentemente de proteção especial colocada por lei
dever ser preservado, seguindo as regras básicas para todo o Brasil.
214
No caso das atividades ou empreendimentos relacionados ao meio ambiente a
responsabilidade tem repercussão nas três esferas, podendo uma atividade danosa ao
meio ambiente sofrer sanções cíveis e criminais, determinadas pelo poder judiciário,
assim como sofrer sanções administrativas, determinadas pelos órgãos do poder
executivo, todas previstas em lei.
Tal característica está estampada constitucionalmente no parágrafo terceiro do art.
225 da Constituição da República Brasileira, estabelecendo que:
Diz o artigo 14 indicado que, sem prejuízo das penalidades definidas na legislação
federal, estadual ou municipal, o não-cumprimento das medidas necessárias à
preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da
qualidade ambiental sujeitará os transgressores à obrigação de reparar civilmente os
215
danos causados ao meio ambiente sem que para isso tenha concorrido com culpa. O
princípio da responsabilidade civil baseia-se essencialmente na culpa, conforme
regime adotado pelo Código Civil Brasileiro, ou seja, é necessária a demonstração da
culpa do agente causador do fato gerador de caracterização de responsabilidade.
ATENÇÃO
A atuação dos tribunais, incessante e diária, vem fazendo com que os empresários, na
administração de suas empresas, tenham como conduta uma preocupação prévia para
que não sofram enormes prejuízos adiante, seja através de determinação judicial de
reparação do dano causado, como a paralisação das atividades irregulares, o que
pode causar a quebra de uma empresa, se tomada em grande escala.
216
O art. 2º da Lei de Crimes e Infrações Administrativas Ambientais dita que:
« “Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide
nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade, bem como o diretor, o
administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou
mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de
impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la”. »
Consuma-se o delito com a efetiva prática de ato irregular de acordo com o que
estabelece a legislação ambiental em vigor. Procura-se, com a norma sob comento, a
incolumidade do meio ambiente, particularmente no que respeita à fauna, à flora e
aos ecossistemas – proteção da biodiversidade e da natureza, não podendo ser
esquecida a proteção ao meio ambiente paisagístico, histórico e cultural, também
protegidos constitucionalmente como parte integrante do meio ambiente.
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Suspensão de venda e fabricação do produto;
Embargo da obra ou atividade;
Demolição da obra;
Suspensão parcial ou total das atividades;
Restritivas de direitos.
ATENÇÃO
Sua maior ferramenta de segurança é o conhecimento, que lhe fará tomar todas as
medidas necessárias para a boa condução das suas atividades realizadas na natureza.
Você, profissional de ecoturismo e turismo de aventura, deve ter sempre em mente as
suas responsabilidades pelas práticas de turismo na natureza, procurando utilizar este
conhecimento como aliado do seu negócio.
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dos órgãos ambientais executivos para a proteção do meio ambiente (art. 23, incisos
VI e VII, CF/88), ou seja, qualquer órgão que tiver conhecimento de conduta ilícita
praticada contra o meio ambiente deverá tomar as medidas cabíveis, autuação do
infrator com multas, embargos etc., o que for cabível para o caso.
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8 Glossário
Benchmarking: Observação das melhores práticas realizadas no mercado e
adequá-las à realidade de seu negócio.
Eficácia: É o alcance dos objetivos da empresa com o menor uso de recurso,
sejam humanos, financeiros ou físicos.
Eficiência: É o alcance dos objetivos da empresa.
Estratégias funcionais: Estratégia funcional é como chamamos a atuação
funcional da empresa. Está relacionada ao nível tático da empresa e pode ser
descrita como as estratégias de recursos humanos, de produção, de marketing
e financeira.
Fluxograma: Descrição do funcionamento dos processos da empresa, assim
como suas tomadas de decisão.
Fluxograma: Descrição do funcionamento dos processos da empresa, assim
como suas tomadas de decisão.
Gargalos: Problemas em determinadas ações que interferem no bom
andamento do restante do processo, causando queda de produtividade e
lentidão.
Gestão integrada: Administração contínua dos processos da organização.
Organograma: Descrição gráfica das relações hierárquicas entre os cargos da
organização.
Administração : Ato de se trabalhar com recursos e pessoas para alcançar os
objetivos da organização.
Deduções da Receita: Impostos que representam porcentagem da receita. No
exemplo equivalem a 15% da receita.
Descapitalizar: Retirar do capital os juros e correções sofridos em um
determinado período de tempo.
Despesas fixas: São aquelas que já estão previstas todos os meses. Como por
exemplo: aluguel, salários, encargos trabalhistas etc.
Despesas variáveis: Qualquer material cujo consumo varie de acordo com o
movimento da empresa. Exemplo: luz, água, telefone.
Encargos sociais: São taxas que se relacionam ao bem-estar dos
trabalhadores da empresa, haja vista que é por intermédio deles que o governo
garante a aposentadoria, o seguro desemprego, o auxílio doença e a licença
maternidade de seus colaboradores.
Parâmetro: É uma variável ou uma constante que diferencia uma relação de
todas as outras. Explicando melhor, sabemos que o parâmetro de risco para
atividade X é de 10% e para a atividade Y é de 5%, por exemplo. Esses
parâmetros vêm de estudos que demonstram que, no decorrer de muitos anos,
essa foi a média do grau de risco que as empresas se expuseram de acordo
com cada grupo de atividades.
Intermediários: Os intermediários são aqueles que possibilitam o acesso do
cliente aos produtos e serviços turísticos. Desse modo, identificamos as
operadoras, as agências de viagens e as agências de receptivo como
intermediários do processo de comercialização desse segmento.
Promoção turística: Na concepção do Ministério do Turismo (2007, p. 31): A
promoção turística é um item do composto de marketing que abrange todas as
ferramentas mercadológicas utilizadas para estabelecer comunicação com o
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mercado, incluindo as técnicas a serem aplicadas para promover o produto
turístico e a forma como a promoção será transmitida ao consumidor: imagem,
linguagem de comunicação etc.
Rede de distribuição: Distribuição é o processo que conjuga todas as
atividades referentes à transferência dos produtos e serviços das empresas
para os consumidores.
Segmentação de mercado: É a divisão do mercado em grupos por critérios
demográficos, financeiros, psicográficos, ou por porte de empresa, poder
aquisitivo, profissão, cargo, etc., de forma que suas características,
necessidades, interesses ou comportamentos sejam semelhantes, realizando-se
ações específicas para cada grupo.
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